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NGE WENGENHARIA: os - a ) Multiplos’saberes e atuacSes SER cuted Rc occ Reed OUSODO ATPDRAW E A LINGUAGEM MODELS NA SIMULACAO DE SISTEMAS DE PROTECAO ELETRICA APLICADOS EM REDES DE DISTRIBUICAO. Helton do Nascimento Alves — helton@ifma-edu.br Arnaldo Pinheiro de Azevedo Junior — amaldoee.ifina@gmail.com Luis Miguel Magalhies Torres ~ inismigueltorres71 @yahoo.com.br Railson Severiano de Sousa — railson.severiano@gmail.com Instituto Federal do Marantido (FMA), Curso de Engenharia Elética, Av. Getulio Vargas, 4 Monte Castelo 65030-005 ~ Sao Laris ~ Ma Resumo: Neste trabalho ¢ desenvolvido um ambiente interativo de simulactio que permite fazer andtises de sistemas de protecao de redes de distribuicao como estudos de coordenacéio e analises pos falta para ulilicagtio na disciplina Protecéio de Sistemas Elétricos. O software ATPDRAW e a linguagem MODELS sao ilizados na construgao desse ambiente. A utilizaciio dese software permite ao akmo estudar casos mais complexos e em maior quantidade, simular cendrios mais realisticos e compreender melhor os conceitos relacionados com a filosofia da protecdo Patavras-chave: ATPDRAW, MODELS, Protecdo de Sistemas Elétricos, Simulador. 1, INTRODUCAO. Sao virios os cursos de engenharia elétrica de universidades e institutos federais no Brasil com @nfase na area de sistema de poténeia, Na maioria deles, a disciplina de Protegio de Sistemas Elétricos ¢ parte integrante do elenco de disciplinas da area. Essa disciplina & considerada como essencial na formagdo de profissionais de engenharia clétrica sendo, portanto, ofertada na grade curricular do curso, ‘As recentes mudanigas no setor elétrico, o desenvolvimento de novos equipamentos e instrumentos com tecnologia de ultima geragio, as facilidades e recursos da informatica colaboraram para produgio de um novo perfil dos profissionais na rea de sistemas elétricos. Sendo assim, os cursos de engenhatia elétrica devem rever os seus curriculos adequando-os aos novos tempos (COTOSCK, 2007) ~ SENGENHARIA: Multiplos saberes e atuacg6es 16 a 19 de setembro | Juiz de Fora - MG Como parte do curso de Engenharia Elétrica Industrial do Instituto Federal de Educagio ¢ Tecnologia do Maranhiio (FMA), a Disciplina Protegio de Sistemas Elétricos (DPSE) tem-se mostrado extremamente titi aos alunos que desejam direcionar- se 2 area de Sistemas Elétticos de Potéucia, O objetivo desta disciplina é esclarecer os prineipios por tras da filosofia da protegio, © funcionamento © cvordenagiio dos principais equipamentos de proteoda utilizados nos sistemas elétricos ¢ assim preparar 0 aluno para atuar no mercado de trabalho. © escopo de estudo da DPSE varia desde analise da protegiio aplicada a equipamentos de poténcia como motores, geradores ¢ transformadares, até ao estudo da protegio de centenas de quilémetros de linhas encontradas no sistema elétrico. Devido a sua abrngéncia se tora dificil para as instituigoes de ensino manter laboratérios com estratura fisica que possibilite a aplicagiio na pritica da teoria da DPSE. Alem disso, 0 estudo de coordenagiio e analise pis falta da protegio exige que sejam induzidos curtos- circnitos ao longo do sistema estudado, o que dificulta mais ainda a montagem de tal Inboratorio devido a problematica de se controlar esses cnrtos-cireuitos para manter um ambiente controlado e seguro para aqueles que o ulilizem. Resumindo, a falta de infraestrutura de laboratérios de protegao se deve a diversidade de equipamentos e elementos que compéem um sistema elgtrico, bem como as crescentes mudangas no setor de protegiio, dificultando a montage de um laboratério que corresponda & pritica profissional do engenheiro de proteyao de sistemas. No entanto, com © avango tecnoldgico de ferramentas computacionais adequadas de simulagio, tomou-se possivel o uso dessas ferramentas em sala de aula para exemplificar aos alunos de forma mais clara sobre o funcionamento dos dispositives que so utilizados na protegao de sistemas elétricos © ATP (verso Altemative ‘Transient Program do Electromagnetic ‘Transient Program) é um programa de aceitagio mundial, que permite simular fenémenos de transitérios cletromagnéticos considerando modelos sofisticados de linhas de transmissio, transformadores, etc., assim como componentes de circuitos e elementos que controlam chaves e disparos de tiristores, entre outros (DOMMEL, 1986, CAN/AM EMTP USER GRUOP, 1995). A simulagio da protegéo do sistema elétrico de poténcia no ATP vem sendo estudada ha muito tempo porque é titi] para testar novos algoritmos de relés, realizar estudos de coordenagio e para avaliar © desemperho dos telés diante de um evento, por exemplo, o curto-circuito (CHAN et al, 1995, WALL ¢ JOHNSON, 1997, KIM et al, 1996, KIM et al, 2000). A estrutura do ATP é complexa ¢ seu uso requer certo tempo de estudo, Por outro lado, 0 ATPDRAW que é um pré-processador grafico do ATP na plataforma MS-Windows ¢ muito mais simples de se trabalhar, Ele utiliza programagiio visual, ou seja, os eddigos do ATP ficam embutidos em icones que quando atrastados para a janela principal, automaticamente montam o codigo fonte do ATP. O ATPDRAW ¢ muito Gil para os novos usuarios do ATP-EMTP e é uma excelente ferramenta para propésitos edncacionais. Neste artigo € proposta a utilizagio da ferramenta computacional de simulagio ATPDRAW para o ensino da DSPE. Dentro deste ambiente sito desenvolvidos modelos para religadores, seccionalizadoras ¢ fusiveis para serem utilizados na simulagao de um sistema de protepao aplicado em redes de distribuigdo de energia elétrica, ~ SENGENHARIA: Multiplos saberes e atuacg6es 16 a 19 de setembro | Juiz de Fora - MG 2, FUNDAMENTAGAO TEORICA 2.1. Desafio da educagio na engenharia Existem varios desafios que envolvem a educagtio em engenharia, mas em minha experiéneia como professor destaco dois: © Formar profissionais que saibam conectar todo o conhecimento técnica ensinado que geralmente é transmitido fracionado (departamentalizagéo). Situage que ¢ oposta a atividade profissional que o futuro engenheiro ira exercer, j& que o engenheiro deve ser eapaz. de relacionar e fazer conexdes através do desenvolvimento do pensamento cientifico (COTOSCK, 2007). * Formar profissionais que compreendam a importincia da teoria ensinada na engenharia, que esclarece o porqué de muitos fendmenos fisicos que ovorrem ao nosso redor, mas que ufilizem essa base teérica como mola propulsora para entender o conitexto pritico da sua vida profissional Este artigo descreve uma tentativa de se resolver o segundo desafio que envelve teoria e pratica na DPSE, O periito equilibrio entze teoria e pratica ¢ importante para a formagio de um bom profissional, Em algumas instituigées de ensino a simples separagio disciplinar favorece o desvinculamento ente teorla e pratica. Algumas disciplinas, devido a sua natuzeza, dificultam © desenvolvimento de aulas praticas. A falta de laboratories e equipamentos adequados favorece tal deficiéncia. Algo que afaste © estudante do contexto profissional. Uma alternativa a esse problema vem com a exploragiio de recursos disponiveis em nossa época. Simulagdes computacionais preparam ¢ treinam o faturo profissional para situapSes sérias que necessitam de conhecimento pratico. 