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Sexta-feira, 16 de Novembro de 2001 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA ISérie 52 Prego deste mimero — Kz: 200,00 This a coaspodinc Gu Ol we SATO Ope cal ns plo ns Bios no | anes" ine ie 720 pao ita aino ana Dito de sets ies 4500000] ei Kis 32,0, cece do espectvo Replica, deve ser iia mpren | ASH te 25100 | ep aspen Aa eecie icin! — UE. em Land, Cina Foal | a2 sen “Ke: 173800] a? ae eps cr Tarra 1306-—En Teg pes Astoee 107000] ong Nal UE Mi A RI Despacho conjunto n.” 337/01; su od Confisca 0 prédio urbano de rés-do-chéo ¢ 1.” andar sito em Luanda, to nur to Seotiang, Bans § Pa os Gata Conselho de Ministros Fs fv eh ur eat: ‘Despacho conjunto n.* 338/01: "Aprova o Plano Geral de Contbilidade. — Revoga tds a leislagéo ‘que conrare 0 dsposto no prevente decreto,designadamente © DDeereton? 7089, de 23 de Dezembro, Ministérios da Justica e das Obras Piblicas e Urbanismo Despacho conjunto n° 3280 CConfisca a morada stuada em Luanda, na Rua Comandante Bula 1 29731, a favor de Mafalda Antunes que também ust Mafalda “Antunes Seta ¢ Helena dos Pavees Antunes Seta Despacho conjunto n* 329/01: CConfsca a fracglo auténoma designad pela era G-1 do 7° piso do rio urbanosituado na Cidade do Labi, em nome de Francisco Jorge EsperangaJinior. Despacho comjunto "33001: : CConfsca opréiourbano em nome de Albuquerque & Svs, Limits, Despacho conjunto n” 331/01: CConfse.opédo urbano em nome de Teodoro dos Stats. Despacho conjunto n” 332/01: CConfsca © prétio urbano de dois pavimentos em nome de Antinio Lucas dot Santos. Despacho conjunto m2 33401: ‘Confise a fracsHo autdnoma designada pela leita A do 4° and o préio siuado em Luanda, na Rua Eugénio de Casto, n° 46, ‘favor da empresa de Consroges de Angol,Limitada Despacho conjunto n 33401: Confiseaoprédio urbano sito no Lobito, na Res Dr. Vieira Machado © ‘oto de Deus, a favor da Orgenizagdo Publicitéria © Anstica OPAL, SARL. Despacho conjunto n* 33901; Confiscs © prédio urbano sito em Luanda, Municipio do Rangel ‘Bait Netto Soares Rua Pomptio Pompeu do Carpo, Casa 18/2, ‘favor de Elvira Rota Rodrigues Leite de Vasconelo. Despacho conjunto 33601 CConfica 0 préio urbano para duss moraine stuado em Luanda, ‘Bairro da Sambe, Rua da Lierdade n 22 ¢ 24, em nome de ‘elmira Alves Valelana. Confsca oprédio urbano de rés-do-ch ¢ 1. andar sto em Luanda, ‘Rass Artur de Paiva e Tavares de Carvalb, em nome de Mars [Neves de Almeida Gimares(meeira) ¢ ous. —— ——— CONSELHO DE MINISTROS Decreto n.° 82/01 {de 16 de Novembro Face & crescente globalizagio da economia mundial ¢ 1 necessidade de harmonizar as préticas locais com as internacionais, assume-se com especial relevancia a aprovagio do Plano Geral de Contabilidade, em anexo a0 presente diploma, [Nos termos das disposigdes combinadas da alinea f) do artigo 112.° e do artigo 113° ambos da Lei Constitucional, (0 Governo decreta 0 segui Antigo 1 — & aprovado o Plano Geral de Contabi- lidade, anexo ao presente decreto e que dele faz parte imtegrane Art. 2*— 0 Plano Geral de Contabilidade ¢ obrigato- viamenteapicivel as Socedades Comerciais Empresas Pilea, que 1. Exergam actividades em Angola. 2. Exergam actividades em outros paises mas que tenham a respectiva sede em Angola. esteja prevista a existéncia de planos de contas espectficos, nomeadamente actividade bancéria e seguradora ¢ outras ue futuramente venham a estar sujeitas a idéntico regime. 978 Art, 4° — Ficam dispensados do disposto no n.* 1 do artigo 2.° aqueles que exergam actividade a titulo individual Art. 5.° — 1. A elaboragio da contabilidade das ‘entidades a quem seja aplicavel o disposto no artigo 2.° deversi obedecer &s disposigées constantes do Plano Geral de Contabilidade, o mais tardar, a partir do primeiro exereicio econémico com infcio em 1 de Janeiro de 2002. 2. As demonstragées financeiras preparadas, em ‘obediéncia a0 Plano Geral de Contabilidade, deverio ser assinadas por contabilistas inscritos na Entidade Represen- tativa dos Contabilistas e dos Peritos Contabilistas. An. Compete ao Ministro das Finangas para alterar, através de decreto executivo, os seguintes elementos do Plano Geral de Contabilidade ora aprovado: 42) nomenclatura, cédigo e contesdo das contas; +5) introdugao de novas contas ou eliminagio das existentes, Art. 7.° — 1. Para o exercicio das fungdes referidas no rimero anterior poderd ser consultada a Ordem de Contabiistas e dos Pertos Contablistas a quem compete & defesa eo desenvolvimento da profissdo de contabilista em ‘Angola. ‘Art, 8 — 1. As ddvidas e omissdes resultantes da interpretagao e aplicagdo do presente deceto serdo resolvidas por despacho do Ministro das Finangas. ‘Ar. 92 —~ E revognda toa a legslagSo que contrarie 0 Aisposto no presente decreto, designadamente 0 Decteto 11° 89, de 23 de Dezembro, ‘An, 10° — Este deereto entra em vigor na data da sua publicagao. Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 10 de Agosto de 2000. Publique-se. © Presidente da Repiilica, José Eouanoo Dos Santos. INTRODUGAO 1 —JUSTIFICAGAL ‘Com o renascer do desenvolvimento econémico do Pais © com a crescente internacionalizagio dos mercados de bens ¢ servigos, o Pals ndo pode deixar de acompanhar a evolugdo contabilistica registada a nivel internacional sob pena de perda de oportunidade e competitividade. Neste aspecto, a normalizagao contabilfstica assume um papel primordial & luz da crescente globalizago da economia a0 reocupar-se com: A melhoria da informagio contabilitica produzida, © conhecimento da contabitidade e respectivo controlo. A comparagio das informagées contabilfsticas no tempo eno espaco. A elaboragio de estatisticas. DIARIO DA REPUBLICA ‘A normalizagio engloba portanto duas vertentes funda- ‘mentais: CCriagio de normas. A aplicagio das normas com vista & harmonizagdo da informago contabilistica produzida, ‘A International Federation of Accountants (IFAC), que tem como objectivo primordial # harmonizagio contabi- Iistica a nivel mundial, tem vindo a desenvolver esforgos para a consecugio do seu objectivo, através do Interna- tional Accounting Standards Committee (IASC), érgdo dependente do IFAC, mediante a emisslo de normas de contabilidade internacionais. Com cerca de doze anos o actual plano de contas cempresarial encontra-se claramente desajustado face & informago que deveria ser produzida com base nas normas internacionais e, por conseguinte, torna-se imperativa a