Você está na página 1de 149

DICA 1

PROCURAÇÃO E SUBSTABELECIMENTO
Substabelecimento com reservas

O substabelecimento com reservas é ato privativo do


advogado e não precisa ser comunicado ao cliente.
Substabelecimento sem reservas

O substabelecimento, sem reservas, acontece quando o


advogado transfere os poderes adquiridos para outro
profissional, eximindo-se de toda responsabilidade e
transferindo definitivamente todos os poderes. O
substabelecimento sem reservas não é ato privativo do
advogado e depende do conhecimento do cliente.
Renúncia
A renúncia do instrumento de procuração é sempre do
advogado e com expressa comunicação ao cliente. Após a
notificação ao cliente com aviso de recebimento o advogado
deve permanecer no processo durante 10 dias, salvo quando
for substituído antes do término desse prazo.
Abandono do Processo

Em regra, o advogado não pode abandonar o


processo, após a notificação do cliente, pois deve
permanecer durante o prazo de 10 dias. Se
descumprir a determinação legal, aplica-se a
penalidade do artigo 45 do Novo Código de
Processo Civil e do artigo 34, inciso XI, do Estatuto
da Advocacia e da OAB, sem prejuízo das demais
sanções.
Revogação do Mandato
O cliente não fica desobrigado a pagar os honorários
contratuais ajustados com o advogado e nem a desconta-los
com os honorários de sucumbência. O pagamento deverá ser
feito de forma proporcional aos serviços prestados, sem a
quebra de confiança do cliente.
DICA 2
Direitos dos
Advogados
Representante da OAB

Ter a presença de representante da OAB,


quando preso em flagrante, por motivo ligado
ao exercício da advocacia, para lavratura do
auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos
demais casos, a comunicação expressa à
seccional da OAB.
O advogado pode ingressar livremente:

Em qualquer assembleia ou reunião de que


participe ou possa participar o seu cliente, ou
perante a qual este deva comparecer, desde
que munido de poderes especiais.
Acesso aos autos

O advogado pode retirar autos de processos


findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de
dez dias. No entanto, essa regra não se aplica:

• Aos processos sob regime de segredo de


justiça.

• Quando existirem nos autos documentos


originais de difícil restauração ou ocorrer
circunstância relevante que justifique a
permanência dos autos no cartório,
• secretaria ou repartição, reconhecida pela
autoridade em despacho motivado, proferido
de ofício, mediante representação ou a
requerimento da parte interessada;

• Até o encerramento do processo, ao


advogado que houver deixar de devolver os
respectivos autos no prazo legal, e só o fizer
depois de intimado.
RESPONSABILIDADE

A responsabilidade do advogado é ilimitada,


responde por dolo ou culpa. E a do escritório é
subsidiária.

O advogado não será́ responsabilizado por


omissão do cliente quanto a documento ou
informação que lhe devesse fornecer para a
prática oportuna de ato processual do seu
interesse.
DICA 3
Desagravo Público
Conceito
O inscrito na OAB quando ofendido em razão do
exercício profissional ou de cargo ou função na OAB,
tem direito ao desagravo público promovido pelo
Conselho competente, de ofício, a seu pedido ou de
qualquer pessoa.

Arquivamento do pedido
O relator pode propor o arquivamento do pedido se a
ofensa for pessoal; não estiver relacionada com o
exercício da profissão, não estiver relacionada com as
prerrogativas gerais do advogado e se configurar crítica
de caráter doutrinário, político ou religioso.
Desagravo Público

A instauração do desagravo público não depende da


concordância do ofendido.
Instauração
O desagravo público não depende do consentimento do
ofendido, que também não pode dispensá-lo. O
desagravo deve ser promovido a critério do Conselho.

