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ar FLUXOS OK Introdugao Essa apostila de soldagem por arco submerso fol prepatada para profissionais atuantes na rea de soldagem, tanto na area técnica quanto na comercial. Ele nao fornece instrucdes especiticas de ope- racdo de equipamentos, mas apenas uma explicagdo sucinta da teo- ria basica. Seu principal objetivo é apresentar procecimentos, tabelas ¢ outras informagdes operacionals Uteis no planejamento na execu- 40 de aplicacdes basicas de soldagem de unido ou de revestimento por arco submerso. Para outras informacées que nao estejam contempladas nessa apostila, consuite @ assisténcia técnica, seu representante ESAB ou a filial ESAB mais préxima. Manuais de instrugdes operacionais para os equipamentos ESAB esto disponiveis mediante solicitagao nas filiais ESAB. Todos eles ccontém informagées de seguranga que devem ser lidas @ observadas por todos os operadores de equipamentos. ar Capitulo 1 Descrigao geral da soldagem por arco submerso Definigao Soldagem por arco submerso 6 um método no qual 0 calor re- ‘querido para fundir 0 metal é gerado por um arco formado pela cor- rente elétrica passando entre 0 arame de soldagem e a pega de trabalho. A ponta do arame de soldagem, o arco elétrico e a peca de trabalho so cobertos por uma camada de um material mineral gtanulado conhecido por fluxo para soldagem por arco submerso. Nao ha arco visivel nem faiscas, respingos ou fumos. Escopo geral Corrente de soldagem — correntes até 2.000 A, CA ou CC, com um Unico arame. Espessuras — soldagem monopasse até 16 mm de espessura ¢ sok dagem muttipasse sem limite de espessura. Velocidade de soldagem — até 400 cm/min com um tnico arame. Maiores velocidades podem ser alcangadas com vérios arames na mesma poga de fusdo. FLUXOS OK = FLUXOS OK Posigo — a alta corrente de soldagem aliada ao alto aporte térmico ria uma grande poca de fusdo. Sob tais condiges, as soldas devem ‘ser mantidas na horizontal para evitar escorrer. Soldas com pequenas pogas de fuséo podem ser inclinadas por até 15° da horizontal sem grande dificuldade. Se o tamanho dos passes for limitado, soldas ho- rizontais podem ser executadas em superticies verticais, desde que seja providenciado um suporte adequado para o fluxo. Vantagens do processo elevada velocidade de soldagem: maiores taxas de deposicao: boa integridade do metal de solda; processo de facil uso: melhor ambiente de trabalho e maior seguranga para o operador. CeeeE Limitagées do processo © processo de soldagem por arco submerso é limitado as posi- ‘ges de soldagem plana e horizontal em angulo. = FLUXOS OK Elementos da soldagem por arco submerso Cinco elementos estéo presentes na execugao de uma solda por arco submerso: & calor gerado pela passagem de uma corrente elétrica através de um arco; ia arame para soldagem — consumivel; ia as pegas a serem soldadas; ia fluxo para arco submerso - um composto mineral granulado para soldagem; id 0 movimento relativo entre o cabegote de soklagem e as pecas de trabalho. Seqiiéncia geral de atividades Reduzindo a soldagem por arco submerso aos seus termos mais simples, considerando 0 equipamento j4 montado e em uso, a se- léncia geral de atividades para fazer uma solda por arco submerso a seguinte: Ajuste do equipamento de soldagem Para os detalhes desoritos @ seguir, vela a Figura 1 iO cabecote de soldagem deve ser montado em conformidade com as instrugdes fornecidas. ss FLUXOS OK iO cabegote, o painel de controle e o carretel séo montados em um dispositive mével. M&O caminho a ser percortido pelo equipamento deve estar livre & Sisponivel. & Afonte de soldagem & conectada a rede elétrica. S40 conecta- das, através de cabos elétricos, a fonte de soldagem ao cabegote 8 pega de trabalho. Figura 1 - Equipamento de soldagem Preparagao das peas de trabalho Para os detalhes desoritos a seguir, voja a Figura 2. ia Determina-se 0 tipo de junta mais adequado para a solda a ser execulada, Preparam-se ¢ limpam-se as regides a serem solda- das. ta Se aplicavel, coloca-se 0 cobre-juntas. As pegas a serem soldadas sao colocadas em posigao para sol- dagom. Normalmente olas so ponteadas ou presas por disposi- tivos auxiliares para manté-las na posicao desejada. FLUXOS OK Figura 2 - Proparagao das pogas de trabalho Preparacdo para a soldagem Para os dotalhes descritos a seguir, voja a Figura 3. & Cada elemento da soldagem por arco submerso tem um efeito sobre a solda concluida. Os valores para a tensao e cortente de soldagem, a composicao e o diametro do arame de soldagem pa- ra 0 tipo de junta escolhida e o material a ser soldado sao deter- trinados das tabelas aplicdveis. E responsabilidade do operador ajustar e vorificar as condigdes adequadas de soldagem e ajustar 0 eauipamento para manter as condigdes pré-ajustadas e produ- Zir a solda. Mi Abobina de arame de soldagem é instalada no carretel. A extre- midade da bobina é inserida nas roldanas do dispositive de ali- mentagao de arame e alimentada até alcangar as pecas de traba- tho. O cabegote de soldagem é entéo posicionado de forma que 0 arame fique pronto para iniciar a solda, ia 0 fluxo requerido 6 colocado no silo do cabegote ce soldagem. Uma quantidade do fluxo & depositada até cobrir a regio de sok 1,5 Arames de soldagem Uma vez que 0 fluxo foi escolhido por suas caracteristicas de de- sempenho, pode ser selecionado um arame de soldagem para obten- ‘cdo das propriedades mecanicas requeridas para a solda. Para algumas aplicagées criticas as propriedades mecanicas go- vernam a escolha do par arame-fluxo. A selegao da combinagao cor- 2 ar FLUXOS OK rela pode determinar apenas um arame e um fluxo que atendam a to- das as necessidades. A Tabela Il mostra a composi¢ao quimica tioica e as especitica- des aplicaveis dos arames ESAB. ‘arame [AWS N_Mo_cu Vv Nb_N OK Autrod 1210 [ELI2 ]010 004 044 0.16 v2.20 _|emrax]o.11 026 0,95 0.36 (OK Tubrocur 35 = ]o10 080 2,00 250 0.20 060 “0 9,12 040 2,90 3,00 0.80 ai9nimo|- [0,08 0,40 1,00 13.00 4.50 1,00 a10M 012 045 1,25 1200 299 125 928 9.22 arn 205 0.80 1,30 1200 489 100 908 9.08 0.065 0 |- __|o23_ 050 1,25 1250 0.20 (OK Tubros 52 Jats 040 7,00 1.40) 050 sem |- — |oo8 050 1,10 1,10 1,20 050 020 ws ecw |o0s 040 1,00 055 065 070 me Jeowe |oo75 0.45 140 0,95 1,00 0,85 316 0.80 0,90 1850 11,50 270 4208 050 1,20 1650 Nota: arames tubulares - composigdo quimica do metal depositade com a a- plicacdo do fluxo OK 10.618, Tabola Il - Composig&o auimica de arames OK Escolha de combinagées arame-fluxo Arames para soldagem por arco submerso sio escolhidos primei- ramente por sua influéncia nas propriedades mecénicas e/ou na com- posigéo quimica requerida para o metal depositado. Carsono e man- ‘ganés s4o os elementos de liga mais comuns, com adigdes de Si, Mo, Ni, Cr, Cu e outros elementos adicionados para aumentar a resistén- ‘cia mecanica e controlar as propriedades mecanicas a altas ou baixas temperaturas. Adigoes de manganés ¢ silicio também auxiliam na o- liminagao da porosidade gerada pelo gés CO. Os fluxos para soldagem por arco submerso séo escolhidos para satisfazer aos requisitos de propriedades mecéinicas em conjunto com um arame particular e também para atender &s necessidades de de- sempenho de cada aplicacéo. Classificag6es AWS / ASME As classificagdes da AWS (American Welding Society) para com- binagdes arame-fluxo auxilam na escolha dos consumiveis adequa- dos para cada aplicagao. A AWS classifica arames de ago carbono e de baixa liga para soldagem pot arco submerso pelas normas AWSAS.17 (ou ASME SFAS.17) @ AWSA5.23 (ou ASME SFA5.23) pela faixa de ‘composigéo quimica. Como as propriedades do metal de solda depo- sitado pelo processo de arco submerso so afetadas pelo tipo de flu- xo empregado, & necessério aplicar uma classificagéo separada para cada combinagéo arame-fluxo. Um arame pode ser classificado com varios fluxos. FLUXOS OK FLUXOS OK A seguir so mostrados os dois sistemas de classificagdo de combi: yame-fluxo da norma AWS: ages ar “aWsv Ismy tuo eu sepr ‘woo opeyisodap opuenb (9,13-M0) 4.¢e-e fF 2z no) bun 8 {edi Ser 20} 124 92 ® Jouledns oFSex;¢ elousjetee1 8wn e4s}¢pep|oe Woo ceSpuo® eu ‘anb plas ap je}eu wn e:jenpoid anb oxry wir © as-aisjeq “Bie|dWios veSeUB|sap BUN MZIHAEYLA oyduiaxe, XXX - XXXS ‘epl0s ap [eet op oBS|sodap kL opesn owiexe op some} {ewere) e90.90}0 e>IpUl 712 9p OWUIW oF WezHsTIES opeyisodsp reve op osedu| 2p sapepstidoid se jenb ¥ euniesedusy sousLN e EDIOU “wiaBepjos-fod cosa} oquoUeeA opepios ouo>- ,.¥, ‘Soplznpuo9 wes) $9883 So enb 2u o2|Uue) OqUOWEREReP OPS IpUOD @ ELBISEC ‘sepeayipadss uaBepios ‘2p se0S|pue> se woo opiode ap auBIe 2p eoyjoedse opseayysie|> EUNBIe 9 axny o W0D 84 01 8p Sepepiun we opeyisodap exjos — jeyeUl Op eUUTUIW Bo|LgoewU eloUsRSIaeU® BO!>ul oxny worpul or FLUXOS OK 10 ep reyetu ep orsisodwo. y "ans 8 aueve wn L109 speysodsp opuenb duu| ep apepetideid ewn (edi 0Z9N0} 15106 ‘sod eqisileajuuia) open ep ORSIpU09 eu ‘=nb tun 8 pe-ceEOde codecs NX - NXXX93 - XXXd ‘ten of sani no seuss no un ‘opeyisodep jeqeus op eon oEdisoduics e EOpUl ss “)0 6 Biu09 ofteodap tu opten eet 0p | pips aulese eoqpuy ‘gjougsne ens eny sing -eoypuy (eunse) opesgape “C7 9p oumujus o8 woz opeaisodep jeyetu 2p ox>edwut ap sepepalidosd se jenb & enyesediUle3 JOG. uiaBepjos-s9d o2juLi9y oyuourey “sepjznptoo we10) £0360) 20 fen eu o9|uL193 o3UN "184 001 zessedesan ejounysise, e opuenb sopesn ogs soyjip stoc “sepeosoedse WebepIos ‘ap Sagsipuon ze Wlo> opiose ap aLiese op eaylradse o7Seayjsee|> ELITB|e > oxny © Ul0> 184 OL 9p Sepeprin we opeysodep erjos ap feyeUl op eMIUU eD[LED9UI EPLEE|se/ B DIEU oxny eorpul 26 Efeito da diluigdo da solda e dos parametros de soldagem Para atender aos requisitos de uma norma de fabricagao, as pro- priedades mecénicas minimas dos consumiveis sao usualmente bem definidas. No entanto, quando é exigida uma conformidade com uma norma especitica como, por exemolo a AWS D1.1 Structural Code, as lstas de conformidade dos produtos ESAB devem ser estudadas. Quando sua aplicagao diferir das condigdes do corpo de prova ‘em itens como aporte térmico, dilvicdo (veja a Figura 14), espessura da pega ou tratamento térmico, seus efeitos nas propriedades meca- nicas podem ser estimados. Como uma regra geral, quando o aporte térmico ultrapassa o valor de 2,3 kJimm empregado nos testes con- forme a notma AWS, a tenacidade e a resisténcia da solda ficaréo menores que os valores publicados nos catdlogos. Quando sao em- pregadas altas correntes, 0 aumento da diluigdo do metal de base em mais de 20% também diminuiré @ tenacidade da solda relativamente aos dados de catalogo. A a8 CO) AREA A seotugho = AREA Figura 14 - Diluigaio FLUXOS OK = FLUXOS OK © comprimento do cordéo e a taxa de resfriamento, medidos a- través do aporte térmico definido pela Equagao (2), “Tensdiodo Aveo Corrente x60 AporteTérmico(imm) = Tense de Arca Co 21 ot (sm) = “elecdads de Saldagam (rmmin) «1000 tém um efeito maior nas propriedades mecdnicas. Em aplicagdes crl- ticas, portanto, ¢ normalmente necessério avaliar 0 dasempenho do material, empregando a condi¢ao de soldagem em setvigo ou através de um teste de um procedimento de soldagem previamente executa- do. Escolhendo arames e fluxos para usos especi' Quando se escolhe uma combinagao arame-fluxo para uma de- terminada aplicagao, as caracteristicas de desempenho desejadas dever ser atendidas: & facilidade de remogao da escéria; capacidade de soldar sobre dxidos e carepa; possibilidade de soldar a altas velocidades; desempenho com varios arames; prego e consumo de fluxo com as propriedades mecdnicas ne- cossérias. Em muitos casos, deve existir um compromisso — a combinagao arame-fluxo que atenderé as propriedades mecdnicas requeridas com ‘0 melhor desempenho possivel na soldagem. Essa é a razdo pela qual a combinagao de catorze fluxos e catorze arames da ESAB pode tomar esse compromisso o mais aceitavell 7 ar FLUXOS OK A combinacéo do desempenho com a maioria das propriedades mecénicas abrangendo a maior parte das indistrias, tals como caldei- raria, naval, e automotiva, pode ser simpiificada. O exemplo seguinte llustra 0 que pode ser feito com a pré-selegao de combinacées sim ficadas de arame-fluxo. Selecio simplificada de arame-fluxo 8 fluxos + 1 arame Figura 15 - Consumiveis OK para a soldagem por arco submerso 28 = FLUXOS OK Combinacao de arame-fluxo pré-escolhida para a maioria das aplicagées Com catorze fluxos ¢ catorze arames de diferentes tipos, a esco- tha de produtos para uma nova aplicagao pode ficar confusa. No en- tanto, a selegao pode ainda ser simples para a maioria das aplicacSes de soldagem de alta qualidade de agos carbono. (OK Flux 429 + OK Autrod 12.20 ou OK Flux 10.71 + OK Autrod 12.20 ou OK Flux 10.70B + OK Autrod 12.20 (com tt) ove Ah, GoD Seldagem se soptes espessas do ‘asonde pesto e de equpamentos ‘ec elise eeutas, Vasos co pressio ¢ Portes caderes Soisse 49 Tope Figura 16 - Combinagées de arames OK com fluxos OK neutros OK Flux 10.818 + OK Autrod 12.20 ou OK Flux 10.81 + OK Autrod 12.20 iy Juntas em angulo na horizontal Soldas monopasse, baixa velocidade, ccordSes largos Figura 17 - Combinagées de arames OK com fluxos OK ativos 29 pg FLUXOS OK (OK Flux 350 + OK Autrod 12.20 ou (OK Flux 10.828 + OK Autrod 12.20 sean trades saree test com Chapastnasempreganco Soldas de topo ein Svelncdeds desatiogem — chapan Faas sT2ieu3arames| iovomperno woo Sipetioes com Sedoe Figura 18- Combinagdes de arames OK com fluxos OK atives de caracteris- ticas de desompenho especiais 30 = FLUXOS OK Capitulo 3 Projeto e preparagao da junta © projeto © a preparagao da junta sao dois dos fatores mais im- portantes na execucao de uma solda por arco submerso. Para usufru- ir totalmente das vantagens da soldagem por arco submerso, a junta dove ser adequadamente projetada e preparaca e deve estar razoa- velmente unifarme ao longo dos cordées de solda. Caso contrério, 0 ‘operador de solda tera que fazer tentativas para compensar as irregu- laridades.O tempo despendido na preparagéo adequada da junta é mais que compensado pelas maiores velocidades de soldagem ¢ sok das de melhor qualidade. Definigao de termos Penetragao da junta é a profundidade de fusdo medida da superficie ‘original do metal de base (veja a Figura 19). E algumas vezes ex- pressa como um percentual da espessura da junta. PENETRACAO DA JUNTA Figure 19 - Penetragao da junta ss FLUXOS OK Reforco da solda é 0 metal de solda excedendo a quantidade ne- ‘cesséiria para 0 preenchimento da junta soldada (veja a Figura 20). REFORGO DA SOLDA, Figura 20 - Reforce da junta Linha de fusdo é a juncao do metal de solda com o metal de base (veja a Figura 21). LN DE FUSAO’ Figura 21 - Linha de fuso Zona termicamente afetada ¢ uma parte do metal de base adjacente solda que ndo foi fundido, porém teve sua microestrutura ou suas propriedades mecanicas alteradas devido ao calor (veja a Figura 22). ‘ZONA TERMICAMENTE AFETADA Figura 22 - Zona tormicamente afetada 32 Suporte para o metal de solda fundido Necessidade de suporte para o metal de solda fundido Asoldagem por arco submerso forma um grande volume de