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Gestão de Pessoas
Prof. Pedro Henrique Casals
Prof. Pedro Henrique Casals
O professor
Mestre em Administração Pública, formado pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio
Vargas – MBA pela Tulane University – Tecnólogo em Telecomunicações, graduado pela Universidade Estácio
de Sá.
O trabalho
Competências e habilidades
Conteúdo programático
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Bibliografia recomendada
CARVALHO, Antônio Vieira , NASCIMENTO, Luiz Paulo do. Administração de recursos humanos –
Vol. 1 . São Paulo : Pioneira , 1997.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações.
São Paulo : Campus , 1999.
Bibliografia complementar
As Pessoas e a Melhoria da Qualidade. 2 ed. – Porto Alegre : SEBRAE/RS , 2003.
ASSIS, Marcelino Tadeu de. Indicadores de gestão de recursos humanos. Rio de Janeiro : Arquimedes ,
2004.
BRIDGES, William. Um mundo sem empregos. São Paulo : Makron Books, 1995.
BULGACOV, Sérgio (org.). Manual de Gestão empresarial. São Paulo : Atlas , 1999.
CRAWFORD, Richard. Na era do capital humano: o talento, a inteligência e o conhecimento como forças
econômicas, Seu impacto nas empresas e nas decisões de investimento. São Paulo : Atlas , 1994.
RESENDE, Ênio J. É preciso mudar o discurso em recursos humanos. São Paulo : Summus , 1986.
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1.1. Argumento
I Ching
Complexidades do ambiente globalizado1
Estamos vivendo uma época de transformações complexas e multidimensionais, que afetam a todos os
aspectos de nossas vidas, tais como as relações intelectuais, morais, sociais, econômicas, tecnológicas e
políticas. O mundo mudou, radicalmente, desde a Segunda Guerra Mundial. A necessidade de
desenvolvimento tecnológico para imediata aplicação causou a geração de novos conhecimentos os quais
levaram ao desenvolvimento de novas tecnologias que, por sua vez, produziram mudanças econômicas
que, conseqüentemente, geraram mudanças sociais e políticas, produzindo uma nova visão do mundo, a
qual conduziu a novos conhecimentos…
Pesquisa
científica
Novas
Novas tecnologias
demandas
Novos
Novos produtos
Costumes
Ciclo de desenvolvimento
Essa transformação determinou novos padrões de vida para todas as sociedades que foram capazes de
tirar proveito dessas inovações tecnológicas. Mudanças significativas ocorreram a partir dos anos 50, com o
surgimento de indústrias de ciência intensiva, as quais se baseavam na Química, Física moderna e,
especialmente, a Matemática.
O computador eletrônico foi o mais proeminente desenvolvimento tecnológico do século XX. Outro
desenvolvimento marcante foi proliferação de materiais artificiais, muitos dos quais desenvolvidos para
propósitos específicos. Esse momento histórico foi chamado de segunda revolução industrial ou, também,
revolução científico-tecnológica, na qual diversas funções desempenhadas pelos sentidos e pela mente
humana começaram a ser executadas por máquinas, algumas das quais ampliaram enormemente nossas
possibilidades de percepção.
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Extraído do texto Metáforas da Globalização. Pesquisa acadêmica que apresentei na VII Semana de Administração, promovida
pelo Centro Universitário Celso Lisboa – Rio de Janeiro : 1999.
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A partir dos anos 70, novas técnicas foram desenvolvidas no campo da Genética, revolucionando a
Medicina, a Química e a Agricultura. Tornaram-se corriqueiros fatos como o uso de computadores para
aterrizar aeronaves ou efetuar correções quase instantâneas na trajetória da órbita de uma nave espacial; a
utilização da energia atômica, ou mesmo a energia solar ou eólica, para produção de eletricidade; os
biocombustíveis, a manutenção da exata dimensão e qualidade de produtos metálicos em processos de
produção em massa por sensores e controladores eletrônicos; a produção de espécies mais resistentes ou
mais apropriadas de vegetais para cultivo de alimentos, a procriação animal em laboratório (bebês
humanos, vacas, galinhas,... de proveta) ou a recriação genética de novas espécies de animais destinados
à nossa alimentação. Tudo isto tem sido naturalmente incorporado às nossas vidas.
Na década de 1990, vimos o "fusca" renascer no Brasil e ser exportado do México para a Alemanha;
computadores fabricados pelos "Tigres Asiáticos" sendo vendidos em lojas de departamentos dos Estados
Unidos, do Japão e da Europa; a primeira loja do McDonald's em Moscou tornando-se a maior loja da rede
no mundo e mostrando filas quilométricas de consumidores. O então chamado fenômeno da globalização
passou a afetar a todos os aspectos da vida das pessoas. Antigas verdades, dogmas e normas já não
podiam mais ser aplicadas no mundo da informática, da alta tecnologia de informação, das organizações
transnacionais, do capital internacional e da instantaneidade.
Hoje, investidores aplicam nas bolsas de Londres e Tóquio simultaneamente, enquanto, com um cartão de
crédito e um catálogo eletrônico, compram por intermédio da INTERNET em qualquer parte do mundo. As
decisões estratégicas já não podem mais ser tomadas a partir de análises localizadas, mas considerando-
se aspectos da economia mundial. A economia global determina os padrões empresariais no século XXI e
o mundo torna-se cada vez menor.
Aldeia global
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O escritor canadense Marshall McLuhan , utilizou esta expressão, em 1964, para descrever um futuro que
seria direcionado pela comunicação de massa, ou, segundo suas palavras, “um mundo guiado pela
televisão”. ( McLuhan, 1964 )
Os exemplos de liberalização das sociedades comunistas do Leste Europeu e da China no final da década
de 1980 e início da década de 1990, atestam o poder da mídia em penetrar através das mais ferrenhas
barreiras ideológicas. Ainda que a cultura popular ocidental sempre tenha influenciado o resto do mundo, o
cinema, a televisão, as revistas e a música, principalmente, têm servido como veículos de divulgação,
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modificação e, em alguns casos, substituição de diversas culturas nativas em muitos países .
Independentemente de qualquer ideologia, os meios de comunicação de massa efetivamente criaram uma
“aldeia global” decorada com os símbolos da cultura popular ocidental.
A revolução das comunicações por meio das transmissões via satélite verdadeiramente criou uma “aldeia
global”. Os cidadãos não mais vivem isoladamente e exigem os direitos e privilégios conquistados por
outros cidadãos em outros lugares do mundo. O exercício da participação potencializa a possibilidade de
convivência entre as pessoas. Convivência exige transparência e transparência é obtida disponibilizando-se
informação. Distribuir informação é distribuir o poder, é permitir o acesso. A busca por maior participação,
além de contribuir para o desenvolvimento da consciência dos direitos e deveres das pessoas diante da
sociedade, transforma as comunicações em importante elemento na estruturação política, econômica e
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MCLUHAN, Marshall . Understanding Media (1964)
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Vejam-se os fenômenos dos Beatles, Elvis Presley, James Dean, Bat-Man, entre outros, que tanto influíram sobre mudanças
comportamentais no final do século XX.
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social, dada a sua atuação sobre as condições de vida, trabalho e saúde. Essa revolução das
telecomunicações determinou o surgimento de um novo tipo de empresa: as fábricas globais.
Fábrica global
As relações comerciais na aldeia global sofreram uma alteração sutil. Elas deixaram de ser transações
(operações formais de compra e venda) para tornarem-se relacionamentos. A maior parte das operações
comerciais, nos dias de hoje, envolve, fundamentalmente, importações ou exportações de conhecimentos.
As organizações são, cada vez mais, estruturadas para operarem quando e onde lhes seja mais favorável,
o que transforma as operações do comércio de mercadorias em meros embarques e lançamentos
contábeis.
Um estudo realizado pela Harvard Business School, na década de 1990, mostrou que a empresa global procura
não só utilizar suas vantagens competitivas, mas especialmente as vantagens competitivas dos países. Essa
pesquisa descobriu que a globalização não correspondia à homogeneização, eliminação das diferenças ou
redução do papel dos países. Ao contrário, a globalização realça os pontos fortes de cada nação e as diferenças
de caráter nacional, aproveitando-os para o resultado global. Por exemplo: a Alemanha produz 35% das
máquinas impressoras e gera 50% das exportações mundiais na área. Suas vantagens competitivas têm-se
mantido por mais de 160 anos; enquanto que a Toyota fabrica um de seus modelos de carro global nos Estados
Unidos e exporta para todo o mundo, incluindo o Japão.
A fábrica global produz as diferentes partes componentes de um bem - que pode ser um automóvel, um
computador, uma geladeira… - em diferentes instalações fabris - que não pertencem necessariamente ao
detentor da marca do produto final - localizadas em diferentes países. Essas partes são enviadas para
outras fábricas mediante um “preço de transferência”, o qual é uma simples convenção contábil que tem a
ver com impostos e custos de produção. A montagem final também será executada em plantas industriais
instaladas em três ou quatro diferentes países e, ao fim do processo, o produto final será comercializado
por uma rede mundial de distribuidores. Não faz a menor diferença o país de origem das matérias primas e
partes, nem se estas vieram de um fornecedor terceirizado ou por meio de uma transferência interna. Estas
são meras transações dentro do sistema da fábrica global.
É importante observar que a atuação global não exige que uma organização se ramifique pelo mundo. A
empresa global pode realizar-se por meio de uma complexa rede de pequenas empresas, altamente
especializadas em seu negócio, sob a forma de parcerias ou terceirizações. Nos extremos dessas redes
pode nem existir uma organização, mas apenas um terminal telefônico e um microcomputador. A
organização virtual, assim constituída, possui um recurso fundamental, a informação. É ela que flui através
das inúmeras unidades da organização possibilitando a ação global. O enorme salto da ciência e das
tecnologias integradas de informação transformou a sociedade, o mercado e as empresas.
Desta forma, as operações das fábricas globais têm tido papel de destaque na integração mundial porque
aceleraram o processo de disseminação do conhecimento (informação) e, como resultado de sua atuação,
tornaram-se apátridas, produzindo e vendendo mais em países estrangeiros do que em seus próprios
países de origem, estabelecendo-se em mercados consumidores sem considerar as fronteiras nacionais,
observando mais as vantagens estratégicas e econômicas do que políticas desenvolvimentistas locais,
incrementando suas finanças globais onde o dinheiro é mais barato, vendendo suas ações nas bolsas de
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diferentes países e sendo gerenciadas por administradores de várias nacionalidades . A fábrica global criou
um mundo sem fronteiras, onde o Estado-nação tornou-se irrelevante para a economia posto que esta
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passa a enxergar o mundo como um único mercado .
As fronteiras geográficas tornaram-se ilusórias e o recurso estratégico deixou de ser o capital e passou a
ser a informação. O poder estrutura-se não mais a partir de recursos financeiros (característica da
sociedade industrial), mas em recursos informacionais (característica da sociedade globalizada). O binômio
“informação + criatividade” tornou-se o novo paradigma econômico e representa, em última análise, o
capital humano. Informação passou a ser o ativo da organização global, pois gera riqueza e agrega valor a
produtos. A informação é produzida e reproduzida a velocidades cada vez maiores.
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Veja-se os exemplos da IBM, NIKE, Coca-Cola, Citicorp, Nestlé, Michelin, VolksWagen, Sony, entre outras.
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A recente crise econômica, iniciada nos Estados Unidos da América e cujos efeitos se fizeram sentir, imediatamente, nas principais
bolsas de valores do mundo é um exemplo típico das relações de interdependência do mercado global.
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Desta forma, no mercado globalizado, existe uma economia profundamente apoiada em informação, que se
constitui no principal recurso estratégico das organizações. Esse volume de conhecimento é a força motriz
do sistema econômico global. Organizações que não estejam aptas a gerenciar tal processo estarão,
irremediavelmente, excluídas do mercado porque fazer negócios, hoje, significa competir, em escala
mundial, com organizações que têm diferentes custos de capital, mão-de-obra e materiais; diferentes
tradições de cooperação entre público e privado bem como diferentes relações trabalhistas. Com o
surgimento das fábricas globais, o mercado expandiu enormemente seus horizontes. O mundo tornou-se
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um grande mercado no qual os administradores precisam considerar diferentes aspectos, desde condições
climáticas adversas até complexas relações transculturais e práticas comerciais variadas, como forma de
garantirem a sobrevivência da organização por meio da manutenção de vantagens competitivas. Por esta
razão, ao mesmo tempo em que vemos uma produção cada vez maior de bens e de serviços, observamos
a intensificação da segmentação dos mercados, fruto da diversidade e de uma sociedade cada vez mais
complexa em conteúdos e exigências.
Neste cenário, as organizações precisam tornar-se cada vez mais dinâmicas, ampliar a sua capacidade de
resposta às transformações do ambiente. Precisam ser inovadoras e, como tal, valorizar a criatividade e a
participação efetiva no trabalho. O poder das organizações estrutura-se a partir de recursos informacionais
e da forma como estes tornam-se acessíveis aos seus diversos participantes. A rapidez no processo de
tomada de decisão assume importância vital, de forma que cada fração de tempo despendido nesse
processo é significativamente acrescentado aos custos e riscos organizacionais. Assim o gestor precisa
compreender o todo, tem que operar e tomar decisões em situações de risco e sobre as quais não existem
regras definidas.
O nível operacional, hoje, tornou-se responsável por muitas das decisões que, antes, eram monopolizadas
pelas chefias, assim como por diversas questões técnicas. Passou a ter mais autonomia. Isto requer um
aperfeiçoamento permanente. Os desafios presentes no cotidiano exigem profissionais criativos, capazes
de gerar novas idéias, pessoas possuidoras de amplo quadro de referências e que estejam aptos a lidar
com a diversidade do mercado.
Neste novo cenário, há cada vez menos espaço para o profissional focalizado em apenas uma
especialidade, que acredita que o conhecimento e a formação pessoal adquirida no passado continuarão
sendo eficazes. O novo profissional deve possuir uma formação abrangente, que lhe possibilite adaptações
constantes, que lhe propicie competência social e comunicativa, capacidade de pensar com clareza e
objetividade para planejar estrategicamente, formular alternativas e agir com independência.
EXERCÍCIO - 1
Analise a capacidade que sua empresa tem de adaptar-se ao mercado global.
1) Identifique algum acontecimento externo à sua empresa, sobre o qual ela não teve nenhuma influência,
mas que causou impactos sobre seus negócios.
2) Identifique quais foram os impactos desse acontecimento sobre o mercado local e sobre a sua empresa.
3) Identifique quais foram as ações empreendidas por sua empresa para se defender ou para se aproveitar
desses impactos.
4) Identifique os resultados que sua empresa obteve com essas ações.
5) Dê o seu parecer sobre a ação de sua empresa em relação à situação descrita.
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A título de informação, em 1963 a KODAK lançou sua câmera modelo Instamatic em 28 países simultaneamente. Esta foi a
primeira vez que uma campanha multinacional de tomada de mercado foi realizada. Nela, foram produzidos comerciais em cerca de
20 diferentes idiomas.
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Em qualquer forma de empreendimento humano, a efetividade com que as pessoas trabalham em conjunto
para a realização de objetivos comuns depende, principalmente, da capacidade daqueles que exercem a
função administrativa. Toda organização precisa ser convenientemente administrada para alcançar os seus
objetivos com a maior eficiência e economicidade e onde quer que a cooperação entre indivíduos para a
realização de objetivos torne-se organizada e formal, o fundamento dessa associação é a Administração.
