Você está na página 1de 105
“ Colecgao Formag¢ao Modular Automovel PROCESSOS DE CORTE E DESBASTE 4 CEPRA Centro de Formacéo Profissional da Reparagdo Automével UNIAO EUROPEIA Ministério das Actividades Econémicas Fundo Social Europeu edo Trabalho FCEPRA Referéncias CEP! Colecgao Titulo do Médulo Coordenagao Técnico-Pedagégica Direc¢ao Editorial Autor Maquetagem Propriedade Edigao 2.0 Depésito Legal Formagao Modular Automovel Processos de Corte e Desbaste CEPRA - Centro de Formagao Profissional da Reparagao Automével Departamento Técnico Pedagdgico CEPRA - Direcgao CEPRA — Desenvolvimento Curricular CEPRA ~ Nucleo de Apoio Grafico Instituto de Emprego e Formagao Profissional Ay. José Malhoa, 11 - 1000 Lisboa Portugal, Lisboa, 2000/03/20 147908/00 © Copyright, 2000 Todos os direitos reservados leFP “Produgéo apoiada pelo Programa Operacional Formagao Profissional e Emprego, cofinanciado pelo Estado Portugués, e pela Unido Europeia, através do FSE" “Ministério de Trabalho e da Solidariedade ~ Secretaria de Estado do Emprego e Formagao” Processos de Corte e Desbaste INDICE DOCUMENTOS DE ENTRADA OBJECTIVOS GERAIS OBJECTIVOS ESPECIFICOS PRE - REQUISITOS .. CORPO DO MODULO 0 - INTRODUGAO. 1-SERRAGEM Pe 1.1 -SERRAGEM MANUAL... cence 12 1.1.1 - FOLHA DE SERROTE. 44 1.1.2 METODO OPERACIONAL DE UMA SERRAGEM MANUAL, 16 4.2 - SERRAGEM MECANICA..... 19 1.2.1 - SERROTE MECANICO. so ee 19 1.2.2 - SERRA CIRCULAR snc senntnnnsnnnnennnee 1B 2- PROCESSOS DE CORTE E DESBASTE POR ACCAO ABRASIVA 2.1 — ABRASIVOS INDUSTRIAIS E SUA UTILIZAGAO wn enesnennsnnnnnnn 24 22 2.1.1 - CLASSIFICAGAO DE ABRASIVOS.... 2.1.2 - PROPRIEDADES DOS ABRASIVOS... 2.2 GRAOS ABRASIVOS EM ESTADO AGLOMERADO, 24 2.2.1 - MOS OU REBOLOS wee 24 2.2.2 - CARACTERISTICAS DAS MOS 2.2.3 - DIMENSOES E CLASSIFICAGAO DE UMA MO. 211 2.2.4- FORMATO DAS MOS : 2.412 2.2.5 - ESCOLHA DAS MOS... er 2.2.6 - MANEJO E COLOCAGAO DAS MOS 2.15 2.2.7 - REGENERAGAO DE UMA MO ...ancnes 247 2.2.8 - OUTRAS FORMAS DE MOS 2.19 Processos de Corte e Desbaste Indice GCEPRA 2.3- GRAOS ABRASIVOS EM REVESTIMENTO. 221 2.3.1- LIXAS 221 2.4 PROCESSOS DE CORTE POR ACGAO ABRASIVA, 2.25 2.4.1 - AMOLAGAO OU ESMERILAGEM..... 226 2.4.2 - REBARBAGEM...... 12.28 2.4.3 - RECTIFICAGAQ es 231 2.4.4 - LIXAGEM MECANICA...... : nse 233 2.4.5 - HONING enero) 2.4.8 - SUPERACABAMENTO. 2.26 3 - CORTE COM TESOURA. 3.1 ~ TESOURA MANUAL a oo a4 3.2 - TESOURA DE ALAVANCA...., 4-CORTE TERMICO.. 44 4.1 OXPCORTE rons 4.1.1 - PARAMETROS DE OXI-CORTE ... 4.1.2 - DEFEITOS DE CORTE... 2- CORTE TERMICO DO PLASMA. 5 -LIMAGEM.. eee 5.1—LIMAS. so ere mmeeneara 2 5.2- CABOS PARA LIMAS sone = 57 5.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS NA LIMAGEM....0nnnnsnnnennn 59 BIBLIOGRAFIA ....s.cecse DOCUMENTOS DE SAIDA POS-TESTE.. CORRIGENDA DO POS-TESTE Processos de Corte e Desbaste indice “OICEPRA Indice ANEXOS EXERCICIOS PRATICOS.. GUIA DE AVALIAGAO DOS EXERCICIOS PRATICOS. Processos de Corte e Desbaste A CEPRA DOCUMENTOS DE ENTRADA FCEPRA Objectivos Gerais e Especificos do Médulo OBJECTIVOS GERAIS E ESPECiFICOS Depois de ter estudado este médulo, o formando devera ser capaz de: OBJECTIVOS GERAIS DO MODULO Ter os conhecimentos necessérios dos processos de serrar, cortar por acco abrasiva, cortar com tesoura, cortar utilizando processos térmi- cos e limar utiizando ferramentas e equipamentos especificos correcta- mente. OBJECTIVOS ESPECIFICOS 1. Seleccionar correctamente as ferramentas e equipamentos adequa- dos para serrar uma pega utllizando as como os métodos de serrar mais apropriados, nomeadamente a serragem manual e a serragem mecénica. 2. Identificar as finalidades do corte e desbaste por acoao abrasiva, ‘enunciando as mesmas 3, Seleccionar o abrasivo industrial adequado ao método de corte e desbaste por acco abrasiva a executar, nomeadamente: os gros abrasivos em estado aglomerado e os gros abrasivos em revesti- mento. Processos de Corte e Desbaste EA FCEPRA Objectivos Gerais e Especificos do Médulo 4, Seleccionar as ferramentas e equipamentos adequados para executar uma esmerilagem, rebarbagem, rectificagdo, lixagem manual, lixagem mecanizada, bem como identificar as ferramentas e equipamentos utilizados em outros métodos de corte e desbaste por acgéo abrasive como o honing ¢ o superacabamento. 6. Seleccionar a tesoura manual e a tesoura de alavanca adequada para corte de chapas finas. 6 . Enunciar os principios de funcionamento dos processos de corte térmicos, nomeadamente o oxi-corte e o corte térmico por plasma. 7. Seleccionar as ferramentas e equipamentos adequados para limar uma pega E2 Processos de Corte e Desbaste BD CEPRA Pré-Requisitos PRE-REQUISITOS COLECCAO FORMAGAO MODULAR AUTOMOVEL ry Tagore Teraaga doe Sok onstrate Ga | | Sista Electrica #6uq 1 ssica | | Elect _- || Tee de Bateres © ‘Condutorws = smite Bac || are tn] Sete ten || || mem || Spear Gin ring, [trent] [Cancion indo Gurr Microcontroladoree “da Eequarnas Furcionamento doe Distribuigse Coractattions ais Wicopoeeencne || toe ho one “ tr || eee Eeaee Penman atone de neue Keorerad Mote || stratcat || arco or} Sitar se cee steed || Lanercrantice |] soeamanrusn || ects? || sutamese ‘Setroutmertapse torment Faring core . Conan Strasse setae de | [stone aon] setae de enon] Seq ee tenet Tudcnoe ‘ations Carica shan sitar xo] | ern tingt| |Ovine se mre] | Osetce Rem | vrtaso Fonda || Saterae ce Noctricn avis ste | cea ancerarmte| | Arma 0 Stare ee atiade || sapunngs Aca os Dagrsicos | fonanie omar] |e peta oon] | Eom ota] as Rerwegtoam | |arconans second | Sms deer |] Stara einai | | cvs de Taare Anaion decane de || Reprmranen . nts || ‘leap Oped || sian ce Gon Preoemase oo (mee Catteee} | Ngbe Mai Lagat tepeota]| Pomeroe tL prema cre ‘comtaaio "|| Adamo! a moon rman Gocinte Prcaeeoe Foro ucw oe Remctctneas || MESA CoE ‘rcingens || Mogg em Hnergarce_ |] Metro || arate Me face rocmertarBtem| | erie OUTROS MODULOS A ESTUDAR = a= TEER Médulo em estude Processos de Corte e Desbaste E3 GFCEPRA CORPO DO MODULO “OCEPRA Introdugdio 0 - INTRODUGAO Durante a fabricagao de uma pega sao utilizados diversos processos para transformar o material em bruto na pega final que se pretende. A utiizagao dos métodos de tracagem e puncionamento permite a delimitagao da pega a realizar no material em bruto, utiizando tragos e marcas de pungdes, de modo a que a execugao da pega seja efectuada correctamente obtendo-se uma pega final com a qualidade desejada Para uma execugao correcta de tragagem e puncionamento é necessério utlizar as varias ferra- mentas de forma precisa e correcta para que a tragagem e 0 puncionamento executados corres- pondam & pega que se pretende obter no final. Processos de Corte e Desbaste ot A CEPRA Serragem 1 -SERRAGEM ‘A serragem @ uma operagao que consiste no corte de pegas utiizando uma folha de serrote montada num serrote. Fig.1.1 ~ Trabalhos de serragem 0 corte das pecas € provocado pelo arranque de aparas realizado pelos dentes das folhas de serrote durante 0 curso activo do movimento de corte do serrote, © curso activ do movimento de corte do serrote 6 © movimento que provoca o arranque da apara, como mostra a fig. 1.2. Fig. 1.2 — Sentido do curso activo do movimento de corte A serragem pode ser manual, quando se utiliza serrotes manuals, ou pode ser mecanica quando se utiliza serrotes mecdnicos ou serras circulares. Processos de Corte e Desbaste 44 FCEPRA Serragem 1.1 - SERRAGEM MANUAL Numa serragem manual é utilizado uma folha ou lamina de serrote fixada numa armagéo, como mostra a fig.1.3. a— Armagéo ou arco; b- sistema de aperto; c— sistema de fixagao; d— cabo; e- folha ou lémina de serrote Fig. 1.3 ~ Serrote manual 1.1.1 FOLHA DE SERROTE A folha ou lamina de serrote so furadas em ambos os extremos para a sua fixacdo a armacdo do serrote, como mostra a fig.1.4. Fig.1.4~ Folha ou lamina de serrote Ao serrar uma pega as aparas acumulam-se entre os varios dentes da folha de serrote. Quanto mais maiores aparas se produzir durante a serragem, como é 0 caso da serragem de materiais macios como o aluminio ou o cobre, maiores terdo que ser o espaco entre os dentes para poder alojar as aparas. 12 Processos de Corte e Desbaste FCEPRA Serragem ‘Ao serrar materiais duros produzem-se aparas mais pequenas, logo o espago entre dentes pode ser mais pequeno. Como o espago entre dentes é menor existe um maior numero de dentes por folha de serrote 0 que diminui o desgaste dos dentes da folha de serrote. © espago entre dois dentes sucessivos de uma folha de serrote, como indica a fig.1.5, € designado por passo. Fig, 1.5 ~ Passo (p) de uma folha de serrote A folha de serrote a utilizar depende do material e das dimensées das peca a serrar, pois para serrar materiais duros e para rasgos curtos é utlizada uma folha de serrote com um passo fino. Para materiais macios @ para longos rasgos ¢ utilizada uma folha de serrote com um passo maior. Para que a folha de serrote néo fique presa no rasgo aberto pela mesma, a largura.do.rasgo. tera que ser superior & espessura da folha de serrote. Para isso os dentes da folha de serrote so travados ou ondulados. Nas folhas de dentes travados os dentes so inclinados alternadamente dente a dente, como mostra a fig.1.6. areas Fig. 1.6 Folha de serrote de dentes travados Nas folhas de dentes ondulados os dentes so inclinados alternadamente em conjunto de varios dentes, como mostra a fig.1.7. Processos de Corte e Desbaste 13 A CEPRA Serragem Ria eS aa a og Fig.1.7 - Folha de serrote de dentes ondulados As folhas de serrote podem também ser classificadas pelo nimero de dentes por polegada (25.4 mm) designado, em inglés, por “Pitch” ou ento pelo nimero de dentes por centimetro, Quanto maior for o “Pitch” (néimero de dentes por polegada) menor serd 0 passo da folha de serrote MATERIAL DENTES DENTES POLEGADA | CENTIMETRO [Aluminio em vardo 14 6 [Cantoneiras de grandes dimensdes 18 8 [Cantoneiras de pequenas dimensdes 24 10 etal antifiogao 14 6 Latao em vardo até 25 mm 18 8 [Tubo de latéo 24 10 Bronze em vardo até 25 mm 18 8 Ferro fundido até 25 mm 18 8 Perfil; U; L de grandes dimensdes 18 8 Perfil T; U; L de pequenas dimensées 24 40 [Cobre até 25 mm | 14 6 [Usos gerais de corte 18 8 [Tubo de ferro 24 10 [ondutas metalicas 24 10 [Chapa de ago acima do N° 18 24 10 [Chapa de ago abaixo do N° 18 32 12 {pcos de 6 a 25 mm 18 8 [Acos abaixo de 6 mm 24 10 BOS de afo com espessura superior @ 12 oa a bos de apo com espessura Wferor @ 12 a fa Tabela 1.1 ~ Escolha de uma folha de serrote em funco do material a serrar 14 Processos de Corte e Desbaste FCEPRA Serragem Durante a serragem devem de estar pelo menos trés dentes da folha de serrote em simultaneamente em contacto com a pega a serrar, como mostra a fig.1.8. 3 dentes Fig.1.8 - Trés dentes da folha de serrote simultaneamente em contacto a pega a serrar Para identificar uma folha de serrote é necessério saber 0 material de que é fabricada, 0 seu comprimento, a sua largura, a sua espessura e 0 niimero de dentes por polegada. © comprimento de uma folha de um serrote é medido entre o centro dos furos utilizados para a fixagdo da folha. A fixago de uma folha de serrote é feita com os dentes virados no sentido de corte como mostra a fig.1.9, Aemasto(eso) =e == Fig.1.9 - Sentido de fixago de uma folha de serrote manual Um ciclo de corte na serragem manual é composto pelo movimento activo ou de corte que & ‘executado empurrando 0 serrote, sendo completado por movimento de recuo do serrote. Para fixar a folha de serrote ¢ necessério aplicar uma tensdo correcta, com o sistema de aperto, como indica a fig.1.10, para que a mesma nao se desioque € nao se solte do sistema de fixagao e de aperto, Processos de Corte e Desbaste 15 FCEPRA Serragem Fig. 1.10 - Aplicagao de tensdo numa folha de serrote Se a tensdo aplicada na folha de serrote for insuficiente a mesma tende a desviar-se, pelo contrério, se a tenséo aplicada for excessiva a folha tende a provocar a deformagao da armacdo, existindo 0 risco de a folha partir. 4.1.2- METODO OPERACIONAL DE UMA SERRAGEM MANUAL, Antes de iniciar uma serragem deve verificar se a folha de serrote colocada na armacao é a correcta para a pega a serrar. Deve verificar também se os dentes da folha de serrote esto voltados no sentido de corte se a tensZo da folha de serrote € a correcta. A fixagdo da pega a cortar deve ser de maneira a que a pega oferega 0 menor numero de arestas vivas & passagem da folha de serrote, como mostram as seguintes figuras, Fig. 1.11 — Fixagao de uma barra 16 Processos de Corte e Desbaste FCEPRA Serragem oa \\ 3 posses poset Fig. 1.12 — Fixagao de um peril T —_ oe poorest Fosgdoaanecs Fig. 1.13 — Fixagéo de um perfl U = & (AIS KES Fig.1.14 ~ Fixagdo de uma cantoneira of Fig.1.15 — Fixagao de uma chapa Processos de Corte e Desbaste 47 SCEPRA Serragem Ao iniciar o corte da pega deve-se utilizar movimentos curtos e leves ¢ guiar a folha de serrote com 0 poleger até que a folha fazer uma entrada na pega colocando a folha na posigéo indicada na fig.1.16 ple Fig. 1.16 ~ Colocagao da fotha de serrote no inicio do corte Depois de existir uma entrada na pega deve-se serrar com as duas méos utlizando todo 0 ‘comprimento da folha, como indica a fig.1.17. Fig.1.17 ~ Serrar uma pe¢a utlizando todo 0 comprimento da folha de serrote No curso activo do movimento de corte, isto é, quando se empurra o serrote deve-se exercer pressdo sobre a folha de serrote. No movimento de recuo, isto é, quando se puxa o serrote a pressdo exercida na folha deve ser nula, 18 Processos de Corte e Desbaste A CEPRA Serragem No fim do corte deve-se reduzir a pressao exercida na folha de serrote. A velocidade de corte deve ser de 40 a 50 ciclos de corte por minuto. Se a velocidade de corte for muito elevada vai provocar um aquecimento exagerado da folha de serrote podendo provocar a fractura da folha Depois de acabar a serragem deve-se limpar e arrumar o serrote no local apropriado. 4.2 - SERRAGEM MECANICA A serragem de pecas de grandes dimensdes manualmente pode ser demorada e fatigante. Para serrar pegas e perfis de grandes dimensées utllizam-se serras mecdnicas que podem ter movimento alternativo ou circular. ‘As serras mecdnicas de movimento alternativo séo designadas por serrote mecanico, sendo as de movimento circular designadas por serras circulares, 4.2.1 - SERROTE MECANICO O serrote mecénico é semelhante ao serrote manual, sendo a armacdo e a folha de serrote de maiores dimensées, como indica a fig.1.18. Fig. 1.18 ~ Serrote mecénico O seu accionamento mecdnico através de um sistema de biela-manivela, como indica a fig. 1.19. Processos de Corte e Desbaste 19 “FCEPRA Serragem Fig, 1.19 - Sistema biela-maniveta que acciona o serrote mecénico Ao conirério do serrote manual, 0 movimento activo ou de corte é executado quando a folha de serrole ¢ puxada, estando por isso os dentes do folha sdos para a direcgao do sentido de corte como mostra a fig.1.20. Fig.1.20 - Posi¢ao de colocagao da folha num serrote mecénico A escolha da folha de serrote e da velocidade de corte depende dos materiais a serrar, como indica a tabela 1.2. A velocidade de corte € geralmente expressa em passadas ou golpes por minuto, ou seja, € 0 numero de ciclos de corte por minuto, 1.40 Processos de Corte e Desbaste CEPRA Serragem [AGO MACIO. 2 120 Aco-carbono... 2 120 JAco semi-duro. 2 120 |Aco laminado a trio. 2 120 [Aco-niquel. 2 60-90 lAco-cromo... 2 60-90 [Ago inoxidavel. 2 60 [Tubos de pequeno diametro 25 120 [Tubos de grande diametro. | 3 120 Ferro fundido.. | 28 80-120 Aluminio... 1 120 Bronze. 2 120 Bronze APO... nnn 25 90 [Cobre Tabela 1.2 ~ Escolha dos pardmetros de corte para um serrote mecanico Devido aos grandes esforgos de corte exercidos na folha de serrote, esta liberta calor sendo necessario a refrigeragao da folha para garantir uma maior vida util da folha e para nao provocar deformagées no material a cortar. A tabela 1.3 indica 0s fluidos de refrigeragao utiizados para serrar varios materiais num serrote mecénico, Processos de Corte e Desbaste 1at ‘Serragem ‘A LUBRIFICAGAO NO ACTO DE SERRAR MATERIAIS. LUBRIFICANTES | Ago “Agua com dieo solivel | Tato gua com dleo solavel | ‘Aluminio ‘Querosene Ferro fundido 2 s6co Bronze ‘a seco Cobre ‘gua com éleo soluvel Tabela 1.3 — Fluidos de refrigeragéo utilizados para o serragem mecénica de varios materiais METODO OPERACIONAL DE UMA SERRAGEM MECANICA COM UM SERROTE MECANICO Em primeiro lugar deve-se verificar se a folha de serrote esta fixada no sentido correcto com a tensdo correcta. Depois coloca-se @ pega a cortar nas maxilas de aperto de maneira a que a pega ofereca 0 menor numero de arestas vivas & passagem da folha de serrote, como indica a fig.1.21, apertando a peca tendo em conta as dimensdes do corte. Fig.1.21 ~ Posigo de aperto de varios perris no serrote mecanico 4142 Processos de Corte e Desbaste A CEPRA ‘Serragem Antes de iniciar 0 corte da pega deve-se ligar e posicionar 0 sistema de refrigeragao de modo ‘a que 0 fluido de refrigeracdo incida sobre a lamina no local do corte. ‘Ao se iniciar 0 corte € conveniente auxiliar a serra nos primeiros movimentos devendo estar a armagao do serrote livre de contrapesos, como mostra a fig.1.19, qualquer que seja a dureza do material a serrar. Deste modo evita-se que a folha de serrote fracture, pois os dentes cortantes esto sujeitos a menos esforgos. (Quso dos contrapesos durante a operagao de corte de materiais como 0 latéo, 0 cobre reduz © tempo de corte. Mas ao cortar materiais duros 0 uso dos contrapesos pode fracturar a folha de serrote devido 20 excesso de esforgos nos dentes de corte, devendo-se para isso ndo utilizar 0s contrapesos ao serrar este tipo de materiais. No fim do corte desliga-se o serrote mecanico, caso este nao disponha de sistema automatico que desligue o serrote no fim do corte, e retiram-se a aparas produzidas durante o corte da peca. 1.2.2 - SERRA CIRCULAR As serras circulares, como mostra a fig.1.22, devido a0 movimento circular do disco produzem um movimento de corte continuo, nao existindo tempos mortos. 1 Protecgéo do disco 2. Intemuptor 3 Motor eléctrico 4 Disco de serra circular 5 Alavanca de movimento de penetragao ou avango Sistema de refrigeragao do disco 7 Sistema de aperto da pega a contar Processos de Corte e Desbaste 1.13 PCEPRA Serragem Existem serras circulares que permitem ‘executar cortes angulares, como mostra a fig. 1.23. 1.23 Corte angular com uma serra circular Os discos de serra circular tm a forma cilindrica tendo na sua periferia dentes que provocam 0 corte das pegas, como mostra a fig. 1.24. A escolha do disco de serra circular ,tal como nos processos anteriores, depende SSS dos materiais @ serrar, como indica a Fig. 1.24 - Disco de serra circular tabela 14 15. 4.14 Processos de Corte e Desbaste \CEPRA Materiais Metalicos Serragem Diametro exterior do disco | D [200 225 250 275 300 315 350 Espessura do disco sie 18 2 2 25 25 3 bde 10.280 mm T/3 3 3 3) 3 3) 3 gs 2mm Z |200 230 2650 280 300 320 350 bdetoasomm | TS 5 5 5 5 5 5 de 2a4mm a aioeie am Z |130 140 160 170 190 200 220 | | b de 20 a 80 mm Tle 8 @ 8 8 68 8 | de4.a 10mm ] 3 ue 18220 mm Z| 80 90 100 110 120 120 140 a T [1 10 10 10 10 10 10 Je 30 a 40 mm Zz [60 70 8 90 90 100 110 aa T 2 12 «12 «+412 Zz 70 80 80 9% Tab. 1.4 Selecgao do disco de serra circular para materiais metalicos Materiais Nao Metalicos Didmetro exterior 66 deco D |200 225 250 275 300 315 350 Free ne, erie 482 2 26 26 3 bde 10.2 80 mm : 3030303 3388 g<2mm Z [200 230 250 280 300 320 360 bde 10a 80mm t Suerte eae eresnune sere nnerE es mC SEE g<3mm de 10.2 18 mm Z |130 140 160 170 190 200 220) b de 20 a 80 mm t [ee 6 8 6 68 6 g>3mm dde 18 230mm Z | 80 90 100 110 120 120 140 [10 04 de 30 a 50 mm t om Oman Zz | 60 70 80 400 110 Tabela 1.5 ~ Seleccéo de discos de serra circuler para materials no ‘metélicos Processos de Corte e Desbaste 1.45 FCEPRA Serragem Também a velocidade de corte a utilizar € seleccionada em func do material a serrar, como indica a tabela 1.6. Materia a serrar pecaper dan Tensao de ruptura < 40 kg/mm 50a 70 Ago | Tensdo de ruptura entre 40 e 60 kg/mm 35455 Tensdo ruptura entre 60 @ 70 kg/mm’ 25a40 Ferro fundido 25a 40 Cobre 350 a 600 Bronze 300 a 500 Alu 300 2 1400, Tabela 1.6 ~ Seleceao da velocidade de corte Devido aos grandes esforgos de corte exercidos no disco, este liberta calor sendo necessario a refrigeragdo do disco para garantir uma maior vida util do disco e para no provocar deformagdes no material a cortar, sendo os fluidos de refrigeragao utilizados indicados na tabela 1.3. METODO OPERACIONAL DE UMA SERRAGEM MECANICA COM UMA SERRA CIRCULAR Em primeiro lugar deve-se verificar se 0 disco de serra € 0 indicado para o material a cortar e que esta fixado no sentido correcto Depois coloca-se a paca a cortar nas maxilas de aperto, de maneira a que a pega oferega 0 menor numero de arestas vivas a passagem dos dentes do disco, fixando a pega tendo em conta a dimensao a cortar. 1.16 Processos de Corte e Desbaste \CEPRA Serragem Antes de iniciar 0 corte da pega deve-se ligar o sistema de refrigeragao. No inicio e durante 0 corte deve-se aplicar uma pressao constante no disco de serra de modo a evitar que o mesmo fracture, No fim do corte desliga-se a serra circular, bem como o sistema de refrigeragao, e retiram-se a aparas produzidas durante o corte da peca Processos de Corte e Desbaste 1.47 FCEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acgo Abrasiva - PROCESSOS DE CORTE E DESBASTE POR ACGAO ABRASIVA Nos processos de corte por abrasivo, a acgao do corte é realizada por gréos de material abrasive de dimenséo adequada a cada operagao, podendo esse material abrasivo ser utilizado no estado em que se encontra na Natureza ou ser obtido sinteticamente, sendo em qualquer dos casos material muito duro. ‘A remogao de material por acgdo abrasiva é utiizada nas seguintes situagdes, que podem ocorrer isoladamente ou conjuntamente: Maquinagem de materiais muito duros para poderem ser maquinados a bico de ferro. Quando se requerem acabamentos superficiais finos ou muito finos e tolerancias dimensionais e geométricas apertadas, s8o exemplo a rectificagdo de pistas de rolamentos & moentes e 0 “honing” de furos. Quando se pretende remover excessos de material em produtos vazados ou forjados, ou afagar soldaduras, através de operages de rebarbagem. No corte de perfis delgados e secgdes finas, sem distorgéo devido as menores pressdes de corte quando se utiizam discos abrasivos Quando se pretende remover camadas superficiais de pequena espessura em especial se apresentam areias ou incrustagdes duras, condigdes dificeis para o trabalho das ferramentas, de corte por arranque de apara. 2.1 - ABRASIVOS INDUSTRIAIS E SUA UTILIZAGAO Para executar as operagdes de corte, por acgao abrasiva os graos de material podem ser utiizados: Em estado aglomerado, quando se recorre a um aglomerante para ligar os ‘gros, para formar més ou rebolos, pedras e “sticks” abrasivos. Em estado livre, em meio liquido ou pastoso; Em revestimento, como é 0 caso nas lixas, panos, etc. Processos de corte e Desbaste 24 ACEPRA Processos de Corte e desbaste por Accdo Abrasiva 2.1.1 - CLASSIFICACAO DOS ABRASIVOS Historicamente sempre foram escolhidos como abrasivos os materiais mais duros que se encontram na natureza e que sao: A base de éxido de aluminio; Abase de dxido de silicio; A base de silicatos minerais; A base de carbono puro; Todavia, por razdes de controlo da pureza e uniformidade, os abrasives para as aplicagées industriais so hoje produzidos sinteticamente, e que so: Abase de éxido de aluminio; Abase de carboneto de silicio; Abase de carboneto de boro; Abase de nitrato de boro; Abase de carbono puro. 2.1.2 - PROPRIEDADES DOS ABRASIVOS a) DUREZA ‘A acgao de um produto abrasivo é 0 somatério das acgdes de todos os gras envolvidos, funcionando cada um dos gros como um pequentssimo ferro de corte que vai desgastando a superficie da pega por remogao de aparas muito finas. 22 Processos de Corte e Desbaste gH \CEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acgdo Abrasiva ‘Compreende-se assim que a dureza é a propriedade mais importante de um abrasivo visto ser a que garante a penetragao no material da pega, No diagrama da fig. 2.1 comparam-se as durezas dos varios tipos de abrasivos e alguns materiais de referéncia 4 Diamante 2-- Nitreto de boro cbico 3 Carboneto de boro 4-Carboneto de silicio 5- Carboneto de titénico 6 - Oxido de aluminio sintético 5 7.- Carboneto de tungsténio Corindon 9- Topazio 8 10- Quartzo 11- Ago duro 10 12 -Ago macio 12 10b0 j00 ‘sd00 2000 4000 000 7° DUREZA Fig. 2.1 - Comparago de durezas de varios abrasivos @ de alguns materiais de referéncia b) PROPRIEDADE REFRACTARIA E a propriedade que permite manter a dureza com a elevacdo da temperatura. c) RESISTENCIA AO DESGASTE POR ATRITO uma propriedade muito ligada a dureza, mas também, a natureza do fluido de refrigeragao e 20 material a cortar. d) TENACIDADE E a resistencia & fractura por impacto, ou seja, a fragmentagao do gra. Processos de corte e Desbaste 23 FCEPRA Processos de Corte e desbaste por Acco Abrasiva Por exemplo, enquanto numa operagao de lapidagao com abrasivo livre 6 desejavel uma maior resisténcia a fragmentacdo, numa operagao de rectificagao & preferivel um abrasive ‘com menor resisténcia a fragmentagdo, pois a sua fractura permite renovar as arestas de corte durante a operagao. ‘¢) TAMANHO DO GRAO © tamanho do gréo 6 dependente da quantidade de material removido e do grau de acabamento, ou seja, quanto mais fino ¢ 0 grdo, menor é a quantidade de material removido mas melhor 6 0 acabamento superficial. 2.2 - GRAOS ABRASIVOS EM ESTADO AGLOMERADO 2.2.1 - MOS OU REBOLOS ‘As més de rectficagao (fig. 2.2) trabalham por arrancamento de apara, como se fossem formades por um grande nimero de ferramentas cortantes, ou seja, os gréos de material abrasivo. Uma mé de rectificagao ¢ constituida por: Grdos abrasives, que so os elementos cortantes. Os gréos existem aos milhares numa mé e como apresentam miltiplas arestas cortantes podem provocar milhdes de acgées de corte por minuto, numa operagao de rectificagao. Aglomerante, é 0 componente que envolvendo cada gro abrasivo, ligando assim todos os gros, tem a fungdo de dar a forma a mé e de libertar os gros periféricos durante a operagao a medida que estes vo perdendo a sua acgéo cortante, e também tem como fung&o 0 suporte da ferramenta Poros, que embora correspondam aos espacos vazios introduzidos nos processos de fabrico das més, so aqui referidos como um constituinte devido ao facto de facilitar a remogdo répida das pequenas aparas da zona de trabalho. 24 Processos de Corte e Desbaste A CEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acco Abrasive Aglomerante Grd abrasivo Fig. 2 2 Constituigao de uma mé rectiicagéo 2.2.2 - CARACTERISTICAS DAS MOS A forma e a resisténcia com quie 0 aglomerante se encontra ligado aos grdos de abrasivo, todas estas caracteristicas definem uma m6. ‘As varias caracteristicas que definem uma mé, sao: O tipo de abrasivo; © tamanho do grao; O grau de dureza: Acestrutura da m6; tipo de aglomerante. Processos de corte e Desbaste 25 FCEPRA Processos de Corte e desbaste por Acco Abrasiva TIPOS DE ABRASIVO Os tipos de abrasivos mais utlizados so codificados da seguinte maneira: Abrasivo a base de éxido de aluminio: letra A Abrasivo a base de carboneto de silico: letra C Abrasive de diamante: letra D O abrasivo a base de éxido de aluminio ¢ indicado para rectificagdo e corte de materiais com carga de rotura superior a 35 Kg/mm?, como ferro fundido, bronze duro, rebarbagem de pegas em aco vazado, ago de liga, ago rapido. (© abrasivo @ base de carboneto de silicio ou carborundum & indicado para trabalhar materiais com carga de rotura abaixo de 35 Kg/mm? e materiais duros e quebradigos como 0 cimento e a pedra © abrasive de diamante natural tem vindo a ser substituldo pelo diamante artificial e é indicado para o trabalho de materiais muito duros e abrasives como as pastihas de metal duro e materiais no metalicos como quartzo, vidro, porcelana, pedra, etc. TAMANHO DO GRAO (© tamanho do gréo a utlizar 6 em funedo da quantidade de material a remover e do grau de acabamento. O grdo fino é indicado para materiais duros e quebradigos, pois um gro fino proporciona um maior nimero de gros em acgao de corte simulténea e um melhor acabamento. gro grosso é indicado para corte mais rapido e para materiais macios e dicteis. © tamanho do grao € expresso por um niimero que determinado com 0 auxilio de um conjunto de peneiras standard. Esse nimero representa 0 niimero de malhas por polegada da peneira standard mais fina que deixa passar 0 gréo, como mostra a figura 2.3. 26 Processos de Corte e Desbaste CEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acc&o Abrasive (3 e 8 Hee ook 9.05% 000 i Boe Peep 8ee oes, eed pe @ eee ge teens ets eBRes @ ®@ AES N ned as OSC SREP Tamanne 8 Tamanno 26 Fig. 2.3 ~ Relagdo entre as peneiras e 0 tamanho do gréo (figuras ampliadas) AS Grosso| Médio | Fino | Muito fino | Impalpavel (pd) 6 14_| 30 | 70 | 150 280 8 16 | 36 | 80 | 180 S20 | 70 | 2% | 4 | 9% | 20 400 72 | 2 | 64 | 100 | 240 | 500 60 120 | 600 Tabela 2.1 - Tamanho do gro GRAU DE DUREZA DE UMA MO. A dureza de uma mé diz respeito 20 modo como os grdos de abrasivo esto ligados entre si, @ no propriamente a dureza do grao em si. Quando os gréos de uma mé se soltam ou se destacam faciimente, diz-se que a mé 6 mole. Quando esses gréos nao se soltam facilmente, diz-se que a mé é dura. Quando 0 material com que se vai trabalhar tem a tendéncia de “empapar’ ou de cobrir a mé, deve-se usar uma mé que solte gros, isto 6, uma m6 mole. Uma m6 mole gasta-se mais depressa do que uma mé dura, mas em compensagdo nao “empapa”. Processos de corte e Desbaste 27 “FCEPRA Processos de Corte e desbaste por Acco Abrasiva Diz-se que a mé “empapa” quando os residuos resultantes da rectificagdo se acumulam entre os grdos da md, impedindo que a mé desempenhe a sua funcao. (© grau de dureza de uma mé ¢ expresso por uma letra de A a Z por ordem crescente de dureza da mé: Mémuitomacia © AaG Mo macia Hak Mo média Lao M6 semigura Pas M6 dura Taw M6 extra dura xXaz ‘Aumentando a velocidade de rotagao de uma mé, a mé comporta-se como uma mais dura A diminuigao da velocidade de rotagao de uma mé faz com que a mé se comporte como uma mais mole, ESTRUTURA DE UMA MO Acestrutura de uma m6 representa efectivamente a relacdo, em volume, da quantidade de abrasivo, aglomerante e poros que existe numa m6, como mostra a figura 2.4 A importdncia da estrutura é facilitar a saida das aparas, evitando 0 “empapar" da mo. Aestrutura é especificada por um numero entre 0 e 15, correspondendo a ordem crescent A mé de maior espacamento entre os graos, ou seja, mais abertas. Uma classificagao convencional da estrutura poderé ser a seguinte: Mé densa 1a4 Mo média 5a8 Mé aberta gait 28 Processos de Corte e Desbaste Processos de Corte e Desbaste por Aceao Abrasiva M6 densa Mé média Mé aberta Fig. 2.4 — Exemplo de trés més cam 