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Índice

1 JAWS 1
1.1 O Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Leitores de Ecrã em ambientes de linha de comando . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.3 Leitores de Ecrã em ambientes gráficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.4 Diferentes Linguagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.5 Imagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.6 Páginas Web . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.7 Documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.8 Entrevista a Mariana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Introdução
A elaboração deste trabalho, tal como a temática abordada, vem na sequência da proposta feita
no âmbito da disciplina de Novos Sistemas da Comunicação em Música e do interesse que a mesma
despertou aos autores. De facto, de um vasto leque de possibilidades à escolha, propusemo-nos tratar
de um tema, que por vezes nos passa despercebido, não obstante ele seja de relevante importância: o
papel das tecnologias de informação e comunicação no quotidiano de portadores de deficiências.
Mais concretamente abordaremos um software informático – JAWS, usado por uma invisual, co-
lega comum aos elementos do grupo, à qual atribuímos o nome fictício de Mariana. Sendo um caso
concreto, relacionado com a forma como ela comunica informaticamente, com base no som, achámos
pertinente abordá-lo. Por maioria de razão, houve um factor de identificação comum que nos levou a
tratar do caso concreto da Mariana: também é música.

1 JAWS

1.1 O Programa
JAWS – Job Access With Speech – é um programa da empresa Freedom Scientific, sedeado em São
Petersburgo, Flórida, Estados Unidos da América. O programa é um leitor de ecrã1 para computadores
Microsoft Windows que traduz o texto por meio de Text-to-Speech (TTS) ou para um Dispositivo
Braille. É o leitor de ecrãs mais popular no mundo de acordo com um questionário da empresa
WebAIM.[4]
1
Screen reader.
1.2 Leitores de Ecrã em ambientes de linha de comando
Foi inicialmente lançado em 1989 por Ted Henter para o sistema operativo MS-DOS, que se
destacou por interagir com outras aplicações instaladas no computador. A informação contida no
buffer do ecrã2 era enviada através do sistema e posteriormente comunicada ao utilizador.[3]

1.3 Leitores de Ecrã em ambientes gráficos


Com o aparecimento das Interfaces Gráficas (GUIs), relatar o ecrã torna-se mais complexo: os
caracteres e os gráficos são desenhados em certa parte do ecrã e não há maneira de representar textu-
almente o conteúdo gráfico. A opção passou por reunir as mensagens dadas ao Sistema Operativo de
maneira a criar um modelo "fora-do-ecrã", no qual o conteúdo texto é guardado.
Por exemplo, um botão é desenhado com a respetiva legenda. Esta mensagem é intercetada pelo
programa, criando uma frase representativa do mesmo. Os leitores de ecrã podem comunicar as
informações nos menus e outras construções visuais.
Outra possibilidade é a de questionar o sistema operativo ou aplicação o que está a ser apresentado
no momento e receber atualizações quando este muda. Por exemplo, pode ser dito ao leitor que o foco
atual se encontra num determinado botão e esse botão é descrito. Mas esta solução só é viável quando
os programas estão programados para tal – o Microsoft Word não permite tal facilidade.[2]

1.4 Diferentes Linguagens


Por vezes o conteúdo solicitado ao Leitor de Ecrã pode estar em várias línguas. O programa terá
uma linguagem primária, que coincidirá com a do sistema operativo. No entanto, numa passagem
textual de outra língua, o programa conseguirá identificá-la e dizê-la com a pronúncia correta.[1]

1.5 Imagens
Quando o programa encontra um ícone que é reconhecido, como no caso do ícone "O Meu Com-
putador", o programa será capaz de informar o utilizador de tal. Mas quando isso não é possível será
providenciada uma descrição dessa imagem, supondo que esta possa ser encontrada. Em linguagem
Web, este termo designa-se de Alt, acrónimo de alternative text. Como exemplo temos a bandeira da
Dinamarca hasteada num poste – No céu voa uma bandeira vermelha com uma cruz branca cuja risca
vertical está aproximada do poste.[1]
2
Memória representativa do que se encontra visível no ecrã.

2
1.6 Páginas Web
Supondo que a página Web foi construída com os parâmetros estruturais corretos, nomeadamente
títulos, listas, parágrafos e citações, os programas de Leitura de Ecrãs podem facilmente interagir com
elas.
O programa lê o código em vez do conteúdo, dando o alternative text das imagens e dos links.
A navegação na página é feita no teclado, com uma série de comandos no teclado que permitem
navegar verticalmente e horizontalmente na página.
Este programa em específico inclui um modo específico para páginas web, que relata o título da
página e o números de links que ela oferece. O utilizador controla que informação pretende ouvir,
através da tecla [CTRL], navegando com as setas e com a tecla [TAB] para mudar de elemento HTML.
Este programa também torna acessível editar documentos e, até, editar conteúdos no Audacity.[1]

1.7 Documentos
Dá-se primazia à navegação com as setas, permitindo ao programa ler a palavra imediatamente
seguinte ao cursor.
O comando "Iniciar leitura"despoleta o programa a ler o corpo do texto a partir do cursor até
novas ordens. Os programas mais recentes, como o caso da mais recente instalação do JAWS, permite
"folhear"o documento, lendo as primeiras palavras dos parágrafos ou páginas.[1]