A ciência da Administração configura-se como uma das áreas mais complexas e desafiantes do
conhecimento humano. Em cada atividade relacionada com a Administração, as situações são
diversificadas, na medida em que as organizações são extremamente diferenciadas.
Assim como não há dois seres humanos idênticos, não há duas organizações iguais. Cada organização
tem sua área de atuação, objetivos, pessoas, problemas, mercado, situação financeira, tecnologia, recursos
básicos, cultura e política de negócios. Apesar desta pluralidade, a Administração tem uma única tarefa:
A tarefa básica da Administração é realizar coisas por intermédio das pessoas para a obtenção dos
melhores resultados possíveis.
Em um mercado competitivo, entretanto, a habilidade em produzir bens ou serviços com eficiência não é o
bastante para garantir-se a sobrevivência da empresa. A organização deve estar atenta às mudanças nas
expectativas e desejos de seus clientes e apta a reconhecer como as suas características podem adequar-
se a tais demandas. Isto vai muito além de, simplesmente, anunciar os aspectos atrativos de um bem ou
serviço, porque grande parte do esforço gerador da percepção de qualidade diferenciada por parte do
cliente é resultado da correta postura e da competência dos membros dessa organização. Isto determina
uma nova dimensão para os processos de gerenciamento:
Gerenciar tornou-se buscar a obtenção de resultados por intermédio das pessoas, compreendidas
como sendo a essência, a energia, vontade e inteligência das organizações.
Até bem pouco tempo, os administradores estiveram muito mais orientados para a busca de soluções
administrativas por intermédio de medidas organizacionais, alterações sistêmicas e introdução de novas
tecnologias e métodos administrativos, visando obter maior rapidez nas operações, menores custos, maior
produtividade. Em outras palavras, predominava uma orientação para a eficiência. As modernas teorias
organizacionais, entretanto, passaram a enfatizar a ação dos administradores na busca de resultados sem
esquecer a preocupação com o ambiente externo e com a velocidade das mudanças sociais, políticas,
econômicas, tecnológicas. Passou-se a enfatizar, então, a eficácia.
Eficácia diz respeito a resultados. Trata-se da escolha da solução certa para um dado problema ou
necessidade e é definida pela relação entre o resultado pretendido e o resultado efetivamente obtido.
Assim, o nível de eficácia de uma empresa pode ser incrementado por meio de ações administrativas.
“A organização eficaz coloca no mercado o volume pretendido do produto certo para uma
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determinada necessidade.” (Bio, pag. 21)
Eficiência diz respeito ao modo e ao método correto de fazer-se alguma coisa. É definida pela relação
entre volume produzido e recursos consumidos. Assim, a eficiência pode ser o meio para obter-se o
incremento da eficácia.
“A empresa eficiente é aquela que consegue o seu volume de produção com o menor dispêndio
possível de recursos.” (op. cit. P. 21)
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BIO, Sérgio Rodrigues. Sistemas de informação : um enfoque gerencial. São Paulo : Atlas, 1996.
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Isto leva a concluir-se que a eficácia é fruto de decisões estratégicas acertadas, de ações administrativas
corretas e do nível de eficiência, particularmente quando a concorrência é intensa. Desta forma, os
resultados que uma empresa obtém podem ser sensivelmente melhorados a partir da implementação de
novos métodos e processos, além do aproveitamento racional dos recursos já existentes.
Os modelos clássicos de gestão focalizaram a eficiência, buscaram o êxito por meio de racionalidades.
Contudo, considerado o presente cenário, deve-se focalizar a eficácia em todas as áreas da organização.
Assim, a eficácia das lideranças na gestão da política, da estratégia, dos recursos e dos processos é tão
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importante quanto a efetividade na gestão das pessoas.
Busca da melhoria contínua das pessoas via processo constante de análise crítica do modelo de
gestão;
Delegação de poder para tomada de ações apropriadas e busca de comunicação total pela
outorga de poderes de decisão às pessoas; valorização de posturas éticas e cooperativas;
realização de reuniões periódicas para analisar problemas (briefing); estabelecimento de canais
de comunicação com cada elemento da organização (voice of business ou top-down/bottom-up
chanel) manutenção de sistema de disseminação de informações para todos os participantes.
Considerando-se que modelo de gestão é o conjunto das práticas administrativas postas em execução
pelos gestores da organização para atingir seus objetivos, tal modelo deverá compreender o
estabelecimento das condições de trabalho, a natureza das relações hierárquicas, as estruturas
organizacionais, sistemas de avaliação e controle de resultados, as políticas de pessoal e os objetivos,
valores e a filosofia de trabalho que o inspiram. Isto nos leva a concluir que a ARH é um dos elementos-
chave para o sucesso empresarial e que gestão das pessoas deve ser considerada como parte integrante
essencial de uma estratégia corporativa.
EXERCÍCIO - 2
Analise a influência do elemento humano sobre as empresas.
1) Imagine duas agências de dois diferentes bancos (por exemplo o BRADESCO e o UNIBANCO).
2) Retire dessas agências todas as marcas que possam identificá-las como pertencentes a um ou outro banco.
3) Identifique, nesta circunstância, de que forma o elemento humano é capaz de produzir diferenças entre uma
agência e outra ou, em outras palavras, um banco e outro.
4) Qual é a sua conclusão?
8 O conceito de efetividade está associado à manutenção de resultados positivos (eficácia) ao longo do tempo.
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A gestão das pessoas deixa de ser atribuição específica de um setor ou departamento da organização para
ser compartilhada por todos os níveis gerenciais e a função da Administração dos Recursos Humanos
(ARH) assume uma característica de apoio às estratégias da organização.
A determinação de uma linha política de ação para administração dos recursos humanos parte de três
elementos básicos: os objetivos do negócio, a análise ambiental e a análise interna. Assim, a formulação
dessas políticas de ARH parte de um processo combinatório para adaptação da empresa às mudanças
previstas no ambiente e, ao mesmo tempo, atender às demandas identificadas nos planos corporativos,
definindo o uso mais adequado das pessoas na organização. Um fator de relevância é que essas políticas
servem também como balizadoras na adequação dos planos corporativos às limitações e custos
relacionados à gestão das pessoas. Isto exige a análise da conjuntura empresarial, assim como a
existência de uma equipe dedicada de profissionais. Além disto, requer uma avaliação das opções
disponíveis, da seleção de linhas de ação adequadas e de um processo de implementação.
A análise e o planejamento da ARH são elementos significativos para a administração estratégica e estão
relacionados com o meio ambiente, a estrutura organizacional e os recursos disponíveis. Deve-se
considerar a importância do mercado de trabalho, o qual determina não só o suprimento de mão-de-obra
como também aspectos relacionados com custos, salários e comportamentos.
Ambiente Instrumentos
externo de gestão
Políticas
Ambiente Sistemas de de gestão
interno informação das pessoas
Objetivos Ambiente
do negócio de trabalho Modelo sistêmico da ARH
As políticas de gestão das pessoas, então, devem abranger os cinco subsistemas, ou instrumentos
gerenciais, do modelo de ARH:
Suprimento,
Aplicação,
Manutenção,
Desenvolvimento,
Controle.
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Cada um destes subsistemas contém elementos próprios que devem receber maior ou menor ênfase em
função dos objetivos específicos dessas políticas de gestão das pessoas.
Quando se tem como objetivo fazer o melhor uso possível dos recursos humanos para colocar a pessoa
certa no lugar certo por um tempo determinado, a utilização de um modelo sistêmico facilita a percepção
das inter-relações no uso dos instrumentos gerenciais.
MANUTENÇÃO
Salários
Benefícios
APLICAÇÃO DESENVOLVIMENTO
Descrição e análise de cargos Treinamento e
Avaliação de desempenho desenvolvimento
Plano de carreiras Desenvolvimento
organizacional
Subsistemas da ARH
EXERCÍCIO - 3
Com suas próprias palavras, explique de que formas o ambiente interno e externo e os objetivos
da organização podem influenciar os instrumentos gerenciais de suprimento, aplicação, manutenção,
controle e desenvolvimento. Cite exemplos.
Taylor é considerado o fundador da Administração Científica. Nasceu na Filadélfia (EUA) e teve uma
educação clássica, aos moldes europeus da época. Em sua vida profissional, tomou contato com os
problemas sociais e empresariais resultantes da Revolução Industrial, desde que começou a trabalhar na
oficina mecânica de uma fábrica como aprendiz.
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Em 1878, começou a trabalhar para a Midvale Steel Co. onde chegou ao posto de Mestre de Tornos.
Naquela época, o sistema de pagamento era por peça ou tarefa. Os patrões buscavam pagar o mínimo por
peça e os empregados procuravam reduzir o ritmo da produção como forma de obter melhores salários.
Isto levou Taylor a estudar o problema da produção. Dentre os estudos que ele efetuou, destaca-se o seu
livro Shop management (1903), no qual apresentou métodos para a racionalização do trabalho por meio
do estudo de tempos e movimentos. Neste período, em que ele se preocupou exclusivamente com o
trabalho dos operários, ele enunciou os princípios da supervisão elementar, isto é:
1) 1° princípio : seleção científica - atribuir a cada trabalhador a tarefa mais elevada possível
conforme suas aptidões pessoais.
2) 2° princípio : Tempo padrão – solicitar a cada trabalhador uma produção nunca inferior ao
padrão estabelecido.
3) 3° princípio : Incentivo salarial – atribuir tarifas de remuneração por unidade produzida
diferenciadas para os que produzissem acima dos padrões estabelecidos
Por esse método, Taylor propunha a racionalização dos métodos de trabalho e a fixação de tempos
padronizados para a execução de operações. As premissas da organização racional do trabalho resumiam-
se aos seguintes aspectos fundamentais:
Em 1911, Taylor publicou o livro The Principles of Scientific Management, no qual concluiu que a
racionalização do trabalho deveria ser acompanhada de uma estruturação geral da empresa para tornar
coerente a aplicação de seus princípios.
Fayol partiu da premissa de que o conjunto das operações de toda empresa econômica pode ser dividida
em seis funções:
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Taylor formou-se em Engenharia em 1885.
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Compagnie Commantry Fourchambault et Decazeville
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Administration Industrielle et Generalle (1916) – traduzido para o Alemão e o Inglês em 1926 e para o Português em 1950.
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Nos Estados Unidos, a Taylor Society foi fundada para divulgar a obra de Taylor, enquanto que, na França, fundou-se o Centro de
Estudos Administrativos para ensinar as teorias de Fayol.
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Para melhor compreender as funções administrativas, Fayol define o ato de administrar como sendo a
conjunção de:
Todavia, a função administrativa não se limita apenas ao topo da empresa. Para Fayol, essa é uma função
que se distribui proporcionalmente com as demais funções essenciais. Em outras palavras: à medida que
se sobe na escala hierárquica, mais aumenta a extensão das funções administrativas; à medida que se
desce na escala hierárquica, mais aumenta a extensão das funções técnicas.
100% -
Alto executivo
FunçãoAdministrativa
50% -
Distribuição das funções
administrativa e técnica, segundo
Fayol.
operário
0%
50% 100%
Função Técnica
Segundo Fayol, a cada função essencial corresponde uma determinada capacidade específica. Cada uma
dessas capacidades envolve um conjunto de qualidades pessoais e conhecimentos pertinentes à função
desempenhada. Fayol resumiu essas qualidades segundo:
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Embora adotasse o termo princípio, Fayol rejeita qualquer idéia de rigidez. Para ele, nada existia de rígido ou absoluto em
Administração. Para ele, Administração seria uma questão de medida, ponderação e bom-senso.
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Uma das principais características da Teoria Clássica foi a ênfase dada à organização formal da
empresa. Os aspectos formais da organização foram abordados em termos normativos e prescritivos,
em função dos interesses da empresa e no sentido de alcançar a máxima eficiência possível. A
organização formal compreende a estrutura organizacional, a filosofia, as diretrizes, as normas e
regulamentos da empresa, assim como todos os aspectos que exprimam como esta pretende que
sejam as relações entre os órgãos, cargos e seus ocupantes a fim de que seus objetivos sejam
atingidos e sua estabilidade seja mantida.
2. Especialização: Como conseqüência da divisão do trabalho, cada órgão ou cargo passa a ter
funções específicas e especializadas. A separação do planejamento e da organização do trabalho,
bem como a separação do controle e da execução, propostos por Taylor são exemplos deste
princípio.
5. Racionalismo da organização formal: Toda empresa se organiza para atingir seus objetivos,
procurando, com sua estrutura, a minimização de esforços e a maximização do rendimento. Cada
empresa tem sua própria organização, em função de seus objetivos, da conjuntura que atravessa e da
natureza de seus negócios. Logo, não há duas empresas idênticas.
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Prof. Pedro Henrique Casals
As premissas da Escola Clássica foram baseadas no conceito do homo economicus; assim, supunha-se
que a motivação e as recompensas eram obtidas por intermédio de um pagamento justo por um dia de
trabalho. Os autores clássicos estabeleciam nítidas relações entre produção e remuneração. Este
pensamento ainda persiste em muitas organizações.
Com a evolução do pensamento administrativo no século XX, alguns estudiosos perceberam que, em
certas empresas, algumas pessoas necessitavam de maior atenção e que havia um limite para a adaptação
do ser humano à máquina e que, talvez, fosse mais produtivo adaptar-se a máquina ao ser humano.
Diversas pesquisas realizadas entre as décadas de 1920 a 1940 confirmaram a influência do fator humano
sobre as empresas da época. Constatou-se que as pessoas da organização agregavam valor ao produto e
não poderiam ser ignoradas ou tratadas como meros acessórios da máquina. Assim, os modelos de gestão
que sucederam à Escola Clássica, embora mantivessem suas características lineares, passaram a enfocar
as pessoas da organização, ao invés do mero desempenho ou produtividade.
A abordagem comportamental teve início com uma série de estudos sobre o significado do trabalho,
motivação e relações organizacionais e interpessoais realizado na fábrica da empresa Western Electric,
localizada em Howthorne, perto de Chicago (USA), no período entre 1924 e 1932. Esses estudos eram
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parte de um programa de pesquisa mais amplo, orientado pelo prof. Elton Mayo , da Universidade de
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Harvard, e que durou até 1947 . O objetivo desses estudos era explicar a influência do ambiente de
trabalho sobre a produtividade. Os estudos concluíram que o aumento de produtividade não tinha relação
direta com as condições físicas do trabalho ou com as recompensas financeiras.
Essa nova percepção, evidenciada pelas experiências de Howthorne, não foi capaz de alterar as estruturas
organizacionais propostas por Taylor ou Fayol. Na prática, contudo, ela contribuiu para alterar as atitudes
dos gestores em relação aos operários. A abordagem comportamental focaliza o ser humano. Este, em sua
visão, evolui de fator complementar para fator principal dentro das organizações. A antiga “máquina
biológica” ganha importância e é reconhecida por sua influência na busca por melhores negócios.
Os efeitos da abordagem comportamental são percebidos, hoje, por meio dos avanços tecnológicos
voltados para a melhoria do ambiente de trabalho – móveis ergométricos e funcionais, por exemplo; assim
como das práticas que visam o inter-relacionamento e a maior socialização dos indivíduos no trabalho.
