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Pratica Processual Civil como Novo CPC Edgar Valles ALMEDINA ‘opezonpy Sayje, Jeap3 oemipa ad - £102 Jd‘) OAON 0 wo9 [IAIN Jenssagoig es1}e1g OBST 12 ‘E10 “PEIDOWTY HID ponssIoOUg BORPL Stor wopetny mgr sg 2p sepals op ptm, osSpo 6000 SmpeNmY ‘ong PLT RHON wIEG ‘ouNEPIG 2 ouirDejON “eoHy sim 0p 2190 o oen ooo oo ooo oe ooo 8 ooo eet ‘e107 9p oxsoBy ap oT ‘ansueg advo upntygrrs-soressBpe a2 o ered sepia segSmqiat02 9p ‘ouue osoapei zene o‘oxegen are soq]>u ps1 9 anb 2p s1=T8N0D aporfinse 2p oppuoms o wnde os oy ‘cna op soopid so ered epapiayas yum nowo, 238 anb 2 ‘aunouia.o op steinsiq soxerueD #0 sopor wo ozuemmeopgnd epeines eae ae aude Heago rsep om om (080107) 0, ‘uORFASED sresHEPTeR) SHIA} aq set “enmooid smb “joo ge seBotaw onb op seopn» sotond Sper souresa spu supe ezammied 10g, “eago ¥p oxbipe natiqo wu soghemye oparoypen| ‘e2cagud eso at cage cece i 10d seproyplead wonby syprnminy bx sogSeropisueo sepeurazep ab Zapamns on je wszpad Tu Pnszoord pba au sepampanay sepbezys sep ress 9p os ses oben pone it => tas 0 9 spuptiog v xezeymbe spruusad os uouoy 2 eupPoApnf topeid e seuady_ ‘moagp"sqoansanad yp oxbeinqye ex sopezof9 08 2 pep op assed “epPUTY 9p sepmeurag HURL > seHEK PUTTY ‘OpUFT Puy CLIgIHOSS 2p seBoos sequpa sep foxpoorou oxdungeoa# s9pts oxo mg oun op o7til tun opezpavouoo oyun or oppo nso onb ered obsos9 2 oxntsou} oad ‘eu fvsideioe 9p eionpo equa yofside now o aasamueat =p zexzp cesod ON, vad 0200 oF osSeadepe v quoqpes poms 2p ‘olmap op opberaye sty» ep otsooid op mores) sued epunSor gon onb ou axommepadto “oaou aun 9p ex 28 anb soap x aussie om anb oxsust eeporyoud om for ‘ergo walop epepr opsjsoneoptused onbo “eaojdp anon o ages orrapaa« aed stoapruadeparonSesszou00 3 9p sue onsoiy op spur ouayd mie “to205) “a scabs 20d ope arb eps 13¥')a2 enw op a08ta m9 epeua 20H jf eoD wo reUOoUe mnRasuOD ‘TaNRD wer yDI03 WINL3S ¥ VLON MS naar SaQa1cE savivaavoaa. a9 OAON 0 WOD TIAID TYNssHDOMA VOILYAA ‘3p oF ws opeFoupe um no opp Berx0 opeBoupe un oul sougoruos to ops sonse pean de eBojcatosp op oppupdazoo conugrne um eaesaz ‘qensseo0sd-ooqasp1 eamogodueo ens ep assos opeBindso 28 ‘omg 299 ‘ARTY -sougassintasezjo0 ‘soa.ap uni epro op epiadsa ep 208 samen orerpod anb seer oaae op eae -ade> 9p sopmyjoo ‘toonpad equotazsourixa soureruca ap opeyqufad ois} pny, -eutod woq ¥ ao] 0 onb eed ‘ondansus "came o nb» opens ope onary wa} en op aa cmsando wo opnsjodep gas onecordooprBoap o wooed a ps oras ord 0 9 o15j ‘opeBaape 0 ‘onbojue owes ‘eauqsayas ap owed omton way Ago 05539 -oxd op exej§ nb eaBspioge ea ‘oj oprep ‘pre ot] ssp opepyBO ¥ “esodtar #ofoyopep ‘suaa ne ‘oppoezede assoan yf ozarl us0 26 47] souecap so.go mb sayy, caadures tase -amtod om sppantogo ab wo pean p ager maquT p 9-0193097 B9pUO we opSeuLI0} roqaoos tga anb sorspyBeIs9 Sop ‘sopuemLio} sop ‘sassaty op fanadasad wu zanoiose ap oped tog au anb oyesap 0 aazxso ‘osSmp commer esos op ed ny 8 sous mn soupy sou ypenen ofa opens anbexouear rar p pao ymnsteooudeonid vp rum o wpioge ol 2 olaysaud Arn pr mma do i af (deen ds dee sévogado deve aconselhar Inceresse em que o acardo ‘eu proprio salientava nas ‘© advogado tenba procuracso com poderes ‘oacordo extrs judicial, sobre honoririos, que & de todo o inte- A seguit, na estrutura desta parte primeire, vem um capitulo sobre as pares © seus mandatirios. [As pessoas pensam que « outorgs da procuragto é ums mera formalidade, mas ¢ tndispensivel, como refere 0 autor, explicar ao lente o que & 8 procuragso ¢ os poderes que sio concedidos. erandcio ‘Tado isto vem muito hem tratado neste capitulo, O mesmo se passa sobre 2 renincia & procuragio; os procedimentos présicos a edoptar quando se quebra a to iepedimento, © prazo supletivo, a confianga do procesto, tudo iso ver tratado de forma pedagigics. [No capitulo VI aparecem multo bem esquematizadas as fuses do processo, com $0 alegasfactos, o tribunal nZo vei procusa dees ¢ nto se subsicl 40 sutor Seleccionar os factos que realmente constituem a causa de pedi. Verii- ‘cat os mes de prove. Transportar para oaticalado, signin articular os fctos de scordo com a estratégia process E nigorosamente assim. Dito autor e cu rubsorevo:o mandatirio deve evitartrenspor para os articulados as emogtes e o subjedvismos das partes eaticlarfactos eno emogGes das partes ouconceites normativos. ‘Quantss vezes nor etquecemos desta norma edo velho brocado latino: “Da mht faccam, dabo til jus" ‘Os restantes ariculados, contestagto,réplice ¢ articulado superveniente vem smuto bem tratados ‘Atendo-me agora a0 saneamento ou condensacho, Este capitulo estk muito ‘bem tratado no Ivo, A importincia da audiéneia preliminas, quando ¢ levada efeto mais uma vez na éptica do advogado que para a deve levar umpr smatéria de facto relevanteassente€ a provar.O advogado. 4 stuagées ao improriso, A preparacio da audiéncia preliminar ‘um dos trabalhos mais espinhosos, que deve ser feito culdadosamente. A reall- :agfo, por sua vez, emi conjunto com o advogado da parte contri eo juz, multas eres ado é facil [No que toca aos metos de prov capitulo IX, chamo « atengio para a carers, squildade dae consideragSee do autor sobre a prova testemunkal ‘Tudo isto vem culminar com auditneta de jlgamento {PRATICA ?ROCESSUAL CIVIL COMO NOVO CRE Permito-me aqui realgar 0 que dizemos frequentemente tos advogados asta~ ‘gris ands preprios. A primeira regra é que oimproviso¢ dote de alguns. Teros der para a audiéacia de julgamento muito bem preparados, com o proceste extu- dado. Nao é com o procssso ido. E eseadado. Preparar o julgamento com a parte é indiepensivel, até pare a parte perceber a cals do proceno, Has apo ec rato bem bord -nagfo de data para o julgamento que o advogado deve ao cli ‘sativo da proviso, pis esse € um perfodo decisivo tendo do processo. Até por uma questio de sobrevivéncta: 0 advoge pode esperar pelo final do processo para receber a totalidade tem direito Por ouzo lado, como o autor bem slienta no capftule da sentenga, tam ‘bém porque seo cliente nfo fica saisfeito com o resultado, ver mas reluréncla em Pagar. ‘Brealmente de boa pritica na advocaci receber parce dos honorisios ao longo do processo, através de provistes. Finalmente, a parte I, que chamo atencto, nfo ¢consticuida por minuas mas textos de apoio em que aparccem representados vérios documentos que comple~ ‘Tem de ser visto ¢ analisados na 6ptica do livro, com um conteiido pedagégico. ‘A edigfo da obra é da Almedina, como sempre impecivel, na sua claboracio. deiramente de um manual de um gute, se trata Depois, agradecer-The, em meu nome eno dos restantes formadores deste Cen~ sdvogados ¢a todos os que, jo sendo, queiram reconfortar-se nos sensatosensina rmentosdo sew autor. PRAPACION (Emtractos da intervengio de improviso do Dr. José Granja Bento, Presidente do Centro Distital de Estigio de Coimbra ¢ formador de Prétics Processual Civil, proferida em 23/3/2006, na apresentagio da primeira edigSo do livro em CColaabra, em sesso omganizada pela Ordem dos Advogsdos). [Nota do autor: na 7'edigdo do livro, foram suprimidas as referéncies do pref’- ‘io « matéria revogeda pelo novo CPC, como é 0 caso da tréplics. SUCSCCLLLECELELELLEL ELLE LECELELLELEELLELUULUELELECLELCLLLLELOLEL ooesto Civil esl ceserrdo aosacadémicose aos cagistiados? No. 3eitncieprofissional, também pode edevem eserves. repondendo tn w deni de Reon Sb, ie SSSR SSHSHEEESSSESSSECCSELELELELELELELELELELELLELL IVIL COM @NOVO cre csorever,« ‘pi ed para fora trabalho, reunl as experiénctas destes anos de formasio, oni ‘rabalho profisional, no terreno (como agora se diz) ¢ eis a obra os pritics, elementos de estudo, dirigidos aos advogados ‘io, aot advogados forens © em geral aos que se pretendem agra, abrangente; a segunda inclui 2 marcha do procesto, Parte! final sobre cura terccirc time Elementos da Agdo Declarativa ‘Todos of artigos indicados sem referencia expressa a digas ou diplozoai refe- seme 0 Celio de Processo Civil Este trabalho nfo visa substiuir a formagio do Centro Distal de Estgio, nas mote of suas verentes dversficadas (sessbes de formagéo da primeira fase, segunda fase, ; ¢ antes um meio auxilir, complementar. As opinides expressas sfo da. minha exclusive responsabilidade, pelo que nfo podem ser invocadas come posigso de outros formadores. De realgar também que o verdadeiro process civ se aprende com apresenga ¢ intervenga9 nos ribunals Deveria rferir equi os virios amigos (advogados e magisirados) que me ajuda um ¢ que deram 0 seu contributo proficuo em sugestdes, corregbes ¢ na propria. reviso, Mas cotteria o isco de omitiralgum, tantos e te bons Blas, Tam- i ‘bém destaco o muito que aprendi nestas milhares de horas de formacéo. | Finalmente, uma dltima referéncia~ last but not least ~a Ana, 20 Lais¢ 20 Fran isco, a mina famila, que cempre me incentivaram ¢ que sabem compreeader o& meus “recolhimentos”e "sofrimentos’, partihando igualmente os sucestos. (ansito de 2006) Capitulo! OAdvogado e o Cliente 1. A CONSULTA [Nos manuais de Processo Civil das faculdades estada-se o processo civil come- ADVOGADO ————> ADvOGADO \ ce ‘Substabelectmento | PRATICA PROGESSUAL GIVIL COMO WoWO CRE A procuragio é outorgads « um advogado, Mas o que acontece se estiver marcado um julgamento inadifvel para ama~ ahi e nio puder comparecer? Terd de solicitar.a um colega que o substieua, ‘Esse colega irk. ao tribunal com uma substabelecimento do primeiro advogado = doe.2, anesn, O substabelecimento um documento pelo qual o advogado transfere para ‘outro os poderes forenses ‘beu do clicnte eplme era diferente; tomava-se necessétio que 4 procuragio ao primeiro advogado mencionasse expressamente “incluindo os Poderes para substabelecer’, para que esse advogado pudesse soliciar a colabo- ‘aso de um colega ¢ outorgar o substabelecimento. Apesar de o atual Cédigo Civil estar em vigor desde 1 de Janeizo de 1967, ainda persiste o babito de colocar, em muitas procuragées, a formula redun- dante “incluindo 0s de substabelecer”, No caso de substabelecimento com reserva, os honoririos do advogado a _quet € outorgado o substabelecimento sio pagos pelo primetro advogado, ara. ‘vés da provisio que recebeu, pois a relacto fol estabelecida diretamente entre 0s profssionals. CoM Seo substabelecimento for efetudo com reserva (esta mengio figura no pré~ prio documeate},o primeiro advogado manttm-se no processo, pois guaidou (eservou) para siuma parte dos poderes.O “novo” Uinitou-se aintervir de forma avulsa no processo. Porém, a secretaria passard a notificar 0 novo advogado (substabelecido), a info ser que seja solicitado expressamente que as notficagBes continuem a ser ‘fetundas para o primetro mandatéro. “A partir do momento em que ocore 0 ssubstabelecimento num outro advogado ~ ¢ tendo em conta que este io res. ‘singlu, por qualquer forma ou com vista a pritica de determinado ato, os pode= res forenses que, pela ora xeclamante, foram conferidos i entto sua mandeticia ~, a8 notificagées que, nos autos, houvessem de ter por aro aquelareclamante, teriam de ser feltas na pessoa do advogado substabelecido” (acérdo do Tribu nal Constitucional de 21/6/2000). manparAnios Quando o substabelecimento mencionar 0 woedbulo *sem reserva" o advogado Inicial afasta-se completamente do proce sixando de ter quaisquer pode- ‘es. Osubstabelecimento sem reserva implica a exclusdo do anterior mandatério. © mendatirio, é de bom tom 0 jrogado sugerir ao cliente que obtenka 0 concurso de novo mandatério, rs ts atte Ste healt» oan dx ner mtn ‘ante, sem que fque evidenciado no processo que ocorreu nature entre a part= 0 seumandstirio, “bem come ratica 9 proceed na ag cos teninos corer bo Julzo Ctrl, pros. nt. Odes. 4, anezo, constitui um requerimento de Jungio da procurscéo, Se, porventura,« procuragdo tiver sido outorgeda antes da data da interven ‘eo processual, entendese que nto ¢ necessiia a ratfcacto; “a nfo apresenta~ (0 jut profere decisbes no processo. or despacho ou por sentenga. ‘A sentenca pée termo a0 proceso e, por isto, se autonomiza em relaghe 60 despacko- (O tibunal nfo é um brgio fechado ¢ isoledo do mundo. ado local, em outra comarca. Se o processo corer em Fao, operto nto se val deslocar a Braganga, onde se localiza oimével ert enada carta preci pare | otibunal onde se sus otn6ve | AS cares rogatéris fo muito utlzadas para inguinigfo de txsemunkas | residentes no ertrangeto, que no se porsam deslocar Portugal Atestemauahs reside em Cabo Verde eo autor pretende «sua ingulifo sobre deerminado | facto. Pede ao tribunal que essa inquirigio seje efetuada por carta rogatéria. O afbunal portugues solcea aos tribunals de Cabo Verde ralizagso da di stadia, Se bower possbildade de reliaagfo de teleconferéncia, a inguiito | ser efecuada por ess forma, PRATICA PROCESSUAL-CIVIL COMO NOVO CPC cla de tramitar o processo, Garante-se a “alcatoriedade no resultado ¢ igualdade na distribuigio do ser- igo” (art 204%, n*1), ‘As causas que por lel ou despacho devam consideras-se dependentes de outrassdo apensadas aguclas de que dependerem (art. 2068, n?2).Por exemplo, ‘0 processo de incumprimento de responsabilidades parentais corze por apenso 29 process onde se ten vercdo «regula ds resposablldades puren- ‘Coma distrtbuicfo,¢atrbuido um nimero de processo préprio, endo colo~ ‘cada uma caps com esse niimero, o nome das partes ¢ a ldentificaco do man- daritio do autor, 3. ANOTIFICAGAD AVULSA Um proprictério celebrou um contrato de arrendamento, O ingutlino detxou de pagar a renda hé 4 meses, razio pela qual o seakorio pretende pdr termo a0 contrat. ‘Nos termos do art. 1083°, n* 3, do Cédigo Civil, é inexigivel