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  • MONZANI, L. R. A Raiz Do Inconsciente

    Enviado por

    Renan Barbosa Queiroz
    40 visualizações33 páginas
    Livro para psicólogos, estudantes de Psicologia e/ou Psicanálise

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    MONZANI, L. R. a Raiz Do Inconsciente

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    (ohn 48sec ctaaum pigiomay naa 4 A raiz do inconsciente I Qual fio significado da inrodugzo da chamads segunda topics, ocorridaem 0 eq sem 1923,naeconomiadodscusofieudiano? (Com relasio.acse problema, a0 contritio do queacontsceu coma ogo de pulso de morte, a opinides, tanto dos diseipulos quanto dos stadioros do pensamento de Freud, em regra gral io foram to ruidosas.O problema, enquanto el, nem objeto de umaaten- ‘50 especial na volumoso extudo de Fenichel. Mas o significado ‘dessa refoemulagio no ft enrendido da mesma mancirs pos di- ferontes autores Tits posigies pelo menos, se deineiam eno inte sor de cada uma dela os gumentosulizados nem sempre so 0s ‘mesos. R, Dalbiez, por exemplo,afirma que a segunda Wpica cmergix em virtade de um exame mais aprofundado realizado por Froud, do proceso de recleamento como um rodo e que esa e- Fandigi se rrnou necessica para “ordenat, com a malo veros ‘milhanga pssve!, ese novo estigio das descobertaspicanalitcas. Boa parce dos autores, ma verdade, encaminha-se nessa diresio, procurando ver na segenda tpica mais um alargamento da teria ‘operado en Fungio dis novas descobertas fornecidas pela pica clinics, Outros autores, partindo de uma posigio que podera set _denominada “pragmatismo epistemoligico”procuram ver nas duas tpieas dois instrumentos distintos, mas ambos vilidos, para a ahordagem de detrminados fonbmenos. Quer diet segundo est posigio,o modelo ropogeifico da mence seria inserumento vido para dae conta sobzctudo dos fendmenos onticos,enquanto 0 m0- ‘elo esratual cra mais adequado para rornarinelgiveisos fend menos envolvidas no confi neurético, Ness cas, ambas a8 re resencages poderiam ser uilizadas na medidaem que constiuem ‘merosinstrumentos através dos quai se tents rpresentar um deter minado evento, Essa parece sr 3 posi de Lewin, que diz: Atualente a malorla ds aucore empreg ambas as terminalis. a smaiantiga ao disor sobre shonin recente para server sobre ‘scree Et diva nord, Decor, m gel da conreniénca ‘aad, el como em maemiica cers frmilgies (algeria 3 eométrc.arigonamétca ct) sevelam se mais adequadasemasinane Hvis par cate ov age problema. Vi de er, us conser com ersam quasar desantagens endo crigem nara dup teminolog Por fm, ma out linha de inerprctagso dese prolslema se delineou a parce da go rycbology, quem uma de suas vercentes, pelo menos, sustents uma posigio radial Foi a obra de Avlow € Brenner que rato deforma sistemitca da questo ea posigiodos autores crisalna:nio sba segunda tpicaé superior teoricamente 3 primeiza ~ de modo que, quando hi divergéncas entre ambas,a segunda sempre apresenta uma solo mais satisfies! — como também elas "no sio nema compatveis nem intercambiives entre Si” Assim, 2 solugio mas coerente &abandonar de vez 0 arsenal tesrico da primeira epics e fica inia e eelusivamence com ase- _gonds operanda, para aqueesconceitos que Foram produridos no inesior da rede tedrica da primeira cépica(regressio, processos primaros ¢secundirios et), eformulagoes ais que os tornem compatvcse coorentes com 3 teria estrutra. Essa terceiraposigio, evada i vees is suas ima consequén cias,nio deixa de levanar no esplrto do letor certs dividas © suspets, Dea sobretadoa impress de que, com ela, asistimos ‘uma espécie de abandano com relagio is descobertas eis teses fandamentais do disersofreadiano. Talvezem nome de uma ide Iidade esti a pensamentofreudiano,o que aconrce é em boa parte ma fabifieagodesse mesmo pensamento. Mas, a verdade, itso sb pode er decidido depois de examinarmos com mais tengo 2s exes que norteiam esa posturs, centialiada, em nossa anise, no texto citado de Arlowe Brenne, ‘A segunda posigiocolaca um problema mais genrico ma medida em que procura ver nas das copicas dois modelos diferentes de representaro objeto de que trata, sobretudo,tendeaafrmar que ‘ses modelos sto independentesdo objeco que representarn. Seam prs formas de epresentagio que Fancionariam como meios la tvamente neutros em relas30 a0 objeto de que trata. Os modelos, nese aso, no procurariam fornecer uma tepresentao adequada do objeto no sentido em que, de ma mancira ou de oxtracle espe- Ihara opriprio objeto ou seus atibutosecorrelagées pertinentes. [Namedidaem que diferentes modelos podem dat conta de diferen tes efits (0 sonho, «conflica) de um mesmo objeto (0 parelho psiquico),o que deve ser levadoem contaé eficicia do modelo. [Nio¢ dif perceber, no entanc, que esse “pragmatism” ele ‘ambém,decortente de wma posigio que sustentaincompasbildade centre as das topicas. Toda difernga esti, dese Anglo, em que «quanto Asow Brenner, por exemplo, propdcm o abandono da rimecicardpicaem virrade dessincompatibilidade, autores como Lewin preferem, mesmo admitindo a incompaebilidade, mancer ambas: Eo preco desaatirude setorizagio a tse da efi Assim, o problema da comparbilidade ou nao ainda 0 que esti na raiz desas ops6es. Ants de esplhar uma escola floséfca ovigi- ria, se ecersmo parece-nos muito maisa consequenciade uma posigio que talbeepereeba os pergos que rondam uma posturs que prope purse simplesmenteo abandono da primeira topics. ‘Com rlagio aos autores que fala num alargamento das con- cepgbesde Freud, o problema nasce devido ao faa de que geralmente sis afimagaes fica nm plano genéicosem nenhuma tentaciva concreta de aprofundamento da questo, A afirmagoes de Lacan? 29 sobze eve ponto consti wm bom exemplo. Podemos tee uma atirude benévola com essa posicio, mas iso no exci odieito eo ddever de assentar tudo em bases mais sidase argumentos mais tangiveis. Enecessirio que se tentecolocar as pegs do dossié de forma clara e © procue realizar uma andlse mais pormenociada, dds problemas af envalvidos. Seguramente, sob viiosaspectos segunda topic é superior A primeira, no sentido sabrecudo em que aquel limina certa con traces que habiam esta kima hum bom tempo. Nosss div das surgem quandose prope um expurgo total ds primeira topic, “Tales, nese caso, sorjam problemas simétricos e inverss ages que atravesavam a primeira tdpica. A questio que surge de ten tarsaberse lasso realmente incompativeisou se poder se harmo- nizar ou, pelo menos, endem isso. Nese iltimo eso, podertames vislumbrar a possiblidade de escapar aos escolhos que ambus apre- sentam quando tomaas isoladamente, Nos ilkimos estos, 20 que tudo indica, Freud enveredow nitdammente nessa sikima ditesi0. que no dena de constieuir um indicador precios 0 (Osprablemas cas impasies nos quai desembocam primeira pica so het conhecidos foram spontadas pelo priprio Freud, Relem: brcmos apenas os principais pars, cm scguids, xaminar questocs de ‘outta ordem na segunda edpica. No caso da primeitarpica, boa parte das questoes se situa em torno ds nogio de “stems incon: ‘ente” em oposigio nogio de sistema pré-consciente-conscent esse quad relaivamente simples da primeira tpiea, no incon lente era asimilado agulo que no co polo pulsional rcaleado, © que implicava, de um lado, identifier, _ gras modo, 0 nconscentee 0 recalcado, land, de ontr lado, a ‘stabelecer a instdncia recaleadora no sistema pré-consciente ‘consent, Ese um dos pontos em que Fred insist em O eee leo & repudiado, ito é.0 20 0d par jusfica ainrodugio da nova pica bs porque os firos ‘no oto simples esi, A expeiénciaanalitca mostra que, quando se tratadefaeremergiasresisténcas aguilo que secalea sistema defensive est no mesmo nivelinconseientequea instnciarecalada Insistindo nesse ponto: isso no constiui nenhuma novidade dos anos 1920, mas € nessa época que Freud assume totalmente aideia ddequeadefes em si inconsciente Esse foi o grande motivo pelo «qual Freud se vu Tevadoando confundir mais ego com sistema pr ‘consienteconsciente como, de forma um pouco incoerente, tina feiroaté enti. Depois de ter mostrado que as resistencias do pacience so inegavelmente inconscentes, Freud diz Entceant, vi no poder haver dvds de que esa resistncaemana o seu ogo a ete pert, encontamo-nos nama sesgio iprevisa. Depurmo-nos com algo no prproepe que é mbém inconsciene, qe secomporta exatamente om calendar, qu productos pode reson sen el papi serconsciente que exig um wabalhoespecl anes de poder tomar se consent. Do ponco de visa da priia anal, 2 onsequincia des descoberta é qe emo param ifindielsobscut Ullesedifeldades se norativermos 2 bss oemas abies de expresso ‘tents porexemplo, deur as ncuros dem confit ene 0 ons “Mas nao & somente com rlagio ao conflto enguanco tal que «sss distinc da primeira epics si suficientes. Hi uma sti de «casos em que nds podemos dizer, com slaivaseguranga que n= conseiente nse confande com os limites do “sistema inconsciente™ da forma como & descr na primeira tépica, como o lugar por cxcelénci, do recaleado, Primeieo, hd uma sie de fenbmenos de Ail localizagio. ense-s, por exemplo, ns casos, io bana de ‘sqquecimento ido provocados pela ago da censura. A légea do sistema nos manda alos no sistema pré-conscente, Mas nesse ‘18, iso significa dizer que eles sd Facilmente acesives& cons céncia, Or, Gevidente que em muitos deses sos. fungi defen siva dessesexquecimentos é inegivel. Sua reatulizagio requer um cert trabalho, portato, come classfilos? A melhor destigia seria aquela que dria serem eles inconsccntes,embors nao seam ‘objeto de uma censura ariva, Mas, aqui, inconscient recaleado ji ‘io coincidem. Que dizer, por outzo lado”, desasformagies que ‘io pacienteelaboriosamente extraidas do sujeito, queso as fanca- siasinconscientes, que, no entanto,revelam sresrururages fortes, ‘orgunizadas, pouco diferndo das formagbes crac processossecundiios? Por fim como casificar os nossos mecani- ‘mos de funcionamento? O problema que aparece aqui ébem antigo, jf esando presente em Platio" e Aristéceles" tem uma historia bastante vaiada do desenolados tempos, dandoa Auguste Comte ‘casio para dexnvolver am argument interesante contr por sibilidade da ineospecsio Alsi dos picdlogs ate rept €andlog ds ang icon _gejulgavam expla vido diendo que ois laminens rage sobre 2etna apes sch enero Or flog fara uionmente ota qu, seasimpresfesuninosasatasem como imagenssobre stn, sera eee outro oo para vs" © que significa dine, ours coi, ue, par ve, oolho& ego comrelagioasimesmoecom lasso seu modo de fancions mento, De crea manent, o discurs prcanaltca mostou sto & cxauo:nixconhecemos sempre os eslealos do rbalo psguico, "io ese trabalho em iO comportamento meancdico pode insalarem nds mas no fzemos a menor ide da azo, de como iso aconteceu. Conhecemos os resultados da claboragio ona, mss no sua propia eaboragto. Ou, rsumind, ns conhecenos «os produto do procsos ques ds no aparlhopaigquic. Mas nem os process nem aaparelho no sfo acess fi necesito todo dscuso reércodapicandlive para tena coloc-lova clo nee ees modo de Funcionament hiaquees que o sje

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