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INTRODUÇÃO
Na conferência anterior se concluiu o tema de Estado de Tensões.
Recordemos que até agora se estabeleceu a condição de resistência desta forma.
Onde:
Lim
Até o momento não se estudou nada referente à forma de estabelecer a condição de resistência
para os E.T. complexos. Esse aspecto será tratado nesta conferência.
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Mecânica dos Sólidos: Critérios de falhas Prof. Dr. Edry Antonio Garcia Cisneros
3
1
1
1
2 2
2
2
1
3
1
σ1 > σ2 > σ3
1 3
e 1
2
Para o E.T. linear, é fácil determinar o estado limite do material, com solo fazer um ensaio de
máquinas, a determinação das tensões limites σ1lim, σ2lim y σ3lim para que ocorra a ruptura
ou fluência do material é impossível de realizar, pois os E.T. são infinitos, por isso terei que
realizar um # infinito de experimentos com máquinas e aparelhos muito complexos.
Por conseguinte é importante estabelecer critérios de comportamento de materiais sob estados de
tensões complexos, os que se conhecem como Teorias de Resistência ou Critérios de falha.
Desafortunadamente até a data são incompletos os critérios quantitativos para a fluência e fratura
dos materiais sob estados multiaxiais de esforços, já que certas questões permanecem sem
estabelecer e são parte ativa de investigação dos materiais.
As Teorias de Resistência têm um objetivo comum que é o de substituir o E.T. complexo por
um E.T. simples equivalente uniaxial, para o que, como já se estudou, é fácil estabelecer a
condição de resistência.
eq
1
3 2
Denomina-se portanto Tensão Equivalente ou Padrão à tensão que se deve criar em uma barra
submetida a tração para que seu estado de tensões seja tão perigoso como o E.T. em questão. De
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modo que uma vez estabelecida a σeq a verificação de resistência se realiza como no caso do
E.T. uniaxial.
1l 1
2l 2
1
1 3l 1
3
2
1 1
3
1
1l 2l 3l
1
3
3
3 3
MATERIAL DUCTIL
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Mecânica dos Sólidos: Critérios de falhas Prof. Dr. Edry Antonio Garcia Cisneros
MATERIAL FRAGIL
A seguir se estudará as teorias de resistência de acordo à ordem de aparição de cada uma.
eq 1 T
eq 3 C
DUCTIL FRAGIL
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Esta hipótese considera somente a influência da tensão principal máxima e prescinde das outras
dois para avaliar a resistência do material.
Aplicação atual: NENHUMA
Estado uniaxial →
E
1
Estado volumétrico → 1 1 2 3
E
1
1 2 3
E E
eq 1 2 3 T
DUCTIL FRAGIL
Ao princípio esta teoria foi muito utilizada, mas se desprezou devido a sua inexatidão.
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“Um material submetido a um E.T. complexo não falhará se a tensão de cisalhamento máxima
que atua sobre o mesmo não excede a tensão de cisalhamento permissível para o E.T. uniaxial”.
1 3
2 2
EQ 1 3 T
DUCTIL FRAGIL
A teoria é segura para os materiais dúcteis, mas se desperdiça muito o material nos de
comportamento frágil em caso de existir compressões.
Esta teoria se utiliza atualmente para o caso de materiais dúcteis.
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1 2 2 2 1 2
1 2 1 3 2 3 2
6E 6E
1 2 2 2
EQ 1 2 1 3 2 3
2
Se uma delas é nula:
2 2 2 2
EQ 1 3 1 3 LIM
DUCTIL FRAGIL
EQ 1 k 3 T
T
k
C
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Mecânica dos Sólidos: Critérios de falhas Prof. Dr. Edry Antonio Garcia Cisneros
DUCTIL FRAGIL
Para o caso de materiais dúcteis esta teoria se comporta similar a 3ra, mas no caso de materiais
frágeis aproveita muito melhor a zona.
CONCLUSÕES
Na atualidade se utilizam a 3ra e 4ta teorias para materiais dúctiles.
A 3era se utiliza quando se quer segurança.
