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Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

COMO REDIGIR TRABALHOS


TRABALHOS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS
CIENTÍFICOS

PARTE I

Mário Augusto Tavares Russo

2006
RESUMO
A redacção de trabalhos técnicos através de relatórios, comunicações em congressos, artigos para
revistas, teses e dissertações é uma das tarefas que mais cedo ou mais tarde é exigida a qualquer
engenheiro. A forma como se redige e apresenta este tipo de publicações é, também, uma das
formas de avaliar a qualidade do engenheiro. Com efeito, a um engenheiro exige-se-lhe essa
capacidade de transmitir de forma clara e concisa os conhecimentos no formato apropriado. O
presente trabalho reuniu textos dos Prof. Marco Aurélio De Paoli e Rodrigo Mognobosco e adaptou
algumas formas à realidade portuguesa com ênfase nas engenharias, que tem um formato muito
próprio de redacção e que mostram uma visão de como elaborar e apresentar cada um dos tipos
de publicação referidas. As normas de apresentação da bibliografia foram elaboradas pelo
Conselho Pedagógico da ESAB.

No presente trabalho faz-se referência aos tópicos necessários para a elaboração de um relatório
de investigação, designadamente para mestrados e doutoramentos em Engenharia.

Relativamente ao formato dos relatórios e memórias descritivas que acompanham os projectos de


engenharia, são abordados os elementos essenciais à sua composição: introdução (inclui um
resumo do projecto em linhas muito genéricas, mas conciso e objectivo), os objectivos ê âmbito do
projecto, os dados de base que serviram aos dimensionamentos, a síntese da ou das soluções
adoptadas, os cálculos e as conclusões, se a elas houver lugar.

Este texto está incompleto e ainda em elaboração, estando em permanente actualização e esta
primeira parte é sobre trabalhos de índole científica.

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A - RELATÓRIOS CIENTÍFICOS DE INVESTIGAÇÃO

I. OBJECTIVOS
O principal objectivo deste texto é relatar as características básicas de um relatório sobre um
projecto de iniciação científica, particularmente na área de Ciências de Engenharia, além de
fornecer sugestões para edição e apresentação gráfica.

II. INTRODUÇÃO
Antes de definir as características básicas de um relatório de iniciação científica é interessante
definir quais são as metas de um projecto de pesquisa desta ordem. Resumidamente, pode-se
citar:

1. Propiciar ao aluno que executa o projecto um primeiro contacto com a metodologia científica:

1.1. escolha de um tema para estudo;

1.2. elaboração de pesquisa bibliográfica que forneça as informações necessárias para a


compreensão dos fenómenos a estudar, sedimentando conceitos;

1.3. execução de procedimento experimental para a obtenção de dados que elucidem o tema
escolhido;

1.4. discussão dos resultados obtidos à luz das teorias desenvolvidas na revisão bibliográfica;

1.5. elaboração de relatório, fazendo o aluno praticar técnicas para organizar fatos e formular
conclusões1.

2. Auxiliar o professor / orientador do trabalho na obtenção de dados experimentais de projecto de


pesquisa mais amplos.

3. Desenvolver técnica ou procedimento para incrementar ou aperfeiçoar as actividades do


laboratório envolvido.

4. Apoio didáctico às disciplinas correlatas à área de pesquisa, fornecendo informações para o uso
em aulas.

Todo o trabalho desenvolvido para atingir as metas anteriormente citadas, e os resultados por este
obtidos, devem ser oferecidos à comunidade académica em geral. O instrumento de divulgação
mais eficiente é, sem dúvida, o “relatório de iniciação científica”, documento que além de ser a
documentação do trabalho realizado será a base para a elaboração de trabalhos para publicação
em periódicos ou eventos científicos.

III. O RELATÓRIO
A estrutura geral de um relatório de pesquisa, e em particular na área de Ciências de Engenharia,
segue os modelos adoptados pelas dissertações de mestrado e teses de doutoramento. Tais

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modelos são também seguidos por periódicos e eventos. Com o intuito de adequar os relatórios de
iniciação científica a estes modelos (o que facilitaria a produção de artigos em eventos e
periódicos, além de permitir o aluno a organizar factos, dados e conclusões de maneira ordenada e
lógica), pode-se dividir um relatório deste tipo em oito itens principais:

· Resumo

· Objectivos

· Revisão bibliográfica (estado da arte)

· Materiais e métodos (metodologia experimental)

· Resultados experimentais

· Discussão dos resultados

· Conclusões (Conclusões e recomendações)

· Referências bibliográficas

III.1. Resumo

O resumo de um relatório deve conter o objectivo do projecto, um breve comentário sobre os


tópicos teóricos envolvidos, descrição dos experimentos, resultados e conclusões principais.
Idealmente, não deve ultrapassar 200 palavras, pois este é um parâmetro de aceitação de
resumos para congressos.

