Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
OTTO, Rudolf. O Sagrado - Um Estudo Do Elemento Não-Racional Na Idéia Do Divino e A Sua Relação Com o Racional PDF
OTTO, Rudolf. O Sagrado - Um Estudo Do Elemento Não-Racional Na Idéia Do Divino e A Sua Relação Com o Racional PDF
Rudolf Otto passou a ser conhecido pela obra Das Heilige, livro escrito em
1917 e que figura entre os clssicos da Filosofia da Religio. Nasceu em Peine, na
Alemanha, em 1869 e faleceu em 1937. Era de famlia protestante, tornando-se
pastor, telogo e filsofo. Foi professor da Universidade de Gttingen de 1897 a
1907. De 1901 a 1907 foi colega de Edmund Husserl, neste perodo Husserl lana o
novo mtodo de investigao filosfica, denominado posteriormente de
fenomenologia.
Introduo
1. O numinoso1
1
Por numinoso, Otto entende a caracterstica essencial e exclusiva da religio e sem ele, a religio perderia as
suas caractersticas. (p.12).
2
Se lumen pode servir para formar luminoso, numen pode formar o numinoso (p.12).
3
Todo som, todo canto, toda palavra so sem nenhum efeito (p.66).
4
Para ns, ocidentais, a arte numinosa a gtica (p.71).
5
Isto pode ser visto nas pginas 13,52,70 e71. Otto utiliza-se da msica como o grande exemplo.
6
Ter um Deus no significa nada mais que confiar nele de todo o corao, citando Lutero, p.98.
3
atrado para esse que est fora de mim. Certamente o racional e o cientfico no
podem explicar isso (p.15).
2. O tremendum
3. O mirum
O mistrio torna-se facilmente terrvel (p.29), pois tudo aquilo que nos
misterioso, que no conhecemos, que est em secreto, incompreensvel ou
inexplicvel nos causa um profundo terror. No entanto esse terror, ou temor, no o
temor ao demonaco, ele diferente e pode acontecer independentemente do outro.
Ele no est preso e nem vinculado ao horror, ele nos aterroriza porque est ligado
ao que diferente e no ao sinistro, est ligado ao totalmente outro, ao mirum7 que
nos deixa estupefatos e nos paralisa (pp.30,67), nos estatifica.
4. O majestas
digno de receber tal reverncia e amor (p.56). Na Bblia, isso comea com
Moiss8, passa pelos profetas e chega at os Evangelhos (p.77), onde a nfase o
Reino de Deus que o numinoso racionalizado, que possui participantes que so
chamados de santos, uma caracterstica do numinoso (p.83), e tem um mestre que
no menos numinoso que o Reino de sua pregao (p.84), o numinoso fica
carregado por elementos racionais, teolgicos, pessoais e morais (p.121). No Novo
Testamento, Deus Senhor dos cus numinoso/no-racional, mas tambm Pai
numinoso/racional (pp.84-85). Essa questo moral e de expiao, um outro
aspecto do numinoso de difcil compreenso para o homem natural. Esse no
entende o que pecado, consegue apenas compreender o que um erro moral,
mas no consegue saber o que e qual o grau de problema que existe num
pecado (p.57-58). Ele est ainda na experincia esttica e s assim consegue
entender, no faz parte do universo religioso, e, portanto, no evoluiu como o
cristo, como sujeito religioso. J no Cristianismo, o numinoso chega a um tal ponto
de racionalizao e evoluo (dilogo entre o racional e o no-racional), que para
Otto, ela se estabelece como religio superior a todas as outras. O mistrio da
necessidade da expiao no encontra, em nenhuma religio, expresso to
completa como no cristianismo (p.59).
6. O no-racional do numinoso
8
No AT o fator no-racional do numinoso est em Jahveh e o fator racional est no Elohim. (p.77).
9
No entanto na racionalizao o numinoso recebeu um contedo novo que, segundo Otto, fez a religio evoluir
(pp.123ss). O numinoso tornou-se Deus e foi sistematizado (pp.122e139).
10
A idia de predestinao torna-se, numa religio racional como o cristianismo, perniciosa e intolervel, por
mais que se tente faz-la inofensiva atravs de atenuaes mltiplas.
11
Assim tambm se explica o que se acostumou chamar de carter fantico desta religio. O sentimento do
numen, a essncia do fanatismo.
6
emprico das coisas que penetram no emprico (p.142). Por essa razo, so de
difcil explicao e compreenso: Os elementos racionais como os no-racionais da
categoria do sagrado so elementos a priori. A religio no est nem sob a
dependncia do telos nem do ethos e no vive de postulados. O que nela h de no-
racional possui, por sua vez, origem independente e mergulha diretamente as suas
razes nas profundezas ocultas do esprito (p.115).
Concluso: o a priori