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suow2018 Moisés de Lemos Martins, A biblioteca de Babel ea arvare do conhecimento A biblioteca de Babel e a arvore do conhecimento Moisés de Lemos Martins,Universidade do Minho "Estamos a abandonar a logosfera, reino do manuscrito e da eserita, ea entrar no admirivel mundo da electrénica © dos hipermedia. Vai ficando para tris o mundo da representagao, da presenga e da edigdo critica, com todos os mitos e rtuais da eserita que nos precederam, Inexorivel, emerge & nossa frente um Novo Mundo, cuja virtualidade e simulago, como espago/ndo-esparo (utopia), temos de praticar” (José Augusto Mourio) Um conhecimento absoluto e uma comunicasao universal Quando, ha nao muito tempo, Ant6nio Fidalgo abandonou a logosfera pela porta da electronica e dos hipermédia e nos deu a visto de uma comunidade cientifica universal, a ser instaurada pelas novas tecnologias da informagio, f8-lo de uma forma absolutamente surpreendente. O espirito que animaria este ‘novo mundo da sociedade da comunicagdo generalizada era medieval e também iluminista. Depois de um longo periodo de gestagao nas universidades medievais ¢ nas academias do iluminismo, 0 espirito, totalmente livre, da circulagdo de ideias, saberes e pessoas, que universaliza a ciéncia e a comunidade cientifica, iradiaria agora por todo o universo como uma bem-aventuranga, soprado pelos novos meios de comunicagao(). Na Idade Média, criaram a universidade os manuscritos gregos ¢ arabes, que haviam seguido para Oriente com os cristdos heréticos (monofisitas ¢ nestorianos) ¢ com os judeus perseguