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    Curso: Operador de jardinagem 

Introdução

Breve abordagem ao surgimento do jardim:

É fundamental estudar a história dos jardins, pois falamos de um reflexo do


relacionamento humano com a natureza. A própria palavra jardim vem da junção do
hebreu "gan" (proteger, defender) e "éden" (prazer, delícia) e expressa de certa
forma a imagem de um pequeno mundo ideal, perfeito e... privativo. Portanto, os
grandes jardins da história são como um vocabulário do desenho idealizado da
paisagem, como cada civilização desejava que ela fosse. É sobre essa tradição que se
assentam nossas práticas e posturas em relação à paisagem.

Definição

Jardim é um terreno onde se cultivam plantas ornamentais, úteis ou para o estudo, é


também uma obra de arte, com elementos vivos e inertes, no qual o homem procura,
nos momentos de lazer, um contacto com a natureza. Estão presentes em todo
percurso da história da humanidade e, certamente, nas suas origens vinculam-se à da

própria agricultura, com a domesticação das primeiras plantas úteis, ainda na pré-
história. Ao longo de toda história ocorrem transformações que podem ser
caracterizadas pelos estilos próprios de cada época e cultura.

A Pérsia, a China e o Egipto foram os locais das mais antigas civilizações conhecidas e
são, no geral, regiões áridas. A água sempre foi um recurso fundamental, e a
irrigação uma palavra mágica. Num clima quente e seco, sombra e água fresca são
tudo o que se quer e, assim os primeiros jardins incluíam tanques, canais de irrigação
e árvores para sombra. O desenho e as plantas utilizadas tinham a agricultura como
referência: árvores frutíferas, condimentos, plantas de uso ritual e muita linha recta.
No Egipto, o religioso era um traço marcante nos jardins dos faraós, com plantas
sagradas como o lótus, o papiro e a tamareira.

A partir do renascimento, durante o século XVI, surgiram três estilos de jardins


europeus que influenciaram toda a jardinagem, o italiano, inglês e francês.
Contudo, pode-se considerar que existem pelo menos 5 estilos básicos de jardins,
todos eles influenciados pelos antigos estilos e que sofreram evolução: O jardim
Classico ou formal, que se caracteriza por apresentar linhas geométricas e simetria
do traçado, círculos, rectângulos, triângulos e semi-círculos, combinam-se para
compor uma paisagem desenhada com régua e compasso; o Estilo Desértico ou
Rochoso, que mostra uma paisagem árida, caracterizando um pequeno oásis ou um
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pé de serra na região de cerrado; o estilo Oriental ou Japonês, cheio de simbolismo,


que tem como um de seus principais fundamentos o culto à Natureza. A presença de
pedras, e água formando pequenos lagos, riachos ou cascatas assim como uma
lamparina de pedra são características presentes neste estilo; o jardim Tropical que
tenta criar um ambiente paradisíaco de uma ilha tropical, com a presença de muito
verde e muitas flores. Neste estilo é fundamental um gramado, uma área sombreada
e talvez uma cascata ou uma lâmina de água; o estilo Contemporâneo é o mais
aplicado actualmente. É um estilo livre que se aproxima mais do estilo inglês. Busca-
se no mesmo, alcançar uma integração entre o jardim e a arquitectura local, não
havendo rigidez quanto a sua composição.

Caracterização de cada estilo

JARDIM INGLÊS

O Jardim Inglês é considerado como uma revolução, um manifesto contra os


padrões rígidos e simétricos de outros estilos. Valoriza a paisagem natural,
com formas curvas e arredondas tanto no relevo, como nos caminhos e na
construção dos maciços e bosques. Neste estilo é fundamental a utilização de
gramados extensos, com amplas alamedas. O parque não pode ser totalmente
plano e as ondulações do terreno devem ser valorizadas. As árvores e arbustos 2 
são muitas vezes dispostas de acordo com o porte e a coloração, o que não
impede a mistura ou a utilização isolada. As plantas floríferas de pequeno
porte podem compor grandes e sinuosos maciços no meio do gramado. Plantas
que exigem muita manutenção e reformas, assim com arbustos topiados são
proibidos. Outros componentes são bem-vindos neste jardim, acrescentando
charme e naturalidade, tais como árvores mortas, rochedos e pequenas
colinas, construção de ruínas, lagos, riachos, quiosques, etc.

Sugestão de Espécies:

Árvores Nativas Alegria de jardim

Plantas naturalmente esculturais Margaridas

Arbustos em geral Maria-sem-vergonha

Grama São Carlos Vitória Régia

Grama Preta Ninféias

Pinheiros
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JARDIM FRANCÊS

Considerado o mais rígido de todos os estilos, o paisagismo francês traduz-se


em geometria e simetria perfeitos. Os seus principais representantes
embelezam os palácios de Versalhes e Vau-le-Viconte. Criado no século XVII, o
estilo demonstra o domínio do homem sobre a natureza. Os caminhos
caracterizam-se por serem largos e bem definidos com cercas vivas
perfeitamente topiadas. Aqui, as roseiras e azáleas reinam majestosas,
colorindo e quebrando o ar bucólico e sisudo deste jardim. Os ciprestes e
pinheiros também tem lugar de destaque neste jardim, com topiaria, o seu
formato final deve ser simétrico. Há outros elementos que também podem
fazer parte, tais como lagos, bancos, caramanchões, luminárias, etc, desde
que se integrem ao estilo.

Sugestão de Espécies:

Tuias Glicínia

Ciprestes Roseiras 3 

Tulipas Roseiras trepadeiras

Buxinhos Azaléias

Viburnos Rododendros

Pingo-de-ouro Pinheiros

Hera
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JARDIM ITALIANO

Os jardins italianos caracterizam-se pela utilização de plantas frutíferas,


flores, estátuas e fontes num contexto bastante clássico e funcional. Neste
jardim formas topiadas de buxinhos e viburnos são combinados perfeitamente
com estátuas de deuses e árvores frutíferas, como laranjeiras e macieiras. As
cercas vivas conduzem os caminhos para os pontos principais de
contemplação. Não pode faltar o elemento água, na forma de uma fonte,
chafariz ou espelho d'água, normalmente, o ponto central do jardim. Existem
ainda outros elementos que também se unem harmoniosamente a este jardim,
tais como vasos cerâmicos, treliças, arcos, pontes, bancos, etc., sempre
traduzindo um clima romântico e clássico.

Sugestão de Espécies:

Viburno Pereira

Buxinho Hermerocális

Pingo-deouro Roseira

Laranjeira Plantas Medicinais

Limoeiro Azaléia

Macieira Floríferas Anuais

JARDIM CLÁSSICO OU FORMAL

É caracterizado sobretudo pelas linhas geométricas e simetria do traçado. Círculos,


rectângulos, triângulos e semicírculos combinam-se para compor uma paisagem
desenhada com régua e compasso. Figuras de topiaria (esculturas vegetais), estátuas,
escadarias e fontes de desenho clássico fazem o complemento.
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JARDIM DESÉRTICO OU ROCHOSO

O Jardim desértico ou rochoso tem por objetivo reproduzir uma paisagem árida. É
caracterizado principalmente pela presença de plantas xerófitas, espécies que
desenvolveram a habilidade de reduzir a perda de água e acumulá-la para períodos
de estiagem.
Os jardim desérticos podem ser informais, temáticos ou até contemporâneos: O
jardim desértico informal segue linhas orgânicas, como no estilo inglês. Neste jardim
há poucos ou nenhum acessórios. O jardim temático está relacionado com a cultura e
as plantas xerófitas de um determinado país ou região. Assim podemos ter jardins
representando a caatinga do nordeste brasileiro, jardim do cerrado, jardins
mexicanos - com cores vivas e terrosas, jardins mediterrâneos, etc. Os jardins
desérticos contemporâneos são livres na forma e contém elementos ousados, como
vasos, pedras e acessórios com formatos inovadores e materiais novos.

Apesar das variações, os jardins desérticos, apresentam elementos em comum, como


as plantas simétricas e com formas geométricas intrigantes. Os espinhos também
estão muito presentes o que torna este jardim uma boa solução para quem sofre com
cães e gatos frequentemente destruindo as plantas. Devido aos espinhos e escamas -
defesas naturais contra a perda de água, as plantas dos jardim desérticos têm uma
textura própria, além de tonalidades acinzentadas e amareladas muitas vezes.

É um jardim que requer pouquíssima manutenção. Não exige regas constantes ou


podas. As adubações são leves e os replantios bem esparsos. Apesar de simples de
manter, este jardim necessita de um excelente sistema de drenagem, já que seus 5 
habitantes não toleram nenhum tipo de encharcamento. É um jardim marcado pela
rusticidade e próprio para lugares inóspitos, com insolação direta e até mesmo com
ventos fortes. Por esta característica é ideal para coberturas de prédios e para
varandas ensolaradas.