sua revisio com vista a uma crescente aproximago as préticas interacionas Embora as normas internacionais assumam um carécter de prética geralmente aceite, resultante de uma escolha ionar problemas de carécter 1, em Angola as normas contablfsticas t&m até agora assumido um cardcter legal que nesta fase, face As indmeras alteragées a introduzir, se optou por manter, A medida que a implementagdo destas alteragSes se tome efectiva ¢ com vista a flexibilizar a sua actualizag30 em fungdo das alterages que vierem a ser introduzidas nas normas internacionais, havers, entio, conveniéncia em substituir 0 cardcter legal actual por préticas geralmente aceites 0 que se prevé venha a acontecer de forma progressiva, Entretanto, enquanto tal nlo acontecer,o Plano Geral de Contabilidade agora aprovado estabelece os critérios para preparagio e apresentagdo das Demonstragdes financeiras para os utentes externos tendo como propdsitos funda- mentais: ‘Ajudar os preparadores das DemonstragSes financeiras na aplicagio de normas identicas as interacionais. ‘Ajudar 0 utentes das Demonstragées financeiras na interpretagio da informagio contida nas Demons- tragées financeiras. ‘Ajudar os auditores na formacio de opinio quanto as DemonstragSes financeira se encontram ou néo em conformidade com os prinefpios de contabi- lidade geralmente aceites. ‘Ajudar a identficarassuntos que devam constitur alvo de interpretagio detalhada e aprofundamento em fases seguintes, para melhor se conformarem com as necessidades do Pafs sem ferirem os principios bsicos internacionas. —PRINCIPAIS ALTERAGOES: Este novo Plano Geral de Contabilidade tras como principais alterages ao anterior Plano de Contas Empre- arial, as seguintes alteragdes: d 1 SERIE— N° 52—DE 16 DE NOVEMBRO DE 2001 9 2.1 — Objectivo-externo das demonstragées financeiras: Mais do que servir de base a0 exercfcio da planificasio da gestio e do controlo da actividade empresarial, as Demonstragdes financeiras passam a ter como objectivo principal dar a conhecer a investidores, empregados, finan ciadores, fornecedores, clientes, Governo e seus departa- rmentos ¢ ao piblico em geral determinadas informagdes aque Ihes permitam a tomada de decisbes importantes. 2.2 — Alteragio das componentes das demons- ‘tragGes financeiras: Para que as demonstragGes financeiras possam ser teis aos seus utentes, estas devem proporcionar informagao acerea da posigio financeira, desempenho ¢ alteragées na posigdo financeira da entidade. Por esta razlo, 0 conceito de Demonstragées financeiras passa a integrar,além do Balango e da Demonstragio de Resultados, a Demonstra- «fo de Fluxos de Caixa, destinada a proporcionar informa- (fo acerca das alterages na situaglo financeira e as Notas is Contas, destinadas a complementar as informagdes pro- porcionadas pelas restantes componentes das Demonstra- es financeiras. 2.3 — Definigio de politicas contabilisticas a adoptar na preparagio das demons- tragées financeiras: ara que a informacio proporcionada pelas Demons- ‘rages financeiras possa ir de encontro ts necessidades da maioria dos utentes, estas devem respeitar determinadas ‘caracteristicas ¢ serem preparadas em bases que melhor se adaptem as respectivas necessidades. Por esta razo passam a estar definidas as caracteristicas qualitativas que as ddemonstragdes financeiras devem ter, bem como as politi cas contabilisticas a adoptar por forma a cumprir com tais caracteristicas. Estas polfticas incluem as bases gerais de preparacio, 0s prinefpios contabilisticos, os critérios de reconhecimento «as bases de valorimetria geraise especificas a adoptar na ‘reparagdo das Demonstragdes financeiras. ‘Algumas das bases de valorimetria especificas agora definidas diferem das disposigdes fiscais existentes a respeito do mesmo assunto, Tas situagées nio devem afec- tar a preparagio das Demonstragdes financeiras de acordo com as bases definidas neste plano e apenas devem ser levadas em’ consideragio para efeitos do apuramento do lero wibutével 2.4— Alteragies na estrutura do balango: ‘Um dos principios basicos a adoptar na preparagio das Demonstragées financeiras € a comparabilidade, nfo s6 entre perfodos contabilisticos de uma mesma empresa mas também entre empresas, quer a nivel nacional, quer a nivel internacional. Por esta razio a estrutura do balango foi alte- rada por forma a cumprir com 0 modelo proposto pela ‘«dnternational Federation of Accountants». Das principais alteragSes daf decorrentes, destacam-se as seguintes: Obrigatoriedade de identificagio do nome da entidade, luxe de cana da aquisido, guid da cana e uivaen tes de caita adgulrdes 1003 47. Caixa e equivalentes de caixa: Efectuar 0 preenchimento do quadro seguinte: Rubricas axxx | axxx. Caixa. Numero, Saldos em bancos, imediatamente mobiles, Equivalents de cana Discriminar Caan equivalents de cab (excuindo diferengas de cimblo), Diferengas de cmbio de cana equiva lentes de casa. CCateaeequivalentes de cai actual ‘dos camblalmen), ‘Outas disponibles Discriminar Disponiildades constants do Balang| 48. Operagses nio efectuadas por caixa e seus ‘equivalentes: Divulgar, no mfnimo, informagées relativas a: ‘Compra de uma empresa por meio de emissdo de acces, Converse de dividas em capital 49. Outras informagées necessérias & compreensio {da demonstragio dos fluxos de caixa: Divulgar, no mfaimo, informagées relativas a: Montantes de créditos bancarios concedidos e 10 utilizados para entidade e que possam ser utilizados para! Futuras actividades operacionais, Satisfazer compromissos financeiros, Restrigdes na utilizagdo dos eréditos bancérios acima referides. POLITICAS CONTABILISTICAS —DEFINIGAO E OBJECTIVO! Politicas contabilisticas so 0s principios, bases, convengées, regras € priticas adoptadas por uma entidade na preparagiio © apresentagdo das Demonstragies financeiras, 1004 As polfticas contabilisticas definidas neste plano tém como objectivo garantir que as demonstragdes financeiras foram preparadas em obediéncia a bases que melhor se adequam as necessidades dos utentes. 