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ELETRONICA RADIO E TV CURSO DE RADIO 2° LICAO TEORICA ELEMENTOS DE CIRCUITO |- Introdugao 0 uso da eletricidade tornou-se tao ‘comum nos dias atuais que, ao ligar um Intertuptor para acender uma lampada, movimentar um motor, aquecer um ferro de engomar, pér om funcionamento um radio ou televisor, etc., pouca ou nenhuma importancia damos ao agente que produz tanta comodidade, que é a corrente elétrica, Entretanto, isso nao deve acontecer com 0 técnico em eletricidade ‘ou qualquer de seus ramos, como este de eletronica que o aluno esta cursando. E por esta razao que, tendo apresentado ras ligOes anteriores os fundamentos da eletricidade, nesta ¢ nas sequintes passaremos a expor os elementos fessenciais de um circuito elétrico, Il- Definigdes 1- Circuito elétrico Na primeira licao de nosso curso, ja vimos que s2 chama de citcuito elétrico 0 percurso da corrente elétrica, 0 que, em outras palavras, significa que o circuito € caminho percortido pelas cargas letricas (figura 1), 2-Gerador e receptor Todo circuito elétrico possui, no minimo, um gerador e um receptor. De fa to, para que as cargas elétricas circulem, 6 nacessario que exista algum dispositive que a movimente, ou seja, que as empur- re através dos condutores. Esse dispo- sitivo € 0 que se chama de gerador elé- ttico. Entao, como definicdo, diremos que: ¢gerador elétrico ¢ 0 dispositive que ‘movimenta as cargas elétri Figuat Exemplo do Grcult elvico Figura 2 Aparéncia isca erepresentagso qralica do um gorador de corrente continua Os geradores podem ter os mais, diferentes tipos @ formas, como analisamos na ligéo anterior, a0 apresen- tar os geradores mais encontrados na pratica corrente. Mesmo assim. Feproduzimos os simbolos dos geracores de corrente continua, como as pilhas e os dinamos (fig. 2) e dos geradores de corrente alternada, chamados de alternadores, como os geradores das Lar ‘grandes usinas de eletricidade e os de pe: queno porte, empregados em sitios, fa- zzendas, etc., como mostrado na figura 3. ‘AS cargas elitricas empurradas pelo gerador de eletricidade devem produzir algum trabalho ati, tais como aqueles que citamos no inicio desta ligao, de acionar lum motor, acender uma lampada e muitos outros. O dispositive que @ sede desse trabalho se chama receptor. Podemos, entdo, definir receptor como sendo qualquer dispositive que transforma a energia elatrica de um gerador em qualquer outro tipo de energia que nao seja o calor. Um motor elétrico, por exemplo, é um receptor, porque trans- forma a energia elétrica em energia mecanica, isto @, 0 motor gira devido 20 efeito magnético da corrente que 0 atravessa €, por iss0, 6 capaz de acionar 2 Figura 9 Aparenciafisica e represaniagaa Valica de um gerador de corrente alernada qualquer dispositive mecdnico, como uma serra, uma maquina de beneficiar café etc. A lampada também é um receptor, porque transforma a energia elétrica em fenergia luminosa (luz). Figura 4 ‘© aluno, por certo, estar pergun tando porque excluimos 0s dispositivos que transformam energia elétrica em calor, da definicao de receptores. O ferro de engomar, por exemplo, nao é um receptor? De fato, 0 ferro de engomar, assim como 0 fogareiro, o ebulidor, etc., nao sAo considerados recepiores, porque (© desprendimento de calor @ um efeito da corrente eletrica, ou soja, sempre que houver passagem de corrente por um dispositive, havera, fatalmente, des: Figura 4 - Voob ida constantemente no dia ia com receptores. Figura 5 © calor dasprendide resulta do atnto das cargas elvicas 20 pereorrer um,cicut. prendimento de calor. © calor, portanto, com excegao dos dispositivos de aque- cimento,constitui-se om uma perda na transtormacéo de energia e, por isso, 0s dispositives que simplesmente trans- formam eletricidade em calor no foram incluidos na definigao de receptor (figura 5). Devemos acrescentar que alguns autores excluem, também, a lampada de incandescéncia, ou seja, a lampada ‘comum em que a'luz 6 consequéncia do aquecimento ao rubro (vermelho como brasa) de um filamento metalic, da definigao de receptor. 3 - Circuito elétrico pratico Para a realizacao pratica de um Circuito elétrico, devemos ter sempre, no minimo, tr@s elementos, que sao: 0 dgerador,'o receptor e os condutores, que 580 os ios que interligam 0 gorador © 0 receptor Nas figuras 6 @ 7, mostramos d ‘exemplos de circuitos elétricos dos mais simples. Em 6, temos 4 pihas (gerador) ligadas a uma limpada através de fios de ligagéo. Esse circuito corresponderia a0 de uma lanterna eltrica, nao se considerando a chave interruptora. O aluno deve observar com bastante aten¢ao 0 circuito esquematico °, tambem, aquele que procura figurar os Componentes em sua forma real, ‘chamado, como veremos na ligao pratica, de circuito chapeado. Note, também, que 03 condutores (fios) no esquema 6, s40 representados or tragos cheios. Em 7, apresentamos outro tipo simpies de circuito, que corresponde a ligagao de um receptor de radio a tomada de forca da rede de distribuicao domiciiar. Temos af 0 gerador, que nao é visto pelo aluno, porque ele se encontra na usina de forga; os fios de ligagdo, quo na realidade seriam os que Figura 8 Exomplo de cveuto elético abera vem da usina até a residéncia complementados com 0 fio de ligagao (conhecido como cabo ou cordao de forca) do radio: e 0 receptor, que no caso 60 proprio recepior de radio. 4 - Circuito aberto - circuito fechado © aluno certamente ja observou que, para acender uma lampada, ligar fato, quando se unem os tios de uma instalagéo residencial entre si imediatamente se queima o fusive! ou, caso ele nao exista, os fios da instalacao aquecem-se até chegar a tusao do metal Diz-se, entao, que houve um curto: Circuito. Mas, néo é somente quando ha desprendimento de calor que existe curto Circuito. Se, por exempio, 0 fio de descida {da antena de um receptor de radio ou TV for ligado ao chassi, @ nao a bobina Gerador ecepror Wampada) Figura 6 -Aparéncia fisica e representagao grfica de um cteuitoelétrco (com plas). uma enceradeira, um receptor de radio, lum motor elétrico, etc., deve acionar uma chave interruptora. Em sendo assim. dizemos que antes de fechar a chave interruptora o circuito estava aberto. Anés 0 acionamento da chave, 0 circulto passou a ser fechado. Os dols circultos mostrados nas figuras 6 @ 7 sao exemplos de circuitos fechados, porque ali nao foi indicada nenhuma chave que permitisse létrca), Interrompé-los Na figura 8, 0 aluno encontra um cexemplo de circuito elétrico aberto, dos ‘mais simples @ comuns, pois trata-se da instalagao de uma lampada de incan- descéncla a rede de orca domiciliar, através de um interrupter aberto (desligado). Note o simbolo do interruptor. ‘Dos dois exemplos mostrados, podemos concluir as definigoes: a) Circuito fechado 6 aquele em ‘ue a corrente elétrica esta efetivamente circulando. ) Circuito aberto é aquele em que @ cortente létrica foi intorrompida. 