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PARTE | Capitulo 1 — Nogées de légica Capitulo 2 —- Conjuntos Capitulo | 1 | Nogées de ldégica 1.1 -INTRODUGAO © objetivo deste capitulo € apresentar algumas nogdes de légica, necessarias para o bom desenvolvimento do nosso curso. Essa apresentaao seré feita de modo simples € pouco rigoroso, pois um tratamento rigoroso exigiria nao um, mas varios capttulos, 0 que certamente no € conveniente, uma vez que 0 nosso curso nao pretende ser um curso de ldgica e sim de matematica. Alem do mais, seria pouco didatico tentar esgotar o assunto para o principiante. Realmente, parece que o melhor modo de estudar um assunto novo é fazé-o pelo menos em dois niveis: numa primeira abordagem, 0 estudo deve ser feito do modo mais intuitivo possivel e vendo, o mais rapido possivel, algumas aplicacdes; numa segunda abordagem, tenta-se ir mais a fundo, 1.2-SENTENCAS Na linguagem natural encontramos varios tipos de sentencas: declarativas, interrogativas, exclamativas etc. O que distingue a sentenga declarativa das outras € 0 fato de poder ser verdadeira ou falsa Exemplo Considere as seguintes sentengas: a) Va tomar banho. b) Que dia € hoje? c) Nao ponha a méo ai, d) Todos os homens so corruptos e) Alguns estudantes sao relaxados. f) 4#3>9 g) 5<2 h) © Brasil ndo é um pais da América Latina. i) 5+2=7e7-4=1 ‘As sentengas a, be c nao so declarativas, pois nao faz sentido dizer que so verdadeiras ou falsas. As outras sdo declarativas. Para nés sé interessaréo as sentencas declarativas e, assim, daqui em diante, ao usarmos a palavra “sentenga”, entenda-se “sentenga declarativa’ Os valores “verdadeiro” e ‘falso’ séo chamados valores de verdade (ou, “valores légicos") 1.3 - SENTENCGAS ABERTAS Uma sentenga aberta € uma expressao que pode ser obtida de uma sentenga, substituindo alguns (ou todos) nomes por variaveis (variaveis so letras do alfabeto). Consideremos por exemplo a sentenca “José € loiro.” Se substituirmos 0 nome José pela variavel x obteremos a sentenca aberta *x 6 loiro.” a qual nao 6, obviamente, verdadeira nem falsa. Outros exemplos de sentencas abertas: a) x+4>7 b) x-y=15 0) x éimméo de y. d) Sex é irmao de y entao x ¢ filho de z. E importante notar que uma sentenga aberta pode ter mais de uma variavel. Exercicios Resolvidos 1.1) 1.2) 10 Das sentencas abaixo, diga quais so declarativas: a) Bom Natal! b) Joao nao é imao de Anténio. c) Vocé gosta de sorvete? d) Resolve este problema, Solucao a) Esta sentenca esté apenas expressando um desejo, nao sendo, pois verdadeira nem falsa. Assim, ndio é uma sentenca declarativa, ») Apés uma investigagao poderemos decidir se Jodo ¢ ou no irmao de Anténio e, portanto, poderemos classificar a sentenca em verdadeira ou falsa. Assim, esta é uma sentenca declarativa ©) Esta sentenga néo poderé ser verdadeira nem falsa e, assim, ndo é declarativa d) Esta sentenga também pode ser classificada em verdadeira ou falsa e, portanto, é declarativa Das expresses abaixo, diga se séo sentengas declarativas ou sentencas abertas: a) 4*6 b) x-3 0) 4-x<7 d) 4>9e542 1 Solugao So declarativas: aed Sao abertas: be c Exercicios Propostos 1.3) Das sentencas abaixo, diga quais séo declarativas: a) 4+9=8 b) Se4<2entao 5>9 c) Onde estamos? d) Nao é verdade que 5 +2=7 e) Va embora f) Todos os homens séo mortais. 1.4) Das express6es abaixo, diga quais séo sentengas declarativas e quais s80 sentencas abertas: a) x -5x+6>0 b) 4x-5=0 co) 344=12 d) Sex=8entéo4=5 e) 4>1e7=4 4.4 - SENTENCA ABERTA COM UMA VARIAVEL Consideremos agora uma sentenca aberta de apenas uma varidvel Suponhamos que ao colocarmos o nome de um elemento no lugar da variavel, obtenhamos uma sentenca verdadeira; diremos ent&o que o elemento satisfaz a sentenga aberta O conjunto de todos os elementos cujos nomes poderdo ser colocados no lugar da varidvel seré denominado conjunto-universo, 0 qual simbolizaremos por u © conjunto dos elementos de U que satisfazem a sentenga aberta sera chamado conjunto-verdade (ou conjunto-solucdo) da sentenga aberta, sendo simbolizados por V (ou por S). Exemplos a) Seja a sentenca aberta: x° = 9 e U = {1; -1; 2; -2; 3; -3}. Os elementos de U que satisfazem a sentenca aberta so 3 e -3. Assim, © conjunto-verdade é: V={3;-3} b) Sejaa sentenca aberta x* = 9 e U={1; 2; 3; 4; 5}. Neste caso, o Unico elemento de U que satisfaz a sentenga dada € 3 assim temos: V= {3} Os exemplos ressaltam que o conjunto-verdade de uma sentenca aberta depende do conjunto-universo adotado. 4.5 - SENTENGA ABERTA COM VARIAS VARIAVEIS Se a sentenga aberta tiver duas variaveis, o conjunto-universo € 0 conjunto- verdade sero conjuntos de pares ordenados, sendo as variaveis substituidas em ordem alfabética. 11 Exemplo Considere a sentenca aberta: 2x + y= 10.6 U = {(1; 8); (8; 1); (2; 6); (3; 5)} Vemos que 0 par (1; 8) satisfaz a sentenca aberta, pois substituindo x por 1 @ y por 8 obtemos uma sentenga verdadeira. O par (8; 1) no satisfaz a sentenca aberta, pois substituindo x por 8 e y por 1 obtemos uma sentenca falsa. Vemos ainda que o par (2; 6) satisfaz e 0 par (3; 5) nao satisfaz, Assim, 0 conjunto- verdade é V={(1; 8); (2; 6)} Se a sentenga aberta tiver trés varidveis, trabalharemos com trincas ordenadas; se tiver quatro variaveis, trabalharemos com quadruplas ordenadas e assim por diante, sempre respeitando a ordem alfabética ao efetuarmos as substituigdes, 1,6 ~ EQUAGOES E INEQUACOES Equagées séo sentencas abertas que exprimem igualdade. Assim, por exemplo, as sentengas abertas: 4x-157, 30=4x+1, VK-1=9 so equacées. Dizemos que uma equagdo é uma identidade se e somente se 0 conjunto- verdade € igual ao conjunto-universo, isto 6, a equagdo 6 satisfeita para todos os elementos do universo. Exemplos a) Considere a equagdo: x + x = 2x. E ébvio que esta equagdo sera satisfeita para qualquer niimero. Dizemos entao que & uma identidade, b) A equacdo (x + y/’ = x° + 2xy + y* é uma identidade muito conhecida ©) Considere a equagao x* = 9 e 0 universo U = { ; 3; 4}. O conjunto- verdade desta equacao V = {3}. Como 0 conjunto-verdade no coincide com 0 universo, ent&o a equac&o nao é uma identidade (em rela¢Zo ao universo dado), d) Considere novamente a equagao x” = 9 e 0 universo U' = (3; -3). Neste caso, todos 0s elementos do universo satisfazem a equacéo. Diremos ent&o que a equacdo x" = 9 é uma identidade em relago ao universo U'= (3; 3}. Os exemplos ¢ e d, acima, ressaltam que uma equagao pode ser identidade em relagao a um universo, mas pode néo ser identidade em relac&o a outro universo. Inequagées so sentencas abertas que exprimem desigualdade. Assim, por exemplo, as sentencas abertas abaixo so inequacées a) x>3 (x é maior que 3) b) x b e c > d. Costuma-se dizer que elas tsm 0 mesmo sentido. Consideremos agora as desigualdades a>becb do seguinte modo: “a é maior que b”. No entanto, dizer que “a > b’ 6a mesma coisa que dizer que “b b de qualquer um dos seguintes modos: € maior que b” “b @ menor que a” Exercicios Resolvidos 1.5) Dé 0 conjunto-verdade de cada uma das sentencas abertas abaixo (em relag&o ao universo indicado): a) x-3=7 U={2;4:6; 8 10} b) x-2>3 U=(3,4:5:6;7; U={2;-2:3; Solugao a) Dos elementos de U, 0 tinico que satisfaz a sentenca aberta é 10. Assim v d) Embora tenhamos a mesma sentenga aberta do item anterior, o conjunto-verdade neste caso sera diferente do anterior, pois aqui o unico elemento de U que satisfaz 6 4. Assim: V = {4} Dé © conjunto-verdade de cada sentenga aberta (em relacdo ao universo indicado): a) x-y=1 U={(5; 4); (4; 5); (7; 2); (10; 9)} b) xy U={(1; 2); (2; 1); (5; 2)} o) xty>z U={(1i 3; 2); (2; 3; 7); (43; 3} Solugéo a) Os Unicos pares ordenados que satisfazem so (5; 4) e (10; 9). Portanto V = {(5; 4); (10; 9)} E conveniente destacar que, neste caso, o par ordenado (5; 4) satisfaz a sentanga aberta, enquanto 0 par ordenado (4; 5) no satisfaz. 13 5) Neste caso, os pares ordenados que satisfazem so (2; 1) e (5; 2} Portanto V = {(2; 1); (5; 2)} ©) Fagamos as substituicdes para verificarmos as trincas ordenadas que satisfazem: xty>z (1; 3:2) 14#3>2 verdade (23:7) 243>7 falso (4; 3; 3) 44+3>3 verdade Portanto: V = {(1; 3; 2); (4: 3; 3)} Exercicios Propostos 1.7) Dé 0 conjunto-verdade de cada sentenga aberta: a) 4+x=9 U={3; 5; 7; 9; 10} b) x#2>7 U = {4; 5; 6; 7; 8; 9} 0) x+2>7 U={5; 6; 7; 8} d) =4 U = (1; -2;-3; +1; +2; +3} 1.8) Dé 0 conjunto-verdade de cada sentence aberta: a) x-y=2 {(10; 8); (5; 3); (3; 5); (2; 0)} b) y-x=1 (8: 7); (4; 5); (1; 0); (0; 1)} e) Wx-y>z U={(1; 2; 3); (4; 2; 3); (4; 0; 1)} 1.7 - QUANTIFICADORES. A partir de uma sentenga aberta, podemos obter uma sentenga de dois modos: 1°) substituindo as variéveis por nomes. 2°) usando os quantificadores Quantificadores so expressées do tipo: “Existe um x tal que..." “Para todo x...” Exemplo Consideremos a sentenga aberta: x + 3 = 10. Podemos substituir a varidvel Por nomes, obtendo sentengas como, por exemplo: 443=10,8+3= 10 etc Podemos, também, recorrer ao uso dos quantificadores, obtendo a sentenca “Existe um x tal que x + 3 = 10° que obviamente é verdadeira, ¢ a sentenca “Para todo x, x +3 = 10” que obviamente é falsa Podemos usar varios quantificadores em uma mesma sentenga. 14 Exemplo todo x, existe um y tal que x > y. 2) Para todo x e para todo y, x 7” pode ser simbolizada por: \ ax,x>7 e Bsentenga “Para todo x, x + 3 = 10" pode ser simbolizada por: Vx,x+3=10 E conveniente observar que quando dizemos: “Existe um x tal que...” néo estamos dizendo que esse x é Unico. Por exemplo, a sentenca’ “Existe um x tal que x > 7” 6 verdadeira, embora haja mais de um numero que é maior que 7 ‘Alguns autores representam a expressao “Existe um Unico x tal que...” pelo simbolo 3x. 4.8 - USO IMPLICITO DO QUANTIFICADOR UNIVERSAL. Algumas vezes ocorre que 0 quantificador universal 6 omitide. Por exemplo, 6 muito comum em livros de matematica encontrarmos a propriedade comutativa da multiplicagao de numeros reais expressa assim “Sendo x e y numeros reais, xy = yx" quando, a rigor, deveria ser expressa assim: “Sendo xe y ntimeros reais, Vx, Vy_lxy = yx" Desde que nao haja perigo de confusdo, o quantificador universal podera set omitido. 