A abordagem estruturalista
Amitai Etzioni é considerado o precursor do estruturalismo. Sua proposta não pretendia substituir os
modelos clássicos de gestão, mas sim estabelecer uma conexão entre os conceitos ditos clássicos e os
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conceitos emitidos pela Escola das Relações Humanas . Assim, em seus trabalhos, percebe-se uma
preocupação entre os componentes internos de um sistema empresarial e suas interações.
O Estruturalismo surgiu como uma crítica à impessoalidade da teoria burocrática de Max Weber, a qual
pretendia transformar a organização em um sistema fechado. O estruturalismo é o precursor da abordagem
sistêmica, a qual percebe a organização como um sistema aberto, em permanente interação com o meio
ambiente no qual ela está inserida. A Escola Estruturalista também foi conhecida como Escola Quantitativa,
pois seu desenvolvimento foi marcado pela introdução de complexas tecnologias nas organizações –
calculadoras científicas e computadores.
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Elton Mayo foi um psicólogo industrial, nascido na Austrália, que foi lecionar na Universidade de Harvard (USA). Em 1939 ele
publicou o livro The social problems of an industrial civilization, no qual ele mostrava a importância das relações de afetividade no
ambiente de trabalho.
15
A maior parte dos relatórios gerados por esses estudos, incluindo as conclusões do prof. Elton Mayo, não foram ainda traduzidos
para o Português.
16
Segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa: ESTRUTURA é o conjunto formado, natural ou artificialmente, pela reunião
de partes ou elementos em uma determinada ordem ou organização.
16
Prof. Pedro Henrique Casals
Nos dias de hoje, a abordagem estruturalista faz-se presente na maioria das organizações, por meio da
associação das abordagens clássica e das relações humanas, promovendo a integração entre a
organização formal (dada pelo organograma da empresa) e a organização informal (dada pelo inter-
relacionamento dos membros de uma organização, independentemente de seu nível hierárquico).
A abordagem sistêmica
Após a descoberta da verdadeira dimensão do ser humano dentro das organizações, de como adaptá-lo à
máquina e de como adaptar a máquina ao seu usuário, chegou-se à compreensão mais nítida das relações
empresa/ambiente, determinando um novo e significativo estágio na evolução dos estudos organizacionais.
17
Assim, o ambiente passou a ter maior relevância para a definição das estruturas empresariais . Mais do
que um modelo gerencial, a abordagem sistêmica é, essencialmente, uma forma de pensar sobre a
organização – metas, objetivos, finalidades – e sobre a relação entre suas partes (setores ou
18
departamentos). Sua filosofia fundamenta-se em três objetivos :
Nos dias de hoje, verificamos a presença da abordagem sistêmica nas organizações que evidenciam sua
preocupação com o ambiente de negócios e a sociedade em geral.
A abordagem contingencial
Os primeiros estudos sobre esta abordagem ao estudo da Administração surgiram em 1958 e foram
19
atribuídos a Joan Woodward . A Teoria do Contingencialismo prescreve que a cada mudança tecnológica
corresponde uma mudança organizacional, porque existe uma conexão entre a tecnologia e a estrutura
social da empresa. Desta forma, acredita-se que é o ambiente que determina o comportamento da
organização. Assim, se o ambiente é mutável, as organizações têm de estar preparadas para as
20
contingências .
A abordagem da burocracia
Os primeiros desenvolvimentos teóricos sobre a Burocracia são atribuídos ao sociólogo alemão Max
Weber. A teoria do modelo burocrático de gestão desenvolveu-se, a partir da década de 1930, baseada nos
trabalhos de Max Weber. A abordagem da Burocracia propunha uma nova forma de organização baseada
em racionalidades. Seus estudiosos, entretanto, evidenciaram sua preocupação quanto à
despersonalização dos relacionamentos, o que levaria a uma consequente dificuldade no atendimento a
clientes e possíveis conflitos entre os diversos públicos das organizações excessivamente internalizadas e
formais. O modelo burocrático de gestão enfatiza a importância da razão instrumental ou racionalidade
instrumental em associação a uma estrutura formalmente estabelecida como elemento capaz de
proporcionar eficiência a uma organização, prescrevendo:
As regras, decisões e atos administrativos devem ser formulados e registrados por escrito, assegurando
uma interpretação sistemática, economia de esforços, padronização e a continuidade, fundamentais à
sobrevivência da organização. Existe um caráter formal no modelo, pois sua atividade decorre de
normas racionais - porque coerentes com os fins visados, legais - porque conferem à pessoa investida
da autoridade o poder de impor a disciplina, exaustivas - porque as normas procuram cobrir todas as
áreas da organização, prevendo todas as ocorrências e enquadrando-as em um esquema definido,
escritas - porque constantemente atualizadas e, nestas condições, reescritas.
Cada participante deve saber qual é a sua tarefa, qual é o seu nível de autoridade e quais são os seus
limites. Esta divisão é feita impessoalmente em termos de cargos e funções.
17
Já em 1918, Mary Parker Follet falava da necessidade dos gestores considerarem a “situação total” da empresa.
18
Os primeiros trabalhos sobre a abordagem sistêmica são atribuídos a Talcott Parsons e datam do início da década de 1960.
19
Joan Woodward foi professora de Sociologia na Universidade de Londres.
20
A denominação “Contingencial” passou a ser utilizada a partir da publicação das pesquisas de Lawrence e Lorsch, em 1972.
17
Prof. Pedro Henrique Casals
Cargos serão estabelecidos segundo o princípio hierárquico. Devem ser fixadas regras e normas
técnicas para o desempenho de cada cargo. Isto implica ser necessária a preparação especializada dos
participantes para que seu desempenho seja racional.
A escolha das pessoas deve ser baseada no mérito e na classificação e não em preferências pessoais.
Esta é uma forma de organização caracterizada pela profissionalização de seus participantes e exige
profissionais especializados em gerir o empreendimento.
Mais recentemente, definiu-se este modelo de gestão como sendo um tipo de cooperação na qual as
funções de cada parte do grupo são precisamente pré-ordenadas e estabelecidas e onde há uma garantia
de que as atividades planejadas serão executadas sem maiores atritos.
Todas estas teorias transformaram a função de gestão de pessoas que, durante a Revolução Industrial, era
restrita aos capatazes a uma área ou departamento específico. Inicialmente, essa área (Departamento de
Pessoal) respondia pelos processos de recrutamento, seleção, controle e pagamento de pessoal. Ã medida
que os processos gerenciais tornaram-se mais complexos, essa área passou a gerir, também, os processos
de concessão e controle de benefícios, descrição e análise de cargos e treinamento de pessoal.
As relações profissionais passam a ser baseadas em diferentes conceitos sobre ética, respeito e procura do
bem comum e do bem-estar individual. Por estas razões, o modelo da ARH evoluiu para uma configuração
sistêmica, incorporando os cinco subsistemas segundo: suprimento, aplicação, manutenção, desenvol-
vimento e controle.
No Brasil, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) constitui o preceito legal oficial para a formulação de
políticas de gestão de pessoas. Sendo assim, à medida que formos aprofundando nossos estudos sobre
cada um dos subsistemas componentes do modelo, iremos também buscar paralelos entre os conceitos
fundamentais desses subsistemas e o texto da lei, desta forma buscaremos elementos para a compreensão
da conjuntura do mercado de trabalho no Brasil.
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição,
decreta:
Art. 1º Fica aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho, que a este decreto-lei
acompanha, com as alterações por ela introduzidas na legislação vigente.
GETÚLIO VARGAS
Alexandre Marcondes Filho
18
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Elementos de Suprimento
Após o recrutamento, seguem-se as ações para escolher entre os candidatos que se apresentaram os
melhores potenciais funcionários para atender às necessidades presentes e futuras de pessoal. Por ser
uma atividade restritiva, de comparação, escolha, a seleção deve obedecer a padrões definidos pelo cargo
a ser ocupado e pelas exigências efetuadas pelo responsável da área. Normalmente, o processo de
seleção compõe-se de etapas básicas para a escolha daquele que possua a melhor e mais adequada
qualificação profissional para o cargo. Entre essas etapas, temos:
Elementos de Aplicação
22
Descrição e análise de cargos - A descrição e a análise dos cargos formam a base para a avaliação de
cargos e salários, além de ajudar à manutenção do princípio da eqüidade entre os participantes da
organização. Estas funções devem criar uma estrutura que demonstre, claramente, que as recompensas
adquiridas pelos empregados são coerentes e justas em relação às atividades que exercem
comparativamente ao que seus colegas de trabalho recebem e ao que o mercado de trabalho remunera
para as mesmas atividades, em outras empresas e em cargos equivalentes.
21
Internalização dos valores da empresa.
22
É importante não esquecermos que cargo é o somatório de funções que ocupa uma posição definida na estrutura da empresa e que
função é o somatório de atribuições ou tarefas exercidas de forma continuada e sistemática.
19
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23
Plano de carreiras - O plano de carreiras objetiva harmonizar as relações de trabalho entre os ocupantes
dos cargos e facilitar a visualização do futuro profissional dos participantes. É um dos fatores que melhor
contribui para a motivação do grupo de trabalho.
Elementos de Manutenção
A política salarial torna-se um conjunto de princípios e diretrizes que refletem a orientação e filosofia da
empresa em assuntos relacionados à remuneração dos empregados e envolve aspectos que ajudam a
administrar a relação de recompensas da empresa com os seus colaboradores, tais como salários de
admissão ou previsão de reajustes, métodos para acompanhamento das práticas de mercado e
procedimentos para concessão de aumentos salariais entre outros.
Elementos de Desenvolvimento
23
A carreira individual é a sucessão de cargos ocupados por uma pessoa em sua vida profissional.
24
Celularização, multifuncionalidade e poucos níveis hierárquicos.
25
O conceito de habilidade é aqui entendido como a capacidade de realizar uma tarefa em conformidade com determinados padrões
exigidos pela organização.
26
Competência é o agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes correlacionados que afeta o desempenho de um
indivíduo.
27
Do Inglês: Turn over
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Elementos de Controle
Sistema de informações - O sistema de informações deve conter os elementos necessários e suficientes
para a geração das informações relativas à tomada de decisões na gestão de pessoas, tais como o
cadastro de pessoal, o cadastro dos cargos, o cadastro das áreas da empresa, o cadastro de remuneração,
o cadastro de benefícios, o cadastro de treinamento, entre outros.
Na seqüência de nosso trabalho, estudaremos com mais detalhes cada um destes elementos.
EXERCÍCIO - 4
Analise a distribuição dos subsistemas da ARH de sua empresa.
1) Em sua empresa, quais dentre os cinco instrumentos gerenciais da ARH são imediatamente identificáveis?
2) Explique, resumidamente, de que forma a sua empresa utiliza os cinco instrumentos da ARH.
3) Identifique os resultados que sua empresa obtém com essa ação política.
4) Dê o seu parecer sobre a atuação da sua empresa na gestão de seus recursos humanos.
TÍTULO I
INTRODUÇÃO
...
Art. 2º Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os
riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.
...
Art. 3º Considera-se empregado toda a pessoa física que prestar serviços de natureza
não- eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
...
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22
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2
2.1. Recrutamento e seleção
Os processos de suprimento variam de uma organização para outra. Enquanto algumas ainda utilizam
processos tradicionais, outras lançam mão de recursos sofisticados e modernos.
Na abordagem moderna predomina o enfoque estratégico. A ação envolve toda a organização (ação macro
orientada) e objetiva a melhoria contínua do capital intelectual da empresa, assim como agregar novos
29
valores aos ativos intangíveis da organização .
Recrutamento de pessoal
Assim como as organizações escolhem as pessoas que desejam, as pessoas escolhem as organizações
para as quais pretendem trabalhar; entretanto, para que esta relação seja possível, é necessário que as
organizações comuniquem ao maior número possível de pessoas as suas oportunidades de trabalho.
Este é o papel do recrutamento: divulgar para o mercado as oportunidades de trabalho que a organização
oferece às pessoas possuidoras de determinadas características desejadas. Por intermédio do
recrutamento a organização (componente do mercado de trabalho) sinaliza para potenciais candidatos
30
(componentes do mercado de RH) a oferta de oportunidades de emprego .
Entende-se por mercado o espaço de transações, trocas, intercâmbios entre aqueles que oferecem e
aqueles que procuram um produto ou serviço. O mecanismo de oferta e procura é a característica de todo
mercado. Sendo assim, o mercado de trabalho é composto pelo conjunto de ofertas de oportunidades de
trabalho nas diversas organizações. O mercado de trabalho é condicionado por diversos fatores, tais como:
28
O processo seletivo é a busca da adequação entre o que a organização pretende e o que as pessoas oferecem.
29
Os processos tradicionais enfatizam a eficiência, enquanto que os processos modernos enfatizam a eficácia.
30
O recrutamento efetua a ligação entre o mercado de trabalho e o mercado de RH.
23
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crescimento econômico, natureza e qualidade dos postos de trabalho, produtividade e inserção no mercado
31
mundial .
Mercado de RH
O mercado de recursos humanos refere-se ao conjunto de candidatos a emprego ou, em outras palavras,
ao contingente de pessoas que estão procurando emprego.
O recrutamento interno atua sobre os potenciais candidatos que já trabalham para a organização
(funcionários) para promovê-los ou transferi-los para outras atividades. O recrutamento externo atua sobre
candidatos que estão fora da organização.
Recrutamento : características
Recrutamento interno Recrutamento externo
Candidatos internos (funcionários) Candidatos externos
Recrutamento dentro da organização Recrutamento no mercado de RH
Candidatos são conhecidos Candidatos são desconhecidos
Oportunidades de carreira Oportunidade de emprego
31
O crescimento econômico é relacionado ao crescimento do emprego.
24
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O recrutamento interno funciona por meio de ofertas de promoções – cargos mais elevados – dentro de
uma mesma área de atividade e de transferências – cargos de mesmo nível – para outras áreas de
atividade dentro da organização. As principais formas de recrutamento externo são:
As organizações estão sempre agregando novas pessoas para integrarem seus quadros. Assim, o
recrutamento torna-se uma atividade de atração, divulgação e comunicação, que objetiva suprir a
organização com candidatos potencialmente capazes de preencher as vagas ou posições de trabalho que a
organização oferece. Tal atividade, entretanto, é norteada para um tipo específico de pessoa: aquela que é
capaz de atender aos requisitos da empresa – técnicos e humanos. Em outras palavras, o perfil do
candidato a ser buscado no mercado de trabalho é função das características técnicas do cargo e das
competências desejadas pela organização.
OBSERVAÇÃO
Estudos recentes feitos pela Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo mostram
que, nos últimos anos, menos de 2% dos atendimentos aos candidatos às vagas oferecidas pelas empresas
paulistas resultam em contratação. Mais de 98% dos candidatos são rejeitados por falta de qualificação.
A seleção de pessoas funciona como um filtro que permite que apenas algumas pessoas possam ingressar
na organização – aquelas que apresentam as características desejadas por esta. Em outras palavras, o
processo de seleção consiste na escolha exata da pessoa certa para o lugar certo na organização. Em
termos mais amplos, a seleção busca, dentre os candidatos recrutados, aqueles que são mais adequados
aos cargos existentes na organização, visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do
pessoal, bem como a eficácia da organização.