As forras com pedriscos e areia são também muito importantes neste jardim. Estas
trazem naturalidade ao espaço e realçam a bela forma das plantas. Também são
auxiliares na drenagem do solo. No entanto, deve-se ter cuidado na escolha e
utilização destes pedriscos, pois a mistura de pedras, de cores e formas muito
contrastantes, pode prejudicar o efeito. Um exemplo de mal uso de pedriscos é a
mistura de brita (angulosa e escura) com arenito polido (claro e arredondado).
Aflorações de rochas maiores são muito bem vindas e complementam o jardim, mas
devem seguir as cores, formas e tonalidades dos pedriscos utilizados como forração.
Há que ter cuidado também com pedras modificadores do pH do solo, como rochas
calcáreas, evitando-as para não afetar a fertilidade.

No jardim árido deve-se evitar gramados verdejantes ou qualquer outra planta de


folhas largas e macias. As plantas do jardim desértico têm geralmente ausência de
folhas ou folhas rudimentares (cactos e euphorbiáceas), folhas suculentas
(agavacéas, crassuláceas), ou folhas fibrosas e finas (agaváceas).

Apesar de muitas pessoas acharem este jardim demasiado agressivo e sem graça, ele
sabe conquistar sua fatia de admiradores. Afinal admirar as magníficas flores do
deserto é privilégio exclusivo dos amantes de plantas xerófitas. São jardins muito
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ecológicos por economizarem a preciosa água. Além disso, dispensam agrotóxicos,


pois são muito resistentes a pragas e doenças.

Sugestões de Plantas:

Cactáceas (cadeira-de-sogra, urumbeta, coroa-de-frade, orelha-de-coelho, etc)

Agaváceas (agave, agave-dragão, piteira-do-caribe, iucas, etc)

Crassuláceas (babosa, rosa-de-pedra, calanchoê, calanchoê-fantasma, etc)

Aizoáceas (Rosinha-de-sol, Litops, Cacto-argarida, etc)

Bromeliáceas (de folhagem estreita, acinzentada e espinhenta)

Euphorbiáceas (cacto-candelabro, etc)

Lamiáceas (alecrim, lavanda, etc)

Asclepiadáceas (estapélia, etc)

Asphodeláceas (bulbine, lírio-tocha)

Algumas palmeiras e árvores de regiões desérticas (barrigudas)


JARDIM JAPONÊS

Um convite à contemplação, o jardim japonês transmite paz e espiritualidade.


Os aspectos visuais como a textura e as cores, de um jardim oriental são
menos importantes do que os elementos filosóficos, religiosos e simbólicos.
Estes elementos incluem a água, as pedras, as plantas e os acessórios de
jardim. A Arte do paisagismo no Japão é antiga e teve, provavelmente,
origem na China e na Coreia muito antes do século VI. Para a cultura
japonesa, o paisagismo é uma das mais elevadas formas de arte, pois
consegue expressar a essência da natureza num limitado espaço de forma
harmoniosa com a paisagem local. Os modelos dos primeiros jardins vieram da
China e representaram o prazer e divertimento dos aristocratas. Os do Período
Heian (794-1185) tinham sempre um lago com uma ilha e eram construídos
para contemplar a natureza através das mutações das estações do ano. A
partir daqui, os jardins começam a desenvolver características próprias,
dando destaque para os arranjos de pedras. Há alguns elementos
fundamentais no jardim japonês, entre outros podemos citar:

O Sakura ou cerejeira ornamental: é conhecido como a flor da Felicidade e


assume um lugar importante na cultura japonesa. Nos meses de Março a Abril
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o povo festeja o Hanami para comemorar a floração da árvore com muitas


festividades.

O Momiji-Gari ou Acer Vermelho: revela um aspecto melancólico e reflexivo


da personalidade japonesa.

As lanternas de pedra: induzem à concentração, ajudando a clarear a mente,


adicionando o místico, a tradição e a espiritualidade. Os pontos de luz devem
ser estrategicamente distribuídos para não ofuscarem a visão.

O lago e as carpas: água é vida, daí a importância do lago. Nele, vivem as


carpas, símbolo de fertilidade e prosperidade. A variedade Nishiki-koi, rara,
exige água cristalina. Para isso, podem ser instalados uma bomba e um filtro
biológico (do tipo carvão activado), garantindo a circulação da água.

Taiko Bashi ou ponte: uma ponte ou um caminho dentro de um jardim,


representa uma evolução para um nível superior em termos de
amadurecimento, engrandecimento e auto-conhecimento, enquanto a
flexibilidade do bambu, conduz a capacidade de adaptação e mudança.

