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Fetane wt ketnon ocilzar 4 ae [que] quer dizer, também, redisuibuir © acesso a0 rier © a0 jogo ebador En sums, screditamos que todos esses elementos mobilzadores da ate Gevem manterse constantemenie presente, corno um saber a ser spreeadio pradtivamerte pelos estudames, 2 longo do processo escola. Assim, a disciplina Ane devers garntr que 0s alunos conhepam « ivenciem aspects €eicos,ventivas,representacionus © expresivos fm misic, anes visuals, deen, ear, diga, anes audiovisual, Para Isso € pretso que o professor organize um rabalho-consistente, através de aividades anisieas,eséias e de um programa de Teoria © Histéria (hn Ane, inter relaciondtos com 5 Seiedade em que eles vivem. Eaten demos que € possvel atingirse um conecimenso mais amplo € apro- fandado da ane, incorporando a¢Ses come: ver, ouvir, movers, semis, pensar. descobri, exprimir, fazer a pani dos elementos da naureea € Ga cura, aalisand-os, refletind, formando, tansformando-os. € com cst abrangéncia que a ate deve ser apropriada por tos os extudanes, indisernindamente No coeto ds edcagio escola, uiscptina Ane compde 0 canfcilo companithando com as demais discipinas num projto de envolvimento individual coletvo. O professor de Ante, junto com os demais dovenies f azavés de urn trabalho formative e informative, tem 3 possibiidade le contr para a preprapao de tndivduos que percebam melhor © mundo em que vivem, saibam compreendé-lo € nele possam atv. Essa forma de pensar a edvcagdo estolarem Ane deve ser aessve] todos, numa concepgio de escola demacritca,¢ dove garantie posse os corbecimentos aristcas e estos. Mas, para concretizayo dessa tscla que sipiramos€ neers ter conseénsia muito clara 80 momento fm que se enconia no seu processo de evolugdo histbrica. E 0 que aboclavemos a seguir yara 0 ensino de Ane, pois, em seu estigio ata, contém formas passadas, com especificidades que precsam ser inerpe- fads, para que se posta defini © que conserar, onde intervir ou © (qe transformer 3. REVENDO A HISTORIA DOENSINO DE ARTE ‘Pasa compreendermos asumirmas melhor as nossas respontabc lidades como profesores de Ane € imponante saber como a arte vem » Frsnes mt Po Ack a betwoee. Cheater sendo ensinada, sas relabes com a educasto escolar e com 0 proceso Wistéricosccil. A paix dessas nogdes poderemos nos reconhecer na consupdohistéres eslarecendo como estamos atando ¢ como quefencs consmuir ess ness hist, [As priicas educa aplicadas em aula vinoulamse @ ums fe agoria, ov seja, a uma teoria de edueacio escolar Ao mesmo tempe, as nossas prticas teorias educatvas esto impregnadas de conceygies ieoidgieas, flsoficas. que inlvenciam tal pedagoria. E claro que isto voce igualmente com @ ensino excolar de Are: nasta concepyia de mundo emtasa as correspondéncias que esabelecemos ene af aus de ‘Ane e as mudangas e melhoriss que aredtamos peeritrias na sociedad Um breve histrico dst tendéncing teGrcns da educagio escolar — as pedagogiss — pode, parent, nos ajudar © compreendet mais profun dameate essa questo da prea edveaconal de Art ¢ sua relagio com nossa vids ‘A calucsgio escolar ¢ 9 melo socal exercem ago recfproca © permanente um sobre © outro. Para os edvcadores mais otmistas a tducagio escolar & pensada de forms idealinics, consicerando-a muito influerte © capaz de mudar, por si s6, as prtias socias. Em oposicio 4 estes, existe um ouxo grupo de professors que actedila que © 2 Sociedade, com suas pritcas, que determina totalmente 2 edvcagio escolar, a qual por sua vez € considera reprodutora dessa sociedale, sendo incapaz