Você está na página 1de 48
ves Za Licitacdo hiya »CONCEITO E FINALIDADES Licitagao éum procedimento administrativo destinadoa selecao da melhor proposta dence as apresentadas poraqueles que desejam contratar coma Administragao Publica. - Rise instrumento estriba-se na ideia de competigdo a ser travada, isonomicamente, gs que preenchem os atributos ¢ as aptiddes, necessérios ao bom cumprimento J obrigagGes que se propdem assumir. A licitagZo tem como finalidade viabilizar a melhor contratag%o possfvel para o Pader Piblico, além de permitir que qualquer um que preencha os requisitos legais Art. 3@ A licitagiio destina-se a garantir a observaincia do principio constitucional da isonomia, a sele¢fio da proposta mais vantajosa para a administragio e a promogio do desenvolvimento nacional, ¢ seré processada e julgada em estrita conformidade com os principios bésicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculacao ao instrumento convocatério, do julgamento objetivo e dos que Ihes sao correlatos. Esse procedimento apresenta trés exigéncias ptiblicas impostergaveis: a) protecao dos interesses puiblicos e recursos governamentais; b) respeito aos principios da isonomia e impessoalidade (art. 5 ¢ art. 37, cap: ambos da CF); c) obediéncia aos reclames da probidade administrativa (art. 37, caput, e art. 85% V, da CF). Universidade Potiguar 9 2. COMPETENCIA PARA LEGISLAR A competéncia para legislar sobre licitagao est4 prevista no art. 22, XXVIL; Constituigdo Federal, a qual estabelece que compete privativamente 4 Unido legi sobre normas gerais de licitagdo e contratos administrativos, em todas as modalida para as administragées ptiblicas diretas, autérquicas e fundacionais da Unido, Estad Distrito Federal e Municipios, observando o art. 37, inciso XXI, e para as empre: ptiblicas e sociedades de economia mista, observando 0 art. 173, § 12, inciso III, to: da CF. SUJEITOS A LICITACAO O procedimento de licitacao € obrigatério, conforme previsdio do art. 12, pardgrafo ico, da Lei n? 8.666/93, para os entes e Srgéos da Administraco Direta, isto é, a ° 4Jpido, Estados, Munictpios e Distrito Federal. Também as pessoas juridicas que compéem a Administragao Indireta tem o dever citar. O fundamento € o mesmo art. 22, XXVII, que dé & Unio a competéncia | Mjara legislar sobre normas gerais. Universidade Hy Potiguar ver 4. PRINCIPIOS BASICOS O procedimento licitatério deve observar todos os principios constitucionai alguns principios especificos, conforme apontado no art. 3° da Lei n 8.666/93. O primeiro principio indispensavel € 0 da legalidade que, além de estar no rol ; citado artigo, encontra-se definido no art. 4°. & Em decorréncia desse principio, a doutrina também aponta o principio do cedimento formal, devendo o administrador observar todas‘as formalidades exigi pela lei, sob pena de nulidade da licitagao, representando, assim, um procediment vinculado (art 4°, pardgrafo unico). Ressalte-se, entretanto, que a jurisprudénci: teconhece como nulidade a auséncia de formalidade que realmente causar prejuiz para o licitante ou para 0 interesse pablico”. 2 Também deve ser observado na licitago o principio da impessoalidade, que re senta a prpria finalidade desse instrumento, impedindo o favoritismo, exigindo todos sejam tratados com absoluta neutralidade, o que também representa uma fc de designar o principio da igualdade perante a Administragao. FF Universidade Hy Potiguar ver No que tange & isonomia, também exige-se o tratamento igualitario entre os'li tantes, consoante previsto no § 12, do art. 3°, dessa lei ¢ no art. 37, XXi,da CF, seri: vedado tratamento diferenciado entre eles. A violag&o a esse principio caracterig! desvio de poder e até crime da prépria Lei de Licitacoes. jo Administragao deverd observar, igualmente, os principios da moralidade e da “probidade administrativa, que exigem a observancia dos padrdes éticos e morais, da -cortegdio de atitudes, da lealdade e da boa-fé.' 2A licitaco, assim como qualquer outro procedimento administrativo, deverd ob- rvar o principio da publicidade, permitindo o conhecimento pelos interessados, ‘hem-como 0 controle pelos administrados. Excepcionando a regra da publicidade, encontra-se 0 principio do sigilo de prg. posta, obrigando a lei que todas as propostas sejam sigilosas até 6 momento de sts abertura em sess&o publica, nao podendo ninguém conhecer o seu contetido, exceti: © proprio licitante que a apresentou. A violaciio do dever de sigilo, devassando o se. contetido ou permitindo que alguém o faca, caracteriza-se crime previsto no art. 94 ¢; prépria Lei de Licitagdes, além da tipificagao de improbidade administrativa, previsi: no art. 10, VIN, da Lei n? 8.429/92. Universidade Hy Potiguar ver Como principio especifico da licitagao, tem-se a vinculagdo ao instrumento co; vocatério. Tal instrumento é, em regra, 0 edital, exceto no convite, que € a car -convite. objetivo, devendo 0 edital estabelecer de forma clara e precisa qual seré 0 critétio par a selecdo da proposta vencedora, denominado “tipo de licitagao” Os possiveis critérios esto previstos no art. 45 da Lei n2 8.666/93, que admit! # “menor preco”, a “melhor técnica”, a “melhor técnica e prego” e o “maior lance” o leilao, nZo se admitindo a utilizag&o de outros critérios, exceto no caso do coni so. Escolhido o critério, a Comissao de licitag&o nfo podera levar em consideragit outros fatores nao previstos no edital. ¢

Você também pode gostar