Você está na página 1de 29
, a CENTRO UNIVERSITARIO ANHANGUERA DE NITERO| Niege Nhiaek oe ra INTRODUCAO A ECONOMIA Microeconomia e Macroeconomia CAPITULO I INTRODUGAO A ECONOMIA Objetivos da economia Estudar a fase material do processo econémico, os resultados do trabalho social e a distribuigao da riqueza. Além disso, estuda ainda a administracao dos recursos escassos, buscando compatibilizé-las com as necessidades ilimitadas da sociedade. 7 Como se da 0 processo de acumulagao ? O produto do trabalho ou a riqueza gerada nao é totalmente aplicado no consumo, Uma parte do produto, e excedente, é investida na producao. A cada rotagao do ciclo da produgao tem-se uma quantidade de produto maior que a anterior. Uma das caracteristicas ‘undamentais da evolugao do sistema econémico é a crescente distancia que separa a produgao do consumo. Na antiguidade 0 produto e o consumo eram bem préximos. Hoje ha uma distancia enorme entre o inicio da produgao e o consumo de bens e servigos. As atividades produtivas da sociedade contemporanea sdo articuladas em indmeras unidades produtivas que processam os fatores de produc&o. A organizacao e distribuigéo dos fatores de produgao é dirigida pelos organizadores de produgao. Na produgao Fordista : engenheiros e administradores pensavam e os pedes operavam. O conjunto do sistema e suas unidades produtivas estdo divididas em trés grandes setores: * Setor Primario : engloba as atividades proximas aos recursos naturais * Setor Secundario : é constituido pelas atividades industriais * Setor Terciario : é integrado pelos servigos em geral Distribuigdo setorial do produto As unidades produtivas buscam satisfazer as necessidades dos consumidores através dos seguintes bens: * Bens de consumo: destinam-se a satisfazer as necessidades dos consumidores * Bens de capital : destinam-se a multiplicar a eficiéncia do trabalho * Bens Intermediarios : Sao bens que sofrem transformagées antes de se transformarem em bens finais. Configuragao do Fator de Trabalho no Brasil Populagdo economicamente ativa (1995) - em milhares Norte Urbana Nordeste Centro-Oeste Populagdo Ocupada (gabeare ois ecole ae ed i eae ee ee ee Eee ea ia ea Outras Atividades Estrutura da Ocupagdo (milhares) OO Peer Niveis de Rendimento Até 1 salério minimo Mais de 1a 2SM | * Sem declaracao Trabalhadores com e sem Carteira Assinada Fluxos Econémicos Fundamentais s/carteira (%) c/carteira (%) 42,9 7,4 A moeda : E 0 equivalente geral e 0 elo de ligagdo entre as transagées dos diversos agentes econémicos. Essas transagdes definem os principais fluxos da sociedade. Fluxos Reais : Sao definidos pelos suprimentos de recursos de produgao pelo seu emprego e combinagao nas unidades produtivas. Fluxos Monetarios : Refere-se aos pagamentos dos fatores de produgao de um lago e aos pregos pagos pelos bens e servigos adquiridos pela sociedade. A cada fator de produgao corresponde uma categoria de pagamentos: Fator trabalho : recebe sua remuneragao através dos salarios ui Fator Capital sua femuneragéo se da através do lucro, pagamento de aluguéis, arrendamentos, dividendos, etc. * Poder aquisitivo : € a massa de recursos disponiveis pelas unidades familiares, com o qual as necessidades de consumo. luest6es fundamentais da Economia Eficiéncia produtiva ; esta relacionada a modificagao e utilizagéo dos fatores de produgao. Com os recursos escassos, necessario uma utilizacdo otima desses recursos, de forma a se obter o melhor possivel no processo produtivo. Eficiéncia Alocativa : busca racionalizar da melhor maneira possivel as prioridades, de forma a satisfazer do maximo de necessidades sociais. Justica Distributiva : esté ligada a estrutura de reparti¢éio de renda e pode ser obtida de varias formas : igualdade plena na distribuigao de recursos garantia de um patamar minimo, a partir do qual se reparte a renda de acordo com a capacidade de cada um. Eficiéncia Produtiva Eficiéncia na produgao a é a situagéo no qual a economia opera utilizando 0 pleno emprego de todos os fatores de produgao. Mantém ocupada a totalidade da forga de trabalho, utiliza plenamente os fatores de produgao disponiveis, melhores tecnologias e capacidades comerciais. Limite maximo da eficiéncia produtiva a quando nao ha mais ociosidade. Alcangando este limite, qualquer acréscimo na produgao de determinado fim implica na redugao do outro. Possibilidades de produgéo a as combinagdes sob o que produzir e como produzir ressaltam de decisses governamentais, do livre mercado e das decisées dos consumidores. As curvas de possibilidade de produgéio ; Refere-se as mais diversas combinagées para a produgao de bens e servicos, em fungao das quantidades disponiveis dos fatores de produgao. Expansdo das fronteiras da produgao a esta situago s6 pode ocorrer com o aumento dos fatores de produgdo ou com a introdugao de tecnologias que Possibilitem produzir mais com os mesmos recursos. Custo de oportunidade a significa decidir em fung&o das prioridades da sociedade, tanto de consumo, quanto de produgéo e de decisdes governamentais. No setor puiblico ¢ onde pode ser melhor visualizado essa questao: a opcao governamental por determinada medida, implica em deixar de lado outras prioridades. Organizacao da At lade Econémica As formas alternativas de organizagao da atividade econémica fundamentam- se em dois pontos fisicos : a concepcéo da propriedade e as formas de mobilizagdo dos fatores de produgdo. ‘As economias liberais de mercado ja confiam a iniciativa privada a maior parte da mobilizagao dos recursos e tem no mercado 0 seu eixo basico de regulagao. Nas economias centralmente planificadas ao governo é proprietério dos meios. de produgao e centraliza as decisées sobre alocagéo dos recursos e a produgao. Nas economias mistas j4 se confirma a gestdo empresarial com a regulagao estatal na mobilizagao dos recursos e na produgao. Caracteristicas das economias liberais de mercado Automatismo das forgas de mercado : segundo essa corrente econémica a economia desenvolve-se melhor de acordo com a liberdade econémica de produtores e consumidores > como consumidores : os cidados tem liberdade para adquirir os bens‘ servigos que mais Ihe ajudam > como produtores, os empresdrios tém liberdade de produzir aquilo que melhor satisfaga as necessidades dos consumidores, desde que lhe traga uma recompensa econémica ‘0s mecanismos reguladores do mercado > © ponto de equilibrio entre produtores e consumidores é regulado pelo mercado. se ha produgo maior que as necessidades dos consumidores devera haver baixa de prego. > se ha produgéo menor que as necessidades dos consumidores devera haver alta de pregos. > a concorréncia : A disputa entre os varios agentes econémicos pelo mercado impede que os empresérios conspirem contra a ordem social e os forga a colocar no mercado produtos melhores e mais baratos. > no processo de concorréncia, alguns produtores prosperam e outros vo a ruina. Fundamentados nesses principios, os liberais propéem as seguintes praticas na ordem econémica: * Governo minimo e minima interferéncia do Estado na economia. * Livre iniciativa empresarial * Para o Estado, devera haver apenas trés fungdes basicas: * proteger o pais de agressao e invasaio * _ explicar e manter certas obras publicas de interesse geral * _ zelar pela observacao dos contratos privados. As economias centralmente planificadas Caracteristicas fundamentais * os estados controlam os meios de producdo, as diretrizes estratégicas da economia e a politica geral do estado. * As fébricas, os barcos, o comércio, as terras sao de propriedade estatal planejamento como estratégia de diregdo da economia. Com o plano, o estado procura desenvolver a melhor racionalidade com a locagao de recursos, planeja-se melhor investimento e distribui-se melhor a venda O estado centraliza 0 poder politico e a diregao geral da economia. Estabelece diretriz estratégica para a economia. O plano substitui o mercado Problemas e imperfeigoes : * burocratizagao excessiva imposta pela centralizagao * pouca sensibilidade a demanda global + perda da eficiéncia produtiva Economias sociais de mercado (mistas) 4 Combinam 0 mercado, a propriedade privada com a relagao do Estado * Estas economias se apropriam do melhor que os modelos liberal e coletivista possuem. * Todas as classes tem oportunidades de acesso ao mercado, tendo uma vista que 0 governo procura garantir um patamar minimo para o conjunto de populagao de forma que todos possam satisfazer suas necessidades basicas, Q pensamento econémico classico 0 trabalho de uma nagao constitui o fundo que originalmente fornece todos os bens necessarios que uma populacao consome anualmente. A diviséo do trabalho € a grande causa do aprimoramento das forgas produtivas. Permite a especializagao no processo produtivo e aumenta a produtividade, por trés motivos basicos: 1. Pela habilidade e destreza com que o trabalho 6 executado 2. Poupanga de tempo que se perderia ao passar de um trabalho para outro 3. Invengao de um grande mineiro de maquinas que facilitam e abreviam 0 trabalho. QOrigem da divisdo do trabalho A propensdo do ser. humano a troca, fenémeno que s6 de encontra na espécie humana. Limites da divisdo do trabalho © tamanho do mercado. Em mercados pequenos ha uma menor divisio do trabalho. Ja os grandes mercados proporcionam, mais diviséo do trabalho. Origem do dinheiro Estabelecida a diviséo do trabalho, torna-se “reduzida a parcela das necessidades que podem ser satisfeita pelo trabalho individual. Isso leva o ser humano a dinamizar 0 processo de troca No passado, 0 processo de troca tinha dois problemas: Era dificil trocar quantidades de trabalho diferentes por meio de escambo. Nem sempre o vendedor se interessava por um produto que nao seria util. Dessa forma, a necessidade fez com que as pessoas buscassem uma mercadoria especial que fizesse 0 papel de equivalente geral, ou seja, que pudesse servir de instrumento de troca e que fosse aceita por todos. Assim fasceu o dinheiro, Com o desenvolvimento das forcas produtivas, o dinheiro evoluiu até se transformar no papel moeda de hoje. Jean Baptista Say = Lei de Say A produgdo cria a sua prépria demanda ou seja, a oferta cria necessariamente mercado para os bens e servigos. Quanto mais os produtores forem numerosos © 0s produtos multiplicados, tanto mais o mercados sero amplos e variados. icardo A teoria Ricardiana baseia-se no fato de que, num sistema de livre mercado, cada pais deve dedicar o melhor de seu capital e seu trabalho nas atividades mais favordveis, em fungao das condigées geogréficas, olima e de outras vantagens naturais. Dessa forma, concentrando trabalho e capital naquelas atividades em que o pais possui maior eficiéncia cada nagao pode obter maior quantidade de mercadorias num tempo menor de trabalho, resultando num barateamento dos produtos e maior satisfacao para a humanidade. QUESTOES 01) Defina as caracteristicas principais das economias liberais de mercado. Automatismo das forgas de mercado: segundo essa corrente econdmica a economia desenvolve-se melhor de acordo com a liberdade econémica de produtores © consumidores. ~ como consumidores : os cidadéos tem liberdade para adquirir os bens servigos que mais Ihe ajudam — como produtores, os empresarios tém liberdade de produzir aquilo que melhor satisfaga as necessidades dos consumidores, desde que Ihe traga uma recompensa econémica = 08 mecanismos reguladores do mercado : — © ponto de equilibrio entre produtores e consumidores é regulado pelo mercado. ~ Se hé produgéio maior que as necessidades dos consumidores deveré haver baixa de prego. ~ se hé produgao menor que as necessidades dos consumidores deveré haver alta de precos. = a concorréncia : A disputa entre os varios agentes econémicos pelo mercado impede que os empresérios conspirem contra a ordem social e os forga a colocar no mercado produtos melhores e mais baratos. ~ No processo de concorréneia, alguns produtores prosperam e outros vao & ruina, Fundamentados nesses principios, os liberais propéem as seguintes praticas na ordem econémica: ~ Governo minimo e minima interferéncia do Estado na economia. ~ Livre iniciativa empresarial - Para o Estado, devera haver apenas trés fungdes basicas: - proteger 0 pais de agressao e invaséo - explicar e manter certas obras puiblicas de interesse geral ~ zelar pela observagao dos contratos privados. 02) O que é uma economia centralmente planificada ? © governo é proprietério dos meios de produgéo e centraliza as decis6es sobre alocagao dos recursos e a produgao. — Os estados controlam os meios de produgéo, as diretrizes estratégicas da economia e a politica geral do estado. — As fabricas, os barcos, 0 comércio, as terras so de propriedade estatal ~ Oplanejamento como estratégia de diregdo da economia. Com o plano, 0 estado procura desenvolver a melhor racionalidade com a locagao de recursos, planeja-se melhor investimento e distribui-se melhor a venda. ~ Qestado centraliza 0 poder politico @ a diregao geral da economia. Estabelece diretrizes estratégicas para a economia. O plano substitui mercado — Problemas ¢ imperfeigées : — burocratizagao excessiva imposta pela centralizagéo pouca sensibilidade a demanda global — perda da eficiéncia produtiva 03) Qual o objetivo da economia ? Estudar a fase material do processo econémico, os resultados do trabalho social @ a distribui¢go da riqueza. Além disso, estuda ainda a administragao dos recursos escassos, buscando compatibilizé-las com as necessidades ilimitadas da sociedade. 04) Explique a Lei de Say e a teoria das vantagens comparativas de Ricardo Jean Baptista Say = Lei de Say A produgdo cria a sua propria demanda ou seja, a oferta cria necessariamente mercado para os bens servigos. Quanto mais os produtores forem numerosos @ os produtos multiplicados, tanto mais 0 mercados seréo amplos e variados. Ricardo A teoria Ricardiana baseia-se no fato de que, num sistema de livre mercado, cada pais deve dedicar o melhor de seu capital e seu trabalho nas atividades mais favoraveis, em fungéo das condi¢ées geograficas, do clima e de outras vantagens naturais. Dessa forma, concentrando trabalho e capital naquelas atividades em que o pais possui maior eficiéncia cada nagéo pode obter maior quantidade de ‘mercadorias num tempo menor de trabalho, resultando num barateamento dos produtos e maior satisfagao para a humanidade. 05) O que sao fluxos reais e fluxos monetarios ? Fluxos Reais : Sao definidos pelos suprimentos de recursos de produgao pelo seu emprego e combina¢ao nas unidades produtivas. Fluxos Monetarios : Refere-se aos pagamentos dos fatores de produgéo de um Iago e aos pregos pagos pelos bens e servicos adquiridos pela sociedade. CAPITULO II MICROECONOMIA Um ramo da economia voltado ao estudo do comportamento das unidades de consumo (familias e/ou individuos) ao estudo das empresas, suas respectivas produgSes e custos, além do estudo da produgao e precos dos diversos bens e servigos € fatores de produgao. Representa uma visao microscépica dos fenémenos econémicos. Diferencia-se da macroeconomia, que é um ramo da economia que aborda os problemas econémicos de maneira agregada. Mercado é o local onde produtores e consumidores se encontram para realizar @ compra e venda das mercadorias. O mercado existe desde os primérdios da humanidade. Os mercados evoluem de acordo com o desenvolvimento da sociedade, mas mantém as mesmas caracteristicas comuns: é 0 local onde se realizam as transagées entre compradores e vendedores. No mercado a regulagao ¢ feita pela lei da oferta e da procura. Quando ha mais produtos que as necessidades da populagao, os pregos tendem a baixar. Quando ha menos produtos que a procura, os pregos tendem a subir. O mercado regula os interesses de produtores e consumidores: os produtores querem ganhar o maximo possivel; enquanto os consumidores querem pagar 0 minimo possivel. O resultado desse processo s40 os pregos de equilibrio, ou seja, é 0 patamar no qual consumidores e produtores realizam seus interesses sem que nenhum seja prejudicado. Os mercados crescem quando hd desenvolvimento econémico, crescimento da economia. Os mercados entram em retracéo quando ha desaceleragdo do desenvolvimento econémico. Os pregos no mercado so a expressao monetaria do valor de mercadorias e refletem os custos de produgao e 0 lucro dos empresarios. Os mercados caracterizam-se pela seguinte estrutura: concorréncia perfeita; monopélio e oligopdlio. Concorréncia perfeita: é uma situagao marcada pelas seguintes caracteristicas: - 0 numero de agentes compradores e vendedores 6 de tal ordem que nenhum deles, individualmente, possui condipdes para influir decisivamente no mercado. = 08 produtos s4o homogéneos podendo ser fabricados por qualquer dos produtores. - produtores e consumidores tém mobilidade e nado ha acordo de prego entre os que participam do mercado. = © prego € definido de maneira impessoal, ninguém individualmente o estabelece. * deve haver transparéncia no mercado. Nao ha informagées privilegiadas para qualquer agente econémico. Monopélio = Quando hé no mercado apenas um vendedor, que domina inteiramente o mercado. = 0 produto da empresa monopolista ndo tem substituto proximo, Nao ha alternativas para os consumidores, - a entrada de concorrentes no mercado é praticamente impossivel - tem poder total sobre a formagao do pregos. - 0s monopélios nao tém transparéncias. Suas operages e transagdes séio uma espécie de caixa preta Oligopétios E a forma moderna da grande empresa. Tem as seguintes caracteristicas - E formado por um pequeno grupo de grandes empresas que dominam um ou varios ramos de produgao e dividem entre si o mercado. - Ha grandes obstaculos para a entrada de concorrentes - Quando ha acordo de pregos entre os oligopélios, a concorréncia € residual A procura no mercado A procura de um produto esté relacionada as quantidades que os consumidores esto dispostos a adquirir em fungao dos precos. A reagao tipica dos consumidores em relagao aos pregos pode ser explicada de trés maneiras: 4. Quanto mais baixos os pregos maiores quantidades os consumidores tendem a procurar. Quanto mais altos os precos, menores quantidades so procuradas. 5. Efeito substituigéo : quando o prego de determinado produto aumenta, permanecendo invariavel o prego dos seus suceddneos, os consumidores tendem a substitui-lo. 6. Utilidade marginal : Quanto maiores forem as quantidades ... de um produto qualquer, menores serao os graus de utilidade de cada nova unidade adicional Os graus de sensibilidade aos pregos nao s4o iguais para todos os produtos. Muitas vezes alteragdes de prego nao séo capazes de produzir modificagdes nas quantidades procuradas. Esses graus de sensibilidade dos consumidores podem ser afetados por meio do conceito de elasticidade-prego da procura, que é a relacéio entre as modificagdes observadas, nas quantidades procuradas decorrentes das alteracgdes de prego. - Quando as quantidades procuradas aumentam na mesma proporcao de redugao nos pregos, o produto apresenta uma elasticidade-prego unitaria, = Quando as quantidades procuradas aumentam menos que a redugdo dos pregos, hé uma procura ineldstica. = Quando as quantidades procuradas aumentam mais que as redugdes de pregos, ha uma procura elastica. Fatores determinadas da elasticidade-preco Essencialidade - esta ligada ao grau de necessidade do produto. Os produtos de maior essencialidade tendem a ter coeficientes de elasticidade baixos. Habitos - A rigidez do consumo é também fator determinante na elasticidade- prego. Muitos habitos arraigados se transformaram em vicio e faz com que os consumidores tenham pouca sensibilidade - variagéio nos pregos Periodicidade da aquisicao - O intervalo de tempo entre uma e outra aquisigao do produto é fator importante na elasticidade-prego do produto Grandes intervalos de tempo entre a compra tende a "apagar" da meméria os pregos de referéncia Teorias da Oferta Oferta : quantidade de um bem ou servigo que os produtores desejam vender num determinado periodo de tempo. A oferta de um bem depende de seu préprio prego, mantidas as condigdes constantes. = quanto mais for o prego de um bem, mais interessante se toma produzi-lo e, portanto, a oferta é maior. - Aocferta de um determinado bem depende dos pregos dos fatores de produco, ou seja, os fatores de produgao determinam seu custo. - Havendo aumento nos pregos de qualquer um dos fatores, havera impactos nos custos de produgéo e também altera¢do na lucratividade dos empresarios. - A tecnologia também influencia no prego dos bens: os empresarios que incorporam tecnologia nos bens, tém sua lucratividade aumentada. A oferta de um bem pode ser alterada por mudangas nos pregos dos demais bens. Se os pregos dos demais produtos subirem e o prego do bem X, por exemplo, permanecer 0 mesmo, sua produgao toma-se menos atraente em relagdo aos outros bens, diminuindo sua oferta + © ponto onde as curvas se encontram & 0 ponto de equilibrio do mercado. Ou seja, coincide as quantidades que os consumidores desejam comprar com os que os produtores querem vender. - para qualquer aumento de prego superior ao prego de equilibrio, as quantidades ofertadas que os empresarios desejam vender 6 maior que os consumidores desejavam comprar. Hd nesse caso excesso de oferta Para qualquer prego inferior ao prego de equilibrio, surgiré. um excesso de demanda. Teoria da produgao Empresa: Unidade que produz bens ou servigos para a sociedade e que tern como objetivo a maximizagao do lucro. Empresario: 6 quem decide quanto e como produzir as mercadorias. A producao depende da aceitagéo do mercado e implica em lucros ou prejuizos. Produgao: € a transformacao dos fatores de produgdo adquiridos pelas empresas com objetivo de venda no mercado. No proceso de produgao, diferentes fatores so cessados para a obtengéo do bem final. As formas como esses fatores so combinados denomina-se métodos de producao. Os métodos de produgao podem ser realizados de duas maneiras basicas: intensivos e extensivos Intensivos de mao-de-obra. Quando utiliza-se uma quantidade maior de trabalhadores que de maquinas, equipamentos ou insumos. Extensivos Quando utiliza-se mais maquina, equipamentos e insumos que mao- de-obra. Produto: qualquer bem ou servigo resultante do processo de produgao. Tecnologia: resulta do processo de conhecimento cientifico aplicado a produgdo. Fungo da produgao: é a relagao que indica a quantidade maxima de produto que se pode obter, num determinado tempo, a partir de um determinada de fatores de produgéo e de acordo com os processos de produgao mais adequados. Ex. : 0 numero de sapatos que poderdo ser produzidos a partir de determinada quantidade de couro, prego, fios, energia elétrica, mao- de-obra, maquinas, equipamentos num periodo de oito horas. Fatores fixos e variaveis de produgao - Fixos : so aqueles cujo quantidades utilizadas néo variam quando © volume da produgao se altera - Variavels : so aqueles cujo quantidades variam quando o volume de produgao se altera - Eficiéncia produtiva: é a utilizagéo do método de produgao mais eficiente tecnologicamente entre os métodos disponiveis com o ‘objetivo de alcangar uma determinada quantidade de produtos com um minimo de fatores de produgao. - Eficiéncia econémica: é um método de trabalho que permite a obtengao da maior quantidade de produtos com o menor custo. Lei dos rendimentos decrescentes Elevando-se a quantidade de um fator variével, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produgdo inicialmente crescera as taxas crescentes. Mas a partir de certa quantidade utilizada do fator varidvel, a produgao crescera com acréscimos cada vez menores até decrescer. Mao-de-obra [Produto total | Produtividade média| Produtividade marginal (fator Mao-de-obra variavel) Custo de produgdo - representa a soma das despesas da empresa, quer relacionado com o capital fixo, quer com o capital variavel. - custos fixos totais (custos indiretos) : corresponde aos recursos de produg&o que nao variam em fungdo das alteragées nas quantidades produzidas, Ex.: edificios, méquinas, equipamentos, etc. - custos totais variaveis (custos diretos) : refere-se aos recursos varidveis utilizados no processo produtivo. Estes custos dependem da quantidade a ser produzida. Ex.: matérias-primas, mao-de-obra, energia, etc. = = custo total médio : € obtido mediante a divisao do custo fixo total pela quantidade produzida. - = receita da empresa : 6 obtida por meio da multiplicagao da quantidade de bens e servigos vendidos pelo respectivo prego de venda - Economia de escala - Ocorre quando a empresa aumenta o processo produtivo e obtém ganhos de produtividade O PAPEL DO GOVERNO NO EQUILIBRIO DO MERCADO © governo intervém na formagao dos pregos do mercado por meio dos impostos, subsidios, critérios de reajuste salarial, politica de pregos minimos, tabelamentos e congelamentos. Com relagao aos impostos estes podem ser divididos em duas classes fundamentais: - Impostos diretos: sao impostos que incidem sobre a renda. Ex.: Imposto de renda - Impostos indiretos: s4o impostos que incluem sobre o consumo ou sobre as vendas. Ex.: IPI, ICMS, ete Entre os impostos indiretos destacam-se dois tipos: * imposto especifico: recai sobre cada unidade de mercadoria vendida, ou seja, 0 valor é fixo independentemente do valor da mercadoria. * Imposto Ad Valorem: é fixado por meio de um percentual (aliquota) aplicado sobre o valor das vendas. Os impostos representam aumentos nos custos de producao, Quanto mais impostos, maior sera 0 repasse para os pregos. - Incidéncia tributaria : 6 a proporgéo do imposto pago por produtores e consumidores, Num mercado oligopolizado, os empresdrios tém condigdes de repassar para 0s precos 0 conjunto dos impostos. Os impostos sao arrecadados nas