ao senhorio “a ‘manutengio do arrendamenso em caso de mora igual ou superior a dois no ‘pegamento da renda, encargos ou despesas” sendo a resoluglo pelo senhorio ‘operada por comunicacio & parte onde fandamencadamiente se invoque a obri- sgaqio incumprids" (art 1084, n?2, do Cédigo Civil). Por sua ve2, 0 art. 98, #7, da Lei n* 6/2006, de 27 de Fevereiro, etatui que “a ‘coenunicacto pelo senhorio destinada 3 cessaqfo do contato por resohucSo, nos ter~ sos dont 1 do art. 1084 do Cédigo Civil ¢eferuada mediante notiicago aval, ou ‘mediante contacto pessoal de advogado, solicitador ou agente de execusio, sendo feita na pessoa do notificando, com entrega do duplicado da comunicagio cépia dos documentos que » xcompanhem, devendo o notificado assinaro origina!” or essa razdo, vamos utilizar a notificagio avulsa (na gira, designamos noti- ficagdo judicial avulsa, mn cago avulsa) para resol temos uma notificagio que consti trulo executive, permitindo instausar a cxecugio para entrega do Tocado no Balcto Nacional de Arendamento, ‘A vitima de um acidente de viagto pretende propor acfo de indemnizacio, mas 0 seu mandatirio ainda necessita de elementos. O direto ests em vias de preseriso. Mas uma vez, temos a notificagéo avulsa. No primeiro caso, pars efedivar a resolugdo, no segundo para fazer interromper a prescrigho (art 323°, n 1, do digo Crit). Consiste a notificacio avulsa mum requerimento dirigido a0 jut, em pede 20 tribunal para proceder 20 ato de entregar a comunicasio (art, 256%). A notifcacio € entregue na secretaria por requerimento, ¢ em dupticado, havendo despacho prévio do juiz, De notar que 0 novo CPC sujeita 2 notificagto avulsa a distibuigéo (art. 212H), 0 que nfo sucedia anceriormente. As notifcagbes sto habitualmente fitas pot agente de execuslo, deslgnado para efeito pelo requerente ou pela secretaria ou por funciondrio da secretate. (Os advogados evita faz8-las, embora ale o permite. agente de execucio procede & entrega 40 notificando do duplicado e da cépia dos documentos que o acompanham, lavrando-se certo do ato, ‘Nao admite oposigéo, pois nfo ¢ uma agio judicial. Consiste, como o préprio nome indics, nurma notficagfo efetuada por via do tribunal, mas solene e for- tal do que a carta registada com eviso de recesio. onsutuncampo fr parastmereng de xdmgedo em sempre de damente utilizade, Por exemplo, o cliente emprestou 4 outa pesés, sem que esta, documentos comprovativos. Em vez de se propor logo a agfo judicial, poder urizat-se a notiicagio avulsa, em que tirlo 6 advertido solenemente de que deverd proceder & restituigio do valor mutuado. Mesmo que a quantia. mntrato de arrendamento, Eim vez da sentenga, “ Fe eee UTE ETE SEE EEE EESSSESESSESSESSSSHRSSEESSESCEEEESE a, 0 silencio do devedor, que no reagiu 4 esta interpelagto ‘alo deixari de ser interpretado para ajudar a formar a convicgio do txi- Dbunal (ao caso de propositura da apo) de que ocorrew efetvamente um mituo.. | ‘No doe. 12, anexo, reproduz-se uma notificagio avulsa, para resolugto do | contrato de arrendamento, f Capitulo V | Formas de Processo 1, PROCESSO CIVIL E PROCESO PENAL Frusttadas as hipéteses de acordo, o cliente di-nos instrugtes para “ir true sal” ou “avangar com o proceso” ‘Tratarse de uma decisio que deve ser tomada de forma consclenta pele cliente, previamente esclarecido sobre as vantagens e dervantagens Inareatee Avia judicial, | ‘O cliente pretende a realizagio da justia. Mas as vias procesruals thn de ur, *"h | prevlamente definidas. f ‘Se um de nds pretender ir do Porto pera Faro, nfo se dirige para a primate bi. vit de comunicagio que Ihe surge pela frente. Arrisca-se a nfo sulr do Porto @ “a petder-se pela Foz, Tem de, previamente, escolhera via, ocamiaho, oinertsto, Verifica-se algo de semelhante com a escolhs do procesto. (O cliente conta-nos que fo! agredido por outra pessoa, que lhe cxusou leaBes i fisicas, Num caso como este de iicito penal e ilicito civel,veremos de configurar ‘uma primeira opgio, entre 0 procedimento criminal, com apresentagio de queira, oua agio civel. Essa opgio implica a avallagdo de um conjunto de fatores. ( processo crime tem a vintagem de a fase de investigecin, correspondente so inquérto, recother elementos de prova, com a realizagio de atosediligéncias pela autoridade policial, O pedido indemnizatério é formulado no decurso do ‘préprto processo, em obediér cia ao principio da adesto ou da suficitncia penal Ascustas so menores. Mas também tem algumss desvantagens. Como esté em causa 8 aplicagSo de uma pena criminal, prevalece o principio da presungio de inacénela do ego na base de uma prova mais ‘No procesto civil, vigorao principio dispositive, consagrado no arts, cxjo nl, impée &s partes o dnus de “alegar os factos essenclals que constituem 2 causa de pedi”, As partes tbm de apresentar a0 tribunal tas factos bem como cos meios de provs com que baselam as sas pretenses. O lesado poders, face as lrcunstincias enunciadas, optar pelo processo chil “Tudo depende da siouagfo concrets da avaliagio de um conjunto de fatores. EXEMPLOS CO cliente entrege-nosum cheque sem provisio, emtido pelo deveder, pretendend © nosso cliente o ressarcimento do prejuizo,correspondente 20 valor d Diz-nos que o sacador do cheque ni tem quaisquer bens, Pat ‘ correr a0 processo civil, bens paciente, ‘0 advogado da vitima tentou reconstitur 0s factas, de forma a apurar res- ponsabilidades, tendo deparado com um muro desiléacio. Ninguém sabianeda,, | na sala de operagbes. Como nio tinhe fo Sus pene hipéteses, apresentou uma petigSo deficiente, em que imputou ao cirurgio a responsabilidade. Nao conseguit fzzer a prova. Se tivesse optado pela apresentacto de queira criminal, possfvelmente cbter-se-iam elementos de facto relevantes. nquanto o processo civel 6 suscetivel de desisténcia e transagao (acordo), rocesso criminal pode contribuir para agravar as relagSes entre os interesssdos. No processo civil, pede-se a0 tribunal a tutela do direito, que satiafage ume pretensio. No processo crime, que castigue. ‘Imporza ter muito euidado com as prescrigGes do diretto, “ tcorru um incéndio na sala de operages, que oiginou quelmaduras graves | eee scree i i" { { ! } PORMAS DE PROGESSO temos agora um segundo trabalho a ¢fetuar: ago declare: “A potegouridica através do abunas implica odireito de obter, em prazorao- sre, uma decsdo judicial que aprece, com forga de caso jolgado, a pretensio regu Jarmente deduztda em Juzo, bea com a possbldade de a fazer exceuta” (art. 2). [Esta €« grande distingZo entre o processo declarative ¢ o executivo, a dife- renga entre 0 doclarar c 0 executar. ‘No procesto declarativo, o autor aprescnta uma peticio, em que expoe «5 suas razdes de facto e de diteito e pede ao tribunal que profira uma sentenca & seu favor. ‘No proceso executivo, fot proferida uma sentenga ou existe um doctimento ‘aque a lel atribui a natureza de titulo suficiente para 2 existéncia do direito ¢-pedese a intervengto do tribunal para dar cumprimento efetivo ao que fot declarado, Se 0 cliente tem jé a seu favor um titulo executivo, see a sentenga, novo CPC reduziu drasticamente a exequibilidade dos documentos particula- tes, sujeftando-0s 20 crivo da injungio. “Asparce contrirlareconhecew a divida, nume letra que aceitou, A letra, titulo de crédito, constitul titulo executivo, No requerimento executivo, importa ale- _gat, no espaco correspondente, os factos constitutivos da relagdo subjacente, ou sj, da relagdo que deu origem ao aceite da letra. ‘Nio € necessirfo pedir ao tribunal que declare o dircito, através de uma sentenga, pois 03 documentos sio sifcientes. ‘Seo portador de riulo executivo propuser ma agto declarativa, obterd sen tenga condenatéria, mas terd de pagar as custas do processo declarstivo, pr ter ‘wsado desnevessariamente este processo (art. S35t, n*2, alc) 3. PROCE! comuM © processo comum é a regra,o processo utilizado em geral (ert. S46"), ‘0 processo especial é a excecte. Aplica-se @ todos os casos exprestemente designados na lei (at 2 do artigo citado). Perente uma determinada sieagfo que jusifica a propositure de uma acio declarativa, varsos verficar se a agio que pretendemos propor vem regulamen- tada como processo especial, no CPC ou em outros diplomas co CeO REESE EEE OTE EU ET ES SEES ESE ESS EEE ES ESE EES ES A Lei 2? 61/2008, de 31 de Oucubro, aprovou o now regime juridic div6rcio, introducindo profundas alteragdes. viropop ue concent oi im soaendinents dom Process0s especias:justificagto de auséncia, interdigses e inabilitacSes, prestagéo de ceusio, consignagio em depésito, divisto de coisa comum, execugio espectal por alimentos, liquidagio ‘de heranga vaga em beneficio do Estado, prestagio de contas. ‘Se houver processo especial, no cabegalho ds perio escrevemos “vem pro- or agto expecial de”, ne ‘Hat as gb expeciis que nfo estéoregulamentadas no CPC destacase pel ‘requtncla com que éutlizads, a agio especial para cumprimento de obrigagées pecunliris, emergentes de contrato (designada abreviadamente por AECOP), | revista n0 Dec.-Let n? 269/98, de 1 de Setembro (que aprovou o regime das { {njungbes,insticuindo também a agfo declarativa especial). EXEMPLOS O esado num acidente de viagio pretend oressarcimento dosdanos,emacéoa | ‘Um empresa vendeu produtos a outra,no valor de € § 000, que nfo foram, ages. (Qual forma de processo? Aglo especial, pare cumprimento de obrigagées ‘Quando iniciet a profissdo, er fequente ot advogados assumirer 0 patrocinio pectniérias emexgentes de contrato (Dec-Lei n* 269/98, de I de Setembro), de falsosdivézcios lig caso néo opte pelo procedimento de injuncto. | {Um dos requisitos para 0 mituo consentimento consisia om estarem os (O CPC regulamenta minuciosamente a tramitaglo do processo comunn. 4. HANS. PRO PECIAL DE DIVORCIO SEM 0 0 OUTRO CON, ‘mente na reconciliegio, pelo que os advogedos avisavam os clientes de espe- cial predilegdo do magistrado. Um deles, tendo feito um curso de eristandade © Enire os processos especials, quire realeeo processo de divércio. aa ae SS aE PRATICA PROCESSUAL CIVIL COM O NOVO GPC colocedo um crucifixo no gabinete, vangloriava-se de ser um pacificador de lanes desavindos, para desgosto dos advogados qve vam os honoririos sofrerredugo Inesperads, ter injungto; quando prevé que possa haver oposigSo, é preferivel optar gfe especial 6¢0 va sder esse valor), sido deferida acuradoria provisérs ou defintia; ecessria autrteago. 8) Gonfnoagto de sos paces plo repretentante legal do incape sent | ida nfo exceder o valor de € 15.000) cupela ago | -Autocizao para a alleaagio ou oneragto de bens do ausente, quando tena | FORMAS DE PROCESSO © pedido ¢ apresentado junto do representante do Ministéri Publice, com -Lein® 272/2001, de 13 de Ouabro, foi alterada pelo Dec-Lei nt 324/ /2007, de 28 de Setembro, pela Let n® 61/2008, de 31 de Outubro, e pelo Des “Lei n? 122/201, de 26 de Agosto. 7. PROCESO DE INVENTARIO A Lein* 23/2013, de S de Margo estabeleceu o regime jutidico do prodesso de {nventésio. A portaria n° 278/2013, de 26 de Agosto, regulamentou.o processe- mento dos atos¢ termos do inventério. ‘Com entrads em vigor «1 de Setembro de 2013, o inventério passa ser da competéncia dos notérios, incumbidos da sua tramitagio. Com esta medida, que io entusiasmou particularmente 0s notérios, os visiilidade, neste tipo de processos. sua vida profissional. O meu “calhou-me” na década de 80, sendo o inventariado um préspero agricultor da regito de Alenquer, proprie- trio de numerosos prédios risticos ¢ urbanos. No final do processo, a minha lente, viiva do inventariado e cabega-de-cnsal, pretendeu pagar os honorétios ‘coma entrege dc uma propriedade. Como o nosso estatuto exige que os honoritios sejam saldados em dinhetro, fopodia aceitar, pelo que a cliente teve de vendet a propriedade para entregar a quaatia que correspondia. “bom inventério”, sentindo-se prejudicads pot nio ter podido entregar o imével. Criosamente, anos mais tarde, patrocinei umi cliente, arquiteto de pro- fissfo, que tinha partictpado nos trabslhos de especialidade para obtencio de alvard de loteamento, Como contrapartida da sua prestagfo, tinha sido acordada 4 entrega de dois lots no futuro loteamento, 0 que nto se concretizou, Preten- dia o cliente (¢ consegulu) a execucio especifca do contrato-promessa, onde cestara convencionada a obrigacio de transmissio dos dois lotes. o PRATICA FROCESSUAL CIVIL COM 0 NOVO CRE Se, em vez de um arquiteto, tvesse sido um advogado a formular 0 pedido, terla sido considerado um pedido contritio &let.. 8. JULGADOS DE PAZ Os “puristas” nfo gostam muito, mas esti iraplementados e funcionam, Os Jul= ‘gados de Paz j& cobrem vastas dreas do terrtério nacional e constisuem meios alkernativos de resolugio de litigios. ,Foram insttuidos pela Lei n* 78/2001, de 13 de Julho (Lei de organizagio, compettncia ¢ funcionamento dos Julgados de Paz), que atribuiu competéncia para a resolucio, entre outras, de questées cujo valor nto exceda a algada do tribunal de i¥instincia: 4) Agbes destinadse a efeirar 0 cumpzimento de obrigngSes, com excegio das Se ean or ben rena prin de ques teak lo redo direttose deveres de condéminos, sempre ques respetiva do sobre a obrgstoriedade de compromisso arbitel vvarandas ¢ obras semethantes,estiicidio, plantacio de érvores e arbustor, paredé cemuros divisérios; ©) Ages possessdras,usucapito e acess; ‘f)Agdes quereepeitem ao uso eadministriglo da compropriedade, ds superdcie, do usuato, de uso habitagioe ao dieito real de habitaca periddics; B10 3 dim repro 4 anentamente wb, exe er Peet A) Ages que respeitem &responsablidade civil contrarual e extracontratual; £9) Agoes