1.8 Entrevista a Mariana


João Paulo: Mariana, o nosso trabalho vai ser baseado num objecto ou no caso de um sis-
tema informático que seja útil no teu quotidiano. Usas um telemóvel concebido para invisuais?
Mariana: Sim, uso.
JP: Tens conhecimento de quando surgiram no mercado esse tipo de telemóveis?
M: Acerca de uns dez anos. É um produto muito recente!
JP: Se formos a ver, os telemóveis começaram a ser populares há coisa de 20 anos mais ou
menos os normais.
M: Mas normais, normais!!
JP: Sim! Eram aqueles enormes ao princípio, não sei se te lembras?
M: Sim, sim cheguei a ter um!
JP: E qual foi a marca que teve a iniciativa?
M: Nokia! foi a Nokia.
JP: Diz-me Mariana, há outra empresas que fabriquem também esses telemóveis?
M: Não, só a Nokia.

3
JP: OK, portanto não há concorrência, percebo. Olha, notaste se houve uma evolução nesses
aparelhos? Eram mais rudimentares e foram evoluindo?
M: O que noto, é que foram tendo mais capacidade de memória, sobretudo. E, normalmente, este
tipo de programas são instalados nos que têm capacidade para ter câmara fotográfica, são modelos
mais avançados.
JP: Então a componente que vos é útil, ocupa ou aplica-se nos que têm câmara!
M:Sim, sim! São os 6600.
JP: E, em relação ao preço, são caros?
M: São bastante caros!
JP: Caros, aí na ordem dos...
M: Bastante caros.
JP: Diz-me coisas que te possibilitam, que podes fazer, mais valias.
M: O programa permite ler os menus do telemóvel. Tem leitor de ecrã. Digito as teclas e diz-me
o que lá está! Fala. Também me lê mensagens, alguém me liga e não atendo, diz-me a mensagem.
JP: E em relação ao teclado é o sistema braille? Algo do género?
M: Não! já conheço as letras!
JP: Certo! Olha Mariana, além de telefonemas e mensagens, há mais alguma particulari-
dade nesses telemóveis?
M: Além disso tenho acesso a todos os menus, câmara, gravador, calculadora!
JP: Agora, em relação ao computador que usas, qual é o sistema?
M: J A W S é tudo em maiúsculas.
JP: Javes?? Jaus? (fonética procurada)
M: Não, jals.
JP: Então este computador é da Microsoft?
M: É uma programação específica!
JP: Potencialidades?
M: Leitor de ecrã, tal e qual o telemóvel, tenho acesso. Menus!
JP: E, portanto, podes pesquisar um vídeo no YouTube? Escreves?
M: Posso, Tenho teclas da atalho. Uso o rato!
JP: OK, Mariana, fiquei com uma ideia. Obrigado.

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Conclusão
Parte do desenvolvimento dos meios de comunicação, tende, inicialmente, ir ao encontro da sua
componente utilitária, condicionada à qualidade, conforto, facilidade na sua utilização, adjacente à
inovação e aperfeiçoamento. Obviamente que neste processo a componente comercial está presente.
Ora, os meios tecnológicos devem intervir numa dinâmica contundente, em mecanismos destinados
a portadores de deficiências, no sentido de lhes facilitar tarefas do quotidiano, dando-lhes qualidade
de vida, facilidade ou possibilidade de integração no mundo do trabalho, escola, actividades lúdicas
e desportivas, por exemplo.
Por esse motivo, tendo em conta a utilidade e importância de que esta matéria representa, no seu
contributo para a sociedade, escolhemos este tema, confrontando-o com a pertinência para a Unidade
Curricular. Este assunto, além de nos ter levado a uma construtiva reflexão, despertou-nos curiosidade
pelas questões inerentes a esta temática, quanto ao seu contributo, evolução e a sua participação no
futuro – A necessidade e o contributo dos meios tecnológicos como valência de integração, inclusão
e, naturalmente, aceitação perante todo e qualquer contexto ou vertente social.
Numa reflexão sucinta: há uma procura de melhoria, em constante desenvolvimento num sentido
filantropo, em busca do ideal, do bem comum.
Por fim, queremos expressar o nosso agradecimento à Mariana pela simpatia e disponibilidade.

Referências Bibliográficas
[1] N OMENSA: What is a Screen Reader. http://www.nomensa.com/blog/2005/
what-is-a-screen-reader/, Como em: 10/dez/2013

[2] S CHWERDTFEGER, Richard S.: Making the GUI Talk. ftp://service.boulder.ibm.


com/sns/sr-os2/sr2doc/guitalk.txt, Como em: 10/dez/2013

[3] S TOFFEL, David M.: Talking Terminals - arquivo web. http://web.archive.org/web/


20060625225004/http://www.edstoffel.com/david/talkingterminals.
html, Como em: 25/jun/06

[4] U TAH S TATE U NIVERSITY, Center for Persons with Disabilities o.: WebAIM: Screen Reader
User Survey #4 Results. http://webaim.org/projects/screenreadersurvey4/
#primary, Como em: 10/dez/2013

5
Notas

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