É importante observar que a variabilidade humana é enorme: as diferenças individuais, tanto físicas
(estatura, peso, compleição, força, acuidade visual e auditiva, resistência à fadiga, etc.) como psicológicas
(temperamento, caráter, aptidões, habilidades mentais, etc.) levam as pessoas a se comportarem
diferentemente. A estimação dessas variáveis individuais é um aspecto importante no processo de seleção.
Identificar e localizar as características de um candidato requer um razoável conhecimento da natureza
humana e das repercussões que a tarefa impõe à pessoa que irá executá-la. Em geral, essas
33
características individuais estão relacionadas a três aspectos principais :
A execução da tarefa: cada tarefa exige determinadas características humanas para ser realizada –
atenção, concentração, aptidão numérica, aptidão verbal, articulação interpessoal, etc.
32
Capital financeiro pode ser obtido, estratégias podem ser imitadas, produtos podem ser copiados, tecnologia pode ser comprada.
Gente é o que faz a diferença.
33
As características pessoas estão quase sempre relacionadas a tarefas, mas sempre considerando o entorno social e as condições
operacionais existentes. A abordagem sociotécnica, portanto, constitui-se em um importante instrumento para a seleção de
candidatos.
25
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Interdependência com outras tarefas: Uma tarefa, em geral, depende de outras para começar ou
terminar, o que também exige características ou aptidões humanas;
Interdependência com outras pessoas: toda tarefa, em geral, exige contato com outras pessoas, o
que exige características pessoais de colaboração, iniciativa, liderança, comunicação e expressão, etc.
Os padrões ou os critérios de seleção de candidatos devem ser obtidos a partir de informações sobre o
cargo a ser preenchido e/ou as competências desejadas, assim como sobre os candidatos que se
apresentam ao processo. Logo, o ponto de partida para a seleção de pessoal é a obtenção de informações
significativas sobre tais elementos.
As informações sobre o cargo a ser preenchido podem ser obtidas a partir dos seguintes elementos:
As informações sobre o cargo e sobre o perfil desejado para seu ocupante constituem os atributos
necessários ao desempenho da função. Tais atributos definirão quais técnicas de seleção serão
adequadas.
Técnicas de seleção
As técnicas de seleção permitem o levantamento das características pessoais de um candidato por meio de
amostras de seu comportamento e são divididas em cinco categorias:
1. Entrevistas
2. Provas de conhecimento ou capacidade
3. Testes psicológicos
4. Testes de personalidade
5. Técnicas de simulação
As técnicas de simulação são essencialmente técnicas de dinâmica de grupo, agindo no momento presente
e permitindo a análise e o diagnóstico de esquemas comportamentais.
34
Os testes psicológicos são utilizados como uma medida de desempenho e baseiam-se em amostras estatísticas de comparação,
sendo aplicados sob condições padronizadas.
26
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Quando completo, o processo de seleção deve fornecer, além do diagnóstico das condições do candidato,
um prognóstico sobre suas possibilidades futuras em relação à empresa.
TÍTULO II
CAPÍTULO I
Da identificação profissional
Seção I
Art. 13. A carteira de trabalho e previdência social é obrigatória para o exercício de qualquer
emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício, por conta
própria, de atividade profissional remunerada.
...
Seção IV
Das anotações
Art. 29. A carteira de trabalho e previdência social será obrigatoriamente apresentada, contra
recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas
para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se
houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a
serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
...
Seção VI
A integração dos novos colaboradores nas organizações pode acontecer formalmente ou informalmente.
A integração informal coloca o novo funcionário imediatamente em seu cargo com pouca ou nenhuma
atenção especial, enquanto que a integração formal supõe a aplicação de programas específicos de
socialização, integração e orientação. O programa de integração é, na prática, um treinamento inicial
27
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destinado a familiarizar os novos membros com a cultura, a estrutura, os principais produtos e serviços, a
missão e os objetivos da organização. Ele é formulado para que o novo integrante aprenda e incorpore os
valores, normas e padrões de comportamento que a organização considera relevantes para um bom
desempenho. Tais programas podem ser individuais ou coletivos, conforme o número de participantes;
uniforme ou variável, conforme apresente ou não estágios padronizados de transição; seriados ou
randômicos, conforme estabeleçam etapas bem definidas de desenvolvimento; de reforço ou de eliminação,
conforme pretendam incentivar ou eliminar determinados comportamentos do novo participante.
Programa de integração
missão e objetivos globais
políticas e diretrizes
estrutura e unidades organizacionais
Assuntos
organizacionais produtos e serviços
regras e procedimentos internos
procedimentos de segurança no trabalho
arranjo físico e instalações
horários de trabalho e descanso
Benefícios oferecidos dias de pagamento / política salarial
programa de benefícios oferecidos
Relacionamento apresentação aos superiores e colegas
responsabilidades básicas
visão geral do cargo
Deveres do novo
membro tarefas específicas
objetivos do cargo
metas e resultados a alcançar
É bastante comum, também, dar-se ao novo funcionário um manual contendo informações básicas para
sua integração.
Manual do empregado
1.Mensagem de boas vindas 6. Benefícios
2. História da empresa - férias e descanso semanal
3. O negócio da empresa - feriados
4. O funcionário e seu futuro - seguro de vida
5. O que você precisa saber - plano de saúde
- horário de trabalho - plano de seguridade social
- períodos de descanso - serviço social
- ausências - planos educacionais
- registros e controles 7. Informações gerais
- dias de pagamento - sindicato
- prevenção de acidentes - refeitório
- uso dos telefones e e-mail - grêmio recreativo
- supervisão
- local de trabalho
- localização na empresa
As vantagens da aplicação de tais programas são: redução da ansiedade dos novos funcionários, redução
da rotatividade, economia de tempo e ajustamento de expectativas.
28
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1) Com suas palavras, explique por que o processo de Suprimento é considerado uma escolha recíproca.
2) Por que a abordagem tradicional ao processo de Suprimento é dita micro orientada?
3) Por que a abordagem moderna ao processo de Suprimento é dita macro orientada?
4) Com suas palavras, explique o papel do processo de recrutamento.
5) Explique o conceito de mercado.
6) Explique o conceito de mercado de trabalho.
7) Explique o conceito de mercado de R.H.
8) O que pode acontecer quando:
O mercado de Trabalho e o mercado de R.H. estão em oferta?
O mercado de trabalho e o mercado de R.H. estão em procura?
O mercado de trabalho está em oferta e o mercado de R.H. está em procura?
O mercado de trabalho está em procura e o mercado de R.H. está em oferta?
29
Prof. Pedro Henrique Casals
3
3.1. Argumento
“Não é de pouca importância para um príncipe a escolha dos ministros,
os quais são bons ou não, segundo a prudência daquele.
E a primeira conjetura que se faz da inteligência de um senhor,
resulta da observação dos homens que o cercam;
quando são capazes e fiéis, sempre se pode reputá-lo sábio
porque soube reconhecê-los competentes e conservá-los...”
A experiência evidencia que todas as atividades dentro de uma organização têm um considerável impacto
sobre seus resultados, o que torna necessário uma correta abordagem na gestão das pessoas. Não é
possível a uma organização formular, implementar e manter um modelo de gestão ou uma política
empresarial sem uma contribuição efetiva das práticas modernas de administração dos seus recursos
humanos.
A qualidade organizacional ocorre como um todo e vem do grau de interdependência dos membros da
35
organização; logo, os esforços de comprometimento com a organização devem ser vistos como resultado
de um processo de estruturação do trabalho e de uma visão das estratégias transfuncionais e
operacionalização das políticas de Recursos Humanos, orientadas segundo a visão da cúpula estratégica
da empresa.
O trabalho que as pessoas executam na organização depende basicamente de como foi feita a distribuição
das tarefas. Em geral, as tarefas são reunidas em cargos. A estrutura de cargos é condicionada pelo
desenho organizacional em que ela está contida e faz parte do formato estrutural da organização. Quanto
mais a estrutura organizacional for maleável e flexível, tanto mais os cargos serão mutáveis.
O conceito de cargo
35
É importante, aqui, destacar a diferença entre compromisso, associado ao discurso, e comprometimento, associado à ação.
30
Prof. Pedro Henrique Casals
Desenho de cargos
Cada cargo exige certas competências de seu ocupante. O desenho de cargos é o processo de organizar o
trabalho através das tarefas e das competências necessárias para atender às necessidades da
empresa.Em outras palavras, o desenho de um cargo é a especificação dos requisitos pessoais de seu
ocupante, em função do conteúdo, dos métodos de trabalho e das relações com os demais cargos.
Descrever um cargo significa relacionar o que seu ocupante faz, como faz, sob quais condições faz e por
que faz. A descrição do cargo é um retrato do seu conteúdo e suas principais responsabilidades.
Analisar um cargo corresponde a detalhar o que esse cargo exige de seu ocupante em termos de
conhecimentos, habilidades e capacidades para que este possa desempenhá-lo adequadamente. A análise
é feita a partir da descrição do cargo e procura determinar os requisitos físicos e mentais que o ocupante
deve possuir, as responsabilidades que o cargo impõe e as condições ambientais em que o trabalho deve
ser feito.
Aptidões, experiência, concentração,
Requisitos mentais
conhecimentos e instrução.
Na prática, os dados para a descrição e análise de um caro são coletados a partir de entrevistas
(individuais ou grupais), aplicação de questionários ou observação local.
31
Prof. Pedro Henrique Casals
A descrição e análise dos cargos funciona como um mapa do trabalho realizado dentro da empresa. Um
programa de descrição e análise de cargos fornece subsídios para o recrutamento e seleção de pessoas,
para a identificação de necessidades de treinamento e elaboração de seus respectivos programas, para a
avaliação de cargos e critérios salariais e avaliação de desempenho.
36 37
A avaliação do desempenho é uma questão constante na vida das organizações. Elas estão sempre
compelidas a avaliar os mais diferentes desempenhos: financeiro, técnico, operacional e, principalmente, o
38
desempenho humano . Em um mercado competitivo, não há tempo para remediar-se um desempenho
insatisfatório. O desempenho humano precisa ser excelente em todos os momentos para que a
organização sobreviva. Assim, ela constitui uma parte fundamental do planejamento de RH.
O desempenho humano é contingencial. Varia de pessoa para pessoa e conforme a situação. O valor das
recompensas e a percepção de que as recompensas dependem de esforço determinarão a quantidade de
esforço que uma pessoa se disponha a fazer. Por outro lado, o esforço individual depende das habilidades
e capacidades de cada um e de sua percepção do papel a ser desempenhado.
As atuais tendências das teorias administrativas colocam a avaliação de desempenho como um processo
menos centrado em instrumental técnico e mais no pleno desenvolvimento de um ambiente no qual os
empregados possam ter um relacionamento e interação espontânea, honesta e de plena confiança. O que
torna a avaliação de desempenho muito mais uma questão de atitude do que de técnica.
Para que a missão e os objetivos de uma empresa venham a ser realizados e para que a satisfação dos
seus clientes resulte em um contínuo crescimento no mercado, ela precisa maximizar os recursos:
Financeiros;
Administrativos;
Tecnológicos;
Mercadológico;
Produtivos;
Informacionais.
36
Avaliação: verificação e comparação dos resultados alcançados pelos funcionários, em um dado momento, com os padrões e
critérios de desempenho estabelecidos.
37
Desempenho: é a atuação esperada dos empregados, de acordo com padrões e critérios predefinidos.
38
Esta parte do segundo capítulo foi baseada nos livros “Talentos Humanos : a fonte do sucesso empresarial”de Nara Silveira e
Ivan Lopes Silveira (Edições SEBRAE, 2004) e “Como aprimorar a gestão de pessoas” de Robert Heller (Edições Publifolha, 2000).
39
Padrões de desempenho: são as especificidades dos resultados a serem obtidos conforme os objetivos estratégicos da empresa.
32
Prof. Pedro Henrique Casals
desempenho dos funcionários mantenha-se sempre em níveis consistentes com os objetivos estratégicos
da organização.
A cultura organizacional;
O estilo gerencial;
A qualificação profissional;
As características individuais.
Para que uma avaliação de desempenho possa servir como instrumento para gerar satisfação e ações
positivas na busca pela qualidade, produtividade e da consecução dos objetivos estratégicos da empresa é
preciso observar algumas etapas em sua formulação:
Atualmente, um método que está sendo bastante difundido é a técnica da avaliação 360 graus. Esse
método é também conhecido como feedback com múltiplas fontes. Trata-se de uma forma de avaliação na
qual os participantes do processo (avaliados) recebem simultaneamente avaliação de seus superiores,
colegas, subordinados, outros colaboradores da empresa, bem como clientes e fornecedores (internos ou
externos), assim como efetuam uma auto-avaliação. Os resultados dessas avaliações são, então,
ponderados com o avaliado para definição de um plano de desenvolvimento pessoal e profissional do
41
avaliado, de forma a que este possa dar continuidade aos objetivos da empresa .
40
As metas devem ser traduzidas em números para que os funcionários possam acompanhar seu desenvolvimento e realização.
41
Recomenda-se a utilização de um mínimo de três pessoas (ou avaliadores) de cada fonte de feedback, para garantir-se o
anonimato e a ponderação das avaliações.
33
Prof. Pedro Henrique Casals
Caso alguma das respostas a estas perguntas seja “NÃO”, é necessário que o gestor reveja seus critérios
de avaliação de desempenho.
Dica
Estabeleça mudanças graduais em áreas identificadas como de baixo moral ou desmotivadas.
Dê nomes inspiradores aos projetos de mudança.
Cheque o moral da equipe.
Peça informações à equipe sobre as falhas do sistema.
Altere as mudanças que não estejam obtendo os resultados esperados – aborte o processo, se
necessário.
Estimule mais os que apresentam menores níveis de desempenho.
Atributos pessoais
Alguns atributos pessoais têm sido bastante valorizados pelas empresas, atualmente. Outros estão
em baixa e têm sido evitados.
34
Prof. Pedro Henrique Casals
42
O desenvolvimento de pessoas está diretamente relacionado com o desenvolvimento de suas carreiras .
O plano de carreira pressupõe o desenvolvimento profissional gradativo para a ocupação de cargos mais
elevados e complexos; assim, o planejamento de carreira é um processo formalizado e sequencial que
focaliza o desenvolvimento futuro dos empregados que têm potencial para ocupar cargos mais elevados.
O planejamento de carreira torna-se efetivo à medida que a organização consegue integrar o processo com
os demais programas de RH, como a avaliação de desempenho e treinamento e desenvolvimento. Nas
modernas organizações, esse planejamento busca abranger tanto as necessidades da organização como
das pessoas envolvidas.
1) Centros de avaliação e testes psicológicos: utilizam técnicas de seleção de pessoal para atuar
sobre as forças e fraquezas dos candidatos na compreensão de suas habilidades, ajudando-os a
desenvolver objetivos e planos de carreira realísticos.
2) Avaliação de desempenho: valiosa fonte de informações para o desenvolvimento de carreiras
Geralmente, os programas de trainee estão voltados para universitários, recém formados ou nos últimos
períodos da formação escolar.
Curiosidade
Em 1927, o psicólogo Elton Mayo descobriu que o ânimo aumenta a cada mudança das condições de trabalho.
Além disso, o índice de absenteísmo cai durante os períodos de transformação.
Mayo concluiu que as pessoas ficam mais atentas – participar de algo que se crê positivo aumenta o interesse,
o espírito de equipe e a auto-estima.
Estabeleça suas próprias metas. Defina aonde você pretende estar daqui a um, três e cinco anos.
Defina quais conhecimentos e experiências ajudarão a realizar seus planos e busque-os.
Determine quais habilidades você precisará obter para realizar suas metas e em quanto tempo você irá
desenvolvê-las.
Estabeleça marcos que possam ajudá-lo a verificar seu progresso.
42
Entende-se por carreira à sucessão ou sequência de cargos ocupados por uma pessoa ao longo de sua vida profissional.
43
Conhecido como Leadership Continuity Program (LCP).
35
Prof. Pedro Henrique Casals
1) Em um contexto de competição acirrada, o que justifica, na sua opinião, a contratação de uma pessoa
em uma empresa?
2) Qual a relação existente entre a qualidade empresarial e o grau de interdependência dos membros da
organização?
3) Explique o conceito de desenho organizacional.
4) Explique o conceito de cargo.
5) Explique o conceito de desenho de cargo.
6) Explique o conceito de descrição de cargo.
7) Explique o conceito de análise de cargo.
8) No processo de descrição de um cargo, qual é o significado de:
Requisitos mentais.
Requisitos físicos.
Responsabilidades do cargo.
Condições de trabalho.
36
Prof. Pedro Henrique Casals
4
4.1. Argumento
“O ódio não converte ninguém.
Uma coisa é um Deus que se teme, outra coisa é um Deus que se ama.
E não há nada mais próximo do ódio que o amor dos humildes pelos poderosos,
O culto dos oprimidos pelos opressores.”
Sabemos que um processo produtivo torna-se viável quando envolve a participação coordenada de
44
diversos e diferentes parceiros , cada qual contribuindo com algum tipo de esforço ou recurso. Os
fornecedores contribuem com matérias primas, tecnologia ou serviços diversos. Os investidores e
acionistas contribuem com capital e créditos que possibilitam a aquisição dos recursos produtivos. Os
empregados contribuem com seus conhecimentos, capacidades e habilidades na execução de trabalhos
diversos. Os clientes contribuem adquirindo os produtos e pagado por eles. Cada um desses parceiros da
organização contribui com alguma coisa, na expectativa de obter algum retorno por sua contribuição.
Assim, percebemos que as pessoas trabalham nas empresas em função de determinadas expectativas e
resultados. Elas se dispõe a realizar um trabalho buscando atingir metas e objetivos da organização à
medida que isto lhes proporcione um retorno significativo por seu esforço. Em outras palavras, podemos
afirmar que o comprometimento das pessoas com seu trabalho e, consequentemente, com a organização
depende do grau de reciprocidade percebido por elas.
Na prática, o salário representa a principal forma de recompensa da organização para seus funcionários.
Por definição, salário é uma contraprestação pelo trabalho de uma pessoa na organização. Em troca de
dinheiro (elemento simbólico e intercambiável), a pessoa empenha sua capacidade e esforço,
comprometendo-se com a realização de uma atividade cotidiana e a observação de um padrão de
desempenho na organização.
“IV – salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada
sua vinculação para qualquer fim;.”
Uma estrutura salarial é um conjunto de faixas salariais relacionado com os diferentes cargos existentes
na organização. O estabelecimento e a manutenção de estruturas salariais equitativas e justas implica
estabelecer-se duas formas de equilíbrio:
Equilíbrio interno: consistência interna entre os salários em relação aos cargos da própria
organização.
Equilíbrio externo: consistência dos salários em relação aos cargos equivalentes em outras
organizações que atuam no mercado de trabalho.
44
Do Ingles: Stakeholders.
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O equilíbrio interno é obtido por meio de um processo de classificação e avaliação de cargos, realizado por
meio de programas de descrição e análise de cargos, enquanto que o equilíbrio externo é obtido por meio
de pesquisas salariais. Com essas informações, externas e internas, a empresa pode definir sua política
salarial, de forma normalizar os processos de remuneração de pessoal.
Na prática, utilizam-se de alguns critérios para o delineamento de uma política salarial, tais como:
Equilíbrio interno versus equilíbrio externo: A equidade interna obedece ao princípio de fixar
salários de acordo com a contribuição que cada funcionário intercambia com a organização
(princípio da justiça distributiva), enquanto que a equidade externa obedece ao modelo do mercado
de trabalho, o qual fixa os salários conforme as ocupações similares das diversas organizações de
mesmo ramo de atividade.
Remuneração fixa versus remuneração variável: a remuneração pode ser paga em função de
uma base fixa de salários mensais ou por hora, ou pode variar conforme critérios previamente
definidos, como metas e lucro da organização.
Desempenho ou tempo de casa: a remuneração pode enfatizar o desempenho, quando o ganho
dos funcionários depende de contribuições individuais ou grupais, ou pode enfatizar o tempo de
casa do funcionário (ou ambos).
Remuneração do cargo ou remuneração da pessoa: a remuneração pode focalizar o quanto um
específico cargo contribui para os valores da organização ou como os conhecimentos e habilidades
de uma específica pessoa contribuem para o cargo ou para a organização.
Igualitarismo ou elitismo: a remuneração pode incluir o maior número possível de funcionários
sob o mesmo sistema de remuneração ou pode estabelecer diferentes planos, conforme os níveis
hierárquicos ou grupos de funcionários.
Remuneração abaixo, na média ou acima do mercado: Esta escolha afeta os custos
operacionais da organização e influi sobre o nível de satisfação dos funcionários.
Prêmios monetários ou prêmios não-monetários: Os prêmios monetários, em geral, enfatizam a
responsabilidade e o alcance individual de objetivos, enquanto os prêmios não-monetários reforçam
o comprometimento com a organização.
Remuneração aberta ou confidencial: os funcionários poderão ter acesso às informações sobre
as remunerações pagas pela empresa e como as decisões salariais são tomadas ou esse
conhecimento será mantido sob sigilo?
Centralização ou descentralização das decisões salariais.
As políticas de remuneração devem ser definidas para atingir aos seguintes objetivos:
Na prática, as políticas salariais nas empresas privilegiam mais ou menos a cada um destes objetivos.
Para assegurar o equilíbrio interno dos salários, parte-se dos processos de avaliação e classificação dos
cargos, técnicas tradicionais para a definição de uma estrutura salarial com base em comparações
sistemáticas e consistentes.
A avaliação de cargos é o processo pelo qual aplicam-se critérios de comparação entre os cargos de forma
obter-se uma valoração relativa, interna, dos salários pagos aos diversos cargos; enquanto que a
classificação de cargos é o processo de comparação de seu valor relativo, de forma estabelecer-se uma
hierarquia de classes, que pode ser utilizada como base para a definição dos salários.
Em outras palavras, podemos dizer que, enquanto a avaliação de cargos procura fixar o valor relativo de
cada cargo dentro da organização, a classificação de cargos arruma seus respectivos salários em uma
estrutura integrada e coesa, a partir de faixas salariais, dispostas em ordem gradativa de valores.
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Existem quatro principais métodos de avaliação de cargos, todos são eminentemente comparativos:
45
Método de escalonamento simples : este método consiste em dispor os cargos em uma lista ordenada,
crescente ou decrescente, em relação a um critério pré-determinado o qual funciona como um padrão de
46
comparação – complexidade, importância, responsabilidade, etc. Na prática, este método implica uma
comparação cargo a cargo e depende de uma bem montada e documentada estrutura de descrição e
análise de cargos.
47
Método de categorias pré-determinadas : Este método requer a divisão e separação dos cargos em
categorias pré-determinadas. Por exemplo: cargos não-qualificados, cargos qualificados e cargos
especializados. Após a determinação das características de cada categoria, aplica-se o método de
escalonamento a cada cargo, independentemente, conforme tais características.
48
Método de comparação por fatores : trata-se de uma técnica analítica pela qual os cargos são avaliados
e comparados a partir de fatores de avaliação ou de especificação definidos – requisitos físicos, requisitos
mentais, habilidades requeridas, responsabilidade, condições de trabalho, etc. Este método requer a
construção de escalas de comparação de cargos e fatores.
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Método de avaliação por pontos : Este é um dos métodos de avaliação de cargos mais usado no
mundo. Consiste na comparação de fatores de avaliação com valores determinados (pontos) atribuídos a
cada aspecto do cargo, de forma obter-se um valor total.
A partir das descrições e análises dos cargos são definidos os fatores de avaliação, aos quais são
atribuídos uma graduação ponderada a partir da qual determinam-se os pontos. Isto leva à definição de um
processo de avaliação que, na prática, é documentado em um manual de avaliação, o qual funciona como o
conjunto de todas as escalas de pontos a serem utilizadas pelo avaliador.
Pesquisa salarial
A pesquisa salarial baseia-se em amostras de cargos (benchmark jobs) que representam os demais cargos
da organização e em amostras de empresas que representam o mercado de trabalho. Os cargos
amostrados devem:
Localização geográfica;
Ramo de atividade;
Porte;
Política salarial.
45
Job ranking.
46
Algumas organizações preferem substituir o critério de comparação por cargos de referência (benchmark jobs).
47
Job classification.
48
Factor comparission.
49
Point rating.
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Encargos sociais
Encargos sociais são o conjunto de obrigações trabalhistas que devem ser pagas pela empresa, mensal ou
anualmente, além do salário do empregado. De um modo geral, os encargos sociais acarretam uma
despesa a mais em relação ao salário de cada empregado.
O salário pago em função do cargo ocupado representa apenas uma parcela do pacote de recompensas
que uma organização oferece a seu pessoal. Considerável parte dessa remuneração é feita por intermédio
da oferta de benefícios e serviços sociais aos funcionários.
Definições de benefícios
Benefícios sociais são as facilidades, conveniências, vantagens e serviços sociais que a empresa oferece
aos seus empregados com o objetivo de poupar-lhes esforços e preocupações. Constituem a chamada
remuneração indireta concedida a todos os empregados como uma condição de emprego,
independentemente do cargo que ocupam, em conjunto com a chamada remuneração direta, que é o
salário específico de cada cargo.
Benefícios são utilizados para atrair novos funcionários e mantê-los na empresa. Além disso, os benefícios
e serviços prestados pela organização aos seus colaboradores influenciam poderosamente o grau de
qualidade de vida na organização.
Os benefícios e serviços sociais incluem uma variedade de facilidades e vantagens oferecidas pela
organização e estão intimamente relacionados com aspectos de sua responsabilidade social. Os
benefícios, hoje, fazem parte dos atrativos com que as organizações retêm os seus talentos.
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Os planos de benefícios sociais foram inicialmente orientados por uma perspectiva paternalista e unilateral,
justificada pela preocupação em reter pessoal e reduzir a rotatividade. Hoje, os programas de benefícios
são intensamente discutidos e avaliados quanto a seus propósitos, custos e valores.
Os benefícios podem ser classificados como legais ou espontâneos, conforme sua exigibilidade legal.
Benefícios legais são aqueles exigidos pela legislação trabalhista ou previdenciária, ou ainda por
convenção coletiva com sindicatos. Os principais benefícios legais são:
Férias
Décimo terceiro salário
Aposentadoria
Seguro de acidentes no trabalho
Auxílio doença
Salário família
Salário maternidade
Os benefícios espontâneos são concedidos por mera liberalidade das empresas, posto que não são
exigidos nem por lei nem por negociação coletiva. São também chamados de benefícios marginais ou
50
voluntários . Eles incluem:
Gratificações
Refeições subsidiadas
Transporte subsidiado
Seguro de vida em grupo
Empréstimos financeiros
Assistência médico-hospitalar diferenciada
Assistência odontológica
Complementação de aposentadoria
Escala móvel ou flexível de trabalho...
Os benefícios podem, ainda, ser classificados quanto à sua natureza como monetários ou não-monetários e
quanto a seus objetivos como benefícios assistenciais, recreativos ou supletivos. Cada organização oferece
um pacote de benefícios que é definido de acordo com critérios próprios e específicos.
50
Fringe benefits
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Geralmente, o pacote de benefícios é definido buscando-se uma adequação ao perfil dos funcionários e
das suas atividades. Os benefícios e serviços oferecidos aos funcionários objetivam satisfazer a vários
propósitos individuais, econômicos e sociais, conforme:
1. Objetivos individuais: procuram atender às necessidades das pessoas, proporcionando uma vida
pessoal, familiar e de trabalho mais tranqüila e produtiva. Visam proporcionar condições para que
cada pessoa possa desligar-se das preocupações cotidianas e concentrar-se em seu próprio
trabalho.
2. Objetivos econômicos: funcionam como elemento de atração e de retenção de pessoas.
Basicamente objetivam:
a. Reduzir a fadiga física e psicológica das pessoas
b. Apoiar o recrutamento de pessoal e atrair pessoas
c. Reduzir a rotatividade de pessoal
d. Reduzir o absenteísmo
e. Melhorar a qualidade de vida das pessoas
f. Minimizar o custo das horas trabalhadas
3. Objetivos sociais: Buscam preencher as lacunas, deficiências ou carências da previdência social,
do sistema educacional e dos demais serviços prestados pelo govêrno (trasporte, segurança, etc.).
Para atender a um ou mais destes objetivos, as políticas de benefícios são formuladas para apoiar o
funcionário em três diferentes áreas:
1. No exercício do cargo;
2. Fora do cargo mas dentro da organização;
3. Fora da organização.
Assim, enquanto o salário está diretamente associado ao cargo, os benefícios estão associados ao fato da
pessoa trabalhar na organização.
LEI Nº 8.036 DE 11 DE MAIO DE 1990: Dispõe sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) e dá outras providências.
LEI Nº 10.101 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000: Dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos
lucros e resultados da empresa e dá outras providências.
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5 equipe
5.1. Argumento
“Teodomiro combatia à frente de suas tiufadias
onde mais aceso ia ser o travar da batalha,
sem, todavia, esquecer o ofício de capitão.
Era isto;
era o exemplo que tornava invencíveis os seus soldados..”
Não é raro gerentes acreditarem que seu trabalho obedece a uma diretriz fixa, definida pela alta
administração, e que, uma vez realizado, suas responsabilidades estariam encerradas. Entretanto, os
gerentes precisam compreender (e acreditar) que não há especificações ou metas fixas e que tudo pode (e
deve) ser melhorado. Eles devem ter uma clara visão do significado de cada meta, para serem capazes de
desenvolver um sólido comprometimento com o sucesso e de poder explicar aos demais funcionários os
objetivos da organização e como a estratégia definida é decisiva.
É muito comum pensar-se na organização como o conjunto formado pelas instalações físicas, produtos ou
serviços, normas, escritórios… nada disto, porém, funciona sem o elemento humano. São as pessoas
quem, na realidade, compõem a existência da organização. Assim, o administrador deve compartilhar com
elas o compromisso pelo sucesso do empreendimento. O elemento inicial mais importante para o sucesso
em uma organização é a crença do administrador em que, com a participação de todos, os problemas
serão superados.