2 —APLICACAt A escolha das politicas a adoptar fica a cargo da Geréncia da entidade e deverd ser orientada no sentido de no pOr em causa as caracteristicas qualitativas que se pretende que as demonstragdes financeiras tenham, Os casos omissos deveriio ser tratados pela Geréneia ‘com base em julgamento proprio, devendo a escolha de ‘uma politica contabilistica ser orientada no sentido de fornecer a informagdo mais ttil aos utilizadores das demonstragdes financeiras. Ao exercer tal julgamento a Geréncia deve considerar: 4),a forma como neste plano so tratados os assuntos similares e correlacionados; +) 0s critérios estabelecidos neste plano para defini, reconhecer € medir activos, passivos, ganhos € perdas; ©) as préticas geralmente usadas por outras entida- des, na medida em que estas respeitem 0 refe- rido em a) 6), Acescolha ou 0 uso de uma politica contabilfstica inade- quada no pode considerar-se adequada, ainda que se encontre apropriadamente divulgada nas Notas as contas. CARACTERISTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAGAO FINANCEIRA: As caracteristicas qualitativas sto os atributos que tornam a informagio, prestada pelas demonstragies finan- ceiras, dil aos utentes 1. Relevancia: A informagio € relevante quando se torna necessiri para a tomada de decisdes por parte dos utentes. Arrelevancia influencia as decisées econémicas dos ‘utentes 20 ajuds-los a avaliar os acontecimentos passados, presentes ou futuros ou confirmar, ou cortigir as suas avaliagies passadas. 2, Flabilidade: A informagio é fidvel na medida em que nio enferme de erros materiais ¢ de preconceitos, devendo para tal: Representar fidedignamente os resultados ¢ a posiglo financeira da entidade; DIARIO DA REPUBLICA Reflectir a substincia econdmica das operagbes e outros: acontecimentos e ndo meramente a sua forma legal; Ser neutra, isto é, nfo influenciar uma tomada de deci- so ou 0 exercicio de um jufzo a fim de atingir um resultado ou efeito pré-determinado; Ser prudente, isto é, resultar do uso de um determi- nado grau de precaugdo no exercicio dos jufzos necessarios para fazer estimativas requeridas ‘em condigdes de incerteza e os activos e proveitos no serem sobreavaliados e 0s passivos € custos no serem sub-avaliados; Ser completa em todos os aspectos materiais. Para 0 efeito, entende-se por materialidade o montante 1 partir do qual uma omissdo ou inexactdio de uma informagdo quantitativa influencia as decisses econémicas dos utentes tomadas na base das demonstragdes financeiras. 4 — BASES DE APRESENTACAO DAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS: 1. Continuidade: ‘As Demonstragdes financeiras devem ser preparadas nna base da continuidade, a menos que a geréncia tenha intengdes de liquidar a entidade ou cessar a sua actividade, (ou ndio tenha outra alternativa realista que nao seja fazé-lo, Caso existam incertezas quanto & continuidade da ‘entidade ou das suas operagdes, tal facto deve ser divul- jcago das gado nas Demonstragdes financeiras com razGes que estio na origem das incertezas. Caso exista intengao ou necessidade de liquidar a Centidade ou de cessar as suas operagées, as Demonstragdes financeiras no devem ser preparadas na base da conti- ruidade, devendo ser divulgado tal facto, a base usada as razdes pelas quais a entidade ndo se considera em continuidade. 2. Acréseimo: Excepto quanto & demonstragdo de fluxos de caixa, as ddemonstragles financeiras devem ser preparadas na base do acréscimo. Sob este regime, 0s efeiw:- das operagtes e outros acontecimentos so reconhecidos quando ocorrem (independentemente da data em que ocorra 0 respective recebimento ou pagamento) sendo registadas e relatadas no perfodo a que se referem. 1 SERIE —N* 52—DE 16 DE NOVEMBRO DE 2001 Desta forma as Demonstragdes financeiras informam os lutentes no somente das operagGes passadas envolvendo 0 Pagamento € o recebimento de dinheiro, mas também das ‘obrigagdes a pagar no futuro e de recursos que representam dinheiro a receber no futuro. A base do acréscimo pressupée ainda a utlizagao do conceito de balanceamento entre custos e proveitos. De acordo com este conceito as despesas so reconhecidas na demonstragdo de resultados na base do relacionamento directo entre os custos incorridos e os ganhos que lhe esto associados. Contudo, este conceito nlo permite o reconhe- cimento de itens no Balango que nio satisfagam 0s crtérios de definigdo de activos passives. 5—PRINC{PIOS CONTABIL{STICOS: 1, Consisténcia: A apresentagio e classificagio de itens nas demons- tragées financeiras devem ser mantidas de um perfodo para outro, a menos que: Uma alteragio significativa nas operagées da enti- dade ou uma revisdo da apresentagao das demonstragées financeiras demonstre que uma alteragdo ird resultar numa mais adequada apre- sentagio dos acontecimentos e transacgaes. ‘A alteragdo seja imposta pela entrada em vigor de novas politicas contabilisticas. 2. Materialidade: A informagio é considerada material se a sua omissio puder influenciar a decisio econémica dos utentes baseada nas demonstragdes financeiras. A materialidade depende do tamanho e da natureza de cada item avaliados nas circuns- tincias particulares da sua omissto, Uma divulgagio, mesmo que prevista neste plano, nto necesita de ser efectuada se a informago dat resultante for material. 3. Nao compensagio de saldos: No devem ser efectuadas compensagies de saldos entre activos e passives. A apresentagio de rubricas no Balango pelo seu valor liquido de amortizagies e provisbes no é considerada uma ccompensagio de saldos. Podem ser efectuadas compentagées de saldos entre itens de custos e proveitos apenas se os ganhos, perdas despesas relacionadas resultantes de uma mesma operag3o ‘ou de uma operacio similar no for material ou ainda nos seguintes casos: Ganhos e perdas na venda de actives no correntes, (65 quais so relatados pela diferenca entre o proveito da venda ¢ 0 valor contabilistico do activo e respectivas despesas de venda. Despesas recuperadas através de um contrato com uma terceira entidade (ex: sub-arrendamento), as quais so relatadas pelo valor Iiquido dos proveitos obtidas. 4. Comparabilidade: De forma que a informagio possa ser dtil aos utentes, ‘estes deversio ficar habilitados a: 4) efectuarandlises comparaivas para idenifcar tendéncias na posigSo financeia da entidade e 10 resllad das suas operagtes: Por esta raziio, para todos os valores contidos nas Demonstragées financeiras, devem ser apresen- tados os correspondentes valores comparativos do perfodo precedente, Informago qualitativa do perfodo precedente deve igualmente ser divulgada sempre que for consi- derada relevante para a compreensio das Demonstragdes financeiras do perfodo corrente, Quando a apresentagio ou classificago de um item ‘nas demonstragGes financeiras forem alteradas, deverio ser divulgadas a razio para a alteragio a natureza das alteragdes que deveriam ser efectuadas na informacdo do periodo prece- dente para que as informagies fossem comparé- veis. +) efectuar comparagdes entre entidades: Por esta razio devem ser divulgadas as polfticas contabilfsticas usadas na preparago d sdemonstragGes financeiras. 