Conselho Federal
Compete ao Conselho promover o desagravo público
de Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho
Seccional, quando ofendidos no exercício das
atribuições de seus cargos e ainda quando a ofensa a
advogado se revestir de relevância e grave violação
às prerrogativas profissionais, com repercussão
nacional.
DICA 4
Lei 13.363/16
ADVOGADA GESTANTE
Direitos

• Entrada em tribunais sem ser submetida a


detectores de metais e aparelhos de raios X;
• Reserva de vaga em garagens dos fóruns dos
tribunais;

Prazo
• Enquanto perdurar o estado gravídico
LACTANTE, ADOTANTE OU QUE DER À
LUZ:
Direitos

• Preferência na ordem das sustentações orais


e das audiências a serem realizadas a cada
dia, mediante comprovação de sua condição;
Prazo
• 120 dias (Art. 392 CLT)
• para a advogada lactante o direito permanece
enquanto perdurar o período de
amamentação.
ADOTANTE OU QUE DER A LUZ:
Direitos
• Suspensão de prazos processuais quando for a
única patrona da causa, desde que haja
notificação por escrito ao cliente;

Prazo
• Para a advogada: 30 dias a partir da data do
parto ou da concessão da adoção (art. 313,
parágrafo 6, CPC). Para o advogado, sendo o
único patrono responsável pelo processo: 8 dias
a partir da data do parto ou da concessão da
adoção (art. 313, parágrafo 7, CPC).É necessária
a notificação ao cliente.
DICA 5
Inscrição do Advogado
Capacidade Civil.

Diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e


credenciada
INSCRIÇÃO DO ADVOGADO

Título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro

Aprovação no Exame de Ordem

Não exercer atividade incompatível com a advocacia; idoneidade moral e prestar compromisso perante o
conselho.
DICA 6
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
A relevância, o vulto, a complexidade e a
dificuldade das questões versadas; o trabalho e
o tempo a ser empregados;

FIXAÇÃO DOS
HONORÁRIOS A possibilidade de ficar o advogado impedido de
intervir em outros casos, ou de se desavir com
outros clientes ou terceiros; o valor da causa, a
condição econômica do cliente e o proveito para
este resultante do serviço profissional;
Honorários Arbitrados e
Sucumbenciais
“Fixados pelo juiz ao final da sentença
Honorários
para que a parte perdedora arque com
Sucumbenciais
os honorários da parte vencedora”

“Fixados pelo juiz na ausência dos Honorários


honorários convencionais.” Arbitrados
Prescrição dos Honorários
Advocatícios
• A ação de cobrança de honorários de
advogado prescreve em cinco anos,
contados a partir:

do vencimento do contrato, se houver;

do trânsito em julgado da decisão que os fixar;


PRESCRIÇÃO

da ultimação do serviço extrajudicial;.

da desistência ou transação;

da renúncia ou revogação do mandato.


DICA 7
Advocacia Pro Bono
Esse tema será cobrado em prova. Fique
atento!

Considera-se advocacia pro bono a


prestação gratuita, eventual e
voluntária de serviços jurídicos em favor
de instituições sociais sem fins
econômicos e aos seus assistidos, sempre
que os beneficiários não dispuserem de
recursos para a contratação de profissional.

A advocacia pro bono pode ser exercida em


favor de pessoas naturais (pessoas
físicas) que, igualmente, não dispuserem
de recursos para, sem prejuízo do próprio
sustento, contratar advogado.
A advocacia pro bono não pode ser utilizada
para fins político-partidários ou eleitorais,
nem beneficiar instituições que visem a tais
objetivos, ou como instrumento de publicidade
para captação de clientela.

Prestação Eventual e Sem fins Advocacia


gratuita Voluntária lucrativos pro bono
DICA 8
Sigilo Profissional
As circunstâncias excepcionais que
configurem justa causa para a violação do
sigilo profissional são:
VIOLAÇÃO DO SIGILO
PROFISSIONAL

Grave ameaça ao direito à vida e à honra

Defesa do própria do advogado


DICA 9
INCOMPATIBILIDADE E
IMPEDIMENTO
INCOMPATIBILI
• É a proibição TOTAL do exercício da advocacia.
DADE

IMPEDIMENTO • É a proibição PARCIAL do exercício da advocacia.


Incompatibilidade
A incompatibilidade veda o exercício da
advocacia mesmo em causa própria.
Veremos a seguir as atividades que são
incompatíveis:

Chefe do Poder Executivo.

A incompatibilidade está vinculada ao


cargo e não a pessoa.
O cargo de Chefe do Poder Executivo é
exercido pelos Prefeitos, Governadores,
Presidente da República e seus
substitutos legais.
Enquanto permanecer no cargo ou
função pública a incompatibilidade
continua. O afastamento temporário
não permite o exercício da advocacia.
A incompatibilidade está vinculada ao
cargo e não a pessoa.
O cargo de Chefe do Poder Executivo é
exercido pelos Prefeitos, Governadores,
Presidente da República e seus
substitutos legais.
Enquanto permanecer no cargo ou
função pública a incompatibilidade
continua.O afastamento temporário
não permite o exercício da advocacia.
Membros da mesa do Poder Legislativo.