que respeitem «incumprimento contretual,excato contrato de trebalho arrendamento rural, ‘A Agdes que respeitem garantia real das obrigagbet (art. 9, n# 1, do diploma). E priilegiada « medio, com servgos priprioseestimula-s a justa com> de 13de Julho, aumentando signticativamente as competéncias as) idosde paz, a0 arbule-hes a postblidade de fulgar casos cujo valor econémico possa tingle € 150000 (em ver dos € $000 delet entero). CBRE REESE SIAR ae a dd hdd dd dddedededtdndtatd dail ‘Tombéon foram atsbuides compettncias nas soguintcs matérias: 1) Age que se destinem aefesivaro cimprimento de obrigagtes, com excegto das suc tenhem ‘cumpriment de obrgarSopeeuniriaedigam respelta um fanrat dendest;(.) Apter de reivindiapto, poseséras, nsucapit, acssto © divsao de cotsa evo (oo) “Houve ainda alteragées significativas em matérie de custas, quando os pro- cessoetransitem pars a It inscinela. ! | | Capitulo Vi Processo Vomum: Fases ¢ Principios 1. FASES 00 PROCESSO [Na anterior edigto do livro, escreviamos: “As ses do process sto: ARTICULADOS SANEAMENTO INSTRUGAO JULGAMENTO SENTENGA ‘Agora, com 0 novo CPC, a fase da tastructo, entendida como 4 indicagto dos meios de prova pelas partes, foi suprimida, muito embors possam existir ligtacias de prova antes do julgamento. Os meios de prova sto indicados com ‘es articulados. ‘Come tl, a fuses do processo passam a ser: ARTICULADOS | SANEAMENTO pees SENTENGA ou CONDENSAGEO ‘Na fase dos articulados, as partes apresentam, por escrito, s suas posigdes € provedem é indicagio dos meios de prova. (O autor elabora 2peticio iniial, com formulagio do pedido. O réu contesta, podendo deduzir reconvencio, ou seja, formular um pedido cruzado, auté- omo, contra o autor. n SUE GEL ERLE ELLE EEL LULL LE LUELE CE EELELEEELELELLECEEEEEELS manica rnoet rm. come ovo cre Ape le reconvengio ¢ possivel responder 8 contestacto, através dovartio ado réplice. Ou sj, écixa de ser possivel responder &s cexeeedes por melo de réplica. Na fase do sancamento ou condensaglo, o processo é “peneirado", defi- rindo-se as questdes que realmente interessam ¢ sobre as quais vio incidir os temas da prova, decidindo-se as excegbesdilatérias suscitadss No julgemento, vai ser produzida a prova. A sentenga consticui uma decisto sobre « pretensto formulada pelo zutor «pelo réu (em caso de reconvencio). Séo conhecidas as excegées perentérias. ‘A sentenga aplica 0 dizeito aos facros provadose absolve ou condena. (O contesido da propria sentence esté dependente das fases anteriores, todas elas indissoctéveis, 84 08 factos nko se provarem numa acio declarativa de condenagfo a sen tanga nerd a absolvicto do pedido, fe wma das partes ndo estiver satiseita com a sentenga, que Ihe fol desfi- vvrtetl, poder recorrer para o tribunal superior, se estiverem preenchidos os ‘requisitos para tal. tadas as mtiplase mindsculespecas dum reldgio, paras fear @ horas" Calamencrei, lpg XI). necessésio perceber 0 ‘mecanismo, que leva ‘Da mesma forme, de nada serve estudar o8 atos processuais se nfo ivermos ‘uma visio do conjunto, de ligagto entre a fases. EXEMPLO apesiotncldeum alent de vito onto elegou que vinha aaravesar adeira, quando fo atopelado pelo condutor de um velculo, o qual cidade superior a 80 Km/h. e que nao travou. yu uma versio que contém outros factos que suportam o pedido formulado, O articulado pode estar perfeito, em termos de redacio formal, mas 2 agio esté condenada ao fracasso, se 0 autor nfo conseguir provar os factos essenclais,o que permitirs a procedéncia do pedido, No caso de euséncia de prova dos factos essenciais, constitutivos do direito, a consequéneia tem de ser ‘uma sentenga desfavorével, por mals razfo que assistam ao autor. PROCESSO COMUM FASES PRINCIPIOS 3, PRINGIPIOS ‘slém ds ligaglo entre as fase, importa apreender, deforma priticae dintmica, ‘osprineipios do processo civil, aplicveis «todas 2s formas de process. "0 Gédige de Processo Civil inclu 1085 artigos; lém do CPC, outros diplo- snas contém normas processuais. ( legislador nfo consegutu, no entanto, prever todas as stuagbes [Em catos omiztos, ointérprete necessta de recorrer aos principios gerals do procesto cil, para encontrar uma Solugto ‘Necossta também desses principlos para interpretar as normas e pautar @ sua atvacio de forms adequada [Na incexpretagfo das normas, é necessério ter bem presentes esses priacl- pios, considerados por Anténio Santos Geraldes auttnticas “bélas de sinaliaae 40" ("Temas da Reforma do Processo Civil, Almedina, tomo, pg, 21), Dal orelevo conferido neste capiulo, Qual a azto de ser do principio da ofcalidade? O Dizeito Penal & consl- derado um “Alrelto de protecio dos bens fundamentals da comunidade” € 0 Eeditora, pig. U6). Dai que e gene {dere a promogio processual das fosamente e de forma independente em assim. O processo civil émeramente instrumental direito civil. O direito civil baseia-se num conjunto de onstituem direitos a favor de pessoas singulares ou cole ‘Um comerctante vende deverminados pradutos, que nio io pagos.Se nada ize, 4 divida nfo serécobrada.O Estado poderd reclamar o VA da venda, ao proprio ‘comerciante, mas nio ird atuar como cobrador da divida, ao servigo dovendedor, ‘Tend de ser este a ter de recorrer aos tribunals, © proprietéro de um imével arsndado toma conhecimeato que 0 tnqulino pig 426), © acérdao da Relagio do Porto de 12/10/1993 considerou. que o juiz fo pode "convolar o pedido de reconhecimento do direito de.propricdade “1A errada qualifcago Juridica do pedo ndo impede oz de, obsorvando opis tn dunt ican pda Serene conformer 6 de PC. TT Nio ofende aqueleprnciplo, ocaso dos autos, terse pedido decarctode ssulago de cero contrat, acabandoojulz por declararasuaresougio Tl -De igual modo, sambém nfo impede o juz de quilifcar como empretada 9 negéciojuidico que as pares eo prépro trfbunal belam qualifcado de compra ¢ vende’ (BM), 418, 710) ” : : {PRATICA TROCESSUAL CIVTL-COM 0 NOVO CFE Em muitas petigbes, os autores fornulam, como pedido, “o despejo", Ora, despejo ¢¢ ato material de entrega do locado, que nio se confunde com aque nio seja pedi «resolucSo, mas sim o despej, qualfica de forma correta¢ pretensio, decetando a resolugdo do contrato de arrendamento eo consequente despejo. a verdade, 0 pedido de resolugio et implicto no pedido de despejo ‘Numa agfo de acidente de viago, o autor alega factos que consubstanciam calps do outro condutor. Niose prova aculps, Maso tribunal pode proferir sen- tenga condenatéria com base em responsablidade objecva ou pelo sco (desde {que e provem os requisits desse tipo de responsabilidade), ‘Também se entende que nas ag6es de acidente de viagto o tribunal pode coadensr em danos morals superiores aos peticionados, se nfo for ultrapassado 0 valor do pedido global, EXEMPLO Foram pedidos danos morais no valor de cinco mile . Assia, no exercicio do prudente arbirio,o julgador parcelas indemalzatérias, desde que ni seja excedide o pedido total” (acdrd0 do ST}, de 17/5/1983, BMJ, 365, pag. 655). ‘A-sentenga nfo pode condenar em mais ‘Mas poderi condenar em menos? Pode. Se o autor pede a condenasio do +744 no pagamento de mil euros ¢ «6 logra provar que a divida é de quinhentos, 4 condenagdo seré de quinhentos euros. ‘Do nt 1 do art. 661¢ do CPC. resulta que a sentenga néo pode condenar em mais, mas pode condenar em menos; za agéo em que se pediu a demoligio de toda a obra, on seja, a demolicto de ‘todos os 250 m2 de que ela se compunha ese condenou a demolir apenas parte ela (50 m2) para que « obra fosse limitada aos aprovados elicenciados 200 m2, eondenottem coisa diversa, do pedido” (Acésdio BMJ, 409%, pig. 889). 2 de vinculagio do juizza0 pedido formulado pelo 1Nas ag6es de poste, considerando « dificuldade de o autor qualifier os atos e tercciro, bem como a possbilidade de modtficagto da situagio de facto ale- grda, o juiz deve adequar a deciso, “de acordo com a situaglo realmente verif- cada” (art. 6098, n#3). | eee eee eee eee eee eee ke eee ee eee ees sees PROCESHO COMM ‘Também na agdo de divércio sem consentimento;o art. 931 juic Gxar, por sus infctativae tendo em conta a situagio, um iquanto i regulagto do exercicio do poder parental, alimentos e casa de morada defamiin. jor intervengio, havendo de facto iniciativa Pas agbes de ierd bilitagfo, o julz pode, consoante = prova cfe~ suida ¢0s interesses em jogo, tomar uma decisio diferente ds que ¢ pedida pelo justice ssa medida to drdstica, O tt tar pela inabilitagio, sem que seja necessério propor ourra ago, nos procedimentoscauelres,o art. 376% 23, parma ao lz 3 situagio, em vez de se miter « dafertr ou iz pode condenes além do pedida tums”) em obediéncia 20 principio do tratamento mais fevertval or, 3.1.2, ALEGACAO DE FACTOS NA REFORMA DE 1995/1986 todos os factos indispens despacho de aperfeigoamento, 0 juiz nfo tinba outra solugHo seno Redo pedido. anterior redagfo do art. 664 assim o determinava:“O julr nfo eth aelto ‘Aanterior redagfo do art. tee as slegagbes das partes no tocante 2 indagagio, interpretagh Ena Stems pode ser se dos factos articulados pelas partes, salva PRATICA PROCESSUAL CIVIL COMO NOVO CPC ‘Numa agdo de despejo com fandamiento em necessidade da casa para habi- ‘aslo propria, por parte do senhorio, este omitiu que nfo tinha casa propria ou arrendada hi mais de um ano, requisito para procadéncia da agio. Se o juz nto indeferisse limindrmente a petigio ou néo ordenasse 0 seu aperfeigo- mento, eristia « possibilidade de o processo prosseguir normalmente para, na ‘0 tribunal absolver o réu do pedido, por falta de um requisto da agéo. Hoje nao € assim. O juiz, em momento préprio, convidard o autora suprir as insuficiencias sobre a matéria de facto. Alguns juizes recuss ordenar 0 aperfeigoamento da petigfo, com Fandamento de que néo podiam conceder ao réu idéntico beneficio. via a excegio dos factos notérios, ou sejs, aqueles que “io do checimento eral” (art 514%, #1, redacto oragevogada) e que "uma pessoa de mormal diigeucia teria podido naar’ Bxemplos de factos not6rios: “todos os combolos que circulam na rede fér- rea portuguesa estio na diregdo efetiva da GP, Caminhos de Ferro Pormigue- ses, ¢ circulam no seu interesse, ndo sendo, assim, necessiia a alegagio de tal (acérdio do ST], de 13/5/1986, BMJ, 357%, pig. 399) e “o processo de zerando fortes mutagbes séclo- mo 0 congelamento de contas ‘existtncia de dores decorrentes de lesdes do Porto, de 26/11/1992, Colet. Jur, tomo 'a existencia de infiagdo ¢ 0s seus reflexos na desvelorizecio da de factos tendentes a apurar o uso anormal do process. 1995, manteve-se # regra, no art. 664#, de que o juiz 86 factor ariculaos plas parts’, mas ressalvou-se sem prejuto do Aisposto no. 5 ‘A redagio do ar. 264, que consegreva o principio do dispositive, conce- dia ao juz a possibilidade de tomar em considcragfo, mesmo oficiosamente, os factos instrumentais que resultem ds discussio ¢ instrucdo da catisa bem como 9s factos essenciais 4 procedéncia das pretensdes formuladas ou das excesbes deduzidas que sejam complemento ou concretizacio de outros que as partes hhajam oportunamente alegado e que resultem da instruéo e discussto da causa, desde que a parte interessada manifest vontade de deles se aproveitare & parte contriria tena sido facuitado 0 exercicio do contraditério, PRoctsso comvie Na definigio de Anselmo de Castio, so factos instrums fencem & norma fundamencadora do direitoe ras lhe so indifren ‘em para, da sua eistncia, se conclir pela exists dos prépri cow da excepto (consttutives)” (Processo Civil Declaratério, EXEMPLOS ‘Num agfo de despejo com fundamento em necessidade da casa pera habitasio ‘prdpria, fo factos instrumentals as condigbes econémica: do senhotio, a sa situagio profssional, anteriores tentativas de recuperar 0 locado. ‘Numa agéo de divdrcio litigioso, constieufam normas instrumentals o modo ‘Miguel Teixeira de Sousa dé o seguinte exermplo de cigconstincia deo telhado permitira infltragzo de Sguas prov revela, segundo asméximas da experiéncta,ndo terem sido observadas pelo empreiteiro as boas regras de construgio de edificios, ou seja, que houve, da parte deste, negligén- ‘ia, assim como as condigdes de estrada, numa agio emergeats de acidente de viagto, sero instrumentais em relagdo ao alegado excesso de velocidade do sutomével que causou osint ‘Mesmo que os factos instrumentals nao tenham sido alegrdos, e resutas- sem ds discussto instrugto da causa, podem ser considerados pelo juiz. Como referis 0 acérdio do ST}, de 23/9/2003: “I - 0 Faiz tem, no modelo procesoual vigente, a possbilidade de investiga, mesmo oficiosamente, e de considerar na decisto, os factosinstrumentais que resultem da instruglo e dis- cussio da causa, I~, zo contririo do que suede quanto a0s facts essenciais em relagfo cos quais funciona o prinefoio de auto-responsablidade das parces 1elatiramente ao factos nstrumentais o tribunal nfo estdsujito &alegacto das partes, podendo oficosemente carred-los para o processo e sujeiti-los a prova, 1 — Factos instrumentals sdo os que tnteressam indiretamente a soluglo do pleito, por servirem para demonstrar a verdade ou falsidade dos factos perti- nentes; nfo pertencem & norma fandamentadora do direito ¢ sio-lhe, em s, {ndiferentes, servindo apenas para, da sua existéncia se conclu pela eisténcia des proprios factos fundamentadores do direlto ou da excegfo". Quanto aos factos essencinis, ou eeja, aqueles que constitiem, miodificam ou extinguem ‘sido alegedos mas que fosse com resultassem da inscrugto e discussio ssirlo que a parte interessada e manifestasse a vontade de deles se aproveitar © que tivesse sido dada & outra parte a