Você está na página 1de 59

Alexis Galeno Matos

3º edição
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA

PARASITOLOGIA NA PRÁTICA

REVISÃO Profa. Dra. FLÁVIA RAQUEL NASCIMENTO


Profa. ANDRÉA MARQUES DA SILVA PIRES

2017
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 2
“Dedico esta obra, primeiramente, a Deus e
meus pais, esposa Viviane e filho Levi, minha
família por inteiro, meus amigos de 72º turma
de Medicina e aos professores Aymoré, Vitorino,
Flávia Raquel, Andréa Pires, Eloísa que muito me
ensinaram e continuam a ensinar.”

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 3
Sou médico oftalmologista, especialista em glaucoma, formado pela
Universidade Federal do Maranhão. Durante o curso de medicina, fui
monitor da disciplina de Parasitologia durante dois anos.
Comecei a me interessar sobre o tema durante o curso e me
perguntava se iria aproveitar esse conhecimento na vida médica que fosse
escolher. Eis que ao iniciar meus estudos na oftalmologia me deparo com
patologias como toxoplasmose ocular, pediculose e miiase ou
neurorretinites causada por parasitas.
Estudar parasitologia é saber das doenças a partir da sua origem. É
saber e conhecer para poder evitá-las. É ter um conhecimento amplo sobre a
natureza e sobre as doenças. É ampliar seus horizontes de conhecimento
muito mais que enfermarias de hospitais ou laboratórios de pesquisa.
Durante as aulas práticas, percebi que havia dificuldade, por parte de
alguns alunos, em identificar as lâminas. Então, desenvolvi esta apostila de
aprendizado prático para incentivá-los e auxiliá-los.
Caso tenham sugestões ou critica, elas poderão ser enviadas para meu
e-mail: alexisgaleno@gmail.com. Elas serão muito bem aceitas e servirão
para o melhoramento de futuras edições.

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 4
SUMÁRIO

HELMINTOS – ASCHELMINTHES
Ascaris lumbricoides.......................................................................................................... 7
Enterobius vermicularis..................................................................................................... 9
Trichuris trichiura.............................................................................................................. 10
Ancylostomidae................................................................................................................... 12
Necator americanus…........................................................................................................ 13
Wuchereria bancrofti.......................................................................................................... 15
Strongyloides stercoralis.................................................................................................... 16
Schistosoma mansoni......................................................................................................... 17

HELMINTOS – PLATYELMINTHES
Hymenolepis nana.............................................................................................................. 20
Hymenolepis diminuta........................................................................................................ 21
Dipylidium caninum........................................................................................................... 23
Echinococcus granulosus................................................................................................... 24
Taenia solium..................................................................................................................... 26
Taenia saginata................................................................................................... .............. 28

PROTOZOÁRIOS – APICOMPLEXA
Cryptosporidium................................................................................................................. 29
Isospora belli...................................................................................................................... 30
Toxoplasma gondii............................................................................................................. 32
Plasmodium sp.................................................................................................................... 33

PROTOZOÁRIOS – SARCOMASTIGOPHORA
Trypanosoma e Leishmania................................................................................................ 36
Giardia lamblia.................................................................................................................. 38
Trichomonas vaginalis....................................................................................................... 40
Entamoeba.......................................................................................................................... 41

ARTROPODES- INSECTA (NEMATOCERA)


Psychodidae........................................................................................................................ 44
Culicidae............................................................................................................................. 45
Simuliidae........................................................................................................................... 47
Ceratopogonidae................................................................................................................ 47

ARTROPODES- INSECTA (HEMIPTERA)


Triatominae......................................................................................................................... 48

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 5
ARTRÓPODES- INSECTA (ANOPLURA)
Anoplura............................................................................................................................. 49
ARTROPODES- INSECTA (SIPHONAPTERA)
Siphonaptera....................................................................................................................... 51
ARTROPODES- INSECTA(ACARI)
Ixodides............................................................................................................................... 53
ARTROPODES- INSECTA (CYCLORRAPHA) e (BRACHYCERA)
Moscas................................................................................................................................ 56

Referencias ......................................................................................................................... 59

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 6
HELMINTOS – ASCHELMINTHES

Ascaris lumbricoides
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Ascaroidea
FAMÍLIA: Ascarididae
GÊNERO: Ascaris
ESPÉCIE: A. lumbricoides

São animais longos, robustos e cilíndricos, apresentando extremidade


afilada. Macho apresenta cor leitosa com extremidade posterior fortemente
encurvada para face ventral. A fêmea é mais robusta que o macho com
extremidade posterior é retilínea.