6—CRITERIOS PARA RECONHECIMENTO. DAS CLASSES DAS DEMONSTRA- GOES FINANCEIRAS: 1. Critério geral: Reconhecimento é 0 processo de incorporar no Balango ‘¢ na Demonstragao de resultados um elemento que satisfa- 94.4 definigdo de uma classe e as condigées para 0 seu reconhecimento, ‘Um elemento que satisfaga a definigdo de uma classe deve ser reconhecido se forem satisfeitas as seguintes condigdes: For provivel que qualquer beneficio econémico futuro, associado com o elemento, flua para, ou da, empresa; ‘Seu custo ou valor poder ser quantificado com fiabi- lidade, A inter-relagdo entre as Classes significa que um elemento que satisfaca a definigéo e critérios para .o reco- hecimento de uma dada classe automaticamente requer © reconhecimento de uma outra classe, 2. Critérios para Reconhecimento de Actives: ‘Um activo deve ser reconhecido no Balango quando: For provavel que os beneficios econémicos futuros © activo tenha um custo ou um valor que possa ser ‘quantificado com fiabilidade. ‘A determinagio de existéncia de beneficios econé- micos futuros deve ser feita atendendo ao grau de certeza dos beneficios, na base da evidéncia disponivel no momento do reconhecimento inicial do activo. A existéncia de suficiente certeza de que os beneff- cios fluirdo para a entidade necessita a segu- ranga de que esta: Recebera as recompensas ligadas ao activo, ¢ Assumird 0s riscos inerentes. Um dispéndio que tenha sido incorrido e nfo possa ser reconhecido como um activo, por ser improvivel que dele fluam beneficios econémicos futuros, deve ser reconhecido ‘como um custo na demonstragio de resultados. 2.1 — Imobilizagies corpéreas: Sao reconhecidos como imobilizagbes corpéreas, os ‘bens que: Satisfagam as condigdes gerais para o seu reconheci- ‘mento como activos. ‘Se destinem a ficar na posse ou a serem controlados pela entidade por um periodo superior a um DIARIO DA REPUBLICA Nao se destinem a ser vendidos no decurso normal das actividades da entidade, No caso de taras e vasilhame que néo se destinem uso interno da empress, 0 seu reconhecimento como um activo fica ainda condicionado & cexisténcia de registos que demonstrem que a regra geral €a devolugio por parte dos clientes. 2.2 — Imobillzagées ineorpéreas: Trespasse: $86 devem ser reconhecidos como trespasses 0s encar- {0s que representem um pagamento feito em antecipacéo de beneficios econémicos futuros e que surjam de uma aquisigio que: Constitua uma actividade comercial e, simultanea- ‘mente. Resulte na continuasio de uma actividade anterior ‘mente exercida. Despesas de investigasao e desenvolvimento: 'S6 devem ser reconhecides como activo as Despesas de Desenvolvimento que satisfagam todos os critérios seguintes: © produto ou processo esteja claramente definido e 05 custos atribuiveis ao produto ou processo possam ser demonstrados. A exequibilidade téenica do produto ou proceso possa ser demonstrada, ‘A empresa pretenda produzit, comercializar ou usar © produto ou processo. Exista um mercado para © produto ou proceso ou, se for para ser usado internamente no para ser vendido, a sua utilidade para a empresa puder ser demonstrada, Existam recursos adequados, ou a sua disponibil dade possa ser demonstrada para completar 0 Projecto e comercializar ou usar 0 produto ou process, ‘As despesas de desenvolvimento que no satisfagam todas as condigies acima referidas, bem como ‘as Despesas de Investigagio devem ser reco- ‘hecidas como um custo no perfodo em que ccorrem., 1 SERIE—N° 52—DE 16 DE NOVEMBRO DE 2001 1007 2.3 — Investimentos financeh Devem ser reconhecidos como investimentos finan- ceiros os activos que: ‘Satisfagam as condigGes para o seu reconhecimento ‘como activos ‘Tenham wma natureza de realizavel a médio e longo razos. ‘Sejam detidos por um perfodo superior a um ano. Tenham como objective aumentar a riqueza através ‘de uma das seguintes formas: Distribuigdo, mediante o recebimento de juros, royalties, dividendos e rendas. Valorizagao de capital, ou outros beneficios tai ‘como 06 resultantes de transacgdes comerciis. 2.4 — Existéncias: Devem ser reconhecidos como existéncias, 0s bens que: Respeitem as condigdes gerais para o reconheci- ‘mento como activos. Satisfagam uma ou mais das seguintes condigSes: Sejam detidos para venda no decurso normal da actividade operacional da empresa. Resultem do processo de produgdo da empresa e se destinem a venda. Se destinem a ser consumidos no processo de pro- 3 SERIE —N.° 52—DE 16 DE NOVEMBRO DE 2001 Os pagamentos progressivos ¢ os adiantamentos recebi- dos dos clientes mio sio usados para determinar a fase de acabamento porque muitas vezes nao reflectem o trabalho executado. ‘Método do contrato completado: De acordo com este método, os proveitos e os custos associados ao contrato so acumulados sendo reconhecidos apenas na data em que a obra esteja concluida ou substan- cialmente concluida, Contudo, qualquer prejuizo estimado no contrato é reconhecido imediatamente como um gasto. 7 —Tereeiros: 7.1 Contetido das rubricas: Clientes — tiualos a receber (conta 31.2): Esta conta desti clientes e por estes aceites. -se a registar as letras sacadas a Esta conta reflecte, portanto, em qualquer momento as dividas de clientes que estejam representadas por titulos, ainda nio vencides, quer estejam em carteira, que tenham sido descontados. © valor das letras a constar no Balango devers dizer respeito as letras em carteira pelo que para o respective apuramento deverd ser dete saldo desta conta e a conta Clientes — titulos descontados. nada a diferenga entre 0 Clientes — titulos descontados (conta 31.3): Esta conta tem natureza credora e destina-se a registar as letras descontadas. [Na data de vencimento das letras esta conta deverd ser debitada da seguinte forma: Por contrapartida da conta Clientes — titulos a receber, caso na data de’ vencimento a letra néo seja devol- vvida por falta de pagamento. Por contrapartida da conta bancéria onde o desconto hhaja sido efectuado, caso na data de vencimento a letra seja devolvida por falta de pagamento, Em simultineo deverd ser efectuada a transferéncia da Tetra reflectida em Clientes — titulos a receber para a conta Clientes — correntes. 