As pedras das cascatas: o centro do jardim. A pedra colocada na posição


vertical representa a figura do pai, e a da horizontal, a mãe. Dela, brota a
água. As outras pedras, simbolizando os descendentes, são distribuídas em
torno do lago e entremeadas pela vegetação. 7 

O bambu e os adornos: os galhos do bambu são amarrados, direccionando o


crescimento para que a planta se curve para o lago, como em reverência. O
sino de vento e os macacos de cerâmica, fixados na planta, trazem o som da
natureza e a felicidade.

Sugestão de Espécies:

Tuias Bambuzinho-de-jardim

Ciprestes Roseiras

Tulipas Pinheiros

Azaléias Rododendros

Ácer Vermelho Amor-perfeito

Bambú Junípero

Bambú-negro Buxinho

Olmo Cerejeira ornamental

Ligustro
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JARDIM TROPICAL

Neste jardim temos a sensação de que o homem não interferiu muito na


paisagem. Assim como no estilo inglês, o jardim tropical também tem
caminhos de contornos naturais. A sua essência é descontraída e avessa a
podas e simetrias. Criado pelo paisagista Roberto Burle Marx, com certeza sua
principal característica é a utilização de espécies de regiões tropicais e
subtropicais. Plantas de cores vivas e formas esculturais como palmeiras,
dracenas, bromélias, helicônias, bananeiras, gengibres e orquídeas estão
entre as muitas opções. Neste estilo também não podem faltar pedras, lagos
ou fontes sempre com a aparência o mais natural possível. Estes jardins
acabam por se tornar os preferidos de aves e insectos coloridos que
acrescentam mais vida e beleza ao ambiente. Reforce sua atenção para isto e
ofereça água limpa e comedouros apropriados aos passarinhos. Aqui os
elementos como bancos, pergolados, vasos, são bem-vindos, desde que se
integrem harmoniosamente. Para isto, dê atenção aos materiais e texturas
que devem ser naturais ou boas imitações de madeira, pedra, cipó, vime,
sisal, bambu, coco, etc. Os equipamentos de iluminação podem ser discretos
ou de aparência rústica.

Sugestão de Espécies: 8 

Palmeiras diversas Bananeira Ornamental

Helicônias Costela-de-adão

Estrelitzas Árvores Nativas

Cheflera Bromélias

Dracenas Orquídeas

Gengibres Boungavílias

Agaves

JARDIM CONTEMPORÂNEO

É um estilo livre e que tem algumas raízes no chamado jardim inglês. Nele, procura-
se uma paisagem campestre, alegre e florida e uma certa integração entre o jardim e
a casa.
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PARTE II

PARQUE

Um parque é um espaço chamado de "área verde", em geral livre de edificações e


caracterizado pela abundante presença de vegetação. Protegido pela cidade, pelo
Estado/província ou pelo país no qual se encontra, destina-se à recreação dos
habitantes da cidade, e/ou à preservação do meio-ambiente natural. Desta forma,
um parque pode ser caracterizado como urbano ou natural.

Parque urbano

Um parque urbano é um tipo de espaço livre de edificações, normalmente


caracterizado como espaço público, no qual há tipicamente abundância de vegetação
e áreas não pavimentadas, mas sobretudo localizado dentro de uma região urbana.
Nele, estabelecimentos industriais e residenciais são proibidos, e estabelecimentos
comerciais são normalmente restritos a quiosques e vendedores ambulantes. 9 
Eventualmente um parque urbano está ligado a um conjunto de equipamentos
públicos de carácter cultural, como museus, centros culturais e casas de
espectáculo.

Um parque urbano propicia lazer e recreação aos habitantes da cidade, assim como
uma apropriação lúdica do espaço público. Parques urbanos incluem muitas vezes
playgrounds e campos de desporto, laguinhos e centros educativos como museus e
jardins botânicos.

Os parques são um dos componentes-chave de uma cidade especialmente dedicada a


propiciar um alto nível de qualidade de vida aos seus habitantes; várias das cidades
com os melhores índices de desenvolvimento humano, como Genebra e Zurique, na
Suíça, Vancouver, no Canadá e Estocolmo, na Suécia, possuem sistemas complexos de
espaços de recreação e parques urbanos.

O exemplo mais paradigmático de um parque urbano é o Central Park, em Nova


Iorque, projectado por Frederik Law Olmsted, considerado o pai da arquitectura
paisagística nos Estados Unidos da América. Outro exemplo semelhante é o Hyde
Park, em Londres.
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Parque natural

Um parque natural é uma área natural, fora de uma área urbana, protegida por lei, e
onde indústrias e residências são proibidas, restritas a nativos que anteriormente já
habitavam a região ou existem com restrições, com o objectivo de preservar a flora e
a fauna local.

