Você está na página 1de 1

Um presente em forma de palavras, o que eu posso oferecer em agradecimento a estas

almas lindas que fizeram a minha danar na beleza do infinito.

Abraos de luz

Descanso

Descanse seu corao na minha aldeia. S o som das guas e nada mais. Havia uns
passarinhos, mas eles se foram. Havia borboletas, tambm nos deixaram. Havia um
bicho ou outro pelo mato, e j aqui no esto.

Descanse. Descanse sua voz no meu silncio e grite com a alma o que quer saber. Cala
os ouvidos para o barulho de fora e tome flego para escutar. Sero muitas e longas
frases, talvez queira ouvir mais de uma vez. Mas nada ser repetido, aqui se fala s
uma vez.

Descanse suas mos no piano, na marimba, no tambor. Descanse seus dedos com o
ressoar das cordas que tocam beleza e honestidade. A msica soa leve e vibrante, forte
e acalentadora. Descanse seus olhos nessa cano.

E quando as portas se abrirem, quando seus braos soltarem o peso que carregam em
vo, ver que a luz se projeta ao infinito e ser tarde, tarde para voltar. Abra os
olhos, arranque esta alma ferida e cansada, que o brilho j vem. O brilho do que
eterno e verdadeiro.

E quando menos esperar, estaremos em paz. No haver mais perguntas. No haver


mais nada.

Por Mariana Emiliano


Junho de 2012

Você também pode gostar