me- tal fundido que permanece fluido por um periodo de tempo consideré: vel. E essencial que esse metal fundido seja suportado e contido até sua completa solidificagdo. Uso de cobre-juntas para assegurar o suporte ao metal fundido Existem cinco modos comumente empregados para suportar 0 metal de solda fundido: i cobre-juntas ndo consumi cama de tluxo; junta sem abertura de raiz; passe de selagem; cobre-juntas metalico consumivel Os dois primeiros empregam cobre-untas temporérios que sdo removidos apés 0 término da soldagem. Nos outros trés, 0 cobre- juntas tomna-se parte integrante da junta soldada. Cobre-juntas nao consumivel © cobre-juntas de cobre é freqientemente utilzado como cobre- juntas nao consumivel na soldagem dos agos. E empregado quando (© metal de base no tem massa suficiente para prover um suporte FLUXOS OK ss FLUXOS OK adequado ao metal de solda ou quando deve ser obtida uma penetra: ‘go completa em apenas um passe. O cobre-juntas de cobre é parti- ‘cularmente itil na soldagem de pegas de pequena espessura. Varios tipos de cobre-juntas de cobre séo mostrados na Figura 23. Figura 23 - Diversos tipos de cobre-juntas nao consumiveis de cobre Como o cobre é um excelente condutor de calor, ele resfria rapi- damente 0 metal de solda fundido, fornecendo ao metal de solda 0 suporte necessério sem ser fundido por ele. Foram feitas algumas tentativas para substituir 0 cobre por ligas de cobre e por aluminio e suas ligas, porém os resultados no foram satistatérios tanto no as- ecto econdmico quanto na qualidade do metal de solda produzido. Esse insucesso resulta da condutibiidade térmica epreciavelmente menor e também do menor calor latente de fusdio das ligas alternati- vas em relago ao cobre. Por isso as ligas de cobre e o aluminio e suas ligas nao conseguem suportar as alas temperatures de solda- gem e se deterioram rapidamente em servigo, mesmo que possuam inicialmente uma resisténcia & abraséio maior. E essencial que 0 cobre-juntas de cobre seja pressionado contra ‘a base da junta para evitar que 0 metal de solda escorra por entre a raiz da junta e 0 cobre-juntas. © cobre-juntas de cobre deve ser entalhado ou rebaixado para faciltar a penetracao do metal de solda na raiz da junta (veja a Figura 24), Na prética, 0 entalhe ndo é usado em chapas com espessura a- baixo de 10 MSG para nao reduzir a capacidade de restriamento ré pido do cobre. Para chapas com espessura acima de 10 MSG, as d- mensées do entalhe variam de 0,5 mm a 2,0 mm de profundidade e de 6,5 mm a 20 mm de largura, sendo que as dimensdes do entalhe ‘aumentam com a espessuta. Os cantos do entalhes podem ser arre- dondados. © entalhe é maior para as chapas mais espessas para evi- tar que a capacidade de resfriamento do cobre dificulte uma penetra- ‘¢40 completa e para permitir um reforco adicional na raiz da junta. En- talnes mais largos permitem maiores desainhamentos nas pecas, 0 ‘que € conveniente para a soldagem de pecas de grande comprimen- to. Less0mm i; 20,0 mm Figura 24 - Cobre-juntas de cobre entalhado A vida da pega de cobre depende do cuidado no uso, particular- mente contra danos mecanicos e superaquecimento devido a uma montagem deficiente da junta. Se as superticies de contato do cobre- juntas ficarem com um aspecto corroido, podem ser usinadas nova- FLUXOS OK 36 mente, porém um cobre-juntas ndo deve ser usinado com muita tre- léncia sob pena de perder a capacidade de restriamento. © cobre-juntas de cobre tenderd a empenar € a tornar-se menos resistente & abrasio se for excessivamente aquecido. Uma das cau- sas mais comuns de aquecimento excessivo so montagens deficien- tes, que permitem o contato de um volume muito grande de metal fundido com a pega de cobre. Quando forem utiizadas sapatas de ‘sobre como cobre-juntas, 0 calor produzido durante a soldagem & a- plicado continuamente na mesma segao de cobre, enquanto que com uma barra comprida o calor é aplicado progressivamente ao longo de seu comprimento total. Desse modo, quando se emprega a mesma pega de cobre diversas vezes sem permitir seu restriamento comple- to, ha uma redugao de sua capacidade de resfriamento. Nesse caso, pode ser necessério um resfriamento suplementar com agua através de tubos de cobre achatados ¢ inseridos em rebaixos previamente sinados na parte inferior do cobre-juntas, veja a Figura 25a. Pode ser minimizado o empeno do cobre-juntas por meio de uma restrigao mecénica, veja a Figura 25b. Quando o cobre-juntas de cobre for em- pregado para soldas monopasse em juntas em Angulo com penetra- ‘40 total, Figura 250, os cantos devem ser chanfrados pelos menos 3mm para permitir que algum metal de solda penetre na junta e pro- duza um pequeno filete na raiz. Isso dé uma resisténcia adicional & solda ¢ ovita falhas — causadas pela concentragao de tensées dovi- do ao efeito de entalhe — que ocorrem algumas vezes em juntas desse tino que séo soldadas sem penetragao adequada. FLUXOS OK FLUXOs OK ‘TUBOS DECOBRE RHA ADOS (a) Método de resfriamento com aqua em cobre-juntas de cobre Figura 25a - Restriamento de cobre-juntas de cabre (b) Método de evitar empeno por restricao mecanica em cobrejuntas de cobre Figura 25b - Evitando 0 empeno do cobre-juntas de cobre CHANFRO 3,0 mm, (€) Cobrejuntas de cobre para junta ‘em Angulo, Observe a posicao do chanfro no cobrejuntas, Figura 25c - Cobre-juntas de cobre para juntas em angule 7 ar FLUXOS OK Cama de fluxo Emiora todos 0s tipos de fluxo da ESAB possam ser usados co- mo cobre-juntas, 0 fluxo OK Flux 850, € 0 mais adequado para uso ‘como cama de fluxo. A cama de fluxo deve ser pressionada unifor- memente contra a base da junta por uma mangueira inflada com égua ‘ou ar comprimido. O fluxo ¢ depositado sobre a mangueira (veja a Figura 26). LONA A PROVA DEFOGO RECIPIENTE MANGUEIRA, INFLADA Figura 26 - Cama de fluxo Com 0 uso da cama de fluxo padem ser toleradas maiores irregu- laridades de montagem que com outros tipos de cobre-juntas porque © material granulado conformar-se-4 melhor & base da peca. Pressdo excessiva para manter o fluxo granulado contra a base da junta tende a produzir concavidade na raiz. Junta sem abertura de raiz e passe de selagem s de solagem so os méto- Juntas sem abertura de ralz e pass dos mais empregados para obter suporte para o metal de solda, 38 ss FLUXOS OK Em uma junta sem abertura de raiz, 0 nariz deve ser espesso 0 suficiente para suportar 0 primeiro passe de solda sem perfurar 0 chanfro @ alcangando a penetracao requerida. Essa técnica ¢ empre- ‘dada em juntas de topo (com ou sem chantro) e juntas em angulo (in- clusive juntas sobrepostas e em “T"). Algumas vezes, so usados co- bre-juntas suplementares. E da malor importancia que es faces da junta estejam fortemente pressionadas nto ponto de maxima penetra do da solda. © passe de selagem pode ser realizado por outros processos de soldagem, empregando arames tubulares OK Tubrod” ou eletrodos revestidos OK (vela a Figura 27). Os passes subseqientes ao passe de selagem podem ser executados do mesmo lado (para espessuras abaixo de 12,5 mm) ou do lado oposto nos demais casos. r PASSE DE ACABAMENTO PASSE DE SELAGEM. Figura 27 - Passe de selagem Eletrodos revestidos OX sdo freqiientemente empregados em passes de selagem, quando nao for conveniente aplicar outras técni- cas de cobre-juntas devido a inacessibilidade, preparagéo ou monta- gem deficiente da junta ou mesmo cificuldade de girar 0 conjunto (ve- ja a Figura 28). © cordao soldado com eletrodo revestido OK pode permanecer como parte integrante da junta se atender aos requisites de qualidade ou pode ser removido por goivagem, lixamento ou usi- nagem apés execugao da solda por arco submerso. Quando a solda ss FLUXOS OK realizada com eletrodo revestido OK tem que ser removida, deposita- se posteriormente um cordéio permanente com arco submerso. Para passes de selagem, 6 recomendado um eletrodo revestide OK de baixo hidrogénio como 0 OK 48.04. Nao devem ser empregados para passes de selagem eletrodos revestidos do tipo E6012 e E6013 por- que eles tendem a causar porosidade na solda permanente realizada or arco submerso, fo == Figura 28 - Diversos tipos de passe de selagem E importante que o passe de selagem por solda manual seja de boa qualidade, live de poros e de inclusdes de escéria. Caso contré- rio, a solda final por arco submerso poderd conter também esses de- feltos, se estes forem absorvidos da refustio de parte do passe de se- lagem. Deve ser mantida a abertura da raiz. ar FLUXOS OK Cobre-juntas metélico consumivel Nosta técnica, a solda penetra © funde 0 material do cobre- juntas, que se torna temporaria ou permanentemente parte integrante do conjunto. Podem ser empregadas tiras de material compativel com 0 metal a ser soldado — veja a Figura 28a — ou a junta pode ser localizada de tal modo que uma parte da estrutura forme 0 cobre-juntas — veja a Figura 29b. E importante que as superficies de contato estejam lim- pas € coladas uma & outra, de modo a evitar porosidade e vazamento de metal liquido, ae a. Cobre-juntas consumivel —_b. Cobre-juntas estrutural Figure 29 - Cobrejuntas metalicos consumiveis, Preparacao da junta por biselamento Efeito do angulo do bisel CO efeito do angulo do bisel € controlar a altura do reforgo de sol- da. A penetragdo da solda também é afetada por alteragdes na pro- fundidade do bisel e no volume da solda resultante. Para soldas mul 41 ss FLUXOS OK tipasses de topo e em Angulo, a largura maxima da solda deve ser um ouco maior que sua profundidade. A razao largura / profundidade da solda mais adequada deve ficar entre 1,25 € 1,50 para reduzir a pos- sibilidade de fissuragao no centro da solda. Uma preparagao adequa- da dos biséis da junta e uma escolha adequada dos parametros de soldagem ajudam a obter essa relagio. Como exemplo, veja a Figura 30a, a Figura 30b ¢ a Figura 30c, REFORCO ADEQUADO PENETRAGAD DESEJAVEL REFORGO EXCESSIVO PENETRACAO INSUFICIENTE 'b, CHANERO EM "V" PEQUENO. REFORCO INSUFICIENTE PENETRACAO. EXCESSIVA © CHANFRO EM “V" GRANDE Figura 20 - Eteito do angulo do bisel 2 Quando biselar © biselamento 6 particularmente desejével para juntas de topo mais espessas que 16 mm. O biselamento é algumas vezes empre- gado em pegas de espessura 6,5 mm, onde o bisel pode auxiliar co- mo guia para o cordao de sokia. Em juntas em “T” onde é desejada uma penetragao total na raiz, a pega superior & geralmente biselada se a profundidade de penetracdo requerida para cada solda exceder 10mm. Eteito da dimensao do nari © nariz no biselado deve ser espesso o suficiente para a solda fundilo, mas nao atravessé-lo, Se a espessura do nariz for inadequa- da, ndo haveré massa de metal suficiente para absorver o calor do metal fundido, podendo escorrer para a parte inferior da junta. Como ‘exemplo, veja a Figura 31a e a Figura 31b. ARIZ DESEsAVEL Nariz satisfatério. O metal fundido nao . Nariz insatisfatorio, © metal fundido furou a raiz. Figura 31 - Efoito da dimonsao do nariz FLUXOs OK 48 FLUXOS OK Técnicas de preparagao do bisel Corte a plasma ou por macarico Pode ser executado manualmente ou com equipamentos de cor- te. Procure a Filial ESAB mais préxima para uma descricao das técni- cas de preparacao de biséis ¢ dos equipamentos fornecidos pela ESAB. Toda bora e carepa resultantes do corte devem ser removidas antes da montagem e da soldagem. Nao é necessatio remover o filme de éxido formado no bisel durante o resfriamento se a pega vai ficar estocada algum tempo antes da soldagem. Essa pratica evita a oxi- dagdo grosseira da pega apés o corte. Usinagem A técnica de usinagem do bisel depende da disponibilidade dos ‘equipamentos, tipo de corte requerido, etc... No caso do uso de guilho- tinas ou tesouras de corte, deve ser removida toda a oxidagdo gros soira antes do corte para evitar que alguma particula de éxido fique ‘entranhada no bisel apés 0 corte, Todo 0 dleo residual deve ser re- movido com um desengraxante que evapore facilmente. Lixamento manual Essa técnica 6 algumas vezes empregada em vez de corte a chama ou usinagem. A preciso da preparacao do bisel depende da habilidade do operador. Forjamento, laminacdo e fundicéo Essa técnica é algumas vezes empregada para conformar o bisel desejado para pacas forjadas, laminadas ou fundidas. Limpeza da junta Introdugao E de fundamental importancia que a junta esteja limpa, Qualquer material que produza gases quando aquecido pelo calor da soldagem ‘como dleo, graxa, agua, tinta, éxidos ou carepa deve ser removido. A carepa de usina ou mesmo marcas de lépis térmico ou marcadores podem causar problemas. A limpeza é particularmente importante na soldagem de pecas de pequena espessura a altas velocidades de soldagem Métodos de limpeza Limpeza a chama Empregado para remover éxidos, carepa e umidade, & um dos mais eficientes meios de eliminar porosidade na soldagem por arco submerso. Jé que ndo ha aquecimento pela radiagdo do arco prece- dendo a solda e as velocidades de sokdagem séo muito altas, a lim- peza a chama é mesmo mais importante que em processos por arco aberto. Em algumas aplicagdes, uma tocha de aquecimento é monta- da diretamente no equipamento de solda. A segao mais aquecida do nigleo da chama deve atuar no cordao de solda. A regido de solda iminente deve ser aquecida a uma temperatura acima de 200°C para evitar a condensacéo de umidade proveniente dos gases evoluidos na junta, Lixamento Pode ser empregado para remover a carepa de usina ou éxidos grosseiros. As lixadeiras podem ser operadas manualmente ou por ‘equipamentos semi-automdticos. Devem sempre ser usados éculos FLUXOS OK = FLUXOS OK de protecdo & também ¢ essencial que seja escolhido 0 disco abrasi- vo adequado para a velocidade a qual a lixadeira vai operar. Escova rotativa E util na remogao de finas camadas de éxido ¢ alguma sujeira. ‘Aiguns tipos de tinta podem ser removidos com a escova rotativa, mas geralmente séo necessérios um removedor, limpeza a chama ou lixamento. Removedores Devem ser aplicados em superticies pintadas, seguidos de esco- vamento € lavagem com um solvente volatil. Deve ser observado 0 perigo do manuseio de solventes. Tintas podem ser algumas vezes removidas com escova, mas as superficies dever ser culdadosamen- te examinadas para garantir que a tinta tenha sido totalmente removi- da, vateamento Remove prontamente éxidos grosseiros, carepa de usina e tintas. Bordas cortadas nao séo limpas satisfatoriamente com esse método. Dever ser asseguradas aos operadores ventilagao adequada e pro- tego para os olhos. Decapagem Pode ser empregada para remover carepa de usina e oxidagdo ‘grosseira. O banho decapante deve conter inibidores e deve ser apl- ‘cado um agente apassivador para evitar a absorgao de hidrogério. Desengraxe Aplicado especialmente na limpeza de pecas conformadas a trio. FLUXOS OK Tipos basicos de juntas Introdugao © tipo de junta escolhido para qualquer atividade de soldagem pode afetar: ia aqualidade e a resisténcia da solda; ia o custo da mao-de-obra.e de materiais; ia 0 tempo e as despesas envolvidas na preparagao, nos dispositi- ‘vos e no posicionamento das pecas. Aescolha do tipo de junta adequado depende de vérios fatores, tais como: ti espessura e material da junta; ti propriedades fisicas almejadas na junta; ti tamanho das pegas sendo soldadas; ta acessibilidade da junta: ia ajuste a ser obtido; i equipamento dispontvel para a preparagao do bisel; ia ndmero de pegas a serem soldadas; ia especificacdes ou cécigos aplicaveis. Sero descritos a seguir alguns tipos de juntas empregadas na soldagem por arco submerso. "7 48 Juntas de topo a) Junta topo: Soldas monopasse de boa qualidade podem ser executadas em pegas com espessura até 16 mm empregando-se juntas topo-a-topo sem abertura de raiz com um cobre-juntas adequado. O retorgo de solda, que tende a se tornar excessivo em soldas mais espessas, po- de ser conttolado ajustando-se a abertura da raiz (veja a Figura 32). Inregularidades na abertura da raiz, no alinhamento do arame de sok da com a junta e na quantidade requerida de metal de solda geral- mente limitam a espessura desse tipo de junta a 20 mn. topo Figura 32 - Junta topo: po Dois passes de solda sao executados sem abertura de raiz até uma espessura de 16 mm. E essencial em soldas de dois passes que as faces estejam bern encostadas, ja que ndo é usado cobre-juntas. A abertura maxima permitida para a raiz 6 de 0.8mm, a menos que a junta seja suficientemente suportada para evitar que o metal fundido ‘escorra através da abertura da raiz. Com tais suportes, podem ser usadas maiores aberturas de raiz. Quando a abertura de raiz exceder 1,6 mm, contudo, ela deve ser rigorosamente preenchida com fluxo & frente da solda. A abertura maxima de raiz é de 3,2 mm, por causa da diticuldade de refusao do fluxo de soldagem na base do primciro pas- se de solda. Se a abertura de raiz for mantida constante por todo 0 cordao de solda, pecas com espessura até 20 mm podem ser solda- das com juntas topo-a-topo. O primeiro passe constitu o passe de se- FLUXOS OK ar lagem, executado no lado oposto da junta. Virarse a pega e executay se 0 passe de acabamento, que penetra @ refunde parte do passe de selagem para garantir uma boa continuidade do metal de solda atra- vés de toda a espessura da pega. Uma técnica satisfatéria de se conseguir a penetragao requerida para a solda sem reforgo excessivo no acabamento é goivar um enta- the de profundidade 3,2 mm a 8mm no topo da junta depois de o passe de selagem ter sido executado. Quando a goivagem for em- pregada, nao é necesséria qualquer preparagdo ou limpeza, exceto a remogdo de toda e qualquer escéria. Avantagem da junta topo-a-topo é que um minimo de preparagao ainda chega a produzir soldas de boa qualidade com penetragao a- dequada. b) Juntas de topo em "V" bt) Junta de topo em "V" com nariz Esse tipo de junta 6 empregado com cobre-juntas néo consumi- veis para soldas de topo monopasse de espessura 8 mm ou acima veja a Figura 33). Para a maioria das aplicagées industriais, a espes- sura maxima 6 de cerca de 32 mm a 38 mm. Aexisténcia do nariz traz diversas vantagens. As faces quadradas simplficam a montagem. Penetragao e reforgo excelentes podem ser obtidos e as alteragies normais na tenséo, na corrente e na velocidade de soldagem causam danos minimos ao natiz de suporte. Quantidades relativamente pe- quenas de arame sao consumidas porque 0 chantro em "V" dé a pe- netragao desejada sem correntes excessivas e 0 volume do "V" é consideravelmente menor que o volume requerido por outras técnicas de soldagem. Com cobre-juntas néo consumiveis, a dimensao do nariz 6 de 3.2mm a 1,6mm. A abertura da raiz nao deve exceder 1,6 mm. Co- bre-juntas metélicos consumiveis também sao empregados com esta preparagéo com uma abertura de raiz de pelo menos 3,2mm. FLUXOS OK 49 ss FLUXOS OK Figura a3 - Junta de topo em *V" com nariz Juntas de topo em "V" com nariz e sem cobre-juntas externo sao também empregadas para soldas de dois passes onde a espessura das pegas excede 16 mm. O primeiro passe, normaimente o mais lar- ‘90, 6 0 passe de selagem depositado no lado do “V"; a pega é entéo Virada ¢ 0 passe de acabamento depositado no lado plano. © passe de acabamento penetra ¢ refunde uma parte do passe de sclagem para garantir a penetragao completa (veja a Figura 34). PASSE DE SELAGEM PASSE DE ACABAMENTO Figura 34- Junta de topo em "V" com nariz - passes de selagem e de aca- bamento nariz mede aproximadamente 10 mm para todas as espessu- ras de pecas comercialmente soldadas. O nariz das pegas deve ser fortemente pressionado (abertura maxima de 0,8 mm) como na junta topo-a-topo, Quando existe algum suporte abaixo da junta, a abertura pode ser ligeiramente aumentada; se a abertura exceder 1,6 mm, 0 fluxo deve ser suportado & frente da solda. b2) Junta de topo em * sem nariz Juntas de topo em "V" sem nariz so comumente emprogadas ‘em todas as espessuras quando se usa uma cama de fluxo. Nao é ‘comumente usada em espessuras abalxo de 10 mm jé que penetra- des adequadas podem ser obtidas para essas espessuras sem ne- cessidade de biselamento (veja a Figura 35). Figura 35 - Junta de topo em "V" sem nariz Juntas de topo em "V" sem nariz sempre devem ter passes de selagem, visto que a massa de metal no nariz da junta nao é suficien- te para suportar o metal de solda fundido. Desalinhamentos razoavels na montagem e variacdes na abertura da raiz podem ser tolerados quando se usa a cama de fluxo porque o material granular subiré para acomodé-los. Gobre-juntas de cobre nao sao recomendados por cau- sa de sua tendéncia de o metal de solda funcir no cobre-juntas. Por sua vez, cobre-juntas metalicos consumiveis sao acellavels se ndo houver objegéio a sua permanéncia como parte integrante da junta soldada. ¢) Junta de topo em duplo "V" Esse 6 0 projeto basico de junta para soldas de dois passes por arco submerso (veja a Figura 36). & comumente empregada para es- pessuras até 50 mm @ até mesmo espessuras maiores tém sido sok dadas com sucesso. Para espessuras acima de 50 mm, contudo, a junta multipasses mostrada na Figura 38 na pAgina 54 é a recomen- dada. FLUXOS OK 2 Figura 36 - Junta de topo em duplo "V Juntas de topo em duplo "V" so normalmente projetadas com um nariz espesso para fomecer um suporte adequado para o passe de selagem. 0 maximo desalinhamento permissivel na montagem & de 25% do nariz, © nariz deve ser forterente pressionado ao longo de todo 0 ‘comprimento da junta. A abertura maxima de raiz 6 de 0,8 mm. Se a abertura de raiz for maior, deve ser evitado, ao se executar o primeira passe que o metal fundido escorra através da abertura de raiz. Varias téonicas sdo empregadas. Um pequeno passe filetado pode ser de- positado manualmente na base do "V" sobre o qual a solda deve ser ‘executada. Um certo comprimento de arame pode ser ponteado no chanfro em "V", O fluxo pode ser colocado na abertura de raiz & frente da solda. O cordao filetado, 0 arame ou 0 fluxo devern ser removidos antes de executar 0 passe definitivo, se for requerida uma junta de qualidade radiogratica. Para garantir uma penetragdo 100% @ a remogao de qualquer ‘escbria ou porosidade da base do passe de selagem, o passe de a- ‘cabamento deve penetrar e refundi-lo até uma profundidade de § mm até 8mm, \J& que essa junta 6 muito usada na fabricagdo de vasos de pres- G0, deve ser obsetvada uma limitagao. Quando se executam sokias circunferenciais, a raz4o da espessura para o diametro do vaso deve ser de pelo menos 1/25. Caso contrario, a grande poga de fusdo ten- FLUXOS OK ss FLUXOS OK deré a escorrer, causando instabilidade na soldagem @ uma geome- tria indesejavel do cordao de solda. Passes de selagem manuais sao algumas vezes utilzados com juntas de topo em duplo "V", quando a junta tem um nariz pequeno (maximo 3.2 mm) e uma abertura de raiz de cerca de 3,2 mm. Se as ‘condigdes requererem que o passe de selagem por soldagem manual seja mais espesso que 10 mm, contudo, a junta mostrada ha Figura 37 & proferencial. Figura 97 - Junta de topo em "V" e em "U" 4) Junta de topo em "U” Ajunta de topo em "U" é freqiientemente empregaca em soldas ‘multipasses por arco submerso. Pegas de qualquer espessura podem ser soldadas com esse projeto de junta (veja a Figura 38). Um pequeno passe de selagem é realizado freatienterente do lado oposto da junta. Se nao for executado o passe de selagem, os narizes dever ser fortemente pressionados (abertura maxima de raiz de 0,8 mm). Para pecas extremamente espessas, juntas de topo em duplo "U" podem ser empregadas. Elas sao essencialmente duas juntas de topo ‘em "U" com uma raiz em comum. Se for realizado um passe de sela- gem manual, pode ser necessario remové-lo posteriormente se for uma junta de qualidade raciografica. 33 ss FLUXOS OK INCLINAGAO 5 - “7 Figura 38 - Junta de topo em "U" © uso de soldas semi-automaticas com gas de protegdo elimina a necessidade de remocao do passe de selagem previamente & sol- dagem por arco submerso. Gragas a natuteza livre de escéria dos dopésitos com gas de protec (com arames tubulares OK Tubrod” ‘ou com arames sélidos cobreados OK Autrod®), depésitos de solda subseqUentes por arco submerso de excelente qualidade podem ser produzidos sobre esses passes de selagem. Juntas sobrepostas a) Junta sobreposta simples ou dupla A principal vantagem da junta sobreposta é a simplicidade do a- juste e a minima preparacao requerida para a borda (veja a Figura 39), A junta e as superticies sobrepostas devem estar limpas e secas. ‘Ajjunta em angulo assim obtida apés a soldagem ¢ utiizada princi- palmente onde o lado interno nao é acessivel ou para servigos onde ‘apenas uma pequena resisténcia é requerida para a junta, sendo a fungao priméria da solda somente manter as pecas juntas. ss FLUXOS OK st ‘ou como requeride Figura 39 - Junta sobreposta dupla Junta sobreposta dupla de encaixe Essa junta também é de facil ajuste e requer minima preparagao das bordas. Adicionalmente, possui uma superficie alinhada que a junta simples no tem (veja a Figura 40). A junta deve estar limpa e as superticies sobrepostas secas e firmemente ajustadas. Juntas sobre- postas simples de encaixe sdo empregadas na fabricagéo de peque- 1nos botiiées de gas. Por sua vez, juntas sobrepostas duplas de encai- xe so extensivamente empregadas na indiistria naval para faciltar a ajuste e a soldagem da titima de uma série de chapas unidas topo-a- topo. a) ‘4 como requerido Figura 40 - Junta sobreposta dupla de encaixe 35 = FLUXOS OK ©) Junta sobreposta com solda passante Esse tipo de junta é muito usado na soldagem de chapas finas até 11 MSG E util na uniao ou na fixagéo de uma ou duas chapas fi- nas a uma pega aue serve de cobre-juntas (veja a Figura 41). As su: perticies sobrepostas devem estar limpas, secas e em cortato entre si Figura 41 - Juntas sobrepostas com solda passante Juntas em angulo a) Introdugio ‘A profunda penetragéo do processo de soldagem por arco sub- merso resulta em uma economia substancial no consumo de arame de soldagem quando comparado com outros processes de soldagem, mesmo em juntas em Angulo. Célculos de projeto da resistencia de juntas em angulo sao baseados na dimensao da garganta do depésito de solda (veja a Figura 42). Para soldas convencionais por arco elétrico, a dimensao da gar- ganta é obtida através da Equagao [3] Pemax ¥2 al Gargenta = Fem Pemax0,707 iA que a raiz da junta ¢ raramente penetrada. Nesse caloulo, conside- arse a menor dimenséo da perna. A maior penetragéo das soldas em Angulo feitas por arco submerso produz uma profundidade efetiva da ‘garganta de 20 a 30% maior que os processes por SMAW e GMAW. 56 GARGANTA, (0,707 x PERNA) GaRGaNTa Figura 42 - Comparagao entre as dimensdes da garganta e da perma 0 tamanho do filete feito por arco submerso pode ser considera- velmente reduzido e, ainda assim, atingir a mesma resisténcia da jun- ta obtida com os processos SMAW e GMAW com pernas maiores. Tem sido permitida uma redugao geral de 1.6mm no tamanho da perma em soldas executadas por arco submerso em relagao ao limite iinimo exigido para soldas manuais pelos codigos aplicdveis. Mesto uma pequena redugao no tamanho da perna acarretaré numa diminu- co aprecivel do volume de depésito de solda requerido, visto que este varia diretamente com 0 quadrado da dimensao da pena. Aresisténcia de uma solda em angulo é fortemente influenciada pela penetragao da solda. Os resultados de uma série de testes real- zados para determinar o efeito da penetragao da solda nas tensdes, atuantes séo mostrados graficamente na Figura 43. (Os dados representados por essa curva foram obtidos de estu- dos foto-eldsticos de modelos de tensdo em um modelo tipico de jun- ta em Angulo cuja perna tinha a dimenséo de 38,1 mm. 0 fator de ‘concentragao de tensdes é a razaio entre a tensao na raiz do fete @ a tensdo mécia da junta (carga/area). A penetragao da solda é a distan- cia da raiz do filete ao ponto em que cessa a fuséo. A penetragdo da FLUXOs OK 7 ss FLUXOS OK solda pode ser positiva ou negativa em juntas em angulo, dependen- do se a fusdo se estende até o ponto A ou se apenas chega ao pon- toB (veja a Figura 44). FATOR DE CONCENTRAGAO DE TENSGES 65 32 0 32 65 10,0 PENETRACAO DA SOLDA (mm) Figura 43 Variago do fator de concontrapdo de tonsdue com a peneragéo Conforme é mostrado pela curva, a concentragao de tensées no filete diminui rapidamente & medida que a penetragao aumenta. A ‘concentragéo de tensées a uma penetragao de -6,5 mm ¢ 75% mais alta que a uma penetragéo de +6,5 mm. A concentracdo de tensdes a uma penetragao zero (a penetragao normal em soldas manuals) ¢ a- proximadamente 42% maior que a uma penetragao de 10 mm (pene- 58 ss FLUXOS OK tragao normal em uma solda feita por arco suomerso do tamanho u- sado nos testes). PENETRACAO POSITIVA, BAKA, CONCENTRAGKO DE TENSES. Tpenerracio NEGATNA ALTA ‘CONCENTRAGAO DE TENSOES Figura 44 - Penetragdo positiva e negativa Juntas em “T" na posi¢ao horizontal Soldas em filete monopasse com pena até 8 mm (equivalente a soldas com pema até 10 mm feitas por outros processos de solda- gem) sao utilizadas para fazer juntas em "T" na posigo horizontal. Se ‘a espessura da alma nao for maior que 10 mm, dois filetes de pema 8mm interpenetrar-se-4o na raiz, veja a Figura 45a. Juntas em "T” necessitando de maior penetragao ou soldas de filete mais largas po- dem ser executadas utiizando um procedimento multipasse, veja a Figura 45b. As limitagdes de tamanho de soldas de filete monopasse horizon- tais so determinadas, nao pela capacidade do equipamento de arco submerso, mas pelo volume de metal fundido que assegurara uma geometria favordvel, sem escorrer excessivamente. 