Figura 1 – Fêmea (female) e macho (male)

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 7
OVOS
Tem cor castanha, são grandes, ovais com membrana externa mamilonada.
• Infértil: mais alongado, membrana mamilonada, mais delgada e
citoplasma granuloso.
• Fértil: membrana com mamelões e citoplasma denso e escuro.
• Fértil embrionado: mais arredondado, embrióforo presente.
• Fértil decorticado: duas membranas, transparente e lisa.

Figura 2: Ovo fértil, ovo embrionado, ovo fértil, ovo infértil

CICLO DE VIDA

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 8
Enterobius vermicularis
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Oxyuroidea
FAMÍLIA: Oxyuridae
GÊNERO: Enterobius
ESPÉCIE: E. vermiculares

Corpo filiforme, presença de asas cefálicas na extremidade anterior,


boca seguida de esôfago terminando em um bulbo cardíaco. Macho tem
cerca de 5mm, cauda fortemente recurvada ventralmente com espículo
permanente. A fêmea tem 1 cm de comprimento cauda pontiaguda e longa.

Figura 3: Asas cefálicas Figura 4: Comparação entre macho e fêmea

OVOS
Aspecto de “D”, amarelado, membrana lisa dupla e transparente, é
embrionado.

Figura 5: Ovos de E. vermiculares (formato de D)

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 9
CICLO DE VIDA

Trichuris trichiura
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
ORDEM: Trichurida
FAMÍLIA: Trichuridae
GÊNERO: Trichuris
ESPÉCIE: T. trichiura

Medem de 3 a 5 cm, sendo os machos menores que as fêmeas. Região


anterior afilada e mais comprida que a posterior que é mais robusta. Aspecto
de chicote. O macho é menor, extremidade posterior fortemente recurvada

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 10
ventralmente, apresenta espículo protegido por bainha. A fêmea é maior,
extremidade posterior romba e reta

Figura 6: Comparação entre fêmea e macho

OVOS
Ovo com formato elíptico, com poros salientes e transparentes nas
extremidades preenchido por material lipídico, saliências nas regiões polares.
Aspecto de bandeja.

Figura 7: Ovos de T. trichiura

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 11
CICLO DE VIDA

Ancylostomidae
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Strongyloidea
FAMÍLIA: Ancylostomidae
GÊNERO: Ancylostoma
ESPÉCIES: A. duodenale A. caninum, A.braziliense

Ancylostoma duodenale: corpo cilindriforme, cápsula bucal com 2 pares de


dentes ventrais, cor róseo vermelho.
Ancylostoma caninum : corpo cilindriforme, cápsula bucal com 3 pares de
dentes ventrais, cor róseo vermelho.
Ancylostoma braziliense: corpo cilindriforme, cápsula bucal com 1 par de
dentes ventrais, cor róseo vermelho. Macho com extremidade posterior com
bolsa copulatória bem desenvolvida e fêmea com extremidade afilada.

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 12
Figura 8: Na sequencia A. braziliense, A. caninum e A. duodenale

Necator americanus
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Strongyloidea
FAMÍLIA: Ancylostomidea
GÊNERO: Necator
ESPÉCIE: Necator americanus

Necator americanus: forma cilíndrica, cápsula bucal com duas laminas


cortantes na margem interna da boca e outras duas subventrais. O macho é
menor que a fêmea, com bolsa copulatória bem desenvolvida. A fêmea é
maior, com extremidade posterior afilada sem processo espiniforme
terminal.

Figura 9: Macho com bolsa copulatória e N.americanus

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 13
OVOS
Ovo blastomerizado: oval com dupla membrana, presença de
blastômeros.
Ovo larvado: oval com dupla membrana, presença de blastômeros em
estágio embrionado.

Figura 10: Ovos embrionados de Ancylostomideo

CICLO DE VIDA

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 14
Wuchereria bancrofti
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Filarioidea
FAMÍLIA: Onchocercidae
GÊNERO: Wuchereria
ESPÉCIE: W. bancrofti

O macho apresenta corpo delgado, branco leitoso, extremidade


anterior afilada e posterior encurvada. A fêmea tem corpo delgado e branco
leitoso. Microfilária apresenta membrana ou bainha delicada apoiada sobre
células subcuticulares e somáticas

Figura 11: W .bancrofti


CICLO DE VIDA

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 15
Strongyloides stercoralis
FILO: Aschelminthes
CLASSE: Nematoda
SUPERFAMÍLIA: Rhabdiasoidea
FAMÍLIA: Rhabdiasidae
GÊNERO: Strongyloides
ESPÉCIE: S. stercoralis

Fêmea partenogenética: corpo cilíndrico com aspecto longo,


extremidade anterior arredondada e posterior afilada. Apresenta cutícula
fina e transparente. Aparelho genital anfidelfo ou divergente.
Fêmea de vida livre: fusiforme com extremidade anterior arredondada
e posterior afilada.
Macho de vida livre: aspecto fusiforme, extremidade anterior
arredondada e posterior recurvada. Apresenta dois pequenos espículos na
extremidade posterior.
Larvas filarioídes com porção anterior afilada, posterior termina-se em
duas pontas. Nota-se primórdio genital.

