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foi definitivamente,doloroso.
Achei que Deus havia se lembrado de mim,como prova de sua bondade havia me enviado um
anjo que não se importou em se ferir com meus espinhos.
Simplesmente chegou perto, ignorando minha monstruosidade e perguntou s'eu tocava guitarra,
com o sorriso mais encantador alguma vez já dirigido a mim.
Alguma coisa quente circulava em mim, depois de tanto tempo. Era meu sangue, acho.
mas,sonhei alto. Deus nao o faria. Aquele anjo? para mim? sem chance.
Deus não daria tamanha jóia a mim, outros se fazem 1000x mais merecedores de tal anjo.
e o que me sobrou foi tocar notas tristes num instrumento que compreende o infinito em uma
oitava.e varios infinitos,e "buracos de minhoca" por entre ele.
Sozinho.
Sozinho novamente.
Sozinho, como sempre.
Toquei aquelas notas, que choravam, numa canção que falava sobre "bater nas portas do céu",
Quase a mesma sensação que meu coração teve ao ver tal criatura chegar perto e abrir um
sorriso pra mim.
Devo trancar as portas do meu coração pra sempre, jogar elas fora,desligar as estrelas e tirar a
lua do céu, ou devo esperar a próxima decepção? Ou devo iludir-me,pensando "Talvez amanhã"?
o que eu quiser.
Apesar da expressão por meio das notas,o fascínio ainda não adormeceu,e mora
aqui,entranhado em mim de forma que talvez o tempo,assim como o fez, possa desfaze-lo.
Mas...quem se importa?
o tubarão tem lágrimas, e elas correm pela face dele, mas o tubarão vive na agua, então suas
lágrimas não são vistas.
ou desepeja fúria envenada com seus "Heavy Metal" (Sobretudo quando une-se ao pedal) ou
toca solos chorosos,de longos bends em casas com tons meio agudos.
(14/AGO/14 - Editado 03/JUN/15. Uma decepção que tive, que só tive vontade de registrar por
contar alguns traços de inspiração)