5+ Curto-circuito Certamente, a expressao curto- Circuito néo 6 desconhecida do aluno. De adequada, diremos também que a antena esta em curto-circulto, embora nao se perceba qualquer desprendimento de calor (figura 8). Nestos dois exempios, 0 ‘ue acontece & que a corrente eletrica encontra menor resisténcia, ou seja, ‘camino mais curto (daf o name de curto- Circuito) para voltar_ao gerador. O que o aluno deve obsorvar 6 que, em caso de curto-ctcuito, a diferenga de potencial nos (| rege" ‘extremos da carga (nome que também se da ao receptor) cai a um valor muito baixo, ou seja, praticamente nulo, em conseqiiéncia do valor baixo que tem a “resistencia de curto-circulto" ‘Suponhamos, como exemplo, que uma lémpada de 60 watts esteja sendo Figura 9 - Um caso tipioe de curo-creuto, Figura 10 A corrente croulante 6 de: 170V + alimentada pela tensao de 110 volts da rede de distribuicdo domiciliar. Em tais. circunstancias, a corrente que passa pola lampada 6 de aproximadamente 0.5 ampere (meio ampere) e sua resistencia, evidentemente, de cerca de 220 ohms. Admitamos que os terminais dessa lémpada sejam ligados entre si, utilizando. se um pedaco de fio que tenha resistencia ‘muito baixa, digamos 0,1 ohm, como na figura 10 € que a resisiéncia interna do gerador © dos ios de ligagao que Conduzem a corrente até a lampada soja muito menor que 0,1 ohm e, portanto, possa ser desprezada. Nestas condigdes, pelo fio de curto-circuito passara a corrente de 110 V = 0,10 = 1100 A, corrente elevadissima e’suficiente para provocar a fusdo do fio. Mas a lampada, este caso, nao se apagaria, porque a diferenca ‘de potencial nas suas extremidades continuaria sendo de 110 volts, j& que admitimos que a resisténcia do geradr € a dos fos de distribuigo so nulas. Na pratica, isso nao acontece, porque, se podemos desprozar a resisténcia intera do gerador, 0 mesmo nao se da com a dos fios de ligagao. Suponhamos, entao, que os fios de tgasto Laman reuieénca Jo 0.9 ohm, {que 6 um valor bastante razodvellom uma instalacao residencial. Em sendo assim, quando se curto-circuitam os terminais da lampada com 0 condutor de 0,1 ohm, a resistencia total 6 de 1 ohm, ou seja, 0,9 ‘ohm dos condutores, mais 0:1 chm do fio de curto-circuito. A'corrente que passa pela linha sera entéo de 110 amperes, {que rasultam da divisao dos 110 volts do gerador por 1 chm da resisténcia total. Essa corrente ¢ bastante elevada e, certamente, queimaria o fusivel da instalagao que via de regra, tem valor entre 15 a 25 amperes. Porém, o que pretendemos saber 6 se a lampada se ‘pagar ou ndo em caso de curto-crcuito. Para isso, vamos determinar a diferenga de potencial que aparece nos terminals da lampada. Como a resistencia nesse ponto 6 praticamente a do fio que produz 0 curto-circuito, ou seja, 0,1 ohm, ea corrente que passa por ele de 110 amperes, resulta que a tensao sera de ‘HOA X 0,10, 0 que da como resultado 11 volts. Logicamente, como a lampada foi construida para funcionar com 110 volts, ela nao se acenderd com 11 V. Este exemplo detalhado que demos tem a intengao de alertar o aluno quanto ao fato de que a diferenca de potencial na carga, curto-circuitada, desce a um valor bem mais baixo do que aquole de seu funcionamento normal. Por outro lado, deve-se adservar que 0 valor Ghmico da resistencia de curto-circuito & muito relativo. Em outras palavras, a resisténcia de 0,1 ohm que curto-circuitou a lampada de 60 watts nao tetia 0 menor feito se fosse colocada nos terminals de uma carga que tivesse resistencia bom ‘mais baixa que esse valor, 'No exemplo da antena que citamos mais acima , bastaria uma resisténcia de cerca de 1000 ohms para colocar em ‘curto-circuito o sina Estamos insistindo neste conceito de curto-circuito porque, em ligdes futuras, quando estudarmos 0s circuitos empregando componentes trabalhando om freqUéncias elevadas, muitas vezes uma impedancia (nome que se dé a resisténcia oferecida a corrente alternada) de alguns milhares de ohms é suficiente para curto-circultaro sinal 6 - Elementos fundamentais de um circuito Do que fol visto até aqui podemos concluir que os elementos bésicos de um Circuito elétrico sao: a fonte ou gerador: “08 fios de ligago ou condutores; a carga ou receptor. Os geradores chamamos de elementos ativos do circuito e as cargas chamamos de elementos passives. Estas denominagoes sao mais ou menos légicas, se lembrarmos que 0 gerador & 0 elemento que empurra as cargas elétricas, sendo portanto o agente da aco, @ 0 receptor é 0 elemento que recebe as cargas elétricas @ as transforma ‘em alguma modalidade de energia; consequentemente, 6 0 paciente da acao. Os fios ‘de ligagao sao ‘simplesmente elementos de condugao de cargas elétricas, dal a denominagao de ‘condutores, 7 Tipos de circuitos Se tivermos um gerador, um receptor e fios de ligacdo, somente pode- Femos montar um circuito extremamente simples como aquele que mostramos na figura 6. Se tivéssemos duas lampadas e um gerador, poderiamos montar dois, circuitos, como mostramos na figura 11 Com maior nimero de lampadas & geradores, poderiamos montar circuitos bastante complicados; entretanto, eles sempre podem ser conduzides aos trés tipos basicos, que sao: em série, em paralelo e misto, Figura 11 paralele a) Circuito em série Exemplo de circuitos: série @ Chama-se de circuito em série aquele em que a ‘corrente tem apenas um caminho ara percorrer. Na figura 12, mostramos um Gircvito em série, pois'a corrente que sai do pélo positive da bateria passa pelo Interior das duas lampadas e volta ao pélo negativo (sentido convencional da corrente). ‘A caracteristica fundamental de todo circuito em série 6 que a corrente Figura 12 - Exemplo de crcuto em série, que passa por todas as cargas ¢ a mesma. Assim, no circulto da figura 12, a Corrente que passa pela primeira lampada 6 exatamente a mesma que passa pela segunda, Por outro lado, a diferenca de potencial da bateria reparte-se entre as diversas cargas. b) Circuito em paralelo ‘Chama-se de: CO circuito mostrado na figura 13 é um exemplo de circulto paralelo, pois 2 corrente que sai do polo positive da bate ria se divide, passando uma parte por uma das ldmpadas e outra pela outra lampada. Note que na figura 12 representamos a corrente pela letra | indicamos seu sentido convencional de percurso pelas tlechas. Ja na figura 13 as correntes nas lampadas foram indicadas respectivamente por |, @ lz, onde os pequenos nimeros colocadas embaixo das letra | servem para indicar que essas correntes nao sao iguais. Esses umerozinhos que o aluno encontrara freqUentemente em nossas ligSes, ¢ em qualquer livro do ramo que porventura consular, chamam-se indices. Assim, a Corrente |, seria lida : corrente | indice um. A caracteristica fundamental do Circuito em paralelo é que a diferenca de potencial aplicada as cargas é a mesma Figura 19~ Exemolo de ciclto em paralelo ppara todas o igual a da bateria, Por outro lado, a corrente que sai da bateria se divide, derivando-se para cada uma das caigas. Por este motivo tal tipo de circulto 6 também chamado de circuito em derivagdo ou “shunt” Deve-se observar que, embora a corrente se distribua em todas as cargas, a que sal do pélo positive do gerador é fexalamente a mesma que volta a0 polo negative. Em outras palavras, isto quer dizer que: a corrente fornecida pelo gerador é igual a soma das correntes de todas as cargas. ©) Circuito'em série-par ou misto lelo Um exemplo de circuito em série- paralelo ou misto é 0 que esta mostrado na figura 14. Como o aluno pode notar, ‘ele 6 composto de uma ligagao em sé- rie e de outra em paralelo, dat resul- tando sua denominacao. Como 6 de se ‘esperar, tal tipo de circuito ndo tem uma caracteristica unica, mas goza das Propriedades dos dois circuitos que 0 formam, 8 - Protecao e comutacao de circuitos Vimos que um curto-circuito em carga ligada a um gerador de poténcia, ‘como, por exemplo, todos os aparelhos e iluminacdo e eletrodomésticos de uma residéncia, pode trazer conseqdéncias como a queima dos fios da instalagao, quase sempre seguida de incéndio, Para Figura 14 Exemple de Grouto mista evitar que isso acontega, todo circuito deve ser protegido contra ‘curto-circuitos acidentais. Essa protecao é conseguida Pela utlizagao de elementos de ruptura ou de abertura, tais como os fusiveis © os Felés, respectivamente, Além dos elementos de abertura automatica que protegem os circuitos, eles deve ser providos de dispositivos {que permitam feché-los ou interrompé-los, ‘Que sao as chaves interruptoras, ou qué ermitam escolher 0 circuito desejado, ‘Que sao as chaves comutadoras. Assim, quando se acende ou se apaga uma lampada, liga-se ou desliga-se uma enceradeira, etc., 0 que se faz é atuar sobre uma chave interruptora, ou seja, sobre um dispositive que corta (interrompe) a corrente que estava Circulando pelo circuito ou que o liga a0 gerador. fazendo que a corrente passe a Circular. Mas, quando atuamos no botao de nosso radio, escolhendo a faixa de onda que nos inieressa receber, ou sobre © botao do sintonizador de canal do televisor, nao estaremos simplesmente Interrompendo um circuito, mas escolhende dentre os varios circuitos exatamente aquale que nos interessa Essa funcao 6 efetuada pela chave ‘comutador ‘Nas linhas que se seguem vamos apresentar os elementos de protecao ‘comutacdo mais comuns e com os quais aluno se defrontara constantemente em ‘sua vida profissional 9- Fusiveis Os fusivels so os elementos de protecao de uso mais constante, seja nas instalagbes domiciliares ou nos circuitos de eletrénica. Os principais tipos de {usiveis sao os de rolha ou soquete e os de cartucho. principio de funcio- namento dos fusiveis 6 aquele ja citado, ou seja, ha a fusdo do metal de que 0 fusivel é construido, quando a corrente alinge um valor suficiente para isso. a) Fusiveis do tipo rolha ou soquete Na figura 15, mostramos 0 tipo mais comum de fusival do tipo rolha ou soquete, em seu aspecto real, enquanto ue na figura 16 ilustramo-io em corte. ‘Como se pode notar, tal fusivel é Figura 15 - 0 elemento fusivel eroonta-se bam prategido interno ao corpo de porcelana Figura 16 -Fusivel em con. constituido por um corpo de porcelana que fem por fora uma manga rosqueada, de latao; na exiremidade inferior, um disco de contato, tambem de latao, 0, no sou interior, 0 fio fusivel que fecha o'circuito entre a manga € 0 disco Esse fio € geralmente construido de material de baixa fusao, tal como 0 chumbo, 0 zinco ou ligas' desses dois metais, ‘Quando acontece a queima de um fusivel em uma instalagao, nao & de boa pratica substitul-lo sem determinar as Causas ou causa que provocou a queima, Uma vez determinada e removida a causa da queima do fusivel, ele deve ser substituldo por outro de _mesmas caracteristicas, isto 6, que tenha mesma corrente de abertura e seja do mesmo tipo. Outro cuidado que se deve tomar quando da substituicao de fusivel, é 0 de atarraxé-io vigorosamente em sua base, para que nao haja mau contato, 0 que ° danificaria. De fato, mau contato significa ‘aumento da resisténcia de contato , em Conseqdéncia, aumento de temperatura nese Ponto, 6 que pode levar o fusivel & fusao, mesmo que a corrente nao tenha atingido seu valor maximo. Os tusiveis do tipo rolha sao encontrados no camércio com as capacidades de corrente de 10, 15, 20, 25, © 30 ampéres Os fusiveis do tipo soquete s4o instalados em bases ou receptaculos adequados e idanticos aos receptaculos de lampadas de incandescéncia. Na figura 17, apresentamos um tipo bastante comum de porta-fusiveis. As chaves facas, largamente utilizadas nas Instalacoes residenciais, ja vem com os Teceptaculos porta-tusiveis. b) Fusiveis-cartuchos Figura 17 - Porta-usivels plo. © fusivel do tipo cartucho tem forma tubular. E construido com tubos de vidro, porcelana, papeldo, fibra, etc. No interior do tubo, aloja-se 0 fio fusivel, © suas extremidades sao fechadas com pecas de metal, geralmente latéo, que servirao de contatos. (Os fusiveis-cartuchos sao bastante ‘empregades para protecao do circultos eletrénicos, tais como amplificadores, televisores, receptores de radio, etc ‘Os fusivels-cartuchos para grande intensidade de corrente tem larga aplicagao nas instalagGes industrials. ‘As instalagoes elétricas de veiculos automobilisticos também costumam ser protegidas por fusivels- cartuchos. Apresentamos, agora, os tipos mais comuns de fusivels-cartuchos, sendo que na figura 18 mostramos 6 {usivel de corpo de vidro, que ¢ 0 mais usado em eletrénica; na figura 19, um {usivel de corpo de papelao, usado em instalagOes residenciais e industriais; na figura 20, um fusivel de corpo de porcelana, também usado om instalagoes Industrias; e, finalmente, na figura 21, um fusivel de emprego vulgarizado em instalagdes de veiculos. Quanto a este ‘ltimo fusivel, devemos esciarecer que 0 fio fusivel é externo ao corpo ¢ forma uma pega s6 com as extremidades, que so 0s contatos. (Os fusiveis-cartuchos s4o insta lados em receptaculos especiais. Na figura 22, mostramos o porta-usivel especialmente desenvolvido para ser fixado ao chassi através de porca propria. O aluno deve observar que esse tipo protege integralmente o fusivel, 0 qual fica alojado em seu interior. ‘Na figura 23, mostramos outro tipo de porta-fusivel, que também se presta para ser instalado sobre 0 chassi Sua fixacao 6 feita através de um Parafuso com porcas. Esse tipo tem, sobje 0 anterior, a desvantagem de nao proteger 0 fusivel. NNa figura 24, mostramos o tipo de porta-fusivel desenvolvido especialmente para protecao de radios de carros. Ele 6 instalado no cabo de entrada de forca. Figura 18 -Fusivel com corpo de vcr. Figura 19 -Fusvelcartucho. soe Corpa de Borcetana Figura 20 -lustagao de um fusivel de corpo de porcelana, Figura 21 - Fusivel para automovel Figura 22 - Porta-fusivel para fixagéo em cgabinetes ou chassi 6 Figura 23 - Porta-(usivel para fixaglo em chassi ‘04 placa de ciculo impreseo. ¢) Classificagao dos fusiveis quanto ao modo de acao Vimos que 0 tusivel se rompe quando a corrente que passa por ele atinge um valor especificado, Os valores de corrente indicados nos fusiveis, na realidade, correspondem aqueles que ‘suportam sem que se interrompam. Se a ‘ortente é superior a esses valores, entéo haverd a fuséo do fio, ou seja, a queima do fusivel. Se assim ¢, 0 aluno deve estar perguntando: Qual é essa corrente, ‘entéo, que provoca a abertura do fusivel? Respondemos que tanto a corrente {quanto 0 tempo durante o qual ela dave agir dependerao do tipo de fusivel. 0 valor de corrente acima daquele ‘especificado para o fusivel 6 chamado de sobrecarga. Em razo do exposto, segue-se que a sobrecarga e 0 tempo que o fusivel demora para abrir-se determinam seu modo de acao e, quanto a isso, ele pode ser classificado em: de acao répida, de agdo normal 0 de a¢ao retardada. Os fusiveis de agao répida so aqueles que tém tempo basiante curlo para sobrecarga, igual a uma e mela a duas vezes 0 valor nominal Esses fusiveis sao empregados na protecao de instrumentos de medida e, bor isso, S80 construidos para valores de corrente bastante baixos, ou seja, de Figura 24 - Porta-usivel de caro cerca de um miliampare até um ou dois: ampéres. (Os jusiveis de ago répida abrem-se em cerca de cinco segundos, quando Corrente de sobrecarga atinge duas vezes 6 valor especiicado. Diremos, entéo, que ha sobrecarga de 100% (cem por cento). Se a sobrecarga for mais elevada, Gigamos cinco vezes (quinhentos por Cento), 0 fusivel se abira no tempo de 0,03 {trés centésimos de segundo). Evidentemente, quanto maior a sobrecarga menos tempo 0 fusivel levara para “queimar-se Os lusiveis de agéo normal so projetados para suportar sobrecarga de Cerca de 100%, isto 6, duas vezes 0 valor da corrente especiticada, sem queimar- se. Entretanto, 6e a sobrecarga elevar-so a cerca de 120%, ou seja. 1.2 vezes. de Seu valor espectficado, a qusima se dara fem menos de uma hora. Tamm, aqu, s0- brecargas elovadas queimarao 0 fisvel, em fragbes de segundos. Os fusveis utizados nas instalagdes residenciais e indusrais coms séo do ipo de acée norma. Os fusiveis de acdo retardada s8o bastante inleressantes,” porque suportam a sobrecarga duranie algum tempo, intencionalmente. Contudo, se ola persistr durante um tempo relatvamente fongo, 0 fusivel se abrira. Tal tipo de fusivel € bastante empregado na protegao de dispositivos que ullizem ‘motores eletricos, tais como geladeiras, fenceradei-ras, bombas de elevacao de gua, condicionadores de ar, etc, pois {ais aparelhos “puxam” mais corrente no momento da partida do motor. Natu- ralmente, se fosse utilizado fusivel de aaga0 normal em tal instalagao (correta- ‘mente dimensionado), ele se romperia na parida do moter. Se ele fosse escolido Com muita ‘olga’, isto &, que pudesse folerar uma sobrecarga muito elevada nao daria protecao eticiente ao cicuito ogo, a solugao correta em tais instalagbes sera o uso de fusiveis de ‘acai retardada, Para terminar estas informagées sobre fusiveis. devemos ressaltar que aqueles que sao construidos para tra- bahar em linha de potencia, ou seja, com corrente elovada e sujeits a diferenca de potencial elevada, quando abertos, trazem em seu cofpo aberturas para escape de gases em caso de curto- ireuito. De fato, quando a usa0 do fio {usivel @ muito violonta, ha vaporizacéo do metal, que se gaseifca e pressiona 0 corpo do fusivel como uma verdadeira bomba. © aluno [a deve ter observado 0 estouro que 0 fusivel da, quando de um ‘urto-cicuito em instalagio residencial. A causa desse estouro & a que acabamos de descrever. Observe, entretanto, que 0s fusiveis, quer sejam de roiha ou de cartucho, tém as aborturas para escape de gases. 10 - Abertura e comutagao de circuitos a) Chaves interruptoras Do mesmo modo que uma torneira cu registro serve para abrir ou fechar a passagem de agua por uma canalizacso, que uma porteira serve para abrir ou fechar uma passagem, sem a necessidade de se cortar a cerca, tambem as chaves interruptoras tem por finalidade faciltar a operacao de abertura ‘e fechamento de circuitos eltricos, ‘© modo de operacdo de uma chave Interruptora ¢ bastante simples, pois ela nada mais 6 que um contato mével que pode ser fechado ou aberto, segundo nossa necessidade. © tipo mais simples de chave Interruptora @ conhecida por chave-taca. Tal chave @ formada por uma lamina (faca) mével em torno de um ponto (articulagao), que se encaixa em contato Figura 26 Chaves. duplas e tiplas que ueam fm eau corpo rocopticulos porta usivels Figura 27 - Pasi incorreta de fxagio da ‘have tipo faca. fixo. Este tipo de chave ¢ bastante utiizado para interrupcao de circuitos de antena e de terra nas instalagoes de radiorreceptores. Quando se deseja interromper os dois circultos a0 mesmo tempo, usa-se a chave-faca dupla, que nada mais 6 que duas chaves simples, ‘comandadas simultaneamente por uma mesma haste, como mostra a figura 25: ‘Além das chaves-facas simples @ duplas que citamos, existem também as lriplas, que sao bastante utilizadas nas 7 Figura 28 - Chave interuptora do alavanca, Instalagoes trifasicas. Na figura 26 ‘mostramos uma chave dupla e uma tripla, do tipo mais comum, que trazem em seu ‘corpo os receptaculos porta-fusiveis, Na instalacao de uma chave-faca, 9 aluno deve tomar 0 cuidado de ding-ia de maneira 2 que as facas se abram, quando puxadas para baixo Diterente da figura 27. Esta pratica ¢ justicada porque, com o uso constante, haverd desgaste das articulagées @ as laminas nao mais permanecerao na posigao em que forem deixadas. Entao, a tendencia das laminas 6 cair sempre, @ se a chave foi colocada de maneira que feche 0s contatos para baixo, ela permanecerd sempre fechada, 0 que perigoso em caso de reparacoes na instalagao, Existem os mais variados tipos de cchaves interruptoras. Quando a chave & para interromper um sé fio, ela é chamada de chave simples, quando interrompe dois fios, ela ¢ chamada de cchave dupla, e, quando desliga trés fis, dé-se-the 0 nome de chave tripla. Procuraremos exemplificar agora, alguns tipos de chaves interruptoras, simples de uso constante em instalagSes residenciais. ~ chave intertuptora de alavanca, ou simplesmenta, interruptor de alavanca, conhecido como chave de embutir, de so muito generalizado em instalagoes residenciais (vide Figura 28). = chave de alavanca do mesmo tipo que a primeira, de mecanismo bem mais suave, conhecida pelo nome comercial de silentoque" (figura 29). ‘have interruptora conhecida como chave-péra, em virtude de sua for- ‘ma ser semelhante a da fruta (figura 30). - chave silentoque externa. Estas cchaves $40 construidas para instalagoes Figura 29 Ghave de alavanca “slentoque® em que os condutores nao estao embutidos na parede, ou seja, sao externos (figura 31). Finalmente, mostramos dois tipos Figura $2 ~ Chave tipo alavanca, Figura 34 Figura 35 ~ Chave do ipo rotativo 3x. de chaves interruptoras, de uso muito comum em eletronica. A primeira é bastante utlizada para ligar ou desligar ampliticadores de som, transmissores, Figura 31 - Chave de alavanca ou silentoque extoma, I+ Potenci6metro etc. (figura 32). A segunda é a mais ttiizada de todas, pois € a chave de qua- 'se todos os aparelhos de radio e tele- visdo. Esse interruptor vem conjugado ‘com 0 eixo de um resistor variavel chama do potenciometro, 0 qual estudaremos no 3? fascicul, resistor esse que serve para ‘controlar 0 volume ou o tom dos recep- tores de radio e amplificadores (figura 33), b) Chaves comutadoras Como afirmamos, as chaves comutadoras tem por finalidade permitir que o operador escolha 0 circuito que the interessa ligar. E claro que por esse motivo as chaves comutadoras s40 um ouco mais complicadas que as chaves Interruptoras. A seguir, apresentamos algumas chaves comutadoras com as ‘quais 0 aluno se defrontard em sua vida protissional Na figura 34 mostramos uma cha- ve comutadora do tino utlizado em esta- bilizadores de tensao do tipo manual, que 40 aquales aparelhos que permitem ‘modificar a tensao manualmente, quando ela aumenta ou diminui de valor. Nas chaves comutadoras os contatos méveis recebem o nome ‘especial de polos. Os fixos correspon- dem as posigdes. Assim, se uma chave tem um contato mével que pode fazer ligagao com tr8s outros, ou seja, que pode ocupar trés posicoes diferentes, diremos que essa chave 6 de um polo © tr8s posigées, ou simplesmente de 1 x 3 (lé-se: um por trés) ‘Além da classiticagdo das chaves ‘comutadoras segundo 0 numero de pélos © posicdes, elas recebem outra, de acordo com o movimento dos contatos. Assim, se 0 movimento € de rotacao, di2- se que a chave 6 rotativa ¢, se 0 movimento 6 em linha, diz-se que a chave ¢ linear ou desiizante. ‘Na figura 35, mostramos uma cha ve do tipo rotativo, de trés polos por tras posigdes, mais comumente utlizada para a comutagao de ondas nos receptores de radio de trés faixas, NNa figura 36 mostramos uma cha- vve de seis polos por tr8s posicdes do tipo desizante, de uso bastante frequente em receptores de radio, principalmente do tipo portati, por ser essa chave de tama: ‘tho bastante reduzico, Na figura 37 mostramos aqui uma ‘have também do tipo linear, conhecida por chave de tecla, @ que tem seu uso bastante difundido na comutagao de on- das om receptores de radio para automs- vel. Na realidade, cada tecla comands uma chave com determinado numero de pélos e posicées. Na figura 38 é mostrada uma chave tipo HH de dois polos por 2 posicdes, de uso muita freqdente em circultos eletrénicos. Figura 99, outro tipo de chave, a qual pode ser empregada em substtuicao a chave H-H, 6 a chave de tecla push-pull chave do tipo faca muito bem elaborada, mas, mesmo assim, 0 operador sempre ficara sujeite a niscos, porque devera atuar Figura 38 - Chave HH 2x2 Observacdo: Nos simbolos eleétricos das chaves que mostramos, o aluno deve nnotar que as linhas tracejadas indicam a conjugacao dos movimentos dos diversos Pélos, ou seja, mostra que, quando um polo muda de posicao, todos os outros da have também o tazem, ¢) Relés, chaves magnéticas Chamam-se de relés os interrupto. res ou comutadores comandados eletrica mente. A finalidade de tais chaves em ele trotécnica € proteger o operador do perigo as altas poténcias e também por uma ‘Questao de comodidade, pois, utlizando- se relés, é possivel colocar todos os co- mandos de uma complicada instalagae ‘om um mesmo painel. O relé , portanto, ‘um controle remoto. Para que 0 aiuno tenha uma palida ldéia da utlidade de um relé, imagine que se deva acionar um motor que funcione ‘com a tensao de 440 volts e que tenha poténcia de 100 HP. Evidentemente, é ossivel efetuar a ligagdo através de uma Figura 88 - Chave tipo Alps 2x2 (push-pull as proximidades da ligagdo. Entretanto, usan- do-se umn rele, ele podera fazer a ligagao a istanda, uilzando um creuto de pequena po tencia e que, potanto,é de mexima seguranga, Chaves magnéticas: O relé de ‘maior aplicagao, quer em eletrénica ou fem instalagdes industriais, € o connecido elo nome de chave magnética. O funcio- amento de uma chave magnética pode ser entendido pela analise do circuito que mostramos na figura 40. De falo, vamos Supor que devemos acionar o motor M. li gando-o ao gerador G. Entéo, ligamos um dos terminais do gerador diretamente no motor e 0 outro terminal do geradorligare- mos ao outro terminal do motor, através de um contato que estard sempre aberto, orque existe uma mola no dispositive desenhado que forca 0 contato para fora, Em toro do nucleo existem varias espiras de fio, de maneira a fazer com quo este funcione como um oletroims, Ente os dois terminals de saida so conectados Um interruptor e uma bateria, respectivar mente. Este 6 0 crcuito de baixa poténcia, Portanto, 0 circuito de comando. Vejamos agora o funcionamento do dispositivo. 9 Quando se liga a chave do circuito de comando, a corrente passa pelo fio que envolve o nucleo de ferro e cria uma forca magnética, como a dos imas, que atrai_a lamina (também de ferro) que su: porta o contato. Desta maneira, 05 conta tos do circuito de poténcia fecham-se e poem o motor em funcionamento. Como 0 aluno pode perceber, a ‘grande vantage desse dispositivo, cha mado de relé magnético, chave magnética ‘ou disjuntor magnético (quando ele deve interromper o circuito em determinadas ‘condig6es), 6 a de que 0 circulto de co- mando ¢ absolutamente seguro, porque ‘le,pode ser acionado a distancia que se desejar e com poténcia tao baixa que nao ofereca qualquer perigo ao operador Desenhamos 0 circuito com um $6 par de contatos; entretanto, poderiam ser dois, {8s ou mais, de modo que se abrissem todos 0s fos do circulto de poténeia, simu- ltaneamente. Os relés magnéticos sao bastante utiizados em instalagdes elétricas de au- tomoveis, principaimente para o comando de partida, ou soja, para acionar o motor de arranque e também a buzina, Em ole {rGnica, os relés também sao intensamen- te usados, principaimente em transmis: sores de grande poténcia, em circuito de telecomando, como, por exemplo, os aparalnos controlados a distancia, etc (figura 41). Os radioamadores usam fre ‘quentemente um relé, conhecido como relé de antena, com a finalidade de aproveitarem ‘a mesma antena tanto para a transmiss0 ‘como para a recepcao. Assim, ele permite ‘escolher 0 crcuto a ser igado & antena, ou Seja, transmissor ou receptor, e &, portant, também uma chave comutadora, Relés térmicos: Além dos relés magnéticos que descrevemos linhas acima, oxistem os relés térmicos, que, Figura 40 - Funcionamento de uma chave smagnétca Figura 41 Varios pos de relés. Figura 42 - Starter de lampada fuorescente, Figura 43 - Relé termomagnético. coma 0 préprio nome sugere, so chaves. que se abrem ou fecham sob a agao do calor. Os relés térmicos so amplamente utilizados, quer em baixa, quer em alta ppoténcia. Assim, os conhecidos “starters”, que sao as chaves de partida das lampadas fluorescentes, alguns pisca- piscas de automéveis, 0 controladores de temperatura (termostatos) dos ferros elétricos de passar, automaticos, sao alguns exempios da utilizagao de relés termicos (figura 42). Existem chaves magnéticas que dispoem, também, de relés térmicos que funcionam como fusiveis de sobrecarga (figura 43). Desta maneira, quando a cortente que passa pelo fio & maior do que a especiticada, 0 calor aquece 0 relé térmico, e este se abre, protegendo o circuit. relé térmico € constituide por um paar bimetalico, ou seja, duas laminas de metais diferentes © que se dilatam diferentemente, @ por uma fonte de calor. © principio de funcionamento esta ilustrado na figura 44. O aluno percebe que existem duas laminas de metais diferentes, sobrepostas e unidas. Quando © conjunto 6 aquecido, as duas laminas se dilatam, s6 que uma aumenta e a outra diminui de tamanho. Como esto unidas e nao podem deslizar uma sobre a outra, havera um encurvamento e abertura do ‘contato. Linhas antes afimamos que uma das laminas aumenta de comprimento € & outra diminui, entretanto ndo € abso- lutamente necessério que seja assim, pois basta que uma se dilate (aumente) menos que a outra para que 0 efeito soja 0 Na figura 45, mostramos o “starter” de uma lampada fluorescente desmon- tado. Neste dispositive, as duas placas de ‘motal esto soparadas.qde modo que sem aquecimento elas permanecem abertas, Quando a lampada tluorescente & ligada, como na figura 46, 0 circuito esta aberio e aparece 2 maior diferenca de tensdo (110 ou 220 volts) entre as duas placas do par. Como entre as placas existe 0 gs néon, havera descarga elétrica, ou seja, passage de corrente & desprendimento de calor, 0 qual aquece as duas placas, fazendo que com elas se ‘curvem e se unam, fechando 0 contato co circuito da lampada. Quando isso acontece, 0 filamento da lampada se aquece, iniciando a descarga através dela. Neste ponto, como a diferenca de potencial nas placas do “starter” cai a um valor abaixo do de descarga do gas néon, as placas esfriam-se e elas novamente se abrem, colocando o “starter” fora do PAR TERMOELETRICO| ok Figura #4 - Chaves quo se abrom ou fecham 0b a aga do calor. im Figura 45 - Starter desmontado Figura 47 - Chave magnética comercial 10 Figura 19 Relé trmico de Terra Ge engomar. circuito, Para terminar esta lga0, mostramos 47) - chave magnética comercial, sada para acionamento de motores. 48) - chave magnética para comutagao do circuito de antena de transmissores, do tipo relé de antena, 49) - reié térmico usado em ferros de engamar do tipo automatico ‘Observacao: Procuramos dar ao aluno uma vvisao global dos circuitos elétricos do modo de protegé-los. Nao ‘entramos em partcularidades, porque 10 momento nao 6 oportuno para tal Com 0 desenvolvimento de nossas ligdes, serao apresentados os ‘detalhes de muitos dos dispositivos ‘que aqui citamos; por isso, 0 aluno nao deve apegar-se a detalhas, mas ‘entender a ligdo em seu todo, ou seja, [0 que 6 © circuito eltrico, quals suas partes principais, como se classifica, ‘como protegé-lo, como comuta-lo. Na ligao pratica,trataremos da simbologia e do desenho dos circuitos elétricos, principalmente no que diz respeito & eletronica. A ligao pratica, embora nao seja evidente, é uma ‘complementagao desta ligao e, por isso, 0 aluno deve dedicar a ela toda fa atengao, ‘Do terceiro fasciculo em diante iniciaremos 0 estudo dos elementos passivos, tais como resistores ‘capacitores, bob!nas, etc., que, como ‘carga de élemerios ativos especias, formardo os circustos fundamentais de detecdo, amplificagao, retificagao, tc., que SA0 a base da eletrénice ao 5-3 CURSO DE RADIO 2" LICAO PRATICA SIMBOLOS GRAFICOS E DESENHO DE ELETRONICA 1- Simbolos graficos No inicio da era do radio, os receptores eram compostos de poucas egas e ligagdes, de forma que bastaria lm Gesenho que representasse as pecas om sou aspecto real, com suas respectivas ligagdes, para que sua construcéo_ficasse” perfeitamente compreendida, Atualmente, isso j@ n&o se pode fazer, porque o numero de pegas que compée um moderno recepior 6 bastante grande, além de que suas formas sao as mais variadas possivets, Em sendo assim, sempre que ha necessidade de representar um. componente, utiliza-se um simbolo gralico, isto 6, um desenho que epresente esse componente. ‘A adogao de simbolos adequados facilita enormemente o desenho de um Circuito eletrénico, tal como um receptor de rédio, um transmissor, um amplficador etc., © tem a grande vantagem de Proporcionar uma visao ampla do Conjunto de ligagdes, o que facilita a ‘compreensao do funcionamento. Um circuito elétrico desenhado em forma simbélica chama-se de ‘esquema ou diagrama. Para quo 0 aluno leia um esquema com facilidade, deve saber de cor os Simbolos @, por isso, aconselhamo-lo a ue dedique bastante ateneao & tabela ue apresentamos nesta ligao © ideal, na simbologia, tanto om eletrGnica como em qualquer outro ramo da técnica, seria que ela fosse universal isto @, que os simbolos lossem os mesmos. para todos 0s paises. Uamentavelmente, - isto nao so da, 0 componentes.que tém um simbolg na Europa tém outro na América ou na Asi, grando uma contuséo desagradavel nos meios tecnicos Para disciplinar 0 assunto polo menos fegionalmert, cada pais tem 0 Seu érgao técnico competente, que propde simibolos adequados. ‘No Brasil, esse organismo 6 a Associagao. Brasileira ‘Ge Normas Técnicas (ABNT) e 6, evidentemente, a ue deverlamos seguic Eniretanto, nao 0 faremos, porque 1 maiora dos fabricantos do aparolnos Sletronices de nosso pais ainda ndo se- gue a simbologia prescrita pela ABNT e, se apresentéssemos ao aluno somente as normas nacionais, certamente teria dificuldades na leltura de esquemas de origem estrangeira. Por isso, em nossa tabela de simbolos identificamos os mais usados. Um detalhe interessante, na proposicao de simbolos, ¢ que, quase sempre, ele proveio do desenho de um "corte" do componente original. Claro esta que, com 0 tempo, o componente pode sotrer modificacdes radicais em sua forma, mas o simbolo primitive permaneceu ou entdo sofre apenas uma pequena alteracao. Na tabela de simbolos que apresentamos nesta ligdo, 0 aluno encontra quatro colunas. Na primeira, damos o nome do componente; na segunda, procuramos mostrar uma forma real ; na terceira, o simbolo alfabético, isto 6, a letra ou conjunto de letras que se usa para identificar 0 componente; e, na quarta, o simbolo propriamente dito. Quanto & segunda coluna, onde mostramos 0 aspecto real do’ com- Ponente, devemos acrescentar que se procurou apresentar um componente ‘comum, 0 que nao impede que o aluno Possa encontré-io com forma bastante diferente da que apresentamos. Evidentomente, 0 aluno desco: nhece a quase totalidade dos compo- nnentes mostrados, razao por que poderia parecer inoportuno apresenté-los nesta ligo. Entretanto, assim nao 0 @, pois 0 nosso objetivo, com a presente ligao, 6 que 0 aluno aprenda desde ja a ler um esquema, e isto independe de entendé1o ou nao. Por exemplo, na figura 50 mostramos um esquema. O aluno desconhece sua fungao (amplificador de saida de audio, no caso), mas é capaz de identifcar que C1, C2 e C3 sao capacito- Figura 80 - Ampiicador de saida de auch. "W res, que Rt 6 um resistor, que T ¢ um transistor NPN, que Tr é um transfor- ‘mador com nucleo de ferro e que FAL € um altovalante de ima permanente. E ainda ‘capaz de assegurar que Rt tem um de seus termina ligado ao chassi e 0 outro kgado 20 ‘emissor do transistor, onde também esta ligado um dos terminais do capacitor C2, Por outro lado, se 0 aluno tivesse tum circuito como 0 mostrado na figura 51, Figura 51 Circuito elatico. nao teria dificuldades em escrever seu ‘esquema, como mostramos na figura 52 Figura 52 -Diagrama esquematico do creuto Visto na fgura 51 O aluno deve notar que acessérios tais como base para lémpadas, pontes de ligacao, paratusos, porcas, ‘dial’, caixa, etc., nao tém simbolos. Finalmente, cabe-nos observar que todos os componentes apresentados na tabela serdo estudados detalhadament, no transcorrer do curso. 2 - Desenho de eletré- nica A forma pela qual sa0 elaborados 0s desenhos de eletronica também obedece a especificacdes proposias pela ABNT. Segundo esse 6rg30, os desenhos sao clasificados em: a) Esquema de bloco Sao desenhos em que os circuits de fungbes definidas so reprasentados por uma figura geométrica, normalmente lum retangulo, chamado bloco. Os blocos so interligados por linhas simples. Por exemplo, estudaremos, mais tarde, que lum receptor de radio comum, consta de uma etapa osciladora-misturadora, uma etapa de frequéncia intermediaria, uma etapa de detecao dos sinais, uma etapa de amplificacao de som e da etapa de alimentacao; nestas condicoes, 0 diagrama de bloco do receptor poderia ser desennado como mostramos na figura 53 © diagrama de bloco nao fornece nenhuma indicacao sobre 0 circulto ou Componentes. mas tao somente como a0 ligadas entre si as diversas etapas, Figura 53 - Diagrama em blocos do um racio AM monatonico, Figura $5 - Esquema completo de um amplticador. que constituem 0 aispositivo trénico. b) Esquema simplificado Neste tipo de esquema sao desenhados os componentes do circuito, usando-se 0s simbolos adequados, suas ligagdes, mas omitem-se os valores dos ‘componentes. A figura 54 ilustra o dese: inho de um esquema simpliicado, ¢) Esquema completo E 0 desenho no qual sao representados todos os componentes, suas ligagdes e seus valores partculares. Na figura 55, mostramos 0 esquema completo de um ampilicador. ‘Alem desses tipos de esquemas, 0 desenho pode apresentar ainda 4) vista de localizacao, que ¢ um desenho mostrando a disposicéo dos componentes, sua localizacao e também suas identificagbes; b) desenho de flagao, 0 qual mostra as ligagdes entre os componentes. Este tipo de desenho é mais conhecido ‘com o nome de esquema chapeado, A figura 51, por exemplo, ¢ 0 cchapeado do esquema mostrado na figura 82 Fica assim terminada nossa licdo sobre simbolos e desenhos de eletrénica. Esta lico é muito importante para a leitura € compreensao dos circuitos ©, por isso, 0 aluno deve estuda-la com muita 12 Figura 54 simples recepter. Esquema simpliticado de um dedicagao, para reter na meméria os simbolos mais usuais. Naturalmente, nossa tabela nao contém todos 0s simbolos que oxistem, mas somente os mais empregados em radio e televisdo, que € 0 escopo de nosso curso. Se no desenvolvimento de nossas licdes houver necessidade de mais alguns deles o aluno tomara conhecimento. Acrescentamos que esta tabela foi {eita tomando-se os simbolos que ja foram largamente empregados e os que atual mente 0 S80; porém, nada impede que as ‘empresas @ d1gaos que estabelecem os simbolos para os comoonentes os atterem. || REEF NOME [ASPECTO REAL ‘swe. sIMBOLO NOME [ASPECTO REAL ‘sims. SIMBOLO A AE. a Gave a Sexe | somo / a oo >\ x D: © “fl th -D) e é , » | - eats ae ASPECTO PEA. ms. simpoto ASPECTO REAL sn. ALF shveoto ant. ry sme ah = TRC aoe | = ari ‘) aie es 8 poose ——_ or —y- CURSO DE RADIO 5.5 CONDUTORES DE ENERGIA ELETRICA (2* PARTE) Na aula anterior vimos algumas das caracteristicas proprias de um condutor,tais como materiais empregados ara sua consiituigao, a classificagao dos mesmos contorme suas secgdes, com pplementando a referida aula com a apre sentacao da tabela | Porém, um iépico muito importan- te, reterente a fios, deixamos para ser vis- to nesta aula; estamos nos referindo & resistividade oferecida pelo condutor, a ‘qual pode ser considerada como uma caracteristica elétrica do mesmo. a) Resistencia dos condutores de cobre Outro fator que influi decisivamente nna escolha de um condutor consisto na resistencia elétrica que 0 mesmo oferece, Por esta razao, na tabela I, nas suas duas Ultimas colunas (da esquerda para a direita), sao indicadas, para cada bitola, as resistencias minimas ¢ maximas, respectivamente, de um condutor de cobre medindo 1 Kim de comprimento. Para calcular-se a resisténcia de lum condutor de comprimento qualquer, basta mutiplicar os seus valores dhmicos, indicados na tabela |, pelo comprimento dese condutor, medido em Km. Desta maneira, por exemplo, 0 condutor n 38 AWG ‘presenta, como fesisténcias minima e maxima, 1.991119 2.239770, respectivamente. Desta maneira, um fio n® 38 AWG de 4 Km de comprimento apresenta uma resisténcia maxima de. 2.28977 x 4 = 8,95908 = 90 Quanto a resisténcia minima deste fio, para.o mesmo comprimento, esta sera de: 1,991110.x4 = 7.96444 = 80 Caso medirmos a resisténcia oferecida por tal condutor com o comprimento indicado, certamente FIOS (2° PARTE) Fio nu estannado. Figura t encontraremos qualquer valor éhmico intermediario entre os dois valores calculados, inclusive. fato de tor-se multiplicado a resistencia, em Q por Km, pelo comprimento do fio, decorre do fato de ser a resistencia de um condutor proporcional {20 seu comprimento, Queremos aqui deixar bem claro que os valores éhmicos indicados na tabela | referem-se unicamente aos condutores de cobre, 0 que nao ocorre ‘com os demais dados da reterida tabela, ‘Alem disto, tal tabela refere-se, ‘como ja citamos anteriormente, a fios cuja bitola ainda @ indicada conforme a escala AWG. Atualmente, conforme 0 aluno tera oportunidade de verificar, emprega-se uma escala em mm?. b) Tipos mais comuns de condutores Estudamos até aqui as principals caracteristicas dos fios, considerando-os como sendo condutores nus, isto 6, desprovidos de qualquer capa ou verniz de material isolante com que muitas vezes sao fabricados. Passaremos, agora, a considerar 05 tipos mais importantes de isolamento dos condutores. Queremos inicialmente, destacar ‘que a espessura e a natureza do material isolante depende principalmente da tensao elétrica a qual o condutor sera ‘submetido, Com isto, quanto mais elevado © nlimero de volts que 0 condutor deve suportar, maior devera ser a espessura do encapamento e melhor a qualidade do 7 2* LICAO ESPECIAL material isolante empregado. Em grande numeros de casos, 6 de’sejavel ter dois ou mais condutores isolados entre si, porém agrupados de maneira a constituirem um Unico cabo. O Conjunto em questao ¢ novamente envolvido em material isolante, cuja principal funcao 6 manter os condutores nidos ¢ formar um todo compacto. Temos, assim um conjunto denominado cabo maltpto. ‘A seguir, daremos uma indicagao sobre varios tipos de condutores Obviamente, ndo abrangeremos todos os tipos existentes, pois isto seria impraticavel, devido a grande variedade de tipos fornecidos por cada fabricante, sendo que cada qual acrescenta caracteristicas peculiares para seus produtos, visando uma certa melhoria de qualidade e diterenciacao ‘Alem disso. apenas citaremos denominages técnicas ou marcas ‘quando realmente for indispensavel, pro: curaremos, isto simi, fazer um pequeno Quadro geral, mencionando apenas a denominacao mais popular e comum nos meios tecnicos, Fio nu estanhado: seu uso relativamente restrita, devido ao fato de 0 ‘mesmo nao possuir isolamento externo, mas sim uma camada de estanho depositada extemamente por eletlize, qual propicia um excelente contato eleinico (veja figura 1) Deve-se, portanto, ter muito cuidado ao manusear tal tipo de tio para evitar-se curto-circultos, Fio nu esmaltado: sendo também muito empregado para a conteccao de Figura 2 -Fio nu osmaitado, Figura 3 Fe encapade bobinas de radiofreqaéncia, o principal emprego deste fio compreende a construcao de transformadores diversos (figura 2). ‘So varios 0s tipos de flos esmal- tados, 0s quais classificam-se de acordo com 0 tipo de isolagao empregada, con: forme 0 aluno pode observar por inter medio da tabela Il Nesta tabela 6 citada também, om tungao do esmalte empregado, quais os principais empregos e bitolas para cada aso especitic. Fio encapado: o fio encapado é ‘geralmente empregado em ligagdes onde se faz necessaria uma melhor isolacéo associada a uma maior rigidez mecanica (veja figura 3) Porém 0 maior campo de uso deste tipo de condutor consiste na distribuigao de rede, em instalagoes residenciais, onde cerlamente o aluno ja eve a oportunidade de constatar seu largo emprego. Cabos isoladas: 0 termo genérico cabo isolado indica, mais precisamente, um cabo composto por uma ou mais “velas" , e, caso houverem, o envoltorio individual de cada veia (capa plastica, por exemplo), 0 envoltério do conjunto das veias (capa plastica) e o envoltério (ou envoltérios) de protecao do cabo (cobertura), conforme exemplificado na figura 4. Geralmente, a cobertura atua prin- cipaimente como protecao da isolacao, impedindo 0 contato direto da mesma com 0 ambiente; com isto, 6 correto concluir-se que as coberturas devem apresentar propriedades compativeis com as aplicagoes dos cabos. Nas coberturas, podem ser empregados diversos materiais, sendo os mais comuns: Figura 4 - Cabo isolado. polietileno, clorossulfonato, borraga de silicone, PVC, poliuretano, etc. Cordao: chama-se de cordao o cabo flexivel com raduzido niimero de Ccondutores isolados (geralmente 2 ou 3) de pequena seccdo transversal. Podem ser paralelos ou torcides, porém os pri- meiros s40 mais facilmente encontrados (figura 5). Quanto as caracteristicas técnicas dos cordées, a titulo de ilustragao apresentamos, na tabela III, os dados Teferentes a um tipo muito comum em nosso mercado. Tal tabela exemplifica muito bem o fato de que os cabos & cordoes séo clasificados, no que se refere as suas bitolas, em mm2. 0 ‘ngmero multipicador tem a fungao de indi- ‘car @ nlimero de condutores que com- poem 0 cordao, Cabinho estanhado: muito usado em circuitos eletrdnicos, em diversos ppontos onde nao haja o risco de captacao de roncos ou zumbidos, ou nao tenha a presenga de sinais, Também possuem bitolas que devem ser determinadas em mmé (figura 6). Cabo blindado: também denomi- nado de cabo chieidado, 6 empregado em Circuitos onde é presente sinais a serem Figura 6 - Gabinho estannado. 18 Figura 8 Cordio paraloo ampliticados. A blindagem externa pode tanto ser trancada como torcida, ¢ geralmente ¢ interligada ao circuito de maneira a evitar-se a captagao de zumbidos (figura 7). Tais cabos podem possuir, Internamente a blindagem, até cinco condutores isolados entre si, ocasido em que recebem denominacoes especiais ("estéreo" ou "tipo Philos") Cabos multiplos: mais conheci: dos por “chicotes*, tais cabos sao constituidos por varios cabinhos paralelos geralmente em numeros multipos de 6 (6. 12, 18, 24 @ 30); além de serem ‘empregados para realizar interligagoes entre as varias placas de um aparelho seu emprego ¢ frequente em apareihos de informatica (figura 8). Cabo polarizado: este tipo de cabo & constituido por um cordao paralelo comum onde um dos condutores é fencapado com material de cor adversa ao outro; geralmento, adota-se, para as capas, as cores preta e vermelna (figura 9). Fio de descida de’antena de 3000: também denominado apenas por "fio de antena’. constitui uma espécie de coidao paralelo onde os condutores sao Figura 7~ Cato bindado. relativamente distanciados entre si fempregados para interigar-se antenas de recepcao aos televisores, Tis condutores podem apresentar unicamente a capa, ou entao capa e protecao, conforme lusirado na figura 10. Fio de descida de antena do 750: mais conhecide como cabo coaxial, © mesmo, apesar de empregado com finaidade semelhante a do fio de antena, possui caracteristicas que torna-o mais, adequado a0 uso em conjunto com antenas externas, pois a captagao de interferéncias 6 relativamente dificutada, Este tipo de fio pode ser visto na figura 11 Cordoalha: sendo muito empre- gada como condutor, a cordoalha & composta por um grande numero de fos finos, entrelacados entre si, de maneira a apresentar uma grande tlexibilidade & maleablidade. ‘As cordoalhas encontradas tanto sem isolacao alguma (estanhadas ou nao), como também podem ser isoladas por uma capa, Sendo esta titima muito emprogada em pontas de circuitos ‘onde hajam tenses elevadas (figura 12) Espaguete: julgamos conveniente inserir aqui a descricao do espaguete, embora nao seja um condutor. O espaguete & simplesmente uma capa isolante, sem qualquer condutor em seu interior, empregada para a isolagao de condutores. Assemelha-se muito ao ‘espaguete usado como alimento e pode ser feito de plastica, seda, borracha, “nylon ete, (figura 13.) Figura 8 Cabos molipios 19 Figura 9 - Cabo polarizado. Figura 10 Fiode Anvena de 3002, Figura 1) - Cabo de antena de 7502 Figura 13 - Espaguete TABELA II Eo At Ae DESIGNACAO, ‘COMERCIAL Fara ISOLAGRO. DE PROPRIEDADES PRINCIPAIS, FABRICAGAO EMPREGOS CLASSE TeRMICA ‘ eee Ala cetenctamecdnica eaidores de consumo de 105°C 04 AWGa28.ANG ieEAgeed eteereteouae Hcl caters Hote gadoresemotores “33 Moditcado” | | Retangular | Hesiteme agentes quimicos, | Motoresde uniadessladas settee sy " Auidos refrigerantese oleos, | derelageragio miners Transformadoresa leo caseco PIREQUENT wee Bou resistencia a umidade Ktorores (130°C) + Meret 04 AWG A28 AWG | ea leas minerais Reatores¢ transformadores u Aparelhos de medigio PIRESOLD Bobinas de sparelhoseletednicos sor) Bobints paratcetonia potlretna | WaWGas2AWG | -Soldivel 560° 6 Componentes elewenicos park +35, a pe ae | ede a radios, TV informatica Equipamentosem geral,ondea ‘opericao de soldagem fequer chidados especiais PIRESOLD NY Aparethos de medi (307 | evestimente Soluivel 360° ¢) Bobinas deaparelnos eletrdnicos evestiMe MO | we; 52 aw | oa resents wabrasa0 Nicromoore 5 oui - Pecos aformadores Bobinas de aparelhos eleteonicos para altas frequénclas PIRESOLD PH Soldavel (360° C) :. Poliuretana | 28AWGa52 AWG mae Componentes eleteonicos para (30°C) Resistente aPin Hole radi tVelnformatiea ‘Transtormadores tipo fy-back Soldavel (360° C) FLEXISOLD | Potiretana , Gs0rc). pega Poluetana | ys awe aS2 AWG | Resistente a emperaturas nadaseaapemtesuimicos | . nobinas par telefonia Componentes eletonicos Micromotores| Poturetana Soldivel (360° ©) Pequenos transformadores snodicadae Boa esistenciaaabrasioe Redtorese regulaoresdetensio revestimento 452AWG | excelente bobinabihdsde Reostatose ees fexwrno de Resisterte:ntemperataras polis ‘leva ea gets qatinicos FLEXISOLD NY ass") TERMODUR 7 7 (55°C) Soldivet 455" C) Potiestertmic | 04 AWGa52 AWG | “Resistente a temperaturas ‘elevadas 4agentes quimicos frets cletromagnéticos Motores de eletrodomesticos Motoresfacionaris universal Restores eguladores de tensio.e Dobinas de nico ‘TeRMODUR NY Soldavel 455" ©) (ssec) | Pollesterimida Hoa resstenctaaabrasoe Reosuos,relesetimers erevestiment |) 94 awGa52 AWG | excelente bobinabilidade a Sees ea 7. “39, ‘emerno de ae timmod ger sujetona Poliamiga condigbesde umidadeecalor near satin elevadase agentes quimicos Eee A DOs fexternode amida imida Retangular (wide gratico 1) elevadas. Guima resistencia Resistente a fuidos refrigerantes, eadleasclorados DESIGNAGAO a COMERCIA : , AE ISOLAGAO- DE PROPRIEDADES: een FABRICACAO | EMERBGOS, CLASSE TERMICA ‘Aternadores, bobinas de ignigio Fesramentascletncas PRETERM Resienieaempertus [eegeepee tten | (180°C) elevadas ea agentes quimicos Sennen Poliesterimica | 16AWGa52 AWG ae ae at Hepner 5 ates Motores ¢ transformadores de ust fetrigeranes Hora ieaores para impadas fhuorescentes ‘Aternadores O4 Awa 15 AWG Chaves estaicas PIRETERMW | popesterimica Resistentea temperaturas Eletroimis (180°C) ms Retangular clevadas e a agentes quimicos: Fontes de alimentagao_ (wide atico 1) Gersdores Maguinas de sold Motores etrinstormadores deatatensio Aternadores, bobinas de ignigio Ferramentascletnicas POLITERM A Motoresdeapaethos domesticos (200°C) Poliesterimida | 04 AWG a44 awG | * Resistemte temperaturas Motores de limpadores do pars-brisa Motores herméticos -Motores etransformadores de alta tensio Reatores para li Muorescentes as elevadas ea uidosrefrigerantes Graut Robina napeadal 0¢86a38aWG | -excclemeresinénctavérmica | “pontarsubetenas Gull Fermrenar ners POUTEM | ouimica | o¢ava28 AWG | -Encepcionalscarcerisicasde | Moroes herneces Retangutar | Sobrecags De eeniconcerd vide geltes wolanio tennis Boblam pars alo abnees Boba parapeicines Sorkdio cen ee Sotdaivel (360°C) crv, rar yestimento 29 gw 252 AWG | Autocolante.Permiteacolagem | -Tlobinas eypecias paracletrOnica ero nics teminpraiacn | Cisse ere Sonal asse@ Pollesterimida mocolate Pere colgem TenMonixsD | erevestiment | og qua 46awG | ‘ene senpiesomimpregoro 055° | °“cxemo {enueas expras sem impre Bobinas para stoflantes teemocernentivel einen temp ee Bobinas fart vem cores Preis eleromagretcos ix | Poesia ~autocolint permiteacolagem | “Frevckaromaanetic Terworix | Crevesimens Giucsscopttsscm inpregrarto asec) extern | OBAWGA4GAWG | Resistentea temperatures ermocerentivel cet -Rowresecapuores em geal Polisterimida “tuoclane Femiteaclagem | “Tso rermornxu | Cevessimene nureaseaprassemimpregnagio | - Freio cleomagnéicos (180°C) ‘externo IGAWG a 46AWG | Resistente a temperaturas. : ae ueaae aan ermocermenrdvl wibragoes dspensandoo wo deimpregnantes TABELA Ill DADOS CONSTRUTIVOS | _ Numero Diémetro Espessura Dimensées Peso Acondicionamento | Cond.xSegao | Nominaldo | Nominal da Externas Liquido (nm) | Nominal Condutor Isolagao Nominais Nominal | | (mm?) (mm) (ram) (mm) (kg/km) Rolo Carretel_ { CORDOES PLASTIFLEX PARALELO 300/300V 2x05 0.87, 0.80 2,60 x 5,20 2 [100 750 | 2x 0.75 1,05 0,80 2.70% 5,50 26 00 650 2x4 1,25 (0,80 2,905.90 32 100 550 2x15 1,50 0.80 3,206.40 41_| 100 500 2x25 1,95 0,80 3,60 x 7,30 61 {100 350} [2x4 2.50 0.80 4.20% 8,40 90 | 100 Br CORDOES PLASTIFLEX TORCIDO 300/300V 2x05 087 [0,80 5.10 2a 100 600 2x0,75 1,05 0,80 5.40 26 100 500 | 2x4 [1.25 0.80 5,80. 32 100 450 2x15 1,50 0.80 6.30. 41 100 350 2x25 195 | 0.80 7.20 62 100 250 [2x4 [__2.50 0.80 8.30 90 100 | Curso de. ELETRONICA BASICA RADIO E TV INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIRO RECOMENDAGOES IMPORTANTES, INSTRUGOES PARA UMA BOA APRENDIZAGEM 1 Procure nao estudar varios assuntos de uma s6 vez: isso 6 extremamente prejudicial, atuando negativamente na sua linha de raciocinio. 2 Escolha um local adequado para estudo. Quer em casa ou no seu ambiente de trabalho, esse local deve ser bem iluminado e isento de ruidos que possam atrapalhar sua aprendizagem, 3 - Nao estude por horas a flo, Procure reservar de uma a duas horas didrias (média refomendavel) as suas atividades estudantis. 4 - Faga com que seus estudos tornem-se um habito (@ uma obrigacao) diario, Nao deixe que nada interfra nesse habito salutar e necessério a vocé que almeja cconcluir seu curso com brihantismo, 5 - Nao seja apressado nos estudos. Cada trecho de aula nao deve ser apenas lido. Ele deve ser ententido o assimilado. Assim, cada assunto apresentado deve ser primeiramente ido na sua integra. Apds isso, releia-o enfocando os pontos pincipais; destaque-os fazendo anotacdes numa folha em separado. Essa tecnica de estudo 6 recomendavel, pois faré com que vocé memorize e grave com maior facilidade, 6 - Mantenha seus materiais de estudo (fasciculos, folhas suplementares com anotagées e resumos) bem ordenades, @ forma a que qualquer consulta possa ser feita com rapidez 7-- Nunca estude naqueles momentos em que suas condicées organicas forem destavoraveis. Sono e descanso, por exempio, S20 fatores que contribuem para que o rendimento escolar seja negativo, Opte pelos periodos em que voc8, organicamente, esteja idealmente predisposto aos estudos, 8 - Nao esmoreca @ estude com muito afinco, Leribre-se que o curso est estruturado de forma a permitir uma facil assimilagao de seu contetido didatico, orém sua aprendizagem depende muito do seu grau de interesse, de sua boa vontade e perseverana. Feltas esas recomendagoes, queremos desejar-he um excelente curso @ um aproveitamento digno de seu esforco. < 10 a & a < o < G 2 ii

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