possbilidade de se pronunciar. jonovoere obra citada, forneceu os seguintes exeraplos de ~ na apo’ possesséria, of Factos tendentes a caracterizar a situagto de Eo de indemntzacf por reeponsbiidage cl emergent de con- trato, 2 concretizagio de determinadas expressbes, como of factos que tradueam a diregto efetiva do velculo"; © pa ago de demincia de artendamento para habitagio propris a alegesto Ge factos de onde possa constar a siuagio de caréncia do prédio arren dado, REQRAS INOVADORAS NA REFORMA DE 1995/1998 Cobsegrindo indo uma a; imacio a0. da verdade material, em detri- crated foal a Reform Je 198/196 insta ogasinondors ‘Anecrttas por Anténio Santos Geraldes ("Temas de Reforma do Processo Civil”, pg. 80) da teguinte forma: fear «causa de pedir (ar. 467% nt i contestagdo, o réu deve opor-se & pretensio do réu,alegando os factos neceastriog&iasprocedéncia da ago; ‘ent réplea (0 que pucede, caso tenba sido deduzide'alguma excacto 1) Terminada afar dos articulados, facto de direto,ojulz deve convidar ap clas da matétis de facto, em despacho a que se refere oar. $08, n° 3, denominado ppatentes no decurso do debate (art. SOBA, a ale); “f) O juz pode serve-e de fetos instrumentals, ainda ‘gue resultern da instrupfo dlseussto da causa (ar. 264%, {p Serf consideradas os factos essencils, ainda que nfo slegados, desde que reraltem da instragio e discussio ea parte manifesteo interesec om deles s¢ apro- velar (art. 264, n8 3); 1) Podem ser deduzidos ardeulados supervententes, trazendo novos factos, 0s termos do ar 506%, see 8 SVS VID SOS SPVIVIVeS SIV VIF V VE VIP eee ee. TPROCESSO COMUM: FASES B © que acontece se a parte nfo corresponder ao convite para o aper feigoamento,referido em 4)? Fea prejudicada, in "Ese responder e nfo aperfeigoar adequademente? O juiz pode e deve marcer a audiéncia preliminar” 3.1.3. ALEGAQAO DE FACTOS COM 0 NOVO CPC ‘CPC inclufa um artigo soba epigrafe “Principio inka em primetro lugar na enunclecXo dos princ- snseridos na parte do Cédigo relativa ao camego {lope ftos gu teem ue psc agus em que ebm (are 5%, nt I, do novo CPC estatul que cebe As partes “alegar os facto essencais que constiruem xcausa de pedire aqueles em que se Daselam as exoegbes invocadas” Be i (Como vemos, principal diferenga consiste na introducéo do adjetivo “essen- tla’, ou seje, pretende-se que apenas sejem alegedos os factos que realmente ém importdacia ¢ no os irrelevantes. ‘© que motivou este insergfo “essencials"? Multos dos ariculados s80 prolixos. Os advogados, com recefo de debuarem “escapac" algum facto que pode ter importincia para a causa, também por pre- tenderem dar um quadro completo da realidede apresentads pelo seu cliente, tendem a apresentar articulados muito extensos. Est interiorizada na advocacia ‘deta de que a omissfo de um facto pode fazer perder «ago, 8 Por outro lado, ¢limitagSo do mimero de testemunhas por artigos da base ‘nstratéria proporcionava areperigéo do mesmo facto ou fu linutagfo consistia em desdobrar 9 facto, como se verifica pelo segulnte exem- plo, numa agio de divérelo sem o consentimento: Feeto (OR mantém relapses semvais com outra mulher, de nome Concelgio, ‘Desdobramento de actos: Facto 1 OR mantém relagies com outee mulher, de nome Concelgio Facto? (Com o qu mantée tito sexual A extensto dos articulados dificultava extraordinariamente 0 trabalho do Julze causava dificuldade e pernurb ‘nado saneamento ou condensagio, ‘No anterior CPC, o juz tinha de 0s factos com interesse para & ‘causa, inserindo os provados na especificagdo (mais tarde denominada matéria 8 que requeriam prova no questionério (mais tarde base denomi- strata). Este trabalho era moroso, pois implicava uma verdedeira selegfo, um traba- Iho de lapis. O juz, tendo em consideracio as varias solugbes de dieito,tinha de (Coma possibllidade de: paste” dos artculados, grande parte dos ‘agistrados passou a cranspor para a base instrutsria, sera um prévio trebslho de lei oe ct mat consented rl ri rion bases instrutérias enormes, o que difcultava enormemente Banvec dem jlgamesto com de args da bese txt ee equat uulimamente, haver julgamentos em que a base instrutéria apresentava dezenas ¢ devenas de artigos. Concluiurse, por isso, que 4 solugio estava na redugio dos articulados so ‘minimo, nats exatamente, 40s factos essenciais, que realmente interessam, Por exemplo, numa agio de divércio sem o consentimento do cbnjuge, para {qué alegar que hd vite anos atras o marido proferiu uma expressto injurioss, se ase facto € totalmente irrclevante? ‘Ouseja pretende-se que a parte (sea o sutorsejao réu) alegue apenas o que inveressae nfo a ‘palha’, na expressfo académica. « FROCESSO COMUM: FaSBSF PRINGIFIOS Faxlste mesmo uma penalizagio por custas, considerando-te de “especial Outta alteragdo relevante consiste no seguintefactos estencias que, ndo tendo sido alegados, fo complemento ou coneretizag%0 de outros e resultem da ins- digo revogado tinha a segulnte redagto: jerados na decisto os facos essencias A procedéncia das das excegdes deduzidas que sejam complemento 04 con artes hajam oporturamente slegado ¢ resuker: da desde que 4 parte interesanda menifeste vontade de Oart.nt 5, ) ojuiz pode determinar a reabercure da avditacia, se nose jlgar suficien- femente esclarecido, ouvindo as pessoas que entender e ordenando as diligen. sis de prova que considerar necesséries, o que nfo sucedia antes, 9 QUEMUDOU cou o Nove crcr ) nasentengaestéinchila a decisto sobre a materia de facto, devendo ojuiz declarar quais 0s factos que julga provados e quaie os que julga néo provados, analisando crticamente as provas. A deciséo sobce « matéria de facto fz, ast, parte da sentenga, 4) as pares deizam de poder requerer o esclarecimento de slguma obscust- dade ou ambiguidade da decisto ou seus fundamentos, 9.8. RECURSOS 8) sfo reforgados os poderes de 2* instincis em matéria da reapreciagSo da smatéria de facto impugnada, ») peta além de se manter os poderes de anulagio da sentenga recor, sf0 substancialmente reforgados os poderes e deveres para. propria Relagto proce. der reapreciacto da matéria de facto, ) no que respeita ao recurso de revista, procedetise a um ajustamsento das condigbes de verificacto da “dupla conforme”, exigindo-se que o acérdio da Relagto confirme a decisio recorrida sem vote de vencido e sem fundertentagio essencialmente diferente, 3) 9 decumentos particulares detxam de ser titulo execitivos, qualsquer {que sejam as obriga¢Ges que tisulem, devendo ser requerido procedimento de injungto para conseguir o titulo. 8) os ttulos de exédito mantémr-se como ttulos executivos, ¢) os documentos auténticos ou etenticados, por notrio ou outr ensidade, fem que se convencionem prestagGes fitures, constisuem titulo executive desde {que se demonstre por documento escrito que alguma prestagéo foi efetuada no Smbito des obrigagGes previsias, TOC SCC SER USSR LER LEE ESE LEE EEE EEE EEE ES EES EERE YY No proceso de execugto para pagumento de quanls certs, Institue aforma ordindsa, em que a ctaglo precede a penhora, ¢ a forms sumésis, endo esta ‘ulizada para os tltuos mais fortes" 3.0.3, TRAMITAGKO DO PROCESSO 2) oagente de execugfo continua 2 poder ser nomeado pelo exequente, que pode promover a sua substitigéo 'b) consagra-se a regra de que a execugio de sentenga corre nos prOprios autos. ¢) voltae a adotar a terminologia embargos de executedo (em vez de gpo- atic oeceidade A despacho jul para peahor de dep « spacho judictal pare p sitos ‘banalrion. 1@) #abandonada a determinacto legal de uma ordem de priosidade quanto 008 bens penboréveis. {) face is situagics de sobreendividamento, é admitida a celebracto de um plano glabal de pegamentos entre excquents, executado > eredoresreclamantes. i) decorridoststs meses sobre o momento das dligencies para penhora,terd Ingara extingfo da exeeugt, caso ndo sejam encuntrados bens peaborsves, sem prejuzo da renovasio da instincs, desde que o exequente venha a indicsr bens. 4.Novo copia? JIteragGes, surge agors o momento de responder & questio for- le um novo cédigo ou 0 eragbes sfo profindas, ‘mas 0 velho obdigo de 19% ‘imas das quaisintrodsidas pela Reforma de 1995/1996. (© poder politico, seja ele qual for, pretende sempre dekrar uma marca de ‘enovagio ¢ criatividade, deixar obra. Nesss perspetiva, em vez de se invocar ums ‘eforma profunda do CPC, opta-se por detxar 3 posteridade um novo CPC. “Trata-se de uma questdo de terminologia. Soja como for, por comodidade, nesta obra vamos continuar a chamar novo crc. Capitulo VIL APetigao Inictal Voltando ao exemplo de um jogo de ténis. Um Jogador sabe que 6} ‘fundamental para determiparo éxito da primeira jogads. Baa mentos. ‘Daf oextremo culdado na elabo: desvamtagens, corresponde ‘Mo hi vencedores antecipados em que as maioressurpresas podem suceder. ‘A selegdo dos factos continua a ser um trabalho Importantissimo, Sobre esta matérla, Jd nos pronunctémos no Capitulo VI, em 31.3, com 0 subtitulo “Alegagio de factos com o novo CPC”. ala i poderio ser alegados, io «operand fica esgotada a possibilidade de conhec 180", mas os advogados, utilizando a j Interesse em seguir a férmula “deverto tos complementares ou concretizadores, osigfo do magistrado, tanto mais que se nio forem alegados pelas partes terfo de resulter da discussio da causa, (Ora, nto ¢ Uiquido que 2 parte consiga que taisfactos complemencares ott ‘onerettzadores surjam coma discussto da causa De qualquer modo, ainda que o mandatirio tenka toda a conveniéncia emi slegar 05 facts instrumentais bem como os factos complementates ou concre~ Ssidres, BM sempre wm iit: nfo eaboraraiculadosextensos ¢ prlien Estes, longe de darem orige fulgemento. tio lnc de real de owe, erompifcando por melo evar Ses Judicias, 1L1.AGAO DE DIVGRCIO ‘Annossa cliente relata-nos 0 seu caso. tudo corten bem. Mas desde hd alg tempo qu comecet uma outra elope, Descbri, através do tele dal, que ‘andava com outa mulher. Pretend dvorclar me por va Higa" Estamos jé em Setembro de 2013, pelo que nos baseamos na legislagio em vigor nesta data, “Tomada a decisio do divércio sem o consentimento de um dos cbn}. nossa cliente, de nade valeu referir as vantagens de uma via amigével por mnituo consentimento), pelo que vamos iniciat o trabalho de elabor ‘petlgfo intel Primeito, fazer a subsungio dos factos ao direito, pendentemente da culpe dos cbnjuges, mostrem a rutura definitiva do casa- mento. Deixou, assim, de ser necessirio 0 “comportamento culposo” do conjuge. Mas seesse comportamento existir, pode ser alegado, de forma a demonstrar a “rutura definitiva do casamento”. Por isso, ramos verifcar as obrigagdes a que os cOnjuges esti vinculados, (are. 16728 do Cédigo Civil consagra as obrigagbes conjugals: 0s cdojuges esto reciprocamente vinculados pelos devotes de respelo, Sdei- dade, coabttagi, cooperagio e asssténct". Serie muito simples propor uma agin de dlvércio alegando apenas um tinico antigo: “OR crfoitums stuagio de runura defintva do casemento" ‘Mas tal nfo € possivel, por ser matéria conclusiva, de direito, que se demons- ta.a pantr de factos concretns, ainda que nfo sea necessirio contar a histérla toda, das discusses intermindveis e ofensas sem fim. Conta-se que, em determinado tribunal de provincia, juiz e advogado esta ‘am incompatbilizados, de relagSes cortadas. O adrogado elaborou uma peti- fo de divércio entio itgioso, com um iinico artigo: “A Rétnjuriao autor frequen ‘emente’, terminando a seguir com 0 pedio de divércio. ra, iria ¢ um conceito normativo,integrado por facto concretos jis nao perdeu proferiu despacho, chamando-o, de forma clegante, incompetent FOO SSCS S OSES REF FOU TELUS OHO SOE SSSS UES S Tee eee.. PRATICA PROCESSUAL CIVIL COMO NOVO CPE SEU GRANDE CABRAO, SEU FILHO DA PUTA, SEU GRANDE PANE- LEO para terminar, no art. 2%, em letra muito reduzida: © "als foram as exprestbes injurioses profeidas pela Récoatrso autor” ‘Trata-se, obviamente, de uma anedotsforense, pols ninguém ila viola o¢ de forma tio virulenta e grosseira, S6 um o.caso. o inital, ermos de alegar factos essenciais, ‘masertals,concretos, no conceitos normatives. Cencluimor, pela previsio ¢ estatuigio das normas citadas, relativas 20 ‘que 04 “factos” relatados pela cliente s6 permitirio que o tribunal ‘0 dtvdrelo sem consentimento se demonstrarem a rucura definitiva do Se «Toy eliantelimitou-se a reatar que: “Dendaalgu tempo gue comegou a supitar gue seu mari tina outa mulher” “Atrans dotelemtveldescobrs gut andeva com cute mulher io pode testemunbar ¢ também nfo sabemos exatameate o que descobris. for, € sintomitico que muitos divér- ssira do telemével, ou por outra, de uma ‘curlosidade excessiva sobre as mensagens contidas no telemével do parceiro, gue leva A ivasto da privacidade, com o preter de que exe o direitos saber cdnjuge. ‘Mas sea nossa cliente trouxer, na segunda consulta, verdadetros factos, como sejam: Yo mardo eo vr dormir cass, define de Outubro de 2013; etd aver ese Lae, cr gue vier pbc, demos dadesecome rare raler se? ArETigho miciaL Deixanios de ter merassuspelgées e matéria abstratne passamos ater verds- case", como seihustra vogados, frequent ¢que um ferreiro arranca um dente do paciente com um a ‘Mas nfo nos basta a alegagto de factos essenciais, mpugnagio (ou mesmo nfo nogando, nfo hi confissio, por se tater de dircitos indisponives, pelo que terdo os mesmos de ser objeto de prove), erguntamos 4 ‘nos cliente se tem testemunhas, que meios de prove possus, ‘Se ela disser que nto tem testenmunhas nem outro meio de prov, dizemos: “Tem de provaro que val alegar, de modo que tentearranjr tetemmunbas’ ‘Asmeras declaragbes da parte nfo sc efiguram suficientes (art. 466 ‘Assim extaremos em cones de elaborar a petgfo ical, ardeulando fae tos essenciais concretos, suscetveis de prova, ‘Documento bésico: certidio de casamento. Para prova de um facto relative 89 estado das pessoas, sujeito a registo, necessitamos de certo da Conservatteta do Reg)sto Civil, pois o art. 4° do Cécigo do Registo Cri estatul que “prom alt 4 {actos sujetos a registo 6 pode ser feta pelos metos previstos neste Cédige®, “sy “Bors com, comic ete tyr repre o a ‘Estamos, assim, em condig6es de elaborar a petigdo intial Odoe. 13, anexo, constitul nma peticio de agio de divéreio sem o consenti- mento do outro cénjuge. 