III.2. Objectivos
Normalmente os objectivos já foram previamente estabelecidos pelo professor / orientador na
elaboração do projecto de pesquisa. No entanto, o desenvolvimento da revisão bibliográfica e do
trabalho experimental podem levar à modificação destes ou à inclusão de novas metas. Assim, no
relatório final todos os objectivos e metas a atingir devem ser esclarecidos neste item.

III.3. Revisão bibliográfica (estado da arte)


A revisão bibliográfica é, sem dúvida, um dos pontos vitais de um trabalho de iniciação científica.
Em primeiro lugar, trará ao aluno executante do projecto de pesquisa o conhecimento necessário
para a compreensão dos fenómenos que serão estudados. Além disso, será o suporte para a
explicação dos resultados experimentais obtidos e permitirá a discussão destes, já que na revisão
bibliográfica se encontram informações consolidadas no universo em questão (no caso dos
projectos de iniciação científica, este universo compreende as pesquisas científicas e tecnológicas
já desenvolvidas).

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Baseada na literatura, deve trazer informações que possam ser acedidas pelos leitores, através da
citação das referências bibliográficas.

III.4. Materiais e métodos (metodologia experimental)


III.4.1. Materiais

Neste item, deve-se apresentar o material em estudo, ou o local onde se fez a pesquisa, a
estrutura estudada, com descrições que sejam suficientemente claras para a caracterização da
situação (composição física, química ou outra, formas geométricas, etc.).

III.4.2. Métodos
Por métodos, entenda-se todos os procedimentos experimentais adoptados e a forma de
tratamento dos dados a levantar (variáveis estatísticas, ferramentas de cálculo, e outros que não
mereçam atenção especial na revisão bibliográfica). No caso de utilizar procedimentos definidos
em normas técnicas, estas devem ser numeradas como referências bibliográficas.

III.5. Resultados experimentais


Os resultados dos procedimentos experimentais já processados devem ser apresentados neste
item. O uso extensivo de tabelas e figuras é sempre recomendado para facilitar a compreensão
dos dados expostos, permitindo a rápida localização destes.

III.6. Discussão dos resultados


A discussão dos resultados é um dos itens de maior importância num relatório de iniciação
científica, uma vez que pela correcta e profunda análise dos resultados à luz da revisão
bibliográfica proposta pode-se avaliar a relevância do trabalho executado e inferir sobre o real
aproveitamento do aluno / autor. Além disso, é na discussão de resultados que são mostrados os
progressos obtidos pelo trabalho na elucidação dos fatos em estudo.

Muitas vezes, durante a discussão dos resultados, pode existir a necessidade da realização de
experimentos complementares, ou de se buscar novas informações na literatura, para uma melhor
explicação dos dados obtidos: nestes casos, as referências bibliográficas continuam a numeração
já adoptada, e os materiais e métodos dos ensaios complementares devem ser descritos de
maneira contínua, durante a discussão.

III.7. Conclusões (conclusões e recomendações)


A forma de sedimentar as informações e resultados obtidos com o projecto de pesquisa é a
redacção das conclusões, focando esforços em mostrar como os objectivos e metas propostos
foram alcançados.

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III.8. Referências bibliográficas
As referências bibliográficas devem ser numeradas de acordo com a ordem de citação no texto,
seguindo os modelos aqui apresentados.

É vulgar cada área científica possuir o seu estilo próprio de apresentar as referências
bibliográficas. Mesmo dentro de cada área científica, deparamo-nos com publicações periódicas
que exigem diferentes regras de apresentação da bibliografia aos autores que nelas desejem
publicar. Existe até uma Norma Portuguesa sobre referências bibliográficas (NP 405), mas as
regras nela enunciadas não são as mais vulgarmente utilizadas em trabalhos científicos da área
das ciências naturais.