Apenas os membros da mesa do


Poder Legislativo são incompatíveis. A
mesa é formada pelo Presidente,
Vice-Presidente e Secretários
nomeados para o cargo.
Os membros do Poder Legislativo,
como regra, são impedidos. Os
membros da mesa do Poder
Legislativo são incompatíveis.
Mesa do Poder
Incompatibilidade
Legislativo

Membros do Poder
Impedimento
Legislativo

Membros de órgãos do Poder Judiciário.


Todos os membros do Poder Judiciários
são incompatíveis para o exercício da
advocacia. Leia-se: membros do Poder
Judiciário como os magistrados: juízes
substitutos, juízes de Direito,
desembargadores e os Ministros dos
Tribunais.
Os membros do Ministério Público
também são incompatíveis, assim como os
membros dos tribunais e conselhos de
contas, dos juizados especiais, da
justiça de paz, bem como de todos os que
exerçam função de julgamento em órgãos
de deliberação coletiva da administração
pública direta e indireta.
Para que você consiga visualizar e
compreender, são incompatíveis:

JUÍZES SUBSTITUTOS E JUÍZES DE DIREITO;


INCOMPATIVÉIS:

DESEMBARGADORES E MINISTROS DOS TRIBUNAIS;

PROMOTORES DE JUSTIÇA, PROCURADORES DA REPÚBLICA


E REGIONAIS

Ocupantes de Cargos ou Funções de DIREÇÃO.


Os cargos e funções de direção geram
incompatibilidade para o exercício da
advocacia nos seguintes órgãos:

OCUPANTES DE CARGOS OU FUNÇÕES


DE DIREÇÃO:
• Órgãos da Administração Pública direta ou indireta;
• Fundações;
• Empresas controladas ou concessionárias de
serviço público;
Não se incluem no rol de
incompatibilidade os que não detenham
poder de decisão relevante sobre
interesses de terceiro, a juízo do
conselho competente da OAB, bem
como a administração acadêmica
diretamente relacionada ao magistério
jurídico.
As atividades estão relacionadas ao
cargo ou função de direção. A seguir
veremos a incompatibilidade nos cargos
e funções, de qualquer natureza.
Ocupantes de Cargos ou Funções

Vinculados direta ou indiretamente


ao Poder Judiciário
Trata-se de função ou cargo exercidos em
qualquer órgão do Poder Judiciário.
Essa condição é estendida para qualquer
cargo ou função, inclusive, para os cargos
de psicólogo no Tribunal, assim como os
técnicos de atividade judiciária, os
analistas judiciários, os contadores
judiciais, os assessores dos
desembargadores, os seguranças e
demais cargos auxiliares ligados ao Poder
Judiciário.
Todos os cargos e funções de qualquer
natureza, desde que vinculados (direta ou
indiretamente) ao Poder Judiciário.

Serviços notariais e de Registro

Encontram-se nessa situação de


incompatibilidade os que exercem os
serviços notariais e de registro (tabeliães,
notários, registradores e escreventes de
cartório extrajudicial).
Atividade policial de qualquer
natureza
Todos os policiais estão incluídos nessa
incompatibilidade, inclusive, os militares
que estão na ativa. Aqueles que estão
afastados definitivamente podem
exercer a advocacia.
Apenas o afastamento temporário impede
praticar os atos privativos da advocacia.

Portanto, são incompatíveis:


Policiais Federais (agentes, escrivãoes e delegados)

Policiais civis (investigadores, comissários, delegados)


ATIVIDADE
POLICIAL

Policiais militares e policiais rodoviários

Corpo de bombeiro militar

Perito criminal, datiloscopistas e médico-legista


Os militares de qualquer natureza
compreendem os das Forças Armadas: a)
exército, b) marinha e c) aeronáutica. Não
importa a patente. Todos são
incompatíveis, desde que estejam na ativa.

• Lançamento;
Ocupantes de
• Arrecadação ou Fiscalização
Cargos ou
Funções: de Tributos;
• Contribuições Para fiscais
Para facilitar a compreensão, são os cargos
de:
a) Auditores fiscais,
b) Fiscais de receita previdenciária,
c) Fiscais de renda e
d) Fiscais do trabalho.

