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INTRODUÇÃO

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A ENERGIA VITAL
O que é o Feng Shui?

Feng Shui é uma técnica para construir,


reformar e decorar sua casa de modo
especial: possibilitando o fluxo correto da
energia vital chamada Ch’i (lê-se ‘Ki’ ou
‘Ti’) em todos os cômodos.

Resumidamente, o ch’i é a energia que,


segundo a tradição chinesa, flui através de
nossos corpos e de todo ambiente. Também é conhecido por energia
positiva.

A gente se sente bem num ambiente onde o ch’i flui corretamente e se


sente mal quando, em vez do ch’i, flui uma energia negativa
denominada ‘sha’, que pode vir de esgotos, brejos, lixeiras, etc.

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O Feng Shui faz uso de alguns objetos e de recursos arquitetônicos e


decorativos para atrair e regular o ch’i, assim como para evitar o sha.

Feng e Shui são palavras chinesas que significam Vento e Água,


elementos que sempre modificam a Natureza. Tudo muda, mas os
ciclos naturais se repetem.

Observando o Universo

O Universo está em constante mutação porque seus processos são


dinâmicos, mas existe uma ordem eterna e natural conhecida por Tao
(o ‘Caminho’).

O processo de movimento, contração e expansão do Universo é


representado pela interação de Yin e Yang, as duas forças que criam e
sustentam toda a vida.

Na natureza, o ch’i se dispersa rapidamente em topos de colinas


expostas e nos rios e riachos de fluxo rápido, e se acumula em
pântanos e águas lodosas.

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As lagoas e vales baixos estimulam o ch’i a ir mais devagar, sendo


normalmente lugares de paz e
contemplação e, como tais, são um reflexo
de Yin.

Os campos e afloramentos rochosos


expostos ao vento apressam o ch’i, pois
possuem uma emanação mais ativa e
forte, sendo considerados um reflexo de
Yang.

A capacidade de perceber a dispersão ou acumulação de ch’i é essencial


para a aplicação do Feng Shui.

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AS ESCOLAS DE FENG SHUI


Introdução

O Feng Shui foi traduzido para diversos idiomas e é aplicado em


muitos países. Seus fundamentos são os mesmos, mas a forma de
aplicar se ramificou em várias escolas.

As escolas de Feng Shui mais difundidas no Brasil são a Escola da


Bússola (chinesa, milenar) e a Escola do Chapéu Negro (tibetana, dos
meados de 1950).

Essas duas escolas utilizam o baguá, mas de maneiras bem diferentes.


Na Escola da Bússola, o baguá funciona como um símbolo que atrai o
ch’i e afasta o sha; na do Chapéu Negro o baguá é também uma espécie
de mapa identificador de áreas na planta-baixa da construção.

Outra, menos difundida, é a Escola das Formas, porém é a mais antiga e


trata de elementos básicos – a topografia -, sendo mais usada e muito

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útil em áreas rurais, onde ainda se tem bastante paisagem natural. Nas
áreas urbanas, as formas originais do relevo já se perderam: há
montanhas cortadas, solos nivelados, rios canalizados, etc, mas o
estudo das formas continua imprescindível: deveria ser um item mais
abordado em todas as escolas difundidas no Brasil.

A Escola do Chapéu Negro

Na Escola do Chapéu Negro o baguá é


usado para dividir a planta-baixa da
construção em 8 partes chamadas
‘guás’, conhecidos também por ‘áreas’
ou ‘setores’.

De acordo com esta escola, nossa


energia entra na casa pela porta de
entrada mais usada, flui para os cômodos e se integra à energia dos
ambientes.

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A Escola do Chapéu Negro indica a aplicação de determinadas cores,


formas e materiais conforme as características dos guás da casa,
identificados ao aplicar o baguá.

A energia de cada guá deve ser ativada corretamente, por isso, além do
uso das cores, formas e materiais apropriados, também são usados
alguns objetos específicos.

Para identificar os guás da construção podemos sobrepor um baguá na


planta ou riscar (desenhar) um baguá diretamente nela.

Nesta escola usamos a palavra ‘cura’, que significa aplicar uma dica de
feng shui para que o ch’i de determinado local flua corretamente.

Em resumo, na Escola do Chapéu Negro identificamos os guás na


planta-baixa da construção e, de acordo com eles, fazemos a aplicação
do feng shui nos cômodos.

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A Escola da Bússola

A Escola da Bússola utiliza o baguá como


símbolo em objetos de decoração com
superfície refletora. Acredita-se que o baguá
deve ser pendurado, preferencialmente, com o
trigrama Céu para cima – este trigrama é o que possui três linhas
contínuas.

No Feng Shui da Escola da Bússola cada um de nós possui


características que correspondem a um dos 5 elementos: madeira, fogo,
terra, metal ou água. Também possuímos outras características, como
um trigrama específico, um signo animal, direções de sorte, entre
outras. Estas características são identificadas ao calcularmos a bússola
pessoal Pa Tzu (lê-se ‘bazi’).

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A Escola da Bússola indica cores, formas e materiais favoráveis


conforme nossas características, para integrar a nossa energia à do
nosso ambiente.