Os elementos primários numa referência bibliográfica são normalmente os mesmos, para todos os
tipos de documentação e para todos os estilos de citação, embora a ordem pela qual são
apresentados possa variar conforme o estilo adoptado. Estes elementos incluem:
- nome do autor,
- data da publicação,
- título,
- nº da edição,
- editora,
- local da publicação,
- volume,
- páginas da obra ou páginas relativas à publicação referenciada.

Independentemente do estilo de referenciação bibliográfica a utilizar, que, como já referimos,


pode ser muito diverso, o mais importante é:
- verificar se existe algum tipo de estilo de citação preferido pelo orientador do trabalho,
adoptado pela revista científica onde o trabalho vai ser publicado ou pela comissão
científica do seminário/conferência onde o trabalho vai ser apresentado,
- fornecer a informação mais completa possível relativa a cada referência bibliográfica, de
modo a que qualquer leitor possa identificar, sem dúvidas, a obra referenciada,
- respeitar o mesmo estilo de citação em toda a listagem de referências bibliográficas, de
forma a que esta apresente um estilo homogéneo.

No final deste documento pode consultar-se uma lista de publicações e de páginas Web
dedicadas à apresentação de normas para elaboração de trabalhos científicos e de listagem de
referências bibliográficas, onde podem ser consultados alguns dos estilos de citação possíveis.

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As regras para apresentação das referências bibliográficas que se sugerem neste documento são
adaptadas a partir das da APA – American Psychological Association (http://www.apastyle.org),
e são as mais vulgarmente utilizadas na área das ciências naturais e sociais.

REGRAS GERAIS A SEGUIR NA ELABORAÇÃO DA LISTA DE REFERÊNCIAS


BIBLIOGRÁFICAS

1. Paginar a listagem das fontes bibliográficas, intitulada Bibliografia, como uma continuação
do próprio texto do trabalho.
2. Iniciar a 1ª linha de cada referência junto à margem esquerda da página, e avançar 3
espaços nas linha seguintes.
3. A listagem deve ser organizada por ordem alfabética do último nome do primeiro autor.
4. Quando se referencia mais do que uma obra de um mesmo autor, devem-se enumerar por
ordem da data de publicação, começando na mais antiga e terminando na mais recente,
repetindo o nome do autor em cada publicação.
5. Quando se referencia mais do que uma obra de um mesmo autor, cujo ano de publicação
seja o mesmo, enumerá-los na bibliografia por ordem alfabética do título, acrescentando
uma letra minúscula ao ano, para prevenir qualquer tipo de confusão, e utilizar a mesma
metodologia aquando da citação no texto. Exemplo: (Alves, 1984a), (Alves, 1984b)
6. Inverter os nomes de todos os autores em cada referência, colocando o último nome em
primeiro lugar, e usando apenas as iniciais dos restantes nomes.
7. Quando existir mais do que um autor, usar e antes do nome do último autor.
8. Quando existir mais do que um autor, devem ser colocados os nomes de todos os autores
na lista de referências bibliográficas. No texto, quando existirem dois autores, colocar o
último nome de ambos separados por e mas, se existirem mais do que dois autores,
colocar apenas o nome do primeiro autor, seguido de et al. (que significa “e
colaboradores”). Exemplo: (Cunha e Cintra, 1996), (Santos et al., 1997).
9. Quando no texto houver necessidade de citar mais do que uma obra para a mesma ideia,
devem-se utilizar todas as referências necessárias, separadas entre si por (;). Exemplo:
(Flores et al., 1988; Winograd, 1986; Cunha e Cintra, 1996).
10. Colocar a data da publicação entre parêntesis imediatamente após o(s) nome (s) do(s)
autor(es). Colocar um ponto após o fecho do parêntesis.
11. Colocar o título do livro ou do artigo imediatamente após o ano da publicação.
12. Na referência bibliográfica de livros, utilizar letra maiúscula apenas na primeira letra do
título, na primeira letra do subtítulo, quando existente, bem como nos nomes próprios.
Utilizar itálico para todo o título do livro.

