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JUSTIFICATIVA:
O consumo de sabão e detergente é indispensável no cotidiano. Diariamente,
são despejados vários litros desses materiais na rede de esgoto e, posteriormente, em
corpos fluviais ou marítimas. Um composto comumente utilizado até a década de 80 era
o alquilbenzeno sulfonado (ABS), devido ao seu melhor desempenho e produtividade
frente ao sabão, que o precedia. Entretanto, o ABS é um material não biodegradável
que, ao ser descartado, provocava uma grande quantidade de espuma, bloqueando o
transporte de O2 da atmosfera para o leito do rio, ocasionando morte da fauna aquática
ali presente.
Visando uma maior sustentabilidade, com uma maior preocupação com o meio
ambiente, bem como adequação à legislação de 1977 que proíbe a fabricação,
comercialização ou importação de tensoativos aniônicos não biodegradáveis, torna-se
necessária a substituição do ABS por outro surfactante que seja biodegradável, e aceito
legal e comercialmente.
O alquilbenzeno linear (LAB) e seu produto de sulfonação, o alquilbenzeno
sulfonato linear (LAS), têm como matérias primas a normal parafina (n-parafina), o
benzeno (C6H6) e para o LAS, enxofre. O LAB e o LAS têm excelentes propriedades
tensoativas e, por serem biodegradáveis e livres de cadeias ramificadas, atendem às
especificações legais, se tornando os principais surfactantes utilizados como princípios
ativos dos detergentes comercializados no Brasil atualmente.
Em seu livro “Conceptual Design of Chemical Engineering Processes”, James
M. Douglas desenvolveu uma abordagem metodológica para o projeto de sistemas de
engenharia química. O "Método Douglas" baseia-se na tomada de decisão hierárquica,
utilizando a viabilidade econômica como critério principal para a avaliação do processo.
Um problema complexo é gradualmente resolvido através da conclusão de uma série de
"etapas" arbitrárias ou níveis de análise, são eles:
Nível 1: estequiometria de reação e fluxo molar de componentes de
alimentação e saída;
Nível 2: estrutura básica do fluxograma do processo, com determinação
dos graus de pureza;
Nível 3: principais decisões no fluxograma, como a quantidade de
reatores necessária, e necessidade ou não de processos de separação e reciclo;
Nível 4: processos de separação;
Nível 5: rede de trocadores de calor;
Além dos cinco níveis do Método de Douglas, que visam principalmente
viabilidade econômica do projeto, será realizada análise de um sexto nível que
considera, principalmente, a viabilidade ambiental.
Nível 6: revisão dos níveis 1-5, com análise da viabilidade e impactos
ambientais, de acordo com legislação vigente.
CRONOGRAMA: