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SUMARIO 3* LIGAO TEORICA RESISTORES 4) O que ¢ resistor 2) Especificagoes dos resistores 3) Classificagao dos resistores + Resistores fixos + Resistores com derivacdo + Resistores alustaveis ou semifixos + Resistores varidveis - Potencidmotros + Especificagdes dos potencidmetros + Resistores especiais + Valores normalizados de resistores 3® LIGAO PRATICA RESISTORES | - Identificagao de resistores Il Poténcia de dissipagao nominal do resistor lil - Flesistores especiais IV - Associagao de resistores 3 LIGAO ESPECIAL CALCULOS EM CORRENTE CONTINUA 1- Leide Ohm I Caleulo de poténcia HIL- Transtormagao das férmulas di IV - Transformacao de watt om HP e vico-ve V-- Associacao de resistores 4? LIGAO ESPECIAL ACESSORIOS USADOS EM RADIOTECNICA (1" PARTE) Chassi Condutores Conectores Plugues e soquetes (tomadas) Plugues e jaques CURSO DE ELETRONICA BASICA RADIO-TV 3" LICAO TEORICA Introdugao Com esta aula, estamos iniciando © estudo dos elementos passivos dos Circultos eletrénicos. Comegaremos por descrever 0 resistor, que é 0 mais popular dos componentes eletrénicos e cuja area de aplicagao ¢ enorme, pois vai desde cabos submarinos até os complexos computadores ¢ satdiites ariiciais, sem mencionarmos os aparelhos de radio, TV, amplificadores. etc. A aparéncia real de lum resistor 6 mostrada na figura 1 Figura 1 - Aparéncia do um resistor. 1) O que é resistor Vimos, nas aulas anteriores, que a propriedade que tem qualquer corpo de Se opor passagem das cargas elétricas © chamada de resisténcia. Todo corpo tem uma determinada resisténcia elétrica, mas, quando esse corpo ¢ escolhide com a finalidade exclusiva de introduzir resistencia, ele recebe o nome de resistor. Os resistores so utllizados nos mais variados circuitos, como afirmamos nas acima, mas suas fungOes principals (© limitar fluxo de corrante e dividir ou imu tensao, Em caletagao (aquecimento), 0 em outra utilidade, que é a de ir calor. Sd0 as’ chamadas neias" de ferro de passar, ferro de soldar. togareiro, chuveiro, etc. Todavia, fom eietiOniea, 0 resistor normalmente no © usado com essa finalidade, prodi 2) Especificagoes dos Resistores Por especilicacao de um componente. o aluno deve entender uma ‘sen de indicagoes sobre as propriedades principais do mesmo, as quais permitem Julgar se ele seive para as aplicades que RESISTORES se tém em vista. Nao s6 em eletrénica, ‘mas em qualquer outto ramo da técnica, 0s componentes ou pecas sao ‘especiticados, ou seja, classificados, para {que possam ser adguitidos sempre com as mesmas caracteristicas. Para os resistores, as racteristicas mais importan- tes ao técnico comum sao: a) Valor nominal da resis- tenci Corresponde ao valor da resistencia do componente indicado na unidade usual, que é 0 ohm. O valor nominal & indicado no corpo do resistor por um codigo adequado, conforme veremos na aula pratica b) Tolerancia Quando adquirimos um resistor indicando 0 valor nominal de sua resisténcia, ¢ 0 levamos a um medidor (ohmimetro} de precisao, observamos que 86 mesmo por muita coincidéncia o valor Nominal @ igual ao medido. O valor modido 6 que se chama de valor real do resistor, como ilustrado na figura 2. © valor nominal indica entao, mais Figura 2 Indicagao do valor real de um resistor. ‘ou menos, 0 valor real, ou soja, um valor aproximado do real. Para a aplicagdo do resistor no circuito, @ importante saber que aproximagao o circuita comporta, Por exemplo, vamos admitir que 0 técnico rojetou um circuito que funciona bem ‘com um resistor de valor real variando de 90a 110 Q. Certamente, ele escolhera 0 valor médio, que ¢ 100 @. Quando ele adgquire o resistor de 100 ©, precisa ter certeza de que seu valor nao & inferior a 90 © e nem superior a 110.2, mesmo sem medi-lo. Esse intervalo de valores, ou seja, de 90 a 110 2, em nosso caso, corresponde ao que se chama de tolerancia do resistor. O nome & sugestivo, porque corresponde, de fato, ‘0s valores diferentes de 100 2 que so podem tolerar. tolerancia = In valores Observe o aluno que indicar a tolerancia pelo intervalo de valores nao & comodo e pode causar confusoes; por isso, convencionou-se que a tolerancia fosse indicada pela porcentagem, para mais ou para menos, do valor nominal Deste modo, 0 resistor de 100 0 (valor nominal) @ 10% (tolerancia) 6 0 que serviria para o nosso exemplo, porque 10% de 100, sendo 10 10 (pois 10% de 100 = 100), resulta 100 que 0s valores extremos do resistor, isto @, 0 maior eo menor valor real que o rosistor pode ter, sao de 902 (100 - 10) ¢ 1100 (100 + 10). aluno nao precisa preocupar-se fom efetuar esses calculos, pois quem os faz 6 0 projetista do circuito. Todavia, deve sempre respeitar a tolerancia indicada no esquema ou no resistor que for substituir, para que 0 aparelho funcione dentro das caracteristicas para as quais foi construido. Note que Substituir um resistor por outro de tolerancia menor é vantajoso, mas 0 ccontrario nao. Assim, se para o exemplo ‘que demos nao encontrassemos resistor de 100 2 @ 10%, mas de 100 2 e 5%, poderiamos utiizé-lo sem qualquer receio. Entretanto, se o resistor disponivel fosse de 100 © @ 20%, nao deveriamos ultlizé- Jo, a nao ser que medissemos seu valor real com o ohmimetro e constatéssemos ‘que sua resisténcia estivesse no intervalo 80-1100, A tolerancia dos resistores ver Indicada em seu corpo através de um cédigo conveniente, como veremos na aula praia. c) Poténcia de dissipacéo nominal Alirmamos que 0 resistor, rnormaimente, funciona como limitador de corrente ou divisor de tensao. Em ‘qualquer dessas circunstancias, por ele passa uma corrente elétrica. Essa Corrente produz um trabalho elétrico que ‘se manifesta sob a forma de calor, 0 qual € dissipado, ou seja, gasto no aquecimento do corpo do resistor. Em sendo assim, chama-se de poténcia de dissipagdo de um resistor a energia elétrica que ele transforma em calor. Essa poiéncia depende da corrente que passa pelo resistor e da tensao aplicada aos seus terminais. Para ser mais exato, diremos que ela 6 calculada multiplicando-se a tensao em volts pela corrente em amperes, € o resultado & dado em watts. Chama-se de potencia di dissipacdo nominal de um resistor a poténcia elétrica que ele pode absorver em funcionamento normal. Note que @ poténeia absorvida ¢ dissipada em calor, dai também o nome de poténcia de dissipagio. ‘0 aluno, por certo, estaré perguntando qual o interesse no conhecimento da poténcia nominal de dissipagao. Afirmamos que ole 6 grande, e vamos dar um exemplo elucidativo. Vamos supor que necessitemos de um resistor de 100 @. Podemos construi-lo de Inumeras maneiras diferentes. Por ‘exemplo, podemos tomar um contimotro de um fio especial que dé 1002/em; podemos tomar 2 om de um fio do mesmo material, mas que tenha area duas vezes maior; podemos tomar 3.cm do mesmo fio ‘com area 3 vezes maior, ¢ assim por diante, O aluno observa que podemos obter a mesma resisténcia, bastando ‘aumentar proporcionalmente a seccao @ 0 comprimento. Perguntar-se-ia: Qual 0 resistor mais conveniente, o de menor seceao ou 0 de maior, ja que a resisténcia 8 mesma? Ou: Podemos utilizar, indiferentemente, qualquer um deles? ‘A resposta a essas perguntas podera ser dada, se usarmos o raciocinio. De fato, como as resistores tém a mesma resisténcia, é claro que sendo ligados a mesma diferenga de potencial, serao per cortidos pela mesma corrente e, conse- quentemente, libertarao (dissiparao) a mesma quantidade de calor Ate aqui a conclusdo que tirariamos @ a de que ‘qualquer dos resistores serve. Mas hé um problema: essa quantidade de calor deve ser a menor possivel, pois um aparelho eletrénico nao ¢ aquecedor. Alem do mais, se o fio for muito fino, 0 calor podera ser suficiente para fundi-o (derreté-Io) Conclusao légica: Devemos usar 0 resistor que esquente menos, que no caso seria aquele feito com 0 flo mais grosso. Essa conclusao, embora logica, nao € pratica nem econémica, pois 0 resistor teria dimensdes exageradas & seria caro. Para eliminar tais problemas, as fabricas constroem os resistores, submetem-nos a testes rigorosos © do: terminam a poténcia que eles podem absorver @ transformar em calor, sem se ‘undirem. Além disso, 0 projetista sempre ‘escolhe resistores que possam dissipar poténcia duas vezes maior que a cal culada, para garantir que nao haja superaquecimento. ‘Do que foi mencionado resulta que a poténcia de dissipagao nominal do resistor depende de suas dimensdes fisicas, ou seja, do seu tamanho. Portanto, no exemplo que demos nos varios resistores de 100 Q, aquele que fo} Construido com o fio maior e mais grosso, logo, o de maiores dimens6es fisicas, 6 também o de mais alla poténcia de dissipagao nominal E por que a poténcia depende das dimensées do resistor? Simplesmente porque um corpo de grande volume (massa) pode absorver 0 mesmo calor que um de pequeno volume, aquecendo- se menos. Para que 0 aluno nao tenha enhuma divida sobre esse fato, pode fazer a seguinte experiéncia: Pegue uma ccolher pequena (de café, por exemplo) de ‘aco @ Segure-a sobre a chama de uma vela, durante um minuto. Verificara que ‘ela se aquece a ponto de quase, queimar- Ihe os dedos. Agora, pegue um machado, do mesmo ago da colher, e segure-o sobre a chama da vela, durante 0 mesmo tempo, ou soja, um minuto. Observara ‘que © machado pouco ou quase nada se aquece. Ora, € claro que tanto a colher ‘como 0 machado absorveram a mesma ‘quantidade de calor, pois ficaram sobre a chama da mesma vela, durante 0 mesmo tempo. O machado se aquece menos, porque a sua massa é maior e distribui melhor o calor. Alem dessa experiéncia, que acreditamos seja bastante elucidativa podemos citar um acontecimento muito comum, que reforca o que afirmamos Trata-se da queima da resisténcia do chuveiro elétrico, quando ligado sem gua. De falo, ao ser ligada a resisténcia, sem Agua, quase todo o calor que ela produ é gasto em aquecer seu proprio fio ue, nao suportando, funde-se (ou oxida: se) rapidamente, abrindo 0 circuito. Dizemos, entao, que a resisténcia se queimou. Quando a resisténcia funciona normaimente, ou seja, com circulagao de a gua, esta retira o calor da resisténcia, estriando-a e nao permitindo que ela atin ja a temperatura que provocaria sua ‘queima, (© aluno mais arguto, por certo, estard perguntando: Mas onde entra a massa, nesse exemplo, se a resisténcia & ‘a mesma com ou sem agua? Explique- mos: Sem agua, nao considerando a massa do suporte da resisténcia e da parte metalica do chuveiro, a massa & exclusivamente a da resisténcia e a do ar {ue enche 0 bojo, massa esta bastante pequena, Quando cheio a massa, 6a da resistencia e a da agua que 0 bojo contém, massa esta que € muito grande ‘em comparacao com a do ar. ara finalizar, 0 aluno deve ter em mente que, para resistores de mesmo valor, e constiluidos do mesmo material ‘0s de maiores dimensdes tm maiores poténcias de dissipacao nominal que, nas montagens ou substituicbes, quando nao se dispée de resistor com poténcia nominal indicada, deve-se usar sempre outro, de poténcia ligeiramente superior. Resume: As especificagdes que o aluno deverd indicar, sempre que adquitir um resistor 40: valor éhmico, ou seja, 0 valor de sua resistencia em ohms, tolerancia, isto 6, 0 intervalo de valores dentro do {qual se encontra o valor real da resisten- cia, indicado em porcentagam; ¢ a poténcia de dissipacao nominal, que & a oténcia que o resistor pode absorver em funcionamento normal, sem o perigo de danificar-se. 3) Classificagao dos resistores Existe uma variedade enorme de resistores, que pode ser classificada de acordo com a variacao de valor da resisténcia e, dentro dessa classificacao ‘também do material de que é construido. Segundo esse critério, os resistores podem ser agrupados em: fixos, semifixos e variévels. Vamos estudar cada uma dessas categorias, separadamente, Resistores fixos Resistores fixos sto aqueles cujo valor de resistencia nao pode ser modificado. Tais resistores, na maioria dos casos, s4o constituidos de um corpo cilindri¢o, tendo, em suas extremidades, terminais que permitem liga-los aos Circuitos. Esses terminais, na linguagem técnica, recebem o nome de lides. Na figura 3, mostramos uma série de resisiores fixos de uso corrente em eletronica, Os resistores fixos podem ser de fio, de carvao e metalizados. a) Resistores de fio Figura 9 - Alguns tipos de resisiores. Tais rosistores 80 construidos enrolando-se um fio de liga metalica, de grande resistividade, sobre um nucleo, € Protegendo-o com um invélucro adequado. Nos resistores de aplicagoes usuais em eletronica, com os quais 0 aluno se defrontara frequentemente, 0 fio metalico 6 construido com uma liga de riquel-cromo-ferto, niquel-cobre, etc. O fio é enrolado na férma em espiras espacadas, isto , que nao se enoostam, a fim de nao se produzir curto- Circuito entre as espiras @ alterar 0 valor da resisténc! © nucleo ou forma & um tubo de material ceramico sendo a porcelana ea esteatita as mais utilizadas, embora se possa usar qualquer outro material 'solante o incombustivel, tal como a fibra, ‘© amianto, 0 video, ete. O fevestimento protetor é um esmalte vitrificado, que se consegue adicionando po de vidro ao esmalte © aquecendo a mistura a alta temperatura. ‘As fung6es do revestimento sao: 1 - Protec mecanica, isto @, protecao das espiras contra eventuais. batidas, 2 - Fixagao das espiras em suas posicdes, para evitar o curto-circulto, que ja mencionamos. 3 - Evitar contelhamento, isto 6, as faiscas entre as espiras, quando a diferenca de tensao entre elas for grande. 4 - Protegao contra intempéries, ou seja, contra a oxidagao, umidade, etc. 5 » Condugao de calor, pois a protegao ajuda a distribuir 0 calor desprendide no fio. i Nos extremos das férmas, & fazendo contato com 0 enrolamento £40 pesos os terminais de igagao (ides), que normalmente tem a forma de uma lingiteta, ou sao fios de cobre esmaltado. Quando se trata de resistores de grandes dimensoes, eles costumam ser acompanhados de duas cantoneiras, para faciltar a fixacao. Na figura 4, mostramos 3 resistores de fio, sendo que na figura 5 apresentamos uma vista seccionada de ‘um resistor do tipo maior, isto 6, daqueles que necessitam de cantoneiras para fixagao. Os resistores de flo sao cons- truidos, geralmenta, para valores de 1 a 100 000 © @ para poténcia de dissipacdo Figura 5- Vista am corte de um resator de Fo. desde 1/2 até 200 W ou maiores, em ‘casos especiais. b) Resistores de carvao Nas aplicagées comuns de eletrénica, ou seja, em radios, amplificadores, televisores, etc., a corrente que atravessa um resistor é, normaimente, pequena e, por esse motivo, a poténcia que é transformada em calor € bastante reduzida, néo justficando © uso generalizado de resistores de fio, ‘que S80 relativamente caras e grandes. Em razao disso, os fabricantes de resistores procuraram outro material para fazer esses componentes, tendo a preferencia recaido sobre 0 carvao {gratita), que @ ideal para funcionar como resistor, por ser material mau condutor além disso, & abundante, barato facilmente trabalhavel. Surgitam, entao, 08 resistores de carvao, que no inicio nada mais eram que pequenos cilindros de grafita. as extremidades dos quais se tuniam os terminais de ligagao. pos isso, a peca era esmaltada, Posteriormente visando a melhorar as propriedades do resistor, 0 carvao passou a ser misturado com outras substancias e o resistor recebeu 0 nome de resitor de carvao aoa desenvolvimento natural da técnica, 0 favice dos resisores de carvao sofreu crescent evolugao ©, atualmente, séo utlizadas misturas de carvao com outros materiais, para que os resistores tennam as caracteristeas desejadas. criada, entao,a familia dos resistores de composicae de carvao, ou simplosmente Tesistores de composigao. Tals ‘Componentes sao fabricados para valores {que vao desde ohms a varios megaohmes © com poténcia de cissipacao desde 1/8 Wate dW. A técnica de fabricacao dos resis: tores de composigao consiste em deposi. tar, a altas tomperaturas, a camada da composi¢ao de carvao sobre uma férma isolante, geralmente porcelana ou estea- tita. Apés isso, S40 introduzidos os lides de ligacao; a peca 6 esmaltada e recebe 0 ‘cédigo que permitira sua identficagao. Com essa técnica de fabricagao, consegue-se resistores de grande Drecisao, isto &, de baixa tolerancia (1% a menos), embora em nosso mercado & ‘mais comum encontrar-se resistores de ‘enmnaL o€ UGAGAO 2 jom| e COMPOSICAG pS FORMA DEPOSITADA Figura 7 - Vista em corte de um resistor de cara. 5% @ 10%. Na figura 6 mostramos alguns resistores do tipo citado, sendo um dos Componentes mostrado em corte, na figura 7 c) Resistores metalizados Neste tipo de resistor, a ‘composigao de carvéo é substituida por um filme, sendo 0 mesmo fabricado para aplicagées especiais e tolerancias, equenas. Aqui, é citado apenas a titulo de informacao, e um exemplo de sua aparéncia real pode ser visto na figura 8. Resistores com derivacao i Figura 8 - Resistor de filme motlico, Sao resistores que tém diversos tetminais thos, entre os quais (terminals) 6 possival a obtengao de diferentes Figura 11 - Exemplo de atuagao de um resistor ajustavel Tecobrimento de esmalte vititicado dispoe de uma abertura para permitir a uniao do Simboto Figura 8 Resistor de és derivagaes e sou simbolo grtica, valores de resisténcia. Esses resistores, normalmente, sao de fio. Atualmente cairam em desuso, nao sendo mais fabricados. Na figura 9, mostramos 0 aspecto fisico de um resistor de 3 derivagdes bem como seu simbolo elétrico, Note que o resistor de 3 derivacoes tem cinco terminais de ligagao, pois dois deles, o primeiro e 0 ultimo, ‘correspondem a0 valor total da resisténcia © 0s trés restantes 6 que s4o os das derivagoes. Resistores ajustaveis ou semifixos O resistor ajustével ou semifixo & aquele que possul um terminal mével. O valor da resisténcia entre esse terminal mével qualquer um dos fixos varia quando ele € deslocado ao longo do corpo. Os resistores ajustaveis sao normaimente construidos de fio e tem 0 aspecto que mostramos na figura 10, juntamente com seu simbolo. Como 0 aluno nota, ele tem a mesma construcao ue 0 resistor de fio com uma derivagao, com a particularidade de que o Figura 10 - Rosistorajustavele seu simbolo grfico. Contato mével deslizante com 0 fio. Esse tipo de resistor € empregado, freqen. temente, como divisor de tensaio. Por ‘exemplo, se temos um resistor ajustavel € 0s seus terminais aplicamos uma tensao de 10 V, como mostramos na figura 11, quando 0 terminal mével estiver no meio, enire éle e cada um dos fixos existirao S V; se 0 terminal estiver a 3/4 de um deles (1/4 do outro), entre ele e esses terminals, terminal mével havera uma tensdo diferente. Figura 13 -Potonciémetros Resistores variaveis - Poten- ciémetros Os resistores variaveis so aqueles fem que o valor da resisténcia pode soirer modificagdes continuas. Tais resistores 880 chamados de continuamente varléveis, para nao serem confundidos com 05 resistores ajustaveis, que vimos ‘No iter anterior. Os resistores variaveis Figura 12 - Outro exemplo de atvacio de um resistor ajustvel existirao respectivamente, 7,5 Ve 2.5 \V. como indicamas na figura 12 assim por diante, isto é. para cada posi¢ao do ‘costumam ser de fio ou carve, de acordo com a poténcia de dissipagao que se deseja, Na classe dos resistores variéveis, o mais importante é 0 Potenciémetro Sao resistores cujo valor de resistencia pode ser variado, girando-se um eixo que movimenta um contato movel. Na figura 13 apresentamos alguns tips de potenciometros. Sao largamente utilizados em cireuitos eletronicos. Assim, 0 aluno encontrara potenciémetros para controlar © volume e 0 fom dos receptores de radio ‘© amplifcadores, para controlar o brilho @ ‘0 contraste dos receptores de TV, para controlar a tensao da pilha nos instrumentos de medigao (multiprova- dores) e muitas outras aplicagées Na figura 14, apresentamos um potenciémetro, dos mais comuns, em seu aspecto externo real. Na figura 15, apre~ sentamos uma visao interna do poten- Figura 14 - Potenciémetro rotatvo simples Figura 15 - Potencidmetro simples aberto. Figura 16 ciometro, ‘Simbolos graticos do poten: cigmetro e, na figura 16, os simbolos elétricas. Como se nota, 0 potenciometro presenta uma tira circular de composicao de carvao depositado, chamada de pista, sobre a qual se move 0 contato mével do Cursor, que é solidario (preso) ao exo este modo, a resistencia entre A © B é constante, sempre, e aquela entre C © qualquer uma das extremidades (A ou 8) varia de acordo com a posi¢&o do Contato mével. Assim, quando 0 contato movel estiver em A, a resisténcia ontro A © C sera a menor possivel (quase zero Q); ‘quando estiver em B, a resisténcia entre A eC sera maxima e, & medida que o Contato C se distanciar de A, a resistencia enire ele @ A aumentara e, entre ele © B, diminuira, sendo possivel, portanto, formar qualquer valor de resistencia entre zero @ 0 valor maximo. Existem varios tipos_ de potenciometros, naturalmente cada um eles adequado a determinada finalidade. Dentro eles, os mais importantes sao: ~Polenciémetta simples, que so semelnantes 20 que mostramos na figura 1. Potenciémetros multiplos, que constam de mais de uma pista de gratia, ui seja, mais de um potenciémetro, em um mesmo corpo. Geralmente, os Potenciémetros multiplos sao duplos ou {riplos. Tais potenciémetros podem ter eixos separados ou em conjunto. Neste Ultimo caso, diz-se que 0 potenciémetro & ‘miltipio (duplo ou tnplo) em “tandem” ou de comando tinico. Na figura 17, mostramos um potenciémetro duplo de eixos distintos, bastante ullizado para controlar 0 volume 0 tom em receptores de radio para ‘automSveis. © aluno pode observar quo 0 ‘eixo de uma das unidades é vazado (0c0), permitindo que o eixo da outra unidade . passe por dentro dele. Na realidade, $80 dois potenciometros distintos, que Figura 18 - Potenciémetro duplo de eixo conjunto. ‘atuam separadamente. Na figura 18, mostramos um potenciémeiro duplo em “tandem” (de ‘comando tnico), que, como 0 aluno pode ‘observar consiste de dois potenciémetros simples, montados em conjunto, tendo um Unico eixo que aciona os dois cursores simultaneamente, como pode ser visto na figura 19. Para indicar esse modo de ‘ago, nos desenhos simbdlicos cortam-se 0 terminais dos cursores com linhas tracejadas, como mostramos na figura 20. = “Trimpot’ - 0 "Trimpot”, (trim- Figura 19 - Potenciémetre duplo abort, Figura 20 - Simoolo grafico do potenciémetro dup, potencidmetro) consiste num potencio ‘metro para ajustes semipermanentes; por isso ndo tem eixo comprido, para simBoLO PARA CADA UNIDADE Figura 17 - Potenciometro duplo e seu simbolo. acionamento manual, mas somente uma fenda, onde se intraduz uma chave, ou um pequeno eixo com fenda, que tambem 4 girado pela chave de fenda. Tais tipos de potenciémetros s80 bastante utilzados para ajustar corrente, principalmente nos circuitos transis- torizados. Na figura 21, mostramos dois tipos de "trimpot” e os dois simbolos mais usados. = Potenciémetros de fio - Tais tipos de potenciématros tém como pista um enrolamento achatado, de fio, como mostrado na figura 22, sobre 0 qual desliza 0 cursor mével, solidario a0 eixo. Na figura 23, apresentamos um poten- cidmetro de tio. Sdo construidos para valores relativamente baixos de resis- téncia e para poténcias de dissipacao bem maiores que as dos potenciémetros de carvao, : Curva de varlagao dos potenciémetros - Uma caracteristica importante dos potenciometros, e que nao figura nas especificagoes dos resistores fixos, 6 0 que se chama de curva de variago da resisténcia. Com esse nome, Figura 22 - Potenciémetro de fio aberto Figura 23 -Aparéncia fisica do potenciometro de io, devemos entender os valores que as resistencias tomam para os diferentes Angulos de rotagao do eixo. Classiticados de acordo cam’o modo de variagao da resistencia, os potenciémetros podem ser; de curva linear e de curva logaritmica, a) Curvas linear Para que o aluno entenda o que ¢ a curva linear, vamos admitir um potenciémetro ideal, que tenha resisténcia total de 300 82 © cujo Angulo de rotagao do eixo seja de apenas 300 graus, como mostramos na figura 24. Além disso, admitamos que sua pista seja uniforme fem espessura e largura. Em sendo assim ‘quando 0 cursor C ost encostado em A, Figura 24 - Exemplo do curva linear de um potencidmetro, ‘a resisténcia 6 zero. Quando 0 cursor C & cirado de 10 graus, a resisiéncia é de 10 2; quando for girado de 20 graus, a resisténcia sora de 20 2; quando de 30 graus, serd de 30 @, assim por dante Uma variacdo de resisténcia desse tipo é cchamada de linear. b) Curvas logaritmica Consideremos um potencidmetro semelhante ao proposto no item anterior isto 6, com 300 2 do resisténcia total © 300 graus de Angulo de giro do eixo, mas, cuja pista seja construida de maneira irregular, ou seja, larga no inicio & esireitando-se progressivamente ate a outra extremidade, como mostramos na Figura 25 - Exemplo de uma curva lagaritmica cde um poteneemato figura 25, Com tal tipo de pista, se a resisténcia for de 10 © quando 0 cursor {or girado de 10 graus, ela nao sera de 20, 2, quando o cursor for girado de 20 graus, porque a resisténcia vai aumentando, devido ao estreitamento da pista, nem sera de 90 0, aos 30 graus e assim por dante, Quando a resisténcia 6 construida de maneira que, para 39% da variacao do ‘cursor (33 graus, no nosso exemplo), sua variagao s0ja de 10 % (100 no exemplo), 20 % para 60% de variagao, do Angulo, ou seja. obedecendo a uma curva de poténcia que em matematica 6 chamada de logaritmos, diz-se que a resistencia & do variagao iogaritmica. Atualmente & alterada a resistencia do material aplicado sobre a pista deste tipo de potencidmetro, ao invés de se alterar a largura da mesma. O que 6 importante o aluno observar, neste caso, € que em tal tipo de potenciémetro a resisténcia varia muito pouco, girando-se o eixo até a metade de seu Angulo de abertura, e bruscamente dai para a frente. varia Observacoes: 1) Os potenciémetros de curva linear sao bastante empregados em ampliticadores de som e receptores, para controle de tonalidade, em instrumentos de medida, ete. 2) Os potencidmetros de curva logaritmica sao utilizados para controle de volume e, por isso, muitas vezes ‘so chamados de potenciometros de curva de audio. 3) Os potencidémetros multiplos podem ter suas seccdes com curvas de qualquer dos dois tipos, ou seja, todas lineares, todas lagaritmicas ou lineares © logaritmicas. Existem, no mercado potenciémetros duplos em “tandem tabricados especialmente para 0 controle de “balango’ de amplificadores, esterefénicos, nos quais uma das curvas, varia inversamente com a outra, ou seia. enquanto uma aumenta a resisténcia com ‘a abertura do Angulo. a outra diminui, de modo que na posigao media as duas secgoes tanham o mesmo valor de resistencia, que corresponde ao maximo Estudaremos isso com maiores detalnes fa ligdo sobre ampliicadares esiereo tonicos 4) Os potenciémetros de pista de carvao sao construidos para poténcias equenos, geralmente entre 1/8 © 172 W. Ja 0s potenciémetros de fio sao ‘construidos para poténcias que superam (05 10 W. 5) Muitas vezes, 6 ullizado 0 proprio eixo do potenciémetro para comandar uma chave interruptora. Neste caso, ele & chamado de potenciémetro com chave, embora a chave nao tenha nenhuma ligagao elétrica com o potenciometra 6) Os potenciémetros de carvao s20 construidos para valores de resistoncia ‘que vio desde 100 © até 4,7 MO. Os de fio sao fabricados para valores desde alguns poucos ohms até 100 KO. Especificagoes dos potencio- metros Quando 0 aluno adquirir um potencidmetio, devera especificar o valor maximo de sua resisténcia, em ohms, @ 0 tipo de curva de variacao, mencionando também se ele 6 dotado de chave ou som have. Nao ha necessidade de indicar 2 tolerancia, porque esta sé teria significado para o valor maximo. A nao ser em casos ‘specials, também nao se costuma indicat a poténcia de dissipacdo, porque os potenciémetros so usados como divisoes de tensao de baixo nivel, onde a poténcia ‘6 muito pequena. Na categoria dos resistores especiais, classificamos aqueles que nao foram enquadrados nos itens anteriores © que foram criados para aplicagses especiais no campo da eletronica Geralmente, sao resistores cujo valor de resistencia varia de acordo com certas grandezas elstricas, Entre eles, 08 mais importantes. @ cujo uso se divuiga cada vez mais, 40 08 seguintes, a) Termistores E um tipo de resistor cuja resistencia varia com a temperatura, de modo adverso 20 do resistor de carvao, De fato, o resistor de carvao, quando aquecido, sotre uma diminuigéo lenta no valor de sua resistencia, a0 passo que o termistor tem sua resistencia diminuida de mansira muto mais acentuada. Para que o aluno faga uma ideia dessa variacao, podemos esclarecer que um termistor de 130 ©. na temperatura ambiente normal, ou seja. de 25°C (vite e cinco graus centigrados), Figura 26 - Aspectofsioo de um termistor om s0u simbolo passa a ser de 20 2. temperatura aumenta para 70: Os termistores também so conhe- cidos como resistores NTC ou PTC; essas trés letras sao a abreviagéo de ‘Negative (ou Positive Temperature Coeficient’, palavras inglesas que significam “coeticiente negative (ou positive} de temperatura Os termistores sao utllizados em letronica como elemento de estabilizagao @ protecao de circuitos. No momento portuna, veremos como isso ocorte. Na figura 26, mostramos o aspecto fisico de um tipo de termistor, bem como seu simboio. quando a b) Varistores, E um tipo de componente cuja resistencia sofre variagao com as modificagoes da tensao aplicada a ele. O aluno sabe que, para os resistores de carvao, desde que nao seja ulrapassada Sua poténcia de dissipacao, a resistencia 6 a mesma para qualquer valor de tensao aplicada a seus terminais, Ja com 0 varistor nao acontece 0 mesmo, pois a sua resisténcia depende da tensdo que esta sendo aplicada a seus terminais. 0 varistor tambem 6 chamado de resistor VDR; essas letras significam “Voltagem Dependent Resistor”, cuja traducao ¢ “resistencia dependente de voltagem”. Os varistores sao utlizados em receptores de televisdo, para estabilzar a altura e a largura da imagem isto €, para que ela fique constante independente da variagao da tensao da rede. Na figura 27, apresertamos um tipo oe varistor e seu simbolo. Coma o aluno pode Rotar, no aspecto fisico ele nem sempre & ‘semeihante a um resistor de carvao, Figura 27 ~ Aspecto isico do um varistor & seu simaoi, ©) Fotorresistor Os fotorresistores, como o nome sugere, s40 componentes cujo valor de resisténcia varia com a luminosidade. Sao bastante empregados em dlica como elementos de fotdmetros, em cicuilos de Protegao indusiriais (parada de equipamento, alarme contra roubos, incéndio, etc.) e também om eletrénica, Principalmente para o controle automatico do britho, nos receptores de TV. Os fotorresistores também sao conhecidos como resistores LDA abreviagao de “Light Depencing Resistor" cujo significado € “resistencia Figura 26 - Aparéncia real de um LDA e seus, simboios. dependente da luz”. Na figura 28, mos- ‘ramos um fotorresistor e seu simboio, ) Rede Resistiva 8 © avanco da tecnologia permite que hoje sejam, a cada dia, criados novos tipos de disposttivos eletrénicos, Um destes dispositivos é a rede resistiva, a qual, por aliar reduzidas Proporcdes @ uma alta contiabilidade, permite uma compactagao maior na ait (os era V pote ser subetaa prU montagem de circuitos eletrGnicos, além de proporcionar uma redugao na custo total dos mesmos, Podemos considerar uma rede sistiva como sendo uma uniao de varios resistores. em um unico encapsulamento. Por este motivo, nao nos alongaremos em consideragses mais profundas sobre sua constituigao. A titulo ilustrativo, mostramos na figura 29 seu aspecto real; em encapsulamento SIP, além de, na tigura 30, representarmos os trés tipos de configuragoes basicas, fabricados pela OHM, Na tabela | apresentamos as caracteristicas técnicas relerentes a série RM de redes resistvas. Valores normalizados de resistores Se 0 aluno for procurar no ‘comércio um resistor que tenha valor de 2535 Q (para qualquer que seja a tolerancia), certamente nao encontrara, pois as fabricas somente consiroem seus Tesistores para determinados valores,que a0 chamados de padronizados ou ormalizados e que nao incluem o citado, Os valores padronizados pola EIA +s nes (Associagao de Industrias Eletrénicas) Rorte-americana e que estao sendo seguidos pelas industrias nacionais sao: Figura 29 Aparéncia real de uma Rade Resistva @) Para resistores com 10% do tolerancia Os valores padronizados para resistors cuja tolorancia soja de 10 % 580: 10.0, 12.0, 15 0, 18 9, 22.0, 27 2, 33 Q, 39 9, 47 0, 56 2, 62 2 82 Ge todos 08 multiplos desses valores, ale os 22 Ma, Atualmente resistores com este valor de tolerancia estao caindo em desuso, nao sendo mais fabricados por inumeras empresas, mas podendo, ainda, serem encontrados em antigos aparelhos eletronicos. b) Para resistores com 5 % de tolerancia Para essa tolerancia, os valores padronizados sao: 102 11.0; 12.0, 13 0, 16 Q, 16.0, 180, 200, 22 0, 240, 27 0. 900, 83 0, 36 0, 39.0, 43.0, 47 0, 51.0, 56 @, 62 2, 68 Q, 75.2, 82.0, 91 todos 0s miltiplos desses valores, até 22 Mo. TABELAL Descrigao Maxima dissipacao | Coeficiente| Tolerancia | Gama de Temperatura| ‘Atura | Passo | atempera | de | ‘dovalor | valores’ | Encaps. 0 ea dos | turaambi. |temperatural ‘Ghymico | shmicos Operacto Série AM ima | term. | ente por | (PBMC) | nominal 0) (am) | Tm | elemento ML 5.08 118 wa 70°0 254 G (2%) Tipo [RMN 635 roi [Tewa7ec| +30 | SEY | e2o.imo| sip | -40.125 4 14pin - MH 90 Wawa 706 Figura 30 - Tipos de contiguragdes basicas de Redes Resistvas da ROHM. ¢) Para Resistores com tolerancia inferior a 5% Podemos considerar como valores padronizados os mesmos ja citados para a tolordncia de 52%. Convem frisar que resistores abaixo desta tolerancia sa0 conhecidos como "Resistores de preciséo” e possuem tolerancias de 2% & 4% (multas vezes a tolerancia ¢ interior a ‘esta, podendo chegar a 0,1% ou menas). ‘Além de possuir em seu corpo 5 falxas coloridas para expressar seu valor, ao inves de apenas 4 faixas, o resistor com tolerancia de 1% 6 normalmente construido a partir de pelicula metalica, 0 que the garante uma alta confiabilidade. 4) Para potenciémetros Os valores normalizados para pistas (resisténcias) de potenciémetros $40; 100 Q, 220 ©, 470 0 € miltiplos de 10 desses valores, até o maximo do 4,7 Mo Assim, um potenciémetro de 4 700 @ existe, pois 4 700 = 470 x 10; potenciémetro de 22 KO também existe, pois 22 000 = 220 x 100, e assim por diane. CURSO DE ELETRONICA BASICA Introdugao Nesta ligdo, vamos estudar os resistores do ponte de vista pratico, ou Seja, os seus tipos de uso mais comum em eletronica, assim como 0 modo de identitica-los. Naturalmente, nao entraremos ainda na aplicago desses ‘componentes como elementos de circuito, (© que sera feito em ocasiao oportuna. Podemos afirmar, entretanto, que 0s resistores tém oxtonsa aplicagao e, Praticamente, o aluno nao encontrar circuito de eletrénica (radio, TV, amplificador, etc.) que nao utilize esses ‘componentes. Na 3° ligao teérica, vimos como se pode classificar os resistores tendo em vista a variacao de resisténcia, o material de que sao feitos, otc. Agora, vamos Preocupar-nos exclusivamente com 0 aspecto pratico desses componentes. Iniciaremos nossas explanagbes pela identificacao das resistores. it a resistores Identi cacao de Identiticar um resistor consiste em determinar 0 valor de sua resistancia em ‘ohms, de sua tolerancia e, eventualmente, a poténcia nominal de dissipagio, A identiicagéo do valor éhmico do resistor é feita interpretando-se codigos, como veremos a seguir. Existiam, dois Ccadigos que eram universalmente aceits, sondo um deles conhecide como cédigo europeu, ou Philips, @ 0 outro como cédigo americano. Em nosso pais, as fabricas de resistores ulilizavam os dois. Atualmente apenas 0 cédigo americano é ‘empregado. Cédigo americano Segundo esse cédigo, os resistores sao identificados pelas cores estampadas em seu corpo. A cada cor corresponde um numero que, corre. tamente interpretado, permite determinar 0 valor nominal do resistor, assim como sua tolerancia Na tabela ll, apresentamos as RADIO-TV -RESISTORES 3" LICAO PRATICA TABELA II ALGARISMOS, SIGNIFICATIVOS TOLERANCIA MULTIPLICADOR, 0 x 1 x10 2 100 100.000 1.000.000 10,000,000 Vz) %100.000.000 BRANCO, %1,000.000.000 x001 cores escolhidas © os numeros que elas representam. Cédigo americano para resistores. Na identificacao desse tipo de resistor, também sao utilizadas as mesmas cores que ingicamos na tabela Il, ‘com os mesmos significados onde as cores identificadoras sao pintadas em anéis, em seu corpo, e possuem um significado proprio, como mostramos na figura 31 esse tipo de resistor, sao pintados 4 anéis coloridos, situados mais préximo de uma das extremidades do resistor. A leitura deve ser felta a partir do anel mais préximo da extremidade, Os significados Figura 31 - dentticagao polo obdigo de cores. 10 dos anéis séo os seguintes: 1® anel- 1° algarismo 2® anel - 2° algarismo 3° anel - multiplicador 4? anel - tolerancia Devemos observar que 0 quarto ‘anol comumente s6 tem as cores aura ou prata, que indicarao tolerancia de 5% ou 10%. Quando nao existe o quarto anel, admite-se que a tolerdncia seja de 20%. Em resistores especiais com tolerancia do 1% ou 2%, a quarta faixa sera marrom ou vermelha, respectivamente Normaimente os resistores de precisao com tolerancia de 1% apresentam 5 faixas, como mostrado na figura 32, sua leitura deve ser feita também com o auxilio da tabela Il, sen- do que 0 significado dos anéis sao os Figura 92 - Identiicagao de um resistor de 5 faixas pelo cédigo de cores, seguintes. 12 anel - 1° algarismo 2 anel - 2° algarismo ‘3° anel - 3° algarismo 44? anel - multiplicador 5° anel - tolerancia Daremos, agora, uma série de exemplos elucidativos. O aluno deve acostumar-se a interpretar_com desenvoltura esse codigo, porque alualmente ele & 0 dnico ullizado pelos fabricantes. Exemplo 18) Vamos identicar um resistor que apresenta os seguintes anéis colori- ddos,como mostrado na figura 33: 4 anel - marrom, 2! anel -preto 3 anel - vernelho 4? anel - dourado Figura 33- Resistor de 1 KA. Solugdes: Consultando a tabela Il, temos que © primeiro algarismo € 1, porque 0 primeiro anel é marrom, 0 segundo algarismo 6 0 (zero), porque o segundo anel € preto. O multiplicador ¢ 100 (com), poque 0 treo ane é verneho, Finalmente, a tolerancia ¢ de 5%, porque o quarto anel & dourado. Assim, a identificagao desse resistor é: 1000 2 ou 1 KO.@ 5% de tolerancia. 28) Seja identificar 0 resistor que apresenta 4 anéis, com as cores, ‘mostradas na figura 34% }_____+} 19> Figura 34 - Resistor de 10 KO. 1 anel - marrom 2ranel - preto 3? anel - laranja 4 anel - dourado Solugao: A identiticagao de tal resistor & 10.000 0 @ 5% de tolerancia, De fato, sendo martom o primeira anel, é um 0 primeiro algarismo, a cor preta do segundo anel indica que ¢ 0 0 ‘segundo algarismo. O torceiro anel, sendo laranja, mostra que 0 multipicador ¢ 1000 e, finaimente, a cor dourada do quarto nel indica que & de 5% a tolerancia. 3°) Vamos identificar o resistor da figura 35 com os seguintes anéis cloridos: 4 ane! - vermetho 22 anel - vermelho 3° anel - marrom ‘ane! - dourado Figura 25 - Resistor de 220 2 Solucao: © primeiro algarismo é 2, porque o primeiro anel 6 vermetho. © segundo algarismo 6 2, porque 0 segundo anel 6 vermelho. O multiplicador 6 10 pois 0 terceiro anel & martom. A tolerdncia é de '5%; logo, a identificagao do resistor é: 220.0 © 5% de tolorancia. 4°) Seja identificar o resistor da figu- +a 35, com os seguintes anéis colaridos, 4° anol -laranja 2° anel -branco Figura 96 - Resistor de 290 8 " sane! - preto @ anel - preto 5° anel - martom ‘Solugao: © primeiro anel indica que 0 primeiro algarismo 3, pois é laranja. (© segundo algarismo é 9 (nove). porque o segundo anel 6 branco. O {orceiro algarismo 6 0, porque 0 terceiro ane! 6 preto; 0 multipicador 6 1, pois 0 ‘nel correspondente & preto e, finalment a tolerancia 6 de 1%, pois a 5 faixa é marrom. Assim sendo, a identificagao do resistor é: 3908 com tolerancia de 1%. 5¢) Seja identificar o resistor da figura 37, com as seguintes cores: 18 anel - marrom 2 anel - vermelho 3° anel -laranja 4 anel - amarelo 5% anel - vermeiho Figura 37 - Resistor de 1,23 Ma Solugao: © valor de tal resistor ¢ de 1,230,0008 ou 1,23M0, com tolerancia de 2%. De fato, sendo marrom 0 primeiro anel, 6 1 0 primeiro algarismo; sendo vermelho 0 segundo anel, € 2.0 segundo algarismo e, conseqdeniemente, sendo laranja 0 terceiro anel, é 3 0 terceiro algarismo. O multiplicador 6 10.000, porque 0 quarto anel 6 amarelo Finalmente, a tolerancia € de 2%, pois 0 5 anel é vermelho, Observacdo: © resistor é um dos com: ponentes mais utilizados nos circuitos de eletrénica e, por- tanto, 0 aluno deve estar bas- tante familiarizado com 0 cédigo de cores, para que possa iden- tificd-lo rapidamente e sem culdade. Os exemplos aqui mos- trados devem merecer bastante atengao, assim como a pratica efetiva que deve ser feita com esse componente. - Poténcia de dissi pacao nominal do resistor Estudamos, na ligao teérica, que um dado importante do resistor é sua poténcia nominal de dissipacéo, ou Seja, aquela que ele pode absorver do Circuito, transformando-a em calor. Esse calor, se for excessive, podera danifcar 0 material do resistor, aiterando 0 valor da resistencia ou queimando-o irremedia- velmente. Por isso, nas montagens, devem usar-se resistores com poténcia dé Jissipacao suficiente, Costumam-se escolher os resistores com poténcia de dissipagao, no minimo, duas vezes maior do que aquela calculada, Essa poténcia de dissipacdo nominal é um dado importante, mas. no 6 indicado no corpo do resistor. Todavia, ela depende, basicamente, de suas dimens6es fisicas, ou soja, do tamanho do resistor. Para os resistores de carvéo, 8s poténcias nominais padronizadas S80 de 1/8 W, 1/4 W, 1/2 W, 1 W, 2 We 3 W. Para os resistores de fio, elas vao de 5 a 200 W. Nas substituigdes de resistores, quando nao se dispoe de resistor com mesma poténcia nominal de dissipagao, deve-se dar preferéncia aquele que a tenha maior. Por exemplo: se for preciso substituir um resistor de 1 W mas no momento, nao se dispuser do ‘componente com tal poténeia, poder-se-a utilizar 0 de 2 W ou mais. Note o aluno que essa troca nao alterara a poténcia que o circuito desprende, sob a forma de calor, no resistor, ou seja, se essa Poténcia foi de 1 W no resistor de 2 W, ela também sera de 1 W no de 3 W. A nica consequéncia da troca do tesistor de 2 W pelo de 3 W é que este Ultimo se aquecerd menos. Isto se da Porque o resistor de 3 W tem mais massa que o de 2 W e, portanto, a temperatura que ele atingo menor. O fato de um ‘corpo de pequena massa atingir uma ‘temperatura maior que o de maior massa, quando absorvem a mesma quantidade de calor, pode ser facilmente constatado ‘com a seguinte experiéncia: Tomam-se duas brasas iguals; coloca-se uma delas em uma xicara com agua e a outra em uma bacia com Agua. Nota-se de pronto que a agua da xicara se aquece Tapidamente, enquanto o aumento de temperatura ‘da agua da bacia nem é percebido, embora, nos dois casos, a Quantidade de calor cedida pela brasa tenha sido a mesma. Na pratica, & muito mais interessante utilizar