A maioria dos fracassos na implementação de medidas gerenciais pode ser creditado à ausência de
confiança dos funcionários nas novas diretrizes, como também à ausência de comprometimento da alta
gerência com suas propostas. Para a implantação efetiva de qualquer estratégia, é necessário um esforço
coordenado e abrangente de todos. É importante que o administrador dê a todos os funcionários a
oportunidade de compreender a nova visão orientadora da empresa. Somente desta maneira eles poderão
assumir sua parte no compromisso pelo sucesso.
As pessoas sem poder de mando dentro de uma empresa são, em geral, as mais perceptivas em relação
às atitudes da alta administração e devem sempre ser consideradas como parte fundamental de um
desempenho positivo. Para os gerentes e supervisores controlarem a tendência à inércia, eles deverão
conhecer a estratégia da organização e, além disto, possuir autonomia para assumir riscos e tentar novos
métodos. Eles devem tornar-se um exemplo para seus funcionários e, para isto, acreditar que o sucesso da
organização começa pela mudança nos conceitos e nas ações, acreditar que o sucesso começará a partir
deles mesmos. Principalmente, os gerentes devem buscar desenvolver em seus funcionários o orgulho
pelos produtos e serviços que eles produzem e pela empresa, porque eles são os elementos com maior
influência sobre os resultados do cotidiano (de curto prazo), pois estão muito mais perto dos problemas e
de suas soluções. Se a gerência não for capaz de transmitir os objetivos estratégicos e as expectativas
específicas, os funcionários não serão capazes de desenvolver todo o seu potencial produtivo para a
realização das metas.
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Desenvolver pessoas não se limita a dar-lhes informação para aprendizado de novos conhecimentos,
habilidades e destrezas para que elas se tornem mais eficientes, mas também dar-lhes formação básica
para que elas aprendam novas atitudes, soluções, idéias, conceitos e que modifiquem seus hábitos e
comportamentos e se tornem mais eficazes.
COMPLEMENTO
Em recente pesquisa, promovida pela UNESCO e pelo Banco Mundial, foram apontados os quarto pilares para
a Educação no século XXI. São eles:
A partir desse estudo, o pesquisador colombiano Bernardo Toro elaborou um trabalho intitulado “Os códigos
da modernidade – competências mínimas para a formação do cidadão do século XXI”.
O conceito de treinamento tem evoluído ao longo das últimas décadas. O treinamento, inicialmente, era
considerado como um meio para adequar as pessoas a seus cargos e desenvolver a força de trabalho da
organização. Até recentemente, o treinamento era entendido como o processo pelo qual a pessoa era
51
preparada para desempenhar de maneira excelente as tarefas específicas de seu cargo . Modernamente,
o treinamento é considerado como um meio de desenvolver competências nas pessoas para que elas se
tornem mais produtivas, criativas e possam contribuir melhor para a obtenção dos objetivos
52
organizacionais, tornando-se cada vez mais valiosas .
Assim, treinamentos podem ser aplicados para transmitir informações, aumentando o conhecimento das
pessoas; desenvolver habilidades, melhorando habilidades e destrezas; desenvolver atitudes,
desenvolvendo ou modificando comportamentos; desenvolver conceitos, elevando o nível de abstração,
fazendo com que as pessoas raciocinem em termos mais amplos.
Processo de treinamento
O treinamento é um processo cíclico, composto pelas seguintes etapas:
51
Por definição, treinamento é o processo de ensinar aos empregados as habilidades básicas de que eles necessitam
para melhor desempenharem seus cargos.
52
Sob este aspecto, podemos diferenciar o treinamento do desenvolvimento pessoal, porque o treinamento é focalizado
no momento presente, enquanto que o desenvolvimento focaliza os cargos a serem futuramente ocupados na
organização e as novas capacidades e habilidades que serão requeridas.
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Necessidades de treinamento são as carências de preparo profissional das pessoas, isto é, a diferença
entre o que uma pessoa deveria saber e fazer e aquilo que ela realmente sabe e faz. Assim, uma
necessidade de treinamento é uma área de informação ou habilidade que um indivíduo ou grupo de
indivíduos precisa desenvolver para melhorar sua efici6encia, eficácia e produtividade no trabalho. O
levantamento das necessidades de treinamento normalmente é feito a partir de quatro níveis de análise,
segundo:
Para a obtenção do sucesso não é suficiente ter-se um bom plano, mesmo que bem formulado. É
imprescindível que todos os envolvidos em sua execução tenham condições para compreendê-lo e julgá-lo
importante. É absolutamente indispensável que acreditem no programa e passem a operacionalizá-lo com a
convicção de que participam de um esforço que trará resultados positivos. Esse processo não pode ocorrer
de forma desvinculada do meio onde está inserida a organização, isto é, não pode ser desvinculado da
coletividade e da relação do comprometimento de cada um de seus participantes. A questão do
53
comprometimento de uma organização com uma meta ou objetivo está presente nos trabalhos de
diversos autores das mais diferentes áreas.
Assim, por estar profundamente relacionada a questões culturais, o desenvolvimento das pessoas deverá
pautar-se por uma abordagem adequada às contingências do processo de mudança organizacional e dar-
se-á por meio da criação de condições para a re-educação dos membros da organização de forma
planejada e intencional, embora não-impositiva. Sob este aspecto, a manutenção de uma postura proativa,
segundo uma visão de longo prazo e em consonância com os objetivos da organização, com forte apelo ao
consenso e à participação de todos será fundamental para a disseminação de uma cultura da qualidade e
para a redução de possíveis focos de conflito dentro da empresa.
53
Faz-se necessário, porém, estabelecer a diferença entre compromisso - do latim compromissu : acordo político, convenção, ajuste,
pacto, obrigação ou promessa - e comprometimento , que é a ação ou o fato de comprometer-se - do latim compromittere : assumir
responsabilidade, obrigar-se, expor, arriscar, aventurar - em outras palavras, estabelecer, por analogia, a relação entre discurso e
ação.
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Capacidade de percepção varia de pessoa para pessoa. A multiplicidade de percepções deve ser
aceita como natural.
A resistência à mudanças é um processo natural e como tal deve ser entendida. Qualquer mudança
introduzida atingirá não somente aos aspectos materiais, mas às relações sociais na organização e o
sucesso de sua implantação dependerá da capacidade de articulação dos gestores. A resistência à
mudança será maior se as pessoas forem obrigadas a mudar, deve-se buscar a participação e o
comprometimento das pessoas. Essa resistência será tão maior quanto a mudança projetada atingir
estruturas e lideranças informais.
Algumas mudanças ferem profundamente os hábitos e costumes das pessoas na organização. Deve-
se buscar o consenso.
A má comunicação conduz a mal-entendidos, gera medo, incerteza e insegurança geral.
O desenvolvimento de gestores
Nos dias de hoje, as rápidas mudanças nas organizações exigem que gestores recriem a cada instante as
concepções de modelos e controles organizacionais. Uma das dimensões desse processo passa pela
conscientização das pessoas, pela obtenção de responsabilidade e comprometimento dos indivíduos com a
realização dos projetos organizacionais. Assim, a constante negociação social e a criatividade permanente,
devem substituir a submissão a padrões gerenciais obsoletos. A permanente atitude crítica deve substituir o
conformismo passivo. As relações profissionais passam a ser baseadas na ética, no respeito e na procura
do bem comum, em substituição ao conformismo e ao descomprometimento com a evolução e bem-estar
social. Por estas razões, o desenvolvimento de gestores, hoje, focaliza novas competências, as quais vão
muito além dos conceitos técnicos apreendidos em uma formação técnica específica. São eles:
Tal processo de análise passa, necessariamente, pela identificação dos principais atores e dos principais
acontecimentos antecedentes à crise de forma obter-se uma indicação segura dos sentidos, articulações e
forças, assim como delineamento de tendências, permitindo uma percepção mais nítida da trama de
relações, das causas da crise e do cenário onde esta ocorre, visto que tais situações apresentam sentidos
e dinâmicas nem sempre claros, mas com uma lógica peculiar. É preciso compreender o encadeamento, as
articulações e os sentidos comuns dos acontecimentos. O cenário de uma situação de crise modifica-se
conforme seu desenvolvimento. Cada momento apresenta particularidades com influencia sobre os rumos
da situação e, geralmente, as mudanças no cenário indicam mudanças no processo. Somente quando o
gestor conhece a conjuntura de uma situação de crise é que ele poderá determinar uma estratégia para a
sua efetiva superação.
Responsabilidade social
A globalização e a aceleração da taxa de inovações tecnológicas impõem às organizações preparar seus
gestores para integração com os padrões globais de produção de bens e serviços. Indiscutivelmente há
uma concordância sobre a necessidade de mudanças, de encontrar-se um modelo mais apropriado para o
gerenciamento dessas organizações, que possibilite a introdução de uma prática de prestação de contas a
seus usuários - clientes e financiadores. Isto faz com que seja percebida a necessidade de uma postura
ética
54
No âmbito de nossos estudos, definimos como situação-problema a todo acontecimento que requer a ação ou intervenção
gerencial.
55
Em resumo: avaliar problemas implica a busca de suas origens – causas; enquanto que avaliar cenários implica a busca por
tendências e inter-relações.
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Isto coloca o gestor, cada vez mais, diante de decisões morais. Ele defronta-se com desafiantes pressões
por melhores resultados econômicos, sem abandonar o aspecto social, operando em um ambiente de
acirrada concorrência. Assim, seu maior desafio consiste, precisamente, na manutenção do apoio e do
compromisso de sua gestão em transformar a ação social em mais um elemento na composição do
cotidiano.
Em outras palavras: a forma como uma organização se vê determina como ela interagirá com o meio
ambiente. Neste processo interativo estará definida a sua permanência ou não no mercado. Isto porque as
pessoas estão cada vez mais conscientes de sua importância como clientes de uma organização, a quem
cabe buscar a maximização de sua capacidade em atender às demandas de seus clientes, assim como
detectar as maneiras pelas quais os hábitos, expectativas e percepções desses clientes se modificam. Sob
este aspecto, a cultura de uma organização impacta, significativamente, sobre o seu desempenho e
constitui-se um elemento primordial na manutenção do fluxo de comunicações em seu sistema de
informações internas.
Como está profundamente inserido neste cenário cultural, o gestor deverá pautar-se por um
comportamento adequado às características dessa cultura organizacional de forma poder criar condições
para a reeducação dos membros da organização de forma planejada e intencional, embora não-impositiva.
Sob este aspecto, a manutenção de uma postura proativa, em consonância com os objetivos da
organização, com forte apelo ao consenso e à participação de todos será fundamental para a redução de
possíveis focos de conflito dentro da empresa.
O gestor deve compartilhar com as pessoas o compromisso pelo sucesso do empreendimento. O elemento
inicial mais importante para o sucesso em uma organização é a crença do gestor em que os problemas
poderão ser superados com a participação de todos.
A maioria dos fracassos na implementação de medidas gerenciais pode ser creditado à ausência de
confiança dos funcionários nas novas diretrizes, como também à ausência de comprometimento da alta
gerência com suas propostas. Para a implantação efetiva de qualquer estratégia, é necessário um esforço
coordenado e abrangente de todos. É importante que o administrador dê a todos os funcionários a
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oportunidade de compreender a visão orientadora da empresa. Somente desta maneira eles poderão
assumir sua parte no compromisso pelo sucesso.
As pessoas sem poder de mando dentro de uma empresa são, em geral, as mais perceptivas em relação
às atitudes da alta administração e devem sempre ser consideradas como parte fundamental de um
desempenho positivo. Para os gerentes e supervisores controlarem a tendência à inércia, eles deverão
conhecer a estratégia da organização e, além disto, possuir autonomia para assumir riscos e tentar novos
métodos. Eles devem tornar-se um exemplo para seus funcionários e, para isto, acreditar que o sucesso da
organização começa pela mudança nos conceitos e nas ações, acreditar que o sucesso começará a partir
deles mesmos.
Principalmente, os gerentes devem buscar desenvolver em seus funcionários o orgulho pelos produtos e
serviços que eles produzem e pela empresa, porque eles são os elementos com maior influência sobre os
resultados do cotidiano (resultados de curto prazo) pois estão muito mais perto dos problemas e de suas
soluções. Se a gerência não for capaz de transmitir os objetivos estratégicos e as expectativas específicas,
os funcionários não serão capazes de desenvolver todo o seu potencial produtivo para a realização das
metas.
A constância de propósitos é outro fator importante para o sucesso. Os esforços não podem ser cancelados
apenas porque as mudanças não se processaram de imediato e, mesmo quando a solução adotada
apresente resultados em curto prazo, a busca de soluções efetivas para os problemas empresariais deve
ser feita segundo um projeto de longo prazo.
Finalmente…
É muito comum, quando as organizações deparam-se com um mercado globalizado e complexo, a busca
pelo guru - o ente milagroso - ou pela técnica administrativa revolucionária, capaz de resolver todos os
problemas da organização em um passe de mágica. Contudo, o sucesso e a superação de problemas em
uma empresa não constituem uma questão de genialidade, mas sim de trabalho árduo, iniciado pelo
diagnóstico, análise e pela aceitação de que a realização de objetivos e o crescimento exigem seriedade de
pensamentos e ações.
É difícil definir o perfil ideal para um administrador ou quais habilidades, valores e estilos seriam as mais
indicados para conduzir uma organização ao sucesso. Entretanto, alguns pontos devem ser considerados
na formação de um gestor bem-sucedido :
Antes de qualquer coisa, o gestor deve aprender a analisar a conjuntura da organização e as causas
dos problemas.
O gestor também precisa adquirir competência em:
Focalizar. Normalmente, há uma boa variedade de soluções para qualquer problema; entretanto,
é preciso fazer a arriscada e controversa escolha de apenas uma alternativa. Do contrário, nada
será realizado.
Não acreditar em “milagres”. Não existe administração sem riscos, assim como não existem
“soluções milagrosas” para situações problemáticas. Somente o esforço coordenado de todos os
participantes da organização será capaz de solucionar problemas.
Assumir sua parte nos problemas. O gestor deve ser o verdadeiro líder do movimento pela
superação das crises. Seu compromisso sincero e integral com a empresa deverá transparecer
para os funcionários.
Não perder tempo administrando detalhes. As tarefas de um gestor já são o suficiente para uma
pessoa enérgica e organizada. Não há tempo para ser perdido com “micro-gerenciamento”, assim,
deve-se aprender a delegar os detalhes a quem melhor possa cuidar deles. Compete ao gestor
definir claramente as atribuições e responsabilidades de cada pessoa.
O gestor deve estar pronto para enfrentar desafios profissionais e nunca levar as situações para o
campo pessoal, do contrário, estará exaurido rapidamente.
O gestor deve aprender a reconhecer boas oportunidades. Uma situação de crise não obedece a
uma seqüência previsível de acontecimentos. A cada instante surgem obstáculos e oportunidades,
portanto, o gestor deve estar sempre pronto a responder à pergunta: O que está acontecendo
agora que pode nos ajudar a criar o futuro?
Gerir requer inteligência, mas, acima de tudo, requer consciência, tenacidade e equilíbrio emocional.
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Prof. Pedro Henrique Casals
Remunerar as pessoas pelo seu trabalho nem sempre é o bastante. Isso é necessário, mas não o
suficiente. É preciso incentivá-las, continuamente, a fazer o melhor possível, a ultrapassar os níveis atuais
de desempenho e a alcançar as metas estabelecidas.