trés esferas governamentais: Federal (a maior parte), Estadual e Municipal. + Subsidios : Ato do govern visando incentivar determinadas regides, ‘subsidiar certos setores empresariais e 0 consumo da populagao. - subsidios diretos: quando 0 governo interfere diretamente no mercado, subsidiando determinado produto ou incentivando as exportagdes. Ex.: subsidios ao trigo, - gasolina por ocasiéio dos choques do petréleo, etc. - subsidios indiretos: quando 0 governo atua por meio da populagao, isentando de tributos certas atividades ou determinados produtos, algumas regides ou setores industriais em processo de maturag&o. Precos Minimos: a politica de pregos minimos tem como objetivo garantir pregos aos produtores agricolas, visando protegé-los das flutuagées do mercado. A politica de pregos minimos 6 anunciada antes do plantio, de forma que os produtores possam ter garantia minima de que ndo terao prejuizos com a safra. Na €poca da venda dos produtos, se os pregos do mercado estiverem mais altos que os estabelecidos pelo governo, 0 produto é vendido no mercado. Se os pregos do mercado estiverem mais baixos que os do governo, a produgao é vendida para o Estado. Tabelamento: E um ato do governo visando corrigir os desvios do mercado, especialmente nas economias denominadas pelos oligopélios Critérios de reajuste salarial: A intervengo do governo na fixagao do prego da_méo-de-obra tem 0 objetivo de buscar harmonizar os interesses de trabalhadores e empresérios, de forma a garantir a estabilidade social. Caso os saldrios fossem fixados pelo mercado, especialmente o salério minimo, os trabalhadores teriam poder de barganha nas épocas de crescimento econémico e nenhum poder nos periodos de recessao. Portanto, a agao do governo busca regular o mercado de trabalho. Congelamento: Geralmente, os congelamentos de precos sao medidas drasticas, que s6 acontecem em periodos especiais, principalmente nas &pocas de inflagao, etc. O congelamento é uma medida unilateral, que paralisa a remarcagao de pregos. Como os pregos nao aumentam de maneira uniforme, no momento do congelamento alguns pregos podem estar alinhados para cima e outros para baixo. Caso ndo haja um ajuste podera ocorrer desabastecimento nos setores alinhados para baixo. Curvas de indiferenga : E a representagao grafica de um conjunto de cestas de consumo indiferentes ao consumidor, ou seja, cestas de consumo que trazem a mesma satisfagao. QUESTOES 01) Qual a diferenga entre macro e microeconomia ? A microeconomia é um ramo da economia voltada ao estudo do comportamento das _unidades de consumo, enquanto a macroeconomia 6 0 estudo do todo, 0 conjunto das unidades e os grandes agregados econémicos, ou seja, PIB, Renda Nacional, balanca comercial. 02) Quais as caracteristicas principais do monopélio ? O mercado demonstra monopolio quando neste ha apenas um vendedor, que domina inteiramente 0 mercado. O produto da empresa monopolista nao tem substituto proximo, néo havendo altemativas para o consumidor. A entrada de concorrentes no mercado 6 praticamente impossivel, dando poder - empresa monopolista formac&o dos pregos. As operagées séo consideradas caixas pretas. 03) O que significa procura inelastica e elastica ? Ocorre uma procura ineléstica no momento em que as quantidades procuradas aumentam menos que a redugéo dos pregos, enquanto a procura elastica ocorre quando as quantidades procuradas aumentam mais que as redugées de pregos. 04) O que significa a oferta em uma economia de mercado ? A oferta € caracterizada pela quantidade de um bem ou servi¢o que os produtores desejam vender num determinado periodo de tempo e a oferta de um bem depende de seu proprio prego, mantidas as condigées constantes. Quanto mais for o prego de um bem, mais interessante se toma produzi-lo e, portanto, a oferta é maior. Além disso, a oferta de um determinado bem depende dos pregos dos fatores de produgéo, ou seja, os fatores de produgéo determinam seu custo. Havendo aumento nos pregos de qualquer um dos fatores, haverd impactos nos custos de produgéo e também alteragao na lucratividade dos empresérios. Um outro fator importante é a tecnologia, que também influencia no prego dos bens pois os empresérios que incorporam tecnologia nos bens tém sua lucratividade aumentada. A oferta de um bem pode ser alterada por mudancas nos pregos dos demais bens. Se os pregos dos demais produtos subirem e 0 prego do bem X, por exemplo, permanecer o mesmo, sua produgéio toma- ‘se menos atraente em relagéo aos outros bens, diminuindo sue oferta. 05) © Governo intervem no mercado por meio de uma série de mecanismos entre os quais os tributos. Defina o que sao tributos diretos e indiretos. ~ Impostos diretos: séo impostos que incidem sobre a renda. Ex.: Imposto de renda. - Impostos indiretos: séo impostos que incluem sobre o consumo ou sobre as vendas. Ex.: IPI, ICMS, etc 06) © que significa imposto ad valorem ou sobre valor ? Exemplifique. Imposto Ad Valorem: é fixado por meio de um percentual (aliquota) aplicado sobre o valor das vendas. Ex. : ICMS. 07) Explique o mecanismo de interferéncia do governo na politica de pregos para agricultura. Pregos Minimos: a politica de pregos minimos tem como objetivo garantir pregos aos produtores agricolas, visando protegé-los das flutuagdes do mercado. A politica de pregos minimos é anunciada antes do plantio, de forma que os produtores possam ter garantia minima de que nao teréo prejuizos com a safra. Na época da venda dos produtos, se os pregos do ‘mercado estiverem mais altos que os estabelecidos pelo governo, o produto 6 vendido no mercado. Se os pregos do mercado estiverem mais baixos que os do govermo, a produgao 6 vendida para o Estado. 08) Como o Governo interfere no mercado na questao do salario ? Critérios de reajuste saiarial: A intervengdo do governo na fixagdo do prego da méo-de-obra tem 0 objetivo de buscar harmonizar os interesses de trabalhadores e empresérios, de forma a garantir a estabilidade social. Caso os salérios fossem fixados pelo mercado, especialmente o salario minimo, os trabalhadores teriam poder de barganha nas épocas de crescimento econémico e nenhum poder nos periodos de recessdo. Portanto, a ago do governo busca regular 0 mercado de trabalho. 