41.9-CONECTIVOS A partir de sentengas simples (atémicas) podemos formar sentengas compostas (moleculares)' usando os conectivos. Os conectivos que consideraremos so 0s seguintes. e (ow [se entao “| ‘sé e somente se nao Por exemplo, consideremos as seguintes sentencas simples: “Jo’o € loiro.” “José ¢ inteligente.” Usando 0 conectivo e podemos formar a sentenga molecular: “Joao é loiro e José é inteligente.” Usando 0 conectivo se... entdo..., podemos formar a seguinte sentenca molecular: "Se Jodo é loiro, entao José é inteligente.” 15 Consideremos agora a sentenga simples: “4 6 igual a3” Usando 0 conectivo nao, podemos formar a seguinte sentenga molecular: “4 n&o é igual a 3" Nos itens seguintes analisaremos com mais detalhe cada conectivo. 1.10 = CONECTIVO “e” © conectivo e costuma ser representado pelo simbolo ». Assim, se p representa a sentenca "Joao é loiro” e q representa a sentenga “José é inteligente’, a sentenga composta ‘Jodo é loiro e José é inteligente” sera representada por: Rag Asentenga p a q é chamada conjungao das sentengas p e Considera-se que a sentenga p » q sera verdadeira apenas no caso em que tanto p como q forem verdadeiras. Se uma delas (ou ambas) for falsa, a sentenca Aq ser considerada falsa. Usando o simbolo V para ‘verdadsira’ e F para falsa’, podemos resumir o que foi dito acima através da chamada tabela-verdade: e q pag. Vv Vv Vv v F no F Vv ieee F F ie Exemplos a) A sentenca molecular “4 = 3 + 1 e 5 > 2" é verdadeira, pois a sentenga atémica “4 = 3 + 1” é verdadeira e a sentenga atémica “5 > 2” também é verdadeira. b) Sejap a sentenca 4 > 3 e qa sentenca 7 <5. A sentenga p é verdadeira e a sentenca q ¢ falsa. Assim, a sentenga molecular pq ¢ falsa. Observagao: A “sentenca” composta a < bb < c pode ser representada de modo mais sintético do seguinte modo: a 1" 6 verdadeira. b) Asentenga: “4 + 2 = 6 ou 5 > 9" 6 verdadeira °) d) A sentenga: “6 < 2 ou 7 > 3" é verdadeira A sentenca: “7 < 5 ou 3> 8" é falsa. Observagdo: A “sentenga” composta “a b v a= 1.12 - CONECTIVO “nao” Dada uma sentenca p, podemos formar a negagao de p do seguinte modo 6 falso que p" ou entéo: “nao é verdade que p” ou ainda, inserindo a palavra “nao” em p. es Exemplo Anegac&o da setenca “Jo&o & loiro” pode ser escrita “Nao é verdade que Jodo seja loiro” ou entéo “E falso que Joao seja loiro” ou ainda: “Joao ndo é loiro.” A negacao de p sera indicada por ~p e deverd obedecer a seguinte tabela- verdade: ? fa Vv ip FE Exercicios Resolvidos 1.9) 1.10) 18 Sendo p a sentenga: “Os gatos tém penas” e q a sentenca: “José é estudioso’, traduza para a linguagem natural as seguintes sentencas: a) ~p b) ~q ©) pag qd) pvq ©) PAnq f) ~ynq Solugdo a) Os gatos nao tém penas. b) José nao é estudioso, @) Os gatos tém penas e José ¢ estudioso. 4) Os gatos tm penas ou José é estudioso ) Os gatos tm penas e José nao é estudioso. f) Os gatos nao tém penas ou José nao ¢ estudioso. Sendo p a sentenca: "José é alto” e q a sentenca: "Pedro ¢ baixo”, simbolize as seguintes sentencas da linguagem natural: a) Pedro é baixo e José é alto. b) Pedro € baixo ou José é alto. ¢) Pedro nao é baixo. d) José é alto e Pedro nao 6 baixo 2) José nao alto ou Pedro nao é baixo Solugdo a) qap b) qvp c) ~q d) pang e) ~py~q 1.11) Sendo p a sentenga: “Joao ¢ alto” e q a sentenga: “Jodo é loiro”, simbolize as seguintes sentengas 2) Joao é alto ¢ loiro b) E falso que Joo seja alto e loiro. 2) Nao é verdade que Jodo seja alto ou loiro. d) Jodo é alto, mas nao é loiro. e) Joao nao é alto nem loiro. Solugao a) pag b) ~(paq) c) ~(pvq) d) pang e) ~pa~g Exercicios Propostos 1.12) Sendo p a sentenca: “Salvador fica na Bahia" e q a sentenga: “Passaros voam”, traduza para a linguagem natural: a) ~p b) ~q ©) pag d) pyq e) py~a f) ~paq g) ~(Pv a) h) ~(Paq) 1.13) Sendo p a sentenga: "Pedro ¢ moreno” e q a sentenga: “Maria & bonita” simbolize as sentengas a) Pedro é moreno ¢ Maria é bonita b) Pedro nao é moreno e Maria nao é bonita ©) Nao é verdade que Pedro seja moreno e Maria seja bonita d) Maria no é bonita ou Pedro é moreno. 1.13- CONECTIVO “se... entao...” Sejam duas sentengas p e q. A sentenga: “Se p entéo q” denominada condicional e é representada por baa Assim, por exemplo, a sentenga’ “Se Jodo é alto entéo Maria é loira." pode ser escrita assim: Jodo é alto = Maria é loira condicional p => q pode ser lido também de um dos seguintes modos 19 1°) p implica q 2°) p somente se q 3°) p 6 condig&o suficiente para q 4°) g & condig&o necessaria para p A sentenca p = q s6 é considerada falsa quando p é verdadeira e q é falsa Nos outros casos é verdadeira. Assim, a tabela-verdade & “pea Vv maan<<|o n<1 2>3+1= 4" é verdadeira, b) Asentenca"12>7=33<26 falsa. ¢) Asentenga “5 < 2 => 7 =2 +5" 6 verdadeira. d) Asentenga "5 <2 = 1 > 3" é verdadeira 1.14 - CONECTIVO “se e somente se” Asentenca composta: P=>qaqap pode ser escrita de modo mais sintético peg Esta Ultima € chamada bicondicional e pode ser lida dos seguintes modos 1°) p se © somente se q 2°) q see somente se p 3°) p é equivalente aq 4°) q 6 equivalente ap 5°) p € condic&o necessaria e suficiente para q 6°) g € condicao necessaria e suficiente parap Exemplos a) A sentenga "x é par se e somente se x” é par’ pode ser escrita xépar o x*épar 5) A sentenca “A condic&o necesséria e suficiente para que § > 2 6 que 3 <7” pode ser escrita: 5>2 2 3<7 A tabela-verdade de po q é: p q_ | Peg viv Vv v F F F v F F F Vv 20 sto 6, para que p<>q seja verdadeira devemos ter pe q ambas verdadeiras ou ambas falsas. Exercicios Resolvidos 4.14) Sendo p a sentenga “Maria € loira’, q a sentenga “Jodo € alto! er @ sentenca “José é inteligente”, simbolize as seguintes sentencas a) Se Joao é alto entéo Maria é loira. b) José é inteligente se Joao é alto. ¢) Maria ¢ loira implica Joao ¢ alto d) José é inteligente somente se Maria ¢ loira, ¢) Maria & loira é condicéo suficiente para que Jodo seja alto f) Maria é loira 6 condigao necessaria para que Joao seja alto g) Maria loira & condigao necesséria ¢ suficiente para que Jogo seja alto Solucdo a} q>P 5) Reparemos primeiramente que esta sentenga pode ser escrita assim: “ge Joao é alto ento José ¢ inteligente” Portanto seu simbolo € q =r. - o) p=q d) r=>p 2) p=q f) q=>p g) p=aq 5) Consideremos as sentengas p, q, re s dadas por: (p) 4>3 () 2>6 (q5<9 (s)7>9 Dé 0 valor verdadeiro ou falso as sentengas: a) p=q b) par c) p=s ad roq e) rs fh pod g) por h) res Solugao Confrontando com as tabelas-verdade obtemos: a) V o) F oF 21 1.16) 1.47) 22 av e) Vv fv g) F h) Vv Sendo p, q € F sentengas, determine a tabela-verdade das seguintes sentengas moleculares: a) ~(pa~q) 5) (pad) v (Pan) Solugao a) p qa | ~a_[pand v Vv F F v F v v F v F F F F v F b) a t | paq| par Vv Vv Vv Vv v viv F v F Vv F Vv F Vv v F F F F F viv F F F v F F F F F v F F F F F e F Considere a sentenga p: "Todos os coelhos usam éculos’, Qual das duas sentencas abaixo é a negacao de p? q: “Nenhum coelho usa dculos.” r: “Existe pelo menos um coelho que nao usa éculos.” Solugdo Lembremos que a negacdo de p obedece a tabela-verdade abaixo, isto é, quando p é verdadeira, ~p é falsa, e quando Pp é falsa, ~p é verdadeira -— F a <[o 2 q nao € a negagao de p, pois poderia ocorrer de pe q serem samente falsas. Para tanto, bastaria que houvesse, por exemplo dois coelhos que usassem éculos. A sentenca r ¢ a negagao de = 6 facil perceber que quando p for verdadeira, r sera falsa e quando p sa, r sera verdadeira Exercicios Propostos 4.18) Consideremos as sentengas p, q, re $ dadas por pi4=7 r8>6 g3<2 s7<9 ‘Simbolize as seguintes sentences: pica 7 <9 >6 somente se 4=7 3<26 condic&o necesséria para que 7 <9 3. <26 condicao suficiente para que 7 < 9 g) Acondig&o necessaria pare que 4 = 7 é que 8 > 6 A) A condigao suficiente para que 3 < 2 € que 7 <9 i) Acondig&o necesséria e suficiente para que 7 <9 6 que 3<2 ) 4=76 equivalentea7<9 4.19) Sendo p, 4, res as sentengas do exercicio anterior, dé o valor verdadeiro ou falso’ a) p>q b) ros co) rp d) res e) Poa fh req g) ~p=a h) ~r>s i) ~r3+q ) ~rea) k) ~(p@s) ) (eag=(rva) 1.20) Construa as tabelas-verdade das seguintes sentengas moleculares: a) (paq)y (1) b) (Pv q) = (rap) 4,21) Dé anegagao de cada sentenga: a) Todos os marcianos usam camisola. b) Nenhum camelo tem rabo. c) Existe pelo menos um habitante na Lua 23 J 21 Conjuntos 2.1 -INTRODUGAO Para apresentarmos rigorosamente 0 conceito de conjunto, deveriamos recorrer a um tratamento axiomatico, 0 que foge ao nivel do nosso curso. Assim, contentar-nos-emos com uma idéia intuitiva e aproximada: conjunto é colegao de objetos. Os objetos que formam um conjunto séo os seus elementos. De modo geral, os objetos que formam um conjunto podem ser de qualquer tipo: numeros, paises, pessoas, pontos etc. E usual representar os conjuntos por letras maiisculas e os elementos por letras minusculas. Se quisermos indicar que 0 objeto a 6 elemento do conjunto A escreveremos ach que podemos ler: “a pertence a A” Se 0 objeto a no é elemento de A, escrevemos: aca que pode ser lido: “a nao pertence a A’. Um dos modos de se representar um conjunto 6 escrever os nomes de seus elementos entre chaves. Assim, por exemplo, 0 conjunto formado pelos numeros 3, 6 e 7 pode ser representado por: A=(3,6;7} Este modo de representar pode, em certos casos, ser usado mesmo que haja um numero elevado de elementos. Por exemplo, 0 conjunto dos nimeros inteiros que vao de 1 a 800 pode ser assim representado: B= (1; 2:3) 4; ...: 800} Em alguns casos, este modo de representagéo pode ser usado para conjuntes infinitos. Como exemplo, podemos representar 0 conjunto de todos os numeros inteiros maiores que 7: C= (8; 9; 10; 11; ..} Um outro modo de representar um conjunto € dando uma sentenga aberta que seus elementos devem satisfazer. Assim, por exemplo, 0 conjunto dos estados do Brasil pode ser representado por: A= |x 6 estado do Brasil} que lemos: “A é 0 conjunto dos x tais que x é estado do Brasil.” Note que a barra vertical “|” é lida ‘tal que’. 25 Exomplo Consideremos 0 conjunto dos nimeros naturais: N = {0; 1; 2; 3; ..