59 ss FLUXOS OK PERNA FLANGE: Figura 48a - Solda em &ngulo horizontal Figura 45b - Sclda com penetragao total, chanfro em “K" ©) Juntas em "T" na posicao plana Filetes de pernas iguais podem ser obtidos pelo posicionamento da junta a um angulo de 45° (superficie da solda plana). A profundi- dade de penetracao pode ser aumentada ainda mais aumentando 0 Angulo da alma até 60° da vertical e direcionando o arame para o lado da alma, veja a Figura 46a. Se a espessura da alma exceder 19 mm ss FLUXOS OK se for almejada uma penetragao total, as bordas devem ser biseladas, veja a Figura 46b. 4a 0° HORIZONTAL Figura 46a - Solda de uma junta em angulo na posicao plana Figura 46b - Preparacao de junta em “T" com penetragaa total na posicao plana para espessura superior a 19 mm. 6 ss FLUXOS OK Soldagem de juntas de canto a) Junta de canto sem chanfro Juntas de canto sem chantro so recomendadas para espessu- ras até 12,5 mm. Primeiramente, executa-se um filete de sola no ‘canto interno da junta e depois se deposita o passe final do outro lar do. A solda de topo deve penetrar o suficiente para refundir parcial- mente o primeiro passe, que serve como passe de selagem para 0 passe final. Caso se deseje aumentar a largura do cordao de solda, a junta pode ser colocada na posigao plana para a execugao do primei- ro passe. Se as faces estiverem bem acopladas, pode ser dispensado © pritneito passe, visto que ndo haveria necessidade de um passe de selagem. As vezes, torna-se necessario 0 uso de um cobre-juntas de cobre para testtiar 0 canto exterior da peca vertical, de modo a evitar {uso excessiva enquanto o passe final estiver sendo executado (veja a Figura 47). COBREJUNTAS DE COBRE PASSE DE ACABAMENTO _PASSE DE SELAGEM "AO ARCO SUBMERSO Figura 47 - Junta de canto sem chantra ss FLUXOS OK 'b) Junta de canto com chanfro em "V" Para juntas mais espessas, 6 recomendada uma preparacao com chanfro em "V" para obter uma penetragao adequada sem reforgo ex- ‘essivo. O chantro em "V" é preferido relativamente ao meio "V" por- ue facilta a penetragao total com um étimo perfil de cordao. Primei- ramente, executa-se 0 passe de selagem e posteriormente a solda de topo do lado oposto. Se 0 passe de selagem for depositado por arco submerso, deve ser empregado um nariz profundo (veja a Figura 48). Para outros processos de soldagem, a preparagio deve resultar em ‘um nariz fino e uma abertura de raiz. Essas soldas em filete podem ser feitas também sem nariz, porém nesse caso 0 uso de um cobre- juntas de cobre pode ser itil. Figura 48 - Junta de canto com chantro em "V" ¢) Junta de canto com bisel em "J" Essas juntas — com simples ou com duplo "J" — so emprega- das para soldas multipasse de pegas com espessuras maiores que aquelas para as quais poder ser utlizadas juntas com chantro em *V". Atécnica de soldagem ¢ similar & empregada em juntas de topo ‘com chantro em *U", Freqientemente executa-se um pequeno passe de selagem antes da soldagem multipasse feita por atco submerso. ‘Se nao for aplicado o passe de selagem, a maxima abertura de raiz 6 ss FLUXOS OK permissivel é de 0,8 mm. Como apenas um lado da junta prepara- do, 0 angulo © 0 raio de curvatura devern ser mantidos conforme & especificado na Figura 49 para assegurar 0 acesso suficiente para depositar os passes na regido da raiz da junta, 4) Junta de canto simples Juntas de canto com o cordao de solda em filete do lado externo so Uteis em muitas aplicagées. A resisténcia da junta pode ser au- mentada adicionando-se um segundo cordao de solda ao lado interno da junta para formar uma junta de canto soldada de ambos os lados. ‘Ajunta de canto simples pode ter a vantagem de néo requerer qual- ‘quer cobre-juntas além daquele ja formado pela prépria geometria da junta (veja a Figura 50). Observe que as superficies em contato de- vern estar limpas, secas ¢ firmemente ajustadas. Figura 49 - Junta de canto com bisel em "u" ss FLUXOS OK Figura 50- Junta de canto simples e) Junta de canto com cobre-juntas Podem ser empregadas preparagées com ou sem chanfro com cobre-juntas para assegurar penetracdo total de um sé lado da junta. (Os requisitos dessa técnica séo essencialmente os mesmos das jun- tas de topo com cobre-juntas (veja a Figura 51). z Figura 51 - Junta de canto com cobre-juntas f) duntas tampao Juntas tampéo séo empregadas para unir duas pegas em que uma delas possui um furo, onde 0 metal de solda deve assegurar uma boa ligagdo e encher o furo (veja a Figura 52a até Figura 524). E importante que 0 furo seja largo o suficiente para evitar contato do a- fame com a pega superior. A menos que 0 furo seja biselado ou ado- 65 ss FLUXOS OK ‘ado, seu diémetro nao deve ser menor que a espessura da pega su- perior. Se puder ser aplicada uma corrente de soldagem suficiente pa- ra penetrar até a peca inferior e se for aceitavel um excesso de metal de solda acima da superticie, a soldagem pode ser realizada sem 0 {uro. Porém, isso s6 se torna prético para soldar pegas relativamente finas. © tamanho do furo que pode ser empregado para realizar uma solda tampao com fusdo completa sem alterar a posi¢ao do arame durante a soldagem sera determinado pela corrente que puder ser a- plicada. Um furo largo pode requerer movimentagao do arame duran- te a soldagem para assegurar fusdo completa na regido da raiz da junta. LLL AYO Figura 52a - Soléa tampio unindo duas chapas Figura 520 - Solda tampao empregada para prender parafusos estojo na fa bricagao de vasos de pressdo ss FLUXOS OK Figura 52¢~ Furo biselado quando a espessura da chapa for superior a 25 mm e.0 didmetra do fura for interior a 25 mm Figura S2d-Reforgo, com solda lampao, da junta previamente soldada por soldas em Angulo o ar 68 Capitulo 4 Soldagem Preparagao para a soldagem Tratamentos térmicos Pré-aquecimento e pés-aquecimento de acos de alto carbono ou de alta liga Tratamentos térmicos raramente so requeridos para acos de baixo carbono ou estruturais, embora sejam ocasionalmente empre~ ‘gados para evitar empenamento ou para garantir baixa dureza para usinagem. Durante a soldagem de agos de alto carbono ou de alta liga, no entanto, existe 0 perigo de que o depésito de solda e a zona termica- mente afetada contenham altos percentuais de martensita, um consti- tuinte duro do ago. Tais soldas possuem alta dureza e baixa ductilida- de e podem mesmo vir a trincar durante o restriamento. O objetivo do pré-aquecimento e do pés-aquecimento é manter o teor de martensita da solda a um nivel minimo. De ambos os tratamentos resultam me- thor ductilidade, baixa dureza e menor probabllidade de fissuracdo du- rante o resfriamento, Amartensita forma-se realmente durante o resfriamento da solda da zona termicamente afetada. A quantidade de martensita formada pode ser limitada reduzindo-se a taxa de resfriamento da solda. Os tratamentos térmicos aumentam a temperatura do metal vizinho & FLUXOS OK sg ux0s ox solda, de tal modo que o gradiente de temperatura entre a solda & sua vizinhanga fica reduzido. O resultado 6 que a zona de soldagem aquecida restria-se mais lentamente, visto que a taxa de resfriamento 6 diretamente proporcional a diferenca de temperatura (ou gradiente de temperatura) entre as massas quente e fria. Se esses tratamentos térmicos devem ou nao ser aplicados de- pende do teor de carbono e de outros elementos de Tiga no motal sendo soldado. Se corpos de prova soldados sem tratamento térmico apresentarem baixa ductiidade ou dureza muito alta, € indicative da necessidade de pré-aquecimento ou pés-aquecimento. Pré-aquecimento Um método simples para determinar a necessidade de pré- aquecimento de uma solda é 0 do carbono equivalente (C,,). A tern- perabiidade de um ago esta relacionada ao seu teor de carbono a- crescido dos teores de certos elementos de liga. Determina-se o teor aproximado de outros elementos de liga que produzem a mesma du- reza que 1% de carbono. Entéo, uma incicagao da temperabilidade, designada por carbono equivalente (C..), pode ser caloulada pela Equagao [4} aN Ni nO (4) Coe A Equacao [4] é valida quando os teores esto dentro das faixas: & %C<0,50 a -%Mn < 1,60 HN < 3.50 f-%Mo <0,60 %Cr< 1,00 & %Cu<1,00 Outra equacao para 0 carbono equivalente, a Equacdo [5], lar- ‘gamente utiizada, é dada pelo IIW (International institute of Welding): co) 70 ShGr+%Mo+%V , S4NI+%Cu 8 5 A Tabela lll fornece valores sugeridos de temperaturas de pré- aquecimento para diferentes valores de carbono equivalente: Carbono equivalente (%) | Preaquecimento recomendado at6 0,30 opcional 0,30 -0,45 100 200°C [acmadeo4s __[200-a75°0 ‘Tabela Ill- Temperatura de pré-aquecimento x Carbono eauivalente Alguns agos, particularmente aqueles possuindo carbono equiva- lente maior que 0.45%, podem requerer, além de pré-aquecimento, pés-aquecimento. Esses tratamentos s4o especialmente recomenda- dos para a soldagem de segdes espessas. Eniretanto, para a maloria dos agos carbono ¢ de baixa liga, apenas o pré-aquecimento pode ser necessério de um modo geral © pré-aquecimento a 120- 150°C ¢ geralmente empregado na soldagem multipasse em segdes de espessura maior que 25 mm para reduzir a susceptibiidade da solda a fissuracdo. Pés-aquecimento Pés-aquecimento, dentro deste contexto, significa 0 aquecimento da junta soldada imediatamente apés a solda ter sido realizada. E distintamente diferente de outros tratamentos executados apés 0 res- friamento da solda, tais como alivio de tenses, revenimento e reco- zimento. © pés-aquecimento tem a mesma fungao do pré-aquecimento. Mantém a temperatura da pega em um nivel suficientemente elevado de tal maneira que a junta soldada resttie lentamente. Assim como no pré-aquecimento, 0 resultado é uma ductiidade maior na regiéo da FLUXOS OK ar solda. © pés-aquecimento raramente 6 aplicado de forma isolada; & quase sempre conjugado com o pré-aquecimento, © pés-aquecimento € mais freqientemente empregado em acos altamente temperave's, mas algumas vezes é ulilizado em agos me- nos temperdveis se for dificil a aplicagdo de um pré-aquecimento a- dequado devido a dimensao das pecas sendo soldadas. Por essa ra- 240, a Tabela IV pode ser considerada confidvel somente se 0 aque- cimento for aplicado imediatamente apés a solda ter sido executada. Essa tabela fornece tempos e temperaturas de pés-aquecimento sugeridos aos agos para 0s quais 0 tratamento é conveniente, J que nem todos os agos dessa categoria estdo listados, podem ser feitas inferéncias. Por exemplo, na soldagem do ago SAE 1060 sao aplica- dos 0 tempo e a temperatura do aco SAE 1050; para 0 aco SAE 4145 séo usadas as informagdes para 0 ago SAE 4130 e assim por ciante. TENIPOS E TEMPERATURAS DE POS AQUEGIMENTO SUGERIDOS PARA AGOS ‘TEMPERAVEIS TIPICOS fcaropés-aquecmertmedniamerie apis oerina da soldagem e ares hia reso amenas do 00°C Temperatrade | — tempode | ouera | Ooze, acosae | povaqinamono | pieaqiecmenio | Cues | misina ") ‘mira tar Tore 7 2 ae 7 @ 1080 e 56 ‘ z= me a0 6 = - 535 20 8 aE 70 @ 2160 6s 538 : o ae 35 =o 22 7 "0 535, 1 25 & aI s 2340 * “6 60 8 5 21 70 5 6 7 “0 20 FLUXOS OK 1 ar R FLUXOS OK ‘TEMPOS E TEMPERATURAS DE POS-AQUECIMENTO SUGERIDOS PARA ACOS "TEMPERAVEIS TIPICOS Aplicar 0 pés-aquecinerteimaditamarte apis o térnine da sldagorn 9 artes que a uma est arenas 300°C Temperatura de Tempe do | urarg | Ome Acosae | pos posaquecments | Quez | mgsina ‘raros) ae sie a % ee 535 15 21 315 2 s 2 20 ~ = 595 10h 23 ar 70 70 a 60 5 25 5 5 2 ue a5 30 ro @ 70 5h “0 70 vO o 4380 as son “ “ 650 75 26 4815 ” 0 s 6 50 10 25 4640 as a 8 60 450 25 2 a5 5 30 14 2 S140 535, 25 26 ® a a8 SI 55 25 x cso 3 6 6 60 25 2 ‘8660 280 gr & 64 25 a 35 @ 6745 6 25 x 9260 ais yooh 2 6s 650 1 3 9440 ais so 5 60 25 ton 33 = FLUXOS OK TEMPOS E TEMPERATURAS DE POS-AQUECINENTO SUGERIDOS PARA ACOS. "TEMPERAVEIS TIPICOS, Aplicar © pés-aquocimerto imadiatamorte apés o término da soldagem o antes qua a junta rest Temperatura de. cuore | mbna 490 SAE (HRc) | de témpora ‘rarutos) nee 1060 a8 * 2 6s 535 1 36 a 370 5 © x 20 no 3 “ 5 Tabela IV- Tempos de temperaturas de pés-aquecimento para agos tempe- ravois Outros tratamentos térmicos ‘Além do pré-aquecimento do pas-aquecimento, varios outros tratamentos térmicos so empregados em juntas soldadas para influ- ‘enciar nas propriedades do metal de solda: i alivio de tensdes; j&recozimento pleno; f& normalizagao. Esses tratamentos sao similares de dois pontos de vista. Primei- ro, usualmente requerem temperaturas mais altas que o pré- aquecimento e 0 pés-aquecimento. Segundo, embora sejam ativida- des de "pés-aquecimento” no sentido de que sao aplicados apos a solda ter sido executada, diferem do pés-aquecimento no fato de que a solda 6 deixada resfriar antes que o tratamento seja iniciado. Sao largamente utiizados em soldas de acos carbono e de acos de baixa liga. io de tensdes no forno Seguindo a atividade de soldagem, o restriamento e a contragao do metal de solda originam tensdes na sokia e nas regides adjacen- tes. O objetivo do alivio de tenses reduzir essas tensdes. Esse tra- = FLUXOS OK tamento leva a junta soldada a uma condigéo mais duravel; a ducti- dade @ aumentada sobremaneira, embora a resisténcia mecanica di- minua ligeiramente. Certos cédigos permitem maiores tensdes de pro- jelo, desde que seja aplicado o alivio de tensdes. Tipicamente, o ali- vio de tensdes consiste no aquecimento da peca a uma temperatura ‘em tomo de 600°C e manté-la por uma hora para cada 25 mm de es- pessura (veja a Tabela V). © conjunto é entéo restriado lentamente ‘em ar calmo até 300°C. Se temperaturas altas como 600°C forem im- praticdveis, podem ser empregadas temperaturas mais baixas com um tempo de encharcamento mais longo. [TEMPO E TEMPERATURA DE ALIVIO DE TENSOES| Temperatura co) (hi25 mm) 595 565 535 S10 480 Tabela V - Tempo e temperatura de alivio de tensBes Recozimento pleno ( recozimento pleno possui outra fungao adicional em relagao ao alivio de tenses simples. Além de levar a pega soldada a uma condi- do sem tensées, 0 recozimento pleno assegura ductilidade e baixa dureza da solda e da zona termicamente afotada. Esse tratamento térmico consiste no aquecimento do conjunto até sua faixa critica (840°C até 1.000°C) e restrié-lo no fomo, Normalizagao Esse tratamento é na realidade uma outra forma de recozimento. As temperaturas utllzadas séo as mesmas que no caso do recoz- 4 ar mento, mas a normalizagao pressupée restriamento em ar calmo até a temperatura ambiente em vez de resfriamento no forno. As tenses intemas sao aliviadas, porém a solda nao fica com as mesmas ducti- lidade e baixa dureza obtidas com o recozimento pleno. Posicionamento das pecas Montagem e fixagdo da junta Para todas as aplicacdes de soldagem, a junta deve ser montada ‘em uma ligagéo adequada e deve ser mantida rigida para limitar os deslocamentos causados pelo calor. Pontos, acopladores, disposit- vos auxiliares de fixagéo (conhecides como cachorros) ou combina- Ges desses dispositivos de fixagéo so normalmente n ‘Quando sao fabricados conjuntos grandes e pesados, os pontos de solda sao suficientes para manter a junta adequadamente alinhada. O peso do conjunto evita deslocamentos causados pelos efeitos do ca~ lor. Conjuntos leves como chapas 10 MSG ou mais finas devem sor figidamente fixados. Os cachorros mantém o alinhamento, ajudam a dissipar 0 calor e evitam o empenamento. O ponteamento é desne- ‘cesséirio se a fixagéo com cachorros for adequada. Para espessuras intermediarias, uma combinagdo entre cachortos e ponteamento pode ser a opgaio mais econémica Inclinagao do conjunto sssarios, A maior parte das soldas por arco submerso é executada na po- si¢do plana (veja a Figura 53a). No entanto, algumas vezes torna-se necessério ou desejavel soldar