2.2. Protesiio de sistemas elétricos de poténcia Grande parte do sistema de energia esta exposto as intempéries da natureza: chuva, umidade, sol, ete. O sistema elétrico, ent, esta propenso a sofrer danos devido aos fendmenos de natureza mecanica, por exemplo, as linhas de transmisstio vio experimentar tensfio mecfinica devido aos ventos e devide aos fendmenos elétrices tais como taios e curtos-circuites devido a vegetagio entre ontros, Danos nas usinas geradoras provocam a redugo da geragéio e podem provocar problemas de estabilidade, danos nas linhas de transmissdo fazem que as redes de distribuigto nto tenham fomecimento de energia ou que ontras linhas de transmissio tenham sobrecargas ¢ gerem problemas de estabilidade. Os sistemas de distribuicdo de energia elétrica so responsaveis pela ligapao entre o consumidor final ¢ © sistema de transmisstio © geragio, provendo energia elétrica na tensio e freqiéncia corretas, e na quantidade necesséria para o consumidor. Para este ‘iltimo, a energia elétrica fornecida aparenta ser estavel, constante e de infinita capacidade. No entanto, o sistema de distribuigiio, esta sujeito a diversas perturbagdes causadas por acréscimos ou decréscimos de cargas, faltas ocasionadas por fontes naturais de eletricidade on contatos acidentais, falhas de equipamentos, ete, © cariter de regime permanente da energia fornecida ao consumidor & mantido basicamente por dois fatores: a grande dimensiio do sistema frente as cargas individuais e as ages tomadas pelo sistema de protego em detectar a incidéncia de faltas. Logo, a capacidade de ~~] WENGENHARIA: ta Multiplos’saberes e atuacSes 16 a 19 de setembro | Juiz de Fora - MG deciso dos sistemas de protege toma-os fimdamentais no fomecimento de energia eléttica (GERS e HOLMES, 2004). De modo a manter a qualidade do fornecimento de energia elétrica ao consumidor, os sistemas de protege devem atender os seguintes requisitos: © Scletividade: somente deve ser isolada a parte defeitosa do sistema, mantendo em servigo as demais partes, © Rapidez: as sobrecorrentes geradas pela falta devem ser extintas no menor tempo possivel, a fim de evitar a propagagiio do defeito para outras partes do sistema, * Sensibilidade: a protegiio deve ser sensivel aos deféitos que possam ocorrer no sistema, © Seguranga: a protegao nao deve atuar de forma incorreta em casos em que ‘no houver falta, nem deixar de atuar em casos de faltas; © Economia: a implantagao do sistema de protegao deve ser economicamente viavel. Os dispositivos de protege normalmente utilizados no sistema de distribuigdio sto as chaves fusiveis, seccionalizadores ¢ religadores. Cada um destes equipamentos apresenta caracteristicas técnicas e operacionais proprias e suas fungdes especificas siio as soguintes: * Deteogiio: devem detectar niveis de correntes anormais e, por outro lado, permitir a cireulagio continua da corrente nominal do sistema © Interrupgdo: devem interromper correntes de curto-circuito dentro de sua capacidade nominal © Capacidades de manobras: alguns dispositivos sito capazes de manabrar sob correntes de carga, enquanto outros exigem que nfo haja corrente circulante para que sejam manobrados. A chave fisivel & um dispositive eletromecdnieo de custo relativamente baixo, que prové a proteeao monofaasica do circuito. Sua atuagio se da quando a corrente atinge um valor acima da capacidade maxima toleravel pelo elo fusivel, que faz com que ocorra a fustio do mesmo (efeito Joule) ¢ interrupgiio do circuito, exigindo sua substituigtio manmal. So muitos os tipos e aplicagées deste dispositivo, porsm, em sistemas de distribuigdo, sf0 amplamente utilizadas as chaves fusiveis tipo expulsio, abertas, no repetitivas e indicadoras (Fignra 1) 4— Engate Superior Cae age By & ae \ Eo rush! Figura 1. Chave fusivel a expulsiio. © religador ¢ um dispositivo automatic, interruptor de correntes de falta com capacidade de efetuar