Funções de gerência e direção

Os gerentes e diretores de instituições


financeiras públicas ou privadas são
proibidos de exercer os atos da advocacia.
Trata-se de proibição parcial do exercício da
advocacia, pois pode ser exercido em causa
própria.

Servidores da Administração direta,


indireta e fundacional

Os servidores não podem exercer a advocacia


contra a Fazenda Pública que os remunera
ou à qual seja vinculada a entidade
empregadora.

Membros do Poder Legislativo


Os membros da mesa do Poder Legislativo
são incompatíveis.

São impedidos de advogar contra ou a


favor das pessoas jurídicas de direito público,
empresas públicas, sociedades de economia
mista, fundações públicas, entidades
paraestatais ou empresas concessionárias ou
permissionárias de serviço público.
Exceção
Docentes

Os docentes dos cursos jurídicos podem


advogar, pois não se incluem nas hipóteses
de impedimento.

Licença

A licença temporária não permite a quebra da


incompatibilidade, pois a incompatibilidade
permanece no cargo e não na pessoa.
Aposentadoria

A aposentadoria permite o ingresso na


advocacia e a prática dos atos privativos do
advogado.

Com a Emenda Constitucional n. 45/2004 o


inciso V foi acrescentado no artigo 95,
parágrafo único e o parágrafo 6 ao artigo 128
proibindo a atuação dos magistrados e
membros do Ministério Público aposentados
ou exonerados perante o tribunal que se
afastaram pelo período de três anos do
afastamento.
DICA 10
Infrações Disciplinares
Censura
INFRAÇÕES DISCIPLINARES PUNÍVEIS COM CENSURA:
I- exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou
facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não
inscritos, proibidos ou impedidos;
II - manter sociedade profissional fora das normas e
preceitos estabelecidos nesta lei;
III - valer-se de agenciador de causas, mediante
participação nos honorários a receber;
IV - angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção
de terceiros;
V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial
ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não
tenha colaborado;
VI - advogar contra literal disposição de lei,
presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na
inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em
pronunciamento judicial anterior;
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional;
VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem
autorização do cliente ou ciência do advogado contrário;
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu
patrocínio;
X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a
anulação ou a nulidade do processo em que funcione;
XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de
decorridos dez dias da comunicação da renúncia;
XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência
jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da
XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente,
alegações forenses ou relativas a causas pendentes;
XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária
ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações
da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da
causa;
XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita
deste, imputação a terceiro de fato definido como crime;
XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação
emanada do órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria da
competência desta, depois de regularmente notificado
XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação
A censura pode ser convertida em
advertência, em ofício reservado, sem
registro nos assentamentos do inscrito,
quando presente circunstância atenuante.

A censura é registrada no assentamento


profissional do advogado, mas não é
publicada.

Para fins de atenuação, são consideradas


as seguintes circunstâncias:
Falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;
CIRC UNSTÂNCIAS
ATENUANTES:

Ausência de punição disciplinar anterior;

Exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer


órgão da OAB;

Prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública.


• Os antecedentes profissionais do inscrito,
as atenuantes, o grau de culpa por ele
revelada, as circunstâncias e as
consequências da infração são
consideradas para o fim de decidir:

✓ Sobre a conveniência da aplicação


cumulativa da multa e de outra
sanção disciplinar;

✓ Sobre o tempo de suspensão e o


valor da multa aplicáveis.
Suspensão
INFRAÇÃO DISCIPLINAR PUNÍVEL COM SUSPENSÃO:

XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para


realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la;
XVIII - solicitar ou receber de constituinte qualquer
importância para aplicação ilícita ou desonesta;
XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro,
relacionados com o objeto do mandato, sem expressa
autorização do constituinte;
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou
da parte adversa, por si ou interposta pessoa;
XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao
cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta
dele;
XXII - reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos
com vista ou em confiança;
XXIII - deixar de pagar as contribuições, multas e preços
de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado
a fazê-lo;
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia
profissional;
XXV - manter conduta incompatível com a advocacia;
Prazo de suspensão
A suspensão acarreta ao infrator a
interdição do exercício profissional, em todo
o território nacional, pelo prazo de trinta
dias a doze meses, de acordo com os
critérios de individualização previstos neste
capítulo.