Na Escola da Bússola usamos a expressão ‘ler o ambiente’, que significa


fazer o levantamento das características do local onde vamos aplicar a
técnica. Estas características estão relacionadas à sua localização em
relação ao planeta. Para determinar a localização podemos usar uma
bússola magnética comum, mas para reconhecer as características usa-
se a bússola de feng shui, a ferramenta própria desta escola.

Portanto, na Escola da Bússola identificamos as características do local


e as características de cada morador. A partir da combinação destas
características aplicamos os recursos de feng shui: cores, formas e
materiais adequados, ou o reposicionamento da mobília, a introdução
de certos objetos, entre outros.

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Para harmonizar ambientes de uso coletivo, como salas, copas e


varandas, é preciso verificar a combinação dos elementos de quem usa
estes ambientes.

A Escola das Formas

A Escola das Formas tem como base a topografia. São observadas as


formas dos elementos naturais presentes na área onde se vai construir:
o formato das montanhas e dos cursos d’água, a vegetação, etc.

O ideal é viver em um ‘local afortunado’, ou


seja, naquele em que há a presença, em
posição correta, dos 4 ‘espíritos animais’
que protegem os limites da casa: o Dragão
Verde (à direita), o Tigre Branco (à
esquerda), o Cágado Preto (na porta de trás)
e o Pássaro Vermelho (na porta da frente).
Alguns estudiosos relacionam o Pássaro Vermelho à Fênix.

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De acordo com Man-Ho Kwok, autor do ‘Kit Feng Shui’, o cágado preto
está presente numa serra e oferece proteção contra o tempo cruel
(tempestades, frios intensos, etc.); o dragão verde e o tigre branco são
vistos em colinas ou pequenas encostas, sendo os guardiões do local –
o dragão deve estar um pouco mais elevado que o tigre para dominá-lo;
e o pássaro vermelho está numa colina mais baixa ou numa pequena
elevação, permitindo que o ch’i transite suavemente ao redor de toda a
casa.

Assim como a paisagem de onde se construirá, também a construção


deve seguir este padrão: os lados dela devem ser similares em altura e
tamanho (podendo, o lado direito, ser um pouco mais alto) e o quintal
dos fundos um pouco mais elevado que o da frente.

Identifica-se, também pela forma, se há presença de um ou mais dos 5


elementos (madeira, fogo, terra, metal e água). Pode se ver o ‘Fogo’ em
formações pontiagudas e a ‘Água’ em formações onduladas, por
exemplo.

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Existem topos de montanhas em vários formatos: em forma de caneta


pode representar erudição para os habitantes das proximidades, em
forma de cabeça pode representar proteção, e assim por diante.

Em qualquer construção deve-se levar em


conta a natureza dos 4 espíritos animais, a
água (qualidade, fluxo e forma do curso), a
qualidade do solo, a entrada de ar e de luz
natural e as construções vizinhas, sempre
pensando na prosperidade e saúde dos que
nela vivem.

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AMBIENTE EM HARMONIA
O Feng Shui e as nossas atitudes

O Feng Shui não é limitado somente ao estudo de determinados


lugares e/ou objetos: ele é muito mais abrangente, sendo que algumas
de suas técnicas têm base no conhecimento científico. Podemos
classificá-lo como uma arte que compreende tudo em nosso ambiente.

O modo como vivemos e aquilo de que nos cercamos estão


intimamente ligados às formas da terra e aos elementos e forças
naturais que atuam a nosso redor.

Esta consideração pelas forças visíveis e invisíveis em ação na natureza


está no âmago do Feng Shui, que reconhece o vínculo humano com o
mundo natural.

Todas as construções deveriam realçar a paisagem e não desvalorizá-la.


Que tal refletirmos sobre isto?

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Conclusão

A pessoa que decide aprender feng shui começa a observar o mundo de


uma forma especial e, além de poder exercer um controle muito mais
positivo, torna-se também responsável pela harmonia dos ambientes
em que vive.

Nossa missão é criar uma ponte para que os milenares conhecimentos


orientais possam ser úteis também em nossas empresas e lares. Afinal,
um planeta seguro e próspero se constrói a partir de lares e empresas
que funcionam em harmonia.

Você e eu sabemos que não se trata de uma missão fácil. Mas sabemos
também que não é impossível. Qualquer pessoa pode aplicar o feng
shui e assim transformar seu próprio ambiente e sua vida.

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Próximos passos

Agora que você já sabe de onde vem o


Feng Shui e para que servem suas técnicas,
seu próximo passo é aprender mais sobre
uma escola. Para começar, recomendamos
que você leia nosso livro “Como aplicar o
Baguá” e estude o “Vocabulário Básico do
Feng Shui”. Ao aprender o vocabulário
básico do feng shui você poderá compreender os fundamentos das
escolas de feng shui e assim abrir as portas de um novo mundo, no
qual você será capaz de perceber a presença das energias ch’i e sha e
promover a harmonia em qualquer lugar.

Que haja Luz sobre seus pensamentos, palavras e atitudes!

Até a próxima!

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“Ao erguermos a vista não vemos


fronteiras.” – Provérbio Japonês

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