com 0 conjunto ligeiramente inclinado. Por exemplo, na soldagem a altas velocidades de chapas de aco 18MSG, conseguem-se melhores resultados na soldagem se 0 con- junto for inclinado de 15° a 18° e se a soldagem for feita na progres- sao descendente. A soldagem com o conjunto inclinado é realizada também em segdes conformadas, tais como chapas de proa e de po- pa de navios. O angulo de maxima inclinagao diminui a medida que a FLUXOS OK 6 espessura da chapa aumenta. (Toda a soldagem circunferencial na superficie convexa de um conjunto girando em torno de um eixo hori- zontal, sob 0 ponto de vista do cabegote de soldagem, é considerada ‘como progresso descendente, embora 0 controle do metal fundido determine a posigao da poga de fusdo). Figura $3 - Solda nivelada em chapa de 12,5 mm ‘A soldagem na progressao ascendente afeta o perfil do cordao de solda conforme mostrado na Figura 53b. A torca da gravidade faz ‘com que a poca de fusio flva para tras do arame de solda. As bordas da poca de fusdo perdem metal fundido, que flui para o meio. A medi- da que 0 Angulo de inclinagéo aumenta, a crista e a penetragao tam- bém aumentam e a largura do cordao diminui (quanto maior a poga de fusdo, também serdo maiores a crista ea penetragao). O Angulo limite de inclinagao quando a soldagem ocorre a correntes até 800 Aé de cerca de 6°, Quando se empregam cortentes maiores, 0 angulo de inclinagao maximo diminui. Inclinagdes maiores que as recomenda- das acima levam ao descontrole da soldagern. A soldagem na progressao descendente afeta o perfil do cordao de solda conforme mostrado na Figura S3c. A poca de fuséo tende a fluir & frente do arame de solda e pré-aquece o metal de base, parti cularmente em sua superficie, produzindo uma zona fuséo de formato regular, chamada de poga secundéria A medida que o angulo de inclinagdo aumenta, a superficie do meio do cordao sofre uma de- pressao, a penetragao diminui e a largura do cordéo aumenta. Obser- ve que esses efeitos sao exatamente opostos aos produzidos pela soldagem na progressao ascendente. FLUXOS OK ss FLUXOS OK Figura 53b - Solda ascendente (6%) em chapa de 12,5 mm Figura §3c - Solda descendente (6°) em chapa 12,5 mm A inclinacéo lateral da peca produz os efeitos mostrados na Figura 53d. limite de inclinagao lateral é de aproximadamente 3°. A inclinagao lateral permissivel varia sobremaneira, dependendo do tar manho da poga de fusdo. Figura 63d - Solda com inclinagao lateral em chapa de 12.5 mm 1 ar 8 Posicionamento do arame Na determinacao da posicio adequada do arame de solda, trés fatores devem ser considerados: #4 oalinhamento do arame de solda em relagdo & junta i 0 Angulo de inclinagao nas diregdes laterais, isto é, a inclinagao transversal da junta; #0 Angulo de ataque do arame de solda. No Angulo de ataque pu- xando, 0 arame de solda faz um angulo obtuso com a solda exe- cutada. No angulo de ataque emputrando, 0 arame de solda faz lum Angulo agudo com a solda executada. Em geral, um angulo de ataque puxando produz uma penetragéio maior & mais unifor- me e também maior altura e menor largura do reforgo de solda. Por outro lado, um Angulo de ataque empurrando resultara em menor penetrac&o com reforgo de solda mais largo e mais plano. Para cada um dos varios tipos de soldagem, o posicionamento do arame é feito dos seguintes modos: Soldagem de juntas de topo #8 alinhamento - veja a Figura 54; #4 inclinagdo lateral - nenhuma; Angulo de ataque puxando ou empurrando, Pode ser obtida uma boa estabilidade com 0 arame na vertical durante a soldagem de pegas espessas (espessuras iguais ou maio- fes que 12,5 mm}. No entanto, durante a soldagem de pegas finas (14 MSG a 16 MSG), torna-se necessétio aplicar un angulo de ata- ‘que puxando de 25° a 45° para estabilizar a tensdo do arco, FLUXOS OK FLUXOs OK "RAE OF SOLD «ss Aras de soda cetamar sobre arb do caro da jt {Ese annameni esta em una zara ‘Se fusto cata \ cansneceso.on, | jug © suNTA Fusto ¢ #90mE 06 90UD% ICONPLETA bb, Arame descentrado resulta em fusdo incompleta I [ARAME DE SOLDA €. Desalinhamento necessério quando se soldam Imaterfats dissimilares ou chapas com ‘espessuras diferentes, Figura 54 - Posicionamento do arame nD ss FLUXOS OK ‘Soldagem de juntas em angulo Alinhamento Alinha de centro do arame nao deve estar na linha de centro da junta, mas abaixo, direcionada a pega horizontal de uma distancia i- gual a % a % do diémetto do arame (veja a Figura 85a). Utiiza-se uma disténcia maior quando se executam soldas em angulo de perna mais larga (aproximadamente 10mm). Alinhamento descuidado ou impreciso causara soldagem insatisfatéria (veja a Figura S5b e a Figura 550). LH 06 CENTRO BO ARNE: DesaLnnaeTo a. Alinhamento normal do arame de solda para uma junta em angulo horizontal Figura SSa - Alinhamento do arame em juntas em angulo ss FLUXOS OK SosneFosKO. »b, Arame de solda muito proxime da superficie vertical Figura 55b - Mordedura causada por alinhamento de arame inadequado «. Arame de solda muito longe da superficie vertical Figura 55c- Perfl de cordao destavoravel causado por alinhamento de arame inadequado Inclinagéo lateral Ao se executar soldas horizontais em Angulo, 0 arame & inclinado entre 20° @ 45° da vertical. O Angulo exato é determinado por um dos seguintes fatores ou por ambos: ti acesso para 0 bocal, especialmente durante a soldagem de pe- as estruturais como mostrado na Figura 56; 81 ss FLUXOS OK 2 fia espessura relativa das pecas que formam a junta, Se existir a possibilidade de furar alguma das pegas, sera necessario dire- cionar 0 arame para a pega mais espessa. "ACESSO DE PRONMMADAMENTE 32mm Figura 56 -Inclinagao lateral determinada pelo acesso do bocal Angulo de ataque ‘A.soldagem em angulo horizontal pode ser realizada igualmente ‘bem com angulo de ataque puxando, empurrando ou com 0 arame na posigao normal. Na soldagem com cordées largos, os efeitos do Angulo de ataque sao relativamente pequenos. O angulo de atague torna-se importante quando se executam corddes pequenos em soldagem a altas velocidades. Pata depositar cordées a altas velocidades de soldagem em chapas finas (14 MSG a 16 MSG), um Angulo de ataque puxando, com um Angulo de 25° a 45° da vertical tem se mostrado uma boa opgao para manter estavel a tensao do ‘86Wagem em angulo na posicao plana Alinhamento Veja a Figura 57a. ss FLUXOS OK Inclinagdo lateral © arame 6 normalmente mantido na posi¢ao vertical (Angulo zero de inclinagao lateral). Ocasionalmente, ao depositar cordées em filete nna posi¢ao plana onde ¢ almejada penetragao total, o arame ¢ ligci- ramente inclinado em relagao & vertical. Veja a Figura 570. Angulo de ataque Aplica-se o mesmo que na soldagem horizontal em angulo. Quando so dese ura pera erent da ‘cin tuscan ma ncraeto leet dea 4 Alinhamento normal para juntas em ode so eseasa nena 0 ara para glo. posigeo plana. Sela melee Figura 57- Alnhamento do arame numa soldagem em angulo na posicao plana Juntas circunferenci Alinhamento em conjuntos girantes Quando se soldam conjuntos girantes, o arame de solda é ali- nhado de modo semelhante a uma soldagem normal em uma superti- cie horizontal (veja a Figura 58). 83 FLUXOs OK "RAE OF SOLD «ss Aras de soda cetamar sobre arb do caro da jt {Ese annameni esta em una zara ‘Se fusto cata \ cansneceso.on, | jug © suNTA Fusto ¢ #90mE 06 90UD% ICONPLETA bb, Arame descentrado resulta em fusdo incompleta I [ARAME DE SOLDA €. Desalinhamento necessério quando se soldam Imaterfats dissimilares ou chapas com ‘espessuras diferentes, Figura 58 - Posicionamento do arame pg FLUXOS OK Adicionalmente, 0 arame € usualmente posicionado a frente do ponto de tangéncia horizontal para evitar os efeitos projudiciais da soldagem nas progressées ascendente e descendente. Algumas ve- es, quando se soldam pocas de pequena espessura ¢ quando se depositam cordées em flete, esses efeitos das progressdes ascen- dente e descendente auxiliam na obtencéo do perfil desejado para 0 cordéo de solda, O exato posicionamento deve ser determinado por tentativas e ajustes (veja @ Figura 59a e a Figura 59). | {¢ ARAME DE SOLDA DESALMANENTO i ROTAGAO Ae \ " a. Soldagem circunferencial externa. Inclinar o araime de solda de tal modo: que ele fique na direcao radial. Figura 59a - Soldagem circunferencial extema Inclinagao lateral ‘A soldagom circunterencial em pegas girantes usualmente no requer qualquer inclinagao lateral do arame de solda. = FLUXOS OK Angulo de ataque Proceder conforme mostrado na Figura 59a e na Figura 59b du- rante a soldagem circunferencial de pecas girantes. LINHA VERTICAL DA PEGA — —+ ARAME DE SOLD ROTAGAO b. Soldagem circunferencial interna. Inclinar o arame de solda de tal modo que ele fique na diregao radial. Figura 89b - Soldager circunferancial interna Inicio da soldagem A técnica empregada para Iniciar a soldagem em uma aplicacdo particular dependeré de fatores como o tempo requerido pata 0 inicio relativamente ao tempo total de ajustes e de soldagem, do nimeto de pegas @ serem soldadas e da importancia do inicio da soldagem em 86 ar um local particular da pega. As diversas técnicas disponiveis sao des- critas abaixo. Observe que, nas descricées, os controles e chaves reais que sao acionados para “iniciar a soldagem" nem sempre so assim de- nominados, visto que serao diferentes dependendo do tipo de equi- pamento em uso. As instrugées fornecidas com o equipamento indica- Go quais os controles a serem usados para fechar o contato, acionar ‘0 deslocamento do cabecote, etc. Partida apontando o arame Com um alicate, corte o arame de solda e alimente-o até encos- té-lo na peca. Adicione o fluxo e inicie a soldagem, Partida arrastando o arame Alimente o arame de solda até que ele fique em leve contato com ‘a pega, adicione o tluxo, acione o deslocamento do cabegote e entéo aplique a corrente de soldagem. Por causa do movimento do cabeco- te, o arame de solda ndo ird furar a pega. Inicios arrastando o arame sao empregados quando a posi inicio nao for importante @ quando 0 arco necessitar ser aberto com ‘certa freqGéncia, como em soldas circunferenciais em pequenos tan- ‘ques ou em tubulagées. Para tais atividades, o arame de solda pode ser alimentado, com a pega girando, através da camada de fluxo gra- nulado, desde que seja aplicada uma densidade de corrente razoa- velmente alta. jo de Partida com Id de aco Coloque uma bola feita de Id de ago com didmetro 10 mi sobre ‘a peca, bem abaixo do arame de solda. Alimente lentamente o arame de solda em direcao & bola de Id de ago até comprimita aproximada- mente a metade do diémetro, Acicione o fluxo e inicie a soldagem. FLUXOS OK 87 = FLUXOS OK Partida com material fundido ‘Sempre que houver uma poga de fluxo fundido, pode ser iniciada uma soldagem simplesmente inserindo 0 arame de solca na poca aplicando a corrente de soldagem. Quando dois ou mais arames de solda forem alimentados sepa- radamente na poga de fusdo, como ¢ 0 caso na soldagem com ml plos eletrodos (tandem arc), 6 necessario alimertar apenas um arame de solda para iniciar a poga de fuséo. Os outros arames iniciardo a ssoldagem quando forem alimentados na poca de fusdo. Partida com arame retratil Essa partida somente 6 possivel quando 0 equipamento de sok dagem ¢ especiticamente adaptado a este procedimento. E emprega- do quando tém que ser efetuadas partidas freqientes em um curto tempo de soldagem e quando a posigao de partida é particularmente importante. A pratica normal ¢ alimentar aos poucos o arame de solda até ue ele encoste a pega, cettficando-se de que foi estabelecido um bom contato elétrico. A ponta do arame de solda é entéo coberta com fluxo @ a corrente de soldagem é ativada. Assim que 0 circuito fechar, ‘© arame de solda retrai-se acionado pelo dispositive adaptado ao e- auipamento © momentaneamente reverte 0 motor de alimentacdo, evitando que o arame de solda fure a pega. Se a peca tiver pequena espessura, as condi¢des de partda tor- nam-se criticas. © arame de solda deve ter o contato mais leve pos- sivel que produza uma boa condutividade elétrica. O cabegote de sol- dagem deve ser rigidamente montado. A ponta do arame de solda de- ve estar limpa e sou diémetro deve ser escolhido de modo a permitir altas densidades de corrente ja que, quanto maior a densidade de corrente, mais facil seré a partda. 88 = FLUXOS OK Variaveis controlaveis durante a soldagem Conhecimento © controle das variévels na soldagem por arco submerso séo essenciais caso se queira obter soldas de boa qualida- de, As varidveis, na ordem aproximada de importancia, séo: i corrente de soldagem; tensdo do arco; Volocidade de soldagem: largura e altura da camada de fluxo; ajustes mecanicos. Essas variéveis séo discutidas no texto a seguit. Corrente de soldagem Acorrente de soldagem é a varidvel mais influente, Ela controla a taxa de fustio do arame de solda, a profundidade de fusdo e a quanti- dade de metal de base fundido. Se a corrente for excessivamente al ta, a fusdo seré também excessivamente profunda (excesso de pene- tragao) e 0 metal de solda fundido poder vazar. Adicionalmente, 0 maior calor desenvolvido pode alargar demais a zona termicamente afetada do metal de base. Correntes muito altas significam também um desperdicio de energia e de arame de solda no sertido de reforgo ‘excessivo. Por outro lado, se a corrente for muito baixa, haverd pene- {rag ¢ reforco insuficientes. 