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13. Na referência bibliográfica de artigos em periódicos ou em volumes editados, utilizar
letra maiúscula apenas na primeira letra do título, na primeira letra do subtítulo, quando
existente, bem como nos nomes próprios. Usar um ponto após o título do artigo.
14. Colocar o nome da publicação periódica após o título do artigo, utilizar itálico para todo
o seu título e iniciar cada nome do título com letra maiúscula.
15. Nas referências a periódicos, fornecer o número do volume em numeração árabe, a
negrito, seguido das páginas, relativas a esse artigo, separadas por hífen (Exemplo: 34:
120-128).
16. Usar p. ou pp. para números de páginas de jornais ou revistas não científicas. Omitir p. ou
pp. se forem publicações periódicas científicas.
17. Quando se fizer a referência ao trabalho de um autor, com base apenas na informação de
um segundo autor (por impossibilidade de consulta da obra original), dever-se-á referir no
texto o facto de se estar a fazer uma citação, fazendo referência aos dois autores.
Exemplo: ... de acordo com Martinho (1989), citado por Carneiro (1994)... Neste caso
colocar na Bibliografia apenas a obra consultada, que no exemplo referido será Carneiro
(1994).
18. Quando se fizer a referência a legislação ou normas, por uma questão de facilidade de
localização da respectiva obra na bibliografia, iniciar a referência com a identificação do
diploma legal ou da norma, que é exactamente a forma como é feita a referência no texto.
Exemplo: No texto: ... de acordo com o Dec. Lei nº 236/98 de 1 de Agosto... e na
Bibliografia colocar:

Decreto Lei nº 238/98 de 1 de Agosto. Diário da República nº 176/98 - I Série A. Ministério do


Ambiente. Lisboa.

Generalizando, quando se efectuar a citação de livros e artigos em revistas, colocar as seguintes


categorias de informação pela ordem e na forma que se exemplifica:

LIVRO:

Último nome do autor, Primeira inicial. (Ano da publicação). Título do livro. Informação adicional. Nº
da edição, Editora. Cidade da publicação.

ARTIGO EM REVISTA PERIÓDICA:

Último nome do autor, Primeira inicial. (Ano da publicação). Título do artigo. Título do Periódico,
Volume: 1ª página-última página.

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ARTIGO EM LIVRO DE ACTAS DE UM CONGRESSO (PROCEEDINGS):

Último nome do autor, Primeira inicial. (Ano da publicação). Título do artigo. Em: Título do Livro de
Actas ou Proceedings. Local e data da Conferência, Organização que publica o Livro de Actas,
Local da Publicação. 1ª página-última página.

ARTIGO PUBLICADO NUMA COLECTÂNEA DE ARTIGOS COM UM EDITOR RESPONSÁVEL:

Último nome do autor, Primeira inicial. (Ano da publicação). Título do artigo. Em: Iniciais, Último
nome dos editores (eds.), Nome da Colectânea, Editora. Cidade da publicação.

EXEMPLOS:

Livro de um só autor:

Costa, J. (1995). Caracterização e constituição do Solo. 5ª edição, Fundação Calouste Gulbenkian.


Lisboa.

Livro de vários autores:


Cunha, C. e Cintra, L. (1996). Breve gramática do Português contemporâneo. 9ª edição, Edições
João Sá da Costa. Lisboa.

Ferreira, J.C., Strecht, A., Ribeiro, J.R., Soeiro, A. e Cotrim, G. (1999). Manual de agricultura
biológica – Fertilização e protecção das plantas para uma agricultura sustentável. 2ª Edição,
AGROBIO. Lisboa.

Pierzynski, G., Sims, J. e Vance, G. (1994). Soils and environmental quality. Lewis Publishers.
Florida.

Várias obras do mesmo autor:

Santos, J.Q. (1995). Fertilização e poluição: Reciclagem agro–florestal de resíduos orgânicos.


Edição de Autor. Lisboa.

Santos, J.Q. (1996a). Fertilização – Fundamentos da utilização dos adubos e correctivos. 2ª


Edição. Publicações Europa-América. Lisboa.

Santos, J.Q. (1996b). Outro livro qualquer publicado no mesmo ano pelo mesmo autor.
Publicações Europa-América. Lisboa.

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Publicação de um organismo colectivo:

Boston Women´s Health Book Collective. (1973). Our bodies, ourselves: A book by and for women.
Simon. New York.

Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas. (1997). Código de Boas Práticas
Agrícolas para a protecção da água contra a poluição com nitratos de origem agrícola.
MADRP. Lisboa.

Legislação ou normas:

Portaria nº 809/90 de 10 de Setembro. Diário da República nº 209/90 - I Série. Ministério da


Agricultura, Pescas e Alimentação, da Saúde e do Ambiente e Recursos Naturais. Lisboa.

NP 405-1 (1994). Norma Portuguesa para referências bibliográficas: Documentos impressos.