0 mesmo tamanto de gro e a mesma dureza mas com diferentes estruturas. As zonas cinzentas representam os gros, oS tragos negros que as unem ropresentam o aglomerante @ as zonas brancas representam os tragos ocos, Um aumento de 2 ou 3 unidades no nimero da estrutura € equivalente ao aumento de um grau de dureza em servigo, Assim, mantendo os outros elementos da especificagao, uma m6 AGOLBV é equivalente a uma mé A6OMSV. TIPO DE AGLOMERANTE © agiomerante 6 0 componente que envolvendo cada gréo abrasivo, ligando assim todos os gros, tem a fungdo de dar forma & mé e de libertar os gros abrasivos periféricos durante a operagéo, @ medida que estes vao perdendo a sua acgao cortante. Os aglomerados podem ser do tipo: Vitrificado (ceramico) ‘As més vitrificadas so resistentes, rigidas, porosas, cortantes © homogénas. ‘So também insensiveis & Agua, dleos, dcidos e variagdes anormais de temperatura. ‘S80 adequadas para cortes pesados com grande remocao de material, contudo, devido a sua falta de elasticidade no se utiizam em més de perfil fino. Processos de corte e Desbaste 29 A CEPRA Provessos de Corte e desbaste por Acgdo Abrasiva Silicatado Menos resistente que o aglomerado vitrficado, tem uma dureza limitada no tem elasticidade, pelo que nao se pode utilizar em perfis delgados. Resiste ao calor mas desgestam-se com a agua pelo que trabalha de preferéncia a seco Borracha E constituido por borracha vulcanizada bastante dura, de elevada densidade, que confere grande resisténcia 8s més e alguma elasticidade, ‘0 que permite a utlizagao de més de perfis finos e velocidades de corte mais elevadas, bons acabamentos. Resinas sintéticas ‘Tem caracteristicas semelhantes as referidas para o aglomerante de borracha, permitindo também excelentes acabamentos a velocidades elevades. © aglomerado de borracha é afectado pelos dleos de corte. Oxicloreto de magnésio Estas més t8m pouco desgaste mas tém tendéncia a gerar mais calor, por isso exigem uma rectificagao hamida. Os tipos de aglomerantes obedecem a seguinte codificagao expressa por letras: ‘Aglomerado vitrificado Letra V Aglomerante silicatado Letra S Aglomerante de borracha Letra ‘Aglomerante de borracha reforgado Letra E ‘Aglomerante de borracha de resinas Letra B Aglomerante de resinas sintéticas reforgado_ Letra BF Aglomerante elastico Letra E Aglomerante de oxicloreto de magnésio | Letra O 2.10 Processos de Corte e Desbaste FCEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acgao Abrasiva 2.2.3 - DIMENSOES E CLASSIFIGAO DE UMA MO Para se poder distinguir com clareza os varios tipos de més, os fabricantes inscrevem nos respectivos rétulos, caracteristicas que contém seis elementos: sob a forma abreviada e convencional, as correspondentes 1° Tipo de abrasivo (A - éxido de aluminio; C - carboneto de silicio; D - diamante) 2 Tamanho do gro (indicado pelo respective nimero. Se a md combiner gréos de dois tamanhos diferentes, ambos sao indicados. 3° Grau de dureza (indicado por uma letra). 4° Estrutura (indicado por um nimero). 5° Tipo de aglomerante (V - vitrficado; S - silicatado; R - borracha; B - resinas sintéticas; E - aglomerados elésticos; O - oxicloreto de magnésio). Por exemplo, uma mé representada pela notagao seguinte: A36N5VB Tipo de |Tamanho |Graude Estrutura Tipo de fariedade do abrasivo | dogréo | dureza damé —faglomerante | aglomerante A 36 n | os v | 8 ‘A m6 com a notagéo A 36 N5 VB, é uma mé de dxido de aluminio, com aglomerado vitreo, tamanho de grao 36 (grosso), grau de dureza médio e estrutura densa, Processos de cortee Desbaste = 2.11 SCEPRA Processos de Corte e desbaste por Acco Abrasiva DIAMETRO} [ESPESSURA FURO| Atenca ‘SiMBOLO DO néxima roto- FABRICANTE 50 parmiiaa, (oem sempr empregede, HATERIAL ABRASWO WORMS TIGAS OU Carborundum | Norton ASLUTINANTES, Brosil Siive V]vitrificeso "a [#100 ce olumi-] z B[Resindige io commu ‘S| Sireato laa] Gug2 de OAT Io a Rleorracno Leone eaeds ot TASSIFICAGAO | | E [Goma face palms comemeioa | | [OA DUREZA_|\IToxicioreto ce [pers oxico ce ° [ruito moie [EFO_|\\° |moanesio TiGarsonsio ce shiszq| | More pot figlo preto [eaio IMINO!) teSTRUTURAporea~ lac|cerbeneia des%sac| | |oure Pon | |coceJESPACAMEN- Micto verde Muito Gre \Saz} |TO ENTRE OS D [Diemantace IGRAOS ABRASIVOS, Fecnodo | Aberlo [eros Sloraes [Eienicos [Slespo- By [teeces CUASSIFICATID DA GRANULAGAO | [Eleraoe ZjsreeS Granuiocko | Nimeros Go glenvlacso Bir eio aleem fo grosso| 6] 8] FO[ 12] 1416) Diinicos [aj esPO- (Grosso Zo] 24{ 30] 36| 46] 5a] BL pSlcodos IMécio 60|_70| 80] _$0| 10] 720) no 750] 180] 220] 240) [iauito fino | 280|320| 400) 500) Pa [00] 7008 00VO0O i200 j600) Fig. 2.5 — Classificagao convencional de uma mé 2.2.4 - FORMATO DAS MOS ‘As formas e tamanho das més sao muito variados, canforme o uso a que se destinam. A figura 2.6 apresenta os perfis mais utlizados. 212 Processos de Corte e Desbaste Processos de Corte e Desbaste por Acodo Abrasiva Fig. 2.6 - Varios formatos de més 2.2.5 - ESCOLHA DAS MOS A escolha de uma mé6 obriga a considerar os factores de trabalho em relagéo as caracteristicas das més. ‘Acescolha do tipo de abrasivo depende das propriedades mecanicas do material a trabalhar. 0 éxido de aluminio é utilizado nos materiais de alta resisténcia a traogo como acos, ferro maledvel, ferro forjado e bronzes de altas caracteristicas mecénicas. © carboneto de silicio & utiizado nos materiais de baixa resisténcia tracgéo como o alumi ‘© cobre, 0 latdo, os bronzes macios e a gusa cinzenta. Quanto 4 escolha do tamanho do gréo abrasivo, temos os seguintes factores: a) Quantidade de material a retirar da peca: 0 tamanho do gréo deve ser tanto maior quanto maior for a quantidade de gréo a retirar (exceptuando ‘0s materiais muito duros).. b) O grau de acabamento desejado: gréos mais finos para um acabamento mais fino. Processos de corteeDesbaste 2.13 A CEPRA Processos de Corte e desbaste por Acco Abrasiva ©) Propriedades mecénicas dos materiais: gréos grossos para materiais macios e diicteis e gros finos para materiais duros frageis. Os factores que afectam a escolha do grau de dureza sao os seguintes: a) As propriedades mecdnicas do material: maior dureza para materiais macios e menor dureza para materiais duros b) Area de contacto entra a mé e a pega: quanto menor for a area de contacto mais dura deve ser a md. 1) Velocidades da mé e da pega: quanto maior for a velocidade relativa da m6 e da peca tanto mais macia deve ser a m6, ¢) Condigdes da maquina: se houver vibragdes, a dureza da mé deve ser mais elevada, ) Habilidade do operador as pessoas mais experimentadas podem utilizar graus de dureza menor, conseguindo-se assim maior produtividade e ‘menor custo unitério. Os factores que influenciam a escolha da estrutura da mé sao os seg| a) Propriedades mecénicas do material: os materiais diicteis e macios requerem més com grandes espagos entre gréos (niimeros de estrutura 8.2 12) e 0s materiais frageis e duros requerem més com um niimero de estrutura baixo. b) Grau de acabamento pretendido: quanto mais fino for, menores devem ‘ser os espagos entre os graos; para trabalhos de rebarbagem devem-se usar estruturas abertas; para rectificagao cilindrica e afiamento de ferramentas deve-se usar estruturas médias. 214 Processos de Corte e Desbaste FCEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acgao Abrasiva Em relagao a escolha do aglomerante, temos de considerar os seguintes factores: Dimensées da mé: as més finas para corte ou aquelas que tiverem de suportar esforgos de flexio, devem ter aglomerantes de resinas elésticas ou de borrachas Velocidade de trabalho: as més vitrificadas so melhores para velocidades inferiores a 30m/s; para outras velocidades & necessério recorrer 8s més de resinas sintéticas, elésticas ou de borracha; Grau de acabamento: para altos graus de acabamento é necessério utilizar més de aglomerado de resinas borracha ou eléstica; Tipo de trabalho a realizar: 0 aglomerante vitrficado é utilizado para trabalhos rapidos e longo tempo de serviga em rextificagdo de preciséio. O aglomerado de silicato 6 adequado para o afiamento de ferramentas, em que é de evitar o.aquecimento. Os aglomerantes elésticos so satisfatorios para a rectificagao de cambotas ebielas. Os aglomerantes de resinas sintéticas devem ser preferidos para a rebarbagem a altas velocidades e para os trabalhos de corte. Os aglomerantes metélicos so usados em certos tipos de rectficagéo. com més de disco. 2.2.6 - MANEJO E COLOCAGAO DAS MOS Devido A elevada velocidade de rotagéo das més e a sua fragilidade, devem ser manuseadas com o maximo de cuidado. E também indispensavel a maxima cautela na sua colocac4o nos suportes ou nos veios das maquinas, devendo verificar-se 0 seu perfeito equilibrio. A rotura de uma mé em servigo pode originar um acidente muito perigoso, podendo provocar a morte. Processos de corte e Desbaste 2.15 FCEPRA Processos de Corte e desbaste por Acco Abrasiva Bem A figura 2.7 mostra a forma de fixar uma m6 ao veio da maquina. Os pratos de aperto nao deve ZI contactar com uma érea grande da mé, mas tocé-las apenas pelo rebordo, e entre eles e a mé deve ficar_ uma junta de um material relativamente pléstico: fibra, cobre, Fig. 27 Modo de tuaruma mé ao vio de como indica a fig. 2.8 uma maquina r a) flange de fixagao: ) ranhura anular; .¢) peso para equilbrar, 4) disco intermédio de material plastico. Fig, 2.8 - Fixagao da mé Antes de se proceder & fixago de uma mé no veio, deve-se investigar se a md esta rachada por meio de uma prova de som, como mostra a figura 2.9. Fig. 2.9 ~ Prova pelo som. A mé livremente suspensa deve dar, ao ser batida com 0 maga de madeira, um som puro e nitida. As mos ‘com agiutinante vegetal ndo produzem som. 2.16 —_Processos de Corte ¢ Desbaste FICEPRA Processos de Corte ¢ Desbaste por Acgéio Abrasiva Com 0 objectivo de se conseguir um funcionamento correcto e, desta maneira uma superficie esmeritada perfeita, a mé deve ser equilibrada previamente. Se necessério, colocam-se pesos nas concavidades das flanges até a mé estar equilibrada, como mostra a figura 2.10. Fig. 2.10 ~ Operagao de equilibrar ou compensar a mé: a) peso de ‘compensagéo; b) mandi! de verifcagao. Os pesos de ‘compensa¢ao podem deslocar-se na ranhura anular @ fixar-se por meio de parafusos. 2.2.7 - REGENERACAO DE UMA MO Quando uma me fica “empapada” por adesdo de aparas do material, ou quando a sua superficie de corte ficou com irregularidades ou ficou ovalizada, é necessério regenerd- la ou rectificd-la até ficar com uma superficie de corte adequada Para regenerar ou rectificar uma mé, ulliza-se uma ponta de diamante montada num cabo apropriado (figura 2.11) ou uns rodizios de ago duro (figura 2.12). Fig. 2.12 Rodizios de ago duro Fig. 2.14 ~ Ponta de diamante Processos de corte e Desbaste 217 PCEPRA Processos de Corte e desbaste por Acgdo Abrasiva Os rodizios de ago duro s4o utilizados quando a regeneragéo da mé ndo exige muita preciso, como por exemplo, més de rebarbagem © método para executar a regeneragdo de uma m6 com ponta de diamante esté representado na figura 2.13, a regeneragao com rodizios de ago duro esta representada na figura 2.14. Fig. 2.13 ~ Método de execugao da regeneracao de uma mé com ponta de diamante Fig. 2.14 ~ Regenerago de uma mé com rodizios de ago duro 2.18 Processos de Corte e Desbaste FCEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acgao Abrasiva 2.2.8 - OUTRAS FORMAS DE MOS MO SEGMENTADA Quando os didmetros das més so muito grandes so utiizadas més segmentadas, que s40 um conjunto de segmentos de material abrasivo, com as mesmas caracteristicas de uma $6 mé, que s40 fixos num prato, como mostra a figura 2.15. placa de aperto de junta segmento abrasivo. cone de aperto prato Fig. 2.15 M6 sogmentada Processos de corte © Desbaste 2.19 A CEPRA Processos de Corte e desbaste por Acgdo Abrasiva PONTAS ABRASIVAS As pontas abrasivas, devido ao seu formato sao utiizadas para rectificar ou desbastar em locais cujo formato seja o da ponta abrasiva, ou entéo em locais em que a sua forma proporcione um correcto trabalho. As pontas abrasivas podem ter varios formatos como: cilindrico, cénico, semi-esférico, redondo, como mostra a figura 2.16. + Obata l °Yrtewva Fig. 2.16 ~ Varios formatos de pontas abrasivas DISCOS DE DESBASTE E CORTE Os discos de desbaste so utilizados na esmerilagem para fazer 0 desbaste de material. Os discos de corte so utilizados no corte de pegas metalicas. Os discos de desbaste e de corte sao fixados numa rebarbadora Fig. 2.17 — Disco de desbaste 2.20 Processos de Corte e Desbaste A CEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acoéo Abrasiva 2.3 - GRAOS ABRASIVOS EM REVESTIMENTO 2.3.1 -LIXAS As lixas so utlizadas para: a) Eliminar produtos das superficies das pecas. Exemplos: Eliminar a ferrugem das chapas de ago, eliminar tintas velhas das superficies das pecas, etc. b) Alisar superficies Exemplos: Polir ou afagar pegas, lixar betumes de modo a deixar uma superficie lisa, eliminar arestas vivas deixadas numa pintura depois de um veiculo ter sido atingido por uma pedra, ete. ¢) Criar uma ligeira rugosidade sobre as superficies a pintar Afim de faciltar a aderéncia das tintas aessas superficies iva ‘Chapa picada de fertugem Fig, 2.18 - Eliminagao de ferugem G Fig. 2.19 - Lixar betume utlizando uma lixa “sure wah | Fig. 2.20 - Superticieligeiramente rugosa ‘aps lixagem. Processos decorteeDesbaste = 2.21 ZCEPRA Processos de Corte e desbaste por Aceao Abrasiva CONSTITUIGAO DE UMA LIXA As lixas so constituidas fundamentalmente por trés componentes que s&o: a) Abrasivo © abrasivo é constituido por gréos, de matéria abrasiva, duros e cortantes. E 0 abrasivo que é responsavel pelo desgaste que corre durante a lixagem. Ua Fig, 2.21 ~ Abrasivo de uma inca b) Suporte (© suporte é uma tela sobre a qual 0 abrasivo é distribuido, sendo responsavel pela fiexibilidade e solidez da lixa. - ©) Adesivo 0 adesivo é o responsavel pela fixago do abrasive ao suporte e pela ligagao dos graos de material abrasivo ao suporte. ABRASIVO Existem diversos tipos de abrasivos, com caracteristicas diferentes uns dos outros. Ao u abrasivos de uso mais generalizado sao: a) Vidro moido © vidro moido € utiliza madeira. do sobretudo na produgdo de lixas para b) Carboneto de silicio © carboneto de silicio ou carburundum um abrasive de cor escura ‘muito duro e fragil. Devido @ sua fragilidade parte-se com facilidade mantendo a superficie da lixa sempre regenerada .E um abrasivo utllizado para lixar produtos de pintura. 2.22 Processos de Corte e Desbaste “PICEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acco Abrasiva ¢) Oxido de aluminio © 6xido de aluminio 6 um abrasivo de cor castanha, branca ou rosa, extremamente resistente e pouco frégil. Pode penetrar em quase todas as superticies. E utilizado para lixar superficies metélicas. Os abrasivos usados nas lixas podem ser identificados através de um cédigo constituido por uma letra, como indica a tabela 2.2. © vidro moido é utlizado sobretudo na produgao de lixas para madeira. TIPO DE ABRASIVO ‘Oxido de aluminio castanho (Brown aloxite) ‘Oxido de aluminio branco (White aloxite) Esmeril Silex Oxido de aluminio rosa (Pink aloxite) (Carboneto de silicio (Carburundum) \Vidro moido (Glass) <|o|a|a|m|ol|> Tab. 2.2 ~ Codificagao dos tipos de abrasivos de uma lixa SUPORTE Os suportes so fabricados em papel, pano, material sintético, etc.. Podem apresentar-se com varias consisténcias e podem ser feitos de materiais especificos para certas aplicagées. © tipo de suporte de uma lixa pode ser identificado através de um cédigo constituido por uma letra, como indica a tabela 2.3. Processos de corte e Desbaste 2.23 |CEPRA Processos de Corte e desbaste por Acgao Abrasiva copIGo TIPO DE SUPORTE [Papel 80 gr / m? Papel 80 - 105 gr/ m? Papel 105 — 126 gr /m: Papel 125158 gt Papel acima de218 gr [mm Papel impermeabilizado (Water proof) Pano tafeta "ano sarjado Tela sarjada [Tela impermeabiizada (Water proof) [Combinagao Fibra vulcanizada Rede sintética [Tecido de poliéster > v|a|n]e|-|z|z|-|s|mlolo| o Tab. 2.3 ~ Codifcagao dos tipos de suporte Os suportes mais resistentes destinam-se a trabalhos em que se aplica um maior esforgo sobre a lixa, como 6 0 caso dos trabalhos com a lixadeira, sendo os suportes impermeaveis, destinados a trabalhos de lixagem molhados (lixa de 4gua), como indica a figura 2.22. Fig, 2.22 - Escolha do suporte para os diferentes métodos de lixagem 2.24 Processos de Corte e Desbaste “FJCEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acgéo Abrasiva, ADESIVO Os adesivos podem ser constituidos por colas ou resinas sintéticas. Os adesivos base de cola resistem mal & humidade e ao calor. Pelo contrario, os adesivos & base de resinas resister & humidade e ao calor, sendo genericamente os mais utiizados, 0 tipo de adesivo usado numa lixa pode ser identificado através de um cédigo constituldo or uma letra, como indica a tabela 2.4. cODIGO TIPO DE LIGANTE i Cola animal x Cola animal + Resina R Resina sintética u Cola animal + Resina de ureia Tab. 2.4 ~ Codificagao dos tipos de aglomerante de uma lixa Nas lixas de agua utllizam-se adesivos resistentes 4gua, como € 0 caso dos adesivos a base de resinas sintéticas. 2.4 — PROCESSOS DE CORTE POR ACGAO ABRASIVA Os processos de corte por ac¢do abrasiva so varios, para permitirem a execugao de varias tarefas, como: Operagies de desbaste de material, eliminagao de fendas, amolacao (afiamento) de ferramentas, corte de material; Operagdes de acabamento de preciso, cuja finalidade a obtengdo de pegas com ‘grande preciso dimensional; Processos de cortee Desbaste 2.25 FCEPRA Processos de Corte e desbaste por Acgdo Abrasiva Operagées de acabamento superficial, realizadas para se obter uma determinada qualidade de acabamento. 2.4.1 - AMOLAGAO OU ESMERILAGEM Designa-se por amolacdo ou esmerilagem as operagdes em que nao existem movimentos relativos precisos entre a mé e @ pega, porque a mé guiada manualmente, como & 0 caso da amolagdo. As operagdes de amolagdo ou esmerilagem podem ser realizadas em esmeriladoras de pedestal, de bancada, designadas também por maquinas de amolar, ou manuais, designadas por rebarbadoras, ESMERILADORAS OU MAQUINAS DE AMOLAR ‘As esmeriladoras so maquinas simples, pois resumem-se a um suporte em que se apoia, sobre dois rolamentos, um veio capaz de rodar velozmente por acgao de um motor montado no mesmo suporte. Em cada extremidade do veio existe geralmente uma mé: uma delas de gro grosso e a outra de gréo mais fino. As figuras 2.23 e 2.24 mostram os tipos de esmeriladoras e a figura 2.25 pormenoriza os seus érgéos essenciais. Fig, 2.23 - Esmeriiadora de pedestal Fig, 2.24 — Esmeriladora de bancada 2.26 Processos de Corte e Desbaste Processos de Corte e Desbaste por Acgao Abrasiva, 1 motor; 2-més; 3 apoios para as pecas Como se pode observar, as més so rodeadas por uma cobertura de protecgao que, em alguns modelos, possui_ um dispositivo de aspiragao do pé. Também & costume nas coberturas existir uma parte transparente na parte superior, sendo 0 objectivo dessa pala proteger os olhos do operador contra as projecges 4° Fig. 2.26 - pomenor de uma esmeniadora, particulas de metal ou de material varenee eatin ance eteicel abrasivo, como mostra a figura 2.26. proteccao, a pala transparente e 0 apoio da peca. TRABALHOS DE DESBASTE A figura 2.27 mostra a amolagéo de uma peca para arredondar os bordos ou para Ihe reduzir uma dimensdo. Para um tal trabalho, que ndo exige preciso, basta apertar a pega contra a mé. Tendo como precaugdo de encostar a pega com firmeza 20 apoio, mas deve-se ter 0 Cuidado de ndo empurrar com demasiada forga a pega contra a mé, a fim de evitar 0 aquecimento elevado da pega Processos de corte e Desbaste 227 FCEPRA Processos de Corte e desbaste por Acco Abrasiva Quanto & seguranga, deve-se verificar que a m6 no esta partida nem rachada, que esta bem presa, deve utlizar-se luvas, éculos € avental protector contra as. faiscas. & importante salientar também que se deve respeitar as velocidades de rotagdo da m6 fornecidos pelo fabricante, néo devendo utlizar uma velocidade de rotagao superior. Fig, 2.27 - Trabalho de desbaste numa esmeriladora Quanto ao trabalho propriamente dito, a principal precaugao a tomar consiste em utilizar, sempre que possivel, toda a largura da mé ou entéo deslocar a pega de lado a lado para dar Uso igual a toda a m6, como mostra a figura 2.28. Se assim nao se fizer, a mé sofrera desgaste desigual e ficard inutiizada dentro de pouco tempo. Fig, 2.28 ~ Convém utilizar toda a largura da mé (1), para que o desgaste seja uniforma; de outro modo (2 © 3), a mé fcaria inutilizada por desgaste incorrecto. 