Prestação de contas
A suspensão perdura até que satisfaça
integralmente a dívida, inclusive com
correção monetária.

Erros reiterados
A suspensão perdura até que preste novas
provas de habilitação.
Exclusão
A exclusão é aplicada quando houver
aplicado, por três vezes, a penalidade de
suspensão e nos seguintes casos:

INFRAÇÃO DISCIPLINAR PUNÍVEL COM


EXCLUSÃO:

XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos


para inscrição na OAB;
XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o
exercício da advocacia;
XXVIII - praticar crime infamante;
Aprovação dos membros do Conselho
Seccional

Para a aplicação da sanção disciplinar de


exclusão, é necessária a manifestação
favorável de dois terços dos membros do
Conselho Seccional competente.
Multa
A multa, variável entre o mínimo
correspondente ao valor de uma anuidade
e o máximo de seu décuplo, é aplicável
cumulativamente com a censura ou
suspensão, em havendo circunstâncias
agravantes.

A multa é aplicada somente com a censura


ou suspensão. Fique atento!
Dicas para lembrar a sanção
disciplinar
Para facilitar a memorização, quando a
infração tratar de ato a sanção aplicável é a
censura. Quando a infração tratar de
dinheiro, carga de autos e inépcia
profissional aplica-se a suspensão e
quando for crime aplica-se a exclusão.

A multa será aplicada nos casos de censura


e suspensão para agravar a penalidade.
Vejamos o quadro abaixo:
DISPOSTIVO LEGAL DICAS SANÇÃO

Art. 34, I a XVI e


Ato Censura
XXIX

Dinheiro, Carga e
Art. 34, XVII a XXV Suspensão
Inépcia profissional.

Art. 34, XXVI a


Crime Exclusão
XXVIII

Art. 39 Censura e Suspensão Multa


Reabilitação
A reabilitação ocorre após um ano do
cumprimento da sanção disciplinar com base
em provas efetivas de bom comportamento.
Nos casos da prática de crime, o pedido de
reabilitação depende também da
correspondente habilitação criminal.

As sanções disciplinares de suspensão ou


exclusão impedem o exercício do mandato
profissional.
Prescrição
Prescrição

A pretensão à punibilidade das infrações


disciplinares prescreve em cinco anos,
contados da data da constatação oficial do
fato.
Prescrição intercorrente

Aplica-se a prescrição a todo processo


disciplinar paralisado por mais de três
anos, pendente de despacho ou julgamento,
devendo ser arquivado de ofício, ou a
requerimento da parte interessada, sem
prejuízo de serem apuradas as
responsabilidades pela paralisação.
Interrompe-se a prescrição

✓ Pela instauração de processo disciplinar ou


pela notificação válida feita diretamente ao
representado;

✓ Pela decisão condenatória recorrível de


qualquer órgão julgador da OAB
DICA 11
Tribunal de Ética e Disciplina da
OAB
Competência

O Tribunal de Ética e Disciplina poderá́


funcionar dividido em órgãos fracionários, de
acordo com seu regimento interno.
Compete aos Tribunais de Ética e Disciplina:
I - Julgar, em primeiro grau, os processos ético-disciplinares;
II - Responder a consultas formuladas, em tese, sobre matéria
ético-disciplinar;
III - Exercer as competências que lhe sejam conferidas pelo Regimento
Interno da Seccional ou por este Código para a instauração, instrução e
julgamento de processos ético-disciplinares;
IV - Suspender, preventivamente, o acusado, em caso de conduta
suscetível de acarretar repercussão prejudicial à advocacia, nos termos
do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil;
V - Organizar, promover e ministrar cursos, palestras, seminários e outros
eventos da mesma natureza acerca da ética profissional do advogado ou
estabelecer parcerias com as Escolas de Advocacia, com o mesmo
objetivo;

VI - Atuar como órgão mediador ou conciliador nas questões que


envolvam:
a) duvidas e pendências entre advogados;
b) partilha de honorários contratados em conjunto ou decorrentes de
substabelecimento, bem como os que resultem de sucumbência, nas
mesmas hipóteses;
c) controvérsias surgidas quando da dissolução de sociedade de
advogados.
DICA 12
Publicidade
Regra Geral
A publicidade profissional do advogado tem
caráter meramente informativo e deve
primar pela discrição e sobriedade, não
podendo configurar captação de clientela
ou mercantilização da profissão. A
publicidade da advocacia deve ser discreta e
moderada.