um mimero pré-determinado de operagées de abertura e religamento, seguido do bloqueio de sens contatos na posigo aberta (Figura 2). ENGENHARIA: Multiplos’saberes e atuacées BRR al aa eed Figura 2, Religador De modo geral, pode efetuar até 4 desligamentos, podendo ser todas as operagies temporizadas, todas rapidas, ou um mimero determinado de operagées rapidas, sepnindo por outra quantidade de operagées temporizadas. Usualmente, escolhe-se uma seqiiéneia com duas operagées répidas e duas operagées temporizadas, visando diminuir a quantidade de amagoes de elos fusiveis, durante faltas temporarias (Figura 3). TA) Ripid Neste instante o religador trava, Lento Gcinando o circuit aberto(bloqueio) Tranta, IcARGA 10 Figura 3. Programagao do Religador: 2 disparos rapidos ¢ 2 lentos © seccionalizador é um dispositive antomatico, que opera em conjunto cam 0 religador, & basicamente uma chave isolada a dleo, ou ar (interrupgio do arco em cimara de gis SF6 ou vacuo), monofisica ou trifisica, semelhante ao religador quanto & aparéncia. O seccionalizador, entretanto, no interrompe correntes de falta, devendo ser instalado na zona de protepo de um religador. Quando o seccionalizador detecta uma corrente superior & sua corrente de atuagio, & ativado um mecanismo de contagem. Cada vez que o religador interrompe a comente de falta, a corrente através do seccionalizador cai abaixo de um determinado valor, incrementando um contador, Apos um mimero pré-determinado de contagens (1, 2 ou 3), o seccionalizador abre seus contatos definitivamente, antes da abertura definitiva dos contatos do religador (loqueio). Para que isso seja possivel, é necessério que o seccionalizador seja instalado dentro da zona de protegao do religador, de modo que este atue para todas as correntes de curto-cireuito a jusante do seccionalizador (Figura 4). ~~] WENGENHARIA: ta Multiplos’saberes e atuacSes 16 a 19 de setembro | Juiz de Fora - MG Figura 4. Seccionalizador. A existéncia de equipamentos dotados de religamentos automaticos requer que eles estejam coordenados entre si e com outros equipamentos de protegiio, de acorde com uma seqiiéncia de operagdes preestabelecida. O termo coordenagio é empregado quando estiverem envolvidos equipamentos que dispuserem de duas curvas de atagto conseeutivas, com bloqueio autontitico, apds uma seqiléncia de operagées. O termo seletividade & nsado nos casos onde somente equipamentos com uma tinica curva de operagiio, tais como fusiveis e disjuntores, forem utilizados. © objetivo da coordenagtio € evitar que faltas transitérias cansem a operagio de dispositivos de protegdo que io tenham religamentos antométicos e que, no caso de defeitos permanentes, a menor quantidade possivel da rede fique destigada, enquanto 0 objetivo da seletividade é fazer com que 0 equipamento de protege mais proximo ao defeito opere, independente da falta ser transitéiia ou permanente, © estudo da coordenagio e da seletividade € feito pela superposigo das curvas caracteristica tempo x corrente dos diversos equipamentos com o objetive de definir as temporizagies mais adequadas para cada equipamento (Cigura 5). Figura 5. Diagrama de coordenagéo de 2 religadores e uma chave fusivel ligados em série em uma rede de distribuigso radial 2.3. ATP e ATPDRAW © ATP é um pmprama de aceitagio mundial, que permite simular fendmenos de transitérios eletromagnéticos considerando modelos sofisticados de linhas de transmissiio, transformadores, etc., assim como componentes de circuitos e elementos que controlam chaves ¢ disparos de titistores, ente outros. A simulagdo iterativa de sistemas de protegéo vem sendo estudada ha muito tempo porque ¢ itil para testar ~~] WENGENHARIA: ta Multiplos’saberes e atuacSes 16 a 