2.28 Processos de Corte e Desbaste FCEPRA Processos de Corte e Desbaste por Aceo Abrasiva 2.4.2 - REBARBAGEM As rebarbas existentes nas pegas provenientes de outras operagdes de maquinagem, cordées de soldadura e qualquer outra espécie de iregularidade de uma superficie, eliminam-se com frequéncia por meio do esmerilamento manual ou rebarbagem, utilizando para isso uma rebarbadora (figura 2.29). Os discos de desgaste (figura 2.30) ou de corte conjuntamente com a rebarbadora séo as ferramentas a utilizar na realizagéo da rebarbagem. Fig. 2.29 - Rebarbadora Fig. 2.30 Disco de desbaste Quanto a seguranga deve-se verificar que 0 disco de corte ou de desbaste ndo esta partido nem rachado e que esté bem fixo; devem utlizar-se luvas, éculos e avental protector contra as faiscas. E importante salientar também que se deve respeitar as velocidades de rotac&o dos discos de desbaste e de corte fornecidos pelo fabricante, nao devendo utlizar_ uma velocidade de rotagao superior. Processos de corte e Desbaste 229 Processos de Corte e desbaste por Acgdo Abrasiva Na rebarbagem, a posigéo do disco de desbaste ou de corte deve ter uma inclinagao de 15°a 20°com a pega, como mostra a figura 2.31 Fig. 2.31 — Inclinago do disco durante a ‘operagao Fig. 2.32 ~ Sentido de rotagdo do disco durante a operagao De seguida, sdo apresentadas algumas aplicagdes da rebarbagem, como: cortar um ponto de soldadura (figura 2.93), rebarbar uma soldadura (figura 2.34), e 0 desbaste de uma pega (fig aku Fig. 2.33 - Cortar um cordao de soldadura, com um disco de corte 2.30 Processos de Corte e Desbaste FCEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acgéo Abrasiva Fig, 2.34 ~ Rebarbar um cordao de Fig. 2.35 - Desbaste utilizando uma soldadura rebarbadora 2.4.3 - RECTIFICAGAO A rectificagéo uma operagdo de preciséo realizada @ maquina em que esta garante movimentos relativos precisos entre a mé e a pega, permitindo toleréncias dimensionais € geométricas apertadas e um bom grau de acabamento. Para executar uma rectificagdo deixa-se nas pecas a rectificar uma sobre espessura de 0.200 a 3,000 mm e 0,050 a 0,130 mm respectivamente para desbaste e acabamento de pegas cilindricas e metade desses valores para a rectificagdo de superticies planas. Existem varios tipos de rectificagao, como: rectificagao plana (figura 2.36), rectificagéo cilindrica exterior (figura 2.37), rectificagao cilindrica interior (figura 2.38), rectificagdes especiais {figura 2.39). Fig... 2.37 - Rectificagao cilindrica exterior, com a mé ea pega em rotagao Fig. 2.36 ~ Reetiicagéo plana Processos de cortee Desbaste = 2.31 GCEPRA Processos de Corte e desbaste por Aogdo Abrasiva Fig, 2.38 — Rectificagao cilindrca interior Fig. 2.39 ~ Rectifcagdes especiais; a) rectificagdo de uma valvula; b) Rectificagao da face ‘superior do bloco do motor; ¢) rectificagdo de uma cambota 2.32 Processos de Corte e Desbaste FCEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acco Abrasiva Quanto & seguranca deve-se verificar que a mé nao esté partida nem rachada, que esta bem presa, devem utilizar-se luvas, dculos e avental protector contra as faiscas. E importante salientar também que se deve respeitar as velocidades de rotagao da mé, fornecidos pelo fabricante, ndo devendo utilizar uma velocidade de rotacdo superior. 2.4.4 - LIXAGEM MECANICA Fig, 2.40 - Lixadeira rotativa pneumética Fig. 2.41 — Lixadoira eléctrica excéntrica ‘A lixagem mecanizada tem os mesmos principios basicos da lixagem manual, com a diferenga de que 0 movimento de lixagem & executado por uma maquina, denominada por lixadeira, Existem varios tipos de lixadeiras, como lixadeiras rotativas (figura 2.40, lixadeiras excéntricas (figura 2.41) e lixadeiras vibratérias (figura 2.42). A designagdo de cada lixadeira é devida ao movimento descrito pelo abrasivo, ou seja, na lixadeira rotativa 0 movimento do abrasivo é rotativo, na lixadeira excéntrica 0 movimento abrasivo orbital (exoéntrico) € na lixadeira vibratéria o movimento do abrasivo é de vai e vem (vibratério). A propulsdo das lixadeiras pode ser eléctrica ou pneumatica. Fig. 2.42 - Lixadeira vibratéria eléctrica Processos de corte e Desbaste 2.33 ACEPRA Processos de Corte e desbaste por AcgSo Abrasiva ‘Ao utilizar uma lixadeira rotativa, deve posicionar-se a lixadeira como mostra a figura 2.43, Fig. 2.43 — Posicionamento de uma lixadeira rotativa ao executar uma lixagem A figura 2.44 indica qual o sentido de rotagao do abrasivo na utilizagao de lixadeiras, quer sejam rotativas ou orbitais. Fig. 2.44 ~ Sentido de rotagao do abrasivo 2.34 Processos de Corie e Desbasie ©FJCEPRA Processos de Corte e Desbaste por Acco Abrasiva Existem lixadeiras que esto equipadas com aspiradores (figura 2.45) que retiram os residuos da lixagem, evitando o empapamento da lixa, melhorando assim oacabamento Fig. 2.45 - Utilizagao de uma lixadeira equipada com um aspirador As lixadeiras equipadas com um aspirador t8m uns furos no seu prato para permitir retirar os residuos, por isso ¢ importante que, ao montar a lixa adequada (também com furos), que os furos da lixa coincidam com os furos do prato da lixadeira, como mostra a figura 2.46. Fig. 2.46 ~ Modo de colocar uma lixa perfurada 2.4.5 — “HONING” (© “honing” realiza-se por aceo, normalmente de quatro pedras abrasivas, mas o nimero das pedras abrasivas pode variar entre 3 ¢ 24, montadas equidistantemente na periferia de uma “roca” que as expande mecanicamente de forma a ajusté-las e a criar uma presséo de contacto contra a superficie do furo. € mais frequentemente utiizado em superficies cilindricas interiores, 8s quais confere: Boa precisdo de forma; Boa preciséo dimensional no diémetro; ‘Acabamento superficial muito fino. Processos de corteeDesbasie =» .2.35 FCEPRA Aroca” (figura 2.47) 6 oscilante, de forma @ permitir seguir 0 exo do furo previamente existente, @ € animada de um movimento de rotagdo, mas no entanto, no “honing” mecdnico, a maquina assegura também 0 seu movimento axial alternative, no “honing” manual, este movimento é realizado por movimentacao manual da pega ao longo da roca em rotagéo, em qualquer caso, os movimentos s4o desfasados de forma a evitar a repetigao das trajectérias dos gros abrasives. Esta operagdo faz-se utilizando lubrificagao. ‘So exemplos de aplicaggo do “honing” , 0 acabamento de cilindros de motores (figura 2.48), canos de armas, calibres de anel, etc Processos de Corte e desbaste por Acgdo Abrasiva Fig. 2.47 — "Roca" de “honing” Fig. 2.48 ~ Colocagéo da “roca” de “honing” no cilindro 2.4.6 - SUPERACABAMENTO de um motor O super acabamento é utilizado em superficies cilindricas exteriores e interiores e em superficies planas, &s quais confere um acabamento muito fino, mas dado que apenas elimina pequenos defeitos superficiais, as superficies tem que ser previamente rectificadas se se quiser garantir a precisao de forma e dimensional 2.36 Processos de Corte e Desbaste FCEPRA Processos de Corte e Desbaste por Ago Abrasiva No caso de uma superficie cilindrica exterior, a pega é posta em rotagao e a ela se ajusta uma pedra abrasiva com movimento alternativo rapido na direcgao axial, como mostra a figura 2.49. Pressio de trabalho Mov. de oscilagso sda peda abr Mov. de rotagiio Fig. 2.49 ~ Operago de super acabamento de uma superficie cilindrica exterior Processos de cortee Desbaste = -2.37 “PCEPRA Corte com Tesoura 3-— CORTE COM TESOURA © corte de metais com tesoura ¢ utllizado para cortar chapas de pequena espessura, podendo ser executado manualmente ou mecanicamente, Quando 0 corte de metais ¢ executado manualmente 6 utilizada uma tesoura manuel. Quando é executado mecanicamente é utilizado uma tesoura de alavanca ou uma guilhotina, 3.1 -TESOURA MANUAL Uma tesoura de corte manual é compostas por léminas, pernas, batentes e por um eixo que garante a unio das duas laminas, como mostra a fig.3.1 Fig.3.1 ~ Tesoura manual A tesoura manual utiliza-se para cortar chapas até 1.5 mm de espessura, dependendo do material a cortar. Existe uma grande variedade de tipos de tesoura manual de corte, sendo a utilizagéo de cada tipo de tesoura adequada a execugao de um corte especifico. Os tipos de tesouras manuais de corte de chapa mais utiizados sao as de lamina direita e as de lamina curva Processos de Corte e Desbaste 34 |CEPRA Corte com Tesoura ‘As tesouras manuals de lamina direita so utiizadas para realizar cortes de chapa em linha recta e so classificadas como tesoura universal tipo “inglés”, tesoura tipo “americano” e tesoura tragador. A tesoura universal tipo “inglés” e tesoura tipo “americano” (fig.3.2) sao utilizadas para cortar pequenos comprimentos de chapa fina. me Fig.3.2 ~ Tesoura universal "po inglés" (a) @ tesoura universal "tipo americano”(b) A tesoura tragador devido ao formato da lamina inferior, como mostra a fig.3.3, permite cortar grandes comprimentos de chapa fina Fig.3.3 ~ Tesoura tragador As tesouras manuais de lamina curva séo utilzadas para realizar cores de chapa em formato curvilineo, como indica fig.3.4, sendo designadas como tesouras para contornar. 