1045 saldo desta conta reflecte, portanto, em qualquer ‘momento o valor das letras descontadas ainda nfo vencidas ‘que deverd figurar numa nota das Notas as contas, dado que a responsabilidade da entidade perante o banco se mantém, Clientes de cobranga duvidosa (conta 31.8): Esta conta, conforme o proprio nome indica, destina-se a registar os clientes cujos saldos tenham uma cobrabi- lidade duvidosa. Quando cessarem as razGes que determi- nnaram a transferéncia dos saldos para esta conta, 0 respec- tivo langamento deverd ser revertido, Clientes — Saldos credores — Adiantamentos (con- ta 31.9.1): Esta conta regista as entregas feitas & empresa relativas a fornecimentos a efectuar a terceiros, cujo prego nio esteja previamente fixado. Aquando da emissio da factura, estas verbas serio transferidas para as respectivas contas na rubrica Clientes ~ correntes. Clientes — Saldos credores — Embalagens a devolver (conta 31.92): Esta conta, de natureza credora, regista o valor das cembalagens enviadas aos clientes por irem a acon ‘5 bens vendidos mas que se destinam a ser devolvidas, Esta conta ser saldada da seguinte forma: Por contrapartida da respectiva conta de clientes — correntes, na data da devolugao por parte do clieme. Por contrapartida da respectiva conta de vendas, caso as embalagens no sejam devolvidas dentro dos prazos acordados. Clientes — Saldos eredores — Material a consignagao (conta 31.9.3) Esta conta, de natureza credora, € criada por contra- partida da respectiva conta de clientes — correntes ¢ regis- ‘ta o-valor dos bens enviados & consignagio para os clientes. Esta conta serd saldada da seguinte forma: Por contrapartida da respectiva conta de vendas, na data fem que os bens tenham sido vendidos deixando, portanto, de estar & consignagio. 1046 DIARIO DA REPUBLICA Por contrapartida da respectiva conta de Clientes — correntes, em caso-de devolugao dos bens por no terem sido vendidos. Fornecedores — titulos a pagar (conta 32.2) Esta conta destina-se a registar as letras sacadas pelos fornecedores e aceites pela entidade. saldo desta conta deverd reflectir, em qualquer ‘momento, as dividas a fornecedores ndo vencidas que s¢ encontrem representadas por letras ou outros titulos de crédito. Fornecedores — facturas em recepcao e conferéncia (conta 32.8): D Esta conta destina-se a reflectir as compras, relatvas a ‘material recebido, cujas facturas: Nao chegaram 3 entidade até a data Embora tenham chegado a entidade, ainda no se cencontrem conferidas. Aquando da contabilizagao definitiva da factura esta conta deverd ser saldada por contrapartida da respectiva conta de Fornecedores — corrente Forecedores-Saldos devedores — Adiantamentos (con- ta 329.1); Esta conta destina-se a registar as entregas feitas pela empresa com relagio a fornecimentos a efectuar por terceiros, cujo prego nao esteja previamente fixado. Aquando da recepgio da factura, estas verbas deverao ser transferidas para as respectivas contas de Fornecedores —correntes. Fornecedores-Saldos devedores — Embalagens a devolver (conta 32.9.2) Esta conta, de natureza devedora, regista o valor das ‘embalagens enviadas pelos fornecedores por virem a acondicionar os bens comprados mas que se destinam a ser devolvidas ao fornecedor. Esta conta sera saldada da seguinte forma: Por contrapartida da respectiva conta de fornecedores —correntes, na data da devolugio ao fornecedor. Por contrapartida da respectiva conta de compras, caso ‘as embalagens nio sejam devolvidas ao forecedor dentro dos prazos acordados. Fornecedores-Saldos devedores — Material & consig- nagao (conta 32.9.3): Esta conta, de natureza devedora, € criada por contra- partida da respectiva conta de Fornecedores ~ correntes € regista 0 valor dos bens recebidos & consignagio dos forne- ‘cedores. Esta conta ser saldada da seguinte forma: Por contrapartida da respectiva conta de compras, nha data em que os bens tenham sido vendidos a clientes deixando, portanto, de estar & consignacao. Por contrapartida da respectiva conta de fornecedores — correntes, em caso de devolugdo dos bens ao fomnecedor por ndo terem sido vendidos Empréstimos por obrigagdes — convertiveis (con- ta 33.2.1): Esta conta destina-se a registar, pelo valor nominal, as ‘obrigagSes subscritas por terceiros que sejam convertiveis ‘em capital. Empréstimos por tulos de participagdo (conta 33.3): Esta conta destina-se a registar, pelo valor nominal, 0s titulos de participagao subscritos por terceiros. Imposto sobre os lucros (conta 34.1): Esta conta destina-se a evidenciar a divida da entidade relativa a imposto sobre os lucros. A débito deverio ser registados os pagamentos por conta efectuados e as eventuais retengées efectuadas por terceiros aquando da colocagdo de rendimentos & dispo- siglo da entidade, A crédito devera ser registada a estimativa de imposto a pagar relativa ao exercicio, por contrapartida da conta 87 Imposto sobre Tucros e da conta 81 Resultados transitados. Quando se entender conveniente, esta conta poderi ser subdividida por exercicios. [Imposto de rendimento de trabalho (conta 34.3): Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar 0 imposto deduzido aos empregados devido pelo rendimento do seu trabalho, apurado aquando do processamento de salérios. 1 SERIE —N* 52—DE 16 DE NOVEMBRO DE 2001 Esta conta sera saldada por contrapartida de meios ‘monetirios aquando do respectivo pagamento ao Estado, Subsidios a pregos (conta 34.8): Esta conta, de natureza devedora, destina-se a registar 0 complemento a receber do Estado, resultante do diferencial entre o prego de venda estabelecido pela empresa e 0 prego de venda ao pablico., © débito deverd ser efectuado por contrapartida da conta 61.5 Subsidios a precos. Esta conta sera saldada por contrapartida de meios ‘monetirios aquando do respectivo recebimento do Estado. Entidades ‘participantes — conta subscrigao (contas 35.111, 35.1.2), 35.1.3.1, 33.141): Estas contas, de natureza devedora, destinam-se a registar, por contrapartida da conta 1 Capital, as subseri- ‘des de capital efectuadas por terceiros. Estas contas ser saldadas, por contrapartida de meios monetérios, aquando do recebimento dos valores em divida. Entidades participantes — conta adiantamento sobre tucros (contas 35.1.1.2, 35.1.2.2, 35.1.3.2, 35.1.4.2): Estas contas, de natureza devedora, destinam-se a registar, por contrapartida de meios monetérios, as