resistor de poténcia bem maior que a mais necessaria, mas 1ndo se faz isso por tres motivos principais: © custo elevado do resistor de maior Poténcia; o tamanho do resistor, pois nem sempre onde hé um resistor de 1 W cabe um de 2 W e, também, porque o resistor pode agir como um fusivel para um ‘componente mais caro, Mas 0 aluno estara perguntando: Quando se sabe se o resistor € de tal ou qual poténcia, ja que esta nao vem indicada no corpo? Responderemos que isso ¢ Possivel somente tendo as indicacoes do fabricante. A pratica também nos leva a identificar a poténcia pelo tama- ho do corpo do resistor, porém esse critério é falho, porque, a, medida que se empregam novos matériais na cons- trugao de resistores, conseguem-se maiores poténcias em corpos de mesmo estabilizar a imagem de televisores; fotorresistores em alarmes e controls industiais, et. WV - resistores Associagéo de Algumas vezes, necessitamos de resistores cujo valor nao se encontra dentro daqueles normalizados que citamos na ligao teérica. Também poder acontecer da precisarmos de certo valor e TABELA IIL POTENCIA (W) COMPRIMENTO DOS TERMINAIS mm _(A)| COMPRIMENTO MAXIMO DO CORPOmm (8) DIAMETRO_MAXIMO 00 CORPO mm (c) TABELAIV 38 tamanho, © que pade provocar erros. A titulo de orientacao, dames, na tabela Ill, as dimensoes especificadas pela firma Constanta Elotrotécnica S.A., para poténcias de 1/8 a 2 We na tabela IV as dimensées especificadas pela ROHM Indistria Eletronica LTDA, juntamente com a poténcia de di dos tipos de resistores de pel carbon, fabricados por esta empresa, Ill - Resistores especiais Os ‘resistores ospeciais que ‘apresentamos na licdo teérica, ou seja, 0 varistor (VDR), termistor (NTC) © 0 fotorresistor encontram a cada dia que Passa maior aplicacao no ramo da eletronica. Assim, & muito comum empregar termistores para estabilizar a temperatura em —_receptores transistorizados; varistores para 12 nao dispormos dele no momento, mas Possuirmos outros, cuja combinagao Figura 38 - Associagao de trés resistores em sere. Figura 39 - Representagao gratica da associagaa da hgura 28 poder dar o valor requerido, Em tal ‘ircunstancia, o que se faz é associar os resistores, isto 6, liga-los de um modo onveniente, para obter o valor desejado. A associagao pode ser feita de duas maneiras basicas, isto &, em série e fem paralelo, e de outra maneira composta dessas duas, quo se chama de associacéo série-paralelo ou mista, 1) Associagao em série Este tipo de agsociacao consiste em ligar todos os resistores de modo que fim de cada um seja ligado 20 comeco do out. Na figura 38, mostramos uma associagao em série de 3 resisiores. A ligagao esquematica de tal associagao pode ser vista na figura 39. AA propriedade fundamental desta associagao € que: “A resisténcia total (ou resultante) da associacao é igual 4 soma dos valores das resisténcias parciais.” Assim, se os trés resistores da figura 38 valessem, respectivamente: 22 , 470K Qe 2.2K Q, eles substituiiam um resistor Unico de 22 + 470,000 + 2.200 = 472,222 0, Se esses trés resistores forem ligados a uma diterenca de tensdo, como mostramos na figura 40, poderemos tirar a seguinte conclusao importante: Na associacao em série de resistores, a corrente que os atravessa tem o mesmo valor em qualquer um deles, ou seja, ela sempre a mesma, Naturalmente, em nosso exemplo, idicamos apenas trés resistores, mas oderia ser muito mais, ¢ a propriedade {que demos antes continuaria valida, Para determinar o valor da corrente em amperes, basta dividir o valor da tensao em voits pelo valor da resisténcia equivalente em ohms. Assim, se a tensao da bateria fosse de 10 V, a corrente que passaria por qualquer dos tr8s resistores de nossa associagao seria de 10 + 472.222 = 0,000021A, Outra propriedade da associagao em serie ¢ a de que as diferencas de poténcial nos extremos de cada resistor sao diversas (se 0s resistores nao forem iguais) © sempre serao caiculadas mutipicando-se 0 valor da resistencia de cada resistor, em ohms, pelo valor da corrente que passa por ele (que é igual a ‘que passa pelos outros), em amperes. O resultado da a tensao em volts, ‘Assim, nos extremos do resistor de 2.200 © da associagdo em série do nosso Figura 40 - Celio com resistoves am save exemplo, temos uma queda de poténcial 22) Associagéo em paralelo Fazer uma associacao em paralelo ou derivacao consiste em ligar todos os resistores entre dois pontos. Em outras palavras, devemos ligar entre si todos 0s terminals iniciais do resistor e também entre si todos os terminais finais. A figura 41 ilustra uma associagao om paralelo de 3 resistores enquanto que na figura 42 & mosttado 0 esquemia de tal associacao. Figura 41 - Associagao em paralelo de resistore. ‘ASSOCIACAO EM PARALELO Figura 42 - Esquema de ligagao de uma _assoclagao em paralelo do restores. 13 Para este tipo de associagao, as propriodades importantes sa a) A resisténcia total ou resultante da associacao é sempre menor que a resisténcia do resistor de valor mais baixo, seu inverso é igual a soma dos inversos das resisténcias Parciais. Isto, em linguagem matematica, devera ser escrito como mostramos abaixo Entretanto, 0 aluno nao precisa preocupar-se com essa formula, pois vamos mostrar como se calcula a resisténcia resultante de uma associagao do dois resistores om paralelo, e o metodo pode ser utiizado para qualquer nimero de resistores, bastando aplica-los de dois, ‘em dois, ‘Assim, para determinar o valor em ohms da resistencia equivalente de uma associagao de dois resistores em paralelo, basta dividir 0 produto (multiplicagéo) des valores éhmicos dos dois resistores pela soma desses valores. Por exemplo, vamos considerar dois resistores quaisquer om paralelo sendo um de 100 @ e outro de 200 ©. como mostramos na figura 43, € calculemos a resistencia equivalente (total) da associacao. Figura 43 - Oalculo de dois resistores em paraelo. Para isso, basta multiplicar 100 por 200 e dividir 0 resultado pela soma, 100 +200, ou seja, Como 0 aluno pode notar, a resisténcia resultante é menor que a ‘menor da associacao, que é de 100.2. Figura 44 -Calculo de ts resistores em paralelo Vamos considerar, agora, a associagao de 3 resistores em paraielo, como mostramos na figura 44, sendo de 200 @, 200 © e 100 Q, respectivamente, 1s valores das resisténcias. Calculemos 0 valor da resisténcia resultante, Para isso, tomamos duas resisténcias quaisquer da associacao e reduzimos a uma s6, que 6 a equivalente ou resultante. Em Seguida tomamos a rosultante calculada e a resisténcia ainda ‘do utilizada, e determinamos a nova resisténcia equivalente, que resolve 0 problema. Na figura 44, mostramos a sequéncia, Inicialmente, tomamos os dois resistores de 200 2 e determinamos sua resultante, que, segundo o exemplo anterior, é: 200X200 40.000 © RTI = =—— =1002 200+200 400 Agora, determinando a resultante desse resistor equivalente com 0 de 100 ©, vita 100x100 10000 Rt =————_ = —— =509 1004100 200 que 6 @ resisténcia equivalente da associagao dos trés resistores, Esse processo, que aplicamos para trés resistores, podera ser usado para qualquer numero deles. b) A diferenga de poténcial ‘0u tensdo, em cada resisténcia, é ‘a mesma para todas elas. Isto & f4cil concluir se observarmos a figura 45, pois todos os resistores estéo ligados aos mesmos terminais do gerador; logo, a tensao € a mesma e, no caso, igual a do gerador. Figura a5 - Circuito com resistores em paralola, c) A corrente nao é a mesma todos os resistores. Se eles so diferentes, é claro ‘como se pode deduzir também da figura 45. A corrente em cada resistor € caiculada dividindo-se 0 valor da diterenga de poténcial, que ¢ igual em todos, pelo valor da resisténcia. No exemplo que demos, no resistor de 100 2, se a tensao do gerador for de 50 V, a corrente sera de: Figura 48 - Associacéo mista de resistores. 14 3°) Associagao em série- paralelo {Como o proprio nome sugere, tal associacao consiste na ligacao de resistores em série © em paralelo. Na figura 46, mostramos uma associagéo em série-paralelo de um resistor em série ‘com uma associacao de dois resistores ‘em paralolo. Esta associagao goza das propriedades citadas para as duas outras, JA que ela € uma combinagao de ambas, Para determinar a resisténca equivalente, comoga-se resolvendo a associagao (ou associagées em paralelo), de modo que no fim somente se tenham resistencias equivalentes em serie. Ai, basta somar os resultados, para determinar a resultant. Vocabulario Absorver: Consumir; esgotar. Aciona: Move. Adicionar: Juntar; acrescentar. Arguto: De espirio vivo, engentioso, suti perspicaz Bojo: Interior de um objeto; saliéncia arredondada, Coincidéncia: dentidade ou igualdade de duas ou mais coisas; simultanoidade do dois ou mais acontecimentos. ‘Complexos: Que abrangem ou encerram ‘muitos elementos ou partes; complicados. Computador: Aparelho eletrénico capaz de receber informagoes, submeté-las a lum conjunto espaciticado © predetermina- do de operagdes légicas ou matemiticas, @ fornecer 0 resultado dessas operacées: cérebro eletrénico, Danificar-se: Estragar-se. Depositar: Por; colocar. Disponivel: De que se pode dispor, utilizar. Elucidativo: Esclarecedor Casuais; acidentais, Eventuais Incombustivel: Que nao arde, nao queima. Invélucro: Tudo que serve para envolver; envoltrio. Opor-se: Golocar-se em opasicao, como impedimento, obstaculo. Projetista: Pessoa que projeta um aparelho, uma construgao, et Receio: Medo. Rigorosos: Que seguem & risca deter ‘minada coisa; infexiveis. ‘Semelhante: Parecido, ‘Submarinos: Que ficam debaixo das ‘aguas do mar. CURSO DE ELETRONICA BASICA a) RADIO-TV 3° LICAO ESPECIAL CALCULOS EM CORRENTE CONTINUA Introdugao Nas ligdes normais de nosso curso, vimos apresentando as grandezas letricas tendo como base os fenémenos qualitaivos, ou seja, explicamos 0 porque dos fenémenos, mas nao nos preocupamos em saber em que ‘quantidade eles se manifestam, E claro que 0 conhecimento qualitativo 6 importante, diriamos importantissimo, porque permite que se entenda como 0 fenémeno acontece fisicamente, Entretanto, quando se quer tirar proveito do fenémeno que se conhece, nao bastam os conhecimentos aualitativos; 6 necessario que se possa relacioné-lo com as grandezas que nele tomam parte e veriticar em que quantidado isso acontece. Em suma, precisa-se saber interpretar o fenémeno ‘quantitativamente, Isto é feito pela formu- la, que nada mais € que a representacao matematica daquilo que descrevemos com palavras. Por exemplo: se alguém perguntar 0 que € um aquecedor elétrico, © aluno certamente respondera que se trata de um dispositivo dotado de um resistor que, ligado a uma diferenga de potencial, 6 atravessado por uma corrente, produzindo aquecimento. Até ai esta tudo muito bem, pois o fendmeno foi corretamente descrito. Suponhamos que esse alguém soja mais curioso © pergunte, também, qual