Você está na página 1de 1

GUIA DO PROFESSOR

3. Aps a viso divina de D. Afonso Hen-

EXP12EPI Porto Editora


riques, os nimos da gente / Portu-
guesa ficaram inflamados (est. 46,
vv. 1-2), deixando o exrcito mouro at-
nito e torvado (est. 50, v. 1) e desorien-
tado (Toma sem tento as armas mui
depressa;, est. 50, v. 2), o que acaba por
levar sua derrota (est. 53, vv. 1-3).
4. O nmero trs est simbolicamente
associado perfeio e completude,
pelo que a referncia aos Trs dias
que Afonso Henriques passou no campo
de batalha sugere a perfeio da sua
ao. Por outro lado, o trs est tambm
ligado imagtica religiosa, por ser o
nmero de elementos da Santssima
Trindade. Nesse sentido, pode relacio-
nar-se com a interveno divina na vit-
ria e na fundao da nacionalidade.
5. Resposta pessoal. Sugesto de res-
posta: no grande escudo que ocupa a
parte central da bandeira portuguesa
esto representados a azul cinco escu-
dos menores as quinas, que represen-
tam os cinco reis mouros derrotados por
Afonso Henriques na batalha de Ouri-
que. Esses escudos esto dispostos em
forma de cruz, para aludir viso de
Jesus Cristo, antes dessa mesma bata-
lha, e cada um deles possui cinco besan-
tes de prata, representando as cinco
chagas de Cristo. Somando os besantes
e contando os do centro duas vezes,
obtm-se trinta elementos, smbolo dos
trinta dinheiros pelos quais Judas traiu
Jesus Cristo.
6. O episdio da batalha de Ourique con-
feriu reconquista e independncia
nacional um carcter mtico, associan-
do-se a fundao da nacionalidade a
uma predestinao e o povo portugus a
uma nao escolhida por Deus para
expandir o seu imprio na terra, luz do
esprito de cruzada.

ESCRITA
1. Resposta pessoal. Sugesto de res-
posta: A imagem, apresentando D. Afon-
so Henriques como entrevistado de um
jornalista dos tempos atuais, coloca em
confronto dois tempos distintos. Contudo,
esse confronto esbate-se quando atenta-
mos na troca de palavras entre as duas
figuras, pois, tal como Otelo Saraiva de
Carvalho sente que a revoluo que lide-
rou pode no ter tido os efeitos deseja-
dos a nvel poltico e social, D. Afonso
Henriques reconhece que a fundao de
Portugal tambm se baseou numa pers-
petiva de desgraa futura, vaticinando os
infortnios que se lhe seguiram.

170

Você também pode gostar