}e seja Ao conjunto dos nimeros naturais menores que 6. Podemos representar 0 conjunto A por A={0; 1; 2; 3; 4; 5} ou entao: A={xeN|x <6} gue lemos: “A é 0 conjunto dos x pertencentes a N, tais que x <6." Alguns autores usam, no lugar da barra vertical, dois pontos ou entao ponto e virgula. Assim, 0 conjunto: ts A={xeN|x <6) pode também ser representado por. A= (eN:x<6}0UA={x EN; x <6} 2.2 = IGUALDADE DE CONJUNTOS Dizemos que os conjuntos A e B so iguais se e somente se possuem os mesmos elementos, isto é, todo elemento de A é também elemento de B € todo elemento de B é também elemento de A. Para indicar que A é igual a B escrevemos ASB Observe que, quando escrevemos A = B, A € B so 0 mesmo conjunto, isto 6, Ae B sao nomes diferentes de um mesmo conjunto Exemplo a) Os conjuntos: A = {3; 4; 7) e B = (4; 7; 3} s&o iguais, pois tém os mesmos elementos, embora estejam escritos em ordem diferente. b) (1; 5; 6} = (1; 5; 6; 5} Repare que neste caso os dois conjuntos tem os mesmos elementos (embora em um deles 0 numero 5 esteja representado duas vezes), isto & 0s dois conjuntos t8m trés elementos. 2.3 = 0 CONJUNTO VAZIO Vimos que podemos representar um conjunto dando uma sentenga aberta que seus elementos devem satisfazer. No entanto pode ocorrer que @ sentenca aberta no seja satisfeita por nenhum elemento. Por exemplo: A= (xe N|x? =-4} Obviamente nao hé nenhum numero natural cujo quadrado seja negativo & portanto o conjunto A nao possui elementos. Dizemos que o conjunto A é vazio. O simbolo do conjunto vazio & 26 2.4 = ALQUNS CONJUNTOS NUMERICOS Neale item oltaremos apenas alguns conjuntos numéricos que servirao para Ob Howeee primelros exercicio®, Mais adiante citaremos outros conjuntos Numerions a) (0) 15.2) 9). f © conjunto dos nimeros naturais, b) Nt (1) 2; 8)...) = (x @ N]x #0} De modo geral, 0 asterisco colocado no alto do simbolo de um conjunto numérico indica exclusdo do zero. ©) B® 5-3) -25 45 0; 1; 25 3). E 0 conjunto dos numeros inteiros. d) Z= (05 -3; -2, -4 4.2; 3.) ©) %,={0; 42; 3...) =(xe Z]x 20} f) Zs (5-3; -2-4) 0} = Ke Z|x<0} 1; 2; 3;...} = (xe Z]x > 0} 9) @ h) Ze 3-8, -2,-t} = (x ©Z|x <0} Exercicios Resolvidos 2.1) Dado 0 conjunto A = {2; 6; 5; 7}, dé o valor verdadeiro (V) ou false (F) a) 264 co) BA e) (67:2: 5}=A b) 6eA d) eA ) (26,5; 7:2:5}=A Solugao a)V ov e)V b) F d) F nV 2.2) Dé 0 valor verdadeiro ou falso: a) 4 {2; 4; 5} d) (}=B g)N=Z b) 4e {4} e) -8eN h) Z=N ©) 4= {4} f) Bez i) OeZ Solugao a) V b) Vv c) F (0 elemento 4 no é a mesma coisa que 0 conjunto formado pelo numero 4). d) O conjunto {0} possui um elemento que é 0 nlimero zero. Portanto néo vazio e assim a sentenga é falsa. e) ') 9) h) 4) <3} b) B={xeN|x <8} C={xeN|3 -3} f) F={xe|xs4} °) g) G={xeZ|-4x=2(2)+1=5 Assim: A = (1: 3; 8; ..} 28 1) Neste caso, 0 Unico numero par que esta entre 7e9éontmero Se portanto C = (8). ) Nao ha nenhum namero natural que satisfaga a sentenga aberta: 0 «x «6, portanto D = @. Bxerelolos Propostos 2.6) 26) 2.5- D6 0 valor de V ou F: . i) 0c@ Rieaaen jee c) 84 (3,45; 7} kK) a6 eZ d) 10 < {2; 4, 6; 8} ) -5eZ e) 5 {5} m)-5 «Ze ) 5=() n) Oc% g) 0 {0} 0) Oe 2 h) {}=2 Represente os seguintes conjuntos enumerando seus elementos a) A={xeN |[x<5} b) B=(xeN|x22} co) C={xeN|2-6} g) G={xeN|x 6 impar e 4.x <8) h) H=(xeN|x=3k, k EN} ke N|x=3k+4k eN} = (xe N|x=2k-1k EN} k) K={x:xel, 4 A. Vamos dar novamente a definic&o de subconjunto, de modo mais formal: Sendo A © B conjuntos, dizemos que A esté contido em B se e somente se Lie Facamos A = @. Repare que a sentenca: Wx, xe SG>oxeB & verdadeira, pois: 1°)x © © 6 sempre falsa 2*)lembrando das tabelas-verdade, sabemos que uma condicional de antecedente falso é sempre verdadeira Portanto, pocemos dizer que @ < B, qualquer que seja 0 conjunto B, isto é, © conjunto vazio esta contido em qualquer conjunto. E importante n&o confundir 0 uso dos simbolos « ec. O primeiro serve para indicar que um objeto é elemento de um conjunto. O segundo serve para indicar que um conjunto esta contido em outro conjunto. 30 DIAGHAMAS DE VENN Un bom mode de visualizer as relagc de Venn (John Venn, Ingles, 108 entre os conjuntos é através dos 4834 « 1923). Os conjuntos sao fopreserindet por fagibes planas interlores a uma curva fechada € simples { Mimpies’, Aijul, Bignifion NAd-@ntrelagada) Peemploe x a) Baja Ae (2) 8) 4) 6) Bed THA 6 Be ) Biojam A-® (2) 9) © B= (1; 2; 3; 4 5}. Neste casoAc BeAsB 8 ©) Tomemos agora A = {1; 2; 3; 4e B elementos comuns (mas néo- todos). wl = {2; 4; 6; 8}. Ae B tém alguns B al «2 26 «3 of 28 d) Sejam A = (1; 2; 3} e B= (4; 6; 8; 9}. Neste caso nao ha elementos comuns Exercicios Resolvidos = {2; 3; 6}, dé o valor V ou F: ae aoere : d) {2;6)cA a) 2A b) 2cA 2) QeA h) Bc ©) {2;6}eA f) QcA e 2.8) 29 2.10) 2.11) 32 Solugdo a) Vv c) F e) F F b) F d) Vv fh Vv 2 Vv Dé o valor de Vou F: a) {3; 5; 7} <{3; 4; 5; 8) e) Bc 23} b) (3:5; 7} <{3; 5; 7} ) Nez ©) (2,3; 4,5} > (3; 5} g) Z-cN d) 8; 5}. (23; 4; 5} h) ZiaN Solucdo a) F ov eV FE b) V dj Vv fh Vv 8 F Dé 0 valor de V ou F: a) {2; 3} subconjunto de {1; 2; 3; 4} b) {2; 3} 6 subconjunto préprio de {1; 2; 3; 4} €) (3, 5; 9} subconjunto de {3; 5; 9} 4) {3; 5; 9}€ subconjunto proprio de (3; 5; 9} Solugao a) V b) Vv Vv d) F Sendo A, Be C conjuntos quaisquer, dé o valor de V ou F a) AcB“BcC>AcC b) ACB“ BCA>A=B 0) AcB>A=B Solugao av b) Vv ov Considere as seguintes sentencas: 1°) Nenhum esportista € preguigoso. 2°) Carlos 6 advogado 3°) Todos os advogados so preguicosos. Admitindo que as trés senten ai if ; gas _sé0 verdadeiras, veriti sentengas @ seguir é certamente verdadeira: iste Shel. Se 2) Todos os preguigosos so advogados. b) Algum esportista é advogaco. €) Alguns advogados s&o esportistas. d} Carlos nao é esportista. Bolugho {A « conjunto dos advogados fojam{E = conjunto dos esportistas P « conjunto dos preguigosos Dio promissas (premissas s€0 as sentengas inicials, supostas verdadeiras) foneclulmos que o diagrama dos conjuntos €: BI E Bf Ce) fa) Esta ndo pode ser considerada obrigatoriamente verdadeira, pois © due sabemos 6 que "todos os advogados s&o preguigosos’ (isto 6, A c P). mas ninguém nos garante que todos os preguigosos s8o advogados (isto 6,P cA). b) Nao hé elemento comum aos conju! falsa. ¢) Pela mesma razo anterior, a sentenca c¢ falsa. d) Asentenca d é verdadeira. ntos P e E. Portanto, a sentenca b é Exorcicios Propostos 2.12) Sendo A = {1; 2; 4; 6; 9}, dé o valor de V ou F: a) 4eA i) 2 5}cA b) 4cA ) (h272A c) (9e A k) NeZ d) R9CA 1) {2; 1} 6 subconjunto de A e) eA m) {2; 1}€ subconjunto proprio de A ) {4}cA n) (1; 2; 4; 9; 6} 6 subconjunto de A a) @eA 0) {1; 2: 4; 9; 6} subconjunto proprio de A h) cA 2.13) Considere as seguintes premissas: (I), Quem sabe cagar borboletas nao € engragado. (Il) Coelhos nao sabem andar de bicicleta. (ill) Quem ndo sabe andar de bicicleta ¢ engragedo, Dentre as sentencas a seguir, diga qual pode ser concluséo das premissas: a) Quem no sabe andar de bicicleta ¢ coelho. b) Quem sabe andar de bicicleta nao ¢ engragado. ) Quem nao sabe cacar borboletas 6 engragado. d) Coethos nao sabem cagar borboletas. @) As pessoas engracadas nao sabem andar de bibicleta 33 2.14) Dadas as premissas (I). Todos os médicos s8o pobres. (ll) Artistas so chatos. (Ill) Margarido é méaico. (IV) Nenhum chato é pobre. Assinale entre as sentencas a seguir aquela que pode ser considerada uma conclusdo das premissas. a) Alguns pobres so chatos. b) Margarido néo é artista ¢) Existe pelo menos um médico que é artista 4) Alguns artistas sao pobres. 2.7 - CONJUNTO UNIVERSO De modo geral, nas aplicagdes da teoria dos conjuntos, todos os conjuntos considerados s80 subconjuntos de um mesmo conjunto U denominado conjunto- universo. Nos diagramas é ‘usual’ representar 0 universo por um retangulo € dentro dele os seus subconjuntos. Assim, por exemplo, sendo U = N, A= {3 4; 5} B= (4; 5; 7; 9} temos: Lo 2.8 - INTERSEGAO DE CONJUNTOS. Sejam os conjuntos A e B subconjuntos de U, A intersego de Ae Béo Conjunto formado por todos os elementos de U, comuns a A e B. A intersecao de A © B é indicada por. AaB que podemos ler: “A inter B” Exemplos a} Dados A= (1; 2; 3; 4} e B = {2; 4; 6}, os elementos comuns aA e B 880 2 @ 4, Assim An B= {2:4} No diagrama a intersec&o esta sombreada. 34 1) Soja A= (3; 4} e B = (1; 2; 8; 4; 5}. Neste caso os elementos comuns sto 3 e 4, e portanto: AnB= (34) Repare que, neste caso, Ac Be assim AN B=A, No diagrama a intersegao esté sombreada. A oD B 5 (pte ee te ©) Sejam A = (3; 5} € B = (6; 8}. Aqui no ha elementos comuns ¢ entdo a intersegao 6 vazia: AnB=D Consideremos dois conjuntos Ae B tais que Am B = ©. Neste caso dizemos a disjuntos. E 0 que acontece no exemplo c acim i ie modo mals forma, podemos dar a definigao de intersegao de conjuntos do seguinte modo: 2.9 - UNIAO DE CONJUNTOS os i tos de U. A unido (ou ideremos os conjuntos A eB, ambos subconjunt rouniae) de ‘Ae B é 0 conjunto de todos os elementos de U que pertencem a pelo menos um dos dois conjuntos. A uniao de A e B é indicada por: que podemos Jer: “A uniao B". De modo mais formal: AUB= Exemplos a) A= (1,2; 3, 4) 3; 4; 5; 6} AUB={1; 2; 3; 4; 5; 6} 35 Auniao de A e B esta sombreada no diagrama, re a] OU A. hoje A @ B subconjuntos de U, A diferenga entre A é 0 conjunto dos elementos do A que ndo pertencem a B, isto é, é 0 conjunto de todos os elementos le A com excegéo dos que so comuns a Ae B. A diferenga entre A e B é indicada por Hh DIE RENGA ABB Temos entao: Exemplos a) A= (1; 2; 3; 4; 5} B= (2, 4; 6 8) 4; 3; 5} a] Ld 2.10 - PROPRIEDADES Sejam A, Be C i i E eae sapien Subconjuntos quaisquer de U, E facil verificar as seguintes 37 E importante observar que, em geral, A-B#B-A. 2.12 COMPLEMENTAR Sejam A e B subconjuntos de U tais . é que A cB. Neste ca 8 —A é denominada complementar de A em Be é indicada por: pi aer ts oe Temos entéo Exemplo Tomemos os conjuntos A = {3; 5} e B= {1; 2: 3: 4; A = (1) 2; 3; 4; 5). Nest portanto a diferenga B — A pode ser chamada de -domplemetiar de Acme ae B-A= CO =(1; 2; 4} No diagrama esta sombreado Cf Quando quiserm nota 4 oS © complementar de A em U, podemos usar uma das Ch=Ca AHA. 38 1) PROPRIEDADES Solam A, Be GC subconjuntos quaisquer de U. Valem as seguintes proptiedades: Obsorvagao: Augustus De Morgan (1806-1871) embora tenha nascido na India fora do familia e formagdo inglesas, Juntamente com George Boole (inglés, 1815- 1854) & considerado 0 iniciador da logica moderna. Exercicios Resolvidos 2.15) Dados: A= {2; 5; 7; 9; 8), B= {7; 9; 6; 4}, C= (2; 4; 6; 6; 7; 8: S}eD= (8; 6; 0; 1}, determine: a) AnB d) An(BUD) g) ch b) AUB e) A-B hy cB co) AU(BAD) ) B-A Solugao a) (7; 9} e) (2,5; 8) b) (2:5; 7:9; 8; 6; 4} ) {64} ©) (2,5; 7; 9; 8; 6) 9) {4:8} a) 7. 9} h) {2; 5; 8} 2.16) Nos diagramas abaixo, sombreie as regises pedidas: a) b) ES Ee ANB AUB E 05] BI jo 39 Solugao 2.17) Nos diagramas abaixo, sombreie as regiées pedidas: a) c AuB)AC Solugado a) Em primeiro lugar sombreamos A U B: Em seguida fazemos a interse¢ao da regiéo sombreada com C. obtendo finalmente: A [8] Cc ©) A operacdo de intersegto é associativa, isto 6, tanto faz obter AnB)nc pane A (B.C). O que queremos € & regio comum aos trés conjuntos. Portanto: 40 c 2.18) Sombreie, quando possivel, as regi6es pedidas: a) b) a a et te Cg C§ ce . "hal ame AB; portanto existe CA que é dado por B-A. b) Neste caso A ¢ Be portanto nao existe Cf embora exista a diferenca B-A ms ©) Para este caso, B ¢ Ae assim nao est definido CR. 2.19) Sombreie as regides pedidas 6) a) x (AN BY Solugao v= ch =U-A a) A= Ch at 5) Facamos primeiramente An. B (figura a) e em seguida 0 complementar de An B (figura b). fig. 2) Exercicios Propostos 2.20) Dados A = (2; 4; 2.21) 42 8; 10), B= (1; 3:5; 7; 9}, C= 13; 4:8}, D= (1; 5 4: Be E={1; 2; 3/4: 8; 6; 7: 8; 9; 10} determine: a) BUC b) BAC 3 AU@no) 8) Ancjud 2) ANB ) AucuD g) ANCAD h) A-c i) C-A ) ee kK) cere) ) E-(nc) Sejam A e B subconjuntos de U. A diferenga simétrica de Ae B ¢ indicada por A A Be definida por. AAB=(A-B)U(B-A) Dados: A = {4; 6; 8; 1; 7}@B = (5; 9; 1; 8}, determine A AB <= 2.22) Dado o diagrama ao lado, sombreie as regides pedidas: a) Anc d) (ANB)U (ANC) U(BACc) e) (BAC)-A f) A’ On LX g) (A-B)Ucy U 2.23) Dado 0 seguinte diagrama, apenas uma das sentencas abaixo é verdadeira. Qual? a) cB b) A'-B'=A-B e) ANB=B d) ANB'=@ e) AUBSU |@ 2.24) Sejam A, B, C, D subconjuntos quaisquer de U. Dé o valor V ou F as sentengas: a) AcB=>AUB=A b) AcB=AUB=B c) ACBSAn 43 d) ACBSA=B=A e) ACB>A-B=2 f) AcB=>B-A=C& 9) AcB>A'cB’ h) AcB=>B'cA’ i) A-B'=A-B j) A-BI=B-A k) A-B=AnB ) (A=B)u (B=A) = (AUB) -(AnB) 2.25) Dé 0 valor V ou F: a) Z-N=Z_ b) Z-N=Z. N-{Q}=N* ad) ZAZ=S 8) Ch = f) Z.02.=(0} 9) Z,eZ. so disjuntos a h) Ze Z" sao disjuntos 2.14 - NUMERO DE ELEMENTOS Dado um conjunto finito A, indicamos 0 ntimero de elementos de A por na Assim, por exemplo, se A = {2; 3; 7; 9} temos: na = 4. Outra notacéo para na 6 #A. Assim, no exemplo anterior temos: #A = 4. Exemplos a) mas #A=3 b) B={7; 9} ne =2 #B=2 c) Te= #O=1 d) mo =0 #D=0 Exemplo Sejam A= {3; 4; 5; 6; 7} eB = (6; 7; 8; 9} Portanto: naa= 7 @ Nana 2 Consideremos os conjuntos finitos A ¢ B, ambos subconjuntos de U, E facil verificar (analisando 0 diagrama) que: 44 eh) Exemplo Sejam A= (1; 2; 3; 4; 5 AUB= (1; 2; 3:4; 5; 6; : 6} ; 6} e B= {5; 6; 7; 8; 9} 7; 8; 9} Tomemos a sentenga nase = Ma + Np Mane. . Fazendo as substituigées, temos: 9 = 6 + 5 - 2, que é obviamente verdadeira. Para o caso em que AB = @ (isto 6, Ae B sao disjuntos) temos: Maus = Na+ ne . Consideremos agora os conjuntos A, B e CG, todos eles subconjuntos de U. E facil verificar, pela analise do diagrama, que: U Exercicios Resolvidos 2.26) Sendo nave = 38, Nane= 12 ns = 15, calcule na. Solugao Nave = Ma + Me—NanB 38 =m + 15-12 na = 35 45 2.27) Em uma escola os alunos devem estudar uma lingua gue pode ser o francés 2.28) 46 Ou 0 inglés. Se quiserem poderéo estudar as duas. Sabendo que: — ha 200 alunos estudando francés — ha 130 alunos estudando inglés — 0 total de alunos da escola 6 300 determine quantos alunos estudam francés ¢ inglés. Solugao Sendo: I = conjunto dos estudantes de inglés F = conjunto dos estudantes de francés Temos: n; = 130, ne = 200, nF = 300 Nee MAM Mae 300 = 130 + 200 =n Mink = 30 Portanto ha 30 alunos estudando francés e inglés. Levando em conta que o total dos que estudam francés é 200, concluimos que os que estudam apenas francés so em numero de 170 (isto 6, 200 - 30) Lembrando que o total de estudantes de inglés € 130, concluimos que ha 100 que estudam apenas inglés. CO) Em uma escola, cujo total de alunos € 600, foi feita uma pesquisa sobre os refrigerantes que os alunos costumam beber. Os resultados foram: - 200 alunos bebem o refrigerante A - 20 alunos bebem o refrigerante A e o refrigerante B - 100 alunos nao bebem A nem B. a) Quantos bebem apenas o refrigerante A? ©) Quantos bebem apenas o refrigerante B? ©) Quantos bebem B? d) Quantos bebem A ou B? Solugao 180 100 Na maioria dos casos 6 mais facil analisar problemas deste tipo através dos diagramas e néo através da formula. Seja U 0 conjunto de todos os alunos da escola, H4 100 alunos que n&o estéo no conjunto A nem em B. Ha 20 alunos que estao ao mesmo tempo em A e em B. Como o total de alunos de A € 200, concluimos que 0 nlimero de alunos que bebem apenas o refrigerante A 6: 200 — 20 = 180, O tolal de alunos da escola € 600 e portanto, descontando os 100 que nao estéo em A nem em B. temos que na ., 8 = 500. Como o conjunto A tem 200 elementos, o numero de elementos que estéo apenas em B é: 500 — 200 = 300, Portanto, podemos dar as respostas: a) 180 b) 300 e) 320 d) 500 Exercicios Propostos 2.29) 2.30) 2.31) 2.32) Sabendo que ns = 47, ng = 30 € Nae = 60, determine: @) Mane b) Mae c) Ne-a Sejam A, B e C conjuntos finitos. Sabe-se que maaac = 8, Mana = 15, Mane = 20, Nac 24, No = 50, np = 60 € Nayeuc = 129. Determine: a) na b) nea ©) few d) Mane ®) NaAna-c f) Mauc Os conjuntos A e B sao ambos finitos e subconjuntos de U. Sabe-se que Na = 30, Ne= 36, ny = 68, nae = 50. Determine: @) Mane b) mw ) net d) Manat Foi feita uma pesquisa entre 3.600 pessoas sobre os jornais que costumam ler e 0 resultado foi que: 47 — 1.100 léem “O Diério” - 1,300 Iem "O Estado” — 1.500 Iéem "A Folha" — 300 léem “0 Didrio’ e “O Estado" — 500 lem “A Folha’ e “O Estado” — 400 iéem “A Folha’ e “O Diario” — 100 lem “A Folha”, “O Diario” e “O Estado” a) Quantas pessoas léem apenas "O Diario? 5) Quantas pessoas lem apenas “O Estado"? €) Quantas pessoas léem apenas “O Estado” e “A Folha’? ) Quantas pessoas n&o léem nenhum dos tr8s jomais? ©) Quantas pessoas Iéem apenas um dos trés jornais? f) Quantas pessoas léem mais de um dos trés jornais? 2.33) Em uma escola, foi feita uma pesquisa entre os alunos para saber que revista costumam ler e 0 resultado foi que, dos alunos consultados: — 40% léem a revista “Olhe” - 37% léem a revista “Pois 6" ~ 17% léem “Olhe” e “Pois 6" @) Quantos por cento no Igem nenhuma das duas? b) Quantos por cento léem apenas “Olhe”? c) Quantos por cento gem apenas uma das duas revistas? 2.15 ~ CONJUNTOS DE CONJUNTOS Pode acontecer que os elementos de um conjunto sejam também conjuntos. Exemplo Consideremos 0 conjunto: A = ((3; 4}, {5: 6; 7}, (8)} Neste caso 0 conjunto A tem 3 elementos, que S40 os conjuntos {3; 4}, {5; 6; 7) © {8} Portanto, podemos escrever: B:4}eA {5.6;7}eA {{3; 4}, (5; 6; HCA Mas nao podemos escrever: B4}CA SEA BCA 2.16 - CONJUNTO DAS PARTES DE UM CONJUNTO Consideremos um conjunto finito A. Chamamos de conjunto das partes de A o conjunto cujos elementos s4o fodos os subconjuntos de A. O conjunto das partes de A ¢ representado por: 48 baemplo Hoja A © (2; 5}, Os subconjuntos de A sao: {2}, {5}, (2; Jeo Portanto; P(A) = {{2}, {5}, {2; 5}, @} Soja A um conjunto finito que possui n elementos. Pode-se demonstrar (com 08 1eCUrsOS da Anélise Combinatoria) que o numero de elementos de P(A) é igual a: on Assim, no exemplo acima, 0 conjunto A tem 2 elementos (n = 2) e portanto P(A) tem 2” elementos, isto 6, 4 elementos. Se tomarmos 0 conjunto,B = {4; 7; 9}, que possui 3 elementos (n = 3), podemos afirmar que P(B) tem 2° elementos, isto é, 8 elementos lixercicios Resolvidos 2.84) Dado o conjunto: A= {{2; 6}, (3; 4; 8}, {8}}, dé o valor V ou F: e) a) 2:6)eA 26A ) {2:6}, (3 4 YA b) {2,6}cA f) BEA D M2 BCA ©) eA g) cA d) (8}cA h) Gea Solugao a) V O conjunto {2; 6} é elemento de A: portanto podemos escrever: (2; 6} ¢ A; b) F Para que {2; 6) < A fosse verdadeira, todos os elementos de {2; 6} deveriam ser também elementos de A. Mas acontece que 2 é elemento de {2; 8}, mas ndo 6 elemento de A, o mesmo acontecendo com o numero 6. ov d) F,, ele pertence a A. e F i F 9) V,, 0 conjunto vazio esta contide em qualquer conjunto. h) F, ele esta contido, ele nao pertence. Vv dv 2,35) Sendo B = {{3; 4}, (1; 2; 5}, @} dé 0 valor V ou F a) 9cB b) BeB ©) 3:4}cB d) 3; 4}, {1 2: cB ©) {3:4}, 0} cB 49 Solugao a) V ») V o) Vv dV e) V 2.36) Considere o conjunto A = {@}. Dé o valor V ou F a) eA co) B={B} b) BcA d) Apossui um elemento Solugao a) V b) Vv c) F d) Vv 2.37) Seja A = {2; 3; 5} a) Determine P(A) b) Quantos elementos tem P(A)? Solugao a) PUA) = (123, (3), (5), (2: 3}, (2; Sh, (3: 5}, (2; 3: 9}, Zh b) A possui 3 elementos € portanto P(A) possui 2° elementos, isto &, 8 elementos, o que pode ser verificado acima. Exercicios Propostos 2.38) Sendo A={4; 6}, (1; 3: 5), (O}} e B= {(Bh (3: 6}, @}-dé o valor V ou F: h) BcB a) {4 8}eA b) (4, 6}cA i) Bea ©) 4A j) @eB d) 9eA k) (4; 6} (15 3; SY} CA e) (CA l) {4,6}CA f) Qed m) {(@}cA g) BcA n) cB 2,39) Sendo A = {1; 2; 3; 5}, determine: a) ontimero de subconjuntos de A b) ontmero de subconjuntos préprios de A 2.17 - NUMEROS REAIS ‘Além dos numeros naturais e dos numeros inteiros, devemos nos “lembrar* agora dos numeros racionais € dos reais. 50 +) conjunto dos numeros racionais € simbolizado por @ @ definido como senido 0 conjunto de todos os numeros que podem ser escrifos na forma é onde a enebe Assim, por exemplo, séo nimeros racionais: 5 3 facil concluir que todo numero inteiro é também racional. Por exemplo, 0 iimero inteiro 8 pode ser escrito como 5 ¢ portanto é racional. Podemos entao oscrever: NcZcQ Quanto aos nimeros reais a definigao é bem mais complicada esta além do nivel do nosso curso. Para nés bastard lembrar que existe uma correspondéncia fontre os numeros reais e os pontos de uma reta: TS 0 conjunto dos reais ¢ simbolizado por R: ef rahe 431 WZ 2 24 ‘Todo nimero racional também real, isto 6, Qc BR, Porém ha nuimeros reais que nao s&o racionais: $40 0s numeros irracionais. Como exemplos de numeros irracionais podemos citar: “2 =t oO Ce en © conjunto dos irracionais ndo tem simbolo especial, Podemos representa-lo por R—-Qou ento por C8. Quando estiver convencionado que 0 universo é I, poderemos representar os irracionais por @ ou a Nos exercfcios, ha alguns niimeros irracionais que aparecem com bastante frequéncia, Assim sendo, é interessante decorar seus valores aproximados. Esses casos esto relacionados no quadro abaixo. 51 E importante também lembrar que dados dois niimeros reais distintos, a0 representé-los na reta, o maior fica & direita do menor. Assim, por exemplo, temos 3>1,-3<-1,0>-4, 12-4 4 38 2 -- 0 1 2 8 4 Para 0s racionais e para os reais, temos notagdes andlogas as adotadas para os naturais e os inteiros: Q =e Q| x70} RY= (ke R| x0} Q.