A 4ta se utiliza quando se quer economia.
Para os materiais frágeis se utiliza a teoria do Mohr.
Exemplo.
Cheque a resistência de um corpo que tem em sua zona crítica um ponto com o estado de tensões
mostrado e se requer um desenho com máxima segurança. O material do mesmo tem uma tensão
de escorregamento de 260 MPa e se trabalhará com um fator de segurança de 2.
b) Represente graficamente o estado de tensões.
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20 MPa
70 MPa
40 MPa 40 MPa
60 MPa
70 MPa 60 MPa
ppal = 20 MPa
x = 40 MPa
y = -70 MPa
= 60 MPa
X Y 1 2 2
MAX X Y 4
MIN 2 2
40 70 1 2
MAX 40 70 4(60) 2
MIN 2 2
MAX 15 81,4
MIN
1 = 66,4 MPa
2 = 20 MPa
3 = - 96,4 MPa
eq 1 3
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260
130 MPa
2
2
tg 2 0
X Y
2(60 )
tg 2 0 1,09
40 70
1
2 O tg 1,09
O = - 23,73
1- A figura mostrada representa o estado de tensões no ponto mais carregado de uma peça
mecânica. O material da mesma tem uma tensão permissível a compressão de 164 MPa e uma a
tração de 100 MPa.
a) Cheque a resistência da peça.
b) Represente graficamente os planos e as tensões principais.
15 MPa
14
MP 14 MPa
a
70 MPa
70
MP
a
MPa
50
15 MPa
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ppal = 50 MPa
x = 15 MPa
y = -70 MPa
= -14 MPa
X Y 1 2 2
MAX X Y 4
MIN 2 2
15 70 1 2
MAX 15 70 4(14) 2
MIN 2 2
1 = 50 MPa
2 = 17,25 MPa
3 = - 72,25 MPa
k t 100
eq 1 3 T k 0,6
C 164
b)
2
tg 2 0
X Y
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2( 14 )
tg 2 0 0,33
15 70
2 O tg 1 0,33
O = 9,13
2- O estado de tensões mostrado corresponde ao ponto mais carregado de uma peça construída de
aço com uma tensão de escorregamento de 420 MPa.
a) Cheque a resistência da mesma se quer trabalhar com a máxima economia e com um fator de
segurança de 2.
b) Represente as tensões e os planos principais.
60 MPa
60 MPa
Pa
M
80
50 MPa 45 MPa
80 MPa
45 MPa
ppal = - 50 MPa
x = 60 MPa
y = 45 MPa
= 80 MPa
X Y 1 2 2
MAX X Y 4
MIN 2 2
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60 45 1 2
MAX 60 45 4(80) 2
MIN 2 2
MAX 52 ,5 80 ,35
MIN
1 = 132,85 MPa
2 = -27,85 MPa
3 = - 50 MPa
1 2 2 2
EQ 1 2 1 3 2 3
2
1 2 2 2
EQ 132 ,85 27 ,85 132 ,85 50 27 ,85 50 172 ,84 MPa
2
420
210 MPa
2
2
b) tg 2 0
X Y
2(80 )
tg 2 0 10,66
60 45
1
2 O tg 10,66
O = -42,32
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20 MPa 60 MPa
50 MPa 50 MPa
90 MPa
90 MPa
60 MPa
ppal = 20 MPa
x = 60 MPa
y = 50 MPa
= -90 MPa
X Y 1 2 2
MAX X Y 4
MIN 2 2
60 50 1 2
MAX 60 50 4( 90) 2
MIN 2 2
MAX 55 90,13
MIN
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1 = 145,13 MPa
2 = 20 MPa
3 = - 35,13 MPa
eq 1 3 T
1 2 2 2
EQ 1 2 1 3 2 3
2
1 2 2 2
EQ 145 ,13 20 145 ,13 35,13 20 35,13 159 ,98 MPa RESISTE
2
2
b) tg 2 0
X Y
2( 90 )
tg 2 0 18
60 50
1
2 O tg 18
O = -43,41
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