É permitido para fins de identificação dos


escritórios de advocacia, a utilização de
placas, painéis luminosos e inscrições em
suas fachadas, discretos e moderados.
Vedação
A publicidade da advocacia deve ser discreta
e moderada, sendo vedado qualquer:

Veiculação da publicidade por meio de rádio,


cinema e televisão;

É permitido ao advogado realizar


publicidade na internet ou em outros meios
eletrônicos desde que adote caráter
meramente informativo e observe os
regramentos éticos de discrição e
sobriedade.
Em hipótese alguma o envio de mensagens
a destinatários certos poderá implicar o
oferecimento de serviços ou configurar
captação de clientela.

A divulgação de serviços de advocacia


juntamente com a de outras atividades ou
a indicação de vínculos entre uns e outras;

É vedado a divulgação da advocacia com o


ramo empresarial. Nada impede que o
advogado seja advogado e empresário,
desde que não registre a sociedade na
mesma razão social e promova a captação
de clientela com o vínculo empresarial.
É vedado o fornecimento de dados de
contato, como endereço e telefone, em
colunas ou artigos literários, culturais,
acadêmicos ou jurídicos, publicados na
imprensa, bem assim quando de eventual
participação em programas de rádio ou
televisão, ou em veiculação de matérias
pela internet, sendo permitida a
referência a e-mail.

Em qualquer meio de comunicação o


advogado pode apenas divulgar o seu
e-mail, sendo vedado qualquer outra
forma.
O Código de Ética e Disciplina da OAB
estabelece como infração disciplinar as
seguintes atividades:
a) Responder com habitualidade a
consulta sobre matéria jurídica, nos
meios de comunicação social;
a) Debater, em qualquer meio de
comunicação, causa sob o patrocínio
de outro advogado;
a) Abordar tema de modo a
Configura infração disciplinar: comprometer a dignidade da
profissão e da instituição que o
congrega;

a) Divulgar ou deixar que sejam


divulgadas lista de clientes e
demandas;
O advogado deve:

✓ Adotar idioma português e, quando em


idioma estrangeiro, deve estar
acompanhado da tradução;

✓ Conter o nome do advogado/sociedade;

✓ Conter o número da inscrição na OAB do


advogado/sociedade; ter finalidade
exclusivamente informativa.
O advogado pode:

✓ Indicar endereço, e-mail, site, página


eletrônica;

✓ Conter logotipo e fotografia do escritório;

✓ Constar títulos acadêmicos e distinções


honoríficas relacionadas à vida
profissional.
Publicidade Profissional
Meios de comunicação social
As colunas que o advogado mantiver nos
meios de comunicação social ou os textos
que por meio deles divulgar não deverão
induzir o leitor a litigar nem promover,
dessa forma, captação de clientela.
O advogado que eventualmente participar
de programa de televisão ou de rádio, de
entrevista na imprensa, de reportagem
televisionada ou veiculada por qualquer
outro meio, para manifestação
profissional, deve visar a objetivos
exclusivamente ilustrativos, educacionais
e instrutivos,
sem propósito de promoção pessoal
ou profissional, vedados
pronunciamentos sobre métodos de
trabalho usados por seus colegas de
profissão.
Quando convidado para manifestação
pública, por qualquer modo e forma,
visando ao esclarecimento de tema
jurídico de interesse geral, deve o
advogado evitar insinuações com o
sentido de promoção pessoal ou
profissional, bem como o debate de
caráter sensacionalista.
Publicidade Profissional
Nos cartões e material de escritório que se
utilizar, o advogado deve colocar seu
nome ou o da sociedade de advogados e o
número da inscrição da OAB. Além disso,
poderão constar:

✓ a)Títulos acadêmicos do advogado;

✓ b)Endereço, e-mail, site, página


eletrônica, QR code;

✓ c) Logotipo, horário de atendimento e a


fotografia do escritório.
É vedado a inclusão de fotografias
pessoais ou de terceiros nos cartões de
visitas do advogado, bem como menção
a qualquer emprego, cargo ou função
ocupado, atual ou pretérito, em qualquer
órgão ou instituição, salvo o de professor
universitário.
A publicidade não pode adotar
denominação fantasia.
✓ Não pode mencionar emprego,
cargo ou função ocupado, atual ou
pretérito, em qualquer órgão ou
instituição, salvo o de professor
universitário;
✓ Não pode distribuir panfletos,
mala direta ou formas assemelhadas
com intuito de captação de clientela;