1.2. AGAO DE DESPEJO ‘Yejamos, agora, outra situagfo: "Onan cle das gusd propre doum andar na Amador, areas pre ib aoa um al Lt Sta gu page rnd mal dc ares. a ee PRATICA PROCESSUAL CIVHL COM ONOVO CPC Descobriu qu oinquiltoexrcea sua etvdade comercial depastalero na Costa de Capa- rica, onde poss wm exablacimento de reared (parelra) erie er easa pia qua sadguiru, No andar arendado,na Amators, encontra-s uma su rn, gue page ao ingiling srrenda mensaldedusentaseute. » Pretende o nosso cliente recuperaro local arrendado. Fstamos em Setembro 10 onovo regime do arrendamento urbano. a subsungio dos factos * direito. das partes pode resolver o cont incumprimento pela outra part Ont 2 indica que “é funds sua gravidade ou consequé enunclados, a titulo exemplifcativo, factos olugto. contra ocupada pela irm4, que lhe page uma renda mensal de duzentos euros. ‘Trata-se de um facto concreto, que preenche a norma da alines.e), ou se, sublocagio, Tamiém deizou de resid no locado (nome pelo qual designazuos «fraglo locada), passando amorar na Costa de Capari exrair 0 conceito normative de que nfo usa a fraglo arrendada. ‘Nao é despicienda aleitura de acérdios sobre a matéria que estamos a trata, anda que ao abrigo da legislagto anterior, de forma a verlfcar quais as decisoes dos tlbunais¢ as decisées em cas0s semelhantes, para “afinar a pontaris” APETIGAG INICIAL BE relativamenté fii ees contulta,arevés da eure dat snotages so art- go do Cdigo Cri, ex especial do Cadigo Civil notado por Abiko Neto, que to ‘Quanto a primero fundamento de despeo, saber se ocllente tem testemu= has 90 outr0s meios de prove. (Quanto ao segundo, verifier se ee ex ‘prédio adquirido pelo inguilino esté registado em nome ‘muativo, pedir certidto da descricto predial, com as de foe requereracertidto “Tentar saber se as faturas de égus, eleticidade e gis estioem nome do ingui- lino ou da irma. Ver também sea ists telefnica de Almada se encofitra inserido o nome de Lal Siva (pagina de assinantes) ese nas péginas amarelas figura o restauante ‘Desta forma, estamos em condigies de elaborar a petictotnictal, (Odoc. 14, anexo, constiui uma peticdo de agéo de despejo. 1.3. AGO DE wiacaO O nosto cliente conta-nos: "Tat atmplade, quando atraveiava «rus, na pasadere. © sinal luminsoertasa ved ‘ars petese vermelho para os autores ude imedat transportado para o Hopital dS. Jxe, em Lisboa, onde fi submetido 2 ras intervene criss. SSSCSOSCOSSSSSSVSC SSC CLL CGE LEL LES SSSSSSssVSEsesssresesvasers smATicA PROCESEDAE CIVIL COMO NOYO CPC Fis muta despa deat deter os kro da minha linea mde, Pgua com inespect- ade terpordria permanente, Soff, rambles, muta: does. ‘Pretend ser inderniada" Bis alguns fact tes, mas muinifestamente insuficientes. sponsabilidade por facto ilicto, extra-contratual, nos Ci: odireito de outem cou qualquer clporisio legal destinads a protege interesses thelos fica obrigado a Andemnisr o lesado pelos anos resplantes da vilagto. 2. aie big de inderszarindepndetemene de clp at cas (0 Citdigo de Betrad inclul os normas relatives a circulagio automérel ‘YertBquamos qual « norma que obrige os condutores a parar perante o sinal fumtnoso vermelho ea dar pastagem aos peses nas passadeiras. Sabemos que na petigio vamos ter de alegar que o nosso cliente seguia na ‘assadélra, que o sinal estava verde para peées ¢ vermelho para veiculos auto- mévels. ‘Vamos alegar que, em consequéncie do acidente, softeu prejuizos. Quando 2 estes, 0 Cédigo Civil enuncia no art. 562 o principfo geral da indemnizasio: "Quem estiverobrigndo a reparar um dano deve reconsttur stuagto que exis: ‘nse nae tvese vercado 0 evento que obrga it eparacto". Para o célculo da indemnizasio, “o dever de indemnizar compreende nfo smnizagio deve ateader-se aos “danos nfo le, meregam 2 tutela do direito” (art. 496¢, ‘Tendo por base a8 normascitadas referida, fca aberto o caminho para 2 recolha de factos: ae ABTIGKO NICAL sr gue o nosso cliente seguia pela passadeira, que osinelestara 5, que o condutor nko respeitou a passagem de peéesnemo sinal ‘tentamios obter certidfo dessa parricipacto, 38) DANOS: ‘Comesamos por alegar facts relavos as danos emerges, ou ae ox pre dos pelo acidente, Temog a5 deepesas Coma prejuzos tei de ser facltados pelo clente, que o nosso cliente ficou sujeito confere-he TH) e compensagto do direito & integridade bioldgice (anexo 1V).. ‘Os lesados nfo sto obrigadot a aceltar os valores das tabelas, mas estes sic ‘uma referénci, inchuindo para o tribunal, , ransportes em ambulincl, this, ow je,0 PRATICA PROCESSUAL CIVHL COMO NOVO cre De qualquer forma, recorrendo a tribunal reclama-se sempre mals do que aquilo que o tribunal iré atribuir em caso de sentenga. Consegutremos, desta forma, “mangem negocial” para obter um acordo razoavel Se peticionarmos na agfo um valor baizo, cam ssa margem para negocar, Concluide © processo moroso de recolha de factos ede elementos de prova, estaremos em condig6es de claborar a petio inical, O doc. 15, anezo, constirai uma petigio de acidente de viagdo. Vejarse a sentenca (doc. 38), também sobre uma agio de acidente de viagéo, ‘0 abrigo do anterior cédigo (no procede & indicagio dos facts provados e nao ‘Provadoe, com a andlise critica das provas). ‘1.4. COBRANGA DE DiVIDA atualmente, a posstbilidade de injungéo. Mas quando sabemos que a divide vai de oposicto por arte do devedor, é pre 2 acto declarativa especial pars cumpri- smdguinas. No exile da sua atividade comer, ‘mil euros, produtas ees que constam dat faturat que nos entrego A quanta devia tr sido page no pro de tine dar «cndar da data de sao da tara, A deredore nto procedes ao pagamento, ext pele qual pretndeapropesiture de a Bfetuemos, novamente, a subsungio dos factos ao diretto, © art, 874% do Cédigo Civil define compra e venda como o “contrato pelo qual se transmite a propriedade de uma coisa, ou outro direito, mediance um rego” A obrigasto de pagar o prego “constitui um elemento essencial da compra e vvenda’ (are, 879%, n€ 3, do Cédgo Civil) © fornecimento das méquiass, no valor de € 100 000, consttuiu ium con trato de compra e venda, que confere ao nosso cliente direito a receber prego, ‘Também 0 art. 406* do Cédigo Civil estacul que “o contrato deve ser pontual. mente cumprido”. A obrigasio de pages o prego tinh prazo certo, pois devia ter sido iquidada zo prazo de trinta dias « contar da data de emissto da farura. Por conseguinte, ‘onstitulu-se 0 réu'em mors (art. 805", n*2, al. b) do C&digo Civ), o que con fore ao eredor o direito a uma indemnizagto correspondente 408 juros de mora 4 contar da data da sua constiuigko (art. 806 ,n# 1, do Cédigo Cll). a PFTigho aucia. 1.4.1. CALCULO Dos JUROS ‘Tratando-se de juros, importa determinar se so juros cvis 08 comerciais, bem como quaniifcar os encidas até data, A portarian’ 277/2013, de 26 de Agosto, fixou a taza supletiva de juros mora- ‘ros relativamente a eréditos de que sejamtitulares empresas comercial ine glares ou coletvas,revogando a porraria n# $97/2008, de 19 de fulho, Osvincendos sio aqueles que se vencerem aps a propositura Le ago ¢ que serdo, dopois, quantificados na aleura do pagamento, Na que respeita ao cémputo dos jos, devemos evitar 0 uso do “olbémetzc, aparetho que carece de homologacao oficial. Hé aplicagbesinforméticas de oil culo de jutos. Mas podemos utilizar facilmente a seguince férmula: Capital x taxa de juro:368 dias = jurog dia x numero de dias de mora Desta forms, as operages a ofetuar so: 4) determinar a data de coustizuigio em mora, ‘Se obrigagio nto tver praza cert, verficar se houreinterpelagio do credor, 2) verfcara tama de jucoaplichvel Se houver virias tars, reremos de fazer oss verifcasio pelos diversos periodes de empo: 6) eferuar o edlculo, através de fSrmulareferide: Quanto 8s taxas de juro: Jaros vis: de 30/9/95 24616/4/1999, 10% de 17/4/1999 ext 30/4/2008: 7% desde 1/5/2008: 495 Juros comercias: de 30/9/1995 26/4/1099: 15% de 17/4/1999 axé 30/9/2004. 12% de 1/10/2004 até 3/12/2004: 9,01% V semestre de 2007: 10,585 2 semestre de 2007: 107% Teemesere de 2008: 11.2% 2 semestre de 2008: 107% ‘De 1/1/2009 a 30/6/2011 8% ‘Ano de 2012: 8% 1 semestre de 2013: 7.75% 28 serestre de 2013: 750% ee eee ee TTS SSO OO SSO ULLAL OLE LEU ELECELELESs PRATICA PROGESSUAL CIVIL COM 0 NO¥O CRC i programas sutomiticos de céleulo de juros. Vea-se yownsierhojutidicn, come wirw metadata pt. Este trabalho de subsungto ¢ de formulacso do podido tem de ser efetuado plo advogade. A ariclacto dos factos na petigéo surge como uma consequém. ‘la desse trabalho prévio, de enquadremento jusfdico. «As mercadorias fomecidas devem ser referidas na petisio, Por veres, temos 2 tentagfo de, em vez de alegar os facto, remeter comodamente para os doct. ‘mentos,referindo “forneceu os produvos que constam da fatura que se junta ‘como doc. 2 que se dto por reproduridos, ‘Todavia, devemos indicar na peticioo facto (mercadoriasfornecidas), sendo © documento mero meio de prova e nfo substtutive ou complementar da peti. fo, como ali é foi atrasreferido, : “fomneceu ® Ré, mediante encomenda previa dest 08 seguintes bens: dois motores 1.5. AGAO DE ALIMENTOS Avnossa cliente relata-nos os seguintes factos: “O meu marido sa deca, endo desea de centibuit para as despestslornstias, [No ertoa empregada nom poswoquaisqer rendimentos. (mes marido ur indus de suces, core sates rerio. No me entrege gulgucr yaaa, Pretend continue casada com le pots continua agomar de meu marid, ia €spenas um tevanso dele plo gue exon esperancads maa recon": ‘Numa situasto destas, remos propor agio de divércio? Neo, obviamente. Se ¢ anossa clente que nos di indicagdes expressat de que nlo pretende 0 Aivércio, nfo devemos sobrepor-nos sos de divércio s6por considerarmos que ele ‘Num dos testes da primeira fase do estégio da Ordem, colocou-se precise ‘mente esa questéo, os seguintes termor arerigho nnciaL Apesar da referéncia expressa de que Maria nfo prezendia o divércio, hotve sultos formandos que elaboraram petigdes de divércio, substituinde-se a deci Voleando & subsungto, Sabemos gu'0s cOnjuges esto vinculados ao dever de cooperasio ¢ asssténcia. 1, do Cédigo Civil, diz-nos que 0 je alimentos eo art. 20048, n¥, fomece-nos roporctonados as metos daquelee que houver de presté- que bouver de recebél Mas teremos de tr particular atengio aoa. 2016-A do Cdigo Civil intco= dutido pela Lein® 61/2008, de 31 de Outubro: ‘Aigo 201664 Montants dos alimentos de dedica,evenualmente,& cigs de Sos comuns, os sus rendimentose proventos, um now catmento ou ull de facto e, de mode gel, todas as reunstincias que infu sobre as necessidades do cojuge que reece of alimentos es posslidades do gue or pres, 2 ~O tribunal deve dar prealtaie a qualquer obigagto de alimentos relatea- sents «um bo do cbniuge devedr soe a obrigaglo emergent da divert em favor do ex-cénjuge 3-O chnjuge credor no tem o iio de cag a manstengfo do pao de vida de que benefciou ma constinca do matiménlo, Por isso, a nossa cliente nko pode querer “tudo”, ‘Também aqui ndo existem tabelas, que nos permaitam, em funglo des neces sidades da nossa cliente, das possibilidades do sen marido e dos fatores enuncia- dos no artigo 2016%-A, peticlonar um valor pré-determinado, ‘O que devemos, entio, fazer? Recorrer ao “olhémetzo"? ‘Temos de equacionar as necessidades do credor (nosso cllente) ea possibii- ade do devedor (marido da cliente). ‘Numa coluna, registamos as despesas mensals que els tem de suportar: renda de case, elimentagio, vestudrto, ede ¢ outras, Pedimos documentacio eomprorativa. 7 isabemos que ela nko tam rendimento,peloqueovalor pao demas, og alimentos terd de er! “A PROCESSUAL CIVIL COM 9 NOVO CPC De segulda, vamos verificar as fUntes de rendimento do matido, de forma « demonstrar que tem possiblidades de suportar na integra o valor mensal ante. ormente encontrado, Também aqul tentamos obter docu: ‘Ao trabalhar propriamente na petigio, importa iia relativa is necessidades da nossa cliente ea das ‘Necessidades c possibilidades sio conceitosindeterminados, nfo sf0factos, rerio pela qual a factualidade deve ser descrita. ‘A.autora, na petigfo inital, nfo se pode Liitar a alegar: “*Senhot Juiz, tenho necessidade de alimentos ¢ 9 meu marido, 0 malandro due sata de cas, tem possbiidades de os prestr” ‘Fem de ir muito mais aldm; tem,de quantificar as suas despesas, as suas necessidades, bem como tem de especificar os rendimentos de seu marido, as ‘suas possibilidades. ‘Também tem de ter om atengio que o conjuge credor nao pode exigit 2 manutenglo do nivel de vida que tinka anverlormente. Ainda que possa condu- ais resultados iojustos, sobretudo quando os cénjuges assumiram que um se ‘dedicaria 4 ua atividade profiss outro as Hides domésticas, esta dispo- aso de carénci, poderiaintentar proce- tos provisérios Sea situagdo nfo justficasse o procedimento cqutelar, ila propor ago decla- sativa de condenagio, na forma de processo comusn. HA um procesto especial de divércio sem o consentimento, mas nfo agio especial de alimentos. ‘O doe. 17, anexo, constitul uma petigio de acto de elimentos. 