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tg Te chico a am Fuhr tection PORTIS wtctsns sania = Pda ren endo tm Do desabrigo a confianga De ieerey eres) ‘lang, Nao 61 mers confianga ems zzesmo, nem ‘1 conflangs no terapeuta, mas €a confine que acolhe ‘que ver e que, 0 seentreyar’ Goayfo de sr se “Gascjgul dosinagio existenclal daguele Basel. Joo Algusta Pompéia (ota ta at sii TD) ‘Dy aos Eset paseo ing portage eis a207| ones ar sin Rs Maes co wees Pacinos ‘ie Snes ‘aos intrnaiona de Catalogue we Poblen (CHP) a Sd Sip iT ] Do dest toting: Dana tne aS “se |. corgi 2 Femara 3: aia "Wiese Sn La Ano ERD HS) io cts ad ‘us De Hane de Mal 46 1507.01 So a, SP eet (1) 386589507 675 Sumétio Apresentagio Introdugio Do desabrigo & eonianga Referencias Apresentagio {A autora deste livro comenton em particular sua surpresa com os diversos relatos de pessoas que disseram ter se temocionado em slgum momento da itu de seu primi livo, ‘Conversa sobre terapa, Sorptes porno ter insaginado que wm fexto sobre este asnto podesse tocar assim anos litres. Este efeito & fruto de soa habilidade em conceber de raneira convincente as hstrias de pacientes e terapeutas qe jiwenta para apresenar sua visio do processoteraputico e as ‘concepses flsticas que Fondamentam sa pitica. ‘© que perceemos de verdadero mas sitaagdes que eri jsiticaria¢ incluso neste livros da adverts comum em romances novelas de TV: Esta histéria no & baseada em ftos reais Todos os personagens, lugares ¢ situagies aqui representados so fitcios. Qualguer semelhanga & mera coincidéncia, Porém, exes livros nose propiem a ser obras de fee. Fram consinidos simutaneamente ao processo de elaborago dds carson ofereidos pela autora na Associagio Brasileira de Dassinsanayse, concebidos como isrumentos para eft sobre ‘a natureza da priticateapeutica fundsmentad no Dasei. "Alem de nova histria imaginada para alimentar exsas siscussbes, Do desabrig @ confianca situa hstrieamente essa ie Tt Spica shordagem eintroduz alguns dos principals conceitosflosstcos (que a orienta, “Tanto no primero livo quanto pest a terapia €apresentada como uma sitagio de abertura do pensamento e do corago, ‘Assim, € coorente que estes textos, istrumentos de relent, também possam mobilizar nssas emo, Tari Tit Spienca Introdugio Do desabrigo a confianga: daseinsanalysee terapia tem ‘como propésito contribu para a fandamentagio e6ries da terapia daseinsanaltia, Este wabalbo aprofunds o tema de ‘Conversa sobre terapia. ‘Considero necesséria esta fundamentagio porque @ Dascinsanalyse comega a se difundir entre psic6logos © fetudantes de psicologia Isso nos obiga a expliitar suas bases fa fenomenolopi eno pensamentoheideggerano, no into de preservar a setiedade do trabalho lerapéutico e para que ess Pritica ni se estabelegs num vazio de releréncas. Po isso, parte do livo tr. questdes hisicas de order filo “Tago também um exemplo cision que permite viualiza © andament de uma epi, um eas totalmente ito, para que io haj neniuma quebra de segredo profissional. Nee retomo petsonagens que ji apareceram em Conversa sobre terapia. ‘Seceste texto, de certa maneira, continua Conversa sobre terapia, aqui aparece com mais evidéncia o referencia da Tascinsanalyse E quando se ata dito difeuldade jf comega io fto de que penstmento de Heidegger nio se organiza num ‘Sntema de Filosofia, io abe num sistema, Nao sio coneeitos prasves de detnigdes simples ea consistcia invema entre eles de uma ontra nature or iso, flo da Daseinsanalyse aqui dixand que minas faeias se orgaizem da forma come vo aparecende ¢ chamando Bie Tat opin ‘mas as outs. Assim, escolho wma apresentaeo que no segue A teadigo aeadémi da divsdo em eaptlos ‘Sei que muitas palavras usadas no texto sio de diffe ‘compreensdo para quem ainda nio tem proximidade com 0 pensamentoheideggeriano. Mas tentarexplicar cada uns dlas ‘equivale a um out livro, Como essa palaveas so retonsaas 0 longo do texto, o leitor pode se familiarizar com elas, e, 10s poveos,comegr compreendé-as. Uma compreensio msion $6 in enretano, com » eso do fs. © importante aqui é mostrar a possibiidade de uma priica clinica fundamentada no pensamento de Heidegger; no 6a possibiidade, mas aferilidade desse pensamento quando 0 que se temem vine ocuidado da existe, ‘As aspas simples que aparecem em algumas palavras indicam qus, naguele momento, deteeminada palavra esti Sendo ‘pensada ontologicamente, isto é: minha inteago ali € pensé-la Tevando em conta essncialmente sua rego com o ser — 0 ser em sentido gral eo ser que caracterizafundamentalmente 0 fer homem, "Tena falar da Dasinsanalyse fora desse pensar seria fag dos seus fundamentos. Seria pretender tirar dela © que a "Ao mesmo tempo, quando tatamos da clinica ali et wm teabato que diz respeito ao Gatco, ao onereto da gue acontece na vida de uma determiada pessoa Pr so, a todo memento ransitamos do ontolgico para 0 fntco edo btico par ontolégcn, tanto ma inguagem como m0 trabalho terapeutin. Bue Tat Sapleren Do desabrigo confianga meget promi 1» amen mia gpa gure etic tacos jae diinaaingrasceo Saleen nance rte aa eee Eames merenintoe wencterenc wont Bie Tait Spina mao, te esis eds ori nom ‘undo o fentmeno da erst taro come foc de uma reflect fenomenaligia, «que comeya a se manera Sous qusticsfndamentas i essencia ess questo por ‘erm esenciis, surge com am ote aco part que sm Pensadhas e postas em palavras, aa (ft de comsideranosfenomelogcamens a exiénia emit gue a0 aaron pra laste dens hr at tors pices, cones cia use sual em cinn dese Tendmeno de qv tatoo eit uma, Ab faze no, ge aparece par se it pa er falado€ o ese € exininmeat mn ecu, Ness momen, © que hi de principal no exist comeya 8 despontar con Prirdae como tn de eso, Ee nosso caso, como terapeutas daseinsanalistas, nosso ‘thar fenomenctOgico para a exist@ncia € iluminado por um refereneial eideggerino. A pulayra Dasein (Da-cin), sera fesigna exatamente aqucle ente para 0 qual ‘ser’ sempre iguestio. agucle ente que &0 “a onde se“ “ser: aquele cujo modo de ser € ser sempre ‘a. Af, onde? No mundo”, Aguele Cujo med de ser existindo™ EW existneia humana que n0s referimos quando dizemos a palavra Dscin, Esse € um modo de peasar para o qual o essencial do homer no & ser raion, mas sin ser destinado ao “cuidado” {Sorge). Ema filosofa para a cual © homem permanece sempre tlevedor i exiséneia, facticamente destnado a realizar sua texistenca no mio ds posbilidades todas que se apresentam 3 flee ao meso temp, limita peo ao poder doc pela more. FE iso-e que encontamos na base daexiténcia humana quando lrigimos o liar prs ela ara quem nio sabe do que se tata, a fenomenologia€ 2 Daseinsanalyse paecem ser apenss propostas “ltemativas” 2s formas jf consgradas llerativas naguee sentido de “vamos tentar ums coisa diferente” do eaiconal, um eto mas dito © mnais simples de atender as pessoas que vém sem busca de 0 Be Tat Spina resolver alguns desses problemas existe, on sea, segundo «essa opin, aquelas questdes que nfo necessitam ser muito esquisadas, analisadas. E curios essa maneira de pensa, pos ‘© que podria Ser mais sro do que exsir? Outros supem que essa seja uma maneira mas light” de cencararas quests , Tight” tanto num sentido de leve, de no proud muito, como num sentido de mas ilminada, visto que parece jogar mas luz nas possibilidades que se devoram na Vida da pessoa em vez de aprotundar no escuro do destutive. ne inert to an ir? Ema menace ct rattan ea riage ese pe isos mo co er fsb ences otc en Bea exes no cum, eomprcn” aoc Sa cca empren eet re¢ w Be Ta Sapien ‘mundo. Concretamente, como aguela pessoa acha que ela precisa er para eto valeralguma ois? Porque isso que ela 'scha que precisara ser ¢ to importante para ela? Porque em sua ida ela ests Go presa nesses parimetros, quem vale mais © {quem yale menos? importante que o terapeuta se lembve de que a qucixas © as quests traidas por alguém devem ser consideradas © ‘compendia junto quelahistra pessoal. "No-efoque da enomenoloi, ct agi nua linguagem bem simples cologuial a primeira recomend par a compress de questes que se colocam dante de nds &: hvee-se dt sedugao a faiidade das as prontas qu, frga de erem reptiles, ‘scabam por se impor a voce figue aento 0 endeneno, Eo que estaratento a fendmeno? O que &fensimen0? © ‘que fenomenologis? PPodemos sentir algum embarago para responder a essas erguntas quando cls ns sto eta de repent felente que ‘depois da nossa resposta a pessoa nfo tena entendid nada, ou, 20 contrévio, conclua que a fenomenologia € alguma coisa ‘completamente smplira.Sabemos que se tata desuspender as teoriase votar para as coisas mesmas. Eo ue #8 as cosas rmesmas? E o que mas? A palavrafenomenologia jd foi utiliza com sentidos Aierentes do que tem hoe Lambert, em 1764, emprega essa palavra par se efi a va tora das aparéncies, Kant, numa carta & Lambert, er 1770, efoma 0 termo ao Adesignar como phaenomenologia generalis « disciplina propedutiea que deveria precede a metfsica. Em 1807, Hegel esereve Fenomenologia do esprit, ¢ & ptr daf esse term entra na adic filoséfies,Diferentemen- fede Kan, pace oalsoluo no €atingivel pelo conheciment, gel eoncebe o absoito como cognosevele qualifica-o como ‘0 Exprit, A enomenologia pale a ilosola do absoluto ou do [pit etomada do camo daktic que o Esto pereore no desenrolr da bistris ela mostra como, em cada momento da histria,o absolut es sempre presente em todas a forms de experiencia religiosa, esti, ica, judi, pritiea,potica ee Historcamente, essa palavra aparece com alguns outros signiicados tabs, Mas 0 movimenso de pensamento gue no seul XX tz 0 nome de Fesomenologia sini com Hussel com Eau Huser! (1859-1938) que a fenomenslogia ssa ase referr «uma ilosofia mais completa e especialmente a Be Tt Spine Inteessada ma epstemologia, ou sj, na teria do conheciment, ‘A questi de Huser € principalmente chezar is esséncas dos atos de conscigacia pelos quais somos capazes de lembvar, de Imaginar, de peeeber, de julgar et. enfim, chegar esscia do que € o conhecimento, Esse &o objeto principal de sua Teaomenologi, ‘Ao trabathar com a nogio de intencionalidade da consciéneis, Husserl nos abre um caminho, Esse termo jntencionaldide foi usa ra Tdade Misti, mas € redetinido pelo filsofoepsicslogo Franz Brentano, com quem Husser esta, Brentano, que queria fazer da pscologia uma cineiaempitie, “empregao tema inencienadade comn oq dstngta pice tad expergnciapsicogica contém um objeto visado ov um cto intencional. Por exemplo, pensamento € sempre pensamente soe Algo ¢ diigo a alg dese € sempre dese de algo, meme sempre lembranca de alg. PPensar os atos de conscigncia (devemos lembrar que conscincianio esttsendo considerada najuele sentido que adguiti depois, como algo que se opte a inconsciente) como tencionis te uma perspective diferente com relagio a uma ‘utraconcepgio de conscénei, ose, de consciéncia como encapsulada no sujet, separa do objeto, que sé mum segundo ‘momento enraria em relagio eo o objet, com o mundo Considerar consceneia como intencional significa dizer ‘que conseignciajé € sempre conscizcia de mundo, e mundo ja sempre mundo para coasiéncia ‘Se o objeto € objeto para a conscidnca ea conscitacs é ‘onscidneia do objeto, o ue tems & sempre ebjeto-pereebid, ‘objeto pensado,objeo-imaginado,cbjetorememorad ee Fora da ‘corelago concincia- objeto no i nem conscifacia nem abjco. ‘A fenomenologia deveriacucidar a esncia dessa corelapio, 3 cessénoi do conhecimento. Agate dala po Huss ntencionalidade & muito impor ‘ante pois nos aproxima da possbiidade de corpreendermos a conscigncia como aberta pura o mundo. (Lembremos aqui qu, ho dosbeign coat depois, Heidegger va falarno ser aberto mum sentido masa fal Dasein &abertura em que se “di’ mundo. Dascin € esse bert, €ser-n0-mundo) mora fenomenologia que fazemos na Daseinsanalyse rio sejaa mesma de Hasse, no podemos nos esquecer de gue { fenomenologia deve a ele algumas earacteristicas basieas do metodo de abordagem ao fendmeno que nos é dado para ompreender, por exemplo, a suspensdo feromenol¥giea © 0 “volar coisas mess”. ‘Para Huser, a fenomenolopia devers seguir um eaminho ‘que no &aquele das expeculagdes metafsieas nem aguele do Taciocnio das cinias positives, Ele pede o retorno a intuigto ‘rginria da esséncia do que se aprestnia como evidncia para Em seu eaminho para a andlise dos fenGmnenos que queria investiga (elatvos&esséncia do coahecimento), Hused prope tm mtodo que comport dois momentos: a redugto eidtica (eidow-essincia) e a reduglo fenomenolégica, 'A redugio eideice possbilita que possamos ir além da conseigncia de objtos invidaas econeretose cheguemos & Conseifncia de purasesséncias,& intuigio do eas da coisa, Sigil que nea ¢essencia cinvaivel. Chegamos asso quando, ‘ante de um fenémeno, imaginativaments retiraos dete two qui que pode ser retirado sem que com isso ele dete de se 0 fave € (vaslagdo eidtica): ao nbs depararmos com algo (© Tvariane) que no pode scr exchdo dee, algo sem o que ele deixar de ser aque fenémeno,nesse momento chegamos su casi Pra aleangar a esséncia, ent, 0 que se faz €reduzir 0 Fendmeno;reduzir, ness ease, &purifii-lo de tudo 0 que ele ‘compora de nessa. ‘Quanto i redugdo fenomenoldgica, esta suspende concepg®esejulgameniosprvios a espeito daguilo que se desi investigare procura se prendcr 4 evidencia do que se apresenta pra a conseéncia, Quando tado aguilo que nto & evidente& 2» BIE Tate Spier ‘consciéncia¢suspenso, 0 que soba, o sj, 0 tesiduo da edo enomenoligica, &ofenémeno na conscinci, ‘No caso de Husserl, seu interes ¢ pelos pris aos de ‘consciénca, cyjaevidéncia na conscincia dove Ihe dar as ses de elaborago de sua teria a respeito da essncia da comscigncia ‘ou do eu eda esséacia do que &conhecimento. ewe o conhecimento 20 quais Huse se refere no sio agules estilo pela picologia. Sua preocupasio ai alm dt esfera de experigncia psicoldpica do ato de concer, isto 6, val algo daguilo gue seria imanente & experiéncia da conseincia tempirica; ele parte para a concepgto da consciéneia que ttanscende a experiéncia empitica, ov seit, a conseigncia pura, ‘conseiéncia essa que € constiuinte do mundo, a consciéncia ‘ranscendenta [esse nivel, eno, a redugdo fenomenotgicatorna-se redugio transcendental, ue consiste nesse esfor90 para spender a tide natural dante do mundo aide esse que & prépria tanto do homem conn em seu iver dito como do Giemsa, para os quis 6 Sbvio que 0 mundo ext af forte cabe | consciéncia representi-lo. Na redugio tnscendental, fica ‘suspensa 1 mancira naturale eotidana de ver o mundo, ¢ este [pass a ser visto como fendmeno puro para a conseiacis pura Essa reduc implica par entre patéteses todos os jlgamentos toncemenesexisténcia do mando, ov sea, implica a suspensio (pote) de tod julgamento a propsito do mondo, (0 mando no ¢pressuposte, nem negado, nem aida) ‘A fenomenologia passa a ter outras caractersticas com Heidegger (1889-1976), asistente e depois sicessor de Husser a Universidade de Freiburg, Heidegger (1971) expe seu pensameato a rexpeito 60 que scons comiceperaioan pane som Sees do ser. = “ “seems ‘isso, € opaco a si mesmo, ¢ no poderia ser presente a si = ps sei 6 presque au sc pst tans ng a ec ea pi ‘Seems arom nines Ju means e wns nie err ae hed ee ‘ham on na sear Sel iC tit copiren ssi st gr! ames “emetic soars ye Te ea uc cat do gui cn, come Sven Son sa nan Secon = nde ont pn pel phen a ca mop op en Do destigoaconting Sarre deen muitasreflexdes x respoto da questi do esp human neo — nosso corpo —tem como carter prcular sec escncalmenteoconhecdo pelo outro: 0 gue ex cones Eo corp dos outs, cee Jo qe se do meu cero ven die mania como os outros o yéem Assim, amatreza de mex tovpo me rence exitnca do oto uo meu separa (Coos «realidade humana deve ser em seu ser, num s6.¢ toss srg, pace pro 0040" (. 259, ‘Sezunio ee, homent to poss ma esncadtinid 8 prio’ or exemple, animal raconal) O ser umano sarge na ‘Romtaneidade e 6 depois se define pr aguiloque lever a er to devirda existent. Nese sentido, « exstncia precede a ‘Qn heda, ele iz grea ago que o homer sem como uma cpacidade humana. Aiberdade & algo que 0 tomer Hla sina Ere sus possiilidadeso home {seuhe este nt proj de exist, oseu modo de sr m0 mand © poraoo da enka cose em qu" 6 liberdad> em sures stag pel libre, A realidad human neontra em toda parte resinténcas eobstcufos que ela io rious mas esas reitncinse esses obstiulos 3 t sentido tte pela escola lve qe edad buns €(p. 53.698 tiante de um fin ivemont posto pela realidad humana que 0 tho doimundo poe se most como alg cpazdeconsange ‘libedag come algo fevorivel ea. Sure cz "na angst gue o homer toma conseiéneia dle sualibendae ose prefere, angistia €0 modo d ert Ierdade como conseincla de ser; éna ants qe a iberdade ‘Sem se sere guest para ea mesma (p. 60 ‘O homem écondenado ater de esolber. Ele € sempre responsvel. © sto “auttico”&aquele pelo qual 0 homem sane si sage ulvapssa po ta ao ‘oss aos no gat est eves em vo, inte naa no tun’ co-a do e a A teria cscinsanaitc 6 az sent dentro do referencia filesifica heideggerano.E, assim, soa estanho quando euvimos perpunta se, em nossa lfc, tabaltames com dterminados {onceitospsicoligieas bastante conbecidos pelos psicslogos em feral Tals conceitos & que me refiro S80 importantes e tm sentido nas teoriss que precisam deles para explicar como faneienao pigs do bomen. Mas ols cam ocosos em nossa ‘eoncepgio de homem como Dasein, que ji sempre ser-n0- mundo"; 0a mde se “i "ser" “alberta que “compreene” “see! — “er, qe se le se encobre Se levamos a sério a fenomenolegia que fzemos junto 36 nosso paciente, mesmo que conhegamos aquetes conceitos teadicionis da psicologia, les dover iar em "suspensio™. NOs ros detenos no gue e manifest, nam esforgo —e € um eslorgo tesa — para a compreensio do sentido dapilo que, a0 meso tempo, se desoculta ese ocuta. Vamos rodeando, nama eeuta prcieneios, com pergunts simples, com pequenas oservagtes, Nisto que o paciente est dizendo agora, o que mis pode estar implicade? Que modo de ser-no-mundo € ese que posibita que tal coisa existanele? Em que cio isso se assent’? Como isso ‘que ele conta esta em sua stra? Paca one isso sponta? Junto 8 que outtos significado isso que ele diz faz entido? Que manifesta comporl scompanha Su fala? ‘Quando nos acostumamos a pensar sssim,sabendo que & préprio do fendmena tanto © mosirar como 0 ocutae & que, Do destrigo &coniansa portanto, & preciso que permanecamos no esforgo para a Inerpetago «explicitagio do seu sentido raquelaexisténcia em patio, perecemos ¢ quanto teria sido pobre se tvésemos “Aressaamente nos tesringido a algum conceit psicol6gico ‘révio,deses ue servem para todo mundo. Quando paciene © Terapeuta se aproximam da compreensio de um sentido mais “piri” de algo que fi tazido par a sesso, sso tem o sabor de uma coisa verdadeira, _A explicit de wm sentido, entretanto, no € algo que se «dé coma garaia de niko mais vot para 0 encobriment. A {Glo de ser comport a "oeulacio. E¢ proprio do Dasen, argue cle sejaa ‘abertara’ em que se "di ser, poder tr, ‘nticamente, uma esti na sua possibilidade de compreensto; ‘le pode permanecer na ou volar para a penumbra de uma com preensio obra —nem spre fiz so de mei diana carer, ‘Mas por gue algo que na teapia ja estava desocultado, explicitado, pode voltar a se encobrie? Nosso paciente Treqdentemente volta a ter como questio algo que pareca j ‘compreondi, cet ‘Comprecnder alguma coisa € a realizagio Ontica do cexistencial “eompreensio", que esté sempre imbricado no ‘xistencial “ainagio", o qual se traduz ontcamente em alguma ennosio, Endo, compreenderalguma