Figura 12: Larva do S. stercoralis

OVOS
Ovos elípticos, parede fina e transparente.

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 16
CICLO DE VIDA

Schistosoma mansoni
FILO: Platyelminthes
ORDEM: Digenea
FAMÍLIA: Schistosomatidae
GÊNERO: Schistosoma
ESPÉCIE: S. mansoni

Macho mais grosso, tem cor esbranquiçada, mede cerca de 1cm, corpo
dividido em 2 porções. Anterior na qual encontramos a ventosa oral e a
ventosa ventral. Porção posterior onde encontramos o canal ginecóforo.
Fêmea é fina, tegumento liso, mede cerca 1,5 cm. Tem cor mais escura.
Na metade anterior encontramos a ventosa oral e o acetábulo. Seguida a
este se observa à vulva. Na metade posterior, as glândulas vitelogênicas e o
ceco.
Miracídio tem forma cilíndrica, apresenta cílios que permitem
movimentação no meio aquático. Na extremidade anterior apresenta papila
apical.
Cercária divide-se em corpo e cauda. Corpo é recoberto por pequenos
espinhos e tem duas ventosas oral e ventral, a cauda termina em bifurcação.

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 17
Figura 13: Cercária

Figura 14: Fêmea do S. mansoni e macho do S. mansoni

OVOS
Formato oval, sem opérculo. Na parte mais larga encontramos espículo
voltada para trás. O ovo maduro apresenta um miracídio formado e é
encontrado nas fezes.

Figura 15: ovo do S. mansoni


_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 18
CICLO DE VIDA

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 19
HELMINTOS - PLATYELMINTHES

Hymenolepis nana
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Hymenolepididae
GÊNERO: Hymenolepis
ESPÉCIE: H. nana

Adulto: escales com 4 ventosas e um rostro retrátil armado de


ganchos. Proglote estreita e apresentando poros genitais unilaterais.

Figura 16: Escolex do H. nana e Proglotes H. nana

OVOS
Quase esférico, aparência de “chapéu mexicano”, membrana externa
delgada envolvendo um espaço claro, membrana interna envolvendo a
oncosfera, apresenta dois mamelões claros em posição oposta dos quais
partem filamentos longos.

Figura 17: Ovo do H. nana


_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 20
CICLO DE VIDA

Hymenolepis diminuta
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Hymenolepididae
GÊNERO: Hymenolepis
ESPÉCIE: H.diminuta
Adulto: maior que o H.nana, com 4 ventosas, sem rostro (escolex).
Proglotes trapezóides.

Figura 18: escolex de H.diminuta e proglote de H. diminuta

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 21
OVOS
Arredondados, membrana interna e externa sem filamentos polares.

Figura 19: ovo de H. diminuta

CICLO DE VIDA

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 22
Dipylidium caninum
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Dilepididae
GÊNERO: Dipylidium
ESPÉCIE: D. caninum

Adulto: presença de 2 poros genitais. Escolex com rostro retrátil e com


4 fileiras de ganchos. Proglotes grávidas parecendo sementes de abóbora.

Figura 20: Escolex de D. caninum e Proglote de D. caninum

OVOS

Figura 21: ovos de D. caninum

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 23
CICLO DE VIDA

Echinococcus granulosus
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Taeniidae
GÊNERO: Echinococcus
ESPÉCIE: E. granulosus

Adulto: escolex globoso com 4 ventosas, rostro armado com 1 fileira de


acúleos. Colo curto. Corpo formado por 3 ou 4 proglotes uma ou duas jovens,
uma madura e uma grávida.
Cisto hidático: 3 membranas nítidas (adventícia, anista e proligera),
vesícula proligera e escolex ou protoescolex.
Areia hidática: formada por escolex isolados e por fragmentos da
membrana proligera e das vesículas proligeras.