de mudéla Analsando esses proposigbes perebe-se que ammbas precisam ser consideradas. No entanto, € importante defrir qusis partcularidass esses posicionamentos queremos destcar em noscas aulat de Ane, unis queremos conservar equals queremes assumir para atiagiemos uma nova pasigfo mais realist e progress, na qual aeducaplo esclat fem Asio posss conmibuie(€ nfo responsabizar-se toriha) nas trans formagies sociis, cultura ‘Tenarmes, 2 seguir, da manifesta dessas concepgdes no ensino ‘de Are e do encaminhamento de uma proposta que vies eolaborar om uma posgdo mais realistae crea, objeivando assim um compromisso efetivo com a methoria da qualidade do tabatho com 2 Ane «, ‘onsequentemente, com 2 educagio escolar. ORIGINAL, a sc 3.1 Tendéncia ldealista-Liberal * de Educagao Escolarem Arte (0s pofessores que tém esse modo de ver acreitam que 2 edecagio escolar € capaz, soziaha, de gant a constugio de uma sociedide mais igualidria, democitica, © de evitr a sun degradagio. Para eles, 4 fungo da escola € também a de resolver of esvios © problemas [As teoras de educapfo escolar que amparim esse posicionamesto so denominatss teorias pouco criticas da educacio quanto as suas ineseréncias sociais. Elas também $40 coahecidas como concepgées ‘dealisias de edueaio, Fazem pate desse grapo as seguines pedagogias que, bviamene, viaculam-se a prtcas educaivas coresponéertes, impregnaias de sua concepedo de mundo: pedagogia tradicional, peda opie nova e podagogiateencistat (Como, ello, so uatads orca e histricament cada wma dessas pedagogias? Exisiem prticas escolaes em Are que se orientm por las? Como ais prticasreforgam ou erticam essas pedagogias? Como 35 tts pedagogascriam e organiza as alas escolares? Quais aspectos das ts pedagogias podem ser recuperados fora de uma posicio idea- lstringénua em rela As préticas sociais? Com que caractristicas © madangas? ‘ara tentar dar respostas a essa questbesexplisitaremos em seguida os prncipais aspecios de cada uma das ts pedagogias © suas manifes- tagSes nas aulas de Are Pedagogia Tradicional nas aulas de Arte [A pedagogia tradicional tein suas eaizes no século XIX e porcore todo 0 séoulo XX, maniestandose af 08 nossos dias. A base ideaita esta podagogia induz s acrediarse que of indivduos sto “berados" Tein ie cal en, Deng Eas PB, So Pl. Lar 1p ese i nia +e ep pa pe ung o utatacun, ton a le tn 1 Pes tntnr a in bi 4 Peon a Seb Can Fee ac ean tun Br Soa Eas 2 pelos comeciments adguirges na escola ¢ podem, por isso, organizar fom sucesso uma sociedade mais democratic, Na pedagogia tational o proceso de quisicZo dos contecimentos € pooposto strives de elaborages itlectasise com Base nos mclos de pensamento. desenvolvider pelos adultos, tais como wise liga, abstat. Ne pritia, 2 apleacio de tai ieéas redone a um ensing mecanizado, devinculado dos aspeccs do coidiano. © com éafase ‘xclasivimente no professor, que “passa” pars 95 alunos “informagies coasideradas verdades absoltas. O professor conduz suas aulasempre ‘gando métodos que foram enunciados pelo filsofo Johann Friedrich Herbar (1776-1841, que podem ser sitetizados nos semines pass: 4) recordagio da aula anterior ou preparagdo pura a aula do momento 1) apresenagio de novoe conhecimenios, pincipsimentesravés de avis exposiivas: «)assimilagdo do novo conhecimento por pare Jo alo, por meio de ceomparagtes 4) generalizagbo © idemificario dos conhecimentas por meio de exer «) aplcago dos novos contecimentos er diferentes siuagies. aibuin- ovse, para isso, “ligbes de cass” com exerciios de faasio ¢ remontagio Nas avlas de Ane das escolas brasileras, a