32 Processos de Corte e Desbaste é FCEPRA Corte com Tesoura Fig.3.4 ~ Corte curvilineo, & esquerda, de uma chapa Conforme a direcgio do corte curvilineo, direita ou esquerda, assim se utiliza respectivamente uma tesoura para contornar a direita (fig.3.5) ou uma tesoura para contornar & esquerda. Fig.3.5 ~ Tesoura para contomar & direita ‘As ldminas da tesoura manual so geraimente um pouco arqueadas na face interior de encosto das duas laminas. Isto permite que durante 0 corte de uma chapa os gumes de corte da lamina se ajustem mantendo apenas uma pequena folga entre as laminas, como indica a fig. 3.6. Processos de Corte e Desbaste 33 OCEPRA Corte com Tesoura Fig.3.6 ~ Arqueamento interior das laminas Se a folga entre as laminas da tesoura é muito pequena, as mesmas tendem a prender dificultando 0 corte. Se a folga 6 muito grande a tesoura tende a "mastigar’ a chapa ficando a zona de corte com uma forte rebarba, Para regular a folga entre as duas laminas aperta-se ou desaperta-se 0 conjunto da porca € (0 da tesoura, como mostra a fig. 3.6. parafuso existentes no As l&minas de uma tesoura de corte tém um formato que thes permite resistir aos grandes esforgos provocados pela ac¢ao de corte, diminuir 0 atrito entre as laminas e a pega a cortar ¢ facilitar 0 movimento de penetrago ou avango das laminas, como indica a fig. 3.7. Rn Fig.3.7 — Angulos caracteristicos da lamina de uma tesoura de corte 3.4 Processos de Corte e Desbaste FCEPRA Corte com Tesoura Para executar um corte de uma chapa com rigor é necessario realizar uma tragagem correcta de modo a que seja visivel durante toda a execugao do corte, ‘Ao colocar a peca a cortar entre as laminas, estas ndo devem fazer um Angulo (a) com 0 eixo superior a 20°, como mostra a fig. 3.8. Se 0 Angulo (a) for muito grande a pega a cortar tende a escorregar, como mostra a fig. 3.9. Z % a lly Fig. 2.8 Angulo de abertura das laminas (a) Fig. 3.9— Angulo de abertura das léminas correcto demasiado (a) grande Durante execugao do corte a pega tende a rodar, como indica a fig. 3.10. Para manter a chapa na posic&o correcta deve-se segurar a chapa. C J Fig.3.10 — Rotagdo da pega durante o corte Processos de Corte e Desbaste 35 Corte com Tesoura Durante a execugao de cortes extensos nao se deve fechar totalmente as lAminas. Quando a tesoura se fecha totalmente origina rasgGes na parte terminal do corte. ‘Ao executar um corte com uma tesoura manual ndo se deve utilizar processos que multipliquem a forga manual exercida, tals como utilizar tubos para aumentar o comprimento das pernas da tesoura ou apertar as pernas num torno de bancada. A multiplicagao da forga exercida pode danificar a tesoura manual. 3.2 -TESOURA DE ALAVANCA Uma tesoura de corte de alavanca ou guilhotina é composta por uma alavanca, base de fixagéio, parafuso para regulagdo do suporte, lémina inferior e superior, suporte reguldvel, como mostra a fig. 3.11 Mevorco Perafuse poco regulosio foe Fig.2.11 — Tesoura do alavanca 36 Processos de Corte e Desbaste |CEPRA Corte com Tesoura ‘A espessura maxima da chapa a cortar depende do material da chapa e das caracteristicas da tesoura de alavanca Tal como 0 corte de chapas com tesoura manual, o corte com uma tesoura de alavanca provoca um movimento de rotagao da chapa, como indica a fig. 3.10. Para contrariar o movimento de rotagao coloca-se 0 suporte regulével sobre a chapa, como indica a fig. 3.12, ou entdo se este Ultimo nao existir segura-se a chapa com a méo. Fig.3.12 — Utilizago do suporte regulével para impedir 0 movimento de rotago da chapa durante 0 corte ‘Ao manusear uma chapa, principalmente se for de grandes dimensées, deve-se utilizar luvas devido existéncia de arestas vivas ou rebarbas. Para cortar uma chapa deve-se acertar a mesma com o gume da lémina inferior e puxa-se a alavanea, como indica a fig. 3.13, Fig. 3.13 - Corte de uma chapa numa tesoura de alavanca Processos de Corte e Desbaste a7 tq \CEPRA Corte Térmico 4-CORTE TERMICO 4.1 - OXI-CORTE © proceso de oxi-corte consiste no corte de pegas de ago por acco térmica, tais como: parafusos, rebites, perfis © processo de oxi-corte é baseado no facto que quando um jacto de oxigénio puro & dirigido para um metal ao rubro ocorre uma reacgo quimica entre 0 oxigénio e o metal. metal exposto 20 oxigénio é transformado em 6xido de metal que depois de derretido flui originando 0 corte do metal © tipos de ago que poderdo ser cortados ullizando este método so aqueles cujo teor de carbono nao seja superior 2 1,9% @ que néo contenham um grande teor de crémio e silicio, Fig. 4.1 ~ Equipamento de oxi-corte como seja 0 ago de baixa liga Para cortar outro tipo de metais como 0 aco de liga, aluminio existem outros processos de corte térmico, como o corte térmico por plasma. © equipamento utlizado para realizar 0 oxi-corte ¢ idéntico ao utlizado para realizar a soldadura oxi-acetilénica (fig. 4.1), com a excepgao do magarico. © gs combustivel utlizado & 0 acetileno, 0 propano @ o gés natural sendo o gs comburente oxigénio. © magarico utiizado no oxi-corte & composto pelos érgaos essenciais de um magarico soldador, possuindo ainda um tubo de oxigénio de corte e a respectiva alavanca de comando, como mostra afig. 4.2 Processo de Corte e Desbaste 4a |CEPRA Corte Térmico viens cr EAL) ora ees Pry Fig. 4.2 - Magarico de oxi-corte Os bicos de corte utilizados no oxi-corte so constituidos pelos orificios de chama de aquecimento, situados radialmente na periferia do bico, @ 0 orificio que permite a saida do jacto de oxigénio para realizar 0 corte situado no centro do bico, como indica a fig. 4.3. Fig. 4.3 — Bico de um magarico de oxi-corte ‘Acada magarico de oxi-corte adaptam-se diferentes tipo de bicos apropriados as espessuras de material a cortar e ao gas combustivel utilizado. 42 Processos de corte e Desbaste FCEPRA Corte Térmice 4.1.1 - PARAMETROS DE OXI-CORTE, Para garantir um bom resultado ao utilizar o oxi-corte para cortar metais é necessario garantir certas condigdes: A utllizago de um bico de corte calibrado adaptado & espessura do material a cortar e ao combustivel a utilizar; A.utilzagao de pressées do combustivel, carburante e do oxigénio de corte adaptadas a espessura e ao material a cortar; A.utiizagao de velocidades de corte apropriadas 4 espessura e a0 material a corter; Uma velocidade de corte inferior ou superior 2 velocidade recomendada para realizar 0 corte implica uma degradagao da qualidade do mesmo; Manter a disténcia correcta entre a pega a cortar e a ponta do de corte. ajuste da chama de aquecimento deve ser realizado de modo a que a obtenha uma chama de aquecimento neutra, como mostra a fig. 4.4 Cada gs que é utilizado como combustivel emite um padrao diferente ao ser queimado. Fig, 4.4 — Chama de aquecimento neutra, utilzando acetileno como combustivel Processo de Corte e Desbaste 43 FCEPRA Corte Térmico (© ajuste da pressdo do oxigénio de corte deve ser realizado com a alavanca de comando do gs de corte pressionada. ‘Apés a regulagao da pressao do oxigénio de corte a chama emitida devera ser neutra , como mostra a fig. 4.5. Fig. 4.5 - Chama neutra com fluxo de oxigénio de corte E de evitar a utlizagao de chama carburante (fig. 4.6) ou oxidante (fig. 4.7). Fig. 4.6 - Chama fortemente carburante com fluxo de oxigénio de corte Fig. 4.7 - Chama oxidante com fluxo de oxigénio de corte 44 Processos de corte e Desbaste FCEPRA Corte Térmico 4.1.2 - DEFEITOS DE CORTE © corte de uma pega utiizando oxi-corte quando nao é realizado nas condigées atras descritas origina defeitos nas superficies de corte, como indicam as seguintes figuras. Fig. 4.8 — Defeito do corte provocado por um bico de corte sujo 49 - Defeito do cone provocado pela 4.10- Defeito do corte provocado pela utiizagao de uma velocidade de corte utiizagao de uma velocidade de muito elevado corte muito baixa loi hu yl eta aie ait atl Fi 4.11- Defeito do corte provocado pelo grande 4.12- Defeito do corte provocado pelo afastamento da ponta do magarico de ppoqueno afastamento da ponta corte do magarico de corte Processo de Corte e Desbaste 45 FCEPRA Corte Térmico Fig. 4.13 - Defeito de corte provocade Fig, 4.14 - Defeito de corte provocado pela pela _utilizagéo de uma utlizagao de uma temperatura pressdo do oxigénio de corte de pré aquecimento elevado. elevada 4.2 — CORTE TERMICO POR PLASMA © corte térmico por plasma & um processo que utiliza temperaturas muito elevadas (20000 °C) que é produzida pela passagem combinada de um arco eléctrico e de um jacto de gés através de um pequeno orificio no bico da tocha. A alta intensidade do arco juntamente com a velocidade do gs criam um jacto de plasma que funde e remove o material a cortar, como mostra a fig. 4.15. © plasma é obtido pelo aquecimento de um gas a temperaturas na ordem dos 8000 °C a 30000 °C ionizando as moléculas do gas que se tornam electricamente condutoras. Devido & formacao de temperaturas elevadas na tocha existe um circuito de refrigeragao da mesma de modo a evitar a fusdo da tocha, como mostra a fig. 4.15. 46 Processos de corte e Desbaste A CEPRA Corte Térmico oc Ceo por plasma co cre i ery Bocal de pron Cen Fig, 4.15 - Proceso de corte térmico por plasma Para a formagao de plasma ¢ utiizado argon, mistura de argon com hidrogénio, mistura de argon com nitrogénio e ar comprimido. A.utllzagao do corte térmico com plasma permite o corte de metals e ligas, tais como ago inoxiddvel, magnésio, titnio, cobre e aluminio. © equipamento de corte por plasma é constituido por uma tocha de corte por plasma, uma fonte de alimentagao e um sistema de alimentagdo de gas para corte por plasma, como mostra a fig. 4.16. Processo de Corte © Desbaste 47 GCEPRA Corte Térmico Fig. 4.16 — Equipamento de corte por plasma ‘A fonte de alimentagdo gera uma corrente de alta frequéncia e doseia a quantidade de gas para corte por plasma necesséria. A utiizagdo do corte térmico com plasma tem como vantagens sobre 0 oxi-corte a maior faciidade de regulagao dos parémetros, uma qualidade superior da superficie de corte e uma ultilizagdo de velocidades de corte superiores para a mesma espessura e material a cortar. Ocorte térmico como 0 oxi-corte @ 0 corte por plasma apresenta alguns riscos, tais como gases e fumos, energia radiante, elevadas temperaturas, sendo por isso aconselhavel a utilizagdo de meios de protecgao individuais, como luvas e aventais nao inflamaveis, éculos fe mascara de protecgao contra radiagdo, bem como outros meios como os extractores de fumo. Quando é efectuado um corte térmico numa carrocaria é necessério ter em atengdo que o metal incandescente que 6 projectado 20 executar um corte pode-se infitrar em certas cavidades da carrocaria podendo provocar um incéndio em cabos eléctricos ou em plasticos, bem como em outros componentes da carrogaria, 48 Processos de corte e Desbaste DCEPRA Limagem 5 — LIMAGEM Alimagem uma operaco que permite o desbaste por arranque de apara e mesmo um pequeno acabamento de pegas. A limagem pode ser manual, utilizando uma lima (fig.5.1), ou pode ser mecanica, utilizando um limador (fig 5.2). Fig, 6.1 - imagem manual utilzando uma lima 1- compo; 2 — base, 3 ~ arie- te; 4 — porta-ferramentas; 5 ~ fixagdo de ferramentas; 6 — mesa; A- movimento de avango da pega; 8 — movi- mento de penetragao; C — movimento de corte; D — movimento de recuo da fer- ramenta. Fig.8.2 - Limador mecénico Processos de Corte e Desbaste 54 |CEPRA Limagem 5.1 - LIMAS {As limas so ferramentas fabricadas em aco muito duro e temperado com um formato em peril cujas faces salientes que no seu conjunto arrancam as aparas do material a mar. As limas $40 constituidas pelo corpo e por uma espiga, como