1.6. ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA ‘Onnosso cliente Anténio Pereira viveu em untio de facto com Manuela Silva. Registamos a factualidade que nos transmitiu: “Wa periptina do casmento, fol adquride uma frazdo atinoma para hab APETIGAOUHICIAL A telagéo terminou (*ndo deu", como agora se diz), pretendéndo agora 0 lente ser ressarcido do valor que pagou, correspondente a metade das pres- celebrado um contrato-promessa de compre ¢ vends escrito ja ¢ Manuela Silva, ainda se poderia optar pela exigtncta de ‘eumprimento do contrato prorsetido. : (No entanto, apenas houve uma promessa verbal de transmissto, © nfo wine promessa escrita, que “nfo vale” (art. 4108, n8 2, do Cédigo Civ), ‘Por esa azo, onosso cliente apenas poderi reclamar o valor das prestagtes ‘pagas,aitulo de enriquecimento sem causa (art, 473° do Cédigo Ctl). De recordar que “no hé lugar 3 restituigSo por enriquectmenta, quando a 30 exerciciolegftimo de um direito, optam por nfo contraircasamento, dem, entre outros motivos, ue “os papéis sé complicam”. Mas depois wuséneia de papéis que faz a sua vida complicada, originando redugio dos faceualizando esse conceito normativo), que foi adguiride de Manuele pelo facto de Anténio ainda no ester divor- ‘dado, que Anténio pagou metade das prestagbes e que a relagdo entre ambos terminou, recusando-se Manuela a devolver 0 valor das prestagbes pagas por Antéaio. ‘A peticfo teria de conter esses elementos, para ser percetivel o pedido for- ‘lado pelo nosso cliente. ‘0 doc, 18, anexo, constirut uma perigfo de agio de enriquecimento sem causa, 2. REQUISITOS DA PETIGAD Osdocumentos anexos, apropdsito das virias agbes (Avércio, espe deviagéo, cobranga de divida, slimentos e enriquecimento sem cau nos. aprender os requisitos da peticdo faical, que constam do OSSSSCSSSSESSSSSSC SESSA S SSS EPC AUUeSPseCGRS PP sheeesesesesys ATETIGKO INCIAL tunel da Relagio da érea em qué esteja domiciliada a pessoa contra quem se fo ¢ dirigida, mencionando: “Bxmo. Senor Juiz do Tribunal Judicial de.” Hé multos edvogados que optam pelo "“Exmo, Senhor Dr. Jui" trata-se de ‘unis redunddnels, pois 0 juz é, por definigt, licenciado er Direito, De igual forma, 0 jlzes nto se dirigem aos advogados por “Senhor Dr. Advogado”, mas poe *Senhor Advogido” . ‘A refertacis 20 tribunal implica a determinagio da competéncla. Para o _, dian, tases de conjugar as normas do Cédigo de Processo Civil, da Lei de " '¢ Functonamento dos Tribunals Judicials (Lei nt 3/ q LOT), ¢ Regulamento de Lei Orginice dos Tribunals Ju * dabaPIB6-A/99, de 31 de Maio). de Processo Civil) exist tit especializads, bem como se se de uma operagio multo mals dimples do que pArwod civogados concentra as suas energias em uma ou Guas -érevogada com a entrada cm vigor da Lei n® 62/2013. 31) € a agfo de enriquecimento sem causa no tribunal do domictio do réu, de acordo com a regra geral (art. 80%, 21). ‘Numa segunda fase, determinada ge compere eso, vanes Como regra, as ages sfo propostas no tfbunal de primeire instincie. Hi cexcegbes: a agio especial de revisto de sentenga estrangeirs 6 proposta no Tri ns VIL CoM oNOvO cre ja pelo facto de o concelho ter uma frea reduzida seja por ogra tem sido esse: um tribunal por municipio, por mais pequena 0 da Golegs apenas tem duas fregue- ‘um municipio deve ter am cen ino secundério, veri também existit ‘um tribunal, que faga a aplicagfo da justiga No entanto, razbes de natureza ecoacmicista, em que prevalece a frieza dos ziimeros em detrimento dos iateresses das popalag6es, sobretudo do interior desfavorecido, em levado A supressio de estabelecimentos de ensino, de hospi- tals ¢ também de tribunais. ‘A Let n* 52/2008, de 28 de Agosto, abriu o caminko a essa politica apresen- tada como de reorganizasto dos tribunals, Dos 2a1 tribunals de comarca, mencionados na Let n*33/ (el Organica ¢ Funcionamento os Tribunas Judi defintu apenas 39 tribunais de primeira instincia, d No entanto, a LOFT ap: entrada em vigor ocorreu no tefritério nacional, mas apenas 2s ploto, em regime experimental. Emde Abril de 2009, foram instaladastrés comarcas-piloto: Alentejo Lito. ral, Grande Lisboa Noroeste e Baixo Vougs. Na versio primitira ds LOFT] de 2008 estabelecia-se que apenas teria apli- cagio em todo o territério nacional fin experimental, cujo termo 8 teve como consequéncia a da aplicacto, em grande parte do territério nacional, da Lei n® 33) iro. , finalmente val arangar o novo mape fudiciério, com a Len? 62/ /2013, de 26 de Janciro. Esta le extingue os atuais dstrtos judiciais bem como os efrculs judictals (O novo mapa judictirio institut apenas 23 comarcas para todo oterritério nacio. nal, mantendo-se 0s cinco Tribunais da Relagio. i ais de primeira inseincis abrangem os tribunais de com- rgada e os tribunals de comarca, 3s de tribunals de competéncis alargada temos o tribunal de ropriedade intelectual, o tribunal da concorréncia, regulagto e supervisto, tribunal maritime, oeribunal de execusio de penas eo tribunal central deins- ‘ruglo criminal (are. 834,n# 3) averigdo mnctaL le comaics sio de competéncie genérica e de compe- 808, nt 2), tanclas centras que integram seugGes de competéncia is que integram secqdes de compettncia genérica Quanto aos tribes tac especializd: Desdobrams Quanto as inseancias locas, as seoqdes de competéncia genérice podem ainda desdobrarse em secgBes ‘Vamos, muito proximamente, ter uma atenglo acrescida na indicagio do tri ‘bunal competente. 2.3. CAUSA Como sereferiy, o autor deve “exporos facts essencials que constinuens a cause de pedir as razdes de direito que servem de fundamento & agd0" (at. $52, tal. d). Se nfo alegar os factos,o cribunal nfo vai & procura deles nem se substinti Dat a extrema necessidade de se alegar todos os factos constitutios do direito, ¢ que implica conhecer previamente 2s normas jurtdieas apicadas 20 caso concreto. No seu excelente liv que temos vindo & citer, Anténio Santos Geraldes salienta: “Cabe aos mandatriosprimeta importants tarefi de seul vesto dos facos que Ihe ¢ transmit pelo tcetewade,seleconar de entre os que t2: Feleviaca para ttela ds incresses dos seus constrlnts, verfac qual os meios ‘de prova que pode spresentar pera convencer otbunal dean realidad e, com obje- EURO ESSERE RER EASA EAUEEEEELL EERE EEE ERE ELLER Eee , sportar para o arciculado inital aqueles que, xm aefazer melhor os interesses que apteender toda @ informagto cla, implica integragto dos fectos nas nor- realmente constinuem a causa de pedir. ‘Yerificar os meios de prova, consiste em determinar aqueles que sto suscetivels de ser provados, de acordo com os meios de prova que @ parte dlapte. ‘Stransportar para o articuilado, significa articular os factos na perio ini- ‘al, da acordo com « estratégia processuel Pode o mandatirio conclu que ¢ ‘seguir um caminho em vez de outro, o que implicard escolher uns ean detrimento de outros. ‘Ap fener ense “transporte, deve procurar usar ima metodologia. ‘Numa aglo de divércio, comesarse por slegar o facto que deu origem a rela~ so, ou refs, 0 catamento. Depois,alegem-se os factos que significam nitirs, com uma sequéncia cronolégica. autor for proprietirio de um velculo, nici « anutora se dedica, para acrescentar que, no exercicio desta atividade, fornece a0 réu.. (© mandatisio deve evitar transpor para o articulado as emogoes ¢ 0 subje- tivismo da parte bem como ter © culdado de articular factos © nfo conceitos ormativos. ‘Articular consiste em colocar eada facto num artigo. No seu interessante artigo ‘A melhor das reformas ne justia ciel", publi- exo no Bolt da Orden dor Advogndos ("6 de 1999, ly 15) elaborado "A generalidade dos aniculados est recheads de adjtives, comeatitioserepeti- spesar de porventura corresponderem a verdade, nio ttm o minim eabi- ‘mento quaido eo esritos, visto nfo tduzirem facos susceriveis de prova-Poderio ser consideragSes de Intorosse para af alegasSes finals, mas gue, no saneador, nfo ‘ttm qualquer sentido ou usidade. _Bfetivmente, a0 redigh a base instrutéra,oJutz nfo tem de se preocupar com comentirios, ajetivos erepetigbes e dal dever desprezar tuo isso; ena fase do ful tionirl, ranscroveu o eri. “Quem semeia ventos cothe tempestades” ex “Estdprovade que quem semeta ven tach tempest” no tenes ato gu adage sor pls om queue pct de nu menos 8 579. srigos originou um questionério fom cinco qu Seguidemente, Campos Costa formulave «seguinte recomendagtor ~ A desrio dos fctos munca deve ser acompanhada de expresses, ‘omentéros qu, emborn extas, no podem ser objeto de prove Para melhor compreensio, apliquem-se estas regras a casos priticos multe singel. ‘Numa pevgto, declaravaceo seguinte: Arn 3" ‘Noda 2/9/98,0 A. entegoa so um cheque na importa de 123 00080, ana Tembrando-seatéo A. quenesse dia chovia abundanremente, ‘A oplicagio das regras expostas a este caso implica @ necesskdde de no art. 32% se substitu: por um ponto final a virgula que nele surge ede oar. 3 se li tar adizer. No dia 22/9/98 choveu abundantemente”, AA opgio do juiz acerca da relevincla ou nto do facto desccito no art. 33¢ fica logo mas faciltada caso se elimine o trecho, manifestamente init, “lem= ‘brando-se até 0A, que”. Em tempos idos, artculava-se melhor devido & circunstincia de of visios argos serem sompre antecedidos da formula "Provari que.”, o que tornava BH EEE ae LL Et como novo cre imperiosa a existéncia na frase de um ‘de nm ponto final como remate dos a ‘maior perfeigdo dos articulados, # Ady antecipar mentalmente cada artigo da {Que ap6s isso, os processos deisam de dormix o sono dos justos no periedo do saneamento. pritica corrente usar palavras ¢ expresses destinadas a estabelecer liga: so entre sucessivos artigos, apesar de essa ligagSo nio se indlspensivel. Quem ‘io consign suprimir os babituals “Com efeito", “Realment=”, “Assim” € outras férmaules andlogas, entio podert desloci-las, sem grande inconveniente, Pars 0 terme do artigo anterior do seguinte modo: Ana de una predicado, bem como ‘No contratofigurava preco de 700 000800. Porta, ‘No final do artigo, Campos Costa procedeu A transcrigio incial de uma peti- fo de que teve noticia, deficientemente elaborada, eseguidamente proceden reformulagio da petigto. Cato 0 Conselheiro escrevesse agora 0 artigo, preconizaria sem qualquer vida a supressio do art. 33¢ ("Nesse dia chovia abundantements”), pela sus manifesta irrelevincia. ‘Apesar da justeza de algumas des suas crftcss, Campos Costa ndo tomou em consideracio o facto de, muitas vezes, os mandatirios elaboravam petigbes de maior extensio do que deveriam pelo simples receio de omitir faetos que, nt ‘perspetiva do juiz, poderiam nfo vir a ser necessirios. Se tls factos ndo fossem alegados, interiorizavam os mandatérios, poderiam ‘ra perder a aco. Se oadvogado perde a causa, sem o cliente na sua peugeda, ‘contrariamente ao juiz, que é “irresponsivel” nas suas sentengas. ‘Na anterior edi, escrita ao abrigo do Cédigo revogado, escreviamos: taportant «regre de um facto, wm artigo. A aplicasto dessa rege pode ter ‘consequenciss no desenvolvimento da agto. ‘Exemplo: [Na agio de despejo com fandamento no nio uso, 0 A. alegou, num snico artigo, que “OR nto come, néo dorme nem recebe os seus amiges no locado" ‘Como alegou mum nico artigo estes tts factos,ofuizserétentado a transfe- six esses urs factos para um tnico artigo da base inserutéria, ARETIGAOINICIAL Se tal suceder, oA. apenas poderdIndicartrés testemunhas para esse artigo (se a agdo for suméria), pois exist osoalimitagio numérica. Se, em vez de um dice artigo da base inscrutéra, houvesseirés artigos, jé seria possivel serem indicadas nove testomunhas (és para cada artigo da base instrutéra)” Consideramos aconselbével manter, com 0 novo CPC, a regra de articular tum facto por antigo. Porém, no caso concretD, nada obsta que o artigo pudeste ter formulagio que o A. usar *O R nto come, alo dorme nem recebe of seus amigos nolocado” Por um lado, nfo existe o problems da limitagio do mimero de testemunhas (Gada « supressio de base instrutéria)¢, por outro lado, a matérs acaba por estar inverigada, ‘Aiticula factos e nfo conceitos normativos ou de dreito, Constiruem conceitos normativos, matéria de direito, “falta de residéncia permanente” (0s factos sio “nfo come, nfo dorme, nio toma as suas sefeigdes, no recebe os seus amigos"), factos sto “cabrio”, ‘puta’, “pane- Ieizo”), adultésto (0 facto ¢ “mane siva (0 facto é “Yelocidade superio ‘Anselmo de Castro, por seu turno, conc tos, os jufzos que contenham a subsuncio a um concelto furldico geralmente conhecide; poderdo ensfo figutar, nesses proprio termos, devendo tornar-#e NO sentido corrente ou comum, ounno préprio sentido em que ale os tome, quando coincidente, desde que as partes nfo disputem sobre ele” “Apresenta couo exempios os termos de uso corrente na linguagem comum tals como “pagar, “emprestar’, “vender” arrendar”, “dar de penkor’ tc (ctado ot Anténo Santos Geraldes, pig, 180). ‘Como em tudo, hi uma evolugio de conceites. Quando comecei a advoger, nos anos setents, 0 meu patrono disse-me que “enda" era um conceito de direlto, sendo necessirio referit que se pagara uma aquantia mensal como contrapartida do uso do imével, Decortidos uns anos, “ends” deisou de sex eonsiderado conceito de dieito tal como “vends’. } : a Re eee ee ee eee eee eee TU UTC TU CUE EFF Fekete NIE 3 1-FacTos § 1-ODIREO usa de pedir ola indicagio do pedido, a -OFEDDO geradora de nulidade. Pode-se seguir a forma articulada até final. Nama agfo de divide, aA, limia-teareferir que se dediou atvidade comercial fe que a Ré The deve x, sem invocar os factos ue deram origem 2 divide. ‘Numa agho de divdrclo, a A. limita-se a refertr que existe rutura da vide con- fogel som refers facts. Muma oglo de acidente de iacSo, 0A. tnvoce danos, ser imputaro acidente “oe ; bara aslegagto de prejuizo oudano, ainda que quantificadoemdinhetro, ‘Pamase tar como proficlentemente articulado esse requisito deresponsabilidade ‘dll. Alagar que, em consequéncia disto ou daquilo (de incumprimento de um 4, sob o ponto de vista ). ‘A Coletinea de Jurisprudéncia contém acérdios dos Trbunala da 0 Suprer Entre os sites com interesse para os advogados, destacam-ae: eww.dgaipt ~ ste da Diregio Geral doe Servigor Informitcos, da fazer em relagio a contestasio. 