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comaox ‘TEORIA GERAL DOs DiREITOS FUNDAMENTAIS ‘Stns st sat alc ee danecrac corte ‘ino come pnp peters onde urd psea tun cans ‘ere melden or cones omen Cue, ‘ost ere danas ssc aid el bom a Sees |. CONSIDERAGOES INICIAIS Einogivel que o eau de democracia em un pal mede-epreceamen- te pala expansto dos direitos fundamentals e por sia afirmapio em juan. Deste modo, pode-re dizer que os direitos humanes fundamentals server sdepardmetre de sferigSo do rau de democraca de uma sociedade! NBo id {ala em democrasia sem oreconhecimentoe protesfo dos direttosfunda- ‘mental les tim uin papel decisio na socedade, pora & pot moo dos ‘irettos fundamentals que se avalaalegimago de todos oF poderes 2 ‘ais poten e individuals. Onde quer que esses dirt padegam dees, ‘Sociedade se ach enform or essa raxio,oreconhecimento ea protecdo dos direltos e da iber- ade fundamentae como salient Karl Loewenstein ~ sto 0 nico e= sendal da democraca constnuconal. Os dretos fundamental, portant, Segunda escéllo do autor, “ream ptr i ara dena otra ‘Examen sprees oes pote dol does cones Convertidos em partmetro axolgicoe refereacil abrigatiioe vineu- Jans da ata; o estat os eltos fundamentals reduzem acentuadaments 2 discricionariedade dos poderes consttldosimponde-so-thes deveres de Abstenso (nto dispor entra eles) e dover de atte (spor pars eet velo} 2, DELIMITAGAO TERMINOLOGICA E CONCEITUAL DOS DIREITOS FUN- DDAMENTAIS. EM BUSCA DE UM CONCEITO CONSTITUCIONALMENTE. ‘ADEQUADO DOS DIREITOS FUNDAMENTALS [Nioha consenso doutrinirio no terreno terminogic e conceal dos Aires fandamentais muito comm, tanto na dora ema na rise ‘dein oueo de varidas expresses ede diferentes sentido para dent ‘a of direitos da pestoa enquantobomem ¢ enquanto idadia. Express como iberdades pales, direitos suber, drsltos publicossubjevos, ‘lvetos hamanos dvitos fundamentals, entre outs, slo empregadas Indisdatamenta, Sem a minima delimitaso contin. Tudo tan deve, Eaiaoeceereemenn tears oe eb Dros Foon 567 sobremodo, continua eprogressiva amplasioe ransformasiohistrica os dtetosFundamentais Por esse zie revel-seintrcosae eres oto lise das expressbes mats conheclas edindidas no mito da cora go ‘alos diretos fundamentals fim de que se permits encontrar dlimier Musa que seja a mais adequada, que certmente sera male abrangents ‘anseqjlentemente tenha a vienude de compreender tao tin cations posites urdiasfvordveis& pessoa, em toa as suas dimensSeso soba ont sgntictivovantajoss. connate pee Tam tc eerie ‘ore aes Sheela ser Set pt ptr “nriamncr Sop enuewtae mare er. iaigttnttn Canaan? Sn nc tren oe en eee imc 1) Acxpresso berdadespblies surgi na Prana, no final do séeulo [XVII fot empregada expressamente no art 9a Conaiiigo de 4793, segundo o qual"! dot protige a ier publique nd iduelle contre Toppression de cnx i gouvernent: Notes qué orginartamente, essa expresso fl wsada no singular «referee 1a exposigio ce motivos da Constulgso de 1814, Nao sbstant,¢ Aoutrna francesa fo generalisaneo uso da expresso no pra bertéspubliques) 2 teorsaro8 “Droits puliques des rangle pe. vistos nos artigo 1" ao 12" dessa Constalsio de 1814 Entrant foi somente com Constituese do Il Impro de 1852, no art 25 ue ‘termo em paral fl reconhecido em text constivacionl Hed cm pregado pela doutrina francesa pars deslgnar um cnjunto de dc ts de defes do homem contra qualquer lntrferéncia do Estado. A ‘pend une ado domo din nse poo st oo tse ogrenn Srna cD one ‘hn Wg ene Se or car or hee aes (Geer sts sheers" com i ncaa as ‘Side crn teste capo erTas on ws pst S68 Due x Chto expresso ltherdadespblias,entretanto, muito linitada, pols no ‘ompresnde os deltas socae e econbrlcos. As Uberdades ext ‘am ligadas a status negativuse por mlo delas buscase defender ‘divide contra angerincl estat