= Ke Q| x20} Re= (Ke R|x20} Qe KE Q]x> 0} RY. = & eR] x> 0} Q=ke Q/x< R-= (ke R[x<0} Q= Ke Ol xa} Estes conjuntos podem ser representados dos seguintes modos: oo a a a a A= ]-~; a] B=] ~~; al C= [a tof Em particular, podemos dizer que 0 conjunto dos reais € um intervalo infinito: D=]a; tool R=]-«; + [ fener _ 0 1 O simbolo +00 Ié-se “mais infinito” e 0 simbolo ~~ lé-se "menos infinite”. Exemplo © conjunto M = {x € R | x 2-2} € um intervalo infinito que pode ser representado por: M=[-2; +2 54 Howe fojnii a @ b numeros reais tais que a ) Porém preferimos n&o usar essas notac6es, pois ~ no caso (a; b) — pode haver confusdo com par ordenado 2) Embora tenham pouco interesse, ha alguns casos que devem ser mencionades. Se a 5} 12) Construa a tabela-verdade da sentenca: (pag) = (pv ~t) 19) sendoa =[=22:f, B ‘ e@ C=[2; +a, determine: a) A-B b) B-A 0) ANBOG 4) Sejam A, B e C subconjuntos de U, tais que: a) 5eN i) neZ ny = 52 b) 7eN ) meR Lie ce) 7eZ k) OcR ManBac=3 Nanc=9 4) 76Q ) fer Maeve = 45 =7 e) 7eR m) 3 eR- mais fl NcR n) OER. 5 termine: 9) ZeR 0) Oe Rt “em a) no h) V5 eN b) ne ©) Mme d) MNu-acBu@ 57 PARTE Il Capitulo 3 — Equagées Capitulo 4 — Inequagdes 59 Capitulo Equagées 4.4 = INTRODUGAO O objetivo principal deste capitulo é 0 estudo das equacdes do 1° grau e 2° qrau com uma variavel e as equacgdes que se reduzem a elas. Porém trataremos lambém, de modo rapido, dos sistemas de equagdes com mais de uma variavel. No caso de equagées, é costume chamar as variaveis de incégnitas ¢ os valores que satisfazem as equagées, de raizes. Resolver uma equacao significa determinar 0 seu conjunto-verdade, Isto 6, 6 Gonjunto de suas raizes. Como vimos no capitulo 1, 0 conjunto-verdade depende do universo, quando nada for mencionado, adotaremos U = R. 4,2 - ALGUMAS PROPRIEDADES DA IGUALDADE VaeR P, ja=be@a+m=b+m| VbeR vYmeR Esta propriedade nos diz que podemos somar (ou subtrair) um mesmo numero aos dois membros de uma igualdade, obtendo uma sentenga equivalente. com base nesta propriedade que podemos “passar” um termo de “um lado para outro” de uma igualdade, desde que troquemos seu sinal. Exemplo Consideremos a sentenca aberta: x + 5 = 7. Vamos somar aos dois membros o numero —5: x+5-5=7-5 obtendo entao: xa7-5 Temos, portanto: X+5=7O xX=7-5 AaB VaeR VoeR vmeR* De acordo com esta propriedade, podemos multiplicar (ou dividir) ambos os imembros de uma igualdade por um numero diferente de zero, obtendo uma sontenga equivalente. 61 Exemplo Consideremos a sentencga: 3x = 12. Vamos dividir os dois membros por 3 ON 12, #5. 6 on Ie obtendo: 373" isto 6é,x= 3 Portanto: 12 axaI2 ox = > Exemplo implicagdo a (0)=b° (OQ) > az Observe que a implicagao: a = b > a: (0) =b - (0) é verdadeira. Porém a nao é verdadeira, pois poderiamos ter, por exemplo: 7(0)=5:(0)=> 7=5 EO) e290) Si verdadeira falsa que € obviamente falsa. Por este exemplo percebemos a necessidade de se impor m = 0 (isto é, m € R*) no enunciado da propriedade P2. 3.3 - EQUACGOES DO PRIMEIRO GRAU COM UMA INCOGNITA “Equacao do primeiro grau com uma incégnita” é uma equagao que pode ser reduzida a forma: ax onde: x é@ a incognita ae b sao constantes denominadas coeficientes b 6 0 termo independente A determinagaéo do conjunto-verdade de uma equac¢ao do primeiro grau € feita através da aplicagao direta das propriedades P, e Pz vistas acima. Exercicios Resolvidos 3.1) 3.2) 62 Resolva a equagaa: 4x + 20= 0 Solugdo P, Py 20 4x+20=0 <—— 4x =-20 «<=> x= “775 Portanto, 0 conjunto-verdade é: v= {-5} Resolva a equagao: 5x — 9 = 8x + 16 Solugdo 5x-9=8x+ 16 2-5 5x-8x= 1849 & -3x=25 ES xe 2 3 44) 54) 4.6) 46) Hortanto: Resolva a equacdo: 3x- 2 = 4x +9 Solugao x 9x 2 = 4x + 9a Bx Ax E942 & KET KE Ht Assim: V=(11} 3x 2 Resolva a equagao: sae = Surg Solugao O minimo multiplo comum (mmc) dos denominadores 6 6. Vamos entéo multiplicar os dois membros da igualdade por 6: 3x 2 of -4)- o{5x+3) 9x — 24 = 30x + 4 Portanto: 8X gy asy 4 2 eB 49x24 = 30x +442 9 9x - 30x = 2444 2 3 Be pe OB an 21K = 28S XE IHG 4 Portanto, o conjunto-verdade e: V = {-3| Considere a equacao 3x -— m = 13, onde x 6 a incognita. Determine o valor de m sabendo que a raiz da equagao 6 -4. Solugao Se —4 6 a raiz da equagao, ao substituirmos x por -4 deveremos obter uma sentenca verdadeira: 3(-4) -m -12-m m=-25 Resolva as equacdes a) 4x+1=2(2x-3)+7 b) 12x-7 =3(5x + 2)-3x+9 Solugao a) 4x+1=2(2x-3) +72 4x+1=4x-64+704x-4x5-647-10 0=0 63 Assim: 4x + 1= 2(2x-3)+ 72 0=0 Como a sentenga “0 = 0” é verdadeira para qualquer valor de x (isto é, € independente de x), a equac¢&o fornecida sera satisfeita para qualquer valor de x. Portanto, o conjunto-verdade é igual ao universo: VER e asentenga aberta: 4x + 1 = 2(2x — 3) +7 é uma identidade em R. b) 12x-7 = 36x + 2}-3x+ 9 12x-7= 15K +6-3x+9— 12x - 15x + 3x =6+9+7950=22 Como a sentenga “O = 22” é falsa (é falsa para qualquer valor de x), entao a equacao fornecida nao sera satisfeita para nenhum valor de x. Podemos dizer que a equacao nao tem solu¢ao: VEO Exercicios Propostos 3.7) Resolva as equagées: a) 4x-3=-2x+15 b) 4(x-5) + 3x +1 = 2(x—2) + 15(x - 3) X-7 5 _X+8 c) a EO” X5_4xK-1_ xX Dre Et 3.8) Resolva as equacies: 3x~=1_ 2x+5 3(2x+1) _ 3 a = 3 ao a 3xt¢ 2 2 b) 3.9) Considere a equacao: 2x = m - 1, onde x € a incdgnita. Sabendo que seu conjunto-solugao é S = {-7}, determine o valor de m, 3.4 —- CONJUNTO-VERDADE DE SENTENGAS ABERTAS MOLECULARES Seja s; uma sentenga aberta cujo conjunto-verdade € V; @ seja s2 uma outra sentenca aberta de conjunto-verdade V2. Temos entéo: Exemplo Sendo U =N, considere as sentengas abertas: si x>h $x <9 64 O conjunto-verdade de s; é: V1 = {8; 7; 8; 9; 10; ...} e © conjunto-verdade de by @ V2 = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8}. re Consideremos agora a sentenga aberta s1 4 Sa, isto €, X>5Ax<9 Seu conjunto-verdade 6: V = Vi 0 V2 = {6; 7; 8} Se tomarmos a sentenga aberta: s; v Sz, isto 6, x>5v x<9 seu Conjunto-verdade sera: V= V1 U V2 ={0; 1; 2; ..}=N O que dissemos acima para duas sentengas abertas pode ser generalizado para trés ou mais sentengas abertas. Por exemplo, consideremos as sentengas abertas sy, 82 € $3 Cujos conjuntos-verdade s&o respectivamente Vi, V2 € V3. O Gonjunto-verdade da senten¢a aberta: Si A S2A 83 OV EVID Ve V3 O conjunto-verdade da sentenga aberta: Si V S2V $3 6VEVUVUVs lxercicios Resolvidos 4.10) Sendo U=N dé 08 conjuntos-verdade das sentengas abertas: a) 2x-8=0v 5x-15=0 b) x<7a3x-27=0 Solugdo a) 2x-8=0 2x=8ax=4 Vi = {4} 5x-15 = 04 5X = 15S X53 Vo = {3} O conjunto-verdade da sentenga aberta: 2x-8=0v 5x-15=0 6 V=ViU Vo= {3; 4} b) O conjunto-verdade de: x <7 6 Vi = {0; 1; 2; 3, 4; 5; 6} eo conjunto- verdade de: 3x - 27 = 0 & V2 = {9}. Assim o conjunto-verdade de X<7A3x-27=0€ VE nV2=@ 411) Sendo U = RR, dé 0 conjunto-verdade da sentenga aberta: 4x+1=5x-2Ax-3#0 Solugao AX+1=5xX-2x=3 ra Vi = {3} 340 x43 > Vp = R-{3} 65 3.12) 3.13) 66 O conjunto-verdade de “4x + 1 = 5x -2ax-3%0" & () conjunto-verdade da equag&o proposta é: VEVINW=S VEVIAV2ES Resolva a equacado Exercicilos Propostos Solligao 14) Sendo U = R dé os conjuntos-verdade das sentencas abertas: a) 3x+8=O0v5x-9=0 b) 2x-3=0v4x-20=0v7x-1=20 c) 3x+7=6x-8Ax-570 d) 4x+1=6x-19nx-320 Neste caso (ha incégnita no denominador) devemos garantir que nenhum dos denominadores se anule. Portanto, devemos ter: x2-1#0ex+ 1408 3(x-1) 40 Porém P1200” e1Oxelexe-t X+1#0Qx#-1 3(x-1)40Sx¥1 16) Dé 0 conjunto-verdade da sentenga aberta: (x-4=0v 3x-15 = 0 v 4x28 = 0)A (x #5) Supondo entdo que os denominadores no se anulem, vamos simplificar a 4.16) Resolva as equagées: equacao proposta. Lembrando do produto notavel: ) 5 4- 3x-5 a?—b? = (a+b) (a-b) My >y podemos escrever: b) 6 _ 2 P12 x8 1? = (K+ 1) = 1) Sk x44 € assim constatamos que x — 4 é divisivel Por (x + 1) @ por (x — 1). Portanto, c) ge, Ext 9 mmo dos denominadores 6 3(x* — 1). Agora dividimos o mme por cada KH XS denominador e multiplicamos 0 resultado obtido pelo numerador obtendo: ad) 13- 2. _ 4x+6 12 = O(x~ 1) 4% +1) Me Me Assim: 6) 3 L aig 43 4 Hee! 2k Mad KET Ro FE MK- AKAD AKT AX#-1 Mas: 12 = 9(x—1)—4(x +1) x=5 .6 - PROPRIEDADES O valor 5 satisfaz todas as condicées e, portanto: a8 Pao) V= {5} Sabemos que: a. 2 3 Ps |i Resol —~= esolva a equagao Roo eRe a7 Solugao Baseados nisso, podemos resolver equagdes dos tipos que aparecem a Neste caso devemos ter: x-2 + 0e-6x +1240 seguir, te #0Qx#2 Ox +12 20 KH#2 Exercicios Resolvidos Assim: eee L a 5.17) Resolva a equagao: (2x -— — 8x) = Kod * Tex pte © BX +12) = 3(x-2) ax #2 ae y= R-(2} Solugao ee oe (2x - 8)(7 — 8x) = 0 <> 2x-3=0 ou7-8x=0 67 2x-3=04Xx= BIN NI 7-8x=0@x= 3.0 Portanto: V =4 =; > fanto: V {3:4} 3.18) Resolva a equagao: 2x° — 18x + 8x? - 27 =0 Solugao Em primeiro lugar fatoremos a expressdo 2x° - 18x + 3x? - 27: 2x? -18x +. 3x? — 27 = 2x(x? —9) + 3(x? —9) = (x? —9)(2x +3) = = (x? -3?)(2x +3) = (x+3)(x—3)(2x+3) Portanto: 2x? = 18x + 3x? — 27 = 0 & (x + 3)(K- 32x +3) =00 @x+S=0VX-3=0VR+S=0K=-SvK=8vx=-8 ae) 3.19) Resolva a equagdo: x°-x =0 Solugdo X= x= xOE = 1) = x0x-+ 1) (x= 1) x -xe0Ox(x + 1)(x-1)2=OGx=0VK4t1E0VX-1505 X= OvxX=-1vx=1 V = {0;-1; 1} 3.20) Resolva a equacao: ex 4 =0 xe - Solugdo 5x +20 iG =0 5x+20=0ax?-1640 A raiz de 5x + 20 = 0 é -4. Porém esse valor nao satisfaz a condicao x* — 16 # 0 e portanto o conjunto-verdade da equa¢ao dada é: V=@ Exercicios Propostos 3.21) Resolva as equacées: a) x(x+1)=0 b) 2(-2x + 3)(4-—x)(x +9) =0 68 oy D4 _ 4x=20 ~ d) NE x9 e) x - 16x =0 f) 40+ 5x?—4x-5=0 22) Resolva a equag&o (2x + 1)(4 — 2x)(K- m) = 0 em cada um dos universos a) R b) @ co) Z 4,6 = EQUAGOES DO TIPO a‘ = bt Consideremos a igualdade: a‘ = bX onde ae b sao reais ek <¢ Z* Bxomplos a) Consideremos a equacao: x° = 4°. Temos: ¥=Box=4oux-4 Portanto: V = {4; -4} b) Seja a equagao: x° = 4°, Neste caso, temos: CaBoxa4 e portanto: V = {4} k As propriedades mencionadas acima valem também para k € Z*., desde {ue Imponhamos a #0 eb #0, pois devemos nos lembrar que: 4 Bxemplo Seja a equagao (4x = 12)" =(3-x)* (4x = 12)72 = (8 — x) 8 4K — 12 = B= KA MK - 1240 A3-X40E XB3AK#3 Portanto: V = @ So k = 0, ent&o o conjunto-verdade da equacao at = b* coincide com o bonjunto-universo, pois qualquer numero real elevado a zero € igual a 1. Examplo \ jjynttloremos a equagao: (3x — 2)°= (4 — 3x)? 