Para funcionar dentro de certos padrões, as organizações precisam dispor de um sistema de recompensas,
isto é, de incentivos para estimular comportamentos desejados e de punições para coibir comportamentos
indesejados a fim de balizar as atitudes das pessoas na organização.
O sistema de recompensas inclui o pacote total de benefícios, bem como salários, férias, prêmios,
promoções, assim como recompensas menos visíveis como garantia da segurança no emprego,
transferências laterais para posições mais desafiantes e a várias formas de reconhecimento por um
desempenho excelente. Por outro lado, o sistema de punições inclui uma série de medidas disciplinares
que visam orientar o comportamento das pessoas e evitar que elas se desviem dos padrões esperados.
As recompensas organizacionais são oferecidas para reforçar atividades que produzam os seguintes
efeitos:
5.3. Planejamento de RH
Um importante aspecto da estratégia organizacional é seu relacionamento com a função de gestão de
pessoas, a qual deve traduzir os objetivos corporativos em objetivos de RH. Isto é feito por meio do
planejamento de RH.
Em outras palavras:
O planejamento de RH refere-se à maneira pela qual a função de RH poderá contribuir para o alcance dos
objetivos organizacionais e, simultaneamente, favorecer e incentivar o alcance dos objetivos individuais dos
funcionários. Na prática, trata-se de um processo decisório a respeito dos recursos humanos necessários
para atingir os objetivos empresariais dentro de um determinado prazo, definindo, antecipadamente, a força
de trabalho e os talentos humanos necessários para a realização da ação organizacional em um instante
futuro.
Para poder alcançar seus objetivos, a organização precisa ter pessoas adequadas e disponíveis para o
trabalho a ser realizado. Na práticas, isto significa que todos os gerentes devem estar seguros de que os
cargos sob sua responsabilidade estejam ocupados por indivíduos capazes de desempenhá-los
adequadamente.
Bases do planejamento de RH
As bases do planejamento de RH são: a demanda de trabalho e o fornecimento de trabalho ou o equilíbrio
entre o que é preciso fazer e o que é possível. Na prática, são observados os seguintes modelos de
planejamento de RH:
50
Prof. Pedro Henrique Casals
Absenteísmo
A ausência dos empregados ao trabalho provoca distorções sobre o volume e disponibilidade da força de
trabalho.
O índice de absenteísmo é composto pela soma dos períodos (em dias ou horas) em que os funcionários
se encontraram ausentes do trabalho dividido pelo período total de trabalho (em dias ou horas por
funcionário)
Rotatividade de pessoal
A rotatividade é o resultado da saída de funcionários e da entrada de outros funcionários para substituí-los
no trabalho.
Supondo-se que, a cada desligamento, ocorra a admissão de um substituto, o que equivale dizer que o
fluxo de saídas (desligamentos) da empresa deve ser equilibrado por um fluxo equivalente de entrada ( de
pessoas.
Existem duas formas de desligamento: por iniciativa do funcionário ou por iniciativa da empresa. O índice
de desligamentos mede a proporção dos desligamentos em relação à média da força de trabalho
considerando-se um período específico (um mês ou um ano).
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Prof. Pedro Henrique Casals
9) Por que a responsabilidade sobre o desenvolvimento é dita tripartite? Quais são os atores deste
processo?
52
Prof. Pedro Henrique Casals
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6.1. Argumento
Sob o ponto de vista da gestão de pessoas, particularmente sob os aspectos de controle, segurança e
higiene no trabalho, o gestor vê-se diante de um dilema em relação à organização: Quem é o seu cliente?
A empresa ou o empregado? Esta é uma questão importante, visto que a ação gerencial dá-se por
intermédio dos funcionários.
Torna-se claro, então que, quando uma organização não tem uma política de gestão de pessoas integrada
à sua estratégia - ou, ainda que a tenha, não consegue transformá-la em ações efetivas – os gestores
acabam tendo que solucionar situações de conflito entre os interesses da organização e os dos
funcionários.
Observando-se mais a fundo, percebe-se que as ações diárias focadas na administração de pessoas, com
exceção da legislação específica e alguns elementos do macro ambiente, ocorrem no âmbito interno da
organização. Assim, deve-se pensar nessas políticas como elementos integrados ao processo de gestão
operacional e cujas ações sejam coerentes com o negócio, com a missão e objetivos da organização em
perder o foco do por que, por quem e de que forma elas existem.
“Art. 13. A Carteira de Trabalho e previdência Social é obrigatória para o exercício de qualquer
emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício, por
conta própria, de atividade profissional remunerada.”
“Art. 25. As carteiras de trabalho e previdência social serão entregues aos interessados
pessoalmente, mediante recibo.”
“Art. 29. A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra
recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas
para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se
houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções
a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho .”
“Art. 30. Os acidentes do trabalho serão obrigatoriamente anotados pelo Instituto Nacional de
Previdência Social na carteira do acidentado.”
“Art. 36. Recusando-se a empresa a fazer as anotações a que se refere o artigo 29 ou a devolver a
carteira de trabalho e previdência social recebida, poderá o empregado comparecer, pessoalmente
ou por intermédio de seu sindicato, perante a delegacia regional ou órgão autorizado para
apresentar reclamação.”
“Art. 40. As carteira de trabalho e previdência social regularmente emitidas e anotadas servirão de
prova nos atos em que sejam exigidas carteiras de identidade e especialmente:
53
Prof. Pedro Henrique Casals
I. nos casos de dissídio, na Justiça do Trabalho, entre a empresa e o empregado, por motivo
de salário, férias ou tempo de serviço;
II. perante a Previdência Social para o efeito de declaração de dependentes;
III. para cálculo de indenização por acidente do trabalho ou moléstia profissional.”
“Art. 58. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.”
A Medida Provisória número 1.952-23 de 27 de abril de 2000, acrescentou o artigo 58-A com a seguinte
redação:
“Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a
25 (vinte e cinco) horas semanais.”
E ainda:
“Art. 59. A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número
não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado ou mediante
contrato coletivo de trabalho.”
A Medida Provisória número 1.952-23 de 27 de abril de 2000, acrescentou o seguinte parágrafo a este
artigo:
“§ 4º. Os empregados sob regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras.”
“Art. 61. Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal
ou convencionado, seja por fazer face a motivo de força-maior, seja para atender à realização ou
conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto .”
“Art. 66. Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas
consecutivas para descanso.”
“Art. 67. Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas
consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço,
deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.
Parágrafo único: Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos
elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de
quadro sujeito à fiscalização.”
“Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora
e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.”
“Art. 129. Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo
da remuneração.”
“Art. 139. Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de
determinados estabelecimentos ou setores da empresa.”
“Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalhador noturno terá
remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20%
(vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.”
“Art. 146. Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida
ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período
de férias cujo direito tenha adquirido.”
54
Prof. Pedro Henrique Casals
“Art. 147. O empregado que for demitido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se
extinguir em prazo determinado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à
remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo
anterior.”
“Art. 154. A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste capítulo 56, não
desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam
incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou municípios em que se
situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas das convenções coletivas de
trabalho.”
“Art. 162. As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho,
estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e saúde do trabalhador.”
O trabalho da mulher
Homens e mulheres são seres diferentes. O fato é que essas diferenças, naturais, culturais ou sociais, são
percebidas na sociedade e têm representado, historicamente, uma situação de inferioridade para as
mulheres, no mercado de trabalho. Para elas, até muito recentemente, a inércia era uma possibilidade
social. A sociedade encorajava as mulheres a, simplesmente, trancarem-se em um mundo de afazeres
domésticos ou sujeitava-as às posições inferiores nas atividades produtivas.
57
A presença cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho , assim como as mudanças ocorridas
sobre o próprio mercado, entretanto, contribuíram para que o século XX fosse marcado pelo maior avanço
das mulheres em toda a história da humanidade.Assim, neste início de século, é visto como uma
conseqüência natural da evolução do mercado esta tendência percebida de quebra de estereótipos
relacionados com o gênero (masculino ou feminino) e a natureza do trabalho e da ocupação gradativa dos
espaços corporativos de poder pelas mulheres. O que leva à conclusão de que as novas práticas em
relação às mulheres que, hoje, são consideradas não ortodoxas pela maioria das empresas, em virtude dos
significativos resultados que proporcionam, tendem a consolidar-se como instrumentos de gestão de
pessoas no mercado de trabalho, com o específico objetivo de retenção de talentos nas empresas.
Por outro lado, essas mulheres apresentam complicadores que dificultam sua dedicação ao trabalho. Elas
seguem sendo as principais responsáveis pela realização das atividades domésticas e pelo cuidado com os
58 59
filhos e demais familiares , o que representa uma sobrecarga que, em última análise, refletir-se-á
60
negativamente em seu desempenho profissional .
A Constituição do Brasil dispõe, no artigo 5º que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.
Assim, com relação ao trabalho da Mulher, destacam-se os seguintes artigos da CLT:
“Art. 372. Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis ao trabalho feminino,
naquilo em que não colidirem com a proteção especial instituída por este capítulo.”
“Art. 377. A adoção de medidas de proteção ao trabalho das mulheres é considerado de ordem
pública, não justificando, em hipótese alguma, a redução de salário.”
56
No caso, o Capítulo V da CLT
57
No Brasil, segundo o IBGE, cerca de 20 milhões de mulheres passaram a integrar a População Economicamente
Ativa, nas duas últimas décadas.
58
Segundo pesquisa realizada em 1995 pela Fundação Carlos Chagas, 49,7% das brasileiras casadas trabalham
formalmente e 19,1% das brasileiras sustenta suas famílias sozinhas.
59
Segundo a Pesquisa nacional de Amostragem por Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE, os homens despendem,
em média, 10,60 horas por semana em atividades domésticas, enquanto que as mulheres despendem, em média, 27,20
horas.
60
Segundo o Ministério do Trabalho, as mulheres são as maiores vítimas de lesões por esforços repetitivos (LER) –
mais de 70% dos casos.
55
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O trabalho do menor
A Constituição do Brasil dispõe, no artigo 7º a proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos
menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de
aprendiz. Assim, com relação ao trabalho do menor de idade, destacam-se os seguintes artigos da CLT:
“Art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de quatorze até
dezoito anos
Parágrafo único: O trabalho do menor reger-se-á pelas disposições do presente capítulo, exceto
no serviço em oficinas em que trabalhem exclusivamente pessoas da família do menor e esteja
este sob a direção do pai, mãe ou tutor, observado entretanto o disposto nos artigos 404, 405 e na
seção II.”
Curiosidade
Em 1927, o psicólogo Elton Mayo descobriu que o ânimo aumenta a cada mudança das condições de
trabalho. Além disso, o índice de absenteísmo cai durante os períodos de transformação.
Mayo concluiu que as pessoas ficam mais atentas – participar de algo que se crê positivo aumenta o
interesse, o espírito de equipe e a auto-estima.
56
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7 clima organizacional.
7.1. Argumento
A gestão de pessoas deve ser encarada como uma área dinâmica e de capital importância como área de
apoio para o gestor, o qual tem responsabilidade hierárquica sobre o trabalho de outras pessoas dentro da
organização, auxiliando no processo de tomada de decisões.
Todos os profissionais responsáveis pelo trabalho de outras pessoas devem sempre procurar aproveitar
oportunidades de auto-desenvolvimento e de desenvolvimento de suas equipes de trabalho, pois, cada vez
mais, as organizações devem estar preparadas para atender a seus diversos públicos. Assim, para ser
efetivo o gestor deve ter uma visão global do negócio, ter conhecimento sobre o ser humano, ter
capacidade de antecipar-se às situações, estar envolvido com o planejamento estratégico da organização e
ter capacidade de liderança de pessoas e equipes de trabalho, entre outros requisitos. Para isto, deve estar
sempre se atualizando e fazendo de seu trabalho um processo contínuo de aprendizado.
Poder é um conceito que admite diferentes focos de análise. Sob o ponto de vista das organizações,
entretanto, poder pode ser compreendido como a capacidade de exercer influência sobre as pessoas e
como uma forma de liderança.
Dentro das organizações, o poder apresenta-se como uma relação dinâmica que assume diferentes
configurações. São conhecidos três instrumentos de poder:
O poder coercitivo (ou condigno), o qual obtém submissão por sua capacidade de impor às
preferências dos indivíduos uma alternativa suficientemente desagradável ou dolorosa para que
estes abandonem suas preferências.
Poder e cooperação
A cooperação entre indivíduos surge das necessidades destes sobrepujarem as limitações que restringem
a atuação isolada de cada um. Tais limitações podem ser de natureza física, biológica, psicológica ou
social. Sabemos que um grupo social somente existe quando três aspectos fundamentais são reunidos:
61
Tanto no caso do poder condigno como no compensatório, o indivíduo está consciente da submissão.
62
A mídia, por exemplo, é a maior formadora de opinião das classes de baixa renda – cerca de dois terços da população brasileira –
e,embora seja um elemento de condicionamento explícito, atua fortemente sobre o condicionamento implícito, mudando os hábitos
e costumes das pessoas.
57
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Um grupo é um sistema social que interage como um todo, afetando o indivíduo por processos não
conscientes e não lógicos, embora possa também atuar de forma consciente e deliberada. Para ele, o
desejo de cooperar é a despersonalização da ação individual, sem o que não é possível manter-se a
cooperação. Assim, a organização influi no comportamento individual por intermédio de induções objetivas,
tais como incentivos materiais, oportunidades de consideração (prestígio ou poder pessoal), condições
físicas convenientes para o trabalho, orgulho do próprio trabalho, satisfação pessoal dentro do sistema de
relações sociais da instituição, conformidade com as práticas e atitudes habituais e o sentimento de estar
fazendo parte de importantes acontecimentos.
Entretanto, a cooperação depende ainda do ambiente físico da organização, seu ambiente social, os
indivíduos (personalidade, aptidões, etc.) entre outras variáveis. Assim, algumas vezes a estrutura informal
tem uma influência capaz de levar a uma redefinição total da organização formal. Na prática, a organização
formal e a organização informal são aspectos mutuamente relacionados e dependentes da cooperação.
Barnard também desenvolveu uma teoria pela qual a autoridade é o caráter de uma comunicação (ordem)
dentro de uma organização formal, em virtude do qual ela será aceita pelo colaborador como reguladora de
sua atuação como membro da organização.
O aspecto subjetivo, pelo qual uma pessoa aceita ou não a comunicação como uma ordem.
O aspecto objetivo, correspondente ao conteúdo que faz com que a comunicação seja aceita como
ordem.
A decisão sobre a autoridade de uma ordem é do receptor e não do emissor. A autoridade repousa na
aceitação ou no consentimento dos indivíduos e a desobediência é a negação da autoridade. Assim, para
que um subordinado aceite uma comunicação como ordem, é necessário que:
Compreendemos a autoridade como um fenômeno psicológico por meio do qual as pessoas aceitam as
ordens e decisões de outras pessoas sob certas influências e circunstâncias, tais como :
Logo, as relações de autoridade dependeriam dos motivos pelos quais as pessoas aceitam as ordens e
decisões de outras.
