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eo Em Almeirim, no almoco anual com os meus cama radas. Ouvir falar de Africa 0 tempo inteir. Tratam-me sempre t30 bem! As vazes tenho dif culiade em distingur, nos homens de hoje, 05 rapa zinhos de entdo. Depois um sorriso, um treeito, ‘qualquer coisa para além das flgfes e recanheco-o. Trazem as mulheres, 0 filhos, mostram 2 fotogra- fa dos nets. Hi quem vena do estrangero, de pro- ‘ait. Hd quem ainda ponha a boina na cabeza ‘uase todos continuam li, pelo menos uma parte doles continua Ii, Os martes eannoseo. Falo pouco, como sempee, 0go-6s. Viv tudo aqulle que eles cont ram a viver e que, para mim, & uma especie de so- f. Farrapes de lembrangas, coisas que me dizem ‘que fz © mal recorda, Ao lembrarem-mas avivar-se lum bocadinno, desbotam-se de novo. Publicaram um lvro com as cartas que escrevi durante aquilo: nBo ol runea, No sou capaz. Néo & que quera esquecer, & ‘ue fo outro que por lb andou. Fol outro e ful eu, que fc expicar isto. Ndo excrevi nenhum kro sobre a ‘querra, limitel-me a intercalar episédis laterais nos brimeres textes publcados, para estruturar melhor ‘8 capitus , talvez também, para, em carte sentido, ime libertar de episdles que me embacavam a me- ‘éri,libertandoxme dees como de um vémito. Uma ver lberta deles pensei Agora posso comerar fe, entéo, comecel, Tanto tempo até encontrar © meu tom, © meu made, uma forma que no devesse nada a ninguém, © em que as vozes alas no entressem ra minha. Em Almelim longos abragos enternecdes, saudades, quem sou eu? Sel e nao Se, Tujo de mim eureka DATA: GRUPOT Parte A Wo texto com atencao. Uma crénica ou Id 0 que & regress, parsigovme desist. Sou muitos. Debes! mul- ts palo camino e continuo a sar muitos. Um di tudo isto para. E metem um s6 no cabo. Fiz 0 que pude, 2s eama fora que linha, e dé-ime que imensos eres, pa teties, azoles. Sofi que me frtel. Algumas alerias ro mao dito, claro, alguns momentos quase pereits re tema guerra ci dos meus dias. E 50 que me confunde mais: porgué esta vilénca interior, estes «0 cessos, esta permanente, desesperada busca? [.] ‘Uma ‘sina dif! e esquista, que me acompanha desde que o inicio, ¢ me concicona a vida. Em Amel rim com a tropa, emboscad, Nagelagbes, minas, é- ‘buns e duns de Fotografias dquo. 45 No tenho nenhuma, nBo quero ter nenhuma. Bas tam-me as manguairas de Marimba que me per- seguirdo para sempre, chelas de morcegos. Uma longa fla de mangueiras enormes, os crocs do ‘ie Cambo, um leo que, no Leste, passou rente 8 via so ture: demasida tratha J, de que me tento var s2- tudindo © lombo da alma. Em parte sou capaz, em pate no sou. E as mangueiras persistem, Até a0 fim hho de morar comigo? Amaim uma terra bonita, No me importava de morar Ii, conhecer as pessoas S55 No me importava de morarfosse onde fesse, como ‘ol me impart de morar aq, é-me Indferente 0 lugar, desde que haja esteregrsica, papel, uma cadel- rae Uma mesa. 0 almogo dos eamaradas num restau rant enorme, com um casemento 20 lado.) 2 [..] Eaquiestdo eles comioo, apesar de eu sozinho. In visto, agosto 2011 (exerts) ito spo pfume-cone ole que e=T618972 Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientacdes que te sio dadas. 4, Para responderes a cada item, seleciona a afrmacie adequada a0 sentido do texto. 1. A exprasso "Farrapos de lembrancas” (ini 14 contém uma! La) ironia 5] b) hipérboie: Cle) metéfora C1) personificacéo. 4.2. 0 pronome “deles" (inne 25) refere-se aos: a) episéios de guerra 1b) capitutos. oe) textos publicados. 4) camaradas. 4.3. 0 possessive "minha" (in 30 refere-se 8: (ha) vies, 1b) vee Deters, a) casa, 1.4. Ao utllzarse a expressio “claro” (ina 3) reforca-se uma: a) afirmagio. 