69 Se U=R, teremos: VER Exercicio Resolvido 3.23) Resolva as equagées: a) (4x- 7) = (8x) b) (2x +12) = (6x~9)* Solugao a) (4x7)? = (8-x)"2& 4x-7=8-xv4x-7=-(B-x) Oo 1 . a Ve {3 a 21 x=3vxe b) (2x + 12)" = (6x—9)" 2x +12 =6x-eax= =z 3 _ {21 Ve By Exercicio Proposto 3.24) Resolva as equacées: a) (3x = 1)! = (4 - 5x)" c) (8x+2)°4=(x-1)"4 b) (2x +9)" = (7x-1) d) (6x-9)* = 16 3.7 - EQUAGOES LITERAIS As vezes ocorrem equagdes com varias letras, onde nem todas s&o consideradas como variaveis: algumas s&o consideradas como numeros (constantes) ¢ nesse caso costumam ser chamadas de parametros Ao ser dada uma equag¢ao literal, se nada for esclarecido, admite-se que as ultimas letras do alfabeto sao as varidveis e as primeiras sao as constantes (parametros). Exercicios Resolvidos 3.25) Resolva a equacao: 2x - a = 3b Solugdo Aqui, como nada é esclarecido, vamos admitir que x € a varidvel, a e b sao constantes. Portanto, temos: 2x-a= 3b 2x=8b+aaxs bea Assim: V = ra 70 \/4) Rosolva a equagdo: ax-x = 3a +2 Solugao Observando que: ax — x = (a— 1)x, temos: ox=x=3at2e(a—1)k=3a+2 ; Neste ponto consideraremos duas possibilidades: primeiro a — 1 # 0 e depois a-1=0 1°) paraa— 10, temos: 3a+2 (a-1)xX =3a+2 X= a Ve (2 7} a-1 2°) para a — 1 = 0, teremos a = 1 e portanto a equacao dada transforma-se em: Ox = 3(1) +2 O-x=5 que obviamente nao tem solugao. Portanto, a resposta do exercicio deve ser: para a—1#0, temos: v= {2421 paraa-1=0, temos: V=8 4,27) Resolva a equacdo ax — x = a4 Solugao ax-x=a-1o(a-1)x=a'-1 Consideremos duas possibilidades: 1°) paraa—1#0, vem: es ola eMa-d 2x=atl a-1 (a-1)x=a?-1x 2°) paraa-1=0, vem a=1 ea equagao (a~1)x = a?-1 transforma-se em: 0: x = 0 que obviamente é verdadeira para todo x. Assim, a resposta é: {para a—140,V={at+}} para a-1=0,V=R 28) Resolva a equagdo ax-x=b-3 Solugao ax-x=b-3a(a-1)x=b-3 7 1?) paraa-—10, isto é, para: a1, temos: (a—x=b-3 x= 273 a-1 2°) paraa—1=0 e b-3=0, isto é&, paraa=1eb=3 a equacao: (a-1)x =b-3 transforma-se em: Ox = 0 eportanto V=R 3°) para a-1=0e b-3 #0, isto 6, paraa=1eb+3, aequacao: (a-1)x =b-3 transforma-se em: Ox =b-3 (com b-3 #0) que, obviamente, é uma equacdo impossivel Portanto, a nossa resposta é b-3 para az, v={e=3 para a=1eb#3, V=@m para a=1,eb=3, V=R Exercicios Propostos 3.29) Resolva as equacées: a) 4x-a=-x+b c) ax-x=4a+1 b) ax-5=2x+10 d) 3x-8 = 2b+ax 3.8 — SISTEMAS DE EQUAGOES Um sistema de equagées é uma sentenca aberta molecular, onde os atomos so ligados pelos conectivos ~ ou v. Exemplos a) Asentenca aberta molecular “4x — 2y = 7 vx + 2y = 1”é um sistema de equacées, que costuma ser escrito também do seguinte modo: 4x-2y=7 v xX+2y=1 b) A sentenca aberta molecular "x® - 3y = 9 4 4x + y = 10” 6 um sistema de equagées que pode também ser escrito assim: 72 x? By =9 w 4x+y=10 Quando 6 omitido o conectivo, admite-se que é 0 conectivo ~. Assim, por exemplo, se encontrarmos o sistema: 4x? -3y =9 5x+9y=1 admitiremos que se trata de “4x” — 3y = 9 , 5x + 9y = 1" No caso em que o conectivo é ~ costuma-se dizer que se trata de um “sistema de equagdes simultaneas”, que é o caso que nos interessa neste livro. O estudo dos sistemas de equagées em que o conectivo é v e um tanto trials complicado e é feito com auxilio dos graficos no nosso volume de Geometria Analitica, desta mesma colegao. 5,9 - SISTEMAS DE EQUAGOES LINEARES SIMULTANEAS Uma equagao da forma QixX1 + A2xX2 + Asx3 +... + AnXn = b chama-se equagao linear. Aqui, a1, a2, a3, .. . , an @ D Sao nUmeros reais & x41, Xa, Xyy.. Xn S40 as variaveis. Note que, numa equacao linear, cada termo contém uma incdgnita elevada fo expoente um, Exemplo As equagées “4x — 3y = 1" e "3x — Sy + 10z = 8” sao equagées lineares. Contra-exemplo A _equagao Hay? 9y = 2” no é linear, pois temos a incégnita x elevada a expoente dois. A equacao "Soy =7” também nao é linear, pois Sasucte vemos ent&o que o expoente de x 6-1. Vamos estudar, neste item, sistemas de equagdes simultaneas em que as equagdes s&o lineares, ou possam ser reduzidas a equacées lineares. De inicio vamos considerar casos em que as equacées tém apenas duas incognitas. Ha varios métodos para resolver tais sistemas, porém, no momento, veremos apenas 0 “método de substituigao” e o "método de adicao”. Método de Substituigao Em primeiro lugar escolhemos uma equagéo e na equacaéo escolhida “\solamos” uma das incdégnitas para em seguida substituir na outra equagao. 73 Capitulo Inequagées 4.1 - PROPRIEDADES Isto significa que podemos somar (ou subtrair) um mesmo numero aos dois lombros da desigualdace a > b sem alterar seu ‘valor de verdade”. ‘Assim, por exemplo, a sentenca verdadeira 7 > 2 continua verdadeira se larmos o numero § aos dois membros: 7+5>2+5. Esta propriedade permite "passar" um numero de um lado para outro da igualdade desde que troquemos o sinal do numero. mplos a) Consideremos a desigualdade x - 4 > §. Somemos 0 numero 4 aos dois membros. x-444>544 x>5+4 Em resumo:x-4>5a>x>5+4 b) Seja a desigualdade x + 2 < 7. Vamos subtrair dos dois membros © numero 2: x#2-2<7-2 x<7-2 isto 6: X42< 7 OxX<7-2ExK<5 vaeR voeR vee R) Esta propriedade nos diz que podemos multiplicar (ou dividir) os dois bros de uma desigualdade por um ntimero positivo, sem alterar seu valor de verdade. fxemplos fa) A desigualdade 5 > 2 € verdadeira, Se multiplicarmos os dois membros por 7 (por exemplo) obteremos a sentenca 35 > 14, que ainda € verdadeira. 93, b) A desiqualdade 7 > 12 € falsa. Se multiplicarmos os dois membros pelo huimero 2 obteremos a sentenga 14 > 24, que ainda é falsa. 0) &x< 12 Re Beoxea d) -4x < 20 < 5(-4x) < 5(20) -20x < 100 e) 4x2 200 %2 20 a x25 et VvxeR! Esta propriedade nos diz que, se multiplicarmos ou dividirmos os dois membros da desigualdade a > b por um numero negativo, devemos inverter seu sentido para manter seu “valor de verdade”. Exemplos a) Consideremos a sentenga 2 > 1, que ¢ verdadeira +++ +—+— 4 -R 6 5 4 3 2 94 2 Se multiplicarmos os dois membros pelo numero negativo ~3, devemos inverter 0 sentido da desigualdade: (-3)(2) < -3) (1) ~6<-3 b) 3>=1 © (-2)(3) < -2)+1) 2-6 <2 ©) 2 <5 es (-1)(2) > (16) 2-2 > -5 d) 202-40 a speo-ts2 4x _ 20 e) “4x2 20 TS s eoxs-6 A) < 20. (-1)(-%) > (1X20) @ x > -20 4.2 — INEQUAGOES DO PRIMEIRO GRAU Uma inequagao do primeiro grau ¢ aquela que pode ser reduzida a forma: Bx #50 (onde a #0) Uma das maneiras de resolver uma inequacdo desse tipo é fazer uso das. propriedades da desigualdade e proceder de modo semelhante ao desenvolvido na resoluc&o de uma equagao do primeiro grau. Exemplo Vamos resolver a inequag&o 4x ~ 3 > 0. Em primeiro lugar, passamos -3 para o lado direito, baseados na propriedade P; 4x-3> 0 4x>3 94 Im seguida dividimos os dois membros por 4: Ax>3@ Portanto, 0 conjunto-verdade 6: vafrerix> Zh Exercicios Resolvidos 4.1) Resolver as inequagées: a) 3x-12>0 b) -2x+14<0 Solugao a) ax12>0e 2 93x> 12 ax> Beoxnd Va(KeR[x> 4) =]4 tof -2) -2x414 <0. 2x <-14 9 > 2 V=lT tof 14 b) ex>7 4.2) Resolva as inequacdes. a) Sx +15 3x42 Solugdo -8) a) -8x+1<0x +2 e>-Sx-3x52-1o-exs TOT 4 v-[-finel b) Neste caso 0 mme dos denominadores ¢ 12. Multiplicando todos os termos por 12, temos: 42(3x) - 3(x- 2) < 2(1- 2x) 36x - ax +6 <2 —4x 37x <-4 95 4.3) 4.4) 96 Resolva as inequagdes: a) &- 3) >0 e) (x-3>0 b) (x-3)f20 (x- 320 co) (x-3)'<0 Q) &= syi 0a x-3400x43 2 V=\& eR |x#3}=R-(3} Levando em conta a discusséio no item @ concluimos que a sentenga (x—3)" > 0 verdadeira para qualquer valor real de x: VER © resultado de (x - 3)* nunca poderé ser negativo e portanto, neste caso, temos: b °) 4.6) veo Como (x - 3)* nao pode ser negativo, temos: (x-3)'s0@x-3=0ex=3 V= (3) dq) A poténcia {x - 3)’ tem expoente impar ¢ portanto o sinal de (x - 3)’ 6 0 mesmo sinal da base x- 3 Assim: 2 (x3) > 0 x-3>08x>3 = 3; +00f, 3200x23 V=[3; +00, g) (%-3)' 0A3x-27<0 b) 2x-6>0v3x-27<0 Solucao a) Seja S: 0 conjunto-solugdo de 2x- 6 > 0 2x-6> 0 X>6ExX>3 $1 = 13; +20 sia Seja S2 0 conjunto-solugao de 3x - 27 <0 3x -27<03x<27 Ox<9 Sp = +o! Of Sendo $ 0 conjunto-solug&o do sistema, temos: S=S:082 13; 9[ouS = kK eR|30 2x+8>0 Solugdo Quando néo 6 mencionado © coneetivo, vale a mesma convengao que fizemos no caso de sistemas de equacées: admitimos que se trata do conectivo ~. Quando 0 conectivo é » dizemos também que se trata de um sistema de inequagdes simultneas. Seja S; 0 conjunto-solugao de ~4x + 12> 0 MAX +12 > 0 9 Ax > 12 2X <3 1. S1 = Ho; ZL Seja S2 0 conjunto-solugao de 2x +8 > 0 2x+B> 0 2x>-BaOKr>—4-. S2=]}4; of Sendo $ 0 conjunto-solug&o do sistema, temos: S = S1 > Sz S=eR|-4-2 Sp =]-2;0f $= S10 S22 +2; 4[= Ke R[-2 8 <-2x<4e 3 > k> 4 A> xr 2a 2 St. Portanto, a resposta é: moat 22 Determine os valores m tais que a equacdo 4x” — 5x + (2m - 1) = 0 admita duas raizes reais e distintas. Solugao A=41-32m Para satisfazer a condig&o do problema, impomos 4 > 0 441 A> 041 -32m>0a>m<3> Determine m de modo que a equagdo: 4x* — 5x + (2m ~ 1) = 0 admita duas raizes reais e iguais. Solugdo A=41-32m Para satisfazer a condi¢&o pedida, devemos ter A= 0 -) 41 —32m= a, \ = 04941 -32m= 0 m=35 | 10) Determine m de modo que a equagao: 4x’ — 5x + (2m - 1) = 0 admita raizes reais: Solugao Neste caso nao foi esclarecido se as raizes s&o distintas ou iguais. Assim, devemos ter A>0 a1 Az0e41-32m20@ Ms Eixercicios Propostos 4.11) Resolva as inequacgées: a) x-5>0 d) 3x-20 4x42<0 4x+30 eon -3x+12<0 » ¥ 5x+28<0 3x-45<0 c) -2<6-9x<8 4.13) Determine os valores de k na equagao: 6x? - 7x - (3k - 1) = 0, de modo que: a) a equacao admita duas raizes reais e distintas b) a equacao admita duas raizes reais e iguais c) a equacdo admita raizes reais d) aequacao nao admita raizes reais 4.3 - SINAIS DE ax + b Consideremos © binémio ax + b, onde x € a variavel, a 8” eb ¢ R, O valor numérico do binémio poderé ser positive, negativo ou nulo, dependendo do valor atribuide a x. Exemplo Consideremos 0 bindmio 2x — 12. Para x = 7, 0 bindmio tem valor numérico positive: 2x-12= 14-12=2 99 Para x = 3, temos 2x - 12 = 6 - 12 = -6, isto 6, para x = 3, 0 binémio tem valor numérico negativo Para x = 6, temos 2x ~ 12 = 0, isto 6, para: x = 6, 0 valor numérico do bindmio é igual a zero. Diremos que o numero 6 é a raiz do binémio 2x ~ 12. De modo geral, 0 ntimero que, substituido no lugar de x, dé valor numérico nulo é chamado de raiz do binémio. Exemplos a) Araiz do bindmio: 2x - 14 & 7, pois para x = 7, temos 2x~ 14 = 0. b) A raiz de -3x - 12 6-4, pois para x = -4, temos ~3x - 12 = 0. Determinemos a raiz x’ do bindmio ax + b (onde a #0) -» ax+b=Ocax=bo x= Portanto: x Pode-se verificar que: 4°) Para valores de x maiores de x’, o sinal de ax + b 6 o mesmo de a. 2°) Para valores de x menores que x’, o sinal de ax + b é contrario ao de a. Isto pode ser resumido na seguinte tabela: m/a significa "o mesmo sinal de a" ones ioe significa "sinal contrario ao de a" x ies a>0,a tabela é “ 0 = (x) Sea <0, a tabela é x * 0 ~ (x) Exemplo Fagamos o estudo do binémio 2x - 10, Para tanto, em primeiro lugar determinamos a raiz do binémio: 2x= 1020. 