A concepo de Infncia uma construo histrica, quando voltamos para
sculos passados, vemos diferentes maneiras de se entender a infncia. Durante um
grande perodo, a criana era vista como um ser que no precisava de cuidados especficos. As mulheres e as crianas, nesta poca, eram consideradas seres inferiores. No havia espao para a infncia, assim como a juventude e a adolescncia no existiam. As crianas eram vestidas e penteadas como um adulto, e consideradas adultos em miniatura. Tambm no eram valorizadas nos campos das artes, eram retratadas como um adulto, por volta do sculo XII, a infncia era desconhecida pela arte medieval e nem tentavam represent-la. Em meados do sculo XVII, a criana passou a ser reconhecida e o sentimento de infncia foi surgindo aos poucos, aos passos da modernidade. Por volta do sculo XVIII, discusses sobre a infncia foram iniciadas pelos intelectuais. Com a revoluo industrial e a consequente insero da mulher no mercado de trabalho, muitas crianas ficaram a merc da prpria sorte, surgindo nesta poca as primeiras instituies educacionais. Estas instituies evoluram devido ao um grande esforo de movimentos civis, sociais e cientficos, que resultou no modelo com a viso educacional que temos hoje. Atravs dos movimentos civis, as crianas passaram a ter direitos a atendimentos especficos e especializados, reconhecido na Constituio Federal, onde o servio passa a ser oferecido gratuitamente pelo Estado, caracterizado como servio de educao infantil. Um marco importante para a educao infantil foi a promulgao da Lei de Diretrizes e Bases da Educao (Lei 9394/96). Durante esta evoluo, as instituies de atendimento criana deixaram de ser assistencialistas e tornaram-se educacionais. Diante disso, devemos considerar a criana como um ser social e histrico, porque tudo oque temos hoje fruto do processo histrico construdo ao longo dos sculos, atualmente temos a criana como um ser de direitos que foram construdos e conquistados atravs de muita luta para alcanar a viso educacional que possumos.