entregas efectuadas por conta de lucros futuros. Estas contas sero saldadas por contrapartida das contas Entidades participantes — conta/lucros, aquando da atribuigdo efectiva dos lucros. Entidades participantes — conta lucros (contas IIIS, 35.1.2.3, 5.1.3.3, 5.1.4.3): Estas contas, de natureza credora, destinam-se a registar, por contrapartida da conta 87 Resultados transi- tados, a atribuigdo de lucros decidida em Assembleia Geral de sécios/accionistas Estas contas serdo saldadas da seguinte forma: Por contrapartida das contas Entidades participantes — conta adiantamentos, pela parte que haja sido adiantada, Por contrapartida de meios monetérios, pela parte remanescent, 1047 Entidades participadas — conta subscrigdo (con- tas 35.2.1.1, 35.2.2.1, 35.2.3.1, 35.2.4.1): Estas contas, de natureza credora, destinam-se a regis- tar, por contrapartida de Investimentos Financeiros, as subscrigbes de capital efectuadas em outras empresas. Estas ccontas serio saldadas, por contrapartida de meios mone- trios, aquando do pagamento dos valores em divida. Entidades participadas — conta adiantamento sobre lu- eros (contas 35.2.1.2, 352.22,35.2.3.2, 3524.2): Estas contas, de natureza credora, destinam-se a regis lar, por contrapartida de meios monetdrios, as entregas recebidas por conta de Tucros futuros. Estas contas serio saldadas, por contrapartida das contas Entidades participa: das — conta lucros, aquando da atribuigio efectiva dos Iucros. Entidades participadas — conta/lucros (contas 35.213, 35.2.2.3, 35,2.3.3, 35.243): Estas contas, de natureza devedora, destinam-se a registar, por contrapartida de proveitos financeiros, @ atribuigdo de lucros decidida em Assembleia Geral de s6ciosfaccionistas das participadas, Estas contas serdo saldadas da seguinte forma Por contrapartida das contas Entidades participadas — conta adiantamentos, pela parte que haja sido rece- bida adiantadamente Por contrapartida de meios monetérios, aquando do recebimento da parte remanescente, Pessoal — Remuneracdes (conta 36.1): Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar € controlar 0 processamento © pagamento das remuneragdes 8 Oral sociais e ao pessoal Esta conta registaré a crédito, por contrapartida de custos, 08 valores Iiquidos a pagar resultantes do proces- samento de salérios e seré saldada da seguinte forma: Por contrapartida da conta 36.3 Pessoal — adianamen- tos, pela parte que haja sido adiantada, Por contrapartida de meios monetérios, aquando do ‘Pagamento na parte remanescente. 1048 Pessoal — Participagdo nos resultados (conta 36.2). Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar € controlar os resultados atribuidos a érgios sociais e a0 pessoal que tenham sido deliberados em Assembleia Geral de sécios/accionistas. Esta conta registaré a crédito, por contrapartida da con- ta 81 Resultados transitados, os valores liquidos a pagar e serio saldadas por contrapartida de meios monetérios, quando do pagamento. Pessoal —Adiantamentos (conta 36.3): Esta conta, de natureza devedora, destina-se a registar e controlar os vales de empregados relativos a adiantamentos, efectuados a empregados por conta de remuneragdes futuras. Esta conta registard a débito, por contrapartida de meios monetarios, os adiantamentos efectuados e serd saldada por contrapartida da conta Pessoal — Remuneragdes apés 0 registo do respectivo processamento de salérios. Compras de imobitizado (conta 37.1): Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar as dividas para com terceiros resultantes de compras de imobilizado. Esta conta registard a crédito, por contrapartida das respectivas contas de imobilizado, os valores em divida € seré saldada por contrapartida de meios monetérios quando do pagamento. Vendas de imobilizado (conta 37.2): Esta conta, de natureza devedora, destina-se a registar as dividas de terceiros resultantes de vendas de imobi- lizado. Estas contas registardo a débito, por contrapartida das ccomtas de resultados respectivas, os valores facturados serio saldadas por contrapartida de meios monetérios quando do recebimento. Proveitos a facturar (conta 37.3): Esta conta, de natureza devedora, serve de contrapartida ‘0s proveitos a reconhecer no préprio exercicio, para os 4uais ainda ndo tenha sido emitida a respectiva documen- tagio vinculativa, por forma a dar cumprimento a0 principio da especializagio dos exerefcios. DIARIO DA REPUBLICA No exercicio seguinte, esta conta deverd ser saldada por contrapartida da respectiva conta de Terceiros apés ter sido cemitida a respectiva documentagio vinculativa, Encargos a repartir por periodos futuros (conta 37.4): Esta conta, de natureza devedora, destina-se a registar ‘08 custos que devam ser reconhecidos apenas no ou nos cexercicios seguintes, por forma a dar cumprimento a0 principio da especializagio dos exercicios. No exercicio ou exercfcios em que os encargos devam ser reconhecidos como custos, esta conta deverd ser credi- tada por contrapartida da conta de custos apropriada. Para um maior controlo dos movimentos a ineluir nesta conta, poder eza devedora e outra de natureza credora, destinadas a controlar, respectivamente, o valor inicial diferido ¢ o total do valor jé transferido para resultados em exercicios subsequentes. Neste caso, no final de cada ano, o total dos cencargos a repartir por exercicios futuros € dado pelo saldo liquido das sub-contas utilizadas. ser abertas duas sub-contaé, uma de natu- Encargos a pagar (conta 37.5): Esta conta, de natureza credora, serve de contrapartida ‘08 custos a reconhecer no proprio exercicio, para os quais ainda ndo tenha sido recebi vinculativa, por forma a dar cumprimento ao principio da cespecializagao dos exercicios. 1 respectiva documentagiio No exercicio seguinte esta conta deverd ser saldada por ccontrapartida da respectiva conta de terceiros apés ter sido recebida a respectiva documentagio vinculativa. Encargos a pagar — Remuneragées (conta 37.5.1): Esta conta destina-se a reconhecer, entre outros, 0s custos com férias do pessoal (e respectivos encargos fiscais) devidos por motivo de férias, cujo processamento € pagamento s6 ocorra no ano seguinte Proveitos a repartir por periodos futuros (conta 37.6): Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar os proveitos que devam ser reconhecidos apenas no ou nos exercicios seguintes, por forma a dar cumprimento a0 princ{pio da especializagdo dos exercicios. t a 1 SERIE —N.