2x= 10 x=5 Temos: =2,isto 6, a>0 Assim a tabela de sinais é: 5 a a 0 oy Esta tabela nos informa que: a) para x=5, o valor numérico do binémio é igual a zero 100 5) para x < 5, 0 valor numérico do binémio € negativo ©) para x > 5, 0 valor numérico do binémio é positivo Fxomplo Consideremos 0 binémio -3x + 12. Determinemos sua raiz: -3x+12=0-3x=-12 x= 4 a=-3, isto éa<0 xa4 A tabela de sinais é: 4 ae = 0 (x) Este quadro nos informa que: a) para x = 4, temos -3x + 12=0 b) para x > 4, 0 valor numérico de ~3x + 12 6 negativo ©) para x < 4, 0 valor numérico de ~3x + 12 é positive Exomplo O estudo de sinais nos dé um outro processo para resolver inequacdes do primeiro grau. Assim, por exemplo, se quisetmos resolver a inequag3o ~3x + 12 > 0, fazemos primeiramente o estudo do bindmio ~3x + 12 (ver exemplo anterior). 4 fe cae * 0 &) Da tabela percebemos que -3x + 12 > 0 para x < 4 e portanto 0 conjunto- solugdo de -3x + 12> 0S ={xeR|x< 4). Este processo nao 6 0 mais rapido neste caso, mas é essencial para resolver alguns tipos de inequagdes que virso adiante. Podemos justificar os fatos mencionados acima através do teorema a seguir. Toorema Consideremos 0 binémio: ax + b, onde a « R* eb & R. Seja x' a raiz do bindmio, Temos entao: Domonstragao Vamos dividir a demonstragao em duas partes: yard Lembrando que x" = 2 temos 101 xox'exs Le ax> be ax+b>0 (omesmo sinal de a) a xexteox<-P eax <-boax4b <0 (sinal contrario de a) a aya<0 xo xies xs Le ax<-b& ax+b <0 (o mesmo sinal de a) a xextex<-P es ax>-b oax+b>0 (sinal contrario de a) a Exercicios Resolvidos =8<0 4.14) Resolva a inequagao & Solugao Em primeiro lugar, devemos impor ~3x - 6 #0, isto, x #-2. Vamos agora fazer separadamente 0 estudo dos sinais do numerador (N) do denominador (D): N=2x-8 D=-3x-6 4.18) Oex=4 -3x-6= 00x 4 =3 = = e ¥ % a “§ = \«) Em seguida reunimos 0 estudo feito dos sinais de: N= 2x-8e D =-3x—6 em uma Unica tabela, para obtermos os sinals de 2x-8 Atabela nos da: oy paren =, s 6 negativa 102 Wy) para2 4, \ 6 negative. As “bolinhas’ servem para indicar as ralzes das expressdes e estamos usando o simbolo ® para indicar que a expresso no esta definida. Assim para x = — 2, a expresséo x nao esté definida, pois -2 anula o denominador. Como queremos 8 F Ferg <0 2 conlunto-solugso ¢: S= (ke R[x <-20ux> 4} 2x-8 < Bye <0) deveriamos acrescentar ao conjunto-solugéo anterior os valores que anulam a expresso. Mas para anular a expressdo devemos anular o numerador, isto 2x-8 =3x-6 Se 0 problema pedisse para resolver @ inequacao soe 6, fazer x = 4. Assim, 0 conjunto-solugéo de S= {x eR|x<-20ux2 4} Resolva a inequagao (x ~ 5) (3x ~ 9) (-2x + 8) <0 Solugao Vamos primeiramente fazer 0 estudo dos sinais de cada fator A=x-5 B= 3x-9 = -2x+8 X-5=0GXx=5 3x95 0x53 -2x+8=0ex=4 5 3 4 = 6 + &® =o * & i a) Em seguida reunimos tudo numa unica tabela: 103 4.16) 104 Queremos (x - §) (3x ~ 9) (-2x + 8) < 0, isto €, ABC <0 Portanto S=(eeR|35} . x Resolva a inequagéo 5 > 3 Solugao Vamos reduzir os dois termos 20 mesmo denominador (0 mme é igual a x-2): X_, Ax=2) x-27 xX-2 ‘Antes de continuarmos, observe que neste caso nao podemos “desprezar” o mme x2. Isto porque desprezar o minimo é equivalente a multiplicar todos os termos por x - 2 @ néo sabemos se x ~ 2 € positivo ou negativo @ portanto no saberemos se devemos manter ou inverter o sentido da desigualdade. Quando o mme é um numero positive nao ha problema em “desprezé-lo” (como fizemos, por exemplo, no exercicio 4.2). Assim, sempre que em uma inequacdo houver denominador com variavel, devemos manter 0 mme. Continuemos agora com a resolugéo da inequacao. Supondo x ~ 2 #0 temos: x, 3{x-2) _3(x-2) ret ae X=9K=2) N=-2x+6 D=x-2 -2x+6 Como queremos 2X4 > 0, 0 conjunto-solugéo €: S= (ke R|2 - — x A B ¢ AB Cc x(2x=14) Para 22X18) <0, devemos ter 7 Para X2X=14) _ 9, devemos ter x= 0. 0ux= 7, xe 15 Assim, 0 conjunto-solucéo & $= \ eR] 0sx<50ux27} Exorcicios Propostos 4.18) Resolva as inequagdes: 4x +16 (x=2)(2x+8) - 8) xe ° xe |= b) (+7) @x~1) (4x +2) 20 d) ze 419) Resolva o sistema x+3 |x+3<0 lx-5-95.0 | on) D8 0 conjunto-verdade de 0s = <4. : x2 <4 105 4,4-= SINAIS DE ax’ + bx +¢ Consideremos 0 trindmio do segundo grau ax” + bx + c, onde a, be ¢ sao reais com a#0. O valor numérico desse trinémio podera ser positivo, negative ou nulo, dependendo do valor atribuido a x. Os valores que, substituides no lugar de x, Gao valor numérico nulo so as raizes do trindmio, isto &, as raizes do trindmio ax’ + bx + ¢ S40 as raizes da equagao ax’ + bx +c = 0 ‘Queremos fazer o estudo dos sinais de ax’ + bx + c © para tanto procederemos como no caso do binémio ax + b: primeiro apresentaremos as conclusées e depois faremos as demonstragées dessas conclusdes. Devernos considerar trés casos 4°) Suponhamos A> 0. Neste caso 0 trindmio admite duas raizes reais © distintas, x'e x", ea tabela de sinais do trindmio e Esta tabela nos diz que: — para x situado entre as raizes (x' < x x"), 0 sinal do trindmio 6 o mesmo de a. 2) Suponhamos agora A = 0. Neste caso 0 trindmio tem duas raizes reals & iguais (x' = x") e a tabela de sinais Esta tabela nos informa que, para qualquer valor de x diferente da raiz (x), 0 valor numérico do trinémio tem o mesmo sinal de a 3) Suponhamos A < 0. Neste caso, 0 trindmio nao tem raizes reais © a tabela de sinais é: isto 6, para qualquer valor de x, 0 valor numérico do tringmio tera 0 mesmo sinal de a. Em resumo, temos: emplos 4) Consideremos 0 trinémio x° - 5x + 6 i =al b=-5 A= b?—dac = (-5)?- 4(1)(6) = 1 lc=6 Neste caso A> 0 ¢ 0 trindmio tem duas raizes reais e distintas: _cbtVaA _ 544 2a 2 @ como a> 0, a tabela de sinais ¢: 2 3 e- %. 0 + ®) De acordo com esse quadro, temos: = parax<2,x°-5x+6>0 — para23,x°-5x+6>0 Assim, se nos pedissem para resolvermos a inequacao ¥ -5x+6>0, dariamos 0 seguinte conjunto-verdade: V={xeRIx<20ux>3} Se nos pedissem para resolvermos a inequagéo x* - 5x + 6 < 0, dariamos 0 seguinte conjunto-verdade: ' Ve (Ke R[20 Portanto, a tabela de sinais ¢: | 3 ‘* 6 + (x) Vemos entéo que o valor numérico do trindmio positive para qualquer valor de xiferente de = Se nos pedissem para resolvermos a inequagéo 9x* — 24x + 16 > 0, darlamos 0 conjunto-verdade: af 107 Se nos pedissem para resolvermos a inequacdo 9x” — 24x + 16 < 0, 0 conjunto-verdade seria v=o pois a tabela de sinais nos informa que o valor numérico do trindmio nunca seré negativo. ©) Seja o trindmio -3x? + 2x-5. A=b?—4ac = 2° - 4(-3) (-5) = -66 Temos aqui A <0 a <0. Portanto, 0 quadro de sinais 6: &) isto 6, 0 trinémio sera negativo para qualquer valor de x. Assim, podemos dizer que: ~ 0 conjunto-solugéo da inequagdo -3x" + 2x-5<0ES=R. — 0 conjunto-solugao da inequagao ~3x" + 2x-5 >06V=D. Nos trés teoremas a seguir vamos justificar o que dissemos acima. Para facilitar a notaco, representaremos o trindmio ax’ + bx + ¢ por y. Teorema Demonstragao Lembremos que o trinémio pode ser fatorado do seguinte modo: y sax? + bx +0 =a(x-xx-x") Portanto: ¥ = (x — x) («- x") 108 zt: — Suponhamos x < x’, Neste caso teremos também: x < x" € portanto as duas diferencas x- x’ e x- x" sero negativas. Assim, o produto (x — x’) (x — x") sera positivo, 0 que significa que £ > 0. Mas, se zt > 0, podemos garantir que y e a tem o mesmo sinal. Suponhamos x > x’, Neste caso também teremos x > x’ ¢ portanto as diferengas x - x! e x—x" x sero ambas positivas, 0 que significa que © produto (x — x’) (x— x") ser positive. Assim, temos novamente x > 0 e portanto y ea tem o mesmo sinal. — Suponhamos agora x’ < x < x. Neste caso teremos: x -x' > Oe xx" <0. Assim 0 produto: (x — x’) (x-x") x x x seré negative, 0 mesmo acontecendo com 2. Mas se X<0, yea tém sinais contrarios. Teorema Demonstragao Y ahexy ox" = HK) K2') [“, vem: x =(x-x)? Para qualquer valor de x diferente de x', a expressdo: (x — x')? sera positiva e Mas como x’ portanto x > 0. Dal concluimos que y e a tem o mesmo sinal. Teorema Seg ey ee Cosby) SE DIS GI mes Demonstragao Neste caso 0 trinémio nao tem raizes reais e assim sendo no usaremos y= a(x—x) K—x') Facamos ent&o 0 seguinte: sax? abxtocalx@+Pxs2laal x@4Px 42, |. y z aa a ote} eB) {eal C2} 109 Sos Cates =o Wee Podemos entdo escrever: (x 2) a Como estamos supondo A < 0, temos ge? e, como consequencia, pare ha , 2 by_A ae y I - (x42) -A, 0. Isto signifies L sera qualquer valor real de x, teremos: (+2) £p>0. Isto sini a que % ser sempre positive e portanto y € a tém o mesmo sinal. Observagso: Conforme vimos, podemos escrever a = | (com a #0) a’ ss asmvend (er) ~Z 2 A owesioal (xr) -2| & chamada de forma candnica do 2a} aa tringmio do segundo grau & ser usada novamente no capitulo 6 desde livro. 4.5 - \NEQUACGOES DO SEGUNDO GRAU Inequagdes do segundo grat S80 inequagbes que podem ser reduzidas @ uma das seguintes formas — az0 onde: |x é a variavel abec sao constante Para resolvermos inequagoes do segundo 97eu, fazemos uso do estudo que fizemos do trindmio do segundo grav Exercicios Resolvidos 4.21) Resolva as inequacdes: a) 4x4 1270 b) -C-4x+12<0 e) 4x4 1220 d) 42 -20x +25 >0 e) 4° -20x + 2520 f) 4x2-20x +25 <0 g) 4x2- 20x + 25 <0 hy) 2+ 3x-7<0 i) + 3x-770 i) xP 110 Solugao ,) Vamos, em primeiro lugar, determinar as raizes do trindmio y = -«" — 4x + 12 oom seguida fazer o estudo de seu sinal: x2 ax + 12 = 0 x= 6 OUX TZ a=-tistoé a<0 x a aay da a) = %) Portanto 0 trinémio assume valores numericos positives para situado entre -6 e 2 Vee R|-6 2} o) V= (ke R[x 6 ¥ x22} d) y= 4x — 20x + 25 20)? -4(4)(25) =0 -ptva _ 20 _20_5 Qa) 82 isto €, a>0 5 2 : & —— a ma 0 ma ®) + + Portanto, 0 conjunto-verdade de 4x — 20x + 25>0€ vefrenixeS}=R- e) Aproveitando 0 estudo do item d temos: VER. f) Trata-se do mesmo trinémio do item d. Agora queremos: y<0,oquea tabela de sinais diz ser impossivel. Assim: V = @. g) Eo mesmo trindmio do exercicio d, 0 qual nunca sera negativo, mas poderd ser nulo, Assim, 0 conjunte-verdade dey s0é é hy y=-X #3K-7 411 A=b?