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03 Aplicao Prtica

Variao da excentricidade de uma fora de protenso

Uma viga, conforme descrio abaixo, foi idealizada para pesquisar a eficincia de uma
fora de protenso P em funo de excentricidades variveis. O objetivo o equilbrio de
uma ao concentrada F, aplicada no centro do vo.
Sabendo-se que P = 975 kN, = 25kN/m3 e que no so permitidas tenses normais
positivas (trao), determinar os valores de F para:
a) P aplicada no CG da seo
b) P aplicada com e = K i

c) P aplicada com e = 0, 45m

d) P aplicada com emx (y0 = 0, 07m)

y
x F
P P

8,0 m 8,0 m

L = 16,0 m

Seo Transversal
y
0,60

0,15

0 a 0
0,90 1,20m

b
c
0,15 d

0,15

0,22
0,225 0,22
0,225

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Resoluo

1. Caractersticas geomtricas da seo


A c = 0,315m 22
0, 3240m

y c,sup = y c,inf = 0, 60m

c = 0 , 05967m 4 4
0,059063m

Wsup = Winf = 0,09844m


0, 09945m3

K sup = K inf = 0,3125m


0, 3069m

2. Esforos solicitantes na seo central


Ao do peso prprio: g = 0,0,315
3240 25 = 7,88
8, 10 kN / m

g L2 8 , 10 16, 02
7,88
Mg = = = 259, 20 kNm
252,16 .
8 8

Ao Varivel F:
F L F 16, 0
MF = = = 4, 00F (F em kN)
4 4

3. Tenses Normais devidas a g e F

259, 20
252,16
devido a g: sup,g = inf,g = = 2.561,56
2.606, 33 kPa
0, 09945
0,09844

4, 00 F
devido a F: sup,F = inf,F = = 40,63
40, 22 F kPa
0, 09945
0,09844

4. Tenses normais provocadas por P aplicada na seo central com excentricidade e 0


(e em m).

975 975 e
sup,P = + = ( 3.095,24
3.009, 26 + 9 .803, 92 e ) kPa
9.904,51 ( e em m )
00,315
, 3240 0,09844
0, 09945
975 975 e
inf,P = = ( 3.095,24 .803, 92 e ) kPa
3.009, 26 99.904,51
00,315
, 3240 0,09844
0, 09945

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5. Determinao de F para a condio de no existirem tenses de trao

Caso a) P aplicada no CG: e = 0


inf,P+g+F 0

(3.095,24
3.009, 26 00) + 2.606, 33 + 40
2.561,56 , 22F 0
40,63F
Resulta: F 10 , 02 kN
13,14

Caso b) P aplicada com: e = K i = +0, 3069m


0,3125m
inf,P+g+F 0

(3.095,24
3.009, 26 9
9.904,51 , 3069 ) + 2
.803, 92 x00,3125 .606, 33 + 40
2.561,56 , 22F 0
40,63F
Resulta: F 89,31
84, 83 kN

Caso c) P aplicada com: e = +0, 45m

inf,P+g+F 0

(3.095,24
3.009, 26 9
9.904,51 , 45 ) + 2
.803, 92 x00,45 .606, 33 + 40
2.561,56 , 22F 0
40,63F
Resulta: F 122,83
119, 71 kN

Caso d) P aplicada com: emx ( y0 = 0, 07m)


emx = yinf y 0 = 0, 60 0, 07 = +0, 53m

(3.095,24
3.009, 26 9
9.904,51 , 53 ) + 2
.803, 92 x00,53 .606, 33 + 40
2.561,56 , 22F 0
40,63F
Resulta: F 142,33
139, 21 kN

Comentrio: mantida a fora de protenso, a variao da excentricidade permitiu um


139, 21
142,33
acrscimo de capacidade de = 10,83
13, 89
10, 02
13,14

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6. Diagramas finais das tenses normais (kPa)

Considerando P = 975 kN

Caso a) e = 0 ; F = 13,14
10,02 kN

Tenses em kPa
P g F SERVIO

-3.095,24
-3.009,26 -2.561,56
-2.606,38 -533,88
-403,00 -6.190,68
-6.018,64

252,16
259,20

C.G.
975
52,56
40,08
-3.095,24
-3.009,26

-3.095,24
-3.009,26 2.561,56
2.606,38 533,88
403,00 +0,2~ ~
-0,12 00

Caso b) e = 0,3125m
0, 3069m ; F = 89,31
84,83 kN

P g F SERVIO

-0,08
-0,437 -2.561,56
-2.606,38 -3.628,67
-3.411,86 -6.190,31
-6.018,68
-3.095,24
-3.009,26
252,16
259,20 357,24
339,32
C.G.

0,3125
0,3069
975 -3.095,24
-3.009,26

-6.190,40
-6.018,08 +2.561,56
+2.606,38 +3.628,67
+3.411,86 -0,16 ~ 0
-0,17

-4-
Caso c) e = +0, 45m ; F = 122,83
119,71 kN
Caso d) e = +0, 53m ; F = 142,33
139,21 kN (marcados nos grficos)
P g F SERVIO

+2.186,82
+2.154,15 -2.561,56
-2.606,38 -5.782,87
-5.599,03 -6.190,28
-6.018,68

259,20
252,16 -3.009,26
-3.095,24
C.G.
491,32
478,84
975 556,84
569,32
3.009,26
-3.095,24
0,07 -8.205,34
-8.344,63 +2.606,38
+2.561,56 +5.599,03
+5.782,87 -0,07
-0,2 ~~00

7. Consideraes Finais

7.1. A eficincia da protenso aumenta com a excentricidade de P.

7.2. obrigatria a verificao das tenses na borda mais comprimida. O limite , na


maioria dos casos, tomado como sendo:
c,max 0, 7 fck

Para um concreto de fck = 30MPa, ter-se-ia:


c,max = 0, 7 30 = 21, 0 MPa
No caso do exemplo:

sup = 6 .018, 59 = 6
6.190,68 , 02 MPa 21, 0 MPa
6,19

7.3. O diagrama final das tenses o mesmo nos quatro casos porque existe uma
relao linear entre F e e que vale:
99.904,51
3.009, 26
3.095,24 .803, 92 e + 2 .606, 33 + 40
2.561,56 , 22 F = 0
40,63 ou

+40 , 22 F
40,63 .803, 92 e
99.904,51 402, 93 = 0
533,68

e=0 10,02 kN
F = 13,14
e = +0 , 3069m
0,3125m 89,31 kN
F = 84,83
e = +0, 45m 119,71 kN
F = 122,83

e = +0, 53m 139,21 kN


F = 142,33

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7.4. Quando a solicitao externa de Flexo Simples, a tenso normal no CG devido
protenso para quaisquer excentricidades determinada como sendo:
P
CG = .
Ac
No caso do exemplo:
975
CG,P = = 3 .009, 26 kPa = 3
3.095,24 , 0 MPa
3,1
00,315
, 3240

7.5. importante destacar que os efeitos da protenso e das aes externas devem ser
sempre analisados em separado. Tal exigncia, como ser visto adiante, deve-se s
hipteses de dimensionamento recomendadas pela NBR-6118:2003.

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