tendéncia tational std presente desde 0 século XIX. quando pedominava uma teoria entice mimétia, isto 6, mais Ugada 26 oopias do “natural” © com a apresentagso de “modelos” para of alos imlarem. Est atau esttica iamplice na adoelo de um patio de teleza que consiste sotreudo em prodveise ¢ em oferecer-se & percepyio, a0 sentimento das pessoas, gues produtos artsticas que se assemelham com as cosas, com os eres, com os fendmenor de seu mando ambiente. Poder se apesentar como “edpias” do ambiente circundane (produghes arstieas mas sea lists) ou como gostanam que ele fosie (produgées aistcas mais ideals). Como se sabe, 10 mesmo tempo em que vigorava ns Europa essa tendéncia estétiea, havin uos movimenios aisticos, como 0 PTiancay Ser 3B eitagi. Linprestioniem, © wangos eenoléicor de regi do imagens, como 1 foograta . ‘Com elago a ens do desenho nas escola da Inglters,Franga « outos pulses europeus,predominavim, no século XIX, infléncias de utias iberas e posiivistas que resultam na sua ulizago como uma rrodaldade aplicads em omamentos © preparacio dos operitios, Isso Fea bem evidsate na Inglatera, onde fon eriadas “escola de desenho” 2 panic de T837 para atender aos princiios e priticas artstcas de ‘omamentigi, deecragio © manufsars’, Rober Saunders (1986) rela ue a mesma época, nos Estados Unidos, of fibos das classes médias € médiasaas aprendiam em escolas pariulares & copiar reprodugses famoses, perspectiva tear e desenho geoméirco. Com isso, podiam seconhecer as bras de ane originat dos grandes mesures © alo compar reabalhos falsos. Os flhes dos operitios, earecanio, freqlentavam a ‘cscoln publics onde aprendism desenho gsométrca © desenho linear, ‘estinados eter arados em seus Atuos tnibahos nas beeas No Brasil do século XIX, o deseaho ocupa um espapo equivalente sa» do mundo em industrilizagio, 0 que fica bem evidente no parecer eo por Rui Barbosa sobre e ensino prindcio, em 1883, onde relaciona © desenho com o progresso industial, Aqui também o ensino do deseaho ‘squire um sentimen'o uslério, direcionado a0. preparo téenico de individus para 6 tabaho, tate de bess quanto de servigosantesanas. Na pritica, o ensino do deseaho nas escolas priméras e secundaras apresenta-se ainda com uma concepeio neoclissica ao enfatizr linha © ouelomo, 0 usgada, e & configuragdo. Exas pasiculriades tho intelectalizais" do desenho foram wansmitidas pincipalmente pela ‘Academia Imperial do Rio de Janixo e pelo grupo da Missio Francesa fque chegou a0 Bail em 1616) [Nas primeras décadas do séoulo XX continua evident, junto as classes sociais mais banas, a analogia ence 0 ensino do desenho € 0 trabalho, come se observa nos programas de deserho geoméiric, pert pect, exercicios de composicin para decoracao e desenho de oats, ‘enados exclusvamente para epi de modelos qe viahar gerlmente Ray rans rm nye uy, ae, 1 2 lng i ny eS «Sc © sin «a ™ e fora do pals. O desenho de omaos e 0 desenho seoméuico eram ‘considera “linguagens” ites pura determinadas profssses, © quando teansformados em conieis de ensino davase énase aes seus aepetcy ‘éenicos cientfics. Os profesores exigiam ¢ avaliavam esse teste, memo dos alunes empregando métodos que tisham por finalidade cxeritar a vista, « mo, inteligéncia, 2 imapinagio (memia © noras omposigies), © gosto © © fene0 mort Eire os anos 30 © 70 os programas dos curses de desenho abordsmn bascamente a6 seguirtes modaidades: + desento do natura (observapso,representaglo ¢ cépias de objets) + desenho deconativo (faves, omatos, rede, gregas, esudo de letras, Duras decorativas, pains) + desenho geomético (morfologia geomiérca e estado de constugSes seometricas) © ‘deseo “pedagogico” nas Escolas Normais(esquemas de constuges de desenho para lustar” als), 0s contetdos desses programas sho bem discriminados e, como s¢ era, centridos nas representay des convencionals de imagen abeanger nda nogbes de proporgio, composi, teoria da luz ¢ zombra, extras © perspective Do ponto de vista metodoligico, a aula de desenho na escola tradicional € encaminhada através de exereicis, com reprodugtes de modelos proposios pelo professor, que seriam fixados pela repticio, aseando sempre © seu aprimoramento e destera mmotoa (figs 1 © 2). Esse modo de atuar com avatemaexcol femonta a Joao Ams Comers aque nos apresenia em sea Livro Diddica Magna (1627) 08 princiics ‘de um “métedo para ensinar as anes”. Esse autor propde para ensino sé Ane de sua época a obserando e rprodugio de modelos, que everiam ser “compleos © peretos"s depot, sugeze & aprseniagio de foros exemplos que seriam adapados act modelos, finamente.apte- sentglo de obeas de “ansts de valor, para que o8 alunos os julgassem 4e acondo com os modelos e regras apicades. Comenius afima cat sgoricamence que “estes exertciog devem ser continuados, até que tesa friado 9 ibito da arte fo: gua 1 ‘Trabalho de sluno, 13 anos, 1984 ‘ara decom com enpogp de eicutencias ‘ip de co © min) gua 2 ara decorava com emprego de Crers mossemizad Repeat" Jor de Avis Peas, Cuso de Deseho ara Caras de Whel Mado, to Bas ara Naina, 197, p. 180 26 ‘Além do Deserta, a parr dos anos 50 pussam também a faer parte do cunicalo escolar as matinas Misica, Canto Orfeinico © ‘Trabalhos Manuais. gue maniém de algura forma o cariter ¢ mato Aologia do ensine do desenho anise. [No ensino © aprendizagem 2 Ane, na pedegapia radio porte, € ida mais énfase a um fazer tecnico e cen, de eonteddo feprodutivisa, com a preccupagio fundamental no prodto do abatho solar, supondo que assim edocados os alunos vio saber depois sph. fesse conhecimento ov vabuhar na sociedad Esse ensino do. A compre, pois «Fangio de manter aivisio social exis SNsacteriien ess 63 pedagogia tations A Pedagogia Renovada eas aulas de Arce [A Pedagogia Nova, também conhecida por movimento do Escola rovismo ou da Escola Nova, tem suas origens no final do séeulo XIX ‘na Europa Estados Unidos, sendo que no Brasil seus reflenos comesam 4 chegar por volta de 1930, 44 de inicio 0 Escolanovismo contapbe-se 3 educapto tdicionl avangando um novo passo em dirego ao ideal de assumir 2 orpani2ayio de uma sociedade mais democtitica. Ou sea, os educadoces que adotam essa concepelo passam a aceditar que as relagBes entre as pessoas na Sociedade poderiam ser mais salisfalrias, menos injustas, se 4 educagio scolar conseguisse sdapar os estudantes 20 sev ambiente socal. Para leangar tas finalidades, propéem experincias cognitivas que deve fovorrer de mane progressiva, ava, levando em consideragio os ineresses, motvagSes, inciavas eas nesesidades individuals dos slonas, Algm do mas, pvtadae por este modo de entender & edcsgio considera menos signifcaiva a estruuragio racional ¢ ligica dos contecimentos, eomo vcore no exsino vadiiondl NaEscola Nov, o professor uliza encaminhamentos que consideram © ensino © a aprendizagem basicamente como processo de pesquisa Individual ou no maximo de pequenar grupos. Os Seguidass Jo losofe americano John Dewey (1859-1952) procuram aprofundar suas itis, panindo de problemas ou sssuntes do intresse Gos alunos, para assim esenvolver a8 experiéncas cognitivat, num “aprender fazenda™. A = QRIGINAL concretizagio deste método (extudado, entre cues, por