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 24
Figura 22: Areia hidática e E. granulosus

CICLO DE VIDA

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 25
Taenia solium
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Taeniidae
GÊNERO: Taenia
ESPÉCIE: T. solium, Cysticercus cellulosae

Adulto: escolex: globoso, rostro armado, dupla fileira de acúleos, 4


ventosas formadas de tecido muscular arredondadas e proeminentes. Colo
situado imediatamente abaixo do escolex, sem segmentação e da origem as
proglotes jovens. É conhecido como zona de crescimento. Estróbilo é o corpo
do helminto, formado pela união de proglotes jovens, maduras e grávidas.
Proglote grávida: quadrangular com poro genital nítido e ramificações
do tipo dendriticas.

Figura 23: Proglote T. solium e Escolex T. solium

Cysticercus cellulosae é a larva da T.solium. É constituído de escolex com 4


ventosas, rostelo, colo e uma vesícula membranosa contendo liquido no seu
interior.

Figura 24 Cisticerco
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 26
CICLO DE VIDA (TAENIA)

CICLO DE VIDA (CISTICERCO)

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 27
Taenia saginata
FILO: Platyelminthes
CLASSE: Cestoda
ORDEM: Cyclophyllidae
FAMÍLIA: Taeniidae
GÊNERO: Taenia
ESPÉCIE: T. saginata, Cystucercus bovis

Adulto escolex quadrangular com 4 ventosas, sem rostro armado, sem


acúleos. Colo situado imediatamente abaixo do escolex, sem segmentação,
dando origem as proglotes jovens. É conhecido como zona de crescimento.
Estróbilo é o corpo do helminto, formado pela união de proglotes
jovens, maduras e grávidas.
Proglote grávida: retangular com poro genital nítido, numerosas
ramificações uterinas do tipo dicotômicas.
Cysticercus bovis: é a larva da T. saginata, difere do C. cellulosae apenas pela
ausência do rostelo.

Figura 25 Proglote tipo dicotômicas da T. saginata e Escolex da T. saginata

OVOS
Ovo de Taenia sp.:Esférico, constituído por uma casca protetora
denominada embrióforo, formado por blocos piramidais de quitina unidos
entre si por substância cimentante. Dentro do embrióforo encontramos a
oncosfera com dupla membrana e pares de acúleos. Embrião hexacanto.

Figura 26: Ovos de T. saginata


_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 28
PROTOZOÁRIOS – APICOMPLEXA

Cryptosporidium
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa
CLASSE: Sporozoea
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Cryptosporidiidae
GÊNERO: Cryptosporidium

Desenvolve-se em microvilosidades de células epiteliais do Trato


gastrointestinal. Parasita a parte externa do citoplasma dando a impressão
de ser extracelular. Encontrado nos tecidos, fezes e meio ambiente. Os
oocistos são esféricos com 4 esporozoítos livres no interior.

Figura 27: Oocistos de cryptosporidium

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 29
CICLO DE VIDA

Isospora belli

SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa
CLASSE: Sporozoea
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Eimeriidae
GÊNERO: Isospora
ESPÉCIE: I. belli

Forma oval, membrana dupla. São oocistos com 2 esporocistos e com 4


esporozoítos em cada um. São monoxenos com multiplicação assexuada.

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 30
Oocisto maduro apresenta o esporoblasto em divisão e imaturo
apresenta esporoblasto único.

Figura 28: Oocisto maduro e oocisto imaturo

CICLO DE VIDA

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 31
Toxoplasma gondii
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa
CLASSE: Sporozoea
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Sarcocystidae
GÊNERO: Toxoplasma
ESPÉCIE: T.gondii

Taquizoíto: encontrado na fase aguda, é uma estrutura extracelular


em forma de banana ou meia lua, com uma extremidade mais afilada e outra
arredondada e o núcleo em posição mais ou menos central. Encontrada nos
líquidos orgânicos, células SMF e células hepáticas, pulmonares, nervosa,
submucosa e musculares

Bradizoíto: é a forma encontrada em vários tecidos (musculares


esqueléticos, cardíacos, nervoso e retina) geralmente durante a fase crônica
da infecção.
Cisto com bradizoítos: possui uma parede dupla bastante resistente ás
condições do meio ambiente. São esféricos e após esporulação no meio
ambiente contem dois esporocistos, com quatro esporozoítos.

Oocisto: é a forma de resistência que possui uma parede dupla. São


produzidos nas células intestinais de felídeos não imunes e eliminados nas
fezes. Após esporulação no meio ambiente contem dois esporocistos com 4
esporozoitos cada.

Figura 29: Cisto com bradizoíto,Taquizoíto e Oocisto

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 32
CICLO DE VIDA

Plasmodium sp.
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa
CLASSE: Sporozoea
ORDEM: Eucoccidiida
FAMÍLIA: Plasmodiidae
GÊNERO: Plasmodium
ESPÉCIE: P. vivax, P. falciparum

Esquizonte de P. vivax: parasita hemácias que se apresentam maiores


que a não parasitadas, presença de vários núcleos nítidos.
Trofozoíto jovem de P.vivax: dentro da hemácia com contorno
irregular e um pouco maior que as demais, hipocrômica, cromatina espessa,
única, com esfera do anel para dentro.
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 33
Gametócito de P.vivax hemácia aumentada, cromatina difusa e
pigmentos maláricos.
O esquizonte de P. falciparum só é observado em sangue periférico em
formas graves da doença.
Trofozoíto de P. falciparum maiores que o do P. vivax, apresentam
forma de anel de bacharel, de ferradura, podem causar multiparasitismo em
hemácias, que apresentam normociticas e normocrômicas.
Gametócito de P. falciparum presença de pigmentos malárico, forma
de banana, marginal a hemácia. Macro: cromatina puntiforme, gametócito
feminino. Micro: espalhada, gametócito masculino

Figura 30: Esquizonte P. falciparum e Gametócito P. falciparum

Figura 31: Trofozoito P. falciparum e Trofozoito P. falciparum

Figura 32: Esquizonte P.vivax e Gametócito P.vivax


_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 34
Figura 33: Trofozoito P. vivax e Esquizonte rompido P. vivax

CICLO DE VIDA

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 35
PROTOZOÁRIOS – SARCOMASTIGOPHORA

Trypanosoma e Leishmania
SUB-REINO: Kinetoplastida
FILO: Sarcomastigophora
CLASSE: Zoomastigophorea
ORDEM: Kinetoplastida
FAMÍLIA: Trypanosomatidae
GÊNERO: Trypanosoma e Leishmania

Forma amastigota: forma arredondada ou oval, com flagelo que não se


exterioriza (ambos os gêneros).
Promastigota: forma alongada com cinetoplasto anterior ao núcleo; o
flagelo torna-se livre através da porção anterior da célula (Leishmania).
Epimastigota: forma alongada com cinetoplasto justanuclear e anterior
ao núcleo; possui pequena membrana ondulante
lateralmente(Trypanosoma).
Tripomastigota: forma alongada com cinetoplasto posterior ao núcleo;
o flagelo forma uma extensa membrana ondulante e torna-se livre na porção
anterior da célula (Trypanossoma).
Paramastigota: forma intermediária entre as formas pro e
opimastigota, cinetoplasto justa nuclear (Leishmania).

Figura 34: forma amastigota e Promastigota de leishmania

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 36
Figura 35: tripomastigota e epimastigota de trypanosoma

CICLO DE VIDA (Leishmania)

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 37
CICLO DE VIDA (Tripanossoma)

Giardia lamblia
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Sarcomastigophora
CLASSE: Zoomastigophorea
ORDEM: Diplomonadida
FAMÍLIA: Hexamitidae
GÊNERO: Giardia
ESPÉCIE: G.lamblia

Os trofozoítos apresentam dois núcleos ovalados próximo a


extremidade anterior. Possui 4 pares de flagelos ( 1 par anterior, 1 par
ventral, 1 posterior e 1 par caudal). Apresenta espaços claros ao redor do
núcleo, ventosas, forma piriforme, sem membrana ondulante.
O cisto é oval e elipsóide. No seu interior, encontram-se dois ou 4
núcleos , um número variável de fibrilas e os corpos escuros com forma de
meia lua situado no pólo oposto aos núcleos.
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 38
Figura 36: Trofozoíto de Giardia, Trofozoíto de Giardia e Giardia lamblia

CICLO DE VIDA

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 39
Trichomonas vaginalis
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Sarcomastigophora
SUB FILO: Mastigophora
CLASSE: Zoomastigophorea
ORDEM: Trichomonadida
FAMÍLIA: Trichomonadidae
GÊNERO: Trichomonas
ESPÉCIE: T. vaginalis

Possui apenas forma trofozoito. São piriformes ou ovóides. Flagelo


recorrente, núcleo alongado, eixo hialino (axóstilo) se exteriorizando, 4
flagelos projetados para porção anterior, complexo granular basal, com 1
núcleo alongado elipsóide, próximo a extremidade anterior com dupla
membrana nuclear e pode apresentar nucléolo, presença de membrana
ondulante.

Figura 37: T. vaginalis

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 40
CICLO DE VIDA

Entamoeba
SUB-REINO: Protozoa
FILO: Sarcomastigophora
SUBFILO: Sarcodina
CLASSE: Lobosea
ORDEM: Amoebida
FAMÍLIA: Entamoebidae
GÊNERO: Entamoeba

E. coli: Trofozoíto com citoplasma não é diferenciado em endo e


ectoplasma; o núcleo apresenta cromatina grosseira e irregular e o
cariossoma grande e excêntrico

E. coli: O cisto apresenta-se como pequena esfera contendo ate oito


núcleos, com corpos cromatoídes finos, semelhantes a feixes ou agulhas(se
corado em HF).