coisa pode vir caregado de emogiespertencentes un ‘finag” existencial que, naguele ‘aso do paciente,cortesponde ao enconar-se desabrigado, 80 fenconarse ne inospitaldad. E Dasein ade a fugir do estar esabrigido refugiando-se no cidiano. Nao € estanho que se fafanc de certs compreensGes que apontam para 0 inispito da cexisténcia. Compreender algo a respeito de si, se aproximar da possiblidade de ser mais "propriamente’si-mestno pode ser » te Tai Spies incomado,yorgu talvx esa compesnsi tte do abrigo properonad plo ser com too mud "0 "seen too Indo no et endo tomo como o que ersten pel soe quem di um tp sem personae € un “arias outs, Ao contr, 0 Como 1000 tndo pre se eyressar extent no diet "agent tem due sr auntie gent fom qu ter personalidad’, pols Css enages es presente oto ado em nossa ctr ‘O saponin da posite esr spr om 8 serine hn ede nae {7 Amin send mo mundo em ges, som ahi gue € 4 minha, que épouido? +» vespondora esse chamado, Compreens, oir o shana e respon le poe ao #6 ‘onfrivel porgae nea horas pesuon ne expe, no ta omen, pou espost, ua ver da, pose ua tua efng ou mex alga renin. © incor dese sproximar do sor mas propramente” si mesmo acontece também porue, ao se aproximar do seu ser mais proprio, Desc se encanta” na sconce Fundamental de ser “langidlo” a exist@ncia soi garantias,e, alm diss, responsével por ela "devedor"& existéncia. O scr “devedor' fregentemente no coidiano da vida surge como sentimento de culpa diane do gue s fez ou do que se deixon de fer ‘Mais que um incOmodo, a ‘angstia’ se anuncia quando, ‘compreendendo quem ele & mais “propriamente’, Dasein compreende que seu tempo acaba, que ele & moral, no como sempre soube que “tado que é vivo more”, ou como quando aprendea um exemplo de silogismo: "Todo homem & mortal, ‘Sserates éhomem: poctanto erates é mortal” Compreende que nao vai morrer “como” todo mundo, é “ele” quem Yai necessriamente morer, sem saber quando, de que jet, e sem ‘aber bem o que & monrer Dessa mesma forma sie que os qUe le ama também vo mort Do dessbrign contiangs Quando Dasein compreende,e acsita, que ele ¢ finito, que cle acaba, compreende que no és6 no tempo que ele scabaré “um dia mas qoe ele aeaha também num outro sentido isto € tr Finite para o “até onde” cle chev i wm Tmite par 0 “até fd ele pide” porque ele no pode tudo. Esse “até onde” nfo se Fefere ao espa fisico (isso & Ineret resolver.) ms 20 “até ede” va seu console, Quando Sou poder se ampiae cle consegue coisas antes inimaginsveis, por fo mesmo ele petra em deas dentro das quai, 6 N0V0, Raver sempre algo que ele no pode ter, no pode fie, no oa fer © proprio Dascin como ‘abertura’ que abe esses 90.05. Embitos em que a "doagio" de ser continua, isto é em que tontinga 0 acontecer das coisas, em que continsa se abrindo 0 ‘uno, que o soit os posblidaes se apresentam e novas ‘ovals sdo nevessria,e, de novo, Dasein no pode realizar ‘soothas que s excl, ‘Quanto mais s© ampliam os limites de seu poder, mais complica se torn a respoasabiilade de precisa escolher ene iemativas sso se aplicn a todas dreas da vida, e em todas tas levanta preocupagées dias. (0a onde” cegasou poder oz respi a stn, pode sabe a ber pelo mesmo 056 Talo, Een pve, por Excl cig em med goo eto got dc; no pos se ‘Sar gota do ao nr se mped s. Sercontle aaa a aan seo prio corpo te co qe lee. Apes do meat de conhesimentos Sonie's corp numano, oe ania muito 0 conto possivel Sobre elec cade momento prosessos coxporas esto em ‘eta, dos uals asin mse cont 0 5 coporl EEDein existe que as de per, nos conta qu exis Saomesr tmpo niga epstacts Pomp 208, p33. TR inuigencia, no gue ese temo pode significa ono se sao nls grantor neces, expres a cundiSo a Be Tat Spina do Dasin, que term como um de seus existent serum corpo destinado a morrer. A indigénciasxsusta. Ea poténeia de ser também assusta, Dascin €aquee ene que exist sendo sempre 0 seu sido, ‘asa hist, e aqucle a quem fala set, Pltrthe se significa ‘seu ser ncompleto (até que mer), ao mesmo tempo, sinew ‘qe, por sere a ‘abertura’em que se“ ‘sor, sempre i uga para que nessa abertura continue a se dar a “dosed” de “ser Para que, ontcamente, mais cosas veniam ao seu enontco. Se. ‘or um lado, o acontecer das costs tem aver com possbilidades ‘que se reaizam e tornam mas plea a exstincia, por outo, 0 ‘ealizarse de algumas pesibilidades¢ exatamente pent, Desabrizado, devedo, nit, angustiado, vivenl na falta, «om as penta, e,contudo, podendo responder ao cham pars Ser mais propriamentesimesmo e corespoder sua destinago xistencial,izendo plans alent soba, qucendo er fei, Assim ¢ o Daseinem sua inigénciae pottnsia de ser. Esse &0 ‘er humane que esti junto 4 nds teapi, ‘Cala ser humano careza em si todos os paradoxes e todos 0s conftos que signiicam exist: sentimentos contraditcios, ‘querer © no querer a0 mesmo tempo: precisar se tornar si mesmo eve afisar de si mesmo; precisa de um sentido pata a vida, multas vezes, nto conseguir se deca ele saber de sit necessidade do outro sentir o dif que pode set con 9 tr; precisar de protecdoe saber de seu desabigo, 2 “Temas par cada paciente um olhar que €dirigido para ele cm ptcala, para usa historia de vida, para as posiiidades td desdobramento daguele futuro. Mas nio penderos de vista a ‘ompreensi que temos de tudo aguilo que, ontologicament, ‘aracicrza © Dascin, ou sei, os existenciais ou seus earctres fundamen "Teds os existencais de algum modo se express no vider ‘eonceto (tio) do pacientes nos momentos em que ee ets tis proximo desta “propiedad, anos momentos em qve eso mis possvelpeido na ipropredade’ do cotiiano. ‘So, por exemiplo, caracteres fundamentas do Dasein: “eomprecnsao" afinagdo", "temparalidade “espacialidade’, “corporeidude’,“ser-com "Todos os existencinis so sempre imbreados uns nos ou ‘Vejatos alguns exemplos dessa imbricagio. “Sorcom’e ‘afinaso’ Dasein € ser-com mesmo quando escolhe estar 6 ou é obrigado 4 isso. E esse ser-com aconteve sempre numa tleterminade afinapo. Em cada caso, quem & 0 outro para ese DDasein? Pois © oot no € merumente "um outta”, como um coina qualquer. Pereebo esinto 0 outro como aque que me protcae, ale de quem preciso sempre sspeitar aquele a quer ie Tae Siena devo tomer agete ee ngano aque que me nga, ee ‘ex contol, ace de em no quero depends nel gc me perseze,aguele qu ex sbandon. ace qe me anon, acvele que eu am, css por ants Ne seu secon o ut, Basin seme he cnet et un dena ana. © modo prevatente de aigucm ser com ov outros marca arandcet tena ftv desu ie 'Ser-no-mundo’,‘eoporsade”e ser-com! Quad dizemos que “urpercidd’& un exten, io zo dn ae ee svn De tm corp ou exe "eum eopo ese comp nate acs da Fis te Quimica, da Blog Tanbn nn estamos epndo Aatualmente io ber embrads eg cate cr ou roses ona quests ernionis Compreener cose como ur cxseialigifca sizer que 0 set corporal & para 0 Dac una deena ‘ontolégica. Dascin é seu corpo. E corporalmente que Dasein & to-mando, Balm dss, 0 musndo gue emo 80 este que femes porque a nossa vorporeidade ¢ esta que somos CCompreendeme isso quando nos dams conta de qu sce, 28 fermas 03 so, 0 het, enti, doo que carci os fntes com que nos deparamos podcta ser diferente se, por Sree nos ls aso aie, mao ener au Ese fossem outros os processor cerebrais, como seria a compreerso humana dos Tedmens lo niu da tons pra vids, parr dessa compreenso qu eto teams, © he ramos dig a ep das eon as mesos? Qe auestesterfamos? Que outs dimensdcsetram aba para ‘humane com seria isa guechamanon mundo? Dascin ¢ coporalmenteo-mundo-om otros. send compo qu semen, com to ues earceia de modo memeedeo ot de moo mals permanent como SEX, 1 se com ade 0 0, 38 onto, telhes moos, Do desbrigo A contianga mavimentosgeis 0 lento, tamanho, com fame ov saciados, «ansidos ou no, gods ou magres, com srrsos ou earancodes assim por dante, que ineragimos uns 60m os outs, que somos. "uns coms ou. Sendo 0 corpo que somos, nossas necessidades esto af presente e emos de nos haver com elas. A sexuaidade est ‘nies necessidades mis biscas do ser human, Bo iteresse sexual pelo outro se inclu também entre as possibilidades ‘conerets de Dasen em seu ser-com--outios. Em tomo do amo eric gira grande parte dss preocupagies humanas, Por causa desse amor, as pessoas sofrem, sKo felizes; alguém econ sentido na vida, alguém quer morrer.Histris de amor, {4 forma como so vives, ou coma no so vives, por qualquer ‘que soja motivo, perpasam a tpia, “Compreens' ‘ating A imbricagdo entre eas éo que faz com que tudo agulo gue compreendemos yeaa sempre acompanhado com algum tipo de sentiment, ainda que se de iniferenga. Assim, por exemplo, Alguém qo, em sua vida pessoa, corpreende a possibldade de fs acontcimentor da va se darem independentemente de sea “conte pode vver nwo de uma forma afinada mt despot, no ‘desahrigo qu significa o no ter garamtias de nada, que aponta ‘sempre para o perigoiminente af um sentiment de medo est ‘quae sempre present. Um onto vive essa mest compreensio {do no poder controlar tudo comm sendo o carter da gratuidade do dase das coisas, o que significa desabrigo edesproteo, mas significa também algo que olibera da nevessidade de ver de ‘onto tao ss pd er vvido coma um sentiment maior de liberdade, de no pecisarviver sempre em estado de alerts. um oo, anda, lve viva ese nio poder contol tudo como tam sentiment de indiferenga, como un “tanto faz eu se ou fazer de um modo ou de our, visio que nada est sob mea controle, wo Fata do acasc. Mas, por out lado, um sentimento de 45 ‘Tat Sapien iniferenga pode também vir junto com um modo oposto de compreender a existéncia, isto é a existéncia como ‘completamente predctrminads cm que amb “ni mprta 0 aque eu faga, pois 0 que tver de ser ser. Ainda um outro vive ‘© compreender que no contra tudo como um sentimeno de hhumildade diane do imponderivel, que nfo o desobriga de fazet a sua parte, © que 0 faz se sentir alegre pelo tanto que, satutament, tem reeebido A mancita como trabalhamos em terapa sed como unt ‘compartir interpretagdo da Tacticidade dagucl exitécia gue tomes junto ans no consults. Interpretgo ai mo quer dir ‘eneaixar agai que o paciente tar no referencia de uma teoeia de psicologi. Quer dizer, dante do que ele i, tendo como horizones, aa mesmo tempo, os existencaise aquela histria particular, empenharse ni s6 na explicitaeo do sentido do que parece como na ampliago dese sentido, na procura do que pode estar encaberto — pois o que é xe dé e se oculta —, Dropiciando asim que 0 paciente possaalargar eaprofundar a ‘ompreensso de como ests seo seu modo de exis ‘Mas feqentemente deparamo-nos com uma pergunta: ‘Como. pensamento de um ilgsof, cu intengo mo & fornecer subsidies para eliiea, pode serve de hase pata uma prética terapéutica? Isso € possvel porque, como ji vimos, ao se deicar & sua ‘queso principal, Heidegger se dei naandlise do ente para 0 ‘aval ser € questo, o Dasein, A partir da, podemos tet uma profunda compreensio dos caracteres hisicos da existén hhuman, Essesexistencias server de referénc para a nossa compreensi do paciente ‘ahem que 0 Dascin se caracteriza por ser ‘Etc, isto 6 ele angado na existnca, tendo de ser tendo de ‘euidar'da ‘sa existénia, Cada um tem a sua existncia como questo, deve a ie Tae apie ‘8 mesmo ese cuidado, Ese eidado inclu mesmo, 0 out, 4 coisas todas do mundo: abrange 0 passado, 0 presente © 0 far. Destinado ao euiddoe, a0 mesmo tempo, tendo de contr ‘comm a falta de garantis © com atransitoiedade de tudo esse é ‘© nosso pacient, que se flige plas escola que lem defer Sofre por suas perdas: tem de se haver com seus amores © sdesamores; se angustia dante da finde eno tem como no se weccupar com sua vids. ‘Avcompreensio que temos do Dascin como o ente que reali & st esséncia nease “cuidet”do “ser” permeia ted sso cuidado com a exstneia conereta do paciente, 0 pensamento de Heidegger reperctu ene psa que viram af uma nova possiblidade de compreensio de seus pacientes, ‘0s suigos Binswanger (1881-1966) ¢ Boss (1903-1990) foram alguns desses "Medan Boss, que manteve conta pessoal com Heidegger dodo 197, onganiou es Seminiios com 0 flésofo em Zelikon, ‘a partic de 1959. Esses Semindrios comegaram com um onferacia de Heidegger no auto daeinica de psiguiatia da Universidade de Zarique. Essesencontosfavereceram entrada 1h Daseinsanalyse naenica, Medard Boss fundow a Sociedade de Daseinsanalyse na Suga Em 1911, Solon Spancuuis (1922-1981), psiguiatra rego radicado no Brasil, enrou em contato com Medard Boss. pari de dos encontos que se sepuiram ente esses dos psiguiaras «alguns psicdlogos de Su0 Paulo, eve origem a Associaga0 [Brasileira de Dsseinsanalyse,iliada 8 da Suga ‘Vamos agora chegar mais pesto da clinica, pois € nesse cofdiano gue nos encontramos Face a face com 0 fentmeno que ‘os diz respeito: «exist do pacient Dilerentemente do professor que prepara uma aula, que decide o ue quo alr nicl dia, qu atvidade vai propor pars ‘os alunos, 0 terapouta nao excolhe previamente 0 que vai ser trtado.O asst da terapia surge na ora. paciente até pode pensar: "Hoje quero falar de tal coisa.” Mas o terapeuta esti tisponivel para ogue vit "Aterapia pode seg dante um empo, ur rumo mais 08 menos estive, masa possibldace das supeesas est sempre ai, Isso porgue poser mdar tanto a percepro que o psciente tem das coisas como a percepelo que cle te de si mesmo, e, al isso, porque acontecimentos na sua vida podem mei tudo ‘Acad dia 0 trapeuta sabe guem vem para terapia, mas no ‘she como Yea Com exemple de uma terapa, vamos nos aproxima de um ‘aso que nil € verdadero, mas no 6 impossvel ‘A piesloga de um hospital, quase no fim de seu din de trabalho, fi vistar uma pacinte que estavaintemada dese ced. “Tinham the dito que se atava de uma moa que havi softido wm rave acidente de caro na estruae que, aps 0s primeiros ocomos,espeava etm Seu guarto para ser femovia parn outro BW Tait Sapien hospital. Disseram que a pacient nha estado taitosgitada,€ depois de um sedativo havia dormido, e agora seria bom que alguém fesse fla com ela um pouco, CChegando so quarto, bate na pot, pei cen e eno. =i, eu sou fulana, trabalho aqui como psicslogs.Estou indo para saber como voce ext. Caso woo? quia far com algui, estou dispontvel para converse corn vox. E parou de falar. Viu os hematomas, os erimentos e a5 ligrimas no rosto da mulher: De imedist, no dav por saber 96 «era jovem, mas, aos poco, percebeu que era jovem ‘A moga falou com vor snotent: Di tudo. Mew rst, A psiedloga permanecea aigum tempo no quar aeuardao aque elu ainda quisese falar mais alguma cosa, e depos disse pena: = Descanse, volo outa hora. Saiu e foi tomar eafé. Encontrou 0 médico que havia tend a paciente eee he disse ‘Vira moca? Fiz 6 0 mals ungonte pata evita infeegio nos ferimentos det ula um sedatvo, ela eva mim estado. Va ser preciso um plistco. Seri removida para um oat hospital ‘A pscloga sents um mal esta mei inden, [Em seguida pegou seu caro e foi para cas, A estrada cextava boa, mas drigiv meio preacupaa. Pensoa efn como ert iti ter de viajar todos os dis para rabalbrnasele hospital nas ese eo eto agora CChegou em cas, tomou banhoe depois se elu no explo. ‘Vu seu cabsls bem lavados. Os dt pcente do hospital ainda tinham alguna coisa moi emestada qe devi er so us ars remover osangve. Vid seu rosie harinanions¢ gos do que Vi, ‘mas nfo ficou alegre, Pensa: "Ontem ela deve ter se olhado 6 cspelho coma eu agora.” Enguanto secava os cabels, chro lembrando-e da maga. Tigou para os amigos foi encontr-los no mesmo bar de sempre. Conversaam ¢ tomaram cervja como aos outros das, ‘nas ela no esta igual. Un dos amigos pare e disse: 0 De desbrigo a eonfianga = Qe foi? Vout nd est berm. la espondeu: —stou bem agora, mas o dia fot pesado no hospital ‘Tembém, por que eu tinh de enrar naguele quarto? Se eu deinasse pa amanb cara livre de ver © que vi. Nunca tina ‘isto alga tio machucado. Meu, ndo di pra aglentar. No sti ‘da minha caboya aque roto. Foi um acidente de caro, Voe® Fie feito uma pasmada ali na frente da pessoa, sem ter 0 que fazer, sem tro que daz O que adiana ser picsloga? Qualquer coisa gue gente dign no fz sentido. tudo wna papagsiads. stow sendo cat, desu, agora nfo ora pr falar disso, Mas ‘Eaue me pegou fundo mesmo. E eu aqui tomando cerveja, fatando qe no di pra agentar; dag a pouco exquego © & ‘mina ih continua gual E ela? Oque vse dela? ‘Os amigos entraram na conversa e cada un tina uma historia sobre algo referent esse asunto, O peso inci foi endo aliviado, Ela nfo demorou muito para i embora pore prosiavalevantr cedo pata etal [No dia seguint, na enzada do hospital nformourse sobre aqulapaciente dsserantbe que ela havi sido Tevada pars ‘utto hospital, Convers com a funeiondra da portari, que The {iu alaumas informagies sobre a moga aidentada. Disse qu, Segundo hem u's acompariav, qu também ina io ns Teritnentos leves, eles valtavam do litoral quando o carro derrapou, quetrou uma grade e rolou na ribanceira. A moga, testavacigindo, Ese acompanhanteavsou alguns parents dele fi Hberadoalgumas bors depois, pos com ele naa havi de fgrive. Ele pagon 0 atendimeatos, inclsive as despesas com a Femogio da moga. mas no sia dar nformagoes sabre ela, pos Indo conhecia sua familia. Mas encontraram na bolsa dela uma ‘agenda com um telefon que era ode sua mle. A mle foi vé-a, ‘mas nao conse conversa on ea; apens alo com 0 00, Ser acompanfante, e Foi embora, si BW Tait opin A psiestoga sai dali pensando nos imprevists da vida, ‘chando que os dos tna estado provavelmente ma fest, e, de repente, a moga i, naquele estado... Dep fo cigar dose trabalho daguee dia ‘Quando voltow para casa nessa nite, estava i sat, ue ‘ru predloga tbe. Comentou se enconto com a paciente do hospital quant cla havi sido toca pel situago. Ata enti fae: — ise & um desses casos em ue, depos de pasar noite ‘aad, a pessoa sa drigndo, anda pega um estrada, depos «4 niso. Sto iresponsaveis, e ainda bem que, a0 menos, 0 ‘companhei’ ela no se machucou. At que ele fo legal de pagar as despesis dela. — Pode ser, ta, Mas mesmo assim, 6m horror! Se voot vise como ela estava! Num momento, quanta energia, quanta vida, e de uma hora pe out "— Quanta vidal E © qu voce penss, No sei no, Sempre por tris dese “quanta vida" © que existe 6 uma destaividade muito grande, Por que uma menina sui dirigindo desse jit, cestamente depois de beber muito , quem sabe, com alguma droga? Por qué? Voc nfo v8 que a hi no fund una vont de cabar com a ida? —Ahy ta, Voet nao esté exagerando em conc assin sobre essa destutivdade da maga A gente nad sabe sobre ela. — Mas a gente consegue sacar essas coisas. F digo mais ood ato disse que o companeiro dela no sabia nada a seu respeito? Pos as meninas sacm com cara mais velhos, cos, ‘io A procura de faciidades na vida. Acabam exagerando em tudo, e ainda essa af acaba pond a vida do oato em rsc, aim ‘a sia propria Esso nao € destrtvidade? A desratviae tem ‘muita formas! A destutvidade vem distugad de, ‘A moga parou de prestar atengio e pensoa: "Que coisa «hata! Acabou com a minha Vontde de conversa.” ‘Alguma coisa que ela ndo sabia bem o que et tnha se ‘esvariado naguela hora se sentasozinha. 