2.5. MATERIA DE DIREITO ‘A justfcagto ¢ verdadeira, masa conclusto: ‘Umma petigéo deve indica, apds aalegasto d ‘autor considers eplicévets (0 facto de nfo advir nenituma sangio em caso de auséncis Jessa mengio nfo justifica @ omissio. O art. 552% impée expressamente essa obrigasio (expor as 127668 de diteito) eo principio da cooperacto assim o exige 4 ‘No tmbito da formagio, o Centro de Formagio On-Line do Gonsetho Distri- Se se formula um pedido, deve apresentar-sea causa de pedir e o seu enqua- tal de Lisboa da Ordem dos Advogados (wom. formare.pi/oa) constitul uma fer- ramenta de trabalho indispenstvel. Na érea de mensagens, sio colocadas as uals ‘Emibora nlo haja nenhuma obrigagfo, a separagio da matéria da petigfo om diversas questoes, prevalecendo, poréna, e regra de nfo se colocarem assuntos factos,o drcito eo pedido facta aredagto: pendentes. ara aceder aos virlos Centros de Formagio da OA, énecessériauma pasword, on 8 2.6.0 PEDIOO O pedido deve ser formulado de forma clara, concreta ‘Manuel de Andrade, na obra “Nogbes Flementares de Processo Civil’ efere conclusdes ("Nestes termos..”), Os document adotam esse método, Em algumas petigdes, sinda se requer a citagio do R. para contestar, querendo.. ‘A citaglo é, na maior parte dos processes, oficlosa, sem qualquer despacho Tioinar do juz, Por conseguinte, essa formula, resultante do habito de geragbes ¢ geragdes de advogados, nfo € correta. 2.8. INDICAGAD 00 VALOR DA AGAO ‘No final da peticto, ao canto inferior esquerdo deve indicar-se 0 valor da ago, determinado pelas regras dos artigos 296* ¢ seguintes. o valor processual da gio, que tem infuencla na competéncia do tribunal, na possbilidede de recurso ‘ens custas a pagar ao tribunal, ‘Com o intuito de evitar a indicagfo de valores superiores aos devidos, pars redagio do art. 306 atribui 20 Prejuizo do dever de indicagio que impende sobre as partes” feruada no despacho saneador, falvo nos casos em que nfo haja lugar a saneador (em que ¢, entfo, fxado na TU LEPETU CCU LOLI es eetigAo mIGIAL Se pertetiver indicado um valot inferior, para pagar custas também inferio- res, sujeltase & corregto do valor pelo julz. ia entrega da petigto Reglamento das Custas ‘Nada impede que a parte pague logo 2 toralidade da taxa de jusig; alts, sisvema tem essa opgio. ‘Como se pagaa taxa de Justiga? Como se efetuam os pagamentos das custas? +€ 16.000 eos € 24 000, pagando quatro Unidades de Conta (UC). Como vamos ‘agar em prestagbes,o valor da primeira prestagio é de 2 UC, 0 que em 2013 corresponde a um total de € 204. Depois, temos de obter 0 Documento Unico de Cobrenge (DUG), indispen- sivel para proceder ao pagamento. Como se obtém o DUC? O site do Ministério da Justiga worw mj gov.pt contém indicagées pritica, ‘bem como perguntas erespostas de grande utlidade, ‘Para se obter 0 DUG, podemos entrar no nosso CITTUS (wrivw.eribunalsnes, 1j.pt) e depots ir para o rectangulo inferior "NOTAS DE HONORARIOS E DOCUMENTOS DE COBRANGA”. Carregamos nos documentos de cobranga € seguimos os passos para emitir 0 Documento Unico de Cobranga (DUC), que imprimimos ou digitalizamos. eet aw rreeee ae ae ae a ae scone Novo.cre Poderemos aceder a0 enderego eletrénico do Instiruto de Gestio thas Tnfra-Estrururas da Justica hutps://servicos ghia}. pt, optando do processo (para a hipdtese de extra i “Agrafam-se esses ts conjun isponiveis, multibanco ou homebanking, ou nos balcdes das inst anceiras constentes de circular eo pagamento for eferusdo por Malubanco ou Homebanking, toroduze se, na apse Pagamentos ao Estado, a referincie do DUC © 0 montante « Pegs. “O DUC eo comprovasivo do pagsmento tn deer enegues com PeNGfo, 2.10. APRESENTAGAO DOS MEIOS DE PROVA ove informagio que sejaconsiderada relevante (art 6 n¥ da porcarlan* 280/ (2013, de 26 de Agosto). “No final de petgto,osutor deve apresentar oro] de estemunas ¢roqueter outros Pela quem se est a ucla, facta mato consulta do video para advogndos taloy de prov; cavo 0 én conteste o auror €ediidoe alterar 0 requeri Aisponfvel no CITTUS, probetrionilalmenteapresentado,podando fezéloma epic, caso hae TGs documentos gue devem scommpanhara peya processual devem ser digitar Pima ouno prazo de 10 dasa contar da notificacto da contestagSo” (rt 552%, Jaados em ficheiros formato PDE. Hi rucedia em processo de trabalho, bem como nas agdes civeis na forma "sabernos o que sucede quando a pega processval ou os documentos exce- sumarissia. dem a dimensto de 3Mb (ver capitulo I, n*7, imo pardgrafe) "Beta é uma das grandes inovagées do novo CPC. "Temos de apresentar deade logo as testemuunhas ¢ 0 meios de prove. ‘Quantes agbes nfo foram jé propostas, com o advogndo & dizer ao cllente: (© ogo se v8” terminou. Tem de se abr jogo na plenitude, inéicando os sneioe de prova (sem prejuizo da sua alterasfo, nas condigbesdefinides). ela sea cxpecifildade, a mavériarelaiva aos meios de provaeerératada no capitulo seguinte 3, ENTREGA DA PE! «1x primer conjunto, constuldo pela pedo, documentos, comprovativo dopagemento de taza de uri nical eprocuragfo, que e desing 20 nibansl fe que dé origem ao processo. Eve conjunto ¢agrafado, 1H depots um segundo conhunto(etptes do primer), que se destina& parse contréria e também agrefido. ‘Em: caso de virlos s6us, heverd tantos outros conjuntos (um para cada x63) INICIAL we Capitulo IX Meios de Prova ‘Nio basta alegar, necessirlo provar Qusndo o cicate se desloce 20 nosso escritério,julga que o simples facto de terarazio do seu lado (e quase sempre todos consideram que erazko est do seu lado) ésuficiente pare que o processo esteja ganho, como se amera invocagto de factos fosse sufciente para convencero ula! Ora, oque da sencengatB &apllcacto do dieito sos fictos provados. Na sentenga, o julz deve "Giseriminar os factos que considera provados ¢ Indica, interpretar e aplicar as normas juridicas correspondentes conctuindo pela decisio final” (art. 6072, n# 3) considerando procedente ou nfo 0 pedido formulado pelo A. (ou pelo r€x, no caso de pedido reconvencional). Poderd eventualmente suceder que nfo se torne necessiria a produgio dos tncios de prova, ou sea, a realizagdo das diligtncias necesséras para que 0 tibu- nal apzecte a prova. ‘Tal sucederd, nomeadamente, se acto nio for contestada eo feito comina- tro fora admissio dos fatos (art. 5744, 2 2) ous 0 enquadramento jusdico for tal que dispense apurar os factos. Mas aregra seri anecessidade de produgio de prova ‘Como jé visuos, com 0 novo CPC, no final da petigSo (quanto ao ator) 0 indicados o5 meios de prova, como jé sucedia no processo de trabslho. Allds ‘muita agbes em tribunal de trabalho eram "perdidas” por advogados que pouco lidavam com esta érea, pelo facto de se eaquecerem da necessidade de indicar (9s melos de prova. “$6 sabe de processo civil’, “alo anda cd como 6s”, ram- “se 05 advogados da drea labora, esegando as mos de contentes, quando se apercebiam de que o colega Ihes tinba facilitado a vida, algborendo os ar- ccalados sem os melos de prova. | PRATICA PROCESSUAL CIVIL CON 0 NOVO CPE ters também de indicar os metos de prové no final da sua contestacko, jamos os melos de prova admitdos, sugerindo a consulta dos documentos parte Il, designadamente 0s documentos 13. 18. (Os meios de prova destinam-se a demonstrat s verecidade dos factos alegados ‘nos articulados. ‘© nosso direlto processual admite os seguintes meios de prova: (0 autor alegou, na petistoinicial, factos constitutivos do seu direto, ou seja, ‘98 pressupostos de responsabilidade civil extra-contratual. ‘Assim, alegou nomeadamente o ato ilicito (0 réu dew dois socos na cara do o olho dircite), os danos (o autor deixou de ver desse olho sua atividade), 0 nexo de causalidade (foram os s0cos que provocaram. visio). ‘Repare-s ndo bastava invocer a agressfo, mero conceito de dircto (“o réu Aste respeito, devemos sempre recordar-nos, na nossa atividade profssio- nal, da necessidade de invocagio do tempo (qu: do), modo (de que forma) © ugar (onde). ‘Como o réu negou a autora da agressto bem como impugnou a matéria dos ‘anos, rd haver produgio de prova. Fe eee ee eee OSE CUCU eee CO OU OU E EEL EEEL MéIOS DB TROVA 2. PROVA TESTEMUNHAL ‘um processo cm que a eutor, ume empresa stado, no tinha apresentado ertaco,o Estado pugneva pela nt exaténca de Igamento, oie alertou o advogado de Aa "i Dr somoalferapron, mee?” ao que este respondeu: ‘Os dacenetr efi. denon ge: fetes devia testo pag: a pra 60a pl gue mar ect dee ee Ouvhu-te 6 ruido do manuseamento acelerado das folhas do processo, De+ cotrido algum tempo, muito pouco, 0 juie vrou-se para o advogado da autora € retorguid, em tom afirmativ: “Tm Boa a pelea pra alegpS ‘Ou sefa, tina sido marcado o ulgamento desneceasarlamente, jé que o pro- c2ss0 tinbs todos os elementos para ums decisto. ‘Estamos 2 patrocinaro cirurgido-dentista Ant6nio Antunes. Na fase da reco- Jha de elementos para claborar a peticto inicial, perguntamos: "Tem testemis- has?” ou de urna forma mals deta: “Quem assis agessto?” ‘Sk: Dr house dots inhouse a tudo, mas io quer eters, Pode 9 Sx Dr flercom lait 1s gn nmnneeiai i ‘mentos desprimorosos a que estio sui ‘bate 108 adiamentos, de celeridade processual, de facilitar a vida aos interve- ‘lentes processuais, incluindo as tescemunhas. 4 ee penoeindear outs pir ernment, sem pee “sutorzagio’ © 80", Tal sucede, por exemplo, quando se trata de alguém que tem conhecimento dos factos no exercicio das suas fungSes, como se verifica com os agentes polcais Finalmente, o cliente los traz uma lista de quatro testermunhas, com sua ldentifcagio (nome, estado, profssio ¢ morads). Podemos, egore, onganizar 0 rol de testemunbas. Chamamos rol2 lista das testemunbas. ‘2.1. INDICAGAO DAS TESTEMUNHAS Endicamoe as testemunhas pelos seus “nomes, profisdes e moradas e por outras (trounsthincias necessérias para as identificar” (art 498%) 2.2, LIMITE DO NUMERO GLOBAL Importa tomar em considera ite do némoero de testermunkas. Nos termos do art. SUI, nt I, 0s autores nfo podem oferecer mais do que 10 testemunbas, para prova dos fundamentos da agio, Osréus também nfo podem apresentar mais do que 10 testemunhse se apre- sentarem uma contestagio conjunta. Mutos pe raown, ‘Uma forma de os réus contornarem a limitagio de testemnhas consiste em apresentarem articulados separados, mas seréo penalizados em custa, pois terdo de pager tetas de justiga aut6nomas. ‘Caso 4 agfo tena valor ao superior & algada do tribunal de 2° astincla limite do mimero de testemunhas ¢ redurido para via urna segunda limitacio, que consistie no miimero de testeraunhas por cada facto. Escreviamos na anterior edigio deste lirro: artigo (com os dois fatos). ‘Ora, se tinermos cinco estemunhas a essa matéria © sea acdo revestts @ forma ‘samira, Gcamos com duas testerunhas “de fore’ Outro exemplo, Numa agto de despejo, com fundamento em: nio uso do loca, o autor slegou, num tinico artigo, que *O nto dorme, nao tome as suas refegses rem recebe of seus aznigos to local arendado” Se o juz fornular um nico quesita para todos estes factos, 0 autor «6 poder indicates testemunhas (ago cunnécia). Mas seo autor alegu, num artigo, que “O ‘undo dorme no andar errendade”, nowt artigo “Nem aitoma as suas eftigbes” e, finalmente, num Gltimo artigo "Nem recebs os seus amigos, jé poderto depor nove ‘Quando jf nto ¢ possivel inguirirmos mais nenhuma testemunha sobre determl- _questioniro, © questo esté "tapado’, ou se, fa std esgotado em term snbas. de determinado quesio, nada ndicade, ou se, nfo conta para efeitos deo quest ficar ‘ptando tapado o quesito, ou gee, o facto a0 qual a testemunha estave a depo, rf era posstvel a sus ingulrgio". Cont o novo CPC, desapareceu essa Iimitago e detraremos de ouvir a pouco agradavel advertéacia “Sr. Dr. o quesito etd tapado”, que nos impedia de prosse- soir inguirito int contrapartida, haverd sinals na expresso facial do juz, facilmente con- -vertiveis em interrupg6es, quando constderar que 4 inquiriglo da testemunhs se sth a prolongar por tempo excessive. Pelo facto de, se aprova ester fica, podermos prescindir das restates tes- tenfunhas,nio vi elas funcionarem 20 contrétio, ou se, estagarem a prova. ‘io seria a primeira vez que, estando a produgéo de prova a corer multo ‘bat, de felgho, por sortilégio desapradével da cltime testermunha, se perde « to, . weatienos que a prova “ests feita” (expressio que na pista quer dizer |produaida uma prova forte), prescindimos das restantes testemunhas. elgamento, « determinada altura, o mandatiio declarow ao jz: 0°ABn Dr, a aver de acrde, dado 0 adtantado das hore, prescindo das etents tte (Quel fot a resposta do juiz? Sé podia ser uma: "Si Dr V. Bae que se. AS testemunbas so suas” O tue pretendia 0 mandatério? Envolver o juiz na apreciagéo da prova, Se o magistrado dissesse que sim, ‘estaria “apanhado” para considerar a matéria provada, embora, naturalmente, ‘io cstivesseformalmente vinculado & resposta que tinha dado (sobre o pres ‘indi