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 41
E. histolytica: Trofozoíto com o citoplasma é dividido em ecto e
endoplasma; o núcleo apresenta cromatina constituída por grânulos
delicados e o cariossoma é pequeno e central

E. histolytica: Os cistos são esféricos ou ovais. O numero de núcleos


varia de 1 a 4. Os corpos cromatoídes quando presentes no cisto tem a forma
de bastonetes ou de charutos, com pontas arredondadas.

Figura 38: Cisto de E .coli, Cisto de E.coli e Trofozoito E.coli

Figura 39: Trofozoíto E.coli, Cisto E.histolytica e Cisto E.histolytica

Figura 40: Trofozoíto E. histolytica e Trofozoíto E .histolytica

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 42
CICLO DE VIDA

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 43
ARTROPODES- INSECTA(NEMATOCERA)

Psychodidae
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Nematocera
FAMÍLIA: Psychodidae
SUBFAMÍLIA: Phlebotominae
GÊNERO: Lutzomyia

Adultos:olhos semelhantes entre os sexos. Medem cerca de 2 a 4 mm,


corpo coberto por pêlos finos, escamas nas asas e esternitos abdominais,
pernas compridas e esbeltas.Posição da cabeça formando ângulo de 90º com
eixo longitudinal do corpo. Aspecto corcunda.
Extremidade posterior nos machos é bifurcada (gonapófises). O braço
dorsal é composto pelo basistilo e pelo basistilo, e o elemento ventral é
constituído por um par de parâmetros. As fêmeas apresentam a extremidade
posterior arredondada (lobulada) e internamente encontra-se um par de
espermatecas. Antenas longas formadas por 14 flagelômeros cilíndricos com
palpos menores que a probóscida.
As fêmeas apresentam cibário. Asas em forma de lança e com nervuras
paralelas. Abdome formado por 10 segmentos, com os 3 últimos
modificados.
Ovos alongados, elípticos, ligeiramente recurvados e esbranquiçados.
Larvas com cabeça bem definida, corpo com 9 segmentos torácicos e nove
abdominais. Pupas cilíndricas, constituída de um cefalotórax e abdome com 9
segmentos.

Figura 41: macho com cauda bifurcada e detalhe das asas

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 44
Culicidae
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Nematocera
FAMÍLIA: Culicidae
TRIBO: Anophelini, Culicini
GÊNERO: Anopheles, Aedes, Culex

Medem de 3 a 6 mm, antenas com 15 a 16 segmentos: plumosa no


macho e pilosa na fêmea, ausência de ocelos, palpos nítidos, corpo revestido
por escamas , pernas longas. Mosquitos holometábolos. Pupas apresentam
cefalotórax e estrutura do sifão respiratório que diferencia as tribos.
Tribos: Anophelini e Culicini

Posição dos ovos: Isolados na água : Anopheles


Isolados fora da água: Aedes
Unidos formando jangada: Culex

Anophelini: ovos isolados, larvas sem sifão, paralelas a superfície da


água, pupas com sifão em funil, escutelo em meia-lua, machos com antenas
plumosas e palpos em clava. Fêmea com antenas pilosas, palpos longos e
asas manchadas. Pupa apresenta sifão respiratório em forma de funil.

Culicini: Ovos unidos, formando “jangada” sobre a água (Culex) ou


isolados e fora d’água na parede do recipiente (Aedes), larva com sifão
perpendicular a superfície, pupas com sifão cilíndrico, escutelo trilobado.
Machos com antenas plumosas, palpos cilíndricos e fêmeas com antenas
pilosas e palpos curtos, asas sem manchas. Pupa apresenta sifão em forma
tubular.

Culicidae= Anophelini= Anopheles e Culicini= Culex e Aedes)

Regra Prática:
1º passo: olhar antena (plumosa = macho/ pilosa = fêmea).
2º passo: fêmeas com palpos longos = anophelini e palpo curto = culicini
(macho palpo longo espatulado = anophelini e palpo longo não espatulado =
culicini).
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 45
Figura 42: Anopheles e Culicini

Figura 43: larva Anopheles e larva Culicini (sifão respiratorio)

Figura 44: diferenças entre macho de Aanopheles e fêmea de Culicini

Figura 45: Pupa de Culicini e Pupa de anophelini

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 46
Simuliidae
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Nematocera
FAMÍLIA: Simuliidae
GÊNERO: Simulium

Simulidae:Medem de 1 a 5 mm, antenas formadas por 11 artículos


com aspecto de chocalho de cascavel, corpo robusto de cor escura. O macho
apresenta olhos juntos (holópticos) e as fêmeas olhos separados (dicópticos),
asas com nervuras bem fortes, abdome curto.