2 Do desatrigo a confangs Depois que ela sai da sla a ta ainda flow para quem staal Nos prmsitos tempos de clinica 6 asim mesmo, El et ‘pressionada Masse voce se deta leva assim pelos problemas {dos outros, vocé esti pera. A gene precisa esata eabega pensar com objetividade. Cada coisa sempre tem sua explicagio, no di pura sefugirdisso. ‘Cad um dev ainda mas alguma opinido até que a conversa Aquelapociente foi emovida para outro hospital, como a plstica de que nocesstava era un cirargia reparador, fi Togo atendia, efevea some de ser aendida por um Simo cirugig. Ele se comoveu com o rstodesfigurado a jover trato dela com um euidadn especial la iou no hospital o dias ie pia, ser cobertos plo seu seguro de sade e depois fo paraess, Sua ime ja havia comunicado seu acidente i empresa onde cla teakaava, Em casa nd havia muito © que fazer a nko ser pensar, ‘hora responder o menos possivel ao quo era perguntado, evitando sempre claro espeo. Nao tina espranga de votat para o mesmo trabalho; sabia que era fundamental a aparcia havi outra coisa que a faza sofrer: saber que o fulano que estuva com ela na hora do scident, alo havin procurado fer noticias suas. Hla se lembrava de que The avait, no primo hospital, que ele mio tinha se machucado muito, Chegot a gar para Seu cealar mas ning ate, Unda uma eolega de usbalho foi visiil, e, mam certo momento, falou para a eolega que ela nao sabia como tinh aconteide auilo, pis quanias vezes inh Safa com ele de caer © ele digi muito bem. A amiga Ie disse eno: — Mas me diseram que ert voo® quem estava drgindo! ela respondeu: = Nio, era ele 2 ‘Be Tat Sapiens A mie dela, que etava por pete fe um sina para que a amiga paresse com asunto. Depois, Tonge dela, dis —El esté mio confsa nessa hist. Sabo, no € por mal ‘gue cl diz que nfo ea ola. J me disseam que iso por eas ‘enum do aidente, Me explicaram que, quando ur cosa é ‘muito rum, a pessoa, is vezes,comega a achar que qui no fi ‘or causa dela, mais ou menos isso, no seit dizer dieit, meio ‘ue esquece como foi tudo, Mas I no hospital 0 homnem que ‘stavacom ela me contou que cla estavadizindo. Até qu ele foi mito bom, pagou os primeirs socoro,fcilito a remocio ela pro onto hospital TA amiga ficou mas um tempo e depois oi embora. Noda seguinte comentou com o pessoal da ermpresa 0 quanto tnka ‘Reade chocada com a apavencia da eolega. Os utr disseram coisas como: “Que Toucura! Justo ela, bonita daquele jito! E ‘agora, como vai ser? Que horror!” ‘Uma das colegs alo: "Es estava ti fli! Hs poucos das me contou qu estava saindo com unm cara muito legal. Estavaencantada,apaixonada Disse que nanea em sa vid tina recebidotantas Mores como ‘agora. H machueow muito mesmo 6 rosto dela? ‘Net di pra deserever ~ respondeu s outa, Mas cont uma plstica di pra reeupear? Dic El foi bem atendida por um timo cirrgiso plstco que dava plano aaguele dia no hospital pra onde foi Femovida, Mas, meso asim, o estrago Jot muito grande. Ela ‘st ares, A’mse dela disse que ela est ainda muito cots. ‘Também, ado 6 pra menos! Agen dss: De uma hora pr outa a vida vita de cabo pra also! 0 que vai ser deta? “Uma das mogas comentoa Tetra iso que fo ito sobre ela esti drgindo, Fla dizia que no gostavs de dirgir em estrada E ele também se ‘machcou muito? Que nad $6 uns arranhoes. ss Do desbigo 3 conianga Passaram:se alguns dias © a moga comegou a fazer os retornos ao hospital para acompanhar a evolucao das vétias ‘lrurgias gue precisoa fazer no oso. Tina vergonba de mostrar ‘ros ainda inchado, as ciatizes recente. ‘No hospital hava um servio de psicologia. Fol encaminhacla param apoio psicoligico destinado a algons pacientes muito hocessitads de ajuda, Fa ajuda que recede fo preciosa Teve oportunidad de fla do deste de reclamar da vida, de chore ito, Comesou a entender que sia vida no seria mass mest, ‘que algumas udancas vriam; grandes e pequenas mudansas. ‘Algoma peqenas ela eomegou fazer, por exemplo, passou ‘usar o eabolo de modo a esconder um pouco o rst, sempre ‘de Geulos escttos. Nao se sentia em condigao de mater se trbulho, em gu uma saréacia impose ee exigida, Se chee ‘err, alguma coisa esti pra ser plantada ou construda. B tem a cor dos desenhos de erlanga. Desenbis de crianga. Iso diz, Alguma coisa pra voce? — Ona, desenhos de crianga a gente s6 faz quando & xiang, Depois, nea mais. Ouras coisas também a gente pede |qwando eresee Por exemple? —Confiang. —Mas no seu sono fe um toque de erianga, hia cor de terra dos desenhos de erianga. Sera que hi um toque de confianga? ‘A mogarapdamenteolbou para rs. Haviaigrimas em seu resto qundo ela disse para aterapeute Seri possvel? — E possivel la voltow a olhar paca Trent e ficou quiet por uns cinco DDepois a terapeutaperguntou ‘Voc® quer con em que est pensando agora? — Bstava me lembrando da hima sesso. Mas cho que jé pense bastante sobre iso. ls passou fale do fim de semana na pia com amigos 4 seu tral, No final da sesso, o se sear, cla ise. Eston um pouco aterdoada, acho que me levantei muito depeessa. Estranhe! logo no comego, mas acho que foi bom. Do desabigo confanga i que ela ssi, terapeuta ‘mesma “Iso esti caminhando, que bom.” [Num certo dia, ogo ao se deitar no div, a mogainciow esta = Ontem as meninas foram fazer uma apresentagio dos nossos creme ¢ da linha de magugem mam slo de eb a wu clube. Fi um chi benefcente, e esta apresentag fo paar compra de convies pels sGcis do clube, Praia tam foi bom, E uma superpropaganda. Houve sorteio de ams cestinhas com alguns produtos. H4 uns trés dias, quando planejames como ira ser, dei a dia de gue, em ver de 8 fazer ‘um defile ds meninas jf maquiads, seria legal que els, dure ‘ch, num lugar visivel para as convidedas, comegassem a tera pele preparads para a maguiagem, quer dizer, alguém iia limpande, fazendo uma massagem, hidatando pele dees, Em ‘seguida elas comegariam a ser magus, e, depois, andariam, plo slo mostndo oresltado, Todo mand Hi gosto da in, «e meu chef disse: "Voce vai com elas como supervisors.” El falou 0 io srio que motive como no concordat. Ent, ert ‘edo, resolv corar ums pontas do meu cabeo, fiz um bao de ‘ree, esas coisas, Faz 0 maioe tempo que nem me embrava de cakelo. Depois fui pro trabalho pra sir de Ii com o pessoal Antes de sairmos meu chefe falou: “Como voce nko vai s¢ maquiar 1, vai ter de chegar jd bem prodazida, Trae de se cembelezar.” Eu no tina pesado em faze isso nem I, nem hora enum. Jin feito muito em ter dado un jet ao cela, Mas fazer 0 que? Peguei a caixa com os produtos que a gente ‘costuma usar fa em deco a um espetho. Nest hors, chegou tum meu amigo e disse: "Sente af que sou eu que vow maquier ‘oc8 hoje.” Nem deu tempo de eu dizer que ado precisava cle {ifestava protegendo @ minha roupa com una cali. Bx sete, le pegou meu cabeloe puxou meio pe tis, prendew mals ou vo OT a eae ee ee Pe Pet ee eee ae ee, eee ee eT Bie Tat Spiers menos, ¢, nessa hora, pense: "Minha testa! Ele esté vendo a ‘minha testa.” Is Toi muito ruim por um momento, mas em ‘Seda me acalme’ eo que veio& mia caboca fio: "Agora, ‘Sej-0 que Deus quiser” E pare de me preocupar. Me entreuel {senso boa de ter algnén cuidando de mim: nfo fazia mal que le peste abservar bem de pert a cicarzas, que ele psesse ‘as mis ness. Hi quanto tempo nem eu mesma me olho diet. ‘Meu rosto ¥é 86 4gua e sabonete. Fle passou um creme Aidratante, massageou bem devagar, com 4 maior paciénc passou bate, ps, blush, uma soma Jeve nos aos, delincador, rime, ado, Depois, dew ma boa afta no meu cabeloe ps un ‘espelho na minh frente Disse: "Agora ole.” Eu olhe,e como {hs born! Ex me econhocis por um momen’, vi que eu estava al de novo, Voce sabe como ¢ i880, no €? As Lgrimas nessas horas. Ele pereebeuodisse: “Chora justo agora, no! Voo® quer smanchar tido e me Fazer perder © meu trabalho?” Ele falow ‘come sem brinea que est bave, chai de earinho. Seni que foi ‘om eatin que ele tarou do meu ost. Sabe que eu bj as ‘mos dele? Ba disse: “Obrigada por tudo.” Ele falou: “Eu € que estou agradecido « voc8, menina, 1 tempo estou esperando ra ‘er esta mina amiga ssi, linda, cheia de charme,” Ele ensugo ‘nes ols, deu uns retoques e disse: "Chega de conversa, anda Jogo seno gente arasa tudo" Desi a eseada numa coe, quase ef. oss, jé pensou se eu esi? O pessoal nha ido ‘Mas deu tempo, © sil de ch ainda estava meio vazio. Eu ‘queria muito contr isso pra voce. Fok um sucesso, A idea que eu tina dado funcionow super. Hoje cedofizemos uma avaliago de ‘lem todo mundo achou que fo um dos melhores eventos que ‘empresa jf fez, Maso principal qu eu queso dizer pra voce é ‘que, nos momentos em que esive I, quase nfo me Temibre de ‘eatriz nem de nad, Eu estva absorvida fhando @ andamento as cosis, Que coisa boa voos est eoatando — Poi bom mesmo, Paece que aconteceu um pouco dle _que vost fal hi algum tempo. Aqui... eeu ia escoler fazer 12 Do design &conanga da ina vid um mento peas minhasceatrizes;aguito doen, sahe? Mas aco que eu precsava ouvir isso de alum, nlo de ‘qualuer pessoa, mas de vot. No comego eu nip iia agent "Mas, de uns tempos rae, sino que no qbero qe tena pena ‘demi. Fo como € que vou fia eu mesma, me mento? ‘Agora eu penso, porque seré que fiquel tanto tempo sem querer ida do meu roto? —Vejo af aque histria do ou tudo ou nada no aceito ‘nada menos do que o absolutament compet, perfil: o que for -menos qu ss nod de min Mas vejo outa esa amb, “Tendo os recursos de que voe® dispie — ea prova dsto est no resultado do tato que seu amigo deu no seu rosto enter —, insistrem nio minimizar as mareas que tanto a petubam pode Serum jito de dizer sempre a 81 mesma: "O que foi Feito de rim!” De alguma forma voce ests sempre deixando muito fevidentes os danos que sofreu, lembrando a sua condicao de ‘itn de cos njusts, vita de um mundo injusto,Pense un pouco. Qual pode ser 6 sentido dessa vamos dizer, reve de belera que voce tem feito? Esté cen que, nos primeiros meses, ers. compreensvel que no quissse nem oar no espe pea no ver seu ros inci, a manchas roxas ¢ tudo © mas, Mas faz algumn tempo que vocé, cujo trabalho ¢ exatamente esse, comigieimperelges,sjudar a eleva, poi estar eaigando de fe ajudar nese aspecto. Nao fazer isso que sentido pode ter? Fealumente vec pra quem ser bonita sempre sigificod tanto? — Ea fava sim, Masnifo pono iso como eulpa de um mundo injusto. No seria certo eu pensar ss, porgue no mando tem gente boa tabs, Nas um mundo que permite acontecer o que sconteceu ‘com voed; um mundo em que & possivel uma meni sair de ‘mand de uma fests, linda 5 ate do mesmo dia, er de evita ‘espe pao ver seu oso fri; um mundo que abyiga tanto cessas pessoas hoss, como voe® acabau de dizer, coma abrign também pessoas capazes de agir como seu ex-namorado agi, talver vot eonsidere esse um mando cupado, 103 Be Tat Sapiens — No tinha pensado com exsas palavras, mas & isso mesmo. E mite injosica —Se.a vida, ou se 0 mundo apron iss9 com vos, ser {que 40 menos voc® mio poderia tratara si mesma com mais ‘carne atenuando as marcas da ijustiga que sente que sre? Ela olhou pata tris € permanecen um pouco de tempo ‘ofhando para a terapeua, que continu a falar — Serd que vocé no pode se desarmar um pouca e ‘permit que as pessoas se cheuem a voce? Seu amigo, ontem, preciscu ser muito decid pra conseguir que voe® Ihe desea chance de poder ajudi-l. E othe que 0 que ele fez por voc’ foi ito mais que uma maguiagem... oot percebe oalance disso {que sev amigo fer por voce? ‘Othando de novo para a fente 2 mga flow = Cho que sim. Nao consigo nem dizer. Se eu conta isso ‘pra alm, val parecer uma bunalidade: mev amigo me mation praca ira um evento. Mas $6 eu sei que significos pra mim esse extn dele, Sei, eno se, Nao si se fei o sentir 0 toque idaoso daguela mio no met ost io malirstado, on se oi 0 fato de eu sentir que ers como se ele estivesse me dizendo, sem falar nada, alguna cosa come: “ved importa pra mim’, Alums ‘coisa se eabriu. Ele apareceu na hora ert, Esta pensando ‘agore também na decisto do meu chete de me mandar ra um rabalhoextemo. Ee deve ter insistidonisso por achar que seria thom pra mim. E pra falar a veedade, foi bom mesmo, Se depends sé de mim, nose seu tomar a initia. ‘A conversa continuou, mas o principal que acontece foi Num outt di, a moga comegoa a falar logo que dito: ‘mano hoje. Noano puso er segunda, Safmos a balada efomos tomar café da mans numa pda prime "Nosta, hoje est tido ti clara! Comprel uns biscoitos pra comer 104 Do destrgo 8 conianga ‘no camino, aqueles de peitho.E uma especiaidade daguela pdavia: jf tinha compeado Id na semana anterior. Bai comegat ‘comer: Quando me viuabrndo a embalager dos biscoitos, ele ise: "Nio oma is80 no meu err; vai fazer a maior prea.” Deu um tap nas mints mios eos biscotos eam. Ba disse: “ira de ser grossocomigo." Eel alo “Seno ests gostando, dizer eu paro 0 caro e oe’ desc." Acho que me lembro iso ponjue na hora eu estrane! mite foi a primeira ver que tle filou dss jeitocomigo: ele era um doce de pessoa, Fgici ‘iets, porque estava magoada. Elm dss, esava com mito sono, Devo ter dommido em seguida. Hoe, cantando iss age penso: "Serd que ele esta comegando a se cansar de mim?” azn um més que a gene estava saindo, eel emt maximo em sentleza, Bu dzia para minha amiga: “Encontei a homem a ‘minha vida." E era isso mesme. Estava apaixonada de fto, © cera de que ele também estava por mim, abe que alebrang ‘que me vem dele hoje me tz saudade? Eu gostei mesmo dee ‘A moga ficou quiet. teapeutapensou: “Pelo que el ests

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