—4ac = 3?- 4(-1) (-7) = 9-28 =-19 Temos ent&o, A<0ea <0. et mia 9) * 7 7 (x) portanto: V=R i) E © mesmo trinémio do exercicio h, © qual seré sempre negativo. Portanto, o conjunto-verdade de -x* + 3x-7 > 0é: 4,23) Resolva VE® i) 7 4ax%-4>0 a>0 A=b?—4ac = 16 x 7-40 x=42 yaad 2 2 a ree eee eearean? mia cla mia () + = + &) portanto: V = {x « R| x<—2o0ux> 2} if t 4.22) Resolva 2 inequagao solugae Em primeiro lugar estudaremos o sinal de cada termo. Ask 4x43 Bax-4 -AXt3=0OxX=10Ux=3 |X -4=0 x= 22 1 3 —2 2 tease te eZ = + ¥ = ¥ Cex +8x-8 D=x-5 we +6x-8=0x=20ux=4 | x-5=0ex=5 2 4 5 —_—_—t He _—_— HT > = + = = + Repare que este termo é do 1° grau Regumindo numa tinica tabela 112 Temos entao: Ve {xe RIxs-20u1 > +5 113 r a £ od i = o 6 3 3 + A + + # Si * ra B + + + - mae we c + + + + = ni D + + ~ = - + Portanto: Va ter|-soxstty 8 cx cavx=-s) 4.24) Determine o valor de k de modo que a equagéo 4x — kx + 9 = 0 admita duas ralzes reais e distintas, Solugao Devemos ter A> 0 A=(-k)? -4(4)(9) =k? 144 Portanto, devemos ter k? - 144 > 0 Para resolvermos esta inequagao achamos em primeiro lugar as raizes de K-14, 144 = 0 k= 144 ok = 412 —12 12 (&) Como queremos k* — 144 > 0, devemos ter: k<—12 ouk>12 4,25) Resolva a inequac&o x* — 13x? + 36 <0 Solugao Em primeiro lugar fatoramos a expressao x* — 13x? + 36, como vimos no capitulo 3. x! ~ 13x? + 36 = (x? - 4)(x?- 9) 13x? + 36 <0 «s(x? ~ 4)(x- 9) <0 Assim, 114 A=e-4 Bex =9 X-4=0ax=t2 ¥-9=0@x=43 =e 2 3 63 —sees FA ye Assim: V = (« e R[-33} 4.0/), Determine o valor de k de modo que a sentenga aberta x" ~ kx + (k + 15) > 0 neja verdadeira para qualquer valor de x © R. 115 Soe i ‘vlo \o Conjunto dos valores de x que nos servem, temos: - Queremos que o trindmio x° ~ kx + (k + 15) seja sempre positivo, isto 6, A=VinVe gueremos que tenha sempre o mesmo sinal de a (observe que a = 1) ; aed Portanto, devemos impor A <0 » We R[X<-3 ou-3 < x8 0} ant -3 0 -k A=b? dae =(-k)?—4(1)(k +18) =? 4k 60 Sar a= ry c=k+15 My a , pecs aL ot a Devemos entdo resolver a inequagao k* ~ 4k — 60 < 0. As raizes de k* — 4k - 60. Va : ; séo 6 e 10, V,NV> ————} 1 ! Assim, devemos ter -6 < k < 10 10 +) 4.28) Determine os valores de k de modo que a inequag&o: (k + 3)x? + kx + 1> 0. soja satisfeita para qualquer valor real de x (supor k + -3) fl¢lo8 Propostos }10) Resolva as inequagbes: ; a) i 8<0 i Coee a b) 7x-8<0 k) ax+6< be 0) X%-7x-8>0 l) = 4x+6<0 as d) 4-820 meee B0 n) x? + 5x-6> b=k = A=b?—dac =k? —4(k +3) =k? —4k-12 a x -et970 3 Baio ~ 9) 7-6x4+9<0 p) -x°>-4x Para que o trinémio (k + 3)x? + kx + 1 seja sempre positive, devemos ter h) @-6x4+9<0 @) 4x°- 7x <1 + &x a>0eA<0. I) P-4x46<0 fa>dak+3>0 Bwnt te 8 A<0ok?-4k-12<0 401) Resolva as inequagt fa) 3(2x—3)* > 4x(2x -9) + 43 © conjunto-verdade dek +3>06V,={keRIk>-3} O conjunto-verdade de k?—4k ~12 <0 € Vp ={k eR |-2 0 € x — 9 + 0, Neste caso, 0 valor Oi goa pane numérico da expresséo x’ — 4 n&o importa. Sendo V; 0 conjunto-verdade de =x 2 0, temos: \) Resolva os sistemas: = (eR xX<0} ae “x42 x48 < Seja V2 0 conjunto-verdade de: x°- 9 + 0. 2 b) 42x-7 920 ox48exe-3 XP-TX41220 (x? ~8x-44)(x? -2x-3) <0 116 417 4,35) Determine o valor de p de modo que a equagao 2x” — 2(p - 1)x + Sp = 0 nto admita raizes reais. ‘modo geral, a implicag&o a = b > a b? é verdadeira para quaisquer a |, snouino negatives). No entanto, a implicagao "g? = b’ => a =b" 50 é valida para | sy pnilivos ou nulos (0 que € tessaltado no exemplo a seguir). Por isso a sjpivaldnola a = b > & =? 6 valida desde que a ¢ b pertengam a Re. 4.38) Determine 0 conjunto formado por todos os valores de k de modo que @ ‘expresso (k — 8)x + (k — 1)x — 1 seja negativa para qualquer valor de x (suponha k # 8). Beainiplo A sontenca (-3)? = (3) € verdadeira, no entanto a sentenga -3 = 3 ¢ falsa junto a sentenga (-3)" = 3* = -3 = 3 falsa 4.37) Determine o conjunto de todos os valores reais de x para os quais (C4 vx, v 5x+ expressao resulta um numero real. Ps [2 VabeR Noste caso nao € necessario que a € b sejam positives (ou nulos). De modo geral, a sentenca "a = b <> a" = b™ é verdadeira para quaisquer a ) desde que n seja Impar. Quando n é par e diferente de zero a sentenca s6 Ii pora ae b pertencentes a Rs. Assim temos as propriedades Ps © Pro! tural é. 4.6 - PROPRIEDADES _ Neste item lembraremos mais algumas propriedades dos nimeros reals ql sero Uteis na andlise de outros tipos de equagdes e inequagdes P, BSBABSES asc] vabcer va,b,c,deR para a desigualdade, ha propriedades andlogas a Pz, Ps, Po € Pro, que s€0 Esta propriedade nos diz que podemos somar membro a membro iM propriedades Prs @ Pra desigualdades de mesmo sentido. Pus Exemplo iz @ pa S+7>24+4 T>4 Pro fxomplos va,b,cdeR, a) a>besa’>b?, Va,beR b) a>boa>bi vabeR ©) Asentenga 3 > 2 6 verdadeira e no entanto a sentenga 3° > 2° é falsa Dai a necessidade de se impor n # 0 (n e N*) na propriedade P12 __ Esta propriedade nos diz que podemos multiplicar membro a membro desigualdades de mesmo sentido desde que todos os membros sejam positives (ou aiguns nulos). Exemplo fixercicios Resolvidos 4>3 e }=54(5) > 3(2) 4.38) Sendo a e b numeros reais positives quaisquer, demonstre que: 5>2 a) a>b=a™>b" (ne N*) b) a> b’>a>b (ne N) Va, beR, o) a>bea™>b” (ne N*) 118 119 Solugao )) a> beard aa 0) a>beae>b® 7 a>b ) a>baa’>p® a) Temos que: n desigualdades. 4) a >b®=>a>b {a>0,b>0) es h) a>bera®>b® (a> 0, b>0) l) a>b=val>b" Pela propriedade Ps podemos multiicar membro a membro essas ) al>b’=>arb desigualdades obtendo: k) a>bea>b! a-8...8>b-b.ub a : Tiss 441) Considere os numeros reais a, b, x, y, 2, tais que: isto é, a"> b' a>b.x>yebty>z. b) Temos, por hipétese, a” > b°, Suponhamos, provisoriamente, que a2ab b) a® +b? 40? 2 ab + act be a" b"), Portanto, |), Dados dois nimeros reais a e b, sua média artmética & definida por 25° supor @ s b nos leva a um absurdo e assim a b deve ser verdadeira. Supondo que a bea">b" aritmética de dois ntimeros distintos esta entre eles na reta, isto 6, esté no “meio”. 4,39) Mostre que /2+J/7 Note que demonstrar esse fato ¢ equivalente a demonstrar que a média oo 14 < VIB 14 <18 geométrica positiva de dois numeros reais distintos ¢ ndo-negativos esta Como esta utima sentenca & obviamente verdadeira, também o 6 a primeira “entra eles’ na reta, Isto é, asta “no meio" sentenga 0 a ab b Exercicios Propostos Obs.: Alguns autores definem a média geométrica apenas porm = Jab 4.40) cet a, B © ¢ nimeros reais quaisquer, dé 0 valor ‘verdedeiro" ou “falso" 4.46) Consideremos dois numeros reais ae b néo-nulos. Sua média harménica 6 a) a>besac>be b) a>besact> be? leah 82.0) igual a . Para o caso om que: 0 b=a®> pe 120 121 4.47) Consideremos dois numeros reais positivos e distintos a e b. Sejam: 2ab as arb

0 a 2ab b , are |) jnodulo de x" pode ser chamado também de ‘valor absoluto de x". ho Goométrica Habenos que o ntimero real x esta associado a um ponto da reta, Podemos Yepielas 0 mddulo de x como sendo a distancia do ponto que representa x ao penile que representa o numero 0. Watarn média aritmética de ae b média geométrica positiva de ae b média harménica de ae b Prove que: mn < mg < ma Beenploe 4.7 ~ MODULO 4) No esquema abaixo © ntimero real 3 esté associado ao ponto A. O inddullo de 3 ¢ igual a distancia entre A e 0. Definigao O38 A Consideremos um numero real x. O médulo de x € um nimero representado por |x| e obtido do seguinte modo: 401234 1°) Se x € positive ou nulo, o seu médulo é ele mesmo. [3f=3 122 |) No esquema abaixo, o nimero real -3 est associado ao ponto B. O iidulo de -3 é igual a distancia entre B e 0. B 3 0 am Exemplos a) O médulo de +5 ¢ igual a +5, isto 6, [+5] b) Omédulo de 7, é igual a 7, isto é, |7| =7 ©) Omédulo de 08 igual a 0, isto 6, JO] = 0 4-3-2-101234 2°) Se x é negativo, o seu médulo é obtido trocando o seu sinal. Alyuinas Propriedades Exemplos Sendo xe y nimeros reais quaisquer, temos: a) O médulo de -5 é 45, isto 6, |-5| = +5 b) O médulo de -7 € +7, isto 6, |-7| = +7 o) -8|=+8 a) [+8] =|-8| = +8 Exemplos 5 sex STs ~ ‘As propriedades acima s&o todas imediatas; no entanto, a propriedade Me Ix : |-3| = +3 = -(-3) = +(x) ‘rece um comentario. Suponhamos por exemplo x = 5. Temos: isto 6, |x| = -x iF =F ~ 1B 5-5 c) De modo geral temos: para x <0, |x| = d) Se x= 0 tanto faz dizer que |x| = x como Suponhamos agora x = -5: bx] =x, pois +0 =-0 ie = CSP = VIB =5=|-5] Da definig&o decorre que |x| nunca é negativo, isto é, Wx, Ix] 20 fF sereicios Resolvidos A definigéo de médulo pode ser dada de modo mais formal: 14) Caleule: 1) (5-2) f) F21 +15) 123 4,49) 4.50) 124 g} |3-5| + [2-11] h) 4+3/2-9|-[-6) j) 4+|5~31] d) [-2 + 5] e) [2 +5] Solugéo an) g) [3-5] + [2-11] = |-2]+|-9]=2+9=11 hy 443 ]2-9|-|-8|=4 +3 -7|-(6) = 4+ 9(7)-5 =4+21-5=20 i) 4+|5-3)|=|4+[2||=|4+ 21-6 Dé 0 valor verdadeiro ou falso: a) |4-7|=|7-4| b) [4+ 5] = 4) + [5] ©) (+3) + (-8)| = |-3] + |-8) ) [K-3) + (8) = |-3] + 18) © 4|_ [4 , I ig f) 14) (5)1 = 141 - 181 g) x-3<0=x-3)=-x+3 h) 2x4+420= [2x+4]=2x+4 i) WS-vi]=V7-V8 Solugdo a) Vv Vv eV a) V Vv ) Vv d) F hv h) Vv Resolva as equacées: a) |x|=4 b) X/=0 ©) Wl=-5 Solugao a) Sabemos que |4| = 4 |-4] = 4. Portanto, os valores que satisfazem a equaco |x| = 4820 4 € -4, isto 6, i =4ex=40ux=—4 Vict 6) © Unico numero real que tem médulo igual a zero é o préprio zero. Portanto: kl =0ex=0 V= {0} c) O médulo de um nimero real n3o pode ser negative e portanto a equacdo |x| = -5 nao tem solugdo. Vee jun Propostos 1 aloule: #) | =3) d) (8) +2-(8}] Wy 1-71 e) |Is1- [SII 1) [448 f) 4-7|=[12| 00 0 valor “verdadeiro” ou “falso": 4) [315 3] b) =x) xe R 0) Sex=3ey=6, ento |x + y| = ) Sex=-Bey=6, entéox+yl 6) Sex=-3ey =-5, entdo |x + y|= |x) + ly] 1) Sex=+3ey=—5, entéo k+ yl <|x| + Il Q) Sex=-3ey =, ent&o |x + yl < |x| + Iv ax-7<0=>|4x-7|=7- 4x 27 c) =O 4) ~ EQUAGOES ENVOLVENDO MODULO As equagées envolvendo médulo s&o resolvidas usando a.definicgéo de jnodulo e as propriedades a seguir Para justificar Me @ Myo basta que lembremos da propriedade P; do item 4.6 ‘ioste capitulo, isto 6, a=boa@=b’, va eR. No caso da Ms, lembrando que |x|” = x? e que a2 0 temos: kl sac [xP =a? ox? = a? De modo semelhante podemos justificar Mio 125

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