89 FLUXOS OK Tensao do arco © mais préximo em importancia & cortente de soldagem 6 a ten- 40 do arco, que é a diferenca de potencial eletrico entre a porta do atame de solda e a superficie do metal de solda fundido. A tensdo de soldagem varia com a distancia entre o arame de solda e a poga de fusdo (comprimento do arco). Se o comprimento do arco aumentar, a tenséo do arco aumenta; inversamente, se 0 comprimento do arco diminuir, a tenséo do arco diminvi. Atensao do arco tem um pequeno efeito na quantidade de arame de solda depositado, que ¢ determinada majoritariamente pela corren- te de soldagem. A tensao do arco determina principalmente a geome- {ria da zona de fusdo e o reforco (perfl do cordao de solda). Altas ten- ses do atco produzem cotdées mais largos, mais planos e menos profundos. Velocidade de soldagem Com qualquer combinacao de corrente-tensdo de soldagem, os efeitos de variagao da velocidade de soldagem seguem um modelo geral: Sea velocidade de soldagem aumentar: i diminui o aporte térmico (quantidade de calor transferido pelo ar- co por unidade de comprimento de solda); {& diminui a quantidade de arame de solda por unidade de compri- mento de solda; & conseqdentemente, diminui o reforgo de solda. Se a velocidade de soldagem dimi #4 aumenta o aporte térmico; = FLUXOS OK ja aumenta a quantidade de arame de solda por unidade de com- primento de sola; 44 conseqentemente, aumenta o reforgo de solda. Adicionalmente a esse modelo, a velocidade de sokagem pode ter outro efeito na solda acabada. Normalmente, apenas a corrente de soldagem afeta a penetragao da solda. Entretanto, se a velocidade de soldagem diminuir além de um certo valor, a penetragao também di- minuird. Isso acontece porque uma boa parte da poga de fusdo estara ‘embaixo do arame de solda e a forga de penetracéo do arco seré a- tenuaca pela poga. Inversamente, se a Velocidade de soldagem ultra- passar um certo valor, a penetragéio aumentaré porque o arame de solda estard a frente da poga de fusao. Largura e altura da camada de fluxo Alargura @ a altura da camada de fluxo granulado influenciam a aparéncia @ a integridade do cord4o de acabamento bem como na soldagem propriamente dita. Se a camada de fluxo granulado for muito alta, deverd resultar ‘em um cordéo dspero e rugoso. Os gases geracos durante a solda- ‘gem no conseguem escapar prontamente e a superficie do metal de solda fundido fica distorcida, Por outro lado, se a camada de fluxo granulado for muito rasa, a zona de soldagem nao estard inteiramente submersa, Ocotreréo cen- telhamento e respingos; 0 cordao de solda teré uma aparéncia ruim & poderd apresentar porosidade, Para cada condigao de ajuste de parémetros de soldagem existe uma altura étima de fluxo granulado. Essa altura pode ser estabeleci- da aumentando-se lentamente 2 quantidade de fluxo granulado até ‘que 0 arco esteja submerso © que nao ocorra mais centelhamento, 1 ar n (Os gases serdo liberados sem turbuléncia em torno do arame de sol da, algumas vezes havendo queima deles. Raramente 6 aplicada uma camada excessivamente estreita. procedimento mais seguro ¢ aplicar uma camada com largura trés vezes superior a largura da poga de fusdo. Em cordées largos pode ser necessério aplicar uma camada mais larga. Uma camada de fluxo que esteja limitada por limitadores muito estreitos interfere na fluidez lateral normal do metal de solda fundido, resultando em um reforgo estreito, com altura desproporcionalmente maior que a largura e sem molhar convenientemente o metal de base. Ajustes mecanicos A posigao do arame de solda deve ser mantida para controlar a ‘geometria do cordao e a profundidade de penetragdo. O arame pode ser guiado automaticamente ou ajustado manualmente medida que a solda progride. Enquanto a solda estiver em andamento, uma inspecéo indicaré se 0 cobre-juntas estd pressionado conta o lado inferior da junta, Se no estiver pressionado, multo metal poderd fluir nas folgas, resultan- do em um reforgo de solda reduzido, mordeduras e conseqdentemen- te em uma solda perdida, Variantes do processo Asoldagem por arco submerso leva a uma ampla variedade de combinagées de arame e fluxo, a arranjos de um e de varios arames @ a0 Uso de fontes de soldagem CC ou CA. O processo tem sido a- daptado a uma gama de materiais e espessuras. Vérias configura- FLUXOS OK ar Ges de arcos miitiplos podem ser empregadas para controlar o perf do cordio de solda e aumentar as taxas de deposigao em relagdo a soldagem com um Gnico arame. Os deposits de solda podem variar desde cordées latgos com pouca penetracéo para revestimentos alé cordées estreitos com penetragdo profunda para juntas espessas. Parte dessa versatilidade provem do emprego de CA. Os principios que favorecer o uso de CA para minimizar 0 sopro magnético na soldagem com um Unico arame sao freqientemente a- plicados na soldagem com arcos miliplos para criar uma deflexdo favordvel do arco. A corrente que flui nos eletrodos adjacentes gera ‘campos magnéticos interatvos que podem tanto aumentar quanto diminuir um ao outro. No espago entre os arcos, esses campos mag- néticos sao usados para produzir forgas que iréo detletir os arcos (e, portanto, distribuir 0 calor) nas diregdes benéficas & aplicagao de sol dagem pretendida. Varios tipos de fontes de soldagem e acessérios s4o projetados fabricados especialmente para a soldagem com arcos miltiplos. Es- ‘ses equipamentos relativamente sofisticados sao projetados para a produgao em larga escala de longos cordées ou para aplicagées re- petitivas. As configuragdes seguintes sdo tipicas do processo de soldagem por arco submerso empregadas atualmente na soldagem de produ- ‘¢40. Elas podem ser empregadas para a soldagem de acos carbono e de baixa liga dentro das limitages anteriormente observadas. Soldagem com um unico arame Asoldagem com um nico arame & a mais comum dentre todas as contiguragées, utilizando ay gem. € normalmente aplicada com GG+, porém pode também ser a- plicada com CC- quando for requerida uma menor penetracao no me- tal de base, O proceso pode ser empregado no modo semi- enas um arame e uma fonte de solda- FLUXOS OK ss FLUXOS OK automética, onde 0 sokiador manipula 0 arame, ou no modo automé- tico, Um Gnico arame 6 freqientemente ultiizado com equipamentos de soléagem especiais para passes de acabamento em juntas hori- zontais com chanfro em tanques de estocagem e vasos de presséo. (© equipamento é montado sobre o anel superior e solda a junta cit- ‘cunferencial. Um dispositivo especial ¢ emprogado para suportar o fluxo contra os angis. Normalmente, ambos os lados da junta {interno extern) so soldados simultaneamente para reduzir o tempo de fa- bricagdo. Soldagem com chanfro estreito Configuragées com chanfro estreito sao freaentemente empre- gadas para a soldagem de pecas com espessuras acima de 50mm, ‘com aberturas de raiz entre 13 e 25 mm e um angulo total de chantro de 0 a 8°, Essa variante de processo normalmente alimenta 0 arame ‘com CC+ ou CA, dependendo do tipo de arame e do fluxo sendo ull zados. E essencial empregar fluxos especialmente desenvolvidos pa- ra a soldagem em chanfro estreito por causa da dificuldade de remo- do da escéria. Esses fluxos apresentam caracteristicas especiais que faciltam a remogao de escéria em chantros estreites. Soldagem com arames miltiplos Sistemas de arames miltiplos combinam dois ou mais arames de soldagem alimentando a mesma poga de fusao. Os arames podem ou ‘conduzir corrente elétrica ou ser alimentados a frio. Eles poder ser alimentados por uma ou por varias fontes, que podem ser CC ou CA ‘0U atnbos os tipos de corrente. ar Sistemas de soldagem com arames miliplos néo sé aumentam ‘a taxa de deposi¢ao do metal de solda como também melhoram a fle- xibiidade operacional e proporcionam uma aplicagdo mais eficiente do metal de solda. Esse controle melhorado da taxa ce deposigao também pode levar a malores velocidades de soldagem, até cinco ve- 2es 0s valores normalmente atingidos com um Unico arame. Processo com arames geminados (twin arc) Essa configuragao usa dois arames alimentados na mesma poga de fusdo. Os dois arames so conectados a uma tinica fonte de sok dagem e alimentador, e so normaimente utiizados com CC+. Como ‘05 dois arames so fundidos, esse modo proporciona taxas de depo- sigo maiores quando comparadas com a soldagem com um iinico atame. O processo é emptegado no modo automatico e pode ser a- plicado em juntas com chanfro na posigao plana ou em juntas em an- {gulo na posigao horizontal a) Taxas de deposicao ATabela VI mostra valores de taxas de deposigéo que podem ser alcangados para diversos diametros de arame sdlido e tubular e tam- oém para diferentes polaridades de corrente. Com um arranjo de um arame, o efeito do tipo e da polaridade da corrente desempenha um papel mais importante na taxa de deposi- do. Um arame sélido de 24,0 mm a 1.000 A depositara 20.5 Kah ‘com CC- ou 44% mais que CC+ com 14.2 Kgih. Se for aplicada CA, a taxa de deposigao 6 de 17,4 Kg/h (23% maior que para CG+). Como o atranjo mais comum & CC+, devido A maior penetracdo e estabilidade do arco, as comparagdes a seguir sd0 fellas somente com CC+. Com uma corrente de 600 A, um arame sdlido de 22,0 mm de- positara 11,5 Kgih e um de 24,0 mm 7,2 Kgih. Isso representa um ‘aumento de 60% na taxa de deposic#o para 0 arame de 22,0 mm ‘comparado com 0 arame de 24,0 mm & mesma corrente devido & densidade de corrente quatro vezes maior na segao do arame de 22,0 mm (191 Almm® para @2,0 mm e 48 Aimm® para 24,0 mm). Se FLUXOS OK = FLUXOS OK o projeto de junta e a aplicagao permitiem, é desejavel levar 0 arame a sua maior capacidade de corrente, visto que isso também aumenta a estabilidade do arco Um arame [CC- 4.0mm — arame sélido [CA4,0mm — arame sélido [Cr 4,0mm — arame sdlido [C+ 4.0mm — arame tubular MC [ECs 4,0mm — arame tubular FOW ‘Arco geminado (twin arc) [6G 2x 2.0mm —arame sido [COs 2x2.4mm —arame sélido C+ 2x 24mm — arame tubular MC [GC1 2x 2.4mm — arame tubular FOW Tabela VI- Taxas de deposigio tipcas para a soldagem com um arame © com arco gerinado para uma extenséo de elevodo de 20 mm A 1.000, um arame de 24,0mm depositard 14,2 Kg/h com CC+. Se for aplicada a mesma cortente para a configuracao 2x2,0 mm, sera alcangada a taxa de deposi¢ao de 17.5 Kg/h. Arco geminado com OK Autrod® 12.20, 2x22,0 mm pode produzir cordées ‘em juntas em angulo com alta velocidade a 1.100A © 27 V, com gar- ganta de 3 mm e velocidade de soldagem de 3 m/min. Uma comparagao entre arame tubular e sélido 24,0 mm & mes- ma corrente de 800 A mostra que arame tubular com fluxo no me- talico produz 14,6 Kgih, o arame tubular com pé metalico 12,8 Kgih e oarame sélido 10.5 Kg, ss FLUXOS OK Em aplicagées com arco geminado a 800 A com a configuragao 2x22,4 mm, as taxas de deposigéo favorecem o arame tubular com fluxo no metélico com 15,3 Kah comparado com o arame tubular ‘com pé metélico a 14,4 Kgih e a arame sdlido com 10,9 Kgih. Na soldagem com arco geminado, um equipamento padrao de arco submerso é dotado de corjuntos duplos de roldanas, motores de acionamento e bicos de contato adequados & alimentagao simulténea de dois arames em vez de um Unico arame. O processo de arco ge- minado produz taxas de deposi¢ao consideravelmente maiores que o rocesso convencional com um Unico arame empregando grandes diametros (veja a Figura 60). Esse processo pode resultar em taxas de deposicao 30-50% mais altas. Taxasdedeposicéo ‘por arco geminade com arame 3alido. posicio git) a 8 8 Figura 60 - Efeito do arco geminado na taxa de deposigao (CC+, extensdo do eletrado: 21,2 mm e 21,6 mm: 20mm; 22,0 mm: 25 mm; € 22,5-4,0 mm: 30 mm © aumento na taxa de deposicao pode ser atribuido primeira- ‘mente ao aumento na densidade de corrente @ no aquecimento por resisténcia dos arames de menor diametro e, conseqlentemente, @ = FLUXOS OK uma maior taxa de fusdio. Para atingir maiores taxas de deposi¢do no processo arco geminado, o didmetro dos arames (21,2-2,5 mm) deve set 70% menor que o diémetro do arame empregado no processo ‘equivalente com um tnico arame. Exomplo 1: densidade de corrente nos processos arco geminado © com um {@ um arame (24,0 mm) e 600 A: 48 Almm* {arco geminado (2x22,0 mm) e 600 A: 95 Almm® outro aspecto desse processo é que as altas velocidades de soldagem sao possiveis gracas a poga de fusdo mais comprida. Adi- cionalmente, a capacidade de corrente do processo com arco gemi- nado & maior que a do proceso com um arame, como pode ser ob- servado na Figura 60. Exemplo 2: soldagem de alta volocidade em junta om angulo com arco gomi- | pema (posigéo horizontal em angulo 2F/PB): 3,8 mm 4 espessura da chapa: 6 mm Bi diametro do arame: 2x22,0 mm BG corrente de soldagem: 800 A @_tensdo do arco: 33-34 V Bt velocidade de soldagem: 160 cmimin © processo com arco geminado ¢ principalmente empregado em juntas em Angulo onde podem ser alcancadas altas velocidades de soldagem. Entretanto, ele também pode ser aplicado com sucesso ‘em juntas de topo, chegando a resultar em taxas de deposigéio supe- fiores a 15 Kg/h, Nesse processo também podem ser usados arames tubulares para aumentar ainda mais as taxas de deposicdo (veja a Figura 61). 98 FLUX0S OK Seldagem porate geminal com arames tubules - Sa ‘ tn 10 Se Tnnecaa enue cine fee secarcractcesereticdond 5 | tesa wn awe anand ———————— 700 900 «1000 Figura 61 - feito dos arames tubulares com arco geminado na taxa de de- posigdo (CC+} Processo com arames miiltiplos (tandem arc) Na soldagem com arcos miltiplos — conhecida como processo tandem — cada arame é ligado a sua propria fonte e 6 alimentado simultaneamente por seu préprio alimentador. O 1® arame, que & ope- rado a altas correntes (normalmente CC+) e a baixas tensées, produz alta penetragdo, enquanto que o 2 arame aplica correntes mais bai- xas (normalmente CA) para deixar o perfil do cordao de solda mais suave. A corrente alternada 6 empregada normalmente no 2 arame para evitar os efeitos indesejaveis de sopro magnético resultante da atragdo magnética de arcos muito préximos. O 1® arame tem normal- mente o angulo de ataque puxando e 0 2° arame empurrando. Os a- rames usados nesse processo so normalmente de grande diametro (3,0-6,0 mm). 99 ar 100 FLUXOS OK Exemplo 3: soldagem com arcos multiplos na soldagem unilateral de chapas. finas yessura da chapa: 6 mm junta: topo a topo com ak ‘cobre-juntas: fita de fibra de vidro + cobre correntes: CC+ / CA 1# arame (vertical): CGr, 23,0 mm, 800 A, 30 V 2 arame (empurrando): CA, 23,0 mm, 625 A, 33V distancia entre os cabegotes: 20 mm velocidade de scldagem: 2 mimin aporte térmico: 1,4 Kim ura de 1 mm A taxa de deposi¢ao alcangada com esse proceso cerca de duas vezes a da soldagem com um arame (veja a Figura 62). E desnecessétio dizer que o investimento adicional 6 muito alto para a soldagem com arcos miltiplos, visto que s4o necessérios va- rios equipamentos de soldagem. Esse processo é largamente aplica- do na indistria pesada como, por exemplo, estaleiros, offshore, fabri- cagao de perfis e tubulagdes. A soldagem com arcos miltiplos nao se restringe unicamente a chapas espessas, mas também é adequada a chapas finas e & soldagem em alta velocidade de pequenos cordées ‘em juntas em Angulo. Exemplo 4: soldagem de juntas em ngulo empregando arames tubulares usando 0 prosesso com arcos miltiplos no 1® cabecole e arco geminado no 2 cabegote ema (posipdo horizontal em Angulo 2F/PB): 5,5. mm proceso arcs muliplos: um arame + arco geminada eletrodo: arame tubular metélico 1 cabegote: CC+, 23,0 mm, 450 A, 27 V 28 cabegole: CC+, 2x2,4 mim, 800 A, 32 V distancia entre os cabegotes: 50 mm velocidade de soldagem: 1,20 mimin taxa de deposi¢ao: 6 Kg/n + 14 Kg aporte térmico: 1,8 Kmm 20 korn [Fe Tarden (DETACH aoemva a] | Fe oct a re: = Tax 700 50 00 700 300 300 Comente de soldagem (8) Figura 62- Efeito da soldagem com arcos mitiplos na taxa de deposigao {CC+/CA, 24,0 mm / 24,0 mm e extensao do eletrodo: 30 mm). A ccorrente total é a soma da corrente de cada arame Juntamente com a soldagem com arcos miiliplos, outras varian- tes podem ser aplicadas para aumentar ainda mais a taxa de deposi- ‘¢40; so 0s arames tubulares, adi¢ao de pé metalico @ alimentagao de arame a trio. No segundo cabegote também pode ser empregado ‘© processo arco geminado em vez de um Unico arame. Processo com trés arames (triple-arc tandem) Ha duas variantes para 0 proceso com trés arames. Numa vari- ante, todos os trés arames ficam conectados a fontes CA que, por sua vvez, so conectados ao priméro tifasico. Os primeiros arames nesse sistema so conectados com a conexdo Scot do item anterior e 0 ter- coro arame fica em fase com o primeiro, Essa conexao resulta em uma poderosa deflexdo & frente do arco, proporcionando atas veloci- dades de soldagemn, Essa vatiante ¢ empregada em muitas tébricas de tubos com costura e também em estaleiros