19 de setembro | Juiz de Fora - MG novos algoritmos de relés, realizar estudos de coordenagio e para avaliar o desempenho. do relé frente aos eventos esealonados. Em geral, os sistemas de protegdo precisam da modelagem do sistema de poténcia, modelagem dos dispositivos de protegéo, e a interagao entre o sistema de poténcia e esses dispositivos. Quanto mais detalhada a representagao fisica do sistema elétrico, menos alternativas de software estio disponiveis. A programagao direta no ATP para uso em sala de aula na DSPE se torna impraticavel, pois sua estrutura é complexa ¢ seu uso requer certo tempo de estudo, 0 que comprometeria boa parte da carga horaria da disciplina. Por outro lado, o ATPDRAW que € um pré-processador grafico do ATP na plataforma MS-Windows & muito mais simples de se trabalhar (PRIKLER, L. ¢ H@IDALEN, 2002). Ele utiliza programagao visual, on seja, os cédigos do ATP ficam embutidos em icones que quando arrastados para a janela principal, automaticamente montam o oddigo fonte do ATP. No ATPDraw o usuario pode construir modelos digitais do cirenito a ser simulado usando o mouse e selecionar os componentes pré-definidos a partir de um menu, de forma interativa. Com base neste cireuito o ATPDraw gera o arquivo de entrada para a simulagio no ATP no formato apropriado. © ATPDRAW utiliza um layout padrio do Windows possnindo todos os tipos de recursos de edigio do cireuito padrio (copa paste, agrupamento, girar, exportar / importar, unido / rio), Todos os componentes inseridos na janela principal podem ser interligados por linhas geradas com a ajuda do mouse, como mostrado na Figura 6 “aH File Ed View ATP Objects Took Window Hep Diels | | m) Qle| os 2) a)%4) =| @/*3 Ql7| a0 tic tic Fr td wy B) EB) B) \ i Figura 6. Construgiio do eircuite elétrico no ATPDRAW. © ATPDRAW pode gerar como saida ondas de comente, tensdo, poténcia, entre outras. Ele suporta modelagem miltipla de circuitos que torma possivel trabalhar em mais de um circuito simultaneamente e passar informagées entre os mesmos, A maioria dos componentes padres do ATP (monofisico ¢ trifisico) ja esté modelado no ATPDRAW, além disso, o usuario pode eriar novos objetos através de MODELS, que & a linguagem propria do ATP, e que permite escrever rotinas para a representagao de sistemas variantes no tempo, mediante rotinas chamadas de models. As models interagem com o ATP, permitindo a desctigdo de componentes de circuitos de controle arbitrérios, definidos pelo usuario, os qnais podem ter como entradas de dados geradas pelo ATP, ¢ gerar saidas para liga-las com os componentes controlados através dos TACS/MODELS. O ATPDRAW suporta modelagem hierarquica para substituir um grupo de objetos selecionados por um tinico icone em um ntimero ilimitado de camadas. Com todas essas caracteristicas, verifica-se que essa ferramenta é muito util para os novos usuarios do ATP-EMTP e é uma excelente ferramenta para propésitos educacionais “ENGENHARIA: Multiplos’saberes e atuacées 16 a 19 de setembro | Juiz de Fora - MG 3. MODELAGEM DE DISPOSITIVOS DE PROTEG AO NO ATPDRAW A MODELS 6 uma linguagem de programagéio estruturada do ATP que interage com os outros objetos do ATPDRAW da seguinte forma @ Através da instrugio denominada INPUT recebe valores do cireuito para utilizar no seu processamento © Através da instrugtio denominada OUTPUT devolve para o ambiente ATP 0 resultado do processamento para execugio de alguma agao. © Através da instrugio DATA stio inseridos dados pelo usuario pertinentes a0 processamento, Essa instrugio define uma entrada secundaria. A Figura 7 mostra o uso das instrugées INPUT, OUTPUT e DATA na modelagem do religador e a Figura 8 mostra o icone monofiisice do religador e sua respectiva jancla