* $2—DE 16 DE NOVEMBRO DE 2001 1049 No exerecio ou exerccios em que devam ser reconhe- cidos como proveitos esta conta deverd ser debitada por contrapatida da conta de provetos apropriada. Para um maior controlo dos movimentos a incluir nesta conta, poderdo ser abertas duas sub-contas, uma de natu- reza credora e outra de natureza devedora, destinadas a ‘controlar, espectivamente, o valor inicial dferido e 0 total do valor ja transferido para resultados em exercicios subse- quentes. Neste caso, no final de cada ano, o total dos proveitos a repartir por exercicios futuros € dado pelo saldo liquido das sub-contas utilizadas. Proveitos a repartir por perfodos futuros — Subsidios ara investimento (conta 37.6.3): Devem ser registados nesta conta os subsidios a fundo perdido destinads a financiar imobilizagdes amortzéveis. ‘A quota - parte dos subsidios a transferir para proveitos (conta 63.4 — Subsidios a investimento) em cada exercicio deverd ser apurada na mesma base da determinacao das. amortizagoes do imobilizado a que 0s subs(dios se referem, por forma a cumprir com o prinefpio de balanceamento de ‘custos € proveitos. Proveitos a repartir por pertodos futuros — Diferencas de cambio favordveis reversiveis (conta 37.6.4): Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar as diferencas de cdmbio favordveis néo realizadas, resultantes de elementos monetérios no correntes e relativamente as quais exista a perspectiva de reversibilidade do cimbio, Esta conta poder ser sub-dividida por moedas ou por empréstimos e outras operagies. Contas transitérias — Transacgdes entre a sede e as dependéncias da empresa (conta 37.7.1): Esta conta destina-se a registar, ao longo do ano, as operagies entre a sede e as dependéncias da empresa, sendo a sua movimentagao idéntica a qualquer outra conta de Terceiros. No final do ano, esta conta deverd ficar saldada através da integracdo, nas contas da Sede, dos activos e passives das dependéncias. "ara uma maior facilidade de controlo, esta conta deverd ser sub-dividida em tantas sub-contas quantas as dependéncias existentes. Outros valores a receber e a pagar (conta 37.9): AAs sub-contas a inclur nesta rubrics, dependendo da sua natureza, podeio ter saldo devedor ou credor.Estfo abrangias por esta rubrca as divides a receber ou a pagar derivadas de: ‘Empréstimos concedidos que nao sejam de classificar ‘nas contas 35 Entidades participantes ou na conta 36,3 Pessoal — Adiantamentos. Subsidios recebidos que sejam de natureza reembol- sfvel. ‘Outras operagbes relativas a dividas de e a terceiros que ‘do sejam de classificar nas restantes contas da classe 3, Provisdes para cobrangas duvidosas (conta 38): sta conta, de natureza credora destina-se a registar as perdas previs{veis associadas a riscos de cobranga das dividas de Terceiros, por forma a que estas sejam apresen- tadas pelo seu valor realizavelIquido se este for inferior a0 seu valor de registoinicial (corigido, eventualmente, pelo feito das diferengas de cAmbio). As provisies sto criadas por contrapartida das corres- pondentes contas de custos e so corrigidas ou anuladas quando, respectivamente, se reduzam ou cessem os moti- ‘vos que as originaram, Provisdes para outros riscos e encargos (conta 39): Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar as perdas previsiveis associadas a riscos de natureza espect- fica e provavel (contingéncias). As provisies sto criadas por contrapartida das corres- pondentes contas de custos e so corrigidas ou anuladas quando, respectivamente, se reduzam ou cessem os riscos previstos. Provisbes para pensdes (conta 39.1): Esta proviso pode ter como suporte um fundo afecto, a considerar na conta 13.5 Investimentos Financeiros —~ Funds. Provisdes para garantias dadas a clientes (conta 39.4): Consideram-se nesta rubrica as verbas destinadas a suportar os encargos que se espera vir a ter derivados de ‘garantias previstas em contratos de venda, Excluem-se do 41050 Ambito desta rubrica os réditos que devam ser diferidos de acordo com o disposto nas notas relativas a conta de Prestages de Servigo. 7.2 Definicaes: Obrigacaes: ‘As obrigagdes so unidades de medida, de igual valor, de cada empréstimo. AAs obrigagGes correspondem, portanto, a uma divida da sociedade emitente para com cada um dos possuidores dos titulo. Classificagdo das obrigagoes: Quanto & forma de apresentagio: ‘Tituladas, Escriturais, Quanto as garantias oferecidas: ‘Sem garantias reais. Ordindrias. Com garantias reas. Hipotecétias, Consignagio de rendimentos. Penhor. Quanto a forma de emissao: Nominativas. Ao portador. Mistas. ‘Quanto a0 prego: Ao par. ‘Acima do par. Abaixo do par Quanto 20 rendimento: Fixo. Varidvel, Quanto a0 valor do reembolso: ‘Sem prémio. Com prémio, DIARIO DA REPUBLICA ‘Quanto ao modo de reembolso: Amortizagio constant Amortizagio variavel. ‘Quanto & possibitidade de acesso ao capital: Convertiveis. Nao convertiveis. Titulos de participagao: 0s tftulos de participagao so unidades de medida, de igual valor, de cada empréstimo emitidos por empresas pliblicas ou de capitais maioritariamente pablicos, Os titulos de participagio correspondem, portanto, a uma divida da sociedade emitente para com cada um dos possuidores dos ttulos. — Meas monetarios: (Os meios monetérios representam disponibilidades imediatas de tesouraria, quer em dinheiro, quer em valores, facilmente convertiveis em dinheiro. 8.1 Contetido das rubricas: Titulos negocidveis (conta 41): Esta conta destina-se a registar os titulos adquiridos para aplicagio de excedentes de tesouraria © que sto detidos com 0 objectivo de serem transaccionados a curto ‘prazo, ou seja, num perfodo inferior a um ano. Deposits a prazo (conta 42) Esta conta destina-se a registar os meios de pagamento existentes em contas a prazo nas instituigdes de crédito, Depésitos & ordem (conta 43): Esta conta destina-se a registar os meios de pagamento existentes em contas & vista nas instituigBes de crédito. Caixa (conta 45). Esta conta agrega os meios de pagamento, tais como notas de banco, moedas metélicas de curso legal, cheques € vales postais, nacionais ou estrangeiros. SERIE —N2 $2—DE 16 DE NOVEMBRO DE 2001 Caixa ~ Fundo fixo (conta 45.1): Esta conta destina-se a reflectir 0s meios de pagamento destinados a fazer face a compras a dinheiro de pequeno ‘montante. Caixa — Valores a depositar (conta 45.2): Esta conta destina-se a reflectir os meios monetirios ‘compostos por dinheiro ou cheques que