09) Defina Curvas de indiferenca Curvas de indiferenga : E a representagao grafica de um conjunto de cestas de consumo indiferentes ao consumidor, ou seja, cestas de consumo que trazem a mesma satisfag&o. 10) Represente graficamente e defina o equilibrio de mercado. = 0 ponto onde as curvas se encontram é o ponto de equilibrio do mercado. Ou seja, coincide as quantidades que os consumidores desejam comprar com os que os produtores querem vender. = para qualquer aumento de prego superior ao prego de equilibrio, as quantidades ofertadas que os empresérios desejam vender & maior que os consumidores desejavam comprar. Hé nesse caso excesso de oferta. = para qualquer prego inferior ao prego de equilibrio, surgiré um excesso de demanda, 14) Caracterize como se processa a concorréncia no setor oligopolista. O Oligopélio & formado por um pequeno grupo de grandes empresas que dominam um ou varios ramos de produgao e dividem entre si o mercado, @ para aqueles que pretendem entrar no mercado oligopolizado hé grandes obstéculos. Quando hé acordo de pregos entre os oligopélios, a concorréncia é residual. 12) O que sao bens complementares ? Bens Complementares séo aqueles que, em geral, séo consumidos conjuntamente (péo e manteiga, caneta e finta etc). Sua complementariedade pode ser técnica, caso do automével e gasolina, ou psicolégica, como trabalhar com musica. 13) Defina as estruturas do mercado Os _mercados caracterizam-se pela seguinte estrutura: concorréncia perfeita; monopélio @ oligopélio. A concorréncia perfeita 6 uma situagéo marcada pelo numero de agentes compradores e vendedores que 6 de tal ordem que nenhum deles, individualmente, possui condigées para influir decisivamente no mercado. Os produtos séo homogéneos podendo ser fabricados por qualquer dos produtores e os produtores e consumidores tém mobilidade e néo hd acordo de prego entre os que participam do mercado. O prego é definido de maneira impessoal, ninguém individualmente o estabelece e deve haver transparéncia no mercado. Nao hd informagées privilegiadas para qualquer agente econdémico. No monopélio hé.no mercado apenas um vendedor, que domina inteiramente o mercado e 0 produto da empresa monopolista nao tem substituto préximo néo existindo alternativas para os consumidores. Neste caso, a entrada de concorrentes no mercado é praticamente impossivel. O oligopdlio é a forma modema da grande empresa. E formado por um pequeno grupo de grandes empresas que dominam um ou varios ramos de produgao e dividem entre si © mercado ¢ hé grandes obstaculos para a entrada de concorrentes. 14) O que é a Utilidade Marginal da produgao ? Em termos técnicos, quanto maiores forem as quantidades de um produto qualquer, _menores sero os graus de utilidade de cada nova unidade adicional. Em outras palavras, 6 a satisfagao adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem. CAPITULO III MACROECONOMIA A macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados, tals como PIB, renda, nivel geral de pregos, taxa de juros. taxa de cAmbio, emprego/desemprego, balango de pagamentos, moeda, etc. Ao estudar esses agregados, a macroeconomia deixa para um segundo plano 2 comportamento das unidades e constituig6es individuais e dos mercados especificos, que sao estudados pela microeconomia, ‘A macroeconomia trata 0 mercado de bens s servigos em um todo (agregando Produtos agricolas, industriais, servigos, transportes) bem como o mercaclo de trabalho, ndo se preocupando com as diferengas de qualificagao (sexo, origem, etc), A abordagem macroecondmica tem a vantagem de permitir uma melhor compreensao dos fatos mais relevantes da economia, representada assim um importante instrumento para a politica e programagao econémica. LUTAS DA POLITICA ECONOMICA a) alto nivel do emprego b) estabilidade dos pregos ©) distribuigao justa da renda 4) crescimento econémico AS questBes relativas ao emprego e inflagio séo consideradas conjuntamente de curto prazo. As questées relativas ao crescimento econdmice ea Predominantemente de longo prazo. meta de governo surgi. com Keynes, que forneceu a teoria para se recuperar 0 nivel do emprego no longo prazo. Keynes defendeu a necessidade da intervengao do Estado na economia, pela dual 0 Estado deveria garantir a demanda agregada e através do gasto piblico, manter 0 equilibrio econdmico. Fstabilidade dos precos: A busca da estabiidade dos pregos se dé em fungao do processo inflacionario que é um aumento generalizade do prego das mercadorias. A inflagao é um fendmeno inerente ao capitalismo e existe em todos os paises, No entanto, nas economias em desenvolvimento os aumentos da infiagao sao constantes, em fung&o dos desequilibrios da economia. Portanto, a estabilidade dos pregos é uma meta de governo, uma vez que a inflagao, a Partir de um determinado patamar, desestabiliza a economia Distribui¢ao de renda: é um tema que esta ligado ao perfil da participagao dos trabalhadores na riqueza social. Nas economias desenvolvidas, a participagao dos salarios no produto é de cerca de 2/3, enquanto no Brasil é de cerca de 18. © perfil salarial tem influéncia direta nos processos de distribuigéo da renda. Nas economias de baixos salarios, a renda é mais concentrada enquanto nas economias desenvolvidas a renda é menos concentrada Crescimento econémico pode ser induzido pelo investimento e pela agao governamental. O investimento empresarial aumenta a produgao, o emprego e a renda O investimento governamental induz no sé 0 investimento empresarial como também estimula a economia e reverte a estagnagéio econémica Uma politica de estimulo ao capital financeiro, com estabilidade a qualquer custo, leva a economia a recess4o e ao desemprego. Uma politica de estimulo a produgao aumenta o emprego e a renda. Os objetivos da politica econémica nao sao independentes um do outro. Ha uma inter-relagéo entre eles. E importante que a politica econémica seja realidade de maneira coordenada para que se obtenha os objetivos desejados. Instrumentos da politica macroeconémica A politica macroeconémica envolve atuagéo do governo no conjunto da economia. Para que a politica seja efetivada, 0 governo lanca mao de uma serie de instrumentos para atingir as metas macroeconémicas. Politica fiscal, politica monetaria, politica cambial e comercial e politica de rendas Politica fiscal: esta relacionada aos instrumentos de que 0 governo dispée para arrecadar impostos, controlar despesas, estimular ou desestimar o consumo, bem como os gastos privados. - Tributos a impostos em geral - Controle de despesas a funcionalismo - Estimulo / desestimulo do consumo - Gastos gerais Se 0 governo pretende reduzir a inflagao diminui os gastos publicos e aumenta a carga tributaria. Se o governo quer aumentar 0 emprego, aumenta os gastos. governamentais Se 0 governo quer atuar na distribuigao de renda ou na desigualdade regional, impoe imposto sobre a natureza ou incentivos para as regies mais pobres. A politica fiscal obedece ao principio da autoridade segundo o qual a implementacao de uma medida fiscal s6 pode ocorrer a partir do ano seguinte ao de sua aprovagao no congresso. Politica monetaria: esta relacionada ao estoque monetario do pais. Envolve emissao de moeda, renda e compra de titulos publicos, bem como a regulago do sistema bancario. Emissdo de moedas: mecanismo pelo qual o governo pode aumentar ou diminuir 0 volume de moeda na economia, de acordo com os interesses de estimular ou desestimular 0 consumo. Reservas compulsérias: mecanismo pelo qual o governo impée aos bancos comerciais a reten¢ao de uma parcela dois depésitos Mercado aberto: estrutura a partir da compra e venda de titulos publicos 340 empréstimos do banco central aos bancos com dificuldades Redesconto: passageiras. Taxa de juros: instrumento pelo qual o governo pode incentivar ou desacelerar © crescimento econémico Politica cambial e comercial: sao politicas voltadas para o setor externo da economia Politica cambial: refere-se 4 capacidade do governo de definir a taxa de cambio, através do banco central. A taxa de cambio pode ser definida pelo mercado se assim 0 governo definir Politica comercial: tem como instrumentos os incentivos a exportagao, de estimulo ou desestimulo as importagses, através de instrumentos fiscais e creditivos alem das barreiras tarifarias Politica de rendas: esta ligada a capacidade do governo de atuar na formagao e apropriagao da riqueza, mediante a fixagao dos salarios e 0 controle dos pregos. No Brasil nao existe uma estratégia para a politica de rendas, no sentido de sua distribuigao mais justa. As politicas governamentais nessa area atendem muito mais os interesses do capital do que do trabalho. CONTABILIDADE NACIONAL A contabilidade nacional de um pais mede a produgao corrente. Isso significa que nao considerados os bens de segunda mao produzidos no periodo anterior. Nas transagdes com bens, sé se considera a remuneragao do vendedor, que é um servigo corrente. A contabilidade nacional s6 trabalha com bens transacionais no mercado. Ou seja, a producdo que nao vai ao mercado no 6 contabilizada. A contabilidade nacional nao trabalha com agregados monetérios, ou seja, a contabilidade $6 trabalha com agregados reais, que representam alteragdes na produgdo e na renda. A contabilidade nacional sé trabalha com flux geralmente de um ano. Nesta conta nao entram os estoques, como contabilidade privada. A contabilidade nacional divide-se em quatro grandes contas: PIB Renda nacional disponivel Conta de capital Conta de transagées correntes ci o exterior. a ooo a cocoa PIB : é um agregado que expressa 0 conjunto de todo o esforgo Produtivo de um pais num determinado periodo. Ou seja, o PIB é a soma de todas as atividades econémicas (produgdo de bens e servigos) expresso monetariamente. Ex.: 0 PIB brasileiro em 1998 foi de US$ 900 bilhdes. PIB per capita : E um indicador que resulta da divisao da PIB pelo conjunto da populagao. Ex.: US$ 900 bilhGes / 150 milhdes = 6 mil délares Formagao bruta de capital fixo (FBK) : E 0 conjunto dos investimentos realizados tanto pelo setor privado quanto pelo setor publico. O PIB pode ser analisado de 3 maneiras basicas: Otica do produto : compreende a medigéo através da soma dos valores dos bens finais produzidos num periodo; Otica da renda : compreende a soma dos pagamentos efetuados aos proprietarios dos fatores de produgo (juros, lucros, aluguéis, salarios); Otica da despesa : compreende o dispéndio com consumo, investimento, exportagdes menos importagoes. A soma dos valores adicionais ira indicar a renda nacional, que 6 igual ao produto RENDA NACIONAL DISPONIVEL : nesta conta sao registradas todas as despesas e receitas das familias, bem como todas as receitas e despesas do governo. O saldo desse processo é a poupanga interna. CONTA CONSOLIDADA DE CAPITAL : Refere-se a formagao do capital na economia. Demonstra como foram financiados os investimentos realizados no pais. Nesta conta entram os gastos com bens de capital, estoques e construgdes. Os créditos sao representados pelas fontes de fornecimento dos investimentos. o ecocao CONTA DE TRANSACOES CORRENTES COM O EXTERIOR : esta conta é representada pelos créditos e débitos com o resto do mundo. O resultado 6 a poupanga externa Conta das administragées publicas : esta é uma conta a parte. Nela sao langadas as despesas correntes do govemo com funcionalismo, transferéncia e compra de materiais nacionais e importados. BALANCO DE PAGAMENTOS E uma conta que registra todas as transagdes comerciais e financeiras de um pais com o outro ou do Brasil com o resto do mundo. E constituida pela balanga comercial, balanga de servigos e balanga de capitais. Balanca comercial : registra todos os fluxos correspondentes as importagdes e exportagdes de um pais. Dependendo do seu resultado operacional o pais pode ter superavit ou déficit comercial. SUPERAVIT : as exportagdes sao maiores que as importagoes DEFICIT : as importagdes sao maiores que as exportag6es. Balanga de servigos : registra os pagamentos e recebimentos por compra e venda de servigos internacionais. Entre os principais itens desta conta, destacam-se pelo lado da despesa, os frutos pagos a navios estrangeiros, os juros da divida externa e os lucros remetidos ao exterior pelas firmas estrangeiras e pelo lado da receita séo contabilizados os fretes pagos a navios brasileiros, os prémios de seguros a companbhias nacionais, os juros pagos ao Brasil por paises devedores e lucros eventualmente recebidos ao exterior. A BALANCA DE SERVICOS e a BALANCA COMERCIAL conjuntamente formam a BALANGA DE TRANSACOES CORRENTES. Balanga de capitais : registra todas as transagdes que nao se referem 4 produgao ou venda de servigos ou bens. Inclui-se nesta conta os investimentos diretos das empresas estrangeiras no Brasil, © capital estrangeiro que ingressa como empréstimo, os créditos do FMI, do Banco Mundial, bem como de outros governos para o Brasil. Em principio 0 balango de pagamentos de um pais deve manter 0 equilibrio. Quando isso ndo acontece o pals usa as reservas ou empréstimos internacionais para manter