Brubecher {iténes)exigia uma certs ordengio de pasos gue obedeciam 8 seguinte enc: comegae com uma atvidce 1) que suscitase um determinado problema € 6) provocaste Ievantamento de dados a pant quais 4) formalassem hipitesesexplcaivas do problema e se desenvolvesse 1 expesimetagdo, realicala conjuntamente por alunos e profesor, para confirar ov teeta 38 hipoteses formulas Do ponto de vist da Escola Nova, os comhccimentos 4 obtidos elu Génie e acumuladoe pels humanidade nfo precsaram Ser tans ratios aos alunos, pois acreditava-se que, pasando por esses métodos, cles seria naturamente encontados ¢ ofgannados. Quanio As teorias © privicasextics, of profestores de tendéncia edaeogicn mals escolanovistaapresentam uma Fuptra com 1s “cps” clos ¢ de umbienes ciccundanes, valorizande, em contrat, os estadospsicalgicos das pessoas". Assim, a concepsto estéca pre slominanie pasea a ser proveniene de: a) extitoragdo de experitcias individsais Ge pereepgio, de integracio, de wm enzendimento sersivel io meio ambiente (estes de erento pragmitica com base na Peicologis Cognit), b) expressio, revelagao de emorbes, de insighs, Je deseo, de motives experimentadasinterionnente pelos indi (esttiea de orintagio expressiva,apoiads na Peicandise). Esta teria de Ane, com bate na Psicologia e cenrada no aluno-produter dos rrabalhos amstices, vem sendo ai info dos ance 90 2 mais exfaizda na educasio escolar railcia em Ante (igs. 3, 4 € 5) Além da Psicologia Cognitiva eda Psiandise, a estética e 0 ensino supeiorartstco foram iafuencatos também pela Teoria Gestice, no séavlo XX. Os modelos estticas © pedagégicos com tais caractertticas Dsivologizantes também denotam uma reagho aos exerecios de cOpias pois enaizam objtivamente « perepgio e ae andes dos elementos © propiedades estrus contidas nas obras artic (sempre conside ras como um eonjunto global e atxGnomo). Pode-se dizer ainds, que, “Tooth de lone, 13 an, 1968 igura$. Tato de slam 12 ans, 196 lie expres pitrs gecko see pope) 0 de todas essas concepgbes estéicas priclogizadas, + gestlica, 20 cenvalizarse na pessoa, comp um anita percetiva ecb obras de Ante diferenci-se dos pressuposts est sionstas que mircam a tendencia excolanovis Essasinluéncas ficam bem evidenes no texto de Dernevsl Savin (2983, pp. 12-13), 20 mosuarinos que a pedagogia nova “deslocou 9 exo da questo pedagdtica do inclecto para 0 seminoma, do aspecio lgico para psicolégico; dos conceddos eognitives para a8 modes on procesios pedagésicos: do professor pura 0 aluno: do estore para 9 Imerese; da dtcplina para a e:ponaneidade; do dittivismo ndocdiretvismo; da quanikéade para 2 qualidade; de uma pedagogia de Inspiragio flssfica cenwada na cidncia do l6gica para una pedacog de inspiracao experimencal, baseada, princgaimente, nas contcinig a Biologia © da Psicologia” (grifor rosso) {Ao se inroduzido no Brasil, entre 0s anas 30 40, © moximens scolanovista val encontrar o pais num momento de crise do modelo ‘agtiio-comercial, exporadoe, dependere, inicio do modsle nacional esenvolvimentisa,industrlizado. £ uma época asinalada por vasiss Iutas poliieas, econémicas, cukuris © em prol da educagso pablics ‘bisica Dente os acontecimentor mai infrcefanes nd ea educacion destacamse a fundaydo da Associagio Brasileira de Gducagio (ABE), em 1924, no Rio de Janeiro, nacuaimente, 0 lanearmento do Monies doc Pionciras da Escola Nova, em 1932, do qual foram signatvios Femando de Azevedo Peixoto, AntGnio Feira de Almsids Jinioe, Anisio S. Teincza, Ceedia Mezeles, Manuel Bergstvom Lourengo Filho, ‘Antonio Sampaio Dara e Paseoal Leme, ene caves". No