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Pobre do mar que no tem minas

Pobre de minas que no tem mar

Longe do litoral foi criada a maior de todas as civilizaes (rever, t ruim)

De um dos seus bares surgiu a mais dbia das revolues


[acrescentar mais dois versos]

Pobre do mar que no tem minas

Pobre de minas que no tem mar

E o dentista coitado foi longo enforcado sem mesmo saber

Que os seus grandes amigos fugiram de l e o deixaram morrer

E Logo no centenrio dentista soldado se tornou jesus

Aquele heri barbado ganhou feriado e carregou a Cruz

Pobre do mar que no tem minas

Pobre de minas que no tem mar

Dentro de suas montanhas pretos carregavam enormes tristezas

Sol, chicote e pedras para levantar grandiosas igrejas

Erguidas sobre o sofrimento, castigo e alento de quem j sofria

Coitado do preto mais velho, o velho diabo queria alforria

Pobre do mar que no tem minas

Pobre de minas que no tem mar


Ladres, putas e vadios andavam nas ruas sob lampies

Chagas antigas passadas agora turismo para as geraes

Tudo que lhe foi tirado, de l foi levado, nem ouro deixado

E ao artista aleijado com punho aviltado nenhum feriado

Pobre do mar que no tem minas

Pobre de minas que no tem mar

J no tropeiro guerreiro se via um pouco do povo mineiro

no lombo do seu burro a caricatura de um bom companheiro

Quando o luar se coloca, o burro se cansa, essa a hora

Desce do lombo, empoeirado, tropeiro chora

Pobre do mar que no tem minas

Pobre de minas que no tem mar

E o capataz atroz, homem vil e feroz,

No se contentava,

O cobre o aprisionava,

Vendia e comprava,

Comprava e tomava,

Morreu sozinho... Num copo de vinho

Deixou um bastardo, pobre felizardo


Amava a menina, menina da vida

A pobre donzela, mida magrela,

Donzela no era

E o preto revolto,

Olhou pro bastardo,

Viu o sangue escorrer

O rosto do algoz

Veio-lhe feroz

Pudera ele jamais esquecer

O dia passou, o quinto chegou

A vila acordou, o fisco cobrou

Preto no pagou

Trabalhou...

Pobre do mar que no tem minas

Pobre de minas que no tem mar

Tantas mgoas, quantas chagas,

No mar chegavam os barcos,

Vinham pelo cobre,

Trazendo o pobre,

No poro doente,

O sangue ardente,
Famlia ausente...

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