Para alguns setores da dora, os direitos fundamentals as liberda- dos pableas S20 a mesma coisa. Todavia, para outros segmentas dout- ‘iris, uma afd distngdo eatre eles, em face do carter esttamonte Jurldieo-posttiv ds lberdades publica, segundo apontam,apesar de alg tas divergncie. Assim, para lnide-Albert Calida Hberdades pias So direlss posttvos que tendem @ reconhocer una esfera de autonomia fm fvor dos individu, nando esse autor a exstonla de qualquer dl Felt superior 4 ordam jardin postiva “La théorte des ibertés publgues, ‘estar la recomnalrance a Findvi de certains droits relewe ds droft posit non da droit naturel: i ny pas de dot supérieur lalegisation Positive Jean Rivero contudo,emboreconcordande ques liberdadespé Bas S80 poderes de autodeterminasioreconhecidos peo dirt posto, firma que, a desptto disso, as Nberdades piblias eomibém se vinculam fc exigincias do deta natural “Les bere publiques sont des droits de homme que leur eonséeration par TEtta fle passer du dott naturel 20 rot posta Ja berdades fundamen, and mas restr, referee apenas a algumasibrdades,ndo a todas 1) A terminologa dirt indviduas ext assovind 20 individ fo Iadamenteconsidredo, indicates des dries cis wpartdos dos siete pollcos Hla refete 3 flosoia indviduaista do iberlsme {que fundamentou oaparecimento das decaragbessetecetistas Na CConeiugso Bras, é usada para exprimir alguns direitos funda- rents referents & vida 3 lguadade, 4 Uiberdade, 2 seguranca e 3 ‘propriedade Segundo Pablo cs Verdi expresso drtios inate {uals € poco correcta, no slo porque a soeablidad es una dmen- ‘bn ntrinseca del hombre, como lo es Ia racinalidad sino a mayor bundamiento en la épocs acu, ransida de exigencassocales"™ 0s dirt subjetoas, no sentido estrtamente tenicojuridio, con ernem Aquelas preerogativasoutorgadas 2 individuo em conform ‘dado com certs regras do ordenament jurdica. Ou ej, conforme 5 GER nt eRe COLD eb he r ue son po de lest so “pero extablcds en conform dha determina regs un danape soem ante seen ‘specs y cones en proerhe dete artes ee ‘eco os tlares dese dros mba pode Sle beens Sipe at pre rennet poendn ace arcane or ade ransfrénan ow presergoogun ioe aan Os dn indamentats qu a, em pricpe walnearee oe Posie reco porgu rece acter doe cy rogrssaments aendanada a douse slageas Quando ets sajeos eerie una sed uc sab- Jedi cn is oa erin Ci subs asa nog de dos In cee {cen odio pio no tm ss tos aes on iret Homan ee oo nn tea poo ee Ides ee o stad ones Harper coe tm de aolimkacin ssa em benolo de decodes Altres pried encomrantnss por ean resoropee es tropa ecomcesacl es tps bode nerea Ses de agar dioo ndarental cara se oe ns vedo poder 9) rts mana hn prs eo de Pe a, “an om Into de clade «insane gun on cade omens SSnewan lactate deta iad thera ys el Ins loses eben sr toni pontoon Sceumins rea ress erste os compreendem asin oss rrp esses ue confronts tiversimen poet decntoce se irc smi om reve choo. vrs terminologies pr gar oars do omen roirame:» apes Seulege ee Carat pla apres dtr fndamcntas quel cnkata en ee sali linda pol Contigo de 1968 gucattnone cpt ‘lt o tema Drtar Granta: undancis ponies ease pov atgra dria gue brane ected aor ns Steere tberdades sigue od solacindc on ees a $2 Rage ee Dems a ders 93 s70 a on conse on designadamente,o5 direitos cvs indviduasecoletivos (capo osa- feito soias (capitulo eto Vil), os aietne de nacionalidade (cmp Toit os drelts poticos (capitulo 1} eos drat dos partidos politicos (Capito V, alm dos direitos econdmicoe (lo VI), ‘Ademais amoderoa doutrina constiuconalvemrepelindoaquelasvaris- dacexpressdesstoquelnsufctentserestrtasisespécisdogénerodirltos Fundamontais"™ Nao obstans as mosmasdifuldades subsltem para fat ‘mos uma defiigso material prea de dreto fundamentals. Bobbio, por txompl,asinla que aexpresedo“diretos do homem” é muito vag, o gue scab lvande aconcetostuteigicos como aquele segundo o qual os ‘D- Teitoe do homem sio 08 que bem ao homem enquanto home 01 ag3e- Towtre que impregnado de terms aberts eInsolivels coneebe 08 drttos {to Homem coma aqueles“xjoreconhecimento 6 condi necessria para © aperfelgoamento ta pessoz humana ou pare o desenvolvimento da ce lzarao, no se revelando,a esse propésito, de muita uidade, poruants rio ha univoridade quanto ao sigmiieado de “aperfeigoarento da pessoa Fumana” ou "desenvavimenta da chilis" Deveras os diretos fundamentals wm sofrendo mutages © assuminde novas dimensbes com o volver da hstriaconforme as exigencasespoct- feas de cada momento que dial uma conesiuaea0 material ample provetosn Sem embargo ¢ preciso encontrar anu criti undamentais ‘ue postam servi de vetar que permit ideniear na ordem urn, od feitos damental sabretudo os prevstos impictamente na Consiga tu exstntns fora de seu catilogo express alé porque 0 que aga aime Jims ¢ encontrar para adm de uma terminalogin adequada eabrangente Fidefinida um conceltoconetiicionalmente adaquade dos distos Ndr Proliminarmente&procsoesclarecer quo os direitos fundamontais no passam de diets humanes positvados nas Conslgbesestatals Ness, Derspectiva hi fort tendéncta doutrndria, qual aderimos em eservara {tings aren monies toma pos ea erates esi ‘Soir ammo avo ao ene eta er Fs ia nts nse als HRD Dire onan sn exes “eto: fndamonti para desigar os dros mana {dos eo nel interno, enquanto a concomene aioe manana ano das dclrabes e convenes Inernacona™ Deoremerae Ae Rnduenas so dels estes orem we see gus emborsadiquem no drat nats noseenpoteraiseaae ee se. dvs ipa pl deta nat pos hae fans Covlerdosa nsitugoes. grupos ou pessoa esas Ge ‘gus dove ser largado para comproonder também ostturacteur proces ‘2s formulae por Peter Habert, que condizcom a dimensao procedimen- {ale organizatiria dos direitos fandamentas, dentro de uma perspective bjcva destesdrctos, ini, feta as adapagies necessirias, esa teria de feline bem es- areca variadarfngBes dos direltasfundamentas Compre svanartnos ‘im pou, para langarmos slgumas considerarsesseparacas acerca dl. gnome des Ringoes 211. Fungo de detesa ou deliberdade 15m consondnca com a elssca concope2o de matriz Uber burguesa, os rettos fandamentais cumpriam,orgiariamente ta soment a fune30 fo iretor de defer do individu contra or abuse grado pla atarso {doEstado.Newea perspectva faneiona or dries conritem compatinclas tagatvas para o Era, na medida em que se manifetam como Sbices = IneerrngBer dos gaoeertatas na eters juridcamente preg d nd ‘elu e eriam, ademas dso, verdadeiras popes subjtvor que outorgam™ {individ o poder de exercerpositvamente os prpris drt (ber fade pact) e de evgi ominedee dos poder estate, de modo a eve ‘greste lesivas por parte dles mesos (erdadenepativa™ Com estolo nessa fungSo os dieitas fundamentals inbom que o ES: ‘ado impera ou obstacllzedeterminadas apes do titular do det, cor Fespondend eum direto ao ndo impediments apdes do lar do areto fundamental Assim, no pode o Estado obstacalizaro exert deIberd de ranqueadas (como, x g, ear censurasprevias para a manifestaso d3 lherdade areca ou eigoss cercearsiberdade de locomogio die 4 Shore eam Bs ene aro dont. 39 80 mus sama de enki), nem evar condisies desmedidas para o exerci de uma pro- ‘50, “Ademais disso, direitos fundamentals do defesa tutelam os bens ju ios fandamentais contr agSes positives do Estado que os vennam an, Nesea medida em rao, por exzmplo, dos dietos& vida e& privacdade, 1 Bando ndo poe altar or bens jurfdcos por esses dretos prego (= ‘ida e intndade, sb pena de tremedivelInonstitctonalidade.Esses Urettos sages negatives apresentam-se como dieltos a que o Estado no “fete determinadas propridades os situa do lar do dre. Os drt. {onde defesn correspon, aga um defo ¢ndo-ofeego dos bens pro fepidos 1 sla, conto cana Any, diets nao aftopdo de propriedades ieapdee (Os dretos de defess ainda compreendem o chamado drei @ nto. loop de pasgdsjuridics que impede jam eiminadss do sistema ur ‘ico determinate posigbesuriieasconertas do titular do dlrito, como, por exemplo, odiete de prpriedade, matrimonio, ee or derradero,cumpre eslarece que no mbit dos aris funda mentas de defese ou deliberdade, seme iar garantidao exerccio desses {Tecitos sem a intrforénciaextatal garante-se,outrossim,o et no eer ‘dca sem que possa o Estado, obviamente, impor o seu desu. Ow sj ‘Sttongaae's feu tulara possbilidade de azo gozar da liberdade ou no ‘utr da posi jurienassegurada. Assim, o dirito de exeroer qual [tue profislo its susltaodrelto de do exercer neniuma tividade pro- {ssloalre rete de reunli sugere o diet de nfo se reunie,Rnalmont, paruno nos clongarmos,o dirt de associayao, implica dete de nio se ESsodar até de nto permanecer associ. ‘Mas é preciso remarcar que esa fungi de dafesa dos direitos funda- mentats no torn esses direltostotalmentoimunes ata do Estado. Ela ‘io importa «excusioabuoluta da ago estaal mas to somente a atuapSo usin, que teanspride os lites constitucionals. 2.2. Fangio de prestags (Os iritos fundamentals mito no mais se restringem cssca i oe iris de dfesa ou berdade contra os poderesextatas im raalo da creseente necesidade do indivi e das desigualisdes smaterias que debilitavam, 9 presenca do Estado pasou a ser cada Yet ‘hale exgide, para dele se roivindicar uma postura ativa que reduisse 08 ‘Remuasne enss desigualdades © Hbertasco de suas necessdades malt premente.Surgem os deltas fundamentals a pestis, exercidos real [ador por meio do Estado, ouseja.queoindividuo reais travis do Esta, pare gozar de alguma prestacto que sos drgioseraals pode ofrecer (facie, edueaio, trabalho habicpto cultura et), Asim, enquanto 0s direitos de defesaassoguram as liberdades, of d= reitos a prostagiesprociram ober do Estado a condi jriiens ¢ me terials favoriveis eIndispensives so exeriioefttvaeconereto dessa terdades Dat aconstatayao de que os iretos a prestacies,notadament os tile socnis prosaconais manifectanse como “bareiasdefensias do Individuo perante a dominio ecanbmica de outros indvduos= [in sums, os diets a prestagtes ou direitos de eréit poem uma ngs posi d stad tno satel pens Siton mental pode reler-se a uma prestapdo Juridica ou 3 uma presto ‘motral,conforme objeto da pretensto Sea uma atvaeSo normatia do Sado ob una udade cnereta (bens ou Servis) Sr prporconada pore 14 drcttos fundamentals que, no rar, depondem to-somente da ats ssSonormativa do Estado par ganharom soni e apresentarem contesda dco sufelente que posable o sou exerci plo indivi, esas. ‘uapbesafane2o de prestaro dos direttos fundamentals tem a miss de prover olnlviduo do conalgoes para vii do Estado a medlataemanarSo ‘denarmasconcretzadoraseintegrativas dos drltos carente de repular20, ‘nls consist a atuaptoexigida do Estado 4 presage juraica Clhe-s2, ‘gu o diet fundamontal&pretapio uri or our ad, hiro damental que th por objeto win wil dade concer tin beef mata constants er bem ous ‘ter pesado poo tad. jt aqua fino de pretago dos dirt on samen tema mito de provera india de condigbs par xg do ado imedat realzapio de polite pblicas samen sts, ria Co por conargulnte a condi atv eintuconais para xeeo deaer ee io consist ating exh do Estado 8 presto mi twa deniecmoe ago dist fundamentals pesto mote _ se dreitocomesponde aos tpicos dros socials, que pressupdom, io propramente uma reguago legisatva, embors slguns demandem lima normatizado priv, mas ma atuacio positiva material do Estado, 502 ue oa Coatings rian zeros nstinlgbs ou fornscendo bens 0 que lew a conse, SRR Ae douaina a negara sua condigto do verdadtros ies A “Gelade deosesevetas