ou nfo da testensunbs). © julz, ao devolver a decisio para o mandatirio, quis prectsamente acen- ‘tar que decisfo de prescindir ou nfo das testemunhas é um ato unilateral, do advogado, nfo eseando condicionado a0 acordo do juiz. Hid testemunbas que ficam aborrecidas ‘epor, por terem sido prescindidas. Sentem-e relegadas para segundo plano, emnver de ficaralivadas.f estranha a navureza humana. Se Thes pedem para ser testemunhas, revolcam-se, se sio prescindidas ficam sentidas.. De notar que a testemunha prescindida pode ser inquirida oficiosamente pelo tibunsl, se houver razBes para presumir que tem conheclmento de factos Importantes para a boa decisto da causa (arts 498%, n*2 e526). Uke aah declarsdo, s20 ouvidas por teleconferéncia a parti do sidéncia, Vejamos agora as éreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. sbemos, elo reas de grande extensio (por exemplo, « de Lsboe tcltonfrtecta nsons, apesr de, por ozs dfcaldades én aus resultados. (Quals as vantagens do novo sistemat A testemunha, embora em local afs- tado, esté a ser vista pelo Juiz ¢ pelos mandatirios, que lhe fazem perguntss diretamente. Vere ouvir é ume colas, ler um auto, sem ver acara da testemuunhs, éoutra completamente diferente, ‘mento'na propria sla de audiéncias. Se optar por esse procedimento, teré de menclonat, no rol, a seguir § sua dentifcagio, a expressto “A apcesentar”. Sigifica isto que se responsabiliza pela sua comparéncia, nfo podendo requerer a sua inguirgfo em momento posterior caso a testemunla nfo compareca. ‘Quals as vantagens ¢ desvantagens de apresentar a testemunhe? A deevantager ji fol apontada: se a testemunha faltar perdemos atestemu- | ana, pois ela nfo fol notiicada pelo erfbunal ¢ temos o dmus de a apresentr. Quanto & vantagem, tombém é dbvia. A restemunha ouvida por tleconfe- réncla eset a ser vista num ecré, nfo existe propriamente imediaggo, impres- ‘Hone mls o depoimento de quem esté A nossa frente do que quem est “tefi- gfado" num aperelho. ‘No anterior CPC, a testemunha depunks sobre os factos selectonados no ques- ‘iondrio ou base instrutéria, cuja prova era necesséria. Instrutérla, no infcio da inquitigfo 0 advogedo indicara so tribunal os factos (quesitos) aos quais a testemunha iria depor e a inquirigfo seguia essa ordem, nao se podendo afsstar dela, Isto implicava o mandatério apontar,no seu requerimento de prova, frente donome da testemunba, os artigos do questionirio ou base instrutéria aos quals 4 vestemunh isa depor Desaparecen essa necessidade, em termos formais de imputacSe de artigos. ‘Todavi, serd sempre necessirlo tomar nota do conjunto de factos conheckdos pela testermunha Por exemplo, num acidente de viaglo, sea testemunha apenas tiver conheci- ‘mento das circunstincias em que ocorreu o acidente, escreveremos, i frente do sett nome, apis “acidente’, sabendo assim que, em face de inguirgto, ela ik depor sobre oacidente. Fazemos, ssint, a imputagio das testomunhas a matéxla factusl, 0 que nos permitir, também, verficar se temos prova sufciente. ‘Unaa forme mets elaboreda consistird em fazer um mapa: ‘Testemunbas Documentos Outrusmiios de prova ACIDENTE — (uomes) (adieagio edocs) pANos “Tratt-se, obviamente, de um documento interno, para 0 nosso trabalho. 2.5, RECUSA LEGITIMA A DEPOR ‘Saponhamos que o nosso cliente Dr. AntOnio Antunes nos indicava, como tes- remunha, « sua mulher, que tinha assistido & agressio perpetrada por Bento Bernares. Pode 2 mulher do autor ser testemurhha? .das pessoas podem depor como tes- a recusa. & 0 caso dos cOnjuges, nas ascendentes nas causes dos descen- Pode. HA visi casos temunbas, sendo, no entanto, casas em que seja parte o out detes.- (0 julz deve advertr as pessoas referidas no art. 497% de que podem usar dessa faculdade de recusa de prestacio de depoimento. 2.6, SIBILO PROFISSIONAL Diferent da possiilidade de recut, ¢ sitsagio do siglo profssional, emque bé sag nio deve depor (art. 497%,n°3). (0 ar18S" do Cédigo de Procesto Renal refere que, havendo fandades divi das sobre a legicimidade da escusa, a autoridade judiciria perante a qual oinc- conclu pela llegiimidade da esata, €ordensda a presto do depolmento. E frequenteex-lientes solic de revelazio de clientes ou, de modo geral, a assuntos conhecidos por forga da ‘rofissio,o advogado deve recusar-s, explicando que esta impedido de prestar epoimento. w RRR RRR RRR SERRE SERRE RUL EEE EELE CELL ESE LEE UL ELLE ‘PRATICA PROCESSUAL CIVIL COM 9 NOVO CFE Advocacia ~ Historie ~ Deontologis - QuestSes glo, Cotmbra Editor, 2000). ‘PROVA DOCUMENTAL "isntnba das prov (a prova testemunhel) pode socobrar perante um documento, H's Da que servem quatro testermmhas, jurando a pés juntos que o réu cont “aaa. a ter no locado « sua residéncia permanente, quando se verifca, pela prova ocumental, que tem "ZERO" de consumo de eletricidade, Agua e gis? ‘Confiontadia perante ess realidad, uma restemunba afirmou, no julgamento: "Sab, Sr. Dr ut, ele é muito ponpaao, vai a fntandrte buscar Agua eno gst ds compen’ juiz retorqui: "Yoctjugam quo utes andam agua dormir. 2, sceder que a parte s6 obtenha o documento posterior ‘estatégia processual, opte por apresentar o documento ‘Mais tarde, até quando? ‘Até20 dias antes da data em que se realize a audiéncia nel, mss a parte sert ‘ondenada em mult, exceto se provar que nio o pide apresentar antes (art 4231,n°2), processo, eausando tantas vezes o adam: (Com efeito, a parce contrirla nfo prescindia do chamado “prazo da pura se pronunciar, do prazo legal de dez diss, sendo relatvamente fell que 6 tribunal considerasse que havia grave inconvenience em que 2 eudiéncls contle rnuasse sem se aguardar ‘Comentando esta si stand frequentemente no fator- de correspondéncia entre a er- idade processual” (“ONovo Processo. ‘Alids, por vezes 08 préprios mandatirios combinavam entre si juntar um determinado documento para obter o adtamento da audiéncia, sem natural- mente dar conhecimento ao cllente. (Gocumentos) na manga. Apenas terto a toga consigo, PRATICA PROCESSUAL CIVIL COM ONOVO CFC Apresentado com o tiltime articulado ou depots dele,o documento é nots. ‘ado & parte contréria, para sobre ele se pronunciar (att. 4278, uerer oralmente a certidio, é preferivel fazé- slo porescrito, Fi io pedidoe obtemos um comprovativo, para depois levantar acertidio. (© mestmo art. 748 permite-nos solicitas, em qualquer tribunal ou repartigéo, “o exame de processos, livros ou tos que nfo tenham caréter reser- vvado ou secreto”, o que poderd constituir © primeiro pasto para a certidto Com efeto, sea nformacto obtida nos inceressar, se for vantajosa para 0 n0ss0 ‘dente, pedimmos certiddo. Se for desfavorével.. 3.9. REQUISIGAO OE DOCUMENTOS ‘Quando no consegsimos obter um documento, porter earitereservado, oupor qualquer outra azo alhela & nossa vontade, podemos utilizar «forca do tribunal ara conseguir o efeitos, O art. 436,21, permit «que sefam requisttadasinformagdes,pareceresté fovografas, dese- hos, objetos ou outros documentos necessirios ao esclarecimento da verdade, A ‘equisigdo pode ser feita aos organismos ofcais, as partes ouaterceiros. ‘Nur agdo relative & exccucfo de uma empreitada, em que o dono de uma obra na ilha de Porto Santo reclamava uma indemnizagto por atrasos na exe- ‘cugio dos trabalhos, a ré, empreiteira, alegou que nto tinha podido efetuar 0 requisitadasinformagdes & Capitania do Funchal sobre eventuais impedimentos do tansporte mar(timo naquele perfodo, pars ilha do Porto Santo. A Capitania respondeu, informande o tribunal que no tinha hevido, no periodo em causa, qualquer perturbagio no. ‘Orequerimento de prova ‘Nie fol possvel& autora obter esta informagio junto da Capitania, jlagho deta do Trl 1 08 respetivos melos de prova. O autor nio pode requerer 20 ‘nibunal que oficle « Conservatéria do Registo Civil de Braga para que sea junta tos autos ceriddo do seu assento de nascimento. Porque? Jisabemios.O registo & publico e qualquer pessoa pode obter essa certidfo. “Também é prefertvel sermos nés a fazer ium esforgo suplementar pare obter previamente a informagio ou o documento, Juntamos, s6 se for favordvel nos fnteresses do nosso cliente. documento ou a informasio, requsitados pelo tribunal a0 Jno podemos dizer que nfo 0s queremos no processo, por 3.4, PRAZO DE EXAME 0 documento tiver sido fiatocoim um articulado, a parte contréria pronumcla+ -se sobre o mesmo no articulado seguinte. weveververscevne "PRATICA PROCESSUAL CIVIL COMO NOVO ERE Junto com 0 itimo articulado, ou'em momento pos. terfor,énotificado & parte contriria, nos termos do art. 427%, ¢ O primeiro ¢ 0 da oportunidade da ju seja, caso 0 documento nfo ‘rene qualquer interesse para o processo, pode opor-se & sua jungio, dizendo: Opt a june om vireo deci nd ter guage rele em sea da prone” 1} © segundo de respeito& impugnacio da genuinidade do documento part- “pee see (© regime ¢ 0 segulnte: se 0 documento apresentado pela parte € om ‘Ageamento particular, «2 outra parte, contra quem o documento ¢ epresentado, |gslrn que nto sabe sea fecra ousssinatura do documento ¢ verdadera, 0 60% ak prone verucidade do documento ncumbe we eprcsenants “Hlavendo impugnacio, & 20 apresentante do documento que incumb tada; ¢terd de fazé-lo, mesmo que o impugnante tenhia do texto eda assinaturs, ou s6 da assinatura” (Pires de Lima Cédigo Civil Anotado, 1", 366). onseguinte, sempre que ¢ epresentado um documento, a parte contd: tela, toma a seguints posigfo, quando nfo sceita o document “.Tgvora se lea ssnatare do document corspondom dedadee quem * das ple gue impugn odacerento nos trmor-d ar. 4444da CPC ._-Bfetuada essa declaragfo, incumbe ao apresentante a prova da genuinidade “Tendo um documento particular sido impugnade, pode a parte que 0 produziu requerer a produgdo de prova, descinada a convencer da sua genuinidade, no impugnante do documento, nem a parte que o broduct, requerdo qualquer prow « snsequéncia€apenes et: compete Se o documento for auténtic, s6 pode ser afaseada a sua forga probstér ‘mediante a demonstragao da sua flsidade. SPs Se SSS SPSS SSVCOssVsesse se eeees 89 99999 8D &: 4, PROVA POR CONFISSAD Noprocesso penal, ‘Talvez porisso, helam muitas situagBes em que of € assim. Os articulados sto acompanhados (Gecrates tb uments em qe pre rel & ver partea pensar dass vezes antes de propor uma aq a terd de dar a cara em tribunal, de se “defender” @ de proposta pelo nosso cirurgiio den- oria da agressfo. © nosso cliente dia-nos "Sx. Dr, stot for aperado pelo tribune, pode ser qu dig a verdade” ( tribunal nfo aperta propriamente sx partes, mas nés perceberio dela do nosso cliente. Temos de ter algum culdedo com « noss lingaagem. Numa prova de agregagto, um candidato, inqutide sobre o que fata o jutz no infcto da tentativa de conliagfo de um divéreio sem 0 consentimento,retorguiu “Apalpe a parte? ‘Voltando a0 texto, 0 que o nosso cliente pretendeu dizer é que o réu Bernardes, se for inguirido pelo tribunal, é capaz de nio ter « desfacater de negar as agress6es e de, fugindo-lhe a boca para a verdade, confessar ‘Por iso, vaaos mesmo requerer o depaimento de parte, not melos de prova -Escrevemos: “UL~DEPOIMENTO DE PARTE [Nos ermes do art. 4524, at 2, do CC requero depoimento de pate do R, 4 smactca relat As circunstncias em que ocorreu 0 acidente, designadamente 20s ardgor ey d petite. Por visar a confssio, odepoimento de parte apenas pode ser equerido afae- tos que sto desfavoriveis a0 requerente e nfo pode recalr sobre matéria relativa ‘Como se decidiu no acdrdfo da Relagio de Lisboa de 15/6/79, “tendo con- testido conjuntamente os réus, marido e mulher, ndo it requeira o depolmento de parte daquele, por nfo conduzir 2). Decidiu-se também no acérddo da mesma Relagio de 2b pena de se autorizar uma pritica fraudulenta, um co-réu imento de parte do outro co-téu apenas se no processo tive- gentes sobre 0 mesmo facto, que favorece um e desfavorece ¥, p.129), apre 4 pena requerer 0 depoimento de parte? Nem sempre. Priméico, teros de saber, com o nosso cliente, qual a estrutura psiquica da 1Mgi0s DB eROvA uma tortura de névoa, que é cémo uss vento esquedido ¢ cémpli Os808 do Ofcid”). 'S6se concluirmos que parte contrira nfo se “aguenta’, & que vamos pedir ‘odepolmento de parte. ‘Nio nos podemos esquecer que, n de aivércto, como na generale dade das agbes sobre o estado das pessoas, de parte, por extarmos em presenga de (quale nfo admissivel confissto (art. 289%, (0 depoimento de parte pode ign ‘quslquer estado do process (art 452, ‘0s jlzes tomarema esta iniciativ, talve vam o principio do disposttivo. ‘natural que o novo Cdigo traga uma maior aplicacio desta norma. ele ambiente sclene e formal, néo con- tanto, nfo tem sido habitual hos habitos, que hipervaloriza- ‘or ‘sis razBes, entendemos que o depoimenco de parte devia sex a tegra, ‘como sucede com osistema anglo-sexénico, abrangendo mesmo as matéries que Agora séo consideradas de direitos indisponiveis. ‘Aisim, a fase de produgto de prova deveria comegar com a inquirigdo das partes, So clas, melhordo que ninguém, que conhecem os factos. (Omarido que nega a violéncia domésticae as agressdes, aumna acto de divdr- cio, se fosse confrontado com o julz, pensaria duas vezes antes de contestar a gto. 5.PROVA POR DECLARAGOES DE PARTE Este €uro novo meio de prota introduzido pelo novo CPC. ‘Na "Exposigio de Motivos’, que scompanhou a proposta delet do goverio, ese: “pre-e apossiidade de prestarm declares em euiléacie props par te, quando fice nature peste! do facts a everguar tl lghnca sefstiqus, ts ais sf iemente valoradas peo [oz nu pare em que no reprerenten:

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