Você está na página 1de 35
PARTE I CAPACIDADE DE USO DA TERRA CONSIDERAGOES GERAIS © uso adequado da terra é o primeiro passo em diregdo agricul fura correta. Para isso, deve-se empregar cada parcela de terra de acordo com a sua capacidade de sustentagio e produtividade econdmics (Eludson, 1971). Esté-se considerando aqui terra como um segmento da superficie do globo terrestre definido no espaco e reconhecido em funcao de carne. teristicas © propriedades comprendidas pelos atributos da biosfera, que Sejam razoavelmente estiveis ou ciclicamente previsiveis, incluirde aquelas de atmosfera, solo, substrato geolégico, hidrologia @ resultede da atividade do homem (FAO, 1976). Parcelas dessa superficie sio tone cldas como glebas, © conceito de solo 6 mais restrito, podendo ser considerado como Gq Soniunto de corpes tridimensionais que ocupam a porcéo superior da crosta terrestre, capazes de suportar plantas, apresentando atrbutes internos proprios ¢ caracteristicas externas (declividade, pedregosidade, Tochosidade) tais que é possivel descrevé-los ¢ classificd-los Observa-se, pois, que terra inclui, entre suas caracteristicas, nio apenas 0 solo, mas também outros atributos fisicos, como localizacao, Felevo, vegetacio, tipos e grau de erosdo, suprimento de agua (clima) {mpedimentos & motomecanizacéo, e cuja utilizacéo agricola depende também de condicées de infra-estrutura (meios de transporte, instala. 6es, | maquinas, equipamentos) ¢, ainda, condicSes socioecondmicas {salubridade da regio, disponibilidade de mo-de-obra, mercado, precos de insumos e de produtos agropecirios). Segundo Stallings (1967), o uso mais conveniente que se pode dar lm solo depende da localizacio e tamanho da propriedade ‘agricola, da quantidade de terra para outros fins, da disponibilidade e localizacae de agua, da habilidade do proprietirio'e de seus recursos e vontades, A adaptacio das lalidades de utilizagio agrosil- vipastoril diz respeito & sua capacidade de uso, idéia esta diretamente ligada as possibilidades e limitagoes que elas apresentam, Pode-se con- ceituar capacidade de uso da terra como a sua adaptabilidade para fins diversos, sem que sofra depauperamento pelos fatores de desgaste e empobrecimento. A expresso encerra efeitos de condicdes do meio fisico (ineluindo o clima) na aptidao da terra para ser utilizada sem sofrer danos consideriveis por desgaste e empobrecimento, através de cultivos nuais, perenes, pastagem, reflorestamento ou vida silvestre. As principals exigéncias para se estabelecer 0 “melhor uso” de um solo decorrem de um conjunto de interpretagdes do proprio solo e do meio onde ele se desenvolve (Ranzani, 1969). Tais interpretagées pres supéem a disponibilidade de certo nimero de informagées preexistentes, que tém que ser fornecidas por levantamentos apropriados da area de trabalho, 2. INTERPRETACAO DE LEVANTAMENTO DE SOLOS No prefacio da publicaco de Beck (1978), a respeito de avaliacio de terras para desenvolvimento agricola, Dudal relata os grandes pro- gressos atingidos, nas Gtlimas trés décadas, na identificacio ¢ caracte rizagao dos principais solos do mundo, salientando, porém, que 0 em- prego desses dados para o desenvolvimento de projetos ¢ ainda muito deficiente: as razdes para esta situacdo residiriam no fato de que esses dados sao freqiientemente apresentados de uma forma a n&o podere! ser prontamente acessiveis ao usuario ou, ainda, que os planejadores do uso da terra acham mais conveniente utilizar parametros econdmicos, n levar em conta varidveis fisieas. Interpretacdes para finalidades priticas imediatas ou futuras dos estuds do meio fisico sio, portanto, altamente necessarias Segundo Olson (1974), a maior parte dos sistemas técnicos de clas- sificagdo de terras necessitam de ser constantemente revisados, para manté-los atualizados a medida que mais e melhores dados, acerca da caracterizagdo e interpretacio de propriedades de terra, se tornem dis- poniveis. Quando os dados basicos sio guardados em forma de mapas @ relatérios, tals como os levantamentos de solos e observacdes climé ticas, podem ser usados novamente quando novos sist e classifi- \cBes téenicas so estabelecidos ou sistemas antigos sio revistos. Je (1967) observa que a interpretacdo do Jevantamento de solos ‘onsiste na previsio do comportamento dos mesmos, a qual é estabe- lecida a partir da reuniao, reorganizagio e apresentacio de informacées disponiveis sobre solos previamente mapeados e clasificados, para apli- cagées priticas. Estas aplicacées sfo, em geral, do tipo soluedo de problemas, ¢ referem-se principalmente a questdes de uso, 1 conservacdo dos solos. S modalidades de interpretacdes podem ser realizadas em funcdo dos objetivos estabelecidos (entre outros, drenagem, irrigacio, conservacio). Cada esquema de interpretacio necessita set designade Para um Propésito especifico, com a maior simplicidade de expresso, Sem afetar a exatiddio necesséria (Cleveland, 1966). Uma clara dett nigio dos, propésitos visados 6 um dos prinefpios bésicos para se pro. cedet as interpretacdes, uma vez que o levantamento de solos permite miltiplas interpretagées em forma de mapas interpretativos dele der, vados (mapa de produtividade, de adaptabilidade para determinades culturas ete.) A reuniao das informacées referentes aos solos, para generalizar S gpresentar as interpretacoes, é comumente designada como. agrupa. mento interpretativo. Seu uso devera ser estritamente limitado’a ea objetivo; a utilizacio de agrupamentos interpretativos para cttjos fine no tenham sido designados pode resultar em erros. Assim, um agru Pamento de solos elaborado com objetivos conservacionistas nao é aton. selhavel para servir de base para tributagio, desapropriacdo de terres (Cleveland, 1966). Projetos de irrigacdo, por exemplo, requerem a pli. cacio de agrupamentos interpretativos ‘especificos, como os. desenvol vides nos E-U.A. pelo “Bureau of Reclamation” (1953), do Departa, mento de Interior dos Estados Unidos, ¢ no Brasil por Lemos et alll (1970) © sistema de classificacio de terras em capacidade de uso foi elabo- rado primordialmente para atender a planejamentos de praticas de con servacio do solo. Contudo, leva em conta outros fatores, além daqueles de exclusivo interesse as préticas de controle A erosio, tais como ce Impedimentos & motomecanizacéo, produtividade dos solos, ieee. de Inundacdo. Por isso, essa classificacéo tem sido adotada para outras finalidades, que nao o planejamento das préticas de conservacao do solo 7. 'Admite-se, todavia, que, mesmo nesses casos, outro sistema poses fervir melhor aos propdsitos visados, visto que as classificacdes técnicas, logicamente, atencem melhor a suas finalidades quando os objetivos Para os quais foram elaboradas so os mais espe Duas sio as limitacées principais ao emprego da classificac capacidade de uso da terra, tal como proposta neste manual, estudos de dimbito regional. A primeira 6 que as separacées das ¢ do sistema (mesmo quando reunidas em associacSes) requerem detalhes (classes de declive, por exemplo) néo encontrados nos mapas de reco. nhecimento de solos de escalas menores que 1:100.000, devido as inclu sdes ¢ as limitagées decorrentes do nivel de generalizacao deste levan- da informac&o a que se pode tamento. (Em outras palavras, o alcai ter acesso € limitado pelo grau de detalhamento do levantamento de solos.) A segunda limitacao refere-se as disparidades regionais de em- prego de tecnologia agricola e capital, tao comuns no Brasil, e que fazem com que a aptidéo agricola deva ser julgada em face de dife- manejo, 0 que normalmente no é possivel na classifi- rentes nivels de pacidade de uso, porque pressupée basicamente m: co. da moderadamente alto. Ranzani & Franca (1967) comentam que as interpretagées de infor jégicas destinadas seja & irrigacdo, drenagem, conservacio, seja a9 manejo agricola de terras, devem considerar toda a extensio Go perfil do solo, e ndo apenas uma de suas partes. O julgamento de mitagdes ¢ possibilidades de uso deve-se basear na interpretacdo de atributos favoraveis ou desfavordvels em toda a extensio do corpo do solo. a classificagao_néo pode ser maior do que os etacées precisas rest n si, obti A preciso de jados nos quais é baseada (Olson, 1974). Interp tam somente de uma sintese de dados basicos sobre os solos ¢ po © no labo da experiéneia dos us ios los da pesquisa no ¢ dos solos, especialmente lavradores e criadores de gado. Quanto mais precisos os dados, melhores serdo as previsées; quanto 1 jetalhados e abundantes os dados para as interpretacdes sob todas as aiternativas razoaveis de uso, mals promissores sero os resultados nos 10s futuros (Cleveland, 1966) Entretanto, confo ani & Franca (1968), as informagdes raramente sio suficientes, e no agrupamento interpretative de solos € freqiiente recorrer-se a aproximacées, as vezes grosseiras, da fidade. Sempre, porém, que possivel, devem ser requeridas interpre tacdes quantitativas, ao invés das qualitativas, do tipo “boas”, “pouco” pobres’ s (1941) demonstram a preocupacdo na fixacéo te, levando em conta o nivel ra a finalidade em vista, n0 principio basico para Overdal & Edw: do nivel de generalizacio mais conve do levantamento existente e 0 nivel desejado pi Este aspecto 6 considerado pelos mesmos com interpretacdo de levantamentos de solos. A propésito dessa consideracio, Franca (1980) comenta que ndo s¢ pode, por exemplo, a partir de um levantamento exploratério (como reconhecimento (como os do SNLCS EMBRAPA), descer aos detalhes necessarios para a elaboracdo de pro jetos agricolas ao nivel de empresa agricola. Tal informacio pedologica, ‘quando disponivel, possui um grau de generalizacio muito grande, apenas: Compativel com planejamentos regionals, trabalho de zoneamento agri cola ou escolha de areas prioritarias para a realizacio de detalhados. os do Projeto RADAM) ou de r estudos mais Je um levan- Para empresas agricolas, pois a situacio ideal é dispor tamento pedolégico detalhado como ponto de partida para as interpre- tacdes. Raras sao, contudo as areas do Brasil que as possuem, ¢ sua execucéo demanda uma soma muito grande de recursos e pedélogos especializados, nem sempre disponiveis para todas as necessidades. Por sso, deve-se efetuar um levantamento do meio fisico mais simplificado, denominado levantamento utilitirio (Collins, 1977), voltado principal mente a0 estabelecimento da capacidade de uso das terras, e que possa xecutado dentro das possibilidades e recursos de engenhelros-agr6- nomos (ou agricolas) conservacionistas, depois de treinamento especial Nesse tipo delevantamento, 0 principal objetivo sera inventariar s caracteristicas diagnésticas da terra necessarias & determinacdo de sua capacidade de uso. Apesar de ser considerado simplificado, em relagdo ao levantamento pedologico, nao deve ser tomado como impre- iso ou pouco detalhado, pois nele devem ser inventariados os principais aspectos da terra relativas ao planejamento do seu uso agricola e, em especial as priticas de conservacio do solo (ver parte II desse Manual), CLASSIFICAGAO DAS TERRAS NO SISTEMA DE CAPACIDADE DE USO 1, Classifieacdes taxoni A. classificacdo de qualquer objeto tem por finalidade ordenar of conhecimentos 2 seu respeito de maneira simples e precisa. Objetos ais ou semelhantes em suas pados em mesmas classes. teristicas e propriedades so agru- No Ambito da ciéncia do solo, as iniimeras classificagdes existentes podem, ser reunidas em dus némica e classificagtéo técnica, Na primei partir de uma quantidade muito grande de’ propriedades e caracteris- ticas em comum, na maior parte dos casos tendo por base aquelas que refletem processos genéticos similares. categorias distintas: classificagdo taxo- 0s solos sio agrupados a Na classificacdo técnica ou interpretativa, os individues sio grupados em funcdo de determinadas caracteristicas de i 0 @ espe- cifico. Ha, assim, grupamento de terras em funcio de sua arabilidade com irrigaco e subseqiiente drenagem; grupamento de acordo com aptidao agricola para determinadas culturas; grupamento por risco di erosio; por necessidade de calagem; em funcdo da capacidade de uso etc Um levantamento de solos que utiliza uma classif nao é feito para atender a uma finalidade especifica mas, se temente interpretado, pode servir como base para difere cages técnicas ou interpretativas. O objetivo principal do levantamento de solos 6 0 conhecimento da natureza e distribuicdo das unidades rentes em do identificar e cartografar 0s solos. oco juagao morfologica e analitica da maneira wnguadramento das unidades ‘de solos. Jé as es pedol6: e proprie pedolégicas, procur Gada area, fazendo a caract avis completa possivel, a fim de permitir 0 Ge mapeamento em um sistema natural de classifica y téenicas ow interpretativas, agrupam as un forras, tomando por base caracteristicas tore giacionadas com © comportamento agricol classificag gicas em classes de > do sistem: 2. Con de uso & uma classificagio técnica, origi © sistema de capacid nalmonte desenvolvido nos Estados Unidos, representands Un S10 nalmente, Criativo de tipos de solos sem considerar a localizacio) 0 jento qufjens econémicas da terra: diversas caracteristioas ¢ Preprs enciio de classes homogéneas de 0. sintetiza indo & obt de definir sua pecialmente mo que niles erras, em termos do propé: je degradacio do so axima capacidade de us0 srosio acelerad terra o atributo que pode ser medida tributo relativo a0 seu compo 9 solo e 0 ambiente. Com Considera-se caracteristica da su estimado ¢, propriedade da terra, © uitante da interacio entre tamento, re tamento, TesuMracteristica, cltamse & textura ea cor do solo, © 0 Sropriedade, a produtividade agricola ¢ 0 risco de eros de uso da terra, hi maior interesse 6, usualmente, cid cteristicas e de propri jue cada classe de te a obrigatoriamente signi: © propriedades que, a Na classifieagdo da c em considerar grupos di Gera-las isoladamente. 1850 po sticas © proprie Yistinguida das demais por grand m que, de per si, nenhuma destas Mesmos diferencas em caracteristica recer obscuras, poder das inferéncias que 4 racteristica ot propriedade pode dades, ficante ma simples in ia maior importéncia, em razio ieduzir. A significancia de qualquer. ¢ Jlepender Hudson (1971), assim como outras modalidades 4 astra este tipo de classificacio téenlea tem 0 propdsite fare cular de indicar os dados que le ombinacao de iso agricola e medidas de contr ; erosio que permitam o aprovel: Assim, paseia nas limitacdes permanentes das terras © & todo oMpossibilidades e limitacdes & utilizacio das ntensidade de uso. A intensidade de uso exprime a maior ou menor mobilizacio Imposta ao solo, expondo-o a certo risco de erosio e/ou perda da produ ividade. Geralmente, culturas anuais impéem alta intensidade de uso, enquanto vegetagoes naturais representam o mais baixo grau de inten- sidade de uso. Hudson (1971) comenta também que néo deve existir apenas uma lassificagdio de capacidade agricola da terra, mas muitas, pois em cada pais ou regiao fisiografica ha diferentes fatores que devem ser levados em conta. Os solos e os climas variam, como também os costumes soclais, a posse das terras e a economia, e esses fatores podem afetar a escolha do melhor uso da terra. Como 0 uso da classificacdo da capacidade de uso se difunde, muitas modificacées e variacdes devem ser adicionadas. Entretanto, segundo esse autor, em geral os métodos seguem aquele desenvolvido ‘nos Estados Unidos, descritos no trabalho gomery (1961). de Klingebiel & A determinacao da capacidade da terra é uma poderosa ferramenta utilizavel no seu planejamento © uso, pois encerra uma colegio logica itica de dados e apresenta os resultados de forma diretamente aplicdvel ao planejador, Evidentemente, por si sé, ela, ndo fornece fos necessirios ao planejamento das atividades a serem ha ainda que considerar as esferas econdmicas, poll a esta Aproximacio porém, admitiu-se que os fatores séci nicos extravasariam do seu contetido, tanto por apresentarem aspectos muito complexos e variaveis entre as diversas regiées do pais, mo por serem muito sujeitos a modificagées com o correr do tempo. de politica agricola no serio objeto es neste Manual. Sua consideragio tera, contudo, de set levada em conta ao se entrar, mais propriamente, na etapa referente ao planejamento da propriedade ‘agricola, Assim, aspectos socioeconémicos de investi Categoria do sistem: A itegorias do sistema de classifieagio em capacidade de uso n hicrarquizadas Grupos de eapacidiade de uso (A, Be C): estab tipos de intensidade de uso das’ terras: ‘dos com base nos Classes de capacidade de uso (I a VIII): baseadas no grau de limi Subclasses de capacidade de uso (Me, We, Ua ete.): be natureza da limitagio de uso; adas na — Unidades de capacidade de wso (Ie-1, Ie sondicdes especificas que afetam 0 uso ou 2, TMle-1 ete,): bas nejo da terra, adas em 19 — 33.1 Grup iS grupos, que constituem categorias de nivel mais elevado, generalizado, estabelecidos com base na maior ou menor intensidade de uso das terras, designada, em ordem decrescente pelas letras A, B e C Grupo A: tervas passiveis de utilizacdo com culturas anuais, perenes, pastagens e/ou reflorestamento ¢ vida silvestre (eomporta as classes 1, Il, Hl e IV) Grupo B: terras impréprias para cultivos intensivos, mas ainda ptadas para pastagens e/ou ref mento e/ou vida silvestre, porém cultivaveis em casos de algumas culturas especiais protetoras do solo (compreende as classes V, VI e VII). Grupo C: terras nfo adequadas para cultivos anuais, perenes, pas- tagens ou reflorestamento, porém apropriadas para protecio da flora e fauna silvestre, recreagio ou armazenamento de agua (comporta 2 classe VID) 2 Classes de capacidade de uso Consistem em grupamentos de terras apresentando 0 mesmo graw de limitagdo, ou seja, terras com limitagées de uso e/ou ris dagéo do solo em grau semelhante. As classes de capacidade de uso sio em numero de oito, convencio: nalmente designadas por algarismos romanos, em que a intensidade de uso é decrescente no sentido I-VITI, conforme ilustrado na figura 1 A caracterizacio das de capacidade de uso leva em conta principalmente a maior ou menor complexidade das praticas conserva- Cionistas, em especial as de controle da erosio, As préticas de conser como 0 conjunto de medidas desti- nadas a controlar a erosio e outras formas de depauperamento do solo, fe modo a manté-lo permanentemente produtivo, podem ser subdivi- vacéio do solo, usualmente defin as em: a) praticas de controle eroséo; e b) praticas complem tares de melhoramento. ) pmiiticas de controle & erosiio: destinadas 2 diminuir 0 processo io de_particulas do rosivo, isto é, desagregacdo, transporte e deposi solo, cusado pelas forcas de impacto direto das gotas de chuva, pela nxurrada e pelo vento, provocando o desgaste e rebaixamento do ‘perfil do solo localizado nas partes mais clevadas e, eventualmente, o acdmulo de sedimentos sobre aquele localizado em condicdes de cotas mais baixas. Dentre as mais difundidas, estio o terraceamento, plantio e cultivo em nivel, faixas de retenefio ou de rotacdo e canais diverg ntes; welhorar iu recuperar as condigées de produtividade das terras e racionalizar 20 néximo 0 uso do solo. Normalmente, atuam indiretamente no controle b) prdticas complementares de melhoramentos: procuram manejo Grupo Class: Classe da eroséo, por causa do aumento promovido no enraizamento e na ‘obertura do solo, ocasionado pelo cultivadas. Como exempl adubaco verde, rotagdo de culturas, subsolagem, drenagem, divisio e Num: a caracterizacio sintética das classes de capacidade de uso de seus grupos A, B e C, pode-se assim consideri-las: >A I; terras cultivaveis, aparentemente sem problemas espe- ciais de conservacio (cor convencional: verde-claro) TI: terras cultivaveis com problemas simples de conserva- hy 1 | maior desenvolvimento das. plantas se: calagem, adubacdes quimi citar ‘ao (cor convencional: amarelo) IIT: terras cultivaveis com problemas complexes dv conse vacéo (cor convencional: vermelho) IV: terras cultivaveis apenas ocasionalmente ou em exten- 0 (cor sfo limitada, com sérios problemas de conservac convencional: azul). a ‘ou reflo- em geral para p: Classe V: terras adapt m necessidade de praticas restamento, mservacdo, cultivaveis ap jais (cor convencional: verde terras adaptadas em restamento, com problemas cultivavels ‘apenas em casos especti {uras permanentes protetoras do solo (cor ens ou Classe VIL: terras adaptadas em geral somente para pas reflorestamento, com problemas complexos de conser- vagao (cor eonvencional: marrom) para cultura, pastagem ow reflore Classe VIII: terra improp tamento, podendo servir apenas como abri ote- cdo da fauna e flora silvestre, como ambiente para Fecreacao, ow para fins de armazenamento ua (cor convencional: roxo) classes A figura 2 ilustra uma provavel disposicéo das diferente de capacidade de uso numa propriedade agricd eoarW cna 8. Subclasses de capacidaie de uso Representam classes de capacidade de uso qualificadas em funcéo Ga natureza da limitacdo, tornando, assim, mats explicitas, us ‘prathes ou grupos de praticas conservacionistas rem adotados. A natureza da limitacdo é designada por letras minisculas, de modo que '# subclasse de capacidade de uso é representada pelo ‘algarig romano (da classe) seguido da letra designativa do fator limitante, Pee exemplo, Ile representa classe III com problema de erosio. Como oo pode apresentar limitacdes ligeiras, a classe I nfo admite subclasse Convencion: fe, as limitagdes de uso podem ser de quatro naturezas, as ©: limitacoes pela erosio presente e/ou riseo de erosio: 8: limitagées relativas 20 solo; @: limitagdes por excesso de agua ¢: limitagSes climaticas, Observa-se que, por intermédio das classes de capacidade de uso, de-se estabelecer ax alternativas de uso e a intensidade das pritien conservacionistas (exen classe IIT subentende culturas com priticas lexas de conservacdo). Entretanto, para definir a natureza das Préticas, 6 preciso conhecer a natureza da limitacéo dominante, oe Seja, a subelasse. Assim, uma subclasse Ile pode representar ‘uma Bleba que, sob culturas, requer praticas complexas de controle da ervehe Dentro de cada classe de capacidade de uso, solos apresentando limitacdes de natureza semelhante estio incluidos na mesma subclases luando as limitacdes so de natureza diferentes, eles ‘so enquadradoc em subclasses diferentes, Quando ocorrem duas espécies de limitacéo em grau semelhante, ou que podem ser igualmente corrigidas, ambas podem ser indicadas separadas por virgula. Exemplificando, uma gleba pode apresentar limi, {agdes moderadas pela sua declividade (e) ¢, em mesmo gral, por p blemas de fertilidade > classificada como Iles, a indicar a adogéo de um sistema de manejo que envolva tanto a correcie ‘las deficiéneias de fertilidade como o controle da erosio, solos (8), se de uso, as subclasses podem ser represen- bre a cor convencional das respectivas classes de Nos mapas de capacida¢ las por hachuras, idade de uso. Unidades de capacidade de uso (As unidades de capacidade de uso tornam mais explicita a natureza Gas limitacdes, ou seja, facilitam o proceso de estabelecimento das pra- 23 fato, nem sempre a simples designagao da subcl ticas de mane} por exemplo, da subelasse IHls (classe TH com limita fade, pedregosidade, salini- ‘ou conjunto de priticas a ser adotado. E 0 ca io pelo solo), ond pode estar representando: pouca profun¢ Gate ete, A maneira de explicitar cada um desses fatores limitantes é ntraves da unidade de capacidade de uso, que é designada pela colocacio fe algarismos arabicos & direita do simbolo da subclasse, separados: por um hifen. > representaria a Dessa forma, a subelasse perfeitamente quali e guintes exemplos; limitacao por pedregosidade limitagao por salinida Ye maneira anéloga, poderiam ser representados: [Ile-1; limitacio pela declividade (ou risco de erosio) I1le-2: limitac&o por erosio laminar Tile-3: limitacso por eroséio 2.4, Grupos de manejo Também denominados unidades de manejo ou unidades de uso, representam grupamentos de terra que deverao receber idéntico manejo ngricola, em decorréncia de os solos apresentare mesmas respostas nos processos de tratamento, ptacSes andlogas de plantio olheita, alé ns riscos ¢ \cGes de uso agricola. Os grupos am mais propriamente grupamentos de classes sxondmicas do que uma categoria do sistema de classificaco da capa- dade de uso a jorque, mesmo em uma area especifica, tais unidades podem diferir em funcéio da espéci que esta sendo ou ira ser cultivada e também porque unidadi cidade de uso, uubcl: Xn Jiferentes podem vir \drar-se em um “nica unidade de manejo. Assim, por exemplo, para o plantio de cul turas como cacau, cana-de-acticar, mandioca, milho ou algodio, dife- rentes grupos de manejo podem ser estabele em uma mesma gleb porque as necessidades dessas espécies em nutricéo e a protecio que proporcionam ao solo sfio muito diversas. Por outro lado, no ¢ Reot menos intensivos da terra, como reflorestamento, pastagens 0 rultivos permanentes protetores do solo, 6 comum que terras situadas nté om classes de capacidade de uso diferentes, possam ser enquadradas em uma idéntica unidade de man SUBCLASSE __UNIDADE DE Uso les de capacidnide de sso (adaptado Tomando como exemplo a subelasse Ie, ©u, ainda mais especiti. pelo risto guide de capacidade de uso THe: (no exemplo, limitada Bele isco de erosio), pode-se supor qre a diferentes glebas de uma diferentes,” QiSi@ classifiendas (IHfe-1) venhare ret destinadas a usos diferentes. Cada uma dessas gledea Poderd, entio, ser submetida e Gitintos sistemas ow grupos de” mana} Nesse caso, cada uma delas, Pode ser designada pela colocacto dem algarismo ‘arabico anteposte *o simbolo da unidade de capacidade de say MMle-1, 21e-1, 31Mte-1 etc, Evidentemente, 0 estabelecimento dos grupos de manejo constitu! aplicnde 2°, COmplexo, peculiar a cada rox! estudada, nao potiendo ser splicado de maneira genérica, ¢ sin tore cultivos especificos. Por isso, Sins definigées “ultrapassam os proptaitos at Presente Manual: es bas muito extensas, wero ser submetidas podem ser convenientemente utilizados para as g s, sabe-se de antemio, por muito tempo ¢ um tinico tipo de cultivo (por exemplo, cana-de-agiicar) ou combina- cio especifica de cultivos (por exemplo, rotacdo continua trigo-soja). Dentro dessas condicdes, os técnicos loeais poderao estabelecer unidades. de uso, ou grupos de manejo, especificamente adequados aos. pro} serem implantacios e em funcao da realidade presente Critérios para determinacio da capacidade de uso Uma vez inventarlados os fatores que maior influéncia tém sobre 0 uso da terra (ver Parte II), destacando-se a natureza do solo, a decli vidade, a erosio, a drenagem ¢ 0 clima, os mesmos deverao ser devida- mente interpretados e analisados em ‘conjunto, para determinacdo e separacio das classes, subclasses e unidades de capacidade 4 As interpretagdes para fins agricolas, do levantamento do meio fisico, devem ser feitas segundo critérios que reflitam a maior ou menor \daptabilidade dos solos e do ambiente em que ocorrem, para determi- nado cultivo ou para um grupo de cultivos. Na classificacio da_capa- cidade de uso, normalmente ha que considerar a maioria das culturas climaticamente adaptiveis da regifio, porque o tipo de cultive recomen- dado s6 poder ser determinado depois de feita a classificacdo. Por isso, diz-se também ser este sistema de propésito miiltiplo. 35.1. Condigées ambientes ideais para a maioria das culturas Para avaliar corretamente os f¢ estabelecer os correspondentes graus de limita ores limitantes & utilizagao agricola fio aos propésitos visa- dos, & ne ambientes ideais para a maioria das culturas, Franca (1980) sumariza tais requisitos, referindo-se, especialmente, ao solo ideal, que, hipotet amente, se apresentaria sob as seguintes condigdes irio que se definam previamente os requisitos ou condicdes 4) Profundidade efetiva suficien tem radicula para a expansio do s nte mais de 150 cm s plantas, atingindo normal b) Fertilidade relativamente alta, necessiria para a obtencdo de boas produgées, ou com propriedades e caracteristicas que facilitem as correcdes de eventuais deficiéncias ou desequilibrios de nutrientes; ©) Boa eapacidade de armazenamento de agua em forma disponivel s plantas, sem problemas de falta ou de excesso, 4) Boa drenagem intern: 4 remogéo de excessos tempordrios de Agu: ¢ auséneia de defici de oxigénio, ou, ainda, com de drenagem artificial e/ou situagho topografica que facilite assegurando boa aeracdo jondigées possiveis e) Baixa erodibilidade e/ou condicdes locais (declividade, caracte- morfolégicas e propriedades fisicas) que permitam um controle istic eficiente da eros £) Relevo favordvel e auséncia de impedimentos permanentes motomecanizacao, tendo em conta a crescente importincia da mecani- zacho das operagbes agricolas; g) Ambiente com condicdes térmicas e hidricas adequadas pi crescimento e desenvolvim jas culturas, sem problemas de solucéo impraticdvel devidos & proliferaedo de ervas daninhas, pragas © doencas de plantas, prejudiciais as lavouras. Numa tentativa de exemplifi dessas condigées ideais apresen- tadas por solos do Estado de Sado Paulo (Centro Nacional ... , 1960), bem -omo dos desvios ou afastamentos do solo ideal, e que podem servir para justrar situ: ies com solos similares, procedem as seguintes generalizag nga (1980) c6es de reg’ adaptadas de F 1) Terra Rexa Estruturada eutréfiea (com declives suaves) e Latossolo Roxo eutréfico so os solos que, de maneira geral, mais se aproximam das condigées ideais, seguindo-se outros latossolos eutréficos. Os latossolos distréfieos j4 apresentam limitagdes no tocante a fertili- dude, a qual, entrelanto, pode ser corrigida sob sistemas de manejo ntensivos, 2) © Latossolo Vermelho-Escuro e 0 Latossolo Vermelho-Amarelo Alicos ficam mais distantes do solo ideal, por possuir fertilidade baixa, com toxicidade de aluminio sob a camada aravel, dificil de ser corrigida, com baixa capacidade de retencdo de agua dis- © Podzélico Vermelho-Amarelo, mesmo quando eutrofico, bem renado e profundo, tende a afastar-se do solo ideal devido as limits jue pode apresentar, destacando-se 0 alto risco de erosio, especialmente quando a diferenca textural ¢ muito grande entre os horizontes A e B (cardter abriipto), tendo, freqiientemente, se cultivados por alguns anos ‘ofrido erosiio em grau severo, e também pelas dificuldades & motome- nizago, impostas pelos declives acentuados e/ou irregularidades do 4) A Areia Quartzosa, cartografada como Regossolo no levan mento de reconhecimento de Sao Paulo (Centro Nacional ..., 1960), por upresentar fertilidade baixa e pequena capacidade de retengdo de 4gua © nutrientes, além de alta suscetibilidade & erosio, esti ainda mais dis- tante do solo idea 5) Os litossolos em geral e cambissolos rasos apresentam os mesmos problemas dos podzélicos, agravados pela sua reduzida profun- didade efetiva, declives acentuados e presenca de pedras, tanto na super- ficie como na massa do solo, firando ainda mais distantes do solo ideal, jtada capacidade de uso. 6) Os solos hidromérficos também apre quanto ao excesso de ntam sérias limitagbes ia (deficiéncia de oxigénio) e impedimentos a izacio, a menos que tais limitages sejam atenuadas mediante instalagao e manutencdo de sistema de drenagem artificial, Alguns deles, os Glei Tiomorficas, tornam-se tao dcidos, qi 10 préprios a qualquer tipo de cultivo. motomec uando drenados, que Consideragdes sobre a natureza das limitagées Consideradas as condigies ideais © desvio ou afast ante a utilizacd ra a maioria das culturas, todo ento delas representa uma limitago ou fator limi ricola Em geral, costuma-se convencionar as limitages como sendo de quatro naturezas distintas correspondentes as subclasses: _limitagdes climiticas (c); limitagdes devidas 20 solo (s); limitacdes p de Agua (a), e limitagdes por erosio presente’ ou risco de erd Ha limitagdes que podem ser originrias de miiltiplas condicées, como ipedimentos & motomecanizagio, 0 qual pode ocorrer por declividade excessiva (e), por excesso de agua (a), por pedregosidade (s) e, ainda, pela combinacdo de fatores tais como a declividade do ferreno @ permeabilidade do solo, & 0 caso de in As limitagoes ¢ imaticas (c) da regifio so avaliadas pela andlise de seus dados meteoro dgicos, sendo desejavel um periodo minimo de dez anos de observaco, incluindo principalmente a temperatura e a preci- pitagdo (média mensal e anual respectivamente). Com esses da possivel calcular a evapotranspirac fetuar 0 balanco hidri co, que fornece alguns parmetros iiteis para a avaliacio das limitagdes climaticas. © balango hidrico pode ser interpretado como um processo de contabilizac4o da agua no solo, funcionando como uma caixa, onde a precipitacdo representa a entrada e, a evapotranspiracio, a saida de gua. Dentre os métodos existentes para seu o de Thornthwaite & Mather (1955), considerando 1 de figua no solo, No seu célculo, ‘sio emy gramas especiais como, por exemplo, os des: exemplos dos quais sio apresentados no apéndice 4. lo, é muito usua 5 mm de retencdo oregadas tabelas ou nomo- tos por Camargo. (1978) Os pardmetros ou elementos climéticos fornecidos pelo balanco hidrico, expressos em milimetros pluviométricos, os seguintes a) Excedente hidrico: 6 a Agua supérflua, sujeita a infiltracéo ou percolac&o e/ou escoamento superficial (deflivio) na estacio chuvosa b) Consumo: @ a umidade extraida do solo, através da evapo- transpiracho real ) _Deficiéncia hidrica: @ a agua que deixa de ser cvapotransp vada, no periodo seco, por insuficiéncia de umidade no solo; 4) Reumidecimento: 6 a umidade reposta no solo chuvas, a estacdo Gmida, A. guisa de exemplo, no apéndice 4 encontram-se os resultados numérieos do balango hidrico de Ribeirdo Preto (SP), também repre. sentados graficamente na figura A4.2. com os de outras trés regiges de clima contrastante. Na anilise dessa figura, 0 mais importante 6 verifiear 0 periodo de eficiéncia hidrica existente’ para o local considerado © a quantidade de excedente hidrico. O primeiro condiciona a escolha de muitos tipos de cultivo, por indicar 0 comprimento da estacdo seca. © segundo da na idéia da quantidade de deftivio superficial e/ou Agua que infiltra no perfil do solo. Geralmente, considera-se como secu protonjada, limi. ante para muitos cultivos (principalmente os perenes e semiperenes) um periodo em que a deficiéncia hidrica ocorre em periode superior a és meses consecutivos, Outros pariimetros climaticos devem ser pesquisados, especialmente em determinadas regides, onde sabidamente exercem influencias limi. tantes a0 uso agricola, como: ventos frios, geadas ¢ granizos. 35.2.2. Limitagdes devidas ao solo A validade das interpretagdes sobre as limitacdes devidas a0 solo (s) depende muito da quantidade e qualidade das informacées disponi- veis. Além da caracterizacao morfoldgica e analitica de perfis de solos, sio considerados como informagées valiosas: a) dados de pesquisa de laboratério ou obtidos em casas de vegetacto; b) resultados de experi- mentacdo de campo; c) registros de produgées agricolas de determinada rea frente a diferentes tratamentos. Como essas informacées nem Sempre so suficientemente dlisponiveis, geralmente sho feitas previsdes Sobre 0 comportamento dos solos ocorrentes baseadas nas suas caracte. risticas (andlise de solo etc.). Para previsio da capacidade de uso agricola de determinado solo, ue se proceder ao inventério e julgamento de suas caracteristicas, ‘omplementando-se os dados com observagées e anotacdes de campo sobre produtividade agricola. Assim, as interpretagées das proprieda- des dos solos podem ser aproximacdes mais ou menos grosseiras, depen. dendo das informacées existentes e da experiéncia profissional. do enico, estando sujeitas a confirmacdes e/ou revisdes (Franca, 1980). As principais propriedades do solo a serem julgadas, para fins de determinacio das suas limitacdes, sio a profundidade efetiva; capaci. dade de retencdo de agua; permeabilidade e drenagem interna; fertili- dade; e possibilidade de motamecanizacdo. 2 ‘ofundidade efeti ere profur penetram livremente no corpo do solo, em razoavel numero, Sem impedimentos, proporcionando as plantas suporte fisico e condicées para a-absorcao de agua e nutrientes. Nem sempre coincide com a do solum (horizont B), pois corresponde espes: profundidad n ovimento do sistema radicular ¢ sura mais favordvel para o desen ra 0 armazenamento de agua efetivam Aisponivel as plantas Latossolos @ Ar c Jo. muito espes n mais de 150 cm de profundidade efetiva, sem limitacées fiste ° desenvolvimento do sistema radicular. Os solos podzélicos e a Terra Roxa Estruturada sio blemas para enraizament inte profundos (100 a 150 cm), sem pro Brunizens, Bru Hidron em), com Jimitagéo J maior que Nio-Cileicos, parte dos Podzélicos, Aluviais ¢ ficos sio freq jente’ moderadamente profundos (50-101 nos casos anteriores. A situacdo s os muito agrava para os solos Ta ntato litico (diversos sol Hidromérficos (como por exemplo os Planossolos). Hi litélicos) Cambissolos, ¢ rasos (menos de 25 cm), com grau de limitagio severo, como a maior parte dos Litossolos, que esto freqiientemente associados a exposicdes rochosas na superficie. b) Capacidade retencdo de dgwa: Quantidade de agua que 0 solo pode reter em forma disponivel as plantas, dentro do volume cor Evident 2, seu efeita respondente & sua profundidade efetiy sobre as plantas é variavel em funci tipo de cultura, variedade, adaptagdo do sistema radicular, época de volvin nto da cultura, trato ocorréncia de estiagem, estadio de d culturais. Em geral, apresentam maior capacidade de retencio de as solos que tém horizonte B textural (Podzdlicos); as maiores limitacd ‘os, sem horizonte E séo apresentadas pelos are cimulo de argila omo as Areias Quar da pequena as, Regossolos e Litossolos, estes em virtude spessura, es de solo po séveis pelo agravamento das deficiéneias hidricas, de modo que, para s limitagées amente devidas ao solo do que ao clima, 2 (Ranzani & Franca, 1968) condicio é designada seca edafolog Franca (1980) ta que, recorrendo a algumas simplificacées, pode-se fazer uma estimativa aproximada dos provaveis periodos de seca edafol isto é, dos meses em que havera, em anos normais, falt de agua disponivel as jerentes ‘unid solos.” P s interpretacées, 0 atitor sé limita aos primeiros 50 cm de solo, cor respondentes & profndidade na qual se concentra a maior parte das raizes. Conhecendo-se a retirada de égua do solo por evapotranspiragao 30 - sonar ae, Sec% obtida pelo balango hidrico) e a cupacidade de jena {gua disponivel dos horizontes do solo, ped de ocorréncia de seca edafoldgica Se prever os periodos E citado como exemplo o municipio Ribeirio Preto (SP), onde as Arcins Quartzosas mostocy arn eriodo DOr ano) dor nee coed etitoldgica bem mais longo (quatro a clined ee Por'ano) do que em Terra Roxa Estruturada (dois a trés messes sop oe clo 6 x canbitidade @ drenagem interna do solo: A permeabilidade 1 9aacle € 8 qualidade que the permite transmitic agua eae ee! almente Emr atest? campo, em virtude das dificuldades para sus deter cin qliboratério, pode-se determinar coeficlentes de fern abilidade ou dana ate hidréutica, expressos em centimetro de agus crn segundo, rable pa, Franca (1967) atribuem a classe de perneaninnde muito rapida para valores maiores que 7x 102m e fonte magem interna do solo refere-se & rapider com que a gua cogent ue infiltra no solo & removida através do resi estando Perf, ag comarmeablidade e altura do Jencol fredtice, ‘No txsee teas merteregees de drenagem so avaliadas através das Cone le materia eas COMO A cor, presenca de mosqueamentos, nomenon, fe matéria orgénica, superficies amides i caoomiee 2OUCO Permedivel, em condigées de topografia baixa ¢ plana, Doe eerie uma drenagem muito pobre, ‘come nos. Hida hagem er ea® — Permeabilidade muito répida — situerne ee se dos solog sense come nas Areins Quartzosas. A condlede lees oe, 5 eipc l%s com drenagem bon, bem erados, como norma ae latos- Solos ¢ determinados solos com B textural mer aamente drenados, em face da menor permesbilidnes ae tp izonte B candicde cone the vtee 12%, Litassolos © Camblssolos ‘podem “opens B Gondicéo semelhante, pela presenca do substrate rence préximo & superficie, com enchareamentos ten Alguns podzélicos sio mo- nporarios por ocasiéo das- chuvas mais intensas e/ou mais freqlientes 2 famas midos, quando o substrato é de natureza impermedvel ainda mate cu areilito, a limitacdo nos Litossolos © Costinty de diene ene Ocaslonar deficiéncias tempordrias de mise pam, de difieuttar as operacdes de mecanlzacdo, teen noe com sere, interna impedida que sio severamente iimitedee coos diver- ses Hidromérficos, especialmente ox Ongiinics 4) Fertilidade do solo: Resultados de tras de solos s analises quimicas de amos- estiverem correlacionados , €m condiedes de campo. Como os apresentar normalmente grandes varia. teristicas morfologicas, fisicas, quimicas ¢ compost. 208 Isola ges torna-se dificil fazer um julgamento seguro cones dos isolados de and micas como indicadores da capacidade que Possuem determinad como fornecedores de nutrientes &s plantas Além desses aspectos, ha Tentes as plantas, quais sejam Ao dificeis de interpretar se com dados de producio de cultu diferentes tipos de solos podem ainda que considerar outros fatores ine- * sua estrutura radicular, a exter = Jistribuicho das raizes, a capacidade das plantas para absorver e transl r nutrientes, bem como as qualidades de macro e microelementos que hecessitam e seus diversos estidios de desenvolvimento, Na pritica, ao se considerar a fer ater a aspectos como conteiido e dispor ilidade do solo, deve-se procurar bilidade de nutrie ssenciais; is plantas, as proporcdes que os mesmos guardam entre si, bem como 4 presenca ou no de elementos téxicos. Nesta conceituacdo néo estéy portanto, incluida a produtividade do solo, a qual, além da fertilidade do solo, depende também de condigdes ambientais, como clima e ocor- réncia de pragas e moléstias, e de aspectos fisicos, como compactagio lo solo e aeracdo. Na determinagio da capacidade de uso do solo, especial preocupacéo: deve haver em caracteristicas negativas ligadas a fertilidade que difl- cilmente podem ser alteradas pelo homem, principalmente aquelas tela- vas camada subsuperficial ou topo do horizonte B. Tal é 0 caso do carter distrofico (baixa percentage de saturacao em bases), do cariter Alico (alta saturacao com aluminio trocdvel), capacidade de troca muito, baixa, tiomorfismo (presenca de sulfatos), elevada saturacéo com sédio' trocdvel e salinidade (presenca de sais soliiveis) (ver parte Il, item 6.2.2.) ©) Possibitidade de motomecanizuyéo: Tendo em vista a impor- fancia crescente das operacdes agricolas mecanizadas, deve-se levar em conta a presenca de limitagdes inerentes ao emprego de tratores implementos agricolas. Evidentemente, esse fator s6 é atribuido ao solo enquanto ligado « caracteristicas como a pedregosidade ou rochosidade, Por vezes, 0 mesmo esta ligado a declividades excessivas ou relevos chelos’ de acidentes, como a presenca de sulcos de erosio muito freqiientes e profundos e, ainda, a encharcamentos do terreno (em geral, em relevo plano). A presenca de argilas expansivas (cardter vértico), ou solos) organicos com baixa capacidade de suporte, também pode limitar a motomecanizacio, 35.23. Limitagdes por excesso de égua © excesso de agua (a) prejudicial & maioria das plantas, por expulsar o ar do sis 4 poroso, restringindo a respiracio das Taizes e dificultando 0 desenvolvimento da planta. Também a assimilacdo de nutrientes é prejudicada pela deficiéncia de oxigénio devido av enchar camento do solo. A saturagio do perfil do solo com agua depende dos fatores exter- 0s, dos internos e da duracio do periodo de encharcamento. Pode haver excesso de dgua na superficie por inundacéo ou submersio natural do solo, como ocorre nas baixadas proximas a cursos d’agua, comu- mente em solos Hidromérficos. © excesso de agua também pode ocor- rer por impedimentos de drenagem interna, em qualquer posicéo topografica, pela presenca de camadas relativamente impermesvols proximas a superficie 35.24, Limitagdes por erosdo presente ow risco de erosio A respeito das dificuldades de estimar as perdas ocorridas por ‘© (e), especialmente a do tipo laminar, Franca (1980) acredita se apropriado 0 critério de avaliacdo do risco de erosio sob cultivo, em fungao da erodibilidade dos solos e das classes de declive. Dessa maneira, varios componentes pocem ser utilizados para avaliar © riseo de erosio, o qual acaba sendo estabelecido a partir de inferén. clas sobre a interacio de fatores diversos, as vezes ligados ao relevo (declividade, comprimento da rampa), ao solo (fraca estruturagio, mu. danca textural abrupta, permeabilidade lenta no subsolo) ou ao clim, (aco erosiva das chuvas e dos ventos) a) Relevo: Em geral, 0 relevo é deserito em termos de: tipos (normal, subnormal, cOncavo e excessivo), classes de declividade ou gra- dientes (0-2%%, 2-5%), forma (plano, convexo, céncavo, misto) e unifor- midade (uniforme, irregular). As diferentes combinacées desses atribu- tos podem levar a distintos graus de limitacdo pelo relevo. As classes de declividade, definidas detalhadamente no item 6.24, apresentam estreita relacéo com aspectos importantes para uso € ma. nejo agricolas, tais como: quantidade e velocidade do deflivio, risco de crosio do solo, possibilidade de emprego de tratores e maquinas agricolas. © comprimento das rampas é outra stica importante para avaliar a erosdo, estando estreitamente relacionada como defldvio, Pode-se considerar como declives muito longos aqueles com mais de 300 metros e, declives curtos, os com menos de 100 metros. b) | Defitvio: Diz respeito ao escoamento superficial ou drenagem xterna do excesso de Agua que atinge o solo. O mesmo pode ocorrer sob a forma laminar ou difusa, a qual, juntamente com o impacto direto las gotas da chuva, é responsivel pela erosio laminar ou em lencol. Dutra forma é a de deflivio concentrado, representado pelas enxurradas, esponsiivel pela erosio em sulcos. O deflivio @ caracterizado pela quantidade (volume) e velocidade das ‘aguas, sendo desejével que ele seja em pequena quantidade e com movimentacéo lenta pela superficie do solo, de modo a promover a drenagem da ‘gua excedente sem causar erosio. Essa caracteristica esté correlacionada aos atributos da chuva (quantidade, intensidade, energia, distribuicdo e duracéo), a declividade e extensio do terreno ¢ 08 atributos do solo, especialmente a permeabilidade. — 33 - deftivio muito Jento geralmente esti associado com baix: lidade, resultando numa drenagem interna imperfeita e mé acontect nos solos Hidromérficos as Areias Quartozosas e nos’ Latos- solos, normalmente o defliivio ¢ lento, o que é desejavel. Em solos com B textural, sob relevo ondulado, é normalmente moderado, expondo-os a erosio, caso nao sejam tomadas as devidas precaucées. Esses mesmos solos, sob relevo fortemente ondulado, nor almente associados com fases xdidas, bem como parte dos Litossolos e Cambissolos, tam deflivio rapido e maior risco de erosio; sob relevo mentanhoso, estéo associados a exposicées rochosas, com’ deflivio muito rapido ¢ grande risco de erosio, devendo ser mantidos constantemente sob cober ura. vegetal, ©) Erodibilidade: A erosio superficial pode ocorrer pela agio Agua e/ou do vento. No primeiro caso, interferem principalmente caracteristicas da cam: ficial do solo (textura, estrutura, obertura vegetal; relevo; caracteri ume e velocidade do deflivio nosso meio, o proceso erosivo da maioria das terras 6 por ex causado pela agua das chuvas, na forma de deflivio. A erosio pelo vento é restrita a pequen sabilidade); natureza e tipo ticas climaticas, a Wischmeter & Smith (1961) consideram a erodibilidade do solo (fator K) como as perdas de terra em toneladas por hectare, por unida- dade do fator chuva em condicées padronizadas de declividade, compr mento de rampa, manejo da cultura e praticas conservacionistas. As mencionadas condicdes-padrao sio: 9% de declividade, 22 m de com- primento de rampa, auséneia de vegetacio e de priticas conservacio- nistas (com préticas de preparo do sa tio feitas morro abaixo) 10 0 produto da energia cinética da chuva intensidade maxima em 30 minutos. A erodibilidade do solo ser estimada por um método pritico nomogréfico, baseado em parametros obtidos por determinagées de laboratério e a partir di descri¢des morfoldgicas dos perfis (andlise textural, teor de matéria orginica), estabilidade de agregados, estrutura e permeabilidade). Fran- ¢a (1980) atribui aos Latossolos erodibilidade baixa ou muito baixa as Areias Quartzosas e Podzélicos erodibilidade alta ou muito alta. O autor prod de do solo (fator K) com ses de declividade para chegar &s classes de risco de erosio, que pode variar de muito baixo (Latossolo Roxo em declives suaves) a muito alto (Podzélico Vermelho-Amarelo, sob declives fortes) © fator chuva é definido co P de a uma combinacao da erodibilid 25.3. Pressuposicoes para a classificagdo ‘Toda classificacso técnica deve ser apoinda em determinado néimero de pressuposigées, estabelecidas em funcio dos objetivos que se tém em vista e das condicdes sdcio-econémicas da area de trabalho, Klingebiel & Montgomery (1961) estabeleceram, para a classific go de capacidade de uso, uma série de pressuposicées, que devem se uusadas como critérios basicos para o grupamento das terras nas classes de capacidade de uso. Conforme recomenda a FAO (Steele, 1967), os aises em desenvolvimento nao devem necessariamente seguir as mes mas pressuposicées, mas elas devem ser sempre definidas para servir de base para uniformizacdo dos critérios usados para enquadramento das terras, Com base nessa premissa, as pressuposigdes originals da Glassificacio americana foram examinadas e, na medida do. possivel, adaptadas &s condigdes do Brasil, sendo listadas a seguir a) A classitieacdo da capacidade de uso das terras, desenvolvida para auxiliar 0 planejamento de praticas de conservacio do solo, deve ser feita através da interpretagéo de levantamento do meio fisico efetua- do no campo. Ela é baseada em combinagdes de efeito do clima, caracteristicas e propriedades permanentes da terra relacionadas com 0% riscos de erosiio, limitagées de uso, capacidade produtiva ¢ manejo do solo. Séo consideradas como permanentes, dentre outras: 0 declive, textura, profundidade efetiva do solo, efeitos anteriores da erosao, per: meabilidade, capacidade de retencio de agua, tipo de argilo-minerais. Arbustos, drvores ou tocos possiveis de serem removidos e deficiéncias de fertilidade do solo que podem ser normalmente corrigidas com cor- retivas do solo (calcirio ou gesso) e adubos, nio so considerados como caracteristicas permanentes. Em resumo,’ as condicées temporarias, ainda que possam ser importantes para o planejamento, no servem de base & classificagio. ») Ao proceder a classificacdo, tem-se que levar em conta o nivel do manejo referente ao grau de utilizacdo das técnicas agricolas com- Provadas pela experimentacdo e pesquisa agronémica, e que refletem determinado grau de aplicagao de capital e de tecnologia. anejo moderadamente alto, que seja pratic vel dentro das possibilidades dos agricultores mais esclarecidos do Pal Muitas vezes, terras consideradas préprias para culturas na classifi cio de capacidade de uso (especialmente classes de I a IV) podem nao © ser a um nivel de manejo menos desenvolvido. Em determinadas cir. cunstincias, © nivel de manejo, com reduzida aplicacio de capital e tecnologia, pode ser adequado do ponto de vista conservacionista, porque hao usa méquinas agricolas que revolvem o solo tornando-o mais susce- tivel & erosdo; contudo, isso nao deve ser levado em conta na classifi- cacdo da terra na capacidade de uso, porque, na maioria das vezes, ela 86 ¢ solicitada, ou empregada, para atender a agricultores com razodvel nivel de esclarecimento e capital, que empregam comumente maquinas agricolas Supée-se um nivel de m: ©) Terras enquadradas em uma mesma classe de capacidade de luso podem ser similares apenas no que diz respeito ao grau de limitagao de uso para fins agricolas e/ou risco de depauperamento do solo, quando cultivadas. Uma classe pode estar presente em diferentes tipos de solos, e muitos destes podem requerer uso e manejo diferentes, Por essa razio, generalizacGes seguras sobre tipos mais apropriados de cultivos e necessidades de manejo nfio podem ser feitas ao nivel de classe, sem se tomar em conta todas as caracteristicas e propriedades do solo (para isso, geralmente 6 necessario determinar a unidade de capacidade de uso), @) A classificagdo da capacidade de uso nfio é um grupamento de acordo com 0 uso econémico da terra ou obrigatoriamente com seu valor uisiedo. Contudo, as classes apresentam um ordenamento decrescente das possibilidades dos aproveitamentos mais intensivos da em risco de depauperamento intensivo do solo e, por isso, em uma mesma regifio em idénticas condigdes de localizagéo, a terra cult capacida idade de aproveitamento mais inten- sivo e que propicia ao proprictario maior liberdade de escolha de uso, tem, geralmente, mais valor, O uso econdmico depende das caracte risticas s6cio-econémicas, culturais e da tecnologia agricola adotada nas diversas regides e, assim, muitas terras da classe II ou IV, adequadas para varios usos, inclusive para cultivos anuais, podem ser mais econo- micamente utilizadas para pastagens ou reflorestamento, do que para cultivos Intensives. Da mesma forma, terras da classe IV, mas alta- mente produtivas para culturas perenes (café, por exemplo), podem ter maior preco de compra e venda que terras das classes III ou II, mesma regio, mas menos produtivas. Em regides tradicionalmente pecuarias, observam-se terras da classe VI, com boas pastagens natu- rais, obtendo pregos mais elevados que terras da classe III, com pasta: gens naturais de baixa qualidade, terra, ie de uso permite possi e) Nenhuma relacdo é implicita, ou suposta, entre cidade de uso e relacio custo/beneficio dos empreendimentos agricolas. A classificacdo de capacidade de uso néo é uma avaliacio de produtivi- dade para cultivos especificos. classes de capa: 1) As classes de capacidade de uso de I a IV distinguem-se umas das outras pelo somatério de restrigdes e/ou riscos de depauperamento do solo que afetam suas exigencias de manejo para uso, sustentado por longo perfodo com cultivos perenes ou pastagens, diferencas em siste- mas de manejo recomendados podem ser maiores entre os solos de uma mesma classe, do que entre solos de classes diferentes. Por sistemas de manejo, entende-se a combit colas aplicadas a determinado tipo de exploracéo, recomendadas pa dado nivel de manejo, ao alcance dos agricultores.” A classe de capacl- dade de uso nao deve ser determinada em fun¢ao dos sistemas de manejo recomendados, Assim, as classes II, TI ou IV podem ou nio exigir as mesmas priticas quando usadas para culturas anuais, enquanto as classes de Ta VIT podem ou nao necessitar do mesmo s de priticas agri: = Sas duando usadas para pastagens, naturais ou formadas, a nO Nace esms forma, pastagens em classes 1, IL, III e IV. poden iy ndo necessitar de um mesmo sistema de manejo. 9) A agua sobre a superficie do solo, ou exces Soltis “A848, Para producio adequada, a presenca de peng oe Splivels c/ou sédio trocavel, como também ‘o tisce Ge fear’ cdo, fio prevennan gaios Como limitacdes permanentes quando sua remegon n> Mento one, Prticdvel, caso em que a execucio é tida como mento Vol a reghar, © que implica em condigdes de solo tals que tarnem roe wei iaemesto da limitacéo, com recursos que podent cet me iados individualmente pelo proprietério das terras, o de agua no perfil, J) Tetras passiveis de serem melhoradas, com recursos do propr! oe, ber obras de drenagem, irrigacéo, remocao de pedres, te eee, Ge ‘sais ou sédio trocavel, protecéo contra, inundaghes ‘ey seja, melhoramentos menores, sio classificadas de acordo com sta Ing memtulas de uso e/ou riseo de depauperamento, como se os meine’ mmatos i estivessem implantados e ém uso. O custo inicial de cen mas, Femara? © melhoramento em glebas individuals nfo influencing demas, {ato de certos solos planos muito produtivos mac net de teeceetaem Nas classes 11, TIT ou IV, indica os diferentes sme de limitacéo permanente, para 0 uso e/ou risco de depauperamento. Somente onde nio for possivel melhoramentos menores as temec wen, ser classificadas de acordo com as limitagdes presentes de wen i perms ue ja estiverem drenadas ou irrigadas sio agrupadas secacerde com as limitagées permanentes de solo e clima, cents scos que afetam o seu uso sob o sistema presente de melhoramentos 44 executados e possiveis de serem ainda incrementados, Fo sho “ahacidade de uso de determinada iirea sé pode ser mudade simone, He instalados grandes projetos de recuperagio’ (meiker se OU redisin we, ao transformar permanentemente as limitagdes me nee dane Zt Bor longos periodas os riscos de deterioramenteror «ips? diet es Ciltives ou, ainda, quando ocorrem mudancas pare pior, de ificll soluctio, como’ nos depisites de erosio ow tecben ancamentos poldone’s,, No Primeiro caso (mudanca para melhor), estas wenn os polders ou estruturas para controle de inundacdes, piste a. at drena- Trento aprimento de figua para irrigacio, remopao de pedres 6 ne genes tere erTenes com vocorosas, em larga escala, Peyuonas tee Een aud cheater ratieas de conservacdo do solo sujeltas a muds suposicaer agit etm um curto perfodo de tempo nao estio include wees detest ees oN oeeguNde, cas (mudanca para pior) estio incialee ee Gesastres ocasionados por grandes inundacées ou trois agua. =a dade de uso estio sujeitos a muda téenicas sobre 0 comportamento dos 1. Os grupamentos em capac & medida que novas informacdes solos se tornem disponiveis. m) Distfncias de mercados, tipos de estradas, tamanho de glebas, Jocalizacdo em funcio das demals dreas, recursos ¢ habilidade de ind. Miduos que operam na Iavoura e caracteristicas de direito de propriedade hao sfio criterios para a classificagao da capacidade de uso. n) ‘Terras com topografia suave, mas com. limitacées motomecanizacao, tais como dreas pedregosas, ou de drenagem invidvel, laments cultivaveis s6 podem ser plantadas e colhi: sao colocadas nas classes I, If ou II. Essas aes senso possara ser utilizadas para culturas perenes ou anuais, podem rene uarradas na classe IV, definida como propria para cultivos oca Ao limitada, Contudo, isso no significa que equi 1s das classes em que espécies cor das _manualmente, néo pamento mecinico nao PC V, Vie VIL adas para culturas podem otechio da Contudo, outras terras sfio apenas proprins para flores prestam-se exclusiva- 0) Terras classifieadas como apropr também ser utilizadas para pastagens, reflorestamento e £ vida silvestre tas ou protecio da vida silvestre; outras, ainda, rotecio de mananciais. mente a vida silvestre, recreacio € os de terras para a finalidade exclusiva de uso com incluir varias classes de capa da capacidade Agrupamet pastagens ou com reflorestamento poder Pigade de uso. Nesses casos especificos, a classific soriso pode ndo apresentar vantagens, ja que a separacio das terras fe subclasses & desnecessiria. Te ara a explo nulturas), tal mmbém m tantas class rag&o exclusiva com cultives anuais ou perenes ( ada. Ela 6 de aplicagio mais Glassificacao pode nfo ser a mais ecomendavel para exploragées diversas, sob varias intensidades de uso nistas (que incluam culturas anuais, perenes, pastagens Wu exploracd reflorestamento) Observacses acuradas, experiéncias e dados de pesquisas séi dos como auxilio para enquadrar os solos nas classes ¢ Nos locais em que os dados de resposta jam faltando, 0 enqua subclasses de capacidade de uso. dos solos aos diferentes sistemas de manejo apacidade de uso é feito com base nas dramento nos grupamentos de priedades, de acordo com 0s interpretacdes de suas caracteristicas ¢ senvolvidos para solos prineipios gerais de uso e manejo ¢ outras localidades. 5A, Bnquadramento das classes Tendo em vista que todo afastamento das culturas corresponde a presenca de limitacées acdo agricola das terras, a detern capacidade de uso cansiste em estabelece intensidade de variacéo de cada condicdo agricola considerada, atribuin- do-lhes graus de limitagio em fungao do maior ou menor afastamento daquelas condigées ideais, bem como da viabilidade de correcao dos fatores limitantes, dentro dos pressupostos estabelecidos no item 3.5.3, Segundo Young (1976), existem basicamente dois processos que podem ser empregados para’ enquadramento de terras em uma classifi- cacao técnica: 0 paramétrico e o sintético. No processo paramétrico, as caracteristicas da terra, tomadas com limitagées, sio ordenadas, e cada unidade de mapeamento, ou gleba, é classificada com base ‘nica na limitacio mais severa que possui. | O oposto dese método é 0 processo sintético, que consider neteris- ticas e qualidades de uma gleba como um todo, julgando com elas a sua adaptabilidade pa intensive com cultivos, pastagem e refloresta- mento e comparando-a alterna com as definicdes das classes de capacidade de uso (item ‘até encontrar a classe e subclasse que melhor se enquadre. com © proceso sintético, a gleba pode ser ida de acordo com 0 somatério (ou sintese) dos Braus de limitagGes e aptidées que apresenta. Franea (1963) sugeriu um proceso paramétrice com o uso de uma tabela (ou chave) indicadora dos fatores condicionadores da capacidade de uso da terra que podem ser encontrados em cada classe. Nessa tabela sio relacionadas as diferentes caracteristicas da terra que devem ser inventariadas por ocasiao do levantamento do meio fisico (textura, permeabilidade, profundidade, classe de declive, erosio) com seus dife- rentes graus de limitacdo, que servem de base para determinar a classe da capacidade de uso. Na tabela apresentada por Franca (1963), cor responde & cada pardmetro das “formulas” usadas no levantamento (item 6.1.), uma classe de capacidade de uso. Ao proceder ao julga- mento do conjunto, estabelecer-se-4 como a classe aquela correspon- dente ao fator mais agravante, ou limitacio maior, que a gleba em questo apresente, como o exemplo que se segue: Profundidade efetiva: 0,50 20,25 m cla VII (exceto V) Pedregosidade: 1 a 10% classe IT a VI Classes de declive: 10-20% classe IV a VII (exceto V) rosio laminar moderada: classe VIII (exceto V) Erosio em sulcos rasos muito fre- atientes vur No exemplo acima, a terra enquadra-se na classe de capacidade de uso VI, uma vez que o fator mais agravante fol erosio em sulcos rasos muito freqiientes, para o qual a chave indica pelo menos classe VI e oo subclasse Ve. Caso houvesse na mesma propriedade outra subclasse Vie, cuja limitacéo maior fosse, por exemplo, a declividade mais acer tuada (entre 20 e 30%), poder-se-ia chegar as unidades de capacidade de uso: Vie-1 (para solos com declive de 10-20%, mas muito erodidos) e Vie-2 (para solos menos erodidos, mas com declives maiores) Baseados nesse critério paramétrico de julgamento, ja foram propos tos instrumentos praticos como “réguas para classificacdo de terras”, como 0 apresentado por Mendes Sobrinho & Yamanaka (1966) A principal vantagem do processo paramétrico que, uma vez esta: belecida a tabela, ou chave — e isso requer um proceso subjetivo, habilidoso — ela ‘pode ser aplicada objetivamente, de forma que diferen tes operadores possam obter re consistentes em um mesmo trato de terra, Sua m 6 que, por sta natureza, nfo permite consi derar as inter fatores uma vez que nele os fatores limitantes sio considerados isoladamente para o diagn6stico das classes. Assim, por exemplo, um declive de 10% (ou classe de declive C) nao deve ser considerado com o mesmo grau de limitacio para um solo a6 fico com mudanca textural abripta, altamente susceptivel & erosio, {ibilidade ‘bem menor Deve-se ter ser 1 adaptar 0 processo pre em mente que nfo é p quadramento da capacidade de uso da terra a todos os niveis de ficagdo pressupée basicamente tecnologia ou manejo de terras, A cla um nivel de manejo moderadamente alto e, portanto, as recomendacées 86 devem ser aplicdveis para esse caso. Algumas vezes, por exemple terras fértels ¢ produtivas, mas com impedimentos & motomecanizacio las culturas, quando submetida: podem perfeitamente receber determin cultivos manuais ou @ tracdo animal, mesmo em classe IV ou VI bananicultura, por exemplo, é uma atividad: declivosas do litoral bra- mo de classe VI de capa de capacidade de usc comum e, de certa forma, adaptada em’ a ileiro, em terras muitas vezes consideradas & a partir da andlise em conjunto das informagdes sobre a natureza © © grat das limitagdes existentes em uma gleba, e tomando em consi: deracdo aspectos relacionados anteriormente no item 3.5.3., que se deve anailise jeterminar sua capacidade de uso, procurando in lasses a que melhor se ajuste Aqueles atributos en Por essa raziio, a caracterizacdo das classes de capacidade de uso eve ser criteriosamente elaborada e detalhada, sendo dificil genera: Para cada regifio, tais caracte iptadas em funcio das condigdes fzagées devero ser especificas ¢ praticas locais, Dessa forma, os critérios para diagnéstico de classes de capacidad Je uso, muitas vezes, nio so comparaveis em exatidi nara outra, devendo, entretanto, se conformarem dentro dos principios getais e pressuposigdes da classificagao. » de uma regiao tabelecidos pelas defini — 40 355. Caracterizagdo das classes ¢ subclasses de capacidade de uso E conveniente salientar, uma vez mais, que, na definicdo das classes ta as caracterisuicas inerentes e subclasses, apenas serdo levadas em cont So solo e as condicoes climaticas locais. Nao serao, portanto, conside- fadas diferencas de condigoes socioeconomicas ou de politica agricoli, Também de importancia para condicionamento da potencialidade de explo Yagao da terra. "ais condigdes, entretanto, deverao ser consideraaas oportunamente em uma tase posterior classiticagao da capacidade de tho, quando da elaboracao dos planejamentos especificos das proprie- dades ou pequenas baclas hidrograficas. também que € muito importante ter sempre rios da classificagdo da capaciaade de uso da pela antevisdo do planejamento co # oportuno lembr em mente que 0s crit terra nao devem ser condicionados luso do solo, que € estabelecido em uma etapa futura. Jas classes e subclasses de capacidade As principals caracteristicas d 's medidas de conservacuo necessarias de uso e indicagoes gerais sobre so descritas a seguir com culturas anuais, vida silvestre GRUPO A — Zerras passiveis de verem ut perenes, pastagons, Tejlorestamento cLA Sao terras que tém nenhuma ou somente muito pequenas limitacdes permanentes ou riscos de depauperamento, Séo proprias para culturas Phuais climaticamente adaptadas, com produgéo de colheitas entre meé- dias ¢ elevadas, sem praticas ou met ciais de conservacao do solo. Normalmente, sio solos protu cil mecanizagao, com boa retencdo de umidade no perfil ¢ fertilidade de média a alta. Sao areas planas ou com declividades muito suaves, sem riscos de inundacao fe som grandes restrigdes climaticas. Nao ha afloramentos de rocha, hem o lengol de agua é permanentemente elevado ou qualquer outra Condi¢ao que possa prejudicar o uso de maquinas agricolas. Dependendo de bons sistemas de manejo, podem mesmo ser cultivadas com plantas que facilitem a etoséo, como 0 algodao, milho ou mandioca, plantadas , sem perigo aprecivel de erosio acelerada, em linhas reta melhoria e manutencdo da fertilidade do calturas e aplicacdo de corretivos e ferti- a classe nao As priticas comuns de solo, inclusive a rotacéo de Tizantes, devem ser usadas nas terras da classe 1. I admite ‘subclasses. Ve lstagem mals detaliada das préticns a bireve no Apendlce & DAginA ...) — 41 = CLASSE moderados 50 terras heitas entre mé alturas le ser suficient provocar enxurradas ¢ jo. Em terras planas, podem 1 r drenagem, porém se s ‘de de praticas complexas de manuten 5 drenos. Podem ise nessa classe também terras que nao tenham excelente ie le retencao de gua. Cada jessas limitagdes requer cuidados ¢ s. como aracao e plantio em contorno, plantas de cobertura, cultur sixas, controle de agua, protecéo contra enxurradas advindas jebas vizinhas, além das praticas comuns ja refer ass no rotagses de cultura e aplicagées de corretivos fertilizantes. A classe TI admite as seguintes subclasse He: terras produtivas, relev ondul nd geirc i erd te it ana) tis: terras produtivas, planas ou suavemente onduladas, com ligeira imitacao pela capacidade de retencio de agua, ou baixa saturaco pases (carter distréfico), ou pouca capacidade de retencdo de ndubos (baixa capacidade de troca) Tia: terras produtivas, praticamente planas, com ligeiras restrigdes de Ver instalado o sistema de drenos, 6 de facil manutenc&o e, & pro- babilidade de salinizacdo, pequena terras produtivas, praticamente planas ou suavemente ondulad: n Tigeiras limitagdes elimaticas (seca prolongada até trés meses) ASSE II So terras que quando cultivadas sem cuidados especiais, sujeitas a severos riscos de depauperamento, principalmente no caso de culturas anunis. Requerem medidas intensas e complexas de conservacéo do solo, a fim de poderem ser cultivadas segura e permanentemente, com pro- Gucdo média a elevada, de culturas anuais adaptadas, Ksta classe pode apresentar varlagbes (subclasses), de acordo com natareza do fator restritivo de uso. Os principais fatores limitantes de (moderado), drenagem deficiente, escassez de dgua fridas nfo irrigadas) e pedregosidade. Freqtien- muito a escolha das espécies a eparo e cultivo a declivids no solo (regides semi temente, essas limitacdes restringem Serem caltivadas, ou a época do plantio ou operagbes de pt do solo. A classe TIT admite as seguintes subcla item Mie: terras com declividades moderadas (classe de declive C - ver 6 2.4.), Televo saverente ondulado a ondulado, com deflivio pido, com riscos severos & erosio sob cultivos intensivos, po- Gendo apresentar erosfio laminar moderada e/ou sulcos super tlais e Tasos freqiientes, também em terrenos com declives da Glasse B (ver item 62.4.) e solos muito erodivels, como aqueles com mudanca textural abrupta Ils: terras praticamente planas ou suavemente onduladas com fertili- Gade muito baixa (carfter Alico) ou limitadas ainda por: pro- fundade efetiva média, ou drenagem interna moderada a pobre: ‘ou risco acentuado de’ salinizac&o, ou dificuldades de preparo do Solo devido A presenca de pedras ou argilas expansivas (cardter vértico) ; Ifa: terras praticamente planas com limitacdes moderadas por excesso ‘sem riscos freqtientes de inundacées: a drenagem s, sua Tanutenctio, complexa ‘a suavemente onduladas, com mode- Ie: terras praticamente plana s, como a escassez de agua em regides radas limitacées climé semi-Aridas. CLASSE IV ntes muito severas atu Sfo terras que tém riscos ou limitacdes pern quando usadas para culturas anuais. Os solos podem ter fertilidade ral boa ou razodvel, mas n&o sio adequados, para cultivos intensivos Usunimente, devern ser mantidas com pastagens, mas podem ser suficientemente bo: 10s ocasionais (na proporcio e um ano de cultivo para cada quatro a seis de pastagem) ou para algumas culturas anuals, porém com cuidados muito especiais. continuos. para certos cult ‘ais terras podem ser caracterizadas pelos seguintes aspectos: de- greme, erosio severa, obsticulos fisicos, como pedregasidade ou baixa produtividade, ou outras condicdes que 1 0 cultivo motomecanizado regular. alive drenagem muito deficiente, ‘as tornem improprias para seja muito sentida, Em algumas regiGes, onde a escassez de chuv de tal maneira a nfo serem seguras as culturas sem irrigacdo, as terras ssificadas na classe IV. Sio previstas as seguintes deverio ser cl subclasses: ar risco de eroso para cultivos intensivos, geralmente com declividades acentuadas (classe de live D'- ver item 6.24.), com defi vio muito rapido, podendo resentar erosdo em sulcos superficiais muito freqiientes, em sul 10S rasos freqilentes ou em sulcos profundos ocasionais; tai © caso de terrenos com declives di ibém ¢ mas com solos muito abruy Vs: solos limitados pela profundidade efetiva rasa, ow apresentand. pedregosidade (30-50%), com problemas de motomecanizacao, ou inda com pequena capacidade de rete a aliada a pro: blemas de fertilidade (come 0 das Areias Quartzosas) a: solos Umidos, de dificil drenagem, dificultando trabalhos de mo- mecanizacdo e ainda com outra limitacao adicional, tal como risco de intindagdo ocasional, que impede cultivo continu: Ive es climaticas moderadas a severas, ocasio- gados de seca, nao sendo possiveis colheitas 0u entao com risco ocasional de geada, GRUPO B normalmente impréprias para cultivos intensivos, CLASSE V Sao terras planas, ou com declives muito suaves, praticamente livres de eroso, mas impréprias para serem exploradas com culturas anuais, e que podem, com seguranca, ser apropriadas para pastagens, florestas ou mesino para algumas culturas permanentes, sem a ap le téc te planas e ndo sujeltas & erosao, uulturas anuais comuns, emi s, tais como muito baixa capacidad > (sem possibilidade de ser isco de inundac&o, pedre Em alguns casos, é possivel o cultivo corrigido), adversi gosidade ou aflorain exclusive de arroz; mesmo advindas princip poucas limitacd m, Tisco de insucesso pelas limitagées, do risco de inundagao. O solo, entretanto, tem wwalquer espécie, para uso em pastagens ou silvi cultura. Podem necessitar de alguns tratos para producdes satisfatdrias, o de forragens como de arbustos ¢ arv Entretanto, se tais tratos forem dispensados, nfo serao sujeitas & erosdo acelerada. Por isso, poden: priticas especiais de controle de erosio ude protecéo do solo. Sto previst nbela ra a classe V as seguintes Vs: terras planas nfo sujeitas erosio, com defliivio praticamente nulo, podendo apresentar como limitagdes os seguintes fatores:, muito Peixa eapacidade de armazenamento de agua, drenagem interna muito répida ou muito lenta, pedregosidade ou rochosidade intensa © problemas advindos de pequena profundidade efetiva; Va: terras planas no sujeitas & erosio, com defliivio praticamente nulo, ‘cvoramente Timitadas por exeesso de agua, sem possibilidade de Grenagem artificial e/ou com risco de inundacio freqiiente, mas ‘a pastoreio, pelo menos em algumas que podem ser usadas pa &pocas do ano; Ve: terras planas com Timitacdes_climéticas severas, com longos pe- ente de geada, neve ou ventos frios. riodos de seca e/ou risco freat CLASSE VI ‘Terras improprias para culturas anuais, mas que podem ser usadi para producao de certos cultivos permanentes iitels, como pastagens, Florestas e algumas culturas permanentes protetoras do solo, como seri gueira e cacau, desde que adequadamente manejadas. © uso com pas: fagens ou culttiras permanentes protetoras deve ser feito com restricoes Tiederadas, com priticas especinis de conservacho do solo, uma vez que, mesmo sob esse tipo de vegetacto, sio medianamente suscetivels de Yanificacdo pelos fatores de depauperamento do solo. Normalmente as limitagées que apresentam, sio em vidade excessiva ou pequena profundidade do solo, ou presenca de pedras impedindo emprego de méiquinas agricolas. Quando a pluviosidade da regi#o € adequada para culturas, as limitagdes da classe VI residem, te geraly na declividade excessiva, na pequena profundidade do solo Gu am pedregosidade, Nas regides semi-iiridas, a escassez de umidade, muitas vezes, @ a principal razéo para o enquadramento da terra na isse VI, que apresenta as seguintes subclas: gem (ou, eventualmente, com culturas per do solo, como por exemplo: seringueira, wwfio da decli- terras que, sob past janentes protetor tacau ou banana), sio medianamente suscetivels & erosio, ct felevo forte ondulado e declividades acentuadas (classe de declive D, ou C para solos muito erodiveis - ver item 6.2.4.), propiciando Quflivio moderado a severo; dificuldades severas de motomecani- Jacko, pelas condicdes topograficas, com risco de erosio que pode Zheger'a muito severo; presenca de erosio em sulcos rasos muito freqlientes ou sulcos profundos freqtientes; Vis: terras constituidas por solos rasos ou, ainda, com pedregosidade (30-50%) e/ou rochas expostas na superficie. Outra condicao que pode caracterizi-las € a pequena produtividade dos solos, como Ro caso das Areias Quartzosas em terrenos nio pla rossibilidades de dre omecanizacio, agra nto de depé- com pequenas ou nulas F Via: solos muito dmido rtificial, acarretando problemas & mot nagem vados por ¢ sivos oriundos de 4re ta suscetibilidade & erosfo ou rece itos © vizinhas; Vic: terras com ImitagBes climéticns muito sever 1 nar seca nda que impeca 0 cultivo jafologica muito proloni plantas perenes mail CLASSE VII suitas limitagées permanente resentam severas Timi- T jue, por serem sujeitas & mproprias para culturas anuai vertas culturas permanentes proteto uusceptiveis de danificacdo, ext especiais. Normalmente 5 muito rasos, de serem i solo, tacées, mesmo para pastagens ¢ florestas. Sendo altamente priiticas gem severas restri jas, pedregosas ou com Sc ao nda com deficiencia de gua muito grande tes aos aplicavels & a elas sio semelha e ser mais intensivas, Os cuidados necessirios H Jase VI, com a diferenca de poder ser préticas conser ‘ou que estas tenham qu anos por erosio. Requerem cuidados uso, tanto para pastoreio como ‘caldados especiais. Suas sub- "fim de prevenir ou diminuir 0s cxtremos para controle da erosio. para produgio de mi classes so as Seg com limitagdes severas para outras atividacdes ave Ti flo- Vile: ter restas, com risco de tuadas (mais de ,idos ou impedindo a motor presentando declivi- 40% de declividade) propiciand dades muito ac canizacho; pre- ivios muito rap re ge erosko em sulkos multo profundos, muito freqlientes: de pedregosidade), com asso- ainda, com a ar’ s (mais de baixa capacidade de VIls: terras pedregos: Sante de serem constituidas por solos de retenca s muito severas, a exemplo ¢ jocais onde a irriga- terras com limitagoes lim: impratieavel cao seria imprescindivel, mas ¢ GRUPO C — Terras ndo adequadas para cultivos, pastagens ow reflo- restamento Las vu ras improprias para serem utilizadas com qualquer tipo de ultivo, inclusive 0 de florestas comerciais ou para producéo de qualquer outra forma de vegetacdo permanente de valor econémico. Prestam-se apenas para protecéo ¢ abrigo da fauna e flora silvestre, para fins de recreagio e turismo ou de armazenamento de agua em acudes. Consistem, em geral, em ‘reas extremamente aridas, ou acidenta- ‘ou pedregosas, ou encharcadas (sem possibilidade de pastoreio ou Grenagem artificial), ow severamente erodidas ou encostas rochosas, ou, inda dunas arenosas. Inclui-se ai a maior parte dos terrenos de man. gues e de pdntanos e terras muito aridas, que nio se prestam para pastoreio, So possivels as seguintes subclasses: Ville: terras de relevo excessivo, com declives extremamente acentua- dos ¢ deflavios muito répidos, a expor os solos a alto risco de erosio inclusive a e6lica, como é 0 caso das dunas coste presenea de processos erosivos muito severos, inclusive vocorocas; Vills: terras constituidas por solos muito rasos e/ou com tantas pedras e afloramentos de rocha, que impossibilitem plantio e colheita de esséncias flores as planas permanentemente encharcadas, como banbi pantanos, sem possibilidade de drenagem ou apresentando pro- blemas sérios de fertilidade, se drenados, como no caso dos solos tiomérficos, Vitra: m Jimitagées climaticas muito severas, como as das ‘reas néio se prestam mesmo ao pastoreio ocasional. Ville: terras ¢ aridas, qu ‘Além das oito classes de capacidade de uso, existem as terras que nao possibilitam o desenvolvimento de vegetacio: ¢ sio areas denomi: nadas tipos de terreno, Entre elas, enquadram-se os afloramentos con- areias de praias, éreas escavadas pelo homem etc . . tinuos de rochas,

Você também pode gostar