Ceratopogonidae
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Nematocera
FAMÍLIA: Ceratopogonidae
GÊNERO: Culicoides

Ceratopogonidae: medem de 1 a 2mm, antenas formadas de 13 a14


segmentos e são plumosas nos machos e pilosa nas fêmea. O corpo é escuro
e pequeno. Asas apresentam manchas características, as nervuras anteriores
são fortes e posteriores são fracas, abdome curto. Probóscida robusta e
curva, palpos curtos.

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 47
ARTROPODES- INSECTA (HEMIPTERA)

Triatominae
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Hemíptera
FAMÍLIA: Reduviidae
SUBFAMÍLIA: Triatominae
GÊNERO: Triatoma, Panstrongylus e Rhodnius

Apresenta corpo segmentado em cabeça, tórax e abdome. Asas com


parte proximal rígida e parte distal membranosa, probóscida curta e reta não
ultrapassando o primeiro par de patas nas espécies hematófagas, se é curta
e reta trata-se de espécie predadora e nos fitófagos a probóscida reta,
constituída por 4 segmentos, sempre ultrapassando o primeiro par de patas.
Macho: extremidade posterior arredondada.
Fêmea: extremidade posterior com visualização de ovopositor.

Triatoma: cabeça alongada e tubérculo antenífero em um ponto médio entre


os olhos e o clípeo.

Panstrogylus: cabeça robusta, curta em relação ao tórax, tubérculo


antenífero próximas aos olhos.

Rhodnius: cabeça alongada e delgada, tubérculo antenífero próximo ao


clípeo.

Figura 46: Triatoma infestans e Triatoma

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 48
Figura 47: Rhodnius e Panstrogylus

ARTRÓPODES- INSECTA (ANOPLURA)

Anoplura
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Anoplura
FAMÍLIA: Pediculidae
GÊNERO: Pediculus

Pediculide: possui cabeça ovóide com antena, abdome alongado com


último segmento bifurcado na fêmea. No abdome estão localizadas as placas
paratergais , as patas apresentam-se com último segmento em forma de
pinça. Base da cabeça é afilada.

FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Anoplura
FAMÍLIA: Pthiridae
GÊNERO: Pthirus

Ptirus: Possui corpo robusto, com tórax maior que abdome e abdome
curto com presença de espiráculos respiratórios, base da cabeça alargada,
presença de metapódios nas bordas laterais do abdome, o ultimo segmento
em forma de pinça.

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 49
Figura 48: Lêndea e Fêmea de Pediculus captis

Figura 49: Macho do Pediculus captis e Ptirus púbis

CICLO DE VIDA

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 50
ARTROPODES- INSECTA (SIPHONAPTERA)

Siphonaptera
:
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Siphonaptera
FAMÍLIA: Pulicidae
GÊNERO: Pulex, Ctenocephalides, Xenopsylla

Machos: apresentam edeago (estrutura longa e curvada na porção posterior).


Fêmeas: apresentam espermateca (estrutura em forma de virgula).

Ctenocephalides: presença de ctenídeo genal (8 ou 9 dentes) e


ctenídeo pronotal .

Xenopsylla: presença no occipício de 2 series de cerdas formando um


V. Apresenta sutura mesopleural no mesonoto.

Pulex: apresenta 1 cerda no occipício; cerda genal, coxa posterior com


pequenos espinhos irregularmente distribuídos.

FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Siphonaptera
FAMÍLIA: Rhopalopsyllidae
GÊNERO: Polygenis

Polygenis: 3 fileiras de cerdas no occipício, 2 fileiras no abdome.


Machos: apresentam edeago (estrutura longa e curvada na porção posterior).
Fêmeas: apresentam espermateca (estrutura em forma de virgula).

FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Siphonaptera
FAMÍLIA: Tungidae
GÊNERO: Tunga

Tunga: conjunto formado por 3 segmentos torácicos mais curtos que o


primeiro abdominal, lacinias serrilhadas, fronte com tubérculo pronunciado.
_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 51
Machos: apresentam edeago (estrutura longa e curvada na porção posterior).
Fêmeas: apresentam espermateca (estrutura em forma de virgula).