1») dtvida ©) condiglo. Da) previsso. +5. frase "No tenho nenhuma, no quero ter nenhuma." (nna 45) contém uma erage coordenada! (la) adversativa sindética [1 b) atversativa assindética. D2) copuiativa sindética, 14) copulativa assindética 1.6. A palavra *manguelras” (inns 4) signi Cla) planta cuj fruto é a manga, 1b) tubo feito de urn material fexivel. G1) instrumento para malhar cereas C14) pau compra e delgado do mangual 14:7, Da lotura do texto depreende-se que guerra em Arie Da) nao é um assunto digno de relato. 1b) fo mais um epiio na vida do ator. {ed nfo fol important pare o autor. [1 fol uma acontecimento marcante na vida do autor spiewsere Parte 6 Le 0 poema de Fernando Pessoa. £m caso de necessidade, consulta a vocabulirio apresentado, (© Menino da sua Mie No plaino! abandonado Que a moma brisa aquece, Be balas traspassado ~ Duas, de lado a taco Jaz moro, ¢ artefece Rala-Ine a farde 0 sanque, De bragos estendidos, Alvo, laura, exangue! Fita com olhar langue’ F cego os céus perdidos. ‘To jovem! que jovem era! (Agora que idade tem?) Filho Unico, a mie the dera Um nome ¢ © mantivers *O menino da sua mae.” ‘VocanutARIO Calutne da aigibeira A cigarraira breve, Dera-tha a me. Est intlra boa a cigareira Ele € que Ja ndo serve, De outra algibeira, aladat Ponta a rocar e solo, 2 brencura embainhada De um lange... Deu-Iho a criada 2s Velha que 0 trouxe 20 coo, Li longe, em casa, ni a proce’ “que volte cad, © bem!" (rainas que o Irmpério tece!) Jaz merto, e apadrece, se O menino da sua mae. * cl; lance; ® sem sangue; ?abatito;* com forma de as; * oagdoa Responde, de forma completa e bem estruturada, aos Itens que se seguem. 2. 0 poema denuncia uma situagSo trgica, Indica 3. Explcta @ simbologla da “cigarreira’e do “lenco" referidos na 4.8 5.8 estrofes, respetivamente. 4. "Que volte cedo, @ bem!” (weso 27) 4.4. Comenta &@ importincia de emprege do discursa deta, evidenciando a irania presente no verso \ seat 5, Expliea 0 motivo pelo qual o verso "(Malhas que o Impéri tecel), surge entre parénteses, sa Hientando a intengéo do sujeto postco. 6. ustiniea o ttuleatrbuide 20 poema, tendo em conta o sau desenvalvimento temético, 5. Testes eg Moves Lneras 9 Grupo 1 Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientagées que te sio dad: 1. Léa abertura de um discurso dirigido a ex-combatentes de guerra, 1. Completa as frases que se seguem, para justificares a pontuagao utlizada na abertura do discurso, [A. Na primeira linha, usa-se a virgula para assinalar a expressiio com a funcio sintatica de. B. Na segunda linha, as virgulas delimitam a expresso que desempenha a funcio sintética de. Classifica as oragSes sublinhadas em cada uma das frases seguintes. 9) Desde que o homem existe, hi guerra no mundo. 'b) Ainda que morram multos inacentes, a querra perpetua-se, €) Na guerra no hé vencedores, visto que morrem sempre multos inocentes. 4) A guerra acabaria, caso néo envolvesse tantos Interesses. 3. Indica @ fungBo sintética desempenhada pelo advérbio "ls" em cada uma das alineas. 22) "Quase todos continua Id [.]" (aha 10, teat Parte A) 1b) "No me importava de morar I [..] (nt 54, texto Pat A) €) "Li longe, em casa, hd a prece” (verso 26 too Fare B) Grupo mr Escreve um texto de opinido, de 180 2 240 palavras, que pudesse ser divulgado num jornal escolar, ‘no qual apresentes o teu ponto de vista sobre a guerra © teu texto deve incluir uma parte introdutéria, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclu- sho. Antes de redigires 0 teu texto, aponta em forma de tépicos as idelas gerals que queres apresentar. No inal, rel@ com atengio 0 texto que escraveste, verifica se respeitaste a tua planificagio e pro> cede a ajustes e/ou corregbes que consideres necessérios.

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