para aplicagées de soldagem unilateral, FLUXOS OK LoL pg FLUXOS OK A segunda variante desse processo utiliza um arco CC+ pene- trante e dois arames CA conectados com a conexao Scott. Adigao de arame trio © processo de adicao de arame trio tem se mostrado vidvel tanto ‘com arame sélido quanto com arame tubular sem queda das proprie- dades da junta soldada. Essa técnica ndo é muito empregada na in- diistria. © equipamento necessério € 0 mesmo para qualquer aplica- ‘s40 com arames miliplos, porém um arame néo fica conectado a uma fonte de energia. Aumentos nas taxas de deposigao até 73% so possiveis; taxas 35 a 40% maiores podem ser alingidas de forma consistente. Maiores taxas de deposigaio com o mesmo aporte térmi- 0 resultarn em menor penetracéo. Adigao de arame quente © processo de adigéo de arame quente é muito mais eficiente ue 0 de arame frio ou mesmo que processos com arcos miiplos, porque a corrente introduzida & empregada inteiramente para aquecer © arame alimentado e nao para fundir 0 metal de base ou 0 fluxo. A deposigao pode ser aumentada em 50 a 100% sem prejudicar as pro- priedades do metal de sola. Esse processo nao necesita de equi- pamentos de soldagem adicionais, nem de controles adicionais das variaveis ou de tempo consideravel de ajuste ou de uma atencao es- pecial do operador. Adicao de po metalico © processo de adi¢ao de pé metélico pode aumentar as taxas de deposigao em até 70%. Essa técnica proporciona fusao suave, me- 102 ar thor aparéncia do cordao e reduzidas penetragio e diluicéo. Pés me- télicos podem também modificar a composigéio quimica do depésito de solda final. Os pos podem ser acicionados a frente da poga de fu- sao ov ditetamente sobre ela, por gravidade ou ultiizando 0 campo magnético em tomo do arame para transporté-los. Testes realizados com adigdes de pos metdlicos confirmaram que ‘0 aumento na taxa de deposi¢do ndo requer a enetgia adicional de um arco, nao deteriora as propriedades de tenacidade do metal de solda nem aumenta os riscos de fissuragdo. Esses testes também in- dioam que as propriedades da junta soldada podem ser melhoradas controlando-se as microestruturas resultantes do baixo aporte térmico da composigao quimica do metal de sokia diluido. FLUXOS OK = FLUXOS OK Capitulo 5 Procedimentos e dicas operacionais A produgdo consistente de metais de solda integros néo é por caso. E necessério um conhecimento total do processo de soldagern ‘2 de seus elementos. Apenas conhecer as condigées iniciais de sol dagem nao é suficiente. também necessério ser capaz de analisar um cordao de solda e alterar as condigdes de soldagem no que for requerido. Para auxiliar na absorgao desse conhecimento, essa seco 6 de- dicada a uma discussao sobre 0 que acontece se uma ou mais cond Ges de soldagem forem indevidamente ajustadas. Esse item deve ser considerado como necessério para fitmar I déias nas mentes das pessoas responsaveis pela producéo de soldas integras, possuindo boa aparéncia e propriedades mecénicas aceité- veis. Corrente, tensao e velocidade de soldagem Corrente, tens&o ¢ velocidade de soldagem so as trés mals im- portantes variaveis da soldagem por arco submerso. A qualidade da solda depende quase inteiramente de uma selegao e controle ade- ss FLUXOS OK ‘quados desses pardimetros. Por esse motivo, 0 operador deve conhe- ‘cer como cada variével afeta a soldagem e que alteragdes devem ser feitas caso seja necessétio efetuar alguma. A Figuta 63, a Figura 64 & a Figura 65 mostram os efeitos das variéveis ¢ ilustra os resultados de boas e mas praticas de soldagem. mee % a cuaneno saya DHOANPERES ——OMANPERES OD AIEERES Restate peniastee Renate Soreheaienes Cowen pecan erie hepa purmnuper farms bers) Figura 63 - Eleito da corrente de soldagem Los ss FLUXOS OK ‘scopes 76min $90 Aeros Bema sco Aes Penta ‘nero eM ae? wae TC oan Sees Seis TT eich Muisatsumpans — tedonorsapecis flo formless Figura 64-Eleto da ers do arco — ‘Spoatase yor congrats dete Rage tenn mate Siecsiegtnena Figura 65 - Eteito da volocidade de soldagem 106 ss FLUXOS OK Altura do fluxo A altura da camada de fluxo aplicada nao deve ser maior que a necessaria para obler uma soldagem sem turbuléncia ¢ sem porosi- dade no cordéo de acabamento. ‘AFigura 66 mostra o efeito de uma altura de fluxo acequada e de uma altura de fluxo insuficiente. Ml ‘ura defuse 30 wn ‘chaps teeopestura 160 men Resutade: cori de acabamento so © aguas avid fra sods sling Scere aber Figura 66 - Efeito da altura do tluxo Se for aplicada uma camada de fluxo muito alta, 0 cordéo de sok da serd rugoso e irregular. Pode ocorrer porosidade porque os gases gerados durante a soldagem nao podem escapar pela espessa ca- mada de fluxo. © fluxo nao funcido pode ser removido de uma curta distancia da regido de soldagem onde o material fundido jé tenha soldificado. No ‘entanto, sob certas condigdes, pode ser desejavel nao causar turbu- 107 = FLUXOS OK téncia no material até que o calor tenha se distrbuido melhor através detoda a secdo. © fluxo fundido ndo deve ser removido enquanto o metal de sok da estiver a alta temperatura. Deixando-se 0 fluxo fundido resfrar, fica mais facil remové-lo com uma escova com pouco esforgo. Algumas vezes, uma pequena segao pode ser removida para uma répida ins- poco da superficie de solda E importante que nerhum material estranho seja apanhado com © fluxo reciclado, Para evitar isso, uma regido de aproximadamente 300 mm de largura deve ser impa em ambos os lados da regio de soldagem antes que o fluxo seja depositado. Se o fluxo recuperado contiver partes fundidas, deve ser passado por uma peneira com ma- tha menor que 3,2 men. © fluxo esta completamente seco quando ¢ transportado da fé- brica, Se 0 fluxo ficar imido, deve ser secado antes do uso, poraue a umidade pode causar porosidade. Limpeza da junta Superticies limpas so essenciais para uma boa soldagem. Todo © qualquer material estranho como dleo, graxa, agua, tinta, 6xidos ou carepa deve ser removido, Essas substdncias geram gases quando ‘expostas 20 calor da regido de soldagem. O gas pode ficar aprisiona- do no metal de solda fundido © causar porosidade. Mesmo um risco de lapis térmico na superficie pode estragar uma solda que poderia ser boa (veja a Figura 67). 108 tin mule esses ips naga Renae perendade eos om ns Figura 67 -Importancia da impeza da junta Montagem de juntas a serem soldadas ‘A montagem da junta escolhida para qualquer atividade de sol- dagem afela diretamente a qualidade, a resisténcia e a aparéncia do cordao de solda. Essa secéo é dedicada a uma discusséo dos efeitos da montagem na qualidade da solda. Os exemplos nao ilustram toda ‘a gama de aplicagées da soldagem por arco submerso, mas os prin- cipios descritos podem ser aplicados a todos as tipos de juntas. Junta de topo sem chantro O reforco de juntas de topo sem chanfro tende a aumentar com a ‘espessura da pega. Entretanto, com cobre-juntas adequados, o refor- {G0 pode ser controlado aumentando-se ligeiramente a abertura da ra- FLUXOs OK 109 ss FLUXOS OK iz, Nesse aspecto, podem ser realizadas soldas monopasse de boa qualidade em pegas até 8mm de espessura. O reforgo excessive mostrado na Figura 68 foi causado por uma abertura de raiz muito es- treita. Figura 68- Retorgo excessivo causado por uma abertura de raiz muito es treita Pegas com espessura acima de 8,0 mm necessitam de uma pre- paragao em "V" ou podem ser soldadas de ambos os lados até es- pessuras de 16 mm. Soldas com cobre-juntas de ago A Figura 69 ilustra 0 efeito de montagem e espagamento inade- quados em soldas com cobre-juntas de ago complementar. As soldas ‘so monopasse realizadas om juntas de topo sem chantro. Embora ‘ndo esteja indicado na Figura 69, o efeito mencionado na segéo ante- rior também esta aqui presente: alargamento da abertura de raiz di- rminui 0 reforgo de solda. 110 "AUSTE - SOLDAS COM COBREWUNTAS DEAGO ESPAGAMENTO CORRETO _ESPAGAMENTO INSUFICIENTE Expavanent 85 mn. chapa65 am, spore 32.om cups 65 uallade FResukadevanor «cates na raz pouea COEREUNTASENCESSNO espacaMnTO ENTRE ACHAPAE 0 COBREWUNTAS| Espaament 67mm, hapa. rn, [ble ceaes no obredunee ‘inde peso no metal de side Figura 69 - Eteito de montagem e espacamento inadequados Soldagem com chanfro duplo Na soldagem com chanfro duplo, & executado um passe de sol dagem de cada lado da junta. © primeiro passe penetra apenas par- cialmente a junta e emprega como suporte ("cobre-juntas") 0 nariz da junta, Por esse motivo, a montagem é importante e as pegas devem estar firremente ajustadas. Duas preparagées séio mostradas na Figura 70. Ambas ilustram 0 efeito de uma abertura de raiz onde ndo deveria existir nenhuma. ‘Numa junta sem chanfro, 0 metal de solda pode escorrer no primeiro passe. FLUXOs OK uL ss FLUXOS OK ESPAGAMENTO CORRETO lespagawenTo excesswvo Figura 70 - Eteito de uma abertura de raiz desnecesséria Na junta em duplo "V" inadequadamente preparada, a abertura ‘causou porosidade no primeiro passe (acima). ‘© segundo passe — passe de acabamento — é realizado do la- do oposto, sendo parcialmente suportado pelas pecas e parcialmente pelo primeiro passe. Para garantir a continuidade (integridade) do me- tal de solda, o passe de acabamento deve penetrar e refundir 0 pri meiro passe até uma profundidade de 4,5 mm a 8 mm. Um mero con- tato de fusdio ndo é suficiente, pois pode resuttar em um vazio sit ‘ao mostrado entre os dois cordées de solda (abaixo & direita da Figura 70). Embora aqui a porosidade tenha sido causada por espa- gamento inadequado, uma penetracdo insuficiente no primeito passe pelo segundo poderia resultar em um defeito similar no segundo pas- se. 2 Passe de selagem manual Por razdes de projeto ou de fabricacdo, algumas vezes soldas manuais séo empregadas como passes de selagem para a soldagem por arco submerso. E importante que 8s pepas soldadas por essa técnica possuam abertura de raiz suficiente de tal modo que possa ser obtida uma pe- netragdo adequada. € recomendada uma abertura de raiz maxima de 3,2 mm para assegurar a penetrago do passe de selagem por solda- ‘gem manual, que deve ser obrigatoriamente de boa qualidade. Se as- sim nao for, a porosidade ou a escéria presa nesse passe pode ser levada ao passe de acabamento executado por arco submerso e pre- judicar sua qualidade. CO efeito da abertura de raiz em uma junta em selager manual é mostrado na Figura 71 com passe de JUNTADE TOPO COM CHANFRO EM" 5 CHAPA250.mm conreto ESPAGAMENTO INSUFICENTE é f ’ aa 4 4 fe Expacaments 32 mm Expacaments zero Rerurado: ole tora com boa esuladerpouca pent penetagio porosdadeeeseovaprese no nota de slda Figura 71 - Efeito da abertura de raiz numa junta em *V" com passe de sola: gem manual FLUXOS OK us Corrente e arame de soldagem As faixas de corrente de soldagerm geralmente aceltas para os diametros de arames de solda so mostradas na Tabela Vil: Didmetro do arame (mm) Corrente (A) 24 120-700 220-1100 ‘340-1200 400 1300 1600 - 1600 1000 - 2500 Tabela VII - Faixas de corrente de sokiagem x diémetros de arame © bico de contato deve estar em boas condicSes e manter-se préximo & pega se for empregado o valor maximo de corrente para cada didmetro de arame de solda. Contato deficiente entre o arame de solda e 0 bico de contato causaré aquecimento irregular do arame de solda acima da regido de soldagem. Essa concigéo deve ser corri- sida repondo-se 0 bico de cortato (podem ser também necessérias, limpeza e usinagem do sistema de fixagao do bico de contato) © grafico A mostrado na Figura 72 mostra a relagdo entre a ve- locidade de alimentagao do arame de solda ¢ a corrente alternada pa~ ra varios diémetros de arame. Deve ser notado que, quando se usa CG+, a velocidade de alimentagao do arame de sokda deve ser dimi- nuida de 10 a 15%. Quando é empregada CC-, a velocidade de ali- mentagao do arame deve ser aumentada de 10 a 15% para uma dada corrente. Essa relagdo taribém mudaré com diferentes extensdes de eletrodo e fluxos. FLUXOS OK FLUXOS OK A El "oalncoa S, LE wate {| = mT vad 4m — jai prac An | 1 lw 4 i” J Pasnew me 2 | | Prewcssaal”” a Tf | me _ i 4 0 es . mt foal at | an | — Jit it. ‘CORRENTE ode dustads panty ¢ Gime dre faras de fste poder varias mals de 110% pare ures Figura 72 - Relagao entre a corrente de soldagem (CA) © a taxa de fusdio 0 grafico B mostrado na Figura 73 apresenta a taxa de deposi- ‘sao contra a corrente alternada para varios diémetros de arame, So aplicaveis as mesmas corregdes para 0 uso de corrente continua, ateragdes na extensdo do eletrodo e fluxos diferentes mencionadas no grafico A. A penetragio da solda também ¢ afetada pela polaridade da cor- rente continua. CC- resulta em 15 a 25% menos penetracao que CC+. Esse conceito pode ser efetivamente empregado no tratamento de juntas mal ajustadas. Arcos com GC- so, no entanto, menos esta: veis que com G+, de modo que as bordas podem se tornar irregula- res. © uso de arame de solda oxidado deve ser evitado, porque pre- judica a passagem de corrente do bico de contato, resultando em cor- us = FLUXOS OK 16 rente e arco irregulares. A oxidagao do arame de solda também causa desgaste excessive do bico de contato. : ae. 4 3 8 z ud CORRENTE) ra. dames do arame;aras de fsdo podem Vara Figura 73 - Relagdo entre a corrente de soldagem (CA) e a taxa de deposigao Aextensao do elstrodo ¢ a distancia entre 0 bico de contato © a pega. Geralmente 6 ajustada para aproximadamente 8 vezes 0 dié- metro do arame de sola. Aumentos na extensao do eletrodo causam aumentos na resis- téncia ao aquecimento do arame de solda a medida que a corrente passa do bico de contato para a peca — aumentando a taxa de depo- sigo por unidade de corrente. Entretanto, extensdes de eletvodo ex- cessivas levam ao posicionamento inadequado do arame de solda e a arcos instavels, causando cordées de solda irregulares, penetracdo reduzida e desigual e soldas de baixa qualidade. O circuito da corrente de soldagem Ao soldar cordées longos, pode haver uma tendéncia a uma lenta alleragéio da corrente ou da tensdo. Isso acontece porque a forma ¢ as caracteristicas elétricas do citouito mudam a medida que a solda progride. Soldas mais uniformes podem ser obtidas conectando-se 0 cabo terra a ambas as extremidades da pega sendo soldada. Se for usado apenas um cabo terra, a soldagem deve prosseguir afastando- se dele. Durante a soldagem de cordées longitudinais em cilindros de pe- quena espessura empregando cobre-juntas de cobre, é freqiiente- mente vantajoso conectar o cabo tetra & extremidade inicial da barra de cobre. Outra técnica 6 empregar um certo némero de cabos terra igualmente espagados ao longo da barra de cobre. Esse procedimen- to é particularmente apropriado quando é utlizada corrente continua, porém pode ser também necessério com corrente alternada. Os cabos que conduzem a cottente até 0 cabecote de soldagem € 0 cabo terra na pega devem ser mantidos o mais préximo possivel. Nenhum dos cabos deve fazer voltas, particularmente quando for em- pregada corrente alternada, nem deve ficar suspenso nem enrolado ‘em tomo de objetos metalicos. Soldas irregulares ¢ com cristas podem resultar de sopro