campo antstico observase ecos da Semana de Ane Modem e 1922, expandindo-te © movimento mademista para visis recibes do is © organizando-se sales de ante com caracterisicas inovadoras & mais nacional, As renovagies de posicionamento cultural, pedagépico ¢ anisico levam ainda os intlectuais da época (Femanéa de Arevese, Osirio (César, Flivio de Carvalho, Mésio de Ancrade) a mativaremse pela rodugo anistics de erangas, bem como por seus processos Seu mando imaginativo, pasando Mé mesmo a colecionar os desenhon 3 wer Com base nesses principos, Viktor Lowenfelde W, Lamben Britain sbordaram a Ane como meio para se compreender o desenvolvimento individual em suas diferentes {ass e como desenvolvimento da conscincia centica © caiora do indivi. ‘Lowenfeld if dirga, desde 0s anos SO, pesqusas sobre critvidade para o Departamento de Are e Eéucacto da Perasyivania State Univesity, os Estados: Unidos ‘Segundo Robert Saunders, 0 gropo de Lowenfeld wabalhava com uma see de testes ndo-erbas, at como os vsvalé e as de manipulacio de objets, na tematva de “descobrir as diferengas exstetes nos rocessos mentais e nas ténicas de resoligio de problemas entie ftudanies universtree de Ane e outros estifantes univesitis de ‘uttas areas", Por ese método identifies, em 1985, oito cniéios para 4 criavidade: 1) sensbilidade a problemas; 2) Néncia; 3) exbiidade: 4) onginalidade; 5) habiidade para redefinise para reartanja; 6) andbse: 7) sinese © 8) coerncia de organizacio. Lowenfeld, também em 1985, entru em conto cor a equipe rigda por J.P, Guilford (Go Depanamento de Psicologia da University of Souther Califomia), que pesqusava igualmente a criaivigade, mas 1 paris de textes verbsis © escrito. Verfcaram que, nos dois grupos, te resultados foram semelniwes, Nas dost avalisyes o conceto) de criaividade foi estabelecido a parr de uma visio psicl6gica, © ouizo autor que vai assumic a base psicolgica da pedagogia © inguin ponsamente de professors de Arte ¢ Herber Read (1893-1958), fésofo inglés que se dedicou também & anise de expresbes anisicas de erangas e adolescents. Admirador e estufioso de Carl Gustav Jung, ‘médic ¢ pecans alemio seu contemporino, Read procures demons 4 presenga dos arquétgas simbolos na arte infantil por ele analisada, “Manteno essa abordagem peicoligica, Read 2profundou suas in- vestigagGes © formulou sua tori. Em A’ Educapdo Pela Are, obra ‘poblicaa pela primeira vez em 1943, discute a qustio do objetivo da feducagdo, afirmando que a base desta, assim como a da democtacia, ‘dove rerdir na liberdade individual, com todas as suas diferengas, buscando uma integrapo do individualism com sua fangao na sociedae, [No Brasil, foi Augusto Rodrigues quem iniciow a divulgagdo do movimento Edscapio pela Ane depois de manter conatos com Herbert Reade car no Rio de Janeiro, em 1948, a Escola de Ant do Bra gra teh Hn A ATE a3 6, ro {A Bducagio Através da Ane, quando difundida no Brasil, recuperou 2 valorzagio da ae infantil © a concepcio de arte baseada na expressto na liberdade criadoras. Para que isso ocoresse era necesssio foal independéncia da erianga ov do jovem, que deveriam produzir seus trablhos arstios sem interven¢io do adult. Vale ressalta, ainda, que desde 0s anos 20 alguas profestoes de Arte jd vinham incorporando 3 iasia da “Ine expressio” entenids como um camino para se ange © cents di criagio, Os primeira trabalhas de Are feitcr pelo mécado 4a live expressio foram os do educodor tcheco Franz Cizek. da Escola e Anes € Oficios de Viens, Austra. Atavés de sua proposias, Cirek

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