Chegamos, com isso, ao final da nossa


aula.
DICA 13
Ordem dos Advogados do
Brasil
Conselho Federal
Competência
Editar e alterar o Regulamento Geral, o
Código de Ética e Disciplina e os
Provimentos que julgar necessários.
Intervir nos Conselhos Seccionais, onde e
quando constatar grave violação desta lei ou do
regulamento geral.
Cassar ou modificar, de ofício ou mediante
representação, qualquer ato, de órgão ou
autoridade da OAB, contrário a esta lei,
regulamento geral, ao Código de Ética e
Disciplina e aos Provimentos, ouvida a
autoridade ou o órgão em causa.
Conselho Seccional
Editar seu regimento interno e
resoluções.
Criar as Subseções e as Caixas de Assistência
Julgar, em grau de recurso, as questões
decididas por seu Presidente, por sua
diretoria, pelo Tribunal de Ética e
Disciplina, pelas diretorias das Subseções
e da Caixa de Assistência dos Advogados.
Subseção
A resolução do Conselho Seccional que criar a
Subseção deve:

Base territorial
CONSELHO
SECCIONAL
FIXARÁ:
Definir os limites de suas competências e
autonomia
Composição

O Estatuto exige no mínimo quinze advogados para a


criação da subseção com domicílio profissional.

Estabelecido a sua autonomia, as Subseções atuam com


liberdade e independência nos seus órgãos, sem
intervenção do Conselho Seccional, salvo nos casos de
violação ao Estatuto da Advocacia e da OAB, a
legislação regulamentar ou o regimento interno dele.
Conselho da Subseção

Havendo mais de cem advogados, a


Subseção pode ser integrada, também, por
um conselho em número de membros fixado
pelo Conselho Seccional.
COMPETÊNCIA

Editar regimento interno a ser referendado pelo


Conselho Seccional

Editar resoluções

Instaurar e instruir processos disciplinares para


julgamento do Tribunal de Ética
Intervenção

O Conselho Seccional, mediante o voto de


dois terços de seus membros, pode
intervir nas Subseções, onde constatar grave
violação desta lei ou do regimento interno
daquele.
Competência da Subseção

Compete à Subseção, no âmbito de seu


território:
COMPETÊNCIA

Destaque das principais aspectos de cobrança em prova.

Velar pela dignidade, independência e valorização da


advocacia e fazer valer as prerrogativas do advogado

Representar a OAB perante os poderes constituídos.


Caixa de Assistência dos
Advogados
Criação

A Caixa de Assistência dos Advogados é um


órgão assistencial e de seguridade da OAB,
com personalidade jurídica própria,
destinado a prestar assistência aos inscritos
no Conselho Seccional a que se vincule,
criado pelo Conselho Seccional da OAB.
Intervenção

O Conselho Seccional, mediante voto de


dois terços de seus membros, pode
intervir na Caixa de Assistência dos
Advogados, no caso de descumprimento de
suas finalidades, designando diretoria
provisória, enquanto durar a intervenção.
Eleições e Mandatos
Condições de Elegibilidade
O candidato deve comprovar situação
regular junto à OAB, além de comprovar:

Não ocupar cargo exonerável ad nutum


REQUISITOS

Não ter sido condenado por infração disciplinar


(salvo reabilitação)

Exercer efetivamente a profissão há mais de cinco anos.


Processo Disciplinar
Sigilo processual

O processo disciplinar tramita em sigilo, até o


seu término, só tendo acesso às suas
informações as partes, seus defensores e a
autoridade judiciária competente.
Recursos
RECURSO PARA O CONSELHO FEDERAL

Cabe recurso ao Conselho Federal de todas


as decisões definitivas proferidas pelo
Conselho Seccional, quando não tenham sido
unânimes ou, sendo unânimes, contrariem
esta lei, decisão do Conselho Federal ou de
outro Conselho Seccional e, ainda, o
regulamento geral, o Código de Ética e
Disciplina e os Provimentos.
BOA PROVA!

Você também pode gostar