resultem de recebi- ‘mentos de Terceiros e para os quais ainda ndo tenha sido cefectuado o correspondente depésito bancitio. Caixa — Valores destinados a pagamentos especificos (conta 45.3): Esta conta destina-se a registar os meios monetérios Ievantados do banco com o objectivo de fazer face a pagamentos de montante significativo através de caixa que, fem condigdes normais, seriam pagos directamente através, do banco. Caixa — Conta transitéria (conta 48): Esta conta destina-se a registar 0s meios monetétios que jo se encontram em depésitos & ordem por ter sido solicitada, a uma instituigio financeira, a sua transferéncia para uma terceira entidade mas relativamente aos quai ainda ndo foi obtida confirmagio da efectivagio da operagio. Provisbes para aplicagées de tesouraria (conta 49): Esta conta destina-se a registar a diferenga entre 0 custo de aquisigdo ¢ 0 prego de mercado das aplicagdes de tesou- raria, quando este for inferior aquele. A provisdo ¢ constiuufda por contrapartida da correspon- dente conta de custos e € corrigida ou anulada na medida em que se reduzirem ou deixarem de existir as situagdes ue justficaram a constituigao, 8.2 Siuagdes particulares: Caixa — Fundo fixo (conta 45.1): Esta conta deverd ser debitada por contrapartida de: Bancos, tendo por base um cheque passado a ordem do responsével pela caixa e um vale assinado por este, confirmando a recep e a responsabilizasdo pelo valor que the foi entregue; ou 1051 Caixa — valores destinados a pagamentos especificos, tendo por base um vale assinado pelo responsavel da caixa, confirmando a recepsdo e a responsabili- zagio pelo valor que the foi entregue. Esta conta sera creditada apenas quando: For necess jo diminuir o valor do fundo fixo; ou (O responsivel pela caixa mudar. Nessa data, deverd ser: Cancelado o vale anteriormente emi Emitido novo vale que devers ser assinado pelo respon- vel pela caixa a partir dessa data A contrapartida do erédito sera um débito na mesma cconta tendo por base o novo vale. Os pagamentos efectuados mediante & utilizagdo dos meios monetérios desta caixa deverdo ser registados a débito nas respectivas contas de custos € a crédito numa das seguintes contas: Bancos, se for passado um cheque & ordem do respon- sével pela caixa para reposigio do valor do fundo fixo. Caixa — valores destinados a pagamentos especiticos, se forem entregues ao responsivel pela caixa valores em dinheiro para repor o valor do fundo fixo. s valores em caixa, compostes por meios monetérios & documentos de despesa devem, em qualquer momento, totalizar 0 valor do fundo fixo. No final de cada més 0 fundo fixo deverd ser composto exclusivamente por meios ‘monetarios. 9— Capital e reservas: 9.1 Contetido das rubricas: Capital (conta $1): Esta conta desti se a registar: © capital nominal subscrito das empresas sob a forma de sociedade, © capital inicial e as dotagdes de capital das empresas pablicas 1052 © capital iniial, © adquirdo e ainda as operagies de natureza financeira com 0 respectivo propriettio no caso de comerciantes em nome individual. (© capital das cooperativas. ‘Acgdes/Quotas préprias — valor nominal (conta 52.1): Esta conta destina-se a registar 0 valor nominal das ‘acges ou quotas préprias adquiridas pela empresa. ‘Acgdes/Quotas préprias — descontos (conta 52.2) Esta conta destina-se a registar a diferenga quando positiva entre o valor nominal das acgGes ou quotas proprias adquiridas pela empresa e 0 respectivo custo de aquisigéo. De forma a manter os descontos correspondentes as acgBes ou quotas proprias em carteira, esta conta deverd ser regularizada por contrapartida de reservas quando se proceder & venda das acgbes ou das quotas préprias. Acgdes/Quotas préprias — prémios (conta 52.3): Esta conta destina-se a registar a diferenga, quando negativa, entre 0 valor nominal das acgdes ou quotas roprias adquiridas pela empresa e 0 respectivo custo de aquisigao. De forma a manter os prémios correspondentes as acgies ou quotas préprias em carteira, esta conta deverd ser regularizada por contrapartida de reservas quando se proceder & venda das acgSes ou das quotas préprias, Prémios de emissdo (conta 53): Esta conta destina-se a registar a diferenga entre os valores de subscrigdo das acgdes ou quotas emitidas e 0 seu valor nominal. Presiagdes suplementares (conta 54): Esta conta destna-se a regstar as presiagdes de capital: Previstas na lei especificamente para as sociedades por quotas. ‘Nio previstas na lei, para as restantes entidades sujeitas ‘este Plano, mas cujo cardcter seja semelhante a0 definido para as das sociedades por quotas. DIARIO DA REPUBLICA Reservas Legais (conta $5): Esta conta destina-se a registar as reservas que devam ser constituidas por imposigio legal e deverd ser sub- -dividida, consoante as necessidades, tendo em vista a legislagdo que Ihes € aplicével. Reservas de Reavaliagdo — legais (conta 56.1): Esta conta destina-se a registar os ajustamentos mone- térios resultantes de faculdades previstas em diplomas legais especificos e serd movimentada de acordo com as disposigdes neles constantes. Reservas de Reavaliagdo — auténomas — avaliagao (conta 56.2.1) Esta conta destina-Se a registar 0s ajustamentos mone- trios resultantes de avaliagies feitas por perito indepen- dente, bem como as correcgdes subsequentes baseadas em revisdes posteriores da avaliago. Salvo quanto as correcgées jd referidas, o saldo desta conta mantém-se inalterdvel até que a conta Reservas de Reavaliagdo auténomas-realizagao (conta 56.2.2) devendo, quando tal acontecer, proceder-se a0 respectivo balanceamento/anulagéo. Estas reservas nao podem pois ser uti aumentar capital, para cobrir prejuizos ou para distribuigo as sécios e accionistas Reservas de Reavaliagdo — auténomas — realizagao (conta 56.2.2): Esta conta destina-se a registar arealizagdo efectiva dos ajustamentos monetérios resultantes de avaliagies feitas por perito independente (incluindo as correcgGes subse- quentes baseadas em revisGes posteriores da avaliagio) contabilizadas na conta Reservas de Reavaliagao — auténomas — avaliagdo (conta 56.2.1) que ocorram em resultado de: ‘Venda dos bens. Amortizagao do ajustamento monetério inclufdo nas amortizagdes dos bens jé efectuadas. Esta conta, de natureza devedora, deve ser: Criada por contrapartida da conta 58 Reservas livres. Corrigida em funglo das correcgdes subsequentes da avaliagio,

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