o equilibrio. MACROECONOMIA KEYNESIANA A politica keynesiana nasceu em fungao da crise capitalista de 1930. Esta crise colocou por terra o mito liberal de que o mercado se encarregaria de proporcionar equilibrio e prosperidade & economia Com a crise veio a recessao econémica, o desemprego em massa e a miséria para grande parte da populagao. O liberalismo entrou em dediinio. Foi a partir de contestagao da politica liberal que Keynes elaborou sua teoria econémica. Para ele, o sistema capitalista deixado ao sabor das forcas do mercado, tende estruturalmente para as crises, com enormes conseqiléncias econémicas e sociais. Para reverter 0 processo de crise, Keynes advogou a necessidade de intervengo do Estado na economia, por meio de gastos e investimentos de forma a restabelecer a demanda agregada e o equilibrio econémico. Dessa ‘forma, para Keynes, 0 objetivo da politica econémica é encontrar 0 equilibrio econémico, mediante 0 pleno emprego dos fatores de produgao. Assim, a politica econémica deve concentrar-se em elevar a demanda agregada, por meio de instrumentos que proporcionem aumento dos gastos familiares em consumo; aumento do investimento; aumento dos gastos governamentais e busca de superdvits convencionais. © que é demanda agregada ? E a soma dos gastos das familias com consumo; das empresas com investimento, mais os gastos do Governo e as despesas liquidas do setor externo. Para Keynes, quando a economia entra na crise é necessario a intervengao do Estado para restabelecer a demanda agregada e o equilibrio da ‘economia. © modelo Keynesiano divide-se em dois estagios: 0 lado real, que envolve 0 mercado de bens e servigos e o mercado de trabalho, e 0 lado monetario, que compreende o mercado monetario e o mercado de titulos. Oferta agregada : valor total da produgao de bens e servigos finais colocados @ disposi¢aéo da sociedade, num dado periodo. A oferta agregada: varia em fungéo da disponibilidade dos fatores de produgo: terra, trabalho e capital. Oferta agregada potencial : Refere-se a produgéo maxima da economia, quando todos os fatores de produgao estao plenamente empregados. Oferta agregada efetiva : E a produgéo que esté sendo efetivamente colocada no mercado, de acordo com a demanda desejada pelos agentes econémicos. Para Keynes, como a oferta agregada potencial no se altera no certo prazo, em funcao dos estoques de fatores de produgao, as modificagées no nivel da renda e do produto devem-se exclusivamente as variagdes da demanda agregada de bens e servigos. a Assim, Keynes estabeleceu o principio da demanda agregada, ou seja, as alteragdes no produto ou na renda ocorrem em fungoes das variagdes da demanda agregada. Numa situagao de crise a politica econémica deve procurar elevar a demanda agregada. Ou seja, 0 Estado deve entrar no processo gastando. Isso permitird a criagdo de renda na economia e as empresas sentir-se-ao estimuladas a aumentar a produgéo com o aumento da produgao eleva-se o emprego e a renda assim sucessivamente. a Dessa forma, a economia recupera novamente o equilibrio, pois esse processo de retomada da produgao em um setor se irradiara para 0 Conjunto da economia num efeito multiplicador. Multiplicador Keynesiano E 0 fenémeno pelo qual um gasto, quer em forma governamental ou Privado, provoca num efeito multiplicador nos varios setores da economia. Ou seja, o aumento da renda de um setor significa que assalariados e empresarios gastarao sua renda em outros setores, que por sua vez gastarao na compra de outros bens e servigos € assim continuadamente. © LADO MONETARIO. cocoa © uso da moeda é t&o generalizado que fica dificil imaginar o sistema econémico funcionando sem a intervengao da moeda. No entanto, ha milhares de anos, seres humanos trocavam suas mercadorias sem a necessidade do dinheiro, Era a troca direta. Com o desenvolvimento das forgas produtivas criou-se 0 excedente entre os diversos produtores, o que possibilitou o desenvolvimento das trocas e, posteriormente, a introdugao do dinheiro como intermediario. O dinheiro possuiu varias formas até chegar ao formato atual. Nos primérdios da troca foi a concha, peles, sal e depois apareceu o dinheiro metalico e o dinheiro de papel. Fungées da moeda : Intermediaria das trocas; medida de valor; reserva de valor e instrumento de poder. Intermediério de trocas : nesta fungdo o dinheiro funciona como intermediador facilitador da circulagao das mercadorias. Deduz 0 tempo das transagdes comerciais, generaliza a capacidade aquisitiva e possibilita ao possuidor escolher o momento da compra. Medida de valor : os bens e servigos trocados passam a ter, como denominador comum, seus valores expressos em unidades monetarias. Isso proporciona as seguintes vantagens: 2 Cria um sistema de pregos, tomando possivel a atuagao mais racional de produtores e consumidores. a Toma possivel a contabilizagdo da atividade econémica e a administragao da produgao. Reserva de valor : a moeda possibilita poder de compra com grande rapidez e tem imediata aceitagéo por todos os agentes econémicos, em fungao da liquidez. Instrumento de poder : a acumulago da moeda no sistema capitalista funciona como instrumento de poder politico, econémico e social. Politica monetaria Caracteriza-se pelo controle da oferta de moeda e das taxas de juros, visando atingir os objetivos da politica do governo, por meio das autoridades monetérias. Instrumentos da politica monetaria Reserva compulséria : 6 uma taxa fixada compulsoriamente pelo governo sobre os depésitos dos bancos comerciais, que vai para o Banco Central. Essa taxa varia de acordo com os interesses do governo, Empréstimos de liquidez : essas operagées funcionam como um instrumento da politica monetaria, que consiste na assisténcia financeira aos bancos comerciais. Existe ainda o interbancario, pelo qual os proprios bancos comerciais liquidos emprestam aos nao liquidos. Nas operagées compulsérias 0 Banco Central funciona como o Banco dos Bancos. Mercado aberto : consiste na compra e venda de titulos governamentais. Essas operagées permitam ao governo: - controle diario do volume de formagao em circulagao - intervengo no processo de formagao das taxas de juros - criagdo de liquidez para o Governo Controle e selecdo do crédito : ¢ o instrumento pelo qual o governo intervem para reduzir 0 volume de créditos na economia, controlar as taxas de juros e limitar as condig6es gerais de empréstimos.

Você também pode gostar