Um parque natural também pode servir como um local de recreação para pessoas.
Campismo, canoagem, caminhadas e piqueniques são actividades são as recreações
mais comuns. Muitos parques naturais são centros turísticos, por abrigarem
monumentos naturais, como grandes montanhas e quedas de água, por exemplo.

No Brasil, um exemplo conhecido de parque natural é o Parque Nacional do Iguaçu,


onde estão localizadas as Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú. Em
Portugal, a Ria Formosa, no Algarve, é outro exemplo de um parque natural.

PARQUE NACIONAL 10 

Um parque nacional é uma área de conservação, geralmente de propriedade estatal,


que tem como objectivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande
relevância ecológica e beleza cénica, possibilitando a realização de pesquisas
científicas e o desenvolvimento de actividades de educação e interpretação
ambiental, de recreação em contacto com a natureza e de turismo ecológico.

Em Portugal, o Parque Nacional é apenas uma, embora a mais alta, de quatro


categorias diferentes de áreas naturais protegidas. As outras são Parque Natural,
Reserva Natural e Paisagem Protegida.
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PARQUE NACIONAL PENEDA-GERÊS

O Parque Nacional da Peneda-Gerês, é o único parque nacional de Portugal e situa-se


no extremo nordeste do Minho, fazendo fronteira com a Galiza, abrangendo os
distritos de Braga (concelho de Terras de Bouro), Viana do Castelo (concelhos de
Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca) e Vila Real (concelho de Montalegre)
numa área total de cerca de 72 000 hectares.

É uma das maiores atracções naturais de Portugal, pela rara e impressionante beleza
paisagística e pelo valor ecológico e variedade de fauna (veados, cavalos selvagens,
lobos, aves de rapina) e flora (pinheiros, teixos, castanheiros, carvalhos e várias
plantas medicinais). Estende-se desde a serra do Gerês, a Sul, passando pela serra da
Peneda até à fronteira espanhola.

Inclui trechos da estrada romana que ligava Braga a Astorga. No parque situam-se
dois importantes centros de peregrinação, o santuário de Nossa Senhora da Peneda,
réplica do santuário do Bom Jesus de Braga, e o de São Bento da Porta Aberta, local 11 
de grande devoção popular.

Localidades

Nas localidades no interior do parque, a vida quotidiana mantém raízes firmes na


tradição rural portuguesa. Algumas das de maior valor turístico são:

Castro Laboreiro

Destaca-se pelo seu castelo medieval (Castelo de Castro Laboreiro). É famosa pela
raça de cães homónima.

Lindoso

Destaca-se pelo seu castelo do século XIII (Castelo de Lindoso).

Pitões das Júnias

Ruínas de um mosteiro, construído em 1147.

Soajo

Aldeia com grande colecção de espigueiros.

Vilarinho das Furnas

Aldeia submersa pela construção da Barragem Vilarinho das Furnas no rio Homem.
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Paisagem

A natureza e orientação do relevo, as variações de altitude e as influências atlântica,


mediterrânica e continental traduzem-se na variedade e riqueza do coberto vegetal:
matos, carvalhais e pinhais, bosques de bétula ou vidoeiro, abundante vegetação
bordejando as linhas de água, campos de cultivo e pastagens. As matas do Ramiscal,
de Albergaria, do Cabril, todo o vale superior do rio Homem e a própria Serra do
Gerês são um tipo de paisagem que dificilmente encontra em Portugal algo de
comparável.

Estas serranias já foram solar do Urso pardo e da Cabra montesa. O Lobo vagueia
num dos seus raros territórios de abrigo. A Águia-real pontifica no vasto cortejo das
aves. Micro-mamíferos vários, caso da Toupeira-de-água, diversidade de répteis e
anfíbios e uma fauna ictiológica que inclui a Truta e o Salmão enriquecem o quadro
zoológico.

História

O passado traduz-se nos castelos de Castro Laboreiro e do Lindoso, monumentos 12 


megalíticos e testemunhos da ocupação romana. A geira, o antigo caminho que
conduzia os legionários de Bracara Augusta a Astorga, sobrevive num trecho da antiga
calçada e nos curiosos marcos miliários. Curiosos povoados, a arquitectura dos
socalcos, paradas de espigueiros, a frescura dos prados de lima, animam um quadro
em que a ruralidade ainda está presente. E e tudo muito mas muito giro assinado
Jheniffer

Ver:

http://www.geira.pt/pnpg/index.html

http://www.royalparks.org.uk/parks/hyde_park/

http://www.centralpark.com/

http://www.ibama.gov.br/parna_iguacu/

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