magné- tico do arco. Pode também ocorrer porosidade se 0 sopto magnético tornar-se intenso. As precaugées sobre aterramento mencionadas a- cima minimizarao esse problema. No entanto, quando as correntes ‘excedem 1.000 A ou mesmo a correntes mais baixas durante a solda- gem interna de tubos, soldas multipasses em pegas espessas, em tomo de grandes dispositivos de ago, pode ocorrer sopro magnético do arco. Para essas aplicagées, deve ser aplicada corrente alternada, de modo que sejam eliminados os defeitos gerados pelo sopra mag- nético do arco. FLUXOS OK 47 = FLUXOS OK Juntas em angulo Dois fatores — o posicionamento do arame de solda e a forma do reforgo de solda — séo especialmente importantes nas juntas em an- gulo. O efeito dessas varléveis 6 mostrado na Figura 74. Em geral, a soldagem de juntas em Angulo requer velocidades @ tensdes de sol dagem ligeiramente menores que nas juntas de topo com a mesma corrente de soldagem. Figura 74- Efeito do posicionamento do arame na forma do reforgo de solda fem juntas em angulo Soldagem de juntas circunferenciais A geometria do cordao de solda produzido em uma junta circun- ferencial pode ser controlada variando-se a posi¢ao do arame de sol- da, A Figura 75 mostra 0 efeito dessa varidvel — desalinhamento do us arame — em um cordao externo. Os resultados variam de um cordéo de solda profundo, com crista no centro, para um cordao de solda plano € raso. Dependendo da pega, qualquer um dos trés resultados poderia ser desejavel, embora o central seja comumente o mais re- ‘querido. O cordao de solda raso e plano a direita ¢ insatisfatério para ‘a junta mostrada, j4 que a penetragao fol insuficiente para fundir a ra- iz do chanfro em "V", existindo ali um vazio, Esse cordao poderia ser sat'sfatério em outro trabalho — um revestimento superficial, por e- xemplo. PORIGHO DO ARAWE. SOLAS CREUNTERENSIS Pa Figura 75 - Eteito do posicionamento do arame em juntas circunterencials Os efeitos do posicionamento do arame de solda na soldagem de um cordao interno s4o 0 oposto do ilustrado para um cordao extemo na Figura 75. Juntas de topo em duplo “V" siio largamente empregadas na fa- ricagao de vasos de pressao. Existe, no entanto, uma limitacao para ‘executar juntas circunterenciais. A razdo entre a espessura da pega 0 diametro do vaso deve ser de pelo menos 1:25. Caso contrario, a grande poca de fuséo escorreré e causara soldagem instavel & medi- da que o vaso gitar sob o cabegote de soldagem. FLUXOS OK 19 yf 120 Se forem empregadas as condi¢des normais de soldagem, have- r4.uma corrente maxima para cada diametro, que & a maior que pode ser aplicada sem escorrer metal fundido e que ¢ afetada pela veloci- dade de soldagem, pela fluidez do metal fundido e pela composi¢ao ‘quimica da solda. ‘Figura 76 ilustra a relagao entre a velocidade de soldagem e 0 diametro externo da pega. 2000 1800] 1800] 1409] '209] CORRENTE @ 8 1 6 20 26 2 32 36 40 46 a8 82 DANETRO NOMMAL (pt Figura 76- Relagao entre a velocidade de soldagem e o diémetro externo da peca FLUXOs OK FLUXOS OK Defeitos da soldagem DEFEITO CAUSA SOLUGAO, Porosidade por sopro Corrente continua exces- Veja a Figura 69 na p ov corde oncvlado sive gina 105 Raiz porturada Metal de solda escorr- ‘Geometria do cardio ‘om forma de péra Soldas feitas préximas a dispositivas de ago ou ‘em chantros profundos Velocidad de soldagem muito baixa ‘Corrente muito alta Angulo do bisel muito alto Nariz muito pequeno Abertura excessiva da Descentralizagao incorre- ta do arame Corrente de soldagem muito alta Corrente muito alta Tensio muito baba Necessaria soldagem multipasse Veja item Corrente, ten- sao e velocidade de sol- dagem a pagina 104 Veja a Figura 65 na pé- gina 106 Voja a Figura 63 na pa- gina 105 Veja o item Quando bi- solar na pagina 43 Veja o item Eteito da dimensao do nariz na pagina 43 Veja o item Soldagem com chanfro duplo na pagina 111 Veja o item Soldagem de juntas circunterenci- ais na pagna 118 Vela o item Soldagem de juntas circunterenci- ais na pagna 118 Vela a Figura 63 na p: gina 105 Veja a Figura 64 na pé- gina 106 Veja o item Soldagem rmultipasse na pagina 140 12 ar FLUXOS OK DEFEITO. ‘CAUSA, SOLUGAO Penetragao muito pro- funda ou muito rasa Porasidade e gases aprisionados Roforgo de solda alto © estreto ‘Sobreposigao do refor- go de solda Corrente muito alla ou muito baixa Tensto muito baixa ou muito alta Abertura incorreta de raiz Usar CC monopasse Contaminagao da junta Camada rasa de fluxo Limpeza inadequada Passe de selagem con- taminado Penetragao insuficiente ‘em chantros duplos, Montager inadequada ‘em passes de selagem ‘Camada de fluxo muito estrella Tensio muito baba Preparacdo de pegas i- nadequada Corrente muito alta Velocidade de soldagem muito alta Tensio muito baba Veja a Figura 63 na pa- gina 105 Veja a Figura 64 na pé- gina 108 \Veja o item Soldas com cobre-juntas de aco na pagina 110 Veja oitom Limpeza da junta na pagina 108 Veja oitem Atura do fluxo na pagina 107 Vela oitem Limpeza da junte na pagina 108 Veja o item Junta sem abertura devaiz e passe de selagem na pagina 38 Veja o item Soldagem ‘com chantro duplo na pagina 111 Veja o item Passe de selagem manual na p+ gina 113 Veja oitem Atura do fluxo na pagina 107 Veja a Figura 64 na pa- gina 108 Veja o item Quando bi- selar na pagina 43 Veja a Figura 63 na pa- gina 105 Veja a Figura 65 na pa- gina 108 Veja a Figura 64 na pé- gina 108 122 ar DEFEITO. Reforgo de solda ondu- lado alto au muito baixo Porosidade provenien- te de éxidos Inclusao de escéria em cchantro profundo Trineas transversais ‘em soldas mulipasse ‘CAUSA, ‘Camada muito alla de fiuxo Tensao baxa Perfuragao da raiz Corrente muito alta ou muito baixa Tenséo muito baixa ou muito alta Volocidade de soldagem muito alta Abertura inadequada de raiz em juntas com co- bre-juntas Cobre-juntas inadequado Pega desnivelada Umidade contida na ca- mada de éxido Desoxidantes insuficien- tes no arame TTensio muito aka @ cor- déo concave Pré-aquecimento insut- ciente, velocidade de soldagem muito alla Fluxo Gmido Arame inadequado FLUXOS OK SOLUGAO Veja o item Akura do fluxo na pagina 107 Veja a Figura 64 na pé- gina 108 Veja a Figura 63 na pa- gina 105 Vela a Figura 63 na ps gina 105 Veja a Figura 64 na pa- gina 108 Voja a Figura 65 na pa gina 106 Veja o item Junta de to- po sem chantra na pagi- na 109 Veja o item Suporte pa- ra ometal de solda fun- dido na pagina 33, Veja o item Posicionamento das po- gas na pagina 75 Veja oitem Limpeza da junta nas paginas 45 © 108 Veja a Figura 64 na pa- gina 108 Veja a Figura 65 na pa- gina 106 Veja oitom Limpeza da junta na pagina 108 Veja 0 Capitulo 2 ar = FLUXOS OK DEFEITO. ‘CAUSA, SOLUGAO Mordedura \Velocidade de soldagem Veja 2 Figura 65 na pa- muito alta gina 106 Alinhamento do arame Veja 2 Figura 74 na pa- inadequado em juntas gina 118 ‘em Angulo Gobre-juntas inadequado Veja oitem Suporte pa- ra ometal de solda fun- dido na pagina 33 Tensio alta Veja a Figura 64 na pa- gina 108 Varios e Wincas Rostriamento inadequado Veja o Capitulo 4 Montagem inadequada Vela o item Soldas com cobre-juntas de aro na pagina 110 Reforgo obncavo em jun- Veja a Figura 74 na pé- taem angulo gina 118 \Velocidade de soldagem Veja 2 Figura 65 na pa- muito alta gina 108 ‘Arame inadequado Veja 0 Capitulo 2 abpla VIll- Deteltos de soldagem — causas o solugées Condigdes de soldagem As tabelas de condicdes tipicas de soldagem sao designadas ‘como um guia na selegdo e no desenvolvimento de tenses, corren- tes @ velocidades de soldagem adequadas. Variagdes das condicdes dadas sio cerlamente perrritidas ¢ treqUenteriente deseladas por causa das caracteristicas de uma instalagdo particular. No entanto, 6 recomendado que as preparagées dos biséis mostrados nas tabelas sejam tigorosamente seguidas, ja que pequenas vatiacdes poder a- 124 pg FLUXOS OK fetar consideravelmente a execugio das soldas e os resultados obt- dos com as condigées de soldagem escolhidas. Atabela a ser empregada deve ser baseada no tipo de material a ser soldado, nos requisites de qualidade da junta soldada, no projeto ‘U tipo de junta a ser empregado e no tipo de cobre-juntas.. Acos carbono - juntas de topo de alta qualidade em agos de alta qualidade Juntas de topo sem chantro e com cobre-juntas de cobre Sao exibidas preparagdes de juntas e condigdes de soldagem ti- picas para a soldagem de juntas com qualidade radiografica em acos dlasstficados como ASME SA-201, SA-204 e SA-212 (veja a Figura 77 ea Tabela IX). As chapas devem estar com as bordas no esquadro, bem aco- pladas e com cobre-juntas de cobre. A composigéo quimica e a qualidade metalirgica do ago podem afetar as condigées de soldagem e a qualidade @ a aparéncia dos cordées de solda. Para chapas mais finas, inclinar a pega nao mais que 18° da ho- fizontal 6 algumas vezes necessario ou desejavel para melhorar as ‘condigées de soldagem e a qualidade da solda quando sao emprega- das velocidades maiores. A progresséo de soldagem deve ser des- cendente. A opetagao fica melhor se o aratne for inclinado de 25° com vertical, criando-se um angulo de ataque puxando. Juntas de topo com chanfro reto CCobrejuntas de cobre (16 a OMSG) Figu Empregue fluxos OK 10.828 oy OK 10. a77 — FLUXOS OK s Arama de, Parametros de solda, msc | t | Abertura|__selde | Fluxo de soldagem uss.| imm)| der 5 peso] kam [Corrente] Tenato | Veloce tem | kgm a | a) | temiminy w [te] © | 24 | 008 | os [aso-as0] 22-20 | 250-075 4 | 20] 0 | 24 | 002] 002 | 25-400] 24-26 | 250-275 12 | 28 | 0 | 26 | 004 | 0,04 | 50-425] 24-26 ) 190-250 10 | a6 | 0-16 | 24 | 007 | o7 | 400-475] 24-27 | 125-200 8 | 44] 0-16 | 32 | 010 | 009 |s00-c00] 25-27 | 100-175 7 | aa | o-se | 92/98] 0.19 |srs-e50] as-27 | co. ns s| ozs 021-[0.18-| a9 950] 27 - . 65 | 0-24 | 40 |221-1%'8-| 750.250] 27-20 | 75-00 oe 037-] 031-| 99. 900] 26 . 0 | 80 | 0-24 | 46 [95%] 934; | en0-s00] 26-30 | os-75 © CAé empregada com sucesso para soldagem de chapas finas, mas, 6C+ 6 preterencial para soldagem de produgdo a altas velocdades. 126 Juntas com chanfro em duplo "V" e passe de selagem Voja a Figura 78 ¢ a Tabela X. (10 mm a 30 mm) Figura 78 Empregue fuxos OK 350 ou OK 429 para cotrentes de soldagem até 1.100 A. Cordéee de contra-solda ‘Arame de] Passe de t solde | soa co) epoomeneyTossoT va Lo | peso | a [0 Co{ Rm | MNP | cermin | enemy | tka) | emmy |) a5 rc 135 eo) eso | 9 | w | 40 | ove | os [eo 43 so) 00 | 3s | a | 48 | oo: | os [eo eo | 1900 | a | a | as | ooe | 80 [oo 3 so) 1000 | as | & | a8 80 [eo 199 eo) 10s | 3s | So | a8 8s [oo ane wm) i300 | a | & | a8 a8 [oo ae wo) tas | as | a | es a5 foo 350 7) 1250 | 36 | 38 8s |e bas wl as | 36 |_3s 25 [oo “TTimpe 0 ado "B® para saldage™ por arco submarso apts o passe de selagem. E rocossévia uma boa scbroposicdo enve o passo de solagom manual o os passos do ‘arco submerso para evita vazios (passe ocd) Notas: 2p minimo para soldas cicunferencais ores Do5 Volocidads - variar nveronte para assogurar 0 ratorga dosojad, Verticartreqlantemente a precisao dos instumentos de mad go Dar proferéncia para soleagem com gas de protocéo. Tabela X FLUXOS OK 127 ss FLUXOS OK Juntas com chanfro em duplo "V" para dois passes Veja a Figura 79 ¢ a Tabota XI. (10 mm a 40 mm) c < > <> D Figura 79 128 = FLUXOS OK Empregue fluxos OK 350 ou OK 429 para correntes de soldagem até 1.100 A em |e ri. eeeee * Limpe o lado "B" para a soldagem por arca submerso apés o passe de se- lagem. 2a minime para soldas circunterenciais Tolerancias recomendadas: ‘Abertura de raiz - 0,8 mm (use cama de fluxo se a abertura estiver maior que 0,8 mm). N-41,6mm/-0mm. Desalinhamento entre bordas ou nariz - 3,2 mm. Cou D- a concordéncia deve ser feita durante a preparagdo dos bi- s8éis quanto a distorgao causaca pela laminacao. A corrente aplicada no primeito passe variara de acordo com a mon- tagem e deve ser a maxima que a junta puder suportar. \Velocidade ce soldagem - a ser allerada levernente para assegurar o reforgo desejado, Verificar frequentemente a preciso dos instrumentos de medigée. Tabela XI 129 ss FLUXOS OK Soldas de qualidade estrutural para acos carbono Juntas com chanfro em “V" com cobre-juntas de cobre Veja a Figura 80 e a Tabela Xi. Soldas de qualidade estrutural - 90% de penetracao Preparacdes e condigdes para soldas estruturais. Pode ser usado ‘quando nao houver necessidade de qualidade radiografica. Juntas em "V" com cobre-juntas de cobre (6mm a20 mm) e & Figura 60 130 = FLUXOS OK Empregue fluxos OK 10.82B ov OK 350 N__ | Corrente | Tensio | Velocidade (mm | (a) | | (emiminy 32 Nota: a massa de fluxo consumido (quantidade funcida) massa de arame depositado, 6 de 85% a 100% da *Tolerancias maximas recomendadas: Abertura de raiz - 0,8 mm, N- 40,8 mm, Vs" Verificar frequentomente a procisao dos instrumentos de medicao. Tabela XII ar FLUXOS OK com cobre-juntas de duntas sem chanfro e com chanfro em ago Veja a Figura 81 e a Tabela XIll (ema 2200 or: oe une mal gtamtannte amped eigen Figura 81 Empregue fluxos OK 10.828 ov OK 350 Espes- deralz | ‘doco iB bree (mm) | juntas (am) Tabela Xill 132, = FLUXOS OK Modificacéo Voja a Figura 82 ¢ a Tabela XIV. Figura 82 Emprogue fluxos OK 10.828 ov OK 350 Abertura Nola: a abertura de raiz deve ser uniforme. * Primeito passe ou solda em dois passes. Tabela XV = FLUXOS OK Juntas sem chanfro e com chanfro em "V" para dois passes Voja a Figura 83 ¢ a Tabela XV, e a Figura 84 ¢ a Tabela XVI. Juntas com chanfro rete e em" " para dois passes (6.5 mm a 26 mm) Figura 83 Emprogue fluxos OK 10.82B ov OK 350 para espessuras de 6,5 mm até 16,0 mm. Empregue 0 luxo OK 350 para espessuras de 17,5 mm alé 19 mm Espes- cor | Tor | va [Ame de seis Propwagio sure | passe | ronte | 230 | (em antes do 1 fom | a [Peso | passe de (mm) (|__| ime) | emmy | thai) | acatamenta Selagem go [7-115] 2400 | 015 | Nenrume 68 | Selagem| 400 | 32 se Acaba- 68-115] 240u | 0.18 | Nenume 85 | mente | 50° | 3° 32 40 | sagem] 420 | se [7-109] 24ou | 016 | Nenrume ao | Atte | sso | ao [68-100] s2eu | 0.22 | Nenruie mento 40 a5 |ssagem| soo | se | 7-89 | S20 | at | Nenana as | Aa | so | ve | €0-82 | szou | a7 | Nemnuma 60 | 3200 | 0.00 | Nentume 14 | Selagem} 600 | sa Zou | 9. 134 Proparagao antes do. passe de acabamento Nenhuma: Nenhuma, Nenhuma, Nenhume, Nenhuma, Nenhumna Nenhurne Nenhuma: Golvagem Goivagom Goivagem Goivar um chantro de protundidade 3,2 mm a 8 mm assegura penetragio a- sequada do passe de acabamento sem reforco excessive. Tabela XV FLUXOS OK = FLUXOS OK << Priveno PASSE OU PASSE DE Se Cgowanarae 1mm 3:20 Figura 64 Empregue fluxos OK 350 ou OK 429. "arame de solda | Angulo Corrente ‘do «“ @ | Peso | chantro (mm) | tkaim) | ye Selagen | 850 3 40 | 087 | 75 Acad, | 650 3 ss | 40 | oar | 75 Selagem | 900 4e | ose | 7s cab. | 700 4a | oa | 75 Selagen | 950 48 | 0, 60 Aceb._| _750 48 60 Goivar um chantro de protundidade 3,2 mm a 8 mm assegura penetrago a- dequada do paso de acabamonto som reforco excessive. Tabela XVI 136 = FLUXOS OK Juntas em angulo para agos carbono Juntas em angulo na posicao plana Veja a Figura 85, a Tabela XVI e a Tabela XVIII.

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