sodas Gepende, portato, da exstcia de con- tebe camdenems fvorévets Dai dzer-e que os et socal 8o ef ‘es ma mtd possi nen dena rere do ot rita sun dependncl seston de euros economics. To ‘ati Mavendo a dsponbiidadedeses recursos anda qe et decor. Sa'SSfemanelementy defendemos gue tls ets habia odo ‘ota ulcer das prs de ie est, 0 ‘oputre da cond material a reserve do postel por otroado nf {oper tecnarzo dos cos sodas um simple peo co ead pos una verdadela impos conetacionallgitimadora, ne outs eng onsformayde condi esocs, ra media ee que esas ren ‘Senin porasfetivago deste eos" ‘Adoutrna nda tem regstrado que alguns direitos soca direitos esneting, nt 6, na carecem de integra lesativa (exempt gata, Ieee de profs, iberdade sndica)pétese em que els so deno Iminados de diets origindrae a prestapdes eso ocorre quando, em face Bupa consclonal destes dts, reconheee,smuianesments Giufter do Estado ne eragio dor pressupostos materaisnecesirios 20 ‘aortel deles ea prersogtiva deo fndividuo ex imedistamente ss pres ‘Sobes consis desaesdiretos independentemente de qualguer me- ‘BieSo tegalatva Esse mesma doutrnn, por eutro ldo, tem afimado aus, Ppremnezo material jot concretiada pelo Estado, surge os diets “eruades a prestapdos, qua consist no dct subjetivo de gual acess SSreseho uengzo de td a insisiies pblleascradas pelo Estado {lous teas nstlsdes de ensing, aos servis deste, te) edo igs ericipasto nas prestapoesforneldns or estas Servos. VE-se dat Que diets dervades a prestates thm pr prope gaan basement ‘Tporatdade do gual partlcparso nas presagbes materia /éexstntss ‘Sim base no principio de igaldade. Esse dretosdervados a restates ‘ona verdad, posigdesjuridicassubjetivas, deduidas, nfo detente ‘G2 Sovmas constuclonals definidoras de direltos fundamentals apres ‘aes thpotese que se limita aos dietosorgindrios a presage), mas 62 Conctetieaao destas poo legiladorinfraconsttciona. ‘eon cen sos Duro onconens sea Segundo Canoto", a func de prestaro dos direitos fundamental enconta-se lgada atts problemas assocados aos dietos soais Priel {0,0 probloma dos diets scat origindris, ist 6, s.0indvidue pode ‘Sai dirtamente das norms contiuconsis pretensOes prestaclanals, ‘umo, por exsmpl, dedi da norma constiuconal definidora do irl 3 ‘noradia uma pretenso que exige uma cara Segundo, o problema dos die {ns oda dervados, que ae trad no det de exgr uma atuapo eis {ha concretizadora das normas consttucionaie que deinen diet socal (Gab pena de ineonttuconalidade por mito), e no drat de recamar Ste o aceeo ea partpaco igual ns prestaesf criadas pel opel ‘dor (como prstagdes médias ehosptalresexistonts). Finalmente, 0 pro tema de saber se os crttos indamentalsocasvnculam todos os pode rs estatals no sonido de obrigarem estes (independontemente de drltos ‘ubetvs) a exectarpoitiens publica scat tvs necsréias crag 80 “einetnigbee (como hospiais escola, ereches, 2) servigas (como dese {irate sca) forneciento de prestagoes (come renda minima, subs ‘ho de desempreg, balsas de esto, et) Aina segundo o ator 3 souco aos dois primelrs problemas (referen: tes ne dre sci originrios «aus diet soils drive) & ques~ ‘onl enguanto ao Ulumo (deltas socials que vinculam os podares do Fada, impondorthes a obigardo de realzarem poltesspublias socal toente aves) ligds Dfendomos gue, de referncia neo prestaco- ‘al do dfs fundamentais soca, o individu gozu de poder de exalt ‘os diretamente a prestapto amparada na Consuls, na media dos ns andor pea ears do peri otsco xine recursos econfmico dsponiels), come também uma atuarso lela ‘onertendors das norms consttcional socal na hiptese do omisst0 Inconstuional do ros de direc politica, dentro da porspoctiva mais samplad rato fundamental fotwapto da Consul, que iets so ‘undo pensamos, uma ata mats ava do Judo, ants os periciosns Stor da censurads omisco nconsiicona. 