Instituto Português da Qualidade, Ministério da Industria e Energia. Lisboa.

Artigo numa colectânea (compilação de trabalhos da responsabilidade de um ou vários


editores):

Silko, L.M. (1991). The man to send rain clouds. Em: W. Brown e A. Ling (eds.), Imagining America:
Stories from the promised land. Persea. New York.

Artigo de uma revista científica:

Ramírez, P.M., Castro, E. e Ibáñez, J.H. (2001). Reutilização de águas residuais depuradas
provenientes da ETAR de Albacete (S.E. Espanha) em campos hortícolas. Tecnologias do
Ambiente. 44: 48-51.

Sadiq. M. e Alam, I. (1997). Lead contamination of groundwater in an industrial complex. Water, Air
and Soil Pollution. 98: 167-177.

Referências a artigos publicados em Livros de Actas de congressos ou Proceedings:

Arroja, L., Oliveira, G. e Capela, I. (1999). Contribuição para a descontaminação de solos –


Metodologias de implementação. Actas da 6ª Conferência Nacional sobre a Qualidade do
Ambiente. Centro de Congressos da AIP, Lisboa. 2º Volume. pp. 607-616.

Champ, D.R. e Schroeter, J. (1988). Bacterial transport in fractured rock. In: Olsen, B.H. & Jenkins,
D. (eds.). Proceedings of the International Conference on Water and Wastewater Microbiology,
Newport Beach, USA, 8-11 February 1988. pp. 81-87.

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Teses de Mestrado ou de Doutoramento:

Horta-Monteiro, M.C.S.M. (1994). Utilização de Água Residual Urbana na Cultura de Azevém


(Lolium multiflorum Lam.). Tese de Mestrado em Nutrição Vegetal, Fertilidade do Solo e
Fertilização. Instituto Superior de Agronomia - Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa. 150 pp.

Tingle, C.C.D. (1985). Biological control of the glasshouse mealybug using parasitic hymenoptera.
Ph.D. Thesis. Departement of Biological Sciences, Wye College, University of London. 375 pp.

Artigo de um jornal ou de uma revista não científica:

Barringer, F. (1993, 7 de Março). Where many elderly live, signs of the future. The New York Times,
p. 12.

Trillin, C. (1993, 15 de Fevereiro). Culture Shopping. The New Yorker, pp. 48-51.

CD-ROM:

Moore, K. e Collins M. (eds.). (1997). Forages. [CD-ROM]. 5ª ed. Iowa State Univ. Press: Ames.

West, C. (1987). The dilemma of the black intellectual. [CD-ROM]. Critical Quaterly, 29: 39-52.
SilverPlatter File: MLA international.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ELECTRÓNICAS

Como para qualquer outro tipo de referência, a ideia é permitir que o leitor consiga identificar e
localizar o local exacto da obra referenciada. Deve-se por isso fornecer toda a informação habitual
relativa a publicações impressas – autor, ano, e título – mas fornecendo também o endereço de
URL completo (Uniform Resource Locator), bem como a data. Esta data deverá ser a
correspondente à última actualização do documento na página da Web, ou a correspondente à
data em que o documento foi consultado.

Os componentes de um URL são, por exemplo, os seguintes:

http://www.fct.unl.pt/faculdade/biblioteca/pesquisa_de_informacao.html.

As fontes bibliográficas electrónicas incluem bases de dados on-line, publicações periódicas on-
line (p.e. revistas científicas, jornais científicos ou newsletters), documentos em Web sites ou
páginas Web, grupos de discussão Web, etc.

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PUBLICAÇÃO PERIÓDICA ON-LINE:

Autor, A.A., Autor, B.B. e Autor, C.C. (2000). Título do artigo. Título do Periódico. XX, XXXXX.
Acedido em: dia, mês, ano, em: URL.

DOCUMENTO ON-LINE:

Autor, A.A. (2000). Título do documento. Acedido em: dia, mês, ano, em: URL.

NOTA: Se o autor do documento não estiver identificado, começar a referência com o título do
documento

EXEMPLOS:

Artigo acedido na Internet mas com fonte impressa:

VandenBos, G., Knapp, S. e Doe, J. (2001). Role of reference elements in the selection of
resources by psychology undergraduates [Versão electrónica]. Journal of Bibliographic
Research, 5: 117-123.

