Você está na página 1de 17
CAPA Line Mees ILUSTRAGAO DA CAPA ais Resende Cosa (Crianga de 9 anos, aluna da Escola de 1° Gruw/ttes) CY REVISAO r 9 | uy Diana doeé Vazzoler e4 > 9 1 4 EDITORACKO bee otel cz Hesinger ~ (027) 525.1269 « 339.1815 TMPRESSAO Grifica Ita - (O27) 222.2409 Crianga: Da Reino do Necessidade ao Reine de Liberdade, Baufes: Vicéria, 1996, 164, t jects) “2. bites) a. Cisaees DVT Para Barbara, Brunele e Brunara jg eutorizads desta publicagic, apdo da Lei 5.938. A reprodugio & Romp i naersewecnssseessteceertessesteeseess CAPITULO IT MISTIFICACAO DA INFANCIA: IMAGEM DO PASSADO NO PRESENTE Neste capitulo, procuramos discorrer sobre as diferentes verten- tes telativas & erianga, salientando, sobretuco, como 0 cardter ideo- I6gico do conceito de crianga vem se estendendo ac longo da hist6- ia e como essas concep¢des tém legitimade, com demasiado vigor, sua penetraga0 na sociedade capitalista e refletido, no universo in- fantil, 0 processo de alienago, gerado nas relagdes sociais de co- minagio. Com este objetivo, optamos por uma sbordagern que nos pos sibiite romper com 0 senso comum sobre a crianga, ou seja, com a anilise desvineulada da realidade social e histérica Nao é intengio aqui nos determos exaustivamente nos dados hist6ricos sobre a crianca, mas apropriarmo-nos dcles de forma sin- ‘ética, buscando explicitar as miiltiplas relagSes travadas entre a crianga — enquanto abstracio ideoldgica — e o sistema capitalista — objetivado pela familia e pela escola, Aprofundar a concepeao de crianga na sociedade brasileira implica percorrer caminhos que tenham come porto de partida as fonies histéricas, ttaduzidas numa explicitagao eritica de seus ele~ mentos contradit6rios e superadores. Portanto, compreender © pe pel que a sociedad burguesa tem endere¢ado a erianea hoje signi nee 45 _ une Tere Vania Caavatno 02 Anatio WW DA = wsvS TERRE ‘A concepgao de crianga, influenciada por uma imagem redu- cionista e a-histérica de infincia, tem se mostrado, a0 longo do tern. po, d 1a de um contetido critico im desqualificade a particulari- que sugere o dado biolégico de sua e condicao de crianca subsumida de sua g: social ¢ histérico, ericidade, de seu ser ;-_ _Ilustrando um pouco estas questdes, tomaremos por base a cbra de Ari8s sobre representagbes da crianca através de estudos icono- fencial tedrico de infancia, construfdo pela burguesia europsia, Nesta teajet6ria que nos propomos a percorser, a familia e 2 escola teri0 uma dimensio de destaque, uma vez que no seu interior se articulam inumeras questOes sobre a erianca dignas de aprofunda- mento ¢ anélise. ‘Apés acompenharmos 0 trato da crianga na perspectiva euro- péia, buscaremos compreender a crianga nas relagdes travadas no Ambito da sociedade brasileira a partir do século XVI Tal escolha justifica-se por entendermes gue, neste perfodo, a Ieitura sobre a crianga no Brasil se tora mais densa e melhor situa- da historicamente A grande lacuna que se apresenta nos estudos sobre a crianga € a auséncia considerdvel de uma literatura que | classe popular como participante de um contexto onde so travadas pop! particip: ag relagdes sociais. encontradas sobre esta categoria de uma intengao 3 ca-clese doninante, Neotcean, a anise do univernodifan- il tem como modelo a imagem da crianga nobre e burguesa, jé que f N\ 46 --2-- | i i | | |

Você também pode gostar