2.3. Fungéo de proteo perante terceiros sa funglo consists no dever do Estado de proteger os lars de rete fandamentais pert trees. eso significa que 0 reconheciento fonsttuional de um drt implice também para o stad, para além do fever de abstengzo(Kngo de defesa),o dever de presto consistent na ‘hig de adotar medidas posts eflentes,vocacionadas a protegor sot aon Coan exercco dos vets fundamentals perate atvidades de teers que veniam a fet05 ‘Destare o Estado temo dever de protger oreo vida 8 involabl- dade'de dove on do sigio de dados eo dreto de reunio, apenas pars ‘Ghar slgunoexmplos de eventualsagressbes de outros inves. 34. Fungio de no dscriminagao ‘Recent caren doutindra tm acento ua ng e do dsr minogd dos dgettos fundamental 3 parr do principio da igualdsde Est ‘impo conaderedatsea primar impoe que o Estado trate os ec adios cm contr de abla igaldde. la aleangs todos 0 ets ‘andomentts pars veda por exemplo a dsriminagio~ em irtude de op- Aeeeatigne dclden polien Moves de aces aos cargos ables Ede emprego ou profisto. Com bass esa fn dst sind 0 rola de quotas (utes eficentes para nogos para mulheres para pobre, eae Mees ‘cteaatn, sem cargos publics sae fcudade, et) €0 problema {des mmnortes(Somossents et) ‘A. ANTECEDENTES HISTORICOS & EVOLUGAO DOS DIREITOS FUNDA MENTAIS 41. Consideragbes nis (0s retosfandamentats foram identificados,hstoricamente, com os ‘alores mas importantes daconvvéncla human, ou sj. aqueles em os [sts a sotedates acaba perecendo,fatalment, por un process re ‘Kft de desagropario",Desee modo, mosta-se indspensével 0 recurso {Tne de que viet da genes edo desenvolvimento dos rts fundamentals cada um eles se tne melhor compreendido, A compreen ‘lo hintrie dos direitos fundamentas, portant, exerce um papel xraor “inariamente important, pois permite verfear a variedade de codes \Sereallago dos drstos do homer, dentro da unidade do género humana, Sexpert om confor, or de sedimented cre 8 ee ‘Dende novos pereursose novos avangs, Mas nao basta observar pase uals neces refitraobrelne vinculi-la ao destin dose Fumano em conereto,&consclénela que tn de si mesmo, consciénela (gue tna dos sous dietos ou da neeessidade de os adgirre alargar em r pe en nu oe nro Pear 505 todos os dominios da vida soda epolta* Dain importncia do estado Sobre os antecedent histrieas ea evolugio dos direitos undamentals Ressltamos, potém, que os dirltos fundamentais, tas eomo concebl- os por este wabalho, vale der, como principles frien conetuconals {spetis que concretizam orespelto 8 dlgnidade ds pessoa humana, surge fam com a crasio do Estado Consttuional, no ial do sfc XVI to osu reconhecimento peas primelrs normas consttucionals ‘io abstnte 6 prac saintar que eles fo consegéncas da propria «oli da humaidadecjo el iberrio pins desde «ena Snes port dn cnenpro de dros instar co home sn rao do Su tmicinents congo mana Als correo staftmar ue dese ep lndenatoresn on nds ao hava sociedad ose sents esses rts ito porque odo homem rere egal = 8 aisle eas gal do {ie obtmum ns scedade sujet apenas a ergs tmpasa peso friunatre Assn, oegundo Rouen o homeo estado denanres, tal Nose enna oh aut Jag Ev capa de eat ‘Sninale Os lniigor male trtd contr oe quis ohomem selvagem ‘ota coe de defendersncrarnasenlereideesnrercles fina {eile cas dovngas de ada espa Mas no sbetnte avo homem se emer sora simples sem ambi, sem deseo maior do que propa ‘Emervio Eni or homens da aturenarnigiivelies. No estado de natureza,portanta,o primo sentimento do homem fo desusexstincia; seu primero culdade,o de sua conseragsa. Contd, 20 ‘se tomar soctvelohomem torna-s escravo, ao, temeros, rasta ‘susmanetr de ier indolente ecovarde, acaba por debiio. Delle Aapendente,passoua estar om rez de novas neessdades suet a toda ‘Anaturezs,sobretide aos seus emelhantes, de quem num sentido se torna ‘servo, mesme am se tornando sou senor” ‘Mas heme no se abate, no se retraky por completo, Fol 8 hts, « sua bitia de vida uma historia de nas ou sta de perdase stcios, tits taran de conqusta.€ nese contento que se stuam a gbnete e 2 ‘vols dos direitos fundamentas, porquano est evdenciado que estes Sireltos nfo si tio somenteoreultado dem acontecmento Meteo de- "erminado,mas detodo um processo, que eompreende vrias fe, como os 4 SRE Ei tec pene nce decin nroe ses Drm on mao antecedenes 0 reconneclmenty a5 dearasdes, a posktivasio constitu faa generating, a universlizarao ex especfieglo" ‘Com efit, os dietos humanos sempre estveram engajados no pro: ptt constectonalista de limiaro poder, embora no coincide a origem. Jeconsttuconalism com a origem das iberdades piblicas. Isso poraue, ‘Smo postladjusnaturait, sempre fol da exstnca do homem ser livre ‘Stuurutr certs ben, sem interferenca do Estado. Todos os homens so, Sor aaturess ines etiularer de diveltos nturas Sao os direitos funda- Petals, portato, direltos iat preeisentes,cabendo 20 ordenamento Furic: postive to somente reconect-lo=. Isto porque, emo bem sulin JH Merolles Tetra os “rls a ‘trai lntlonavets pessoa himana preaistom 2 Esta € ete 5 50- ‘rape, corliios que sio, como vos dos prpris atibutos da pessoa Frmana da patureza essen desta™ Conte, esses dirltos, para paderem ser reconhecidosefetves@ aca. tadonprecisaram recor formalas urdieaadequada, o que vei #ocor ‘Eripor melo das “DecltapBersolenes”e,notadamente e num momento ‘ostrlor ns *Consituigespoltieas” de cada Estado, Advts, porém, Fe as Dedarajoes de Direlto, no plano externo, ou as Constiuges est ‘Ei no plano tern, apenas explictam os direltos naturals ums vez ques Uinitos omuncados no sto afinstitldos,criados,mas apenas “delarados’ ‘ita sovem recordados™ Acrercent-e sto fto de que o Divito viv or cts tnstncin na consciénia humana € inegvel~e inguém mais ‘Guvda que a viginaia dos dreftos humanosIndepende do sou recone ‘tents consttucional ose), de sua consagrario no plano do dirt post- eRe come drctos fdamentts Por soma Declaragio de diets ‘istine que despida de garantas efetivs de seu cumpriments, pode exree, EERE de fate wom exercenda,o feta dem ato esclarecedor, huminando& ‘Ghanenca jurdiea universal eintaurando a ora da maloridadehistérica ‘tohomen ‘Cumpre-nos,doravante, investiga; nesto item, os antecedenteshistr= cos ea oluyao dos dretos humanos fundamentals. Apenosressaitamos Gorom, ques evolugao dos drefos manos 6 acompanhada por um fend- Perso de crise das erdades, Ou de outro modo, como enfatiza Clara 35 & ek se Cm, een oman Penton cours scat econ cis darn beads pli so ‘labo tres desu eeu Berea eran elms po [averted gorselterdnerontsvahoepodocs orate. tno psa io Son aspen ter pnt dss ros Ness sn, pon Manel Ferreira Filho que “" *Goneaes ‘Spr se ne sas pss SSdioeemetl cn Sears ragalecm Sees Seepage etic comem Encontro Portanta, a evolugSo dos direitos fundamentals acompanha oprocesso istrico as uta sorta os contrastes de egies polos, esi como 0 propresso cent tenicoeecondmic. polos Aistra, progresslvaments, fol demonstrando que os sores humsanos, ‘io bstante as profundasdifrencasbologicas eculturais que o stn fuem entre sl sto merecedoree de idéntcoresplt, comm inicos seres no ‘undo capazes de amar descobrir a verdade eer a belea A parti do ‘hamado perodo axial (entre os séuls Ville IC} fs reconhecendo, Sssim,e em todo o mundo, que em fece dessa gualade essencial nen individu, grupo ou nao, pode afrmar se superior aos demais™ A dgn fade humana o tora todos esrencnimente igual. «ncaa am nytt roto pn pie epson ane colic seaman coum fens mene oti ntl ds tna hon wealth de sua pp lens ttaanrs pops cad pcs ann ean aene ea ‘ase ei Gu sea doormen coum in in cee ‘binds node dvr mapa deo pour angus nin vr patie do ora neti evra sea de outer esse contenta pode se armar qu ara 06 propos deste taba 2 ‘Sra dsm come um fino seo pr fore da straa seine sesso humana const omshor argument ene 0460S ede ment da ris fandamontl 3 fetedadeconstconal rar reteso de pola pias de cnteido ecndmico «soc Soca: plana o Poder bien deve raza as tarefas © os programas aot Fonts morte por um Conaaiso Dgerte em bens dae- Ternedeomen: Ano leidade da Constuiao em rato da oso aot Poder representa lstinével obstiul 20 deselviento teugudadc humana oquelgnifes ua dest incongrncipolsa eds peauu humans €anadadeitma ea rato deser deol 0 ‘isa jor ‘Aeolus hisérca doe diretos humanos fundamentals deve-se, em grande parte, 0 sofiment flo emoral dos seres manos. ARE ESS ime deena soo sree Gears nese mms tee clo caries ei Dal falarse em aftrmagio progresiva ds direitos humanos. Os direitos do Homem nascem de modo gradual, no todos de uma vere nem dot veaportodes", ‘Aaliemasohistircaeprogresiva ds direitos humanos fundamentals sompas exter entrada em torno dala de ita do poder polio pois Tae tos “los mites mpuestoe al poder dl Estado se considera que et his ece es el reconocimentojuridco de determinados émbitos de ute Sern na ono gue Lavan no and ene Co efitoe neconbecimento de que as instulebes governamentats dever set progades excushamnente a servgo ds governs, «nao pare satssaet srbigencas peaoats dos governantes fom primero passodecovo naa nists ds extincta de direitos que, inerentes propria condigio humana “penser econnecdas a todos. Quer dizer ila da image do poder dos {govrmantes sempre constitu pressuposto fundamental dreconiecimest Tria ERs Dns Foon ses an esti de dros comuns 2 dos os ndvduos qualquer que fosse 0 ‘stamento social - cleo, nobreza epovo~no qual eles se encontrassem™- Assim & que a doutrins dos diteitos humanoereonta a antigua, [Aprotohisdria dos drettos hamanos eomora fé a secu VI a. com a ‘rag das primeiasinstalgbesdemoeritiens em Atenas, prossegue no ‘steloseguint, com a fandagao da epablica romana Entretanto, 6 maces ‘io esclaecerqueaantguidade desconhecianaitonomis individ dando {nsejosdistngzo cassie entre a“brdade dos antigos" ea "Moerdade dor tnoderoe's Pas os antigos a iberdade, de indole esencelmente pola, ‘onsstia na participa de homem na vida da ols, Vale dizer» Hoerdade representava, na antguldade a faculdade de exeoar os direltesplieos do ‘dado. Por isso mesmo, Aristiteles Jastfcava a eastnca de exeravas" ‘Orpensadores poles pregoracreatavam ques personalidad humana poderia desenvolverse plenamente quando esivese ntegrada esuborc- ‘nada ao Fstadoonipotete Aida dequeexstem drtos do indivi fora {do Estado tem sar rzes na Slosofia helen dos estes. Alt natal ‘traro, a igualdade ea dignidade do homem sfo valores qu esto ana {do Eade fora de seu leanceJ4ma visso dos modernos a Mberdade 2 ‘eliza na etetincafndviduale pessoal de cada um sm Atenas, por mas de dolsséculos (de 501 338 26), 0 poder pol ‘eo dos governanes fl rgorosament initado, nfo apenas pla saberania ‘as leis, mas também pel nstilo de um coajunta de mecanismes de ‘ldadaniaativa em virude dos quaso pov, pela primetra ver na Hist, {governou-se asl mesmo. Como se sabe democracia atenlense consist, ‘asieaments, na atbulsdo popular do poder de eager os governantes e de tomar diretamente em asserléia (a BEA) as princ)palsdeclstes pol €2s,como,v.g,a dogo de novas lesa dedarasdo de guerra ea conclusto fs teatados de paz ob de allanga Ademals diss, a soberania popular atva ‘hrangia um sltema de responsabildades, pelo qual era permiid «qual {quer cldedzo mover uma ago criminal gpagagué contra os dligentespo- Thins, devendo estes, enda, a deaarem os seus cargos, prestarcontas de sua gest peranteo povo. Os cldadios também tinham edt de eopor,

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