NOTA: Normalmente, nos casos em que existe uma versão electrónica de uma revista científica
que também existe impressa, as duas versões coincidem na integra. Nos casos em que exista
dúvida relativamente a esse facto, é necessário acrescentar à referência a data da consulta do
artigo, bem como o URL, como se refere de seguida.

VandenBos, G., Knapp, S. e Doe, J. (2001). Role of reference elements in the selection of
resources by psychology undergraduates [Versão electrónica]. Journal of Bibliographic
Research, 5: 117-123. Acedido em 13 de Outubro de 2001, em: http://jbr.org/articles.html.

Artigo de uma publicação periódica apenas existente on-line:

Fredrickson, B.L. (2000, 7 de Março). Cultivating positive emotions to optimize health and well-
being. Prevention &Treatment, 3, Article 0001a. Acedido a 20 de Novembro 2000, em:
http://journals.apa.org/prevention/volume3/pre0030001a.html.

Documento disponível on-line no Web site de uma Universidade, de uma organização ou de


uma empresa:

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Chou, L., McClintock, R., Moretti, F. e Nix, D.H. (1993). Technology and education: New wine in
new bottles – Choosing pasts and imagining educational futures. Acedido em 24 de Agosto de
2000, no Web site da: Columbia University, Institute for Learning Technologies:
http://www.ilt.columbia.edu/publications/papers/newwine1.html.

Lowara (2003). BG Series – Self-priming centrifugal pumps. Acedido em 24 de Novembro de 2003,


em: http://www.lowara.com.

Instituto Nacional de Estatística (2003). Índices de Preços na Produção Industrial. Acedido em 24


de Novembro de 2003, em: http://www.ine.pt.

Páginas da Internet com informação relevante relativamente a normas sobre referências


bibliográficas:

http://www.apastyle.org

http://www.apastyle.org/elecsource.html

http://www.apastyle.org/elecref.html

http://www.apastyle.org/electext.html

http://www.lib.memphis.edu/instr/style.htm

http://www.libraries.wright.edu/libnet/referen/citation.html

http://bedfordstmartins.com/online/cite6.html

http://www.asa-cssa-sssa.org/style/

IV. EDIÇÃO E FORMATO FINAL DOS TRABALHOS

Alguns padrões contribuem com a estética do relatório a apresentar. Deve-se procurar


utilizar espaçamento duplo entre linhas, e adoptar recuo de 12,5 mm na primeira linha
dos parágrafos. O papel, preferivelmente de tamanho A4, deve apresentar margens
nas laterais de 3 cm, e de 2,5 cm no topo e base. A numeração das páginas deve
estar localizada no rodapé, à direita, sendo a página 1 ocupada pelo item “resumo” .
As figuras devem ser numeradas com algarismos arábicos, e suas legendas devem
ser escritas abaixo das figuras correspondentes. A Figura 1 é um exemplo típico de
formatação de figura e legenda. As fotografias devem ser tratadas como figuras, com

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o especial cuidado de conterem uma barra indicando a escala da situação em
questão. Já as tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos, e suas
legendas devem ser escritas acima da tabela correspondente.
Os itens anteriormente discutidos devem ser numerados com algarismos romanos, e
os subitens com algarismos arábicos precedidos do algarismo romano que identifica o
item principal em questão. Se existirem divisões de subitens, estas devem ser
numeradas também com algarismos arábicos, como por exemplo III.4.1. Os itens
“resumo” e “referências bibliográficas” não devem ser numerados.
Na Tabela I encontram-se sugestões de formatos de fontes e parágrafos de vários
elementos de um relatório de iniciação científica. Deve-se notar que este texto procura
seguir todas as recomendações aqui realizadas, servindo de modelo dos formatos
sugeridos.

Redução máxima da MOT (1994-2003)

Estação 1
80.0%

60.0%

Média 40.0% Estação 2

20.0%

0.0%

Estação 5 Estação 3

Estação 4

Figura Erro! Não existe nenhum texto com o estilo especificado no documento..1 – Redução
máxima da MOT com a idade dos resíduos [Russo,2005]

Tabela I: sugestões de formatos para fontes e parágrafos de elementos de um


relatório de iniciação científica.

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V. CONCLUSÕES

O relatório de iniciação científica é a consolidação das informações de um projecto de


pesquisa, e se for organizado de maneira criteriosa pode trazer fatos de grande
importância a comunidade académica e servir como precioso arquivo de pesquisa e
desenvolvimento de uma instituição.

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