Figura 50: Ctenideo do Ctenocephalides e Xenopsylla

Figura 51: Pulex e Tunga

Figura 52: Edeago nos machos e Espermateca nas fêmeas

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 52
ARTROPODES- INSECTA (ACARI)

Ixodidae
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Acari
SUBORDEM: Ixodides
FAMÍLIA: Ixodidae
GÊNERO: Amblyomma, Rhipicephalus, Boophilus

Rhipicephalus: base do capitulo larga, curto e hexagonal, com ângulo


projetando–se lateralmente. Machos apresentam 1 par de placas adanais.
Fêmeas com ausência de placas adanais. Apresentam peritrema atrás da 4º
pata. Presença de festões marginais. Rostro curto, palpos cônicos e peritrema
em forma de virgula.

Amblyomma: 2º segmento no palpo pelo menos duas vezes mais longa


que larga, capitulo alongado.Sem placas adanais. Possui capítulo longo de
base quadrada. Fêmea com escudo curto.
Macho apresentam escudo recobrindo toda área dorsal. Presença de festões
marginais

Boophilus: 2 pares de placas adanais. Processo caudal (exclusivo),


ausência de festões marginais, base do capitulo retangular/oval, rostro curto
e palpos mais curtos que as quelíceras, estigmas circulares.
Macho apresenta escudo longo e 2 pares de placas adanais .

FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Acari
SUBORDEM: Ixodides
FAMÍLIA: Argasidae

Argasidae: ausência de escudo, capítulo ventral, peritrema entre 3º ou


4º par de patas.

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 53
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Acari
SUBORDEM: Sarcoptiformes
FAMÍLIA: Sarcoptidae
GÊNERO: Sarcoptes

Sarcoptes: corpo globoso, pernas curtas, sem garras, cutícula marcada


por estrias, presença de cerdas ou espinhos. Fêmea: cerdas longas (3º e 4º
patas).

FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Acari
SUBORDEM: Sarcoptiformes
FAMÍLIA: Pyroglyphidae
GÊNERO: Dermatophagoides

Figura 53: Rhipicephalus e Rhipicephalus

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 54
Figura 54: Amblyomma e Boophilus

Figura 55: Boophilus e Sarcoptis

CICLO DE VIDA ( Sarcoptes)

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 55
ARTROPODES- INSECTA (CYCLORRAPHA)

Moscas
SUBORDEM Muscomorpha: antena trisegmentada com terceiro
segmento com estrutura cerdiforme => arista, olhos grandes, separados nas
fêmeas e juntos nos machos.

FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Cyclorrhapha
FAMÍLIA: Muscidae
GÊNERO:Musca

FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Cyclorrhapha
FAMÍLIA: Calliphoridae
GÊNERO: Cochliomyia, Chrysomya, Lucilia

Família Calliphoridae
Conchiliomya(varejeira): mede 8 mm, cor verde, reflexos azul
metálico, mesonoto com 3 faixas negras longitudinais, olhos de cor vermelha.

Chrysomya: mede 8mm, cor metálica, apresenta 2 faixas transversais


escuras no mesonoto e 3 no dorso do abdome.

FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Cyclorrhapha
FAMÍLIA: Sarcophagidae
GÊNERO: Sarcophaga

Família Sarcophagidae: 6 a 10 mm, cor cinzenta, mesotórax com 3


faixas negras e abdome axadrezado.

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 56
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Cyclorrhapha
FAMÍLIA: Oestridae
GÊNERO: Dermatobia

Figura 56: Musca domestica e Sarcophagidae

ARTROPODES- INSECTA (BRACHYCERA)

SUBORDEM Brachycera: apresentam antenas com 3 segmentos, ultimo mais


longo que os demais.

FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
ORDEM: Diptera
SUBORDEM: Brachycera
FAMÍLIA: Tabanidae
GÊNERO: Tabanus, Chrysops, Fidena

Tabanidae (mutuca): cabeça mais larga que o tórax, semelhante a uma


calota, olhos grandes, dicópticos(separados) nas fêmeas e holópticos (juntos)
no macho, abdome mais largo que o tórax com sete segmentos, terceira
nervura das asas bifurcadas. Em pouso asas ficam abertas e separadas.

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 57
Figura 57: Tabanidae

Figura 58: Chrysomya

Figura 59: Conchiliomya

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 58
REFERENCIAS
1. Neves, David Pereira – Parasitologia Humana – 10º edição – São Paulo:
Editora Atheneu, 2000

Sites (IMAGENS)
2.www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/image_Library.htm

3.www.ufrgs.br/para-site/alfabe.htm

4.www.telmeds.org/AVIM/Apara/

_________________________________________________________________
PARASITOLOGIA NA PRÁTICA 59

Você também pode gostar