MODEL relig Pungo: Simla a atuag&o de un religador * Inpute : corrente sobre o religador no instante t * Output : trip do religador = -1 abre =+1 fecha* INPUT Lent. -- corrente sobre o religador no instante t [Amps] DATA dap ~~ Quantidade de disparos répidos 12 Quantidade de disparos lentos tlgr -- Tempo de abertura répida [ns] =~ Tempo de fechamento répido [ms]] Tempo de abervura répida [ns] == Tempo de fechanento rapido [ms] == Corrente minima para acionanento do religador [A] ____ Figura 7. Cédigo inicial na linguagem MODELS do objeto religador. WE ATP Dram (cre retg mod.adp) “Sf fat for A Ghee tote for tp Dlcolsa| s+) Glee Gal} elaly =) 88 QI7) a suas” E (ee: [ Notion [EWTPaaTonIaae tmwn. | Uke fr ENGE ; a ENGENHARIA: ar Multiplos’saberes e atuacées 16 a 19 de setembro | Juiz de Fora - MG Figura 8, cone do religador e a sua janela. 3.1. Elo fusivel Um clo fisivel € caracterizado pela sna curva de operagio, como mostrado na Figura 9. Para modelar cada elo fusivel foi necessario modelar a sua curva de operagio. Para tanto, foi utilizado o métode dos minimos quadrados que ¢ uma técnica de otimizagao matemética que procura encontrar a melhor curva que se ajuste a um conjunto de dados tentando minimizar a soma dos quadrados das diferengas entre o valor estimado e os dados observados. Com base nas curvas mostradas na Figura 9 foi coletado um conjunto de pontos (corrente, tempo) para cada elo fnsivel (os valores de corrente tomados so os valores médios da corrente de curto-circuito, obtidos entre a curva minima de atuagio e a curva maxima de atagio do fusivel). Devido a cameteristica da curva de operagéo (no sen inicio ela possni um comportamento linear, seguido de um comportamento exponencial) utilizou-se uma reta e uma exponencial como fianges base para aplicapao do método dos minimos quadrados. "Tempos om segundos | Time in seconds ferry ime Corrente em Amporws/ Current in Amper] Corrente en Ampors CCURVA MINNA DE FUsAO| CCURVA MAXIMA DE FUSAO MINIMUM MELTING CURVE| MAXIMUM MELTING CURVE Figura 9. Curvas de operagao dos elos fusiveis tipo K. 3.2. Religador A modelagem do religador 6 feita de tal forma que dentro da programagio de operagio definida pelo usuario, ele deve abrir ou fechar o circuito respeitando os tempos estabelecidos e a permanéncia ou extingiio do curto durante a sua operagio. 3.3, Seccionalizador GE WENGENHARIA: Multiplos’saberes e atuacées 16 a 19 de setembro | Juiz de Fora - MG A modelagem do seccionalizador ¢ feita de tal forma que dentro do nimero de disparos estabelecidos na sua programagio de operagao definida pelo usuario, ele deve verificar o mimero de vezes que o religador abriv até atingir 9 numero de disparos desejado para a abertura do seccionalizador. 3.4, Dispositivos trifasicos: agrupamento Todos os modelos apresentados até aqui so monofisicos ¢ seria necessirio repeti- los em cada fase. Para utilizar a representagio trifiisica na modelagem desses dispositives foi utilizada a caracteristica de agrupamento do ATPDRAW que substitui um grupo de objetos selecionades por um tinico icone. Esse proceso de agrapamento para o elo fusivel é mostrado na Figura 10. Figura 10, Exemplo de agrupamento de componentes no ATPDRAW. 4. EXEMPLO DE APLICACAO DO ATPDRAW NA DSPE Para ilustrar 0 uso do ATPDRAW e dos componentes desenvolvidos neste trabalho, utilizou-se o sistema mostrado na Figura 11, Os icones utilizados na simulagao do alimentador de distribuigao so detalhados na Tabela | Considerando a tensio de linha da subestagio, os valores das cargas e os parfimetros de cada segiio, bem como os valores de curto-cireuito monofisico, bifisico e trifisica em cada ponto em que um dispositive de protestio foi inserido, foram realizados em sala de aula os calculos para definigdo dos dispositivos de protegtio que so mostrados na Figura 11, Foi definido que os elos 2H, 3H, SH e 12K sto seletives ¢ © elo de 20K cvordena com o religador. O religador tem dois disparos rapidos e dois lentos eo seccionalizador ata antes do tiltimo disparo do seligador. © circuito da Figura 11 retrata o alimentador estudado ¢ os dispositivs de protegio definidos, A partir deste ponto, o circuito montado no ATPDRAW servin para que os alunos gerassem curtos-cirenitos em diversos pontos do circuito € verificassem que a atnagio de cada dispositivo de protesio dimensionado ocorren Multiplos’saberes e atuacées 46 a 19 de setembro | Juiz de Fora - MG exatamente como estudado na teoria, Dessa forma foi comprovado os conceitos tedricos estudados. Figura 11. Simulagio de alimentador de distribuigao utilizado em sala de aula na DSPE. ‘Tabela 1. Detalhamento de cada objeto utilizado na Figura ul 8 Gerador trifésico que representa a fi icone do Religador construido na subestacio Mt linguagem MODELS Transformador trifésico que alimenta as cargas Circuito RLC trifésico que representa as seges do alimantador ¢ Circuito ligado em tridngulo que fe | Keone do Seccionaizador representa a carga construido na linguagem MODELS Elo fusivel 20K construido na IB. | Elo fusivel 12K construido na linguagem MODELS linguagem MODELS Elo fusivel SH construido na 8 Elo fusivel 3H construido na linguagem MODELS linguagem MODELS Elo fusivel 2H construido na linguagem MODELS fale 5. CONSIDERACOES FIN AIS A utilizagio do ATPDRAW na simulagio do sistema de protegiio aplicade em redes de distribuisdo se mostrou muita interessante devido a varios fatores, dentre eles sedestacam: a potencialidade do ATPDRAW como uma ferramenta amigavel de simulagéo que utiliza todas as facilidades encontradas na plataforma MS- ‘Windows; a confianga nos resultados obtidos, devido ao respaldo a nivel mundial que a ferramenta ATP possui quando se trata do célculo de transitérios ¢ a possibilidade de se ctiar novos objetos dentro do ATPDRAW através da linguagem MODELS. As simulagdes desenvolvidas validou os assuntos teéricos abordados na DSPE, de modo anélogo ao que aconteceria em um sistema de poténcia real. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS CANADIAN/AMERICAN EMTP USER GROUP ~ MODELS in ATP ~ rule book — OBENGE WENGENHARIA: a. - a ) Multiplos’saberes e atuacSes SER cuted Rc occ Reed Portland, Oregon. August 1995 CHAN, T.W. CHUA, K.M, LIM, K.P. — Relay models for electromagnetic transients program. — Stockholm Power Tech Intemational Symposium on Electric Power Engineering, IEEE, New York, USA, 1995, pp. 534-9. COTOSCK. K. R. Protecdo de sistemas clétricos: uma abordagem técnico-pedagdgica. Belo Horizonte, Dissertagéo (Mestrado) ~ Universidade Federal de Minas Gerais, 2007. DOMMEL, H.W. ~ Electromagnetic Transients Program (EMTP) Theory Book, Bon= neville Power Administration, Portland, OR, (1986) GERS, J. M. and HOLMES, E. J., Protection of electticity distibution networks, London, U.K., IEE: K.: Inst. Elect. Eng., 2004 KIM, C.H.; JUNG, W.G. KIM, LD. LEE, M.H.; LEE, G.W. — An implementation of distance relaying algorithm based block pulse functions using EMTP-MODEIS. ~ In; [CEE '96, Proc. of the International Conference on Electrical Engineering, Int. Acad. Publishers, Beijing, China, 1996, pp. 1132-7. 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Using this software allows the student to study more complex cases and in greater quantity, sinulate more realistic scenarios cand better understand concepts related to the philosophy of protection. Key-vords: ATP Draw, MODELS, Protection of Electrical Systems Simulator

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