A diversidade de interesses percebida ente as pessoas permite aceitar o postulado segundo o qual elas
não fazem as mesmas coisas pelas mesmas razões. Dentro dessa diversidade encontra-se a fonte de
compreensão do fenômeno paradoxal da motivação humana.
A compreensão mais ampla do que seja a motivação será obtida na medida em que seja possível a
percepção mais profunda da natureza humana.
58
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A motivação é um conceito que ajuda à compreensão das ações das pessoas e existem inúmeras teorias
63
associadas ao conceito . Nenhuma delas, entretanto, explicam, de maneira satisfatória, o comportamento
dos seres humanos.
“... motivação é uma força, uma energia que nos impulsiona na direção de alguma coisa, (...) ela nos é
absolutamente intrínseca, isto é, está dentro de nós, nasce de nossas necessidades interiores”...
(Vergara,1999 , p.42).
Assim, como somos diferentes, nossas motivações também são diferentes. Um sente-se motivado por
fatores econômico-financeiros, outro pode sentir-se motivado pelo desejo de ser saudável, amado,
reconhecido; de participar das decisões , de realizar tarefas desafiadoras, ... Se encontramos esses fatores
em nosso trabalho, então, é possível encontrarmos um significado positivo nele. Descobrir esse significado
no trabalho é imprescindível. O administrador moderno precisa ser capaz de entender o comportamento e
as necessidades das pessoas com quem divide o ambiente de trabalho.
As necessidades humanas
O comportamento humano é determinado por causas que, às vezes, escapam ao próprio entendimento e
controle do homem. Essas causas chamam-se necessidades ou motivos. São forças conscientes ou
inconscientes que levam o indivíduo a um determinado comportamento. Assim, a motivação referir-se-ia ao
comportamento causado por necessidades dentro do indivíduo o qual seria dirigido em direção aos
objetivos que poderiam satisfazer a essas necessidades. As necessidades motivariam o comportamento
humano, dando-lhe direção e conteúdo.
Essa teoria determina que, ao longo se sua vida, o homem evolui por três níveis ou estágios de motivação
e, à medida que amadurece, vai ultrapassando os estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de
níveis gradativamente mais elevados. Os três níveis ou estágios de motivação correspondem às
necessidades fisiológicas, psicológicas e de auto-realização.
64
As necessidades fisiológicas ou vegetativas são relacionadas com a sobrevivência do
indivíduo. São inatas e instintivas. Situadas no nível mais baixo, essas necessidades são
também comuns aos animais. Exigem satisfações periódicas e cíclicas. As necessidades
fisiológicas podem ser satisfeitas por antecipação, sem mesmo atuarem sobe o
comportamento. Contudo, à medida que, por qualquer eventualidade, o indivíduo deixa de
satisfazê-las, elas passam a atuar com intensidade sobre o comportamento. A vida
moderna,com seus horários de alimentação e sono, bem como a adequação do vestuário,
permite que essas necessidades passem a ser controladas pelo cotidiano – as experiências de
Hawthorne mostraram que a Western Electric desenvolvia uma política de pessoal que atendia
plenamente às necessidades básicas de seus funcionários. Uma vez satisfeitas, essas
necessidades deixaram de influenciar o comportamento dos empregados, que passou a ser
influenciado por outras necessidades mais complexas : as psicológicas.
63
Teoria das necessidades (Maslow, 1954; McLelland, 1961; Alderfer, 1969), a Teoria dos Dois Fatores (Herzberg, Mausner &
Snydernman, 1959; Herzberg, 1968), a Teoria das Expectativas ou da Instrumentalidade (Vroom, 1964), a Teoria do Reforço
(Skinner, 1953, 1976; Connelan, 1978, Lutais & Kreitner, 1975), a Teoria dos Objetivos (Locke & Brian, 1968) e a Teoria da
Equidade (Homans, 1961; Adams, 1965), entre outras.
64
Alimentação, sono, exercício físico, satisfação sexual, excreção, abrigo e proteção contra os elementos e segurança física contra
os perigos.
59
Prof. Pedro Henrique Casals
Ciclo motivacional
A partir da Teoria das Relações Humanas, verificou-se que todo o comportamento humano é motivado; que
a motivação, no sentido psicológico, é a tensão persistente que leva o indivíduo a alguma forma de
comportamento. Daí o conceito de ciclo motivacional.
O ser humano permanece em estado de equilíbrio psicológico até que um estímulo rompa esse equilíbrio e
crie uma necessidade, a qual cria um estado de tensão em substituição ao estado de equilíbrio. A tensão
conduz a um comportamento ou ação que busca atingir alguma forma de satisfação daquela necessidade.
Se a necessidade é satisfeita, o organismo retorna ao estado de equilíbrio, até que um novo estímulo
sobrevenha.
equilíbrio
Estímulo ou incentivo
necessidade
satisfação
tensão
Comportamento ou ação
Nem sempre a satisfação da necessidade é obtida. Toda a vez que alguma satisfação é bloqueada ocorre a
frustração. Havendo frustração, a tensão existente, acumulada, mantém o estado de desequilíbrio. Por
outro lado, o ciclo motivacional pode ter uma outra solução: compensação ou transferência. A
compensação ou transferência ocorre quando o indivíduo tenta satisfazer alguma necessidade impossível
de ser satisfeita por meio da satisfação de outra necessidade substitutiva, de forma aplacar a necessidade
anterior, reduzindo ou evitando a frustração. A frustração pode levar a reações generalizadas, tais como:
60
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Reações emocionais: a tensão acumulada pode provocar reações como ansiedade, aflição,
nervosismo ou distúrbios (insônia, má digestão, gastrite, hipertensão, etc...)
Alienação e apatia: forma inconsciente de defesa do ego.
Moral e a atitude
Moral é um conceito abstrato, intangível, porém perceptível. O moral é uma decorrência do estado
motivacional, uma atitude mental provocada pelo nível de satisfação das necessidades dos indivíduos. O
moral é uma conseqüência do grau de satisfação das necessidades individuais. De um modo geral, a
Teoria das Relações Humanas verificou que:
3. Os empregados tendem a se desenvolver quando, por meio de seus esforços, conquistam razoável
satisfação de suas necessidades, quando seu mérito e dedicação são elogiados e reconhecidos e
quando se sentem “pertencentes” à organização e ao trabalho que executam.
Atitudes resultantes
Moral elevado Fanatismo
Euforia
Atitudes positivas:
Satisfação – colaboração – otimismo – aceitação dos
objetivos – cooperação – boa vontade – coesão identificação
Atitudes negativas :
Insatisfação – negação – pessimismo – rejeição dos objetivos
– oposição – má vontade – resistência dispersão
Moral baixo
Disforia
agressão
Liderança e comunicação
Liderança autocrática: na qual todo procedimento é determinado pelo líder. Não há liberdade de
atuação. Os procedimentos e técnicas são estabelecidos à medida que o trabalho se desenvolve, as
atividades futuras e os objetivos a serem alcançados são incertos. O líder determina os membros de
cada grupo de trabalho, mantém-se afastado e distante, embora sem agressividade, elogiando e
criticando os subordinados de forma estritamente pessoal.
65
A influência da liderança sobre o comportamento em grupo foi demonstrada em 1939, por meio de uma pesquisa
coordenada por Kurt Lewin, na Universidade de Iowa, utilizando grupos de crianças de cerca de 10 anos de idade em atividades
coletivas, sob a orientação de um líder específico.
61
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A experiência mostrou que grupos submetidos a liderança autocrática produzem maior quantidade de
trabalho. Sob liderança liberal, os grupos não se saem bem quanto a realização de seus trabalhos, tanto
sob aspecto de qualidade como o de quantidade. Com a liderança democrática, os grupos não produzem
tanto quanto sob uma liderança autocrática, mas a qualidade de seu trabalho é consideravelmente superior.
Com a Teoria das Relações Humanas, o conceito de liderança ampliou-se e tornou-se mais complexo, mas
sempre englobando dois aspectos indispensáveis no líder: proeminência e influenciação. A liderança,
então, passa a ser definida como função de três elementos: as características pessoais do líder, as
características sociais do grupo e a situação que determina o ambiente onde atuam o líder e seus
subordinados.
Assim, um líder surge como um meio para a realização de objetivos desejados pelo grupo. O grupo pode
selecioná-lo, elegê-lo ou aceitá-lo espontaneamente. Destacam-se, então, quatro métodos pelos quais um
líder pode tentar organizar as atividades das pessoas e dirigi-las para os objetivos da organização:
A força: dirigindo-as por meio de rigorosos meios de controle e obrigando-as a aceitar o mal
menor.
Usando de paternalismo: proporcionando-lhes meios de satisfazer suas necessidades e
esperando que aceitem seu comando, contando com sua gratidão.
Barganhando: negociando, dentro de um limite previamente estabelecido, para dirigir as atividades
dos subordinados e, em compensação, proporcionando-lhes meios de satisfazer suas
necessidades.
Estabelecendo meios recíprocos de satisfação.
Na prática, as organizações utilizam métodos de liderança que se situam entre a barganha e a força.
Motivação é a força que estimula as pessoas à ação. Embora seja um processo intrínseco, a motivação
pode ser estimulada nas pessoas por meio de ações, tais como:
Liderança está associada a estímulos e incentivos capazes de provocar a motivação nas pessoas.
Dificilmente uma organização realiza seus objetivos sem que haja liderança, sem a sua capacidade de
estabelecer a cooperação e direcionar conflitos, possibilitando que as pessoas mantenham-se unidas em
torno de um valor. Para tanto, é fundamental que o líder mantenha uma correta atitude em relação a seus
colaboradores.
62
Prof. Pedro Henrique Casals
Saber ouvir : ouvir é o primeiro passo para avaliar as pessoas. As pessoas, naturalmente, aumentam
seu envolvimento com um ouvinte atento.
O comportamento das pessoas e as razões que as orientam merecem atenção. Na maioria dos casos, o
único modo de medir-se a motivação das pessoas é por intermédio do comportamento por elas
manifestado: suas palavras, gestos, expressões e atitudes. A motivação, em geral, revela-se por meio de
gestos positivos, atitudes e posturas tranquilas, olhar confiante.
Pessoas motivadas fazem sugestões e dão idéias de forma espontânea; reagem positivamente diante de
novas tarefas; trabalham para conquistar avanços e não para se verem “livres da tarefa”; demonstram
contentamento no ambiente de trabalho e são francas ao responder a perguntas.
1. Atingir ou exceder aos objetivos de uma tarefa importante constitui uma poderosa fonte de
satisfação.
2. Promoções e prêmios pelas conquistas são, provavelmente, o maior fator de motivação.
3. Tarefas desafiantes que ofereçam satisfação constituem importante força motivacional.
4. O reconhecimento das conquistas pelos superiores ajuda a fortalecer a auto-estima.
5. A possibilidade de exercer a autoridade estimula a auto-estima e motiva quem assume novas
responsabilidades.
Lembre-se: Cada pessoa tem motivações próprias.
Durante a década de 1980, diversas mudanças ocorreram nas indústrias. Essas mudanças produziram
restruturações e cortes de funcionários. Os remanescentes encontraram-se diante de um novo ambiente de
trabalho, com poucos recursos disponíveis e menos hierarquia. O termo “achatar” tornou-se sinônimo de
remoção de níveis hierárquicos desnecessários para a realização do trabalho.
66
Uma descoberta feita a partir dessas mudanças organizacionais foi que o trabalho em equipe oferece
vantagens competitivas, pois criam redes horizontais que transpõem linhas departamentais e agilizam o
processo decisório. Entretanto, a prática tem demonstrado que, no trabalho em equipe, a maior dificuldade
não é a definição dos objetivos ou tarefas, mas sim o desenvolvimento dos relacionamentos interpessoais.
66
Equipe é entendida como sendo um grupo de indivíduos que trabalham juntos para atingir um objetivo comum e devem
confiar uns nos outros para alcançar resultados definidos mutuamente.
63
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Uma importante descoberta, da década de 1990, foi a de que as pessoas podem ajudar a resolver os
problemas no trabalho. Isso determinou um crescimento significativo no aproveitamento dos funcionários,
de suas idéias e sugestões. A conseqüência dessa participação maior dos indivíduos representou para as
empresas:
Como um resultado dessas mudanças ocorridas nos ambientes de trabalho, surgiu a necessidade de
repensar-se sobre os valores profissionais.
A atuação das equipes de trabalho objetiva, em geral, a obtenção de resultados bem definidos em função
de três variáveis estratégicas: velocidade, qualidade e preço. Essa atuação produz uma inversão na
tradicional pirâmide das empresas. Nessa nova organização, o cliente, suas necessidades e expectativas,
são colocadas no topo, próximas às equipes operacionais, as quais são capazes de transmitir diretamente
aos níveis gerenciais as informações necessárias para converter as expectativas e necessidades dos
clientes em objetivos mensuráveis, permitindo decisões rápidas e efetivas.
Torna-se, portanto, essencial que os membros das equipes aprendam a ver seus trabalhos por meio dos
olhos dos clientes e possam compreender como os clientes realmente usam os produtos e o que sentem
em relação aos serviços que recebem.
A medida que a equipe identifica o que precisa para atender aos seus objetivos, seus membros precisam
ser responsáveis para desenvolver um clima de confiança. O simples exercício de conhecer o histórico e as
experiências de cada um torna mais efetiva a delegação de responsabilidades. Assim, estabelecer o
equilíbrio ente a tarefa e os fatores de relacionamento contribui significativamente para a obtenção de
melhorias na velocidade, na qualidade e nos custos.
Na formação de equipes bem sucedidas, torna-se importante a consideração dos seguintes fatores:
Valores da equipe
Os valores de uma equipe são as crenças importantes para todos os seus membros e ditam o seu
comportamento. Valores como honestidade, qualidade, empatia, integridade, entre outros, devem ser
identificados e listados em comum acordo. Assim, define-se, em princípio, a compatibilização dos membros
da equipe com os objetivos do trabalho.
Normas da equipe
A partir da determinação dos valores, devem ser definidas as diretrizes pelas quais serão pautadas as
atuações dos membros. Algumas dessas normas devem ser formalmente estabelecidas. O estabelecimento
prévio dessas normas facilitará a convivência nas mais diferentes situações.
A partir dessas duas definições, a equipe pode concentrar-se na obtenção dos resultados esperados
segundo:
64
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Autogerenciamento
Uma vantagem de ter-se estabelecido previamente as normas de trabalho é que elas tornar-se-ão
ferramentas de auto gerenciamento. Os valores e as normas da equipe oferecem uma base estável para o
desenvolvimento de relacionamentos positivos, definindo as formas pelas quais os membros devem
trabalhar juntos.
Em uma equipe, por definição, o poder deve ser compartilhado. A liderança não precisa, necessariamente,
ser sempre a mesma. Assim, é natural que seus membros assumam a liderança conforme a tarefa que se
apresente. Uma habilidade relevante no trabalho em equipe é a capacidade de negociação, a qual buscará
sempre a obtenção de um acordo. Uma qualidade de extrema importância é a humildade intelectual,
necessária ao reconhecimento de que é preciso aprender sempre.
De fundamental relevância é o comportamento ético, que desestimula uma pessoa a guardar informações
fundamentais aos processos de trabalho e estimula à avaliação das situações em conjunto e a buscar
formas de corrigir os eventuais erros, aprender com eles e superá-los.
65