mostra a fig.5.3. O cabo é utiizado para permitir uma utlizagao de uma lima em seguranga. Porta core Secy80 Fig.6.3 - Constituigao de uma lima ‘As limas so classificadas segundo o seu formato, picadura ou picado e comprimento. Na fig.5.4 esto indicados os varios formatos de limas mais utiizados. FORMATO acgho o_o TUWATHS GUADRABS oi ames — — SSS WATACA S=S=———> er Fig. §.4— Classificagao de uma lima segundo o seu formato vega i 52 Processos de Corte e Desbaste FCEPRA Limagem Para cada tipo de trabalho a executar deve-se escolher o formato adequado da lima a util- zar, como indica a fig.5.5. Fig.8.5 ~ Escolha do formato de uma lima A picadura ou picado so as menores ou maiores dimensGes das saliéncias existentes no corpo da lima. Conforme as dimensées do picado uma lima é classificada como bastar- a, bastardinha, murga e murga fina. A lima bastarda tem um picado mais ‘grosso, como indica a fig.5.6, sendo por isso utiizada para realizar gran- des desbastes. Fig.5.6 — Picado de uma lima bastarda ‘A lima bastardinha tem um picado menos gros- 0, como mostra a fig.5.7, sendo por isso utiliza- da para realizar pequenos desbastes. Fig.5.7 ~ Picado de uma lima bastardinha Processos de Corte e Desbaste 53. “OCEPRA imagem ‘A lima murga tem um picado fino, como mostra a fig.5.8, sendo por isso utiizada para realizar acabamento de superficies. A lima murga fina tem um picado mais fino que a murea, sendo por isso utiizada para realizar um acabamento mais rigoroso de superficies. Fig.5.9 ~ Picadura simples A picadura simples (fig.5.9) ¢ utllizada para afiar todo 0 tipo de folhas de serrote e para trabalhos de afinagao, A picadura cruzada (fig.5.10) ¢ utii- zada para limar materiais duros como 0 ago, ferro, latéo, plasticos duros. Fig.5.10 ~ Picadura cruzada A picadura curvilinea (fig.5.11) é utilizada para trabalhos em chapa e para limar materi- ais macios como o aluminio, zinco, chumbo pois o desenho do picado que facilita a sai da das aparas impedindo de preencher 0 espago entre os dentes, como mostra a fig.5.12 54 Processos de Corte e Desbaste }CEPRA Limagem_ nen” AK AW Fig, 5.12 ~ Saida das aparas em limas com picadura curvilinea Existe ainda uma lima cujo desenho da picadura é talhada isoladamente, como mostra a fig.5.13, que se designa por grosa, sendo utiizada para limar madeira, plésticos duros aluminio. © comprimento de uma lima, como indica a fig.5.14, 6 a medida do comprimento do cor- po. O comprimento ¢ indicado em milimetros (preferencial) ou em polegadas. Comprimento — Fig. 5.14 —Comprimento de uma lima Processos de Corte e Desbaste 55 “OCEPRA Limagem Os comprimentos de limas mais utllizados so 100 mm, 200 mm, 250 mm e 300 mm, respectivamente 4", 6", 8", 10" e 12” _Para identificar uma lima é necessario identificar o formato, o picado e o compri- mento. Exemplos: Lima paralela, bastarda, de 200 mm; Limatdo redondo, murgo, de 150 mm. AAs limas ficam, por vezes, com aparas de material entre a picadura reduzindo a sua ac- ‘¢40 de corte e riscando a superficie a limar sendo necessério retirar essas mesmas apa- ras. Para retirar as aparas da picadura utliza-se uma escova de limas (fig.5.15) ou cardas de pelos metalicos. ———. - Ll Fig. 6.15 ~ Escova para limas A limpeza da picadura utiizando uma escova de limas deve ser felta segun- Xx do a inclinagdo da picadura, como mostra a fig.5.16. a Fig, 6.16 ~ Limpeza da picadura com uma escova de limas 56 Processos de Corte e Desbaste }CEPRA Limagem. 5.2 - CABOS PARA LIMAS Para uma utiizago em seguranga de uma lima € utiizado um cabo que € encabado na espiga da lima, como mostra a fig. 5.3. Os cabos so fabricados, geralmente, em madeira ou em material plastico. Existem limas em que ndo & necessério um cabo para a sua utiiza¢do pois possuem uma espiga lisa e cilindrica, como mostra a fig. 5.17, que substitui 0 cabo. Este tipo de lima & designado por lima de calado. Fig. 6.17 - Lima de calado Para encaber uma lima deve-se colocar a espiga na cavidade do cabo fazendo com que 2 espiga fique horizontal e suficientemente profunda, como indica a fig. 5.18, Amto azeita aperada ‘Amie esquerda lave, servindo de Fig. 6.18 — Colocagao da espiga no cabo Processos de Corte e Desbaste 57 AcEPRA Limagem Para fixar 0 cabo com a espiga agarra-se na ponta da lima ou no cabo, conforme indica a fig.5.19, @ da-se uma pancada numa superficie macia, de modo a nao danificar 0 cabo. : 2 | | Fig. 5.19 - Fikago de uma lima Para desencabar uma lima utiliza-se as maxilas do torno de bancada, ‘como mostra a fig. 5.20. Fig. 6.20 Desencabamento de uma lima Outro processo o de segurar a lima e 0 cabo com uma mao € com a outra mao dé-se uma pancada com outra lima no cabo, como indica a fig. 5.21 Fig. 6.21 - Desencabamento de uma lima 58 Processos de Corte e Desbaste Limagem Antes de iniciar um trabalho com uma lima @ necessario verificar se 0 cabo esta bem fixo ¢ em boas condigées de utiizacao. 5.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS NA LIMAGEM Primeiro selecciona-se a lima correcta para executar a limagem tendo em conta o material e a forma da peca a trabalhar. + 908 poset Aaltura do plano de trabalho correcta, para uma limagem, deve ser a distén- cia do chao ao cotovelo do formando. Como indicado na fig.5.22 Fig, §.22 - Posieao, em altura, para realizar uma imagem ‘A posigdo dos pés em relagao a direcedo em que se esté a limar deve ser a indicada na fig 5.23, Fig. 6.23 - Posicdo correcta dos pés ao realizar uma imagem Processos de Corie e Desbaste 59 A CEPRA ‘A forma correcta de pegar numa lima para a manusear de ser a indicada na fig. 5.24 e 5.25. Fig. 6.24 ~ Forma correcta de manusear uma lima Se a lima a utilizar & pequena nao de deve manusear a lima como indica a fig. 5.24, pois a lima teré a tendéncia para flectir, nao ficando a superficie a limar plana. De modo a que esta situ- ‘ago no acontega deve-se manuse- ara lima como indica a fig. 5.26. Fig. §.26- Forma correcta de manusear uma lima Se a superficie a limar é curva deve- se limar a pega com movimentos de rotagdo em conjunto com movimentos rectilineos alternados, como mostra a fig. 5.27, 5.10 Processos de Corte e Desbasie Fig. 6.25 - Forma correcta de manusear uma lira fina Fig. §.27 ~ Limar superficies curvas Limagem SCEPRA Limagem Para executar uma superficie inclina- e8 da ou um chanfro deve-se fixer a pega de modo a que a superficie a li Te mar fique na horizontal, como indica a fig 5.28. Fig. 5.28 — Limar superficies inclinadas ‘Ao limar pegas compridas prende-se uma parte da pega e lima-se a parte fixa, mudando-se depois a posi¢do da pega e limar o restante da peca, como mostra a fig.5.29. Fig. 5.29 ~ Limar pegas compridas Nao se deve limar a pega na parte nao fixa, Durante a limagem a lima move-se para a frente e para trés com os bracos e ndo com a parte superior do corpo. A posi¢ao do corpo e a forma de trabalho durante uma limagem estd indicada na fig.5.30. Posigao Inicial Inicio do avango ‘Avango © corpo ligeiramente incti- nado para a frente. O brago direito levantado para trés, tanto quanto possivel, fican- do a mo préxima da regiao ifaca. No primeira tergo de curso Avanga o brago sem inclinar da lima, 0 corpo inclina-se mais 0 corpo. para a frente, manten-do 0 brago fixo. Fig. §.30 - Posiga0 do corpo e a forma de trabalho durante a utiizagao de uma lima Processos de Cortee Desbaste 5.11 CEPRA Limagem [A fixagdo de pegas de ser feita de modo a que a superficie a limar deve ficar o mais proximo da fixagdo, como mostra a fig. 6.31, para evitar que a pega vibre, como mostra a fig. §.32. Fig. 5.31 — Fixagdo correcta de pecas paralimar Fig. 5.32 ~ Fixago incorrecta de pe- gas, provocando a vibragao das mesmas ao limar Quando se pretende verificar a esquadria ou 0 angulo entre duas faces de uma pega deve-se ullizar um esquadro, que esteja em boas condigées de utlizagao (sem mossas), ‘com 0 angulo desejado, Segura-se o lado maior do esquadro entre 0 polegar e o indica- dor de uma das maos e coloca-se a face do esquadro na face de referéncia da pega, sendo a peca segura com a outra mao, como indica a fig. 5.33. Fig. 5.33 - Colocagao do esquadro para a verificagao de esquadria entre duas faces de uma pega Depois desliza-se o esquadro até que a face @ controlar toque no esquadro, como indica afig. 5.34. 5.12 Processos de Corte e Desbaste OCEPRA Limagem Fig. 6. 24 — Destizamento do esquadro para a verificagao de esquadria entre duas faces de uma pega Para verificar 0 4ngulo ou planeza da face coloca-se a pega € o esquadro na posicao indi- cada na fig.5.34 a altura dos olhos na direcgao de uma zona iluminada, como indica a fig.5.35. Fig. 5.35 Venificagao da planeza da face de uma pega Se existir luminosidade entre a face da peca e o esquadro, a face a controlar ndo esta com 0 angulo correcto ou entéo nao esté plana, Quando se pretende um methor acabamento de uma superficie com uma lima deve-se uti- lizar uma lima murga na qual se coloca uma camada de giz. Processos de Corte e Desbaste 5.13 FCEPRA BIBLIOGRAFIA JUPSIN, C.; ANGENOT, J. ~ Trabalho De Metais, Platano Editora. E.T.AI. — Revue Technique Automobile, Outilages Et Tours De Main PAULO, Femando Godinho; RODRIGUES, Fernando E. S. - Pequeno Manual Escolar De Serralharia Mecanica, Livraria Escolar Editora ROCHA, Acacio Teixeira Da ~ Tecnologia Mecanica, Volume II, Coimbra Editora FACOM — Catélogo F 96. SMITH, Dave - Welding, Skills and Technology, Megrawhill Procéésos/de Corte @ Desbaste cA FCEPRA DOCUMENTOS DE SAIDA FCEPRA Pos Teste POS -TESTE Em relacdo @ cada um dos exercicios seguintes, so apresentadas 4 (quatro) respostas das quais apenas 1 (uma) esta correcta. Para cada exercicio indique a resposta que consi- dera correcta, colocando uma cruz (x) no quadradinho respectivo. 4. Observando as figuras 1 e 2 indique a posicao correcta de fixar uma folha de ser- rote manual. ore Ca . ft 92 a) A posigao correcta esté indicada na fig.2 b) A posigao correcta esta indicada na fig.1 ©) A posicao correcta esté indicada na fig. e fig.2 Qoagdaua 4d) A posicao correcta ndo estd indicada na fig. e fig.2 .. 2. A selecco da velocidade de corte numa serragem mecanica com uma serra cular: a) No depende do material a cortar ») Nao depende da espessura da peca a cortar ©) Depende do material a cortar agaaa 9) Nao depende da geometria da pega a cortar Processos de Cortee Desbaste —S.1

Você também pode gostar