é a corrente que passa pelo resistor, ou qual 6 a quantidade de calor que 0 aquecedor ltradia. Neste caso, ha necessidade de caloulos. Nesta lgdo especial, vamos mostrar como, se calculam as grandezas mais Usuals dos circuitos elétricos de corrente continua, que sao a corrente, tensao, fesisténcia e poténcia. ‘Quando estudarmos a corrente alternada, voltaremos ao assunto, ja esse tipo de corrente tem particularidades que nao ‘acontacem em CC. - Leide Ohm Esta lei é a mais importante da eletricidade, embora seja bastante simples. Seu emprego ¢ obrigatério em todo circuito elétrico. Em nosso curso, embora ndo a tenhamos mencionado, jé a utilizamos algumas vezes. Com'seu emprego podemos calcular qualquer uma das tr8s grandezas fundamentais da corrente elétrica - resistencia, diferenca de potencial ou tensao e corrente - desde que conhecamos duas delas. enunciado da lei de Ohm, é 0 seguinte: “Desde que a tempera-_ tura se mantenha constan- te, a corrente que atravessa um fio é diretamente proporcional & diferenca de potencial entre as extremi- dades do fio”. Isto significa que, se aumentarmos a diferenca de potenciai aplicada ao fo, a corrente tambem aumentara na mesma proporcao. Do mesmo modo, se a diterenca de potencial diminur, a corrento também diminuiré © aluno pode comparar essa lei com © movimento de agua de um rio por exomplo. Se a diferenga de altura (nivel) entre dois pontos do rio for pequena, a intonsidade' de corrente de agua também 0 sera. Se for aumentada a citerenca de nivel, aumontara também a corrente Suponhamos que no aquecedor citado ha pouco circule corrente de 2 ‘amperes, quando o igamos a tonsao de 120 ¥. Segundo o que afirmamos so a tonséo dobre, ou sea, passar a 240 V, a connie também dobrara isto 6, passard a 4 A. Do mesmo modo, se 4 tensao for reduzida a metade, iso 6, 60 V, a corente também se Feduziré na mesma proporgao, ou sea, 1 A. ‘Observamos 0 Seguinte 18) Quando a tensao é de 120 Vea corrente de 2 A, a relacdo entre tensto cortente & de : 120V-2A=60 28) Passando a tenséo para 240 Va cortente passaré para 4 A e relagdo entre tensdo e corrente sera de: 240 V4 A= 60 3°) Finalmente, se a tensdo se reduz a 60 Ve a corrente a 1 Aa relacéo ‘entre tensao e corrente sera: GOV 1A=60 Deste exemplo, sata a vista que a 15 relacdo , ou seja,_a diviséo do valor da tensdo pelo vaior da corrente 6 um numero constante (60, no caso). Essa Constante 6, como sabemos das licées do curso, 0 que se chama de rasisténcia do circuito. Podemos, entao, escrever 0 seguinte’ ‘0 valor da votagem dividido pelo valor da corrente 6 igual ao valor da resisténcia’ Ora, essa verdade & quantitativa, porque lida com valores. Podemos simpiticar a linguagem, ropresentando a afirmativa da lei pela ° spe (© que constitui uma férmula matemiatica e, particularmente, a férmula da lei de Ohm, Note © aluno que, quando encontramos BAO V4 A= 600 estamos aplicando a lei de Ohm, mas no caso particular do exemplo. Por outro lado, quando escrevernos: ‘estamos generalizando 0 problema. Dassa formula basica : resultam duas outras, por transposigao de letras (2 l=V+Roul @ Ve Note que o sinal .(ponto) @ a mesma coisa ‘que o sina de vezes (X), 0 sina : ou ~ (de divi) 6 igual ao — (trago de trago). As formulas (1), (2) © (9) representam a lel de Ohm @ permitem, como ja afirmamos, determinar uma das, grandezas desconhecidas, quando Conhecemos as outras duas. Os exerplos que so seguem esclarecerao melhor a questo. 18) Uma kimpada de iluminagéo & atravessada pela cortente de 2 A, quando ligada a rede de energia de 110 V. Pergunta-se: Qual o valor da resisténcia dda limpada? Solugao: © citcuito de ligagao seria 0 que indicamos na figura 1. Figura 1 - Exemplo de um circuito @ sua representagao graica ‘A tensao, no caso, 6 a da rede © vale 110 V; logo, V = 110 volts. A corrente que passa pela lampada @ de 2 A; portanto, | = 2 A. Uma vez que conhecemos a tensao e a corrente. aplicaremos a férmula (1) 6 ‘encontraromos a resisténcia Resposta: A resisténcia da lampada 6 de 55 ohms. 2) Em um carro, cUja bateria é de 12 volts, instala-se um acendedor de cigarros de resisténcia igual a 2 ohms. Pergunta-se: Qual 6 a corrente que © acendedor "puxara"? Solugao: © circuito 6 aquele que mostramos na figura 2. ‘Aqui, conhecemos a tensdo, que & de 12 volts; logo, V = 12 V; e @ resistencia, do acendedor, que ¢ de 2 ohms; logo, R. 20. Como desejamos conhecer a Figura 2 -Cireuito de instatagao de um acendedor. corrente, utilizamos a formula (2), isto 6, Substituindo os valores do problema, na férmula acima , resultara: 2V+2R=6A Simile 28 Resposta: A corrente que circula pelo acendedar 6 de 6 ampbres, 3°) Temos uma batetia e desejamos saber qual o valor da diferenca de potencial em seus terminais. Gomo Possuimos somente um medidor de Corrente, ligamo-lo em sério com um resistor de 10 © @ aos terminais da bateria, como mostra na figura 3. Nestas ircunstancias, o instrumento registra 4.5 ‘A (quatro amperes e meio) . Pergunta-se: ‘Qual o valor da citerenca de potencial nos terminais da bateria desconhecida?” Solucao: Sabemos que a resisténcia R vale 109 e que a corrente | ¢ de 4.5 A. Ora como conhecemos a resisténcia e a corrente, basta substtuir seus valores na formula (3), V = Rx! € teremos a solucao do problema, ou seja’ A diterenca de potencial nos terminais da bateria esconhecida é de 48 volts 4°) Possuimos uma lampada febricada para 110 Ve queremos ligi-a 2 rede de 220 V. Sabemos que ligada em 110 ¥, por ola circula corrente de 0,5 A (meio ‘ampére). Pergunta-se: Que resistencia devemos colocar em série com a lampada, para que ela funcione normalmente? ‘Obs.: O aluno deve observar que, se a lampada construida para funcionar em 110 V fosse ligada diretamenie em 220 V. se queimaria de imediato. Necessita-se, tentao, de colocar em série um dispositivo Figura 3 - Medigao de corrente no circuit, que provoque o abaixamento de tensdo até 0 valor de 110 V. Queremos que esse dispositivo seja um resistor. E claro que, 50 0 valor da resisténcia ndo for correto, a lampada podera funcionar com tensio superior a especificada e queimar-se (esisténcia babea); ou ser alimentada com tensdo abaixo do normal e ndo acender, ‘ou acender com pouco briho. Devemos, entao, ligar o resistor correto, o que pode ser calculado pela aplicagao da lei de Ohm, como veremos a seguir. Solugao: 0 circuito € o mostrado na figura 4. Queremos saber a resisténcia; logo a Figura 4 Ligagao de uma lampada de 110 V em uma rade do 220 V. formula a ser utizada é a (1), ou seia, Saat Conhecemos a corrente, que vale 0.5 A, e precisamos do valor de V, para aplicar a formula. Sabemos que a lampada deve trabalhar em 110 V. Como dispomos de 220V, 0 resistor devera provocar a queda do excesso, isto é, a tensao no resistor deverd ser: 220 10 V resistor HOV Agora, substituindo valor de V no resistor eo de | no resistor, que é a mesma corrente da lampada, porque resistor € |ampada estao em série, resulia Solugao: O resistor que se colocaré em sé sae com a lmpada devera ter 220 ohms. 5°) Uma pilha tem forca eletromotriz de 1,5 volt (um volt e meio} e resisténcia interna de 0,19. Pergunta-se Qual a diferenga de potencial nos Figura 5 - Representagao do exerciio numero 5 terminais da pilha, quando a eles é ligada uma carga que tem resisténcia de 9,927 Solucao: O circuito € 0 que est repre- sentado na figura 5. Este problema 6 resolvido aplicando-se duas vezes a lei de Ohm: uma para calcular a corrente que passa pelo Circuito e outra para calcular a queda de potencial na resisténcia interna da pilha. Finalmente, calculando a diterenca entre a forga eletromotriz @ a queda na resistencia interna, obteremos a diferenca de potencial nos terminais da pilha. Teremos, entao: Resisténcia total do circuito = resistencia interna da piha + resistOncia extoma, ou soja: A corrente que passa pelo circuito 6 determinada aplicando-se a férmula (2), isto 6, Mas, no caso, V & igual a forea eletromotriz da pilha e R, a resistencia total do circulto; logo: SECW AER 1,5V +100 =0,15 A. 7 ‘Como conhecemos a corrente que passa pela resistencia interna da pilha, {que é de 0,15 A, bem como 0 valor dessa resisténcia, que é de 0,12, podemos aplicar a formula (3) da lei de Ohm & calcular_ a queda de tensao nassa resisténcia. Result: VER x1=0,10%0,15 A= 0015 V (quinze milésimos de volt) ‘Agora, para determinar a diferenca de potencial entre-os terminals da pilha, terminais esses que representamos por A B na figura, bastara calcular a diterenga entre a forca eletromotriz e a queda na ‘esisténcia interna, ou seja Vab = E-0,015 = 1,5-0,015= 7,405 V Resposta: A ciferenca de potencial ros terminais da pilha ¢ de 1,485 V (um volt @ quatrocentos e oitenta e cinco milivolts). Obs.: Poderiamos ter calculado a ilerenca de potencial entre os terminais, Ae B mais rapidamente, aplicando a formula (3) para o resistor externo Faremas igso, abaixo, para verificagao do resullado. Temos: Logo: ‘© que confirma o resultado encontrado, 6°) Vamos considerar 0 mesmo exercicio anterior, mas, agora. admitindo {que a resistencia interna da pilha seja de 20,1@ (vinte ohms e um décimo) Desejamos saber aval a diferenca de potencial nos seus terninais, neste caso, Solucdo: ‘A solugdo 6 exatamente igual a do exemplo anterior. Inicialmente, calculamos a resistencia total do circuito Rt 01+ 88 0m Agora, calculamos a corrente do circuito Rt Como E = 1,5 Ve At = 300, leremos: T= 1,5 + 30 = 0,08 A (cinco centésimos de ampére) Finalmente, multiplicando esse valor de corrente pela resistencia extema, teremos a solugao procurada VERX1= 9,9 X 0,05 = 0,495 V os e noventa Resposta: A tensao nos terminais, a pha 6 de 0,495 V, Este exemplo tem como finalidade explicar quantitativamente 0 que ocorre ‘quando uma pilha envelhece. Realmente, 0 envelhecimento, da pilha se da com 0 aumento de sua Fesisténcia interna. Quanto maior essa resisténcia, menor seré a corrente no circuito (esta é a lei de Ohm) e, Consequentemente, menor sera a diferenga de potencial nos seus terminais. © aluno deve ter notado que, no 5° exemplo, quando a resisténcia interna era de 0,19, a diferenca de potencial nos terminais da piha era de 1,495 V, para a carga de 9,9 2. Ja no 6° exemple, quando a resisténcia interna passou a 20,19 a diferenca de potencial para a mesma carga calu a 0,495 V, situago em que dizemos que a pilha, para essa carga, esté descarregada. Note 0 aluno que a pilha do exemplo esta descarregada para a carga de 9.99. Se a carga fosse, por exempio, de 28022, a diferenca de potencial seria de cerca de 1,4 V (o aluno pode verificar esse valor. como novo exercicio), 0 que significa que a pilha esta em boas ‘condicdes para a carga do 2802. Assim, a mesma pilha esta doscarregada para uma carga @ carregada para outta bem maior. © por esse motivo que as pilhas retiradas de uma lanterna ainda podem funcionar durante algum tempo, em um receptor transistorizado. E que a carga imposta pelo receptor tem resisténcia muito mais elevada que a imposta pela ampada da lantema, Esta propriedade aplicada na verificagdo da carga de acumuladores, através do voltimetro conhecido como voltimetro de alicate. De fato, se a tensao de uma bateria (acumulador) for medida Figura 6 - Voltmetr tipo Aloate, Por um voltimetro comum de elevada resisténcia interna, ele acusara o valor maximo, mesmo que a bateria esteja Praticamente descarregada. Entao, para que a leitura do voltimetro mostre, de fato, © estado da bateria, 6 colocada em paralelo com seus’ terminais uma resistencia de baixo valor, que simule a carga normal com que a bateria trabalha, Na figura 6, mostramos o aspecto do voltimetio de alicate. ll- Calculo de poténcia Em eletricidade, requentemente toma-se necessario doterminar a poténcia dde um componente. Quando compramos uma lampada, um moter. um resistor. ote temos de indicar a potencia do componente. Algumas vezes, 0 tecnico & Obrigado a calcular a poténcia Esse calcula, geraimente, tambem @ muito simples © vamos, neste paragrato presentar alguns exemplos que servi'ad Ge base para outras apicacoes © aluno aprendeu que, em eletci- dade, se calcula a potércia em watts. que tum dispositive consome, multpteando.se a tensao em volt peia corrente em amperes. Assim, se uma lampada de 110 volts 6 percorrda pela corrente de 0.5 A aloulamos a poténcia dessa lampada muttpicando esses dois valores, ou Sea Potencia em watts ~ tensao em vats x corrente em amperes ‘Assim, Exatamente como fizemos com a lei de Ohm, vamos generalizar 0 célculo de poténcia, escrevendo o modo de determind-la sob a forma de formula ‘matematica, Isto &, (P=V.TouP=Vx Desta ‘6rmula, pela aplicagao da loi de Ohm, derivam duas outras. De fato, ‘sabemos que a corrente de um circuito & calculada pela expressao: Entdo, vamos substituir 0 valor de | na formula de P. Teremos: © aluno deve observar que V*(lé-se: \vé a0 quadrado) 6 uma forma de indicat a muliplicacao de V por V, do mesmo modo que 2 indica a multiplicacao de 2 por 2, ue da 4; que 5? indica o produto de § por 8. que € 25, etc. Por certo, 0 aluno que Nao esté muito familiarizado com a 18 ‘Matematica estara perguntando: Mas, V multiplicado por V quanto da, em ‘ameros? Respondemos: Depende do valor ‘que V representar no problema . Se V for 710 volts, por exemplo, o valor de V sora 110 x 110 = 12 100. Vamos a alguns exemplos que facilitarao a compreensao do assunto 1) Uma resisténcia de 100 & ligada a uma tonte de energia de 100 volts. Pede-se calcular a poténcia absorvida pela resistencia, em watts Solucao: Como conhecemos 0 valor da tensao e 0 da resisténcia, substituimo-ios na férmula (2), efetuamos as contas tetemos, afinal, 0 valor da poténcia ‘Assim: onde —-V= 100 volts R= 100 Mas, V? = VxV= 100 x 100 = 10.000 Resposta: A poténcia absorvida pelo resistor (a qual 6 transformada em ‘calor) 6 de 1.000 W. 28) Qual a poténcia do acendedor de cigarros apresentado no exemplo n* 2, do item 1 (Lei de Ohm) desta ligao especial?” Soluca: Do exemplo citado, sabemos que a bateria do carro tem 12 volts, que a ortente que circula pelo acendedor & de 6A @ que a resistencia 8 de 20. Em sendo assim, podemos caloular a poténcia usando a formula (1) ou (2). ‘) Pela térmula (1), temos: [ieee Como V = 12 volts © |= 6 amperes, Resposta: A poténcia do acen dedor 6 de 72 watts, b) Para confirmar 0 resultado: & ‘como exercicio, vamos aplicar a férmula (2). Teremos: xVe V=12 volts: Sendo R = 2.0, teremos: P1446 +2 de se esperar. A terceira formula da poténcia deriva de P = V.l, quando se substitui 0 valor de V dado pela formula V = Rl ‘Assim, como: resulta: 72 watts, como era P=(Rx)xleRxP Formul @ P=R.P Aqui, 0 numero 2 em cima do |, numero esse que se chama expoent tem o mesmo significado que mostramos para o V da f6rmula anterior, isto 6, indica ‘que devemos mutiplicar o valor do | por ele mesmo. Assim, se1=5 A, I? =5x5= 25, se 9x9 = 81, e assim por diante. Exemplos de aplicagao da formula (3) 1®) Por um chuveiro que tem resistencia de 900 passa corente. de 10 amperes. Pede-se determinar a poténcia ‘em watts desse chuvelro. Solucao: Desde que conhecemos a tesisténcia © a corrente, utiizaremos a ‘érmula (3). Assim, em substituindo-se R por 30 © @ | por 10 A. resultara: como 10% = 10x 10. 100, ea P= 30x 100-3 000W Resposta: A poténcia do chuveiro & de 3000 watts. 28) Um resistor de radio, de 1000, ‘ser percorrido por uma corrente de 0,1 A. Determinar a poténcia que ele dissipa em calor, Solucao: Como R= 1002 e1=0,1 A, aplicaremos a formula’ isto 6, substituiremos os valores do problema nessa formula. Resultara Resposta: A poténcia dissipada pelo resistor sera de 1 W. Obs.: 0 aluno tem neste exempio uma situagao muito comum em eletrénica, que 6 a do calcular a poténcia que 0 resistor gasta em calor. Ora, 0 valor que determinamos € a poténcia real. Ao comprar um resistor, devemos escolher 0 de mesma resistencia, mas de maior poténcia, para que ele nao aqueca. Essa poléncia é a que se chama de poténcia de dissipagao nominal, que deve ser duas vvezes ou trés maior que a calculada. No caso do exercicio, comprariamos 0 resistor com 1002 e 2 W. Ill - Transformagao das formulas da poténcia © aluno aprendeu, no inicio desta ligao, que toda formula matematica pode sofrer transformagoes @ ser escrita de foutra maneira. Toramos a férmula da lei de Ohm como exemplo. Pois bem, as formulas que permitem o calculo da poténcia também sofrem essas, IransformagGes. Desse modo, a formula (1), P=V- 1, pode ser esorita assim a) ©) © Portanto, quando temos o valor da tensao e 0 da corrente, podemos calcular fa poténcia, bastando multiplicar as duas ‘grandezas conhecidas, ou soja, utlizamos a formula (a). ‘Quando conhecemos a poténcia & ‘a corrente, podemos determinar a tensao, usando a formula (b), isto é,dividimos a poténcia pela corrente. Quando conhecemos a tensao e a poténcia, podemos calcular a corrente, bastando aplicar a formula (c), isto , dividir a poténcia pela tensao, A formula (2) também pode ser escrita de outras maneiras: entretanto, ‘vamos apenas transforma-la para 19 © que permite determinar 0 valor da resisténcia, quando conhecidos o valor da tensao @ 0 da poténcia. Isso nos permitira resolver o exercicio abaixo, que & ‘bastante comum e ilustratve. Exemplo: Um chuveire de 2 200 W, 110 volts, foi instalado a 10 metros do quadro de luz, utlizando-se fio n? 18 BS. Pergunta- se: 419) Qual a corrente no fio? 28) Qual a poténcia que o chuveiro transforma em calor? 38) Qual a poténcia perdida no tio, sob a forma de calor? Solugao: 1!) © circuito da instalagao & aquole que mostramos na figura 7. Para caloular a corrente, devemos conhecer a tensdo e a resistencia do circuito Observe que ndo podemos aplicar a formula porque a tonsao V no chuveiro nao @ de 110 V, uma vez que ha queda de tensao no fio. Vamos, entao, determinar a resisténcia do circulto. Levando-se em consideragao que 0 fio ullizado tenha a resisténcia de 21 ohms por quilémetro Teremos assim, para a distancia de 10 metros a resistencia de: 0X21 + 1000 = 0,219 Come temos 20 metros, porque sao dois fios, a resistencia sera: Rilo = 2x 0,21 = 0,42 A resisténcia do chuveiro é determinada pela expressao (0), ou seja, Como v 12 100, Sendo a poténcia de 2 200 W, resulta: 10 V, V2 = 10x 110 = 12100 _ = 12100. - 121+ 22=5,52 A resistencia total do circuito sera a soma da resistencia do fio e da resistencia do chuveiro, ou seja: ‘Agora, podemos calcular a corren- to, pois conhecemos a tensao @ a resis téncia, Aplicando a formula de Ohm, temos: QuaoRo Figura 7 - Exempo de instalagao de um chuvero. onde V = 110 VeR = 5,920 Entao! que vamos arrodondar para 18,6 A. 2) Podemos determinar a poténcia que 0 chuveiro esta realmente trans- formando em calor. Como conhecemos a resistencia © a corrente, aplicaremos a formula R= 5,5. (resistencia do chuveiro) 8,6 A (corrente no circuito) Pchuy = 5,5 X 345,96 = 1902.78 W ou seja, praticamente 1 900 watts. 3#) Aplicando ainda essa mesma formula, vamos determinar a poténcia perdida no fio. Agora, R = 0,420 (resistencia do fio) @ | = 18,6 A (corronte que passa tanto pelo fio como pelo chuveiro), Portanto, Pfio = RI” = 0,42 x (18,6) Ja caleulamos (18,6), obtendo 345,96: portanto, Pio = 0,42 X 345,96 = 145,3032 W 0u praticamente, 145,3 watts. Respostas: 18) A cortente no fio ¢ de 18.6 A, 28) A potencia que 0 chuveiro transforma om calor 6 de 1 900 watts. 3) A poténcia no fio & de 145,3 watts, resisténcia é fe = 0210 esisténcia do ho = 9210 Comentarios Esse exemplo serviu para lustrar a afirmagao que fizemos em outta ligao do ‘curso, segundo a qual 6 desvaniajoso usar fio muito fino nas instalagées, De ato, do exemplo, podemas conciulr que 0 cchuveira perdeu 300 W de sua poténcia, pois foi construido para 2 200 W e 36 fornece 1 900 W; logo, nao aquecera a gua como deveria. Por outro lado, 0s fios a instalagéo aquecem-se, 0 que pode ser perigoso. Alem disso, eles consumirdo poténcia de 145,3 watts, que sera paga ara a empresa distribuidora de forca, ‘embora seja indi para o consumidor. © aluno, por certo, estara indagan- do: Qual o fio a ser utllizado, entio, na instalagao ? O mais grosso que existe ? Responderemos que nao se pode usar o mais grosso possivel, porque seria anti-econémico; para que se tenha 0 con- dutor correto, impomos uma perda razoa- vel de tensao (de § por cento, mais ou menos}. ¢ calculamos sua resisténcia e, de posse desse dado, vamos a tabela dé fio e determinamos seu tipo, IV - Transformagao de watt em HP e vice-versa Vimos que existe uma relacao entre a poténcia em watt e em HP, isto é, um HP equivale a 746 watts. Assim, se temos uma poténcia em HP, basta mulilicar por 746, para transtormar o resultado em watts. Exercicio: Um motor tem sua poténcia espe- cificada em 3 HP. Quanto valera essa poténcia em watts ? Soluvac SP = 3 x 746 = 2 238 watts Podemos também efetuar a 20 operacao inversa, isto 6, dada uma poténcia em wats, iransformé-ia em HP, Neste caso, basta dividt por 746, Exercicio: A poténcia de um motor foi especificada em 379 watts. Quantos HP tem 0 motor? Solucao Logo, HP = 373 » 746 = 0,5 ou 1/2 Resposta: O motor tem 0,5 HP ou, como se diz na pratica, meio HP. V - Associagao de resistores De um modo geral, 0s circultos que ‘aparecem na pratica s40 complexos, isto @, possuem mais de um elomento passivo ‘ou alive, Para resolver o circuito, devem, se associar esses elementos, até transformar 0 circuto complexo em outro simples, que contenha uma s6 fonte & apenas um elemento passivo. Para isso, fazomos associagdes, tanto de elementos ativos como passivos. Neste item, vamos dar alguns exemplos de associagao de resistencias. a) Resisténcia em série ‘Sabemos que, “na associacao de resistencias em erie, a resistencia equivalente ou jotal é igual a soma das resistencias parciais” Logo, dado um circuit que s6 tenha resistores, basta somar as resisténcias, para que se tenha a fequivalente, isso escrito em linguagem matematica vem a ser: Rt=Ri+ R24 R34 An ‘onde o indice n serve para indicar que é inumera a quantidade de elementos que podem ser calculados com esta formula, Exercicios: 1°) Um circuito tem 2 resisténcias uma de 50 e outra de 150. Pergunta-se Qual a resistencia equivalente desse circulto? Solugé Resposta: A resisténcia equiva- lente 6 de 200. 28) Dado um circuito, como o mostrado na figura 8, caloular a resisténcia equivalente e'a corrente no circuit, Solugao: a) Como os resistores estao em série, a resistencia total sera: At=14243+4=100 b) Como conhecemos a tensao aplicada ao circuito e sua resistencia ‘equivalente, podemes aplicar a lei de (Ohm e determinar a corrente. De fato, Figura 8 - Circuito base do 2° exercicio, Resposta: A resisténcia equiva lente do circuito € de 102 e a corrente ‘que passa por ele é de 1 A b) Resisténcias em paralelo Quando existem mais de duas resisténcias em paralelo, a formula matematica para a determinagao da resisténcia equivalente fica um pouco complicada. Entao, vamos apresentar a formula para duas resistancias apenas, @ aplicé-la varias vezes, quando 0 circuito tiver mais de duas. Vimos que na associagao em paralelo o inverso da resisténcia equivalente é igual a soma dos inversos das resisténcias parcials, ou seja, em linguagem matematica: No caso de resistencias, vem apenas duas Essa expresso, apés algumas transformagbes, fica significando que, para encontrar a resistencia equivalente de uma associacgo de duas resisténcias, devemos muitipicar seus valores @ dvidir ‘0 resultado pela soma dos seus valores. Exemplos: 48) Encontrar_a_resisténcia equivalente do uma associagao de um resistor de 62 com outro de 3, ligados em paraleto Solucao: Ri = produto dos resistores + soma dos rasistores. O produto &: Rix A2=6x3=18 A soma vem a ser: RieR2=645=9 A resistencia equivalente sera: 2) Para concluir as explicagbes dadas nesta liga especial, vamos determinar a resistencia equivalente da associagao dos 4 resistores indicados na figura 9. Solucao: formula, Vamos aplicar a Inicialmente para os resistores de 3 © 62. Vimos, pelo exemplo anterior, que Agora, apliquemos a mesma formula para os resistores de 12 e 240. Teremos, © cireuito com os resistores equivalentes ¢ 0 mostrado em b, figura 9 ‘Agora, podemos resolver essa associacao e encontrar a solucao pedida, Assim: Ritx A 2x8 = 16 + 10= 1,60 “RGR 248 Conclusao: Podemos substiuir o circuito dos quatro resistores por um resistor Unico de 1,60 Por este exemplo, o aluno veriica que 6 possivel calcular a resistencia equivalente de qualquer associacao em paralelo, aplicando a expressao para apenas duas, 0 numero de vezes necessario. Figura 9 - Simpiiieagae de uma associagao em paralelo, 24 CURSO DE ELETRONICA BASICA 6? RADIO-TV 4° LICAO ESPECIAL ACESSORIOS USADOS EM RADIOTECNICA (1* PARTE) Introdugao Quando nos deparamos com 0 desenho esquematico de um dispositive eletrénico tal como 0 radio, 0 televisor, 0 ampilicador, etc., podemos tirar desse esquema uma série de conclusoes importantes sobre seu funcionamento ‘letrico e, também, veniicar a quantidade @ os valores dos componentes que formam o aparetho. Entretanto, 0 ‘esquema eléttico nao indica os detalhes ‘mecanicos, tais como a maneira do fixar (8 componentes, como se faz 0 manojo das partes méveis, como conduzir as correntes, etc. Esses componentes, que, nao sendo fundamentais para o funcionamento do circuito, tacilitam a montagem © a operagio de dispositive, 880 chamados de acessérios. Nesta licdo especial, apresentare- ‘mos a0 aluno alguns dos acessorios mais. importantes usados em radiotécnica a) Chassi Chama-so de chassi o elemento que serve de suporte e protegdo aos Componentes do circuito. Atualmente, £80 utilizados dois tipos de chassi: 0 convencional e 0 de circuito impresso, 1 Chassi convencional Denominamos de convencional 0 chassi metalico, ou seja, feito de uma hapa metalica. Os metais’ mais utizacos na confecgao do chassi sa0 0 ferro eo aluminio, sendo possivel usar, também, 0 Zinco e 0 cobre, embora esses metais ‘ejam relativamente caras. (O mais comum ¢ fabricar 0 chassi de chapa de ferro que, posteriormente, sore tratamento de superficie, isto é, a chapa de ferro é recoberta com uma fina camada de cobre, zinco, estanho ou cadmio, (© recobrimento tem por finalidade evitar a oxidagao da chapa, ou soja, o seu enterrujamento, e também facilitar a soldagem.Os chassis metalicos sa0 usados sempre que os componentes por eles sustentados sao pesados e/ou de grande porte. Nas montagens de aparelhos que funciona com transistores de poiéncia e seus dissipadores, podem ser empregados chassis metalicos, fembora saja mais comum a ullizagdio dé Circuitos impressos, ‘As principais vantagens do chassi Imetalico sao descritas a seguir: - so fortes e resistontes; = podem ser usados como condu: totes de elotricidade; podem ser trabalhados, isto é, furados e dobrados com facilidade Na figura 1, apresentamos um chassi metalico para ser usado em Figura 1 Ohassi meialico para ereuitos valvulados. montagens valvuladas. Devemos acrescentar que o chassi metalico que antigamente era destinado & montagem transistorizada apresenta um porte menor (menor tamanho), sendo constituido com chapa mais fina, se comparado com 0 cchassi empregado nas antigas montagens valvulares, Se formos montar um radio transistorizado, poderemos utilizar um cchassi muito menor e bem mais leve, pois. ‘0s componentes para este so menores & ‘mais leves, como veremos a seguit 2- impresso Chassi de circuito © circuito impresso surgiu ha algum tempo ou, mais precisamente, durante a ultima guerra mundial, para uiiizagao em equipamentos moveis de ‘comunicacao. Suas vantagens sobre 0 chassi convencional eram: facilidade na fiagao (montagem), contiabilidade & assisténcia técnica rapida e eficiente. Embora apresentasse essas vantagens, 0 Circuito impresso foi esquecido até a década de 1950, em razdo dos volumosos. Componentes de entao. De 1950 em diante, com a invencao do transistor, houve’o renascimento do circuito impresso, ja que tanto os transistores, como os componentes que a eles se associam sao de reduzidas dimensbes 22 Por circuito de tiagdo impressa, ou simplesmente citcuito impresso, entende- ‘se uma chapa de resina plastica, tal como ferolte,isolite, ebonite. etc.. sobre a qual @ colada uma pelicula de cobre que servira de condutora da corrente elétric, Substituindo os fios de ligacao convencionais. As chapas para circuito impresso recebom nomes comerciais, tais como isolite cobreada, fenalite cobreada, ‘copper clad’, ‘celeron’, etc., de acordo ‘Com a firma que as procuz Os circuitos de fiagao impressa tém sobre os chassis convencionais a grande vantagem de ser mais baratos, mais leves, de acahamento unitarme e, principalmente, de facilitarem a montagem, 0 que permite grande ‘economia nas linnas de producao © Circuito impresso tem a des. vantagam de nao permtir dobras, porem ‘mas podendo ser furado com faciidade. ‘A producao industrial de circuito de fiagao impressa se faz por processo fotogratico © quimico, que exige maquinaria especial. Todavia, para as ‘experiéncias © montagens individuals, & possivel a construgac caseira e facil de um chassi de fiagao impressa, como fensinamos no passo a passo do exemplar a4 b) Condutores Todos 08 circuitos elétricos ou ‘eletiénicos tém seus components ligados Uns aos outros. Essas ligagoes sa0 ‘conseguidas através dos condutores em forma de fio, exceto no circuito impresso, ue ja estudamos. Os fios devem ser de boa condutibilidade elétrica, para nao introduzir perdas nas ligagbes, e ser maleavel, isto 6, flexivel. Dos meiais, os mais usados como condutores 840 0 cobre € 0 aluminio. Este dltimo sé & usado em eletrotécnica; em eletronica nao, em Virude da dificuldade para sold-o. Maiores detalhes sobre os tipos de fios mais utlizados no ramo da eletrénica poderao ser apreciados nas licdes fespeciais dos fasciculos 1 e 2. ©) Conectores Chamam-se de conectores os dispositivos que tém por finalidade ligar ou desiigar componenies eletrénicos de maneira semipermanente. Dentre 05 Cconectores existentes, os mais utilizados fem eletrdnica sao: 1 - Plugues e soquetes (tomadas) Figura 2- Plugue de cabo de forca, Figura 3 - Conector para inerigar placas de ccuito impress Figura 4 - Soquete para vaivulas © plugue é um tipo de conector ,goralmente om forma de pino redondo ou chato, que se encaixa em uma base adequada, chamada de soquete. Um plugue muito comum 6 aquele usado no cabo de alimentagao, 0 qual serve para interligar o aparelho a tomada (soquete) da parede. Na figura 2, Fepresentamo-lo, embara o aluno ja 0 conheca de sobejo. Em 3, mostramos um tipo de conector bastante utilizado na interligagao de circuitos impressos. O numero de pinos e encaixes pode variar bastante, dependendo da necessidade. Na figura 4, apresentamos um tipo de soquete usado para a ligagéo de valvulas. Esse tipo, na realidade, nao se caracteriza como conecior, sendo chamado, na pratica, de soquete. Em 5, mostramos outro tipo de conector, Utilizado principalmente na ligagéo do cabo coaxial, usado para ligagdes entre ‘estagios © em instrumentos de laboratério que aluam em frequéncias altas. Em ambos 0s tipos mostrados, 0 plugue & Figura 9 - Plugue e jaque para microfone © Insirumentos musicais, Figura 5 - Conector para cabo coaxial Ha tipos especiais de plugues desenhados para aplicagao em audiofreqdéncia, para ligagdo de Figura 6 ~ Antigo conecior e plugue para ccomutacao de vottagem. ‘enroscado na tomada, sendo que em um deles a ligacao ¢ feita por contato & no ‘outro pela intradugao do macho. Em 6, mostramos um tipo de plugue e tomada que se usavam para mudar voltagens. & conhecido come tomada de mudanca de voltagem, 2- Plugues e jaques Figura é Como igar um conactor 23 Figura 11 - Plague e jaque tipo DIN. fonocaptores, microtones, fones, etc. A tomada de tals tipos denominada de jaque. Na figura 7, mostramos o plugue & © jaque, conhecido como plugue para fone. (© esquema de plugue para fone é ‘0 que mostramos em 8. Como o aluno ota, ao introduzir a luva no jaque, sua pponta faz contato com 0 terminal curvo @ destaz a ligacdo com o terminal reto, Assim, desliga-se o alto-alante e liga-se 0 fone diretamente ao transiormador de salda. Isso esta mostrado em B, onde representamos 0 aito falante igado. (© plugue 6 chamado de macho © o jaque, de fémea. Na figura 9, mostramos © plugue e jaque para microfone, que diferem do plugue e jaque para fone somente no tamanho, que é um pouco maior. Nas figuras 10 © 11, mostramos os plugues e jaques mais usados na ligagao Ge fonacaptores. Em 10, temos 0 tipo cconhecide como RCA; em 11, 0 tipo DIN. > ENSIND A DISTANCIA

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