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Escola Estadual de Educação Profissional Dr.

Solon Tavares
Arquitetura e Redes de computadores - Prof. Rafael
Trabalho sobre Network Address Translation (NAT)
Turma 12DS – Isabel Stumpf Mitchell

Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), com a criação da


internet foi necessário também a criação do endereço de IP (protocolo de
internet) que é único para cada computador, sendo o responsável por conectar
as máquinas à rede de internet. O problema foi de que o acesso à rede cresceu
muito, de forma que o protocolo teve de se adaptar a um novo modelo: o IPV4,
que tinha como intenção resolver as questões do crescimento de milhares de
novos computadores conectados em rede.
Porém esse novo protocolo não foi suficiente, visto que já se previu, há
mais de 10 anos, a sua exaustão dos endereços IP, o que causaria uma enorme
crise mundial, visto que novos usuários, com diferentes máquinas têm a
necessidade de se conectarem, sendo que muitos deles desconhecem tal crise.
(TECHNET)
Para se tentar remediar o problema, acreditou-se que a utilização do NAT
(Network Address Translation) resolveria. Segundo Bernal, NAT (Network
Address Translation) é um método tradução de endereço de IP e/ou Porta
TCP/UDP.
“NAT é o protocolo que permite a tradução de endereços de rede. É bastante usado para
se economizar endereços IP. Com NAT pode-se usar IPs privados (falsos) dentro de uma rede
local e apenas um único IP real fora da rede. Assim, toda informação terá o seu endereço de
rede privado trocado pelo real na hora em que for enviada para fora da rede local, e quando
voltar uma resposta ela também terá o endereço privado restaurado antes de entrar na rede
local”. (Souza)

O NAT, no entanto, conforme TECHNET, viola um dos princípios


originais da Internet, que é fornecer um endereço global ÚNICO para todos os
nós da rede, além disso, impõe restrições para comunicação móvel. Outro
protocolo utilizado para tentar resolver o problema do IPV4 é o Classless Inter-
Domain Routing (CIDR), que consiste em dar blocos de endereços IP Classe C
contíguos a regiões do planeta (Europa, Ásia, etc), de forma que essas regiões
dividiriam seus blocos em blocos menores, mas ainda contíguos, até que todas
as redes tivessem seus endereços.
O CIDR, todavia, também não seria uma solução duradoura, outra deveria
ser projetada em longo prazo e que tivesse uma duração maior. Assim, uma
nova proposta foi a adoção do Connectionless Network Service (CLNP), que
tem um espaço de 160 bits para endereçamento. Entretanto, não é usado na
Internet, pois é fornecido por IP. Sendo assim acabou sendo rejeitada tal
solução. Em 1993, foi criado o SIPP (Simple Internet Protocol Plus), que se
aproximava bastante do IPv4, sendo desenvolvido por um grupo de trabalho
com o objetivo de criar uma nova versão do protocolo IP, o IpngWG (IP Next
Generation Working Group). E como nenhum dos protocolos conseguia,
relamente, resolver o problema do IPv4, foi decidido que deveria ser criada a
versão 6 do IP, isso ocorreu em novembro de 1994. (TECHNET)
A longo prazo, o IPv6 tem como objetivo substituir o IPv4, que só
suporta cerca de 4 bilhões (4x109) de endereços IP, contra cerca de 3,4x1038 endereços do novo
protocolo. A previsão atual para a exaustão de todos os endereços IPv4 livres para atribuição a
operadores é de Julho de 2011, o que significa que a implantação do IPv6 é inevitável num
futuro bastante próximo.

Referências:

• BERNAL, Volnys Borges. Tecnologia de Redes: NAT e Masquerade.

Disponível em:
<http://www.lsi.usp.br/~volnys/courses/tecredes/pdf/12NAT-col.pdf>.
Acesso em 7 de junho de 2010.
• CGI.br. Comitê Gestor da Internet no Brasil. Disponível em:
<http://www.cgi.br/>. Acesso em 10 de junho de 2010.
• SOUZA, Ricardo. Glossário de termos usados no protocolo TCP-IP.

Disponível em: <http://www.mzs.com.br/ricardosouza/dicas/glossario.txt>.


Acesso em 7 de junho de 2010.
• TECHNET. Artur Rodrigues - da teoria à prática. Disponível em:
<http://blogs.technet.com/b/arturlr/archive/2009/02/26/ipv6-pequeno-hist-
rico.aspx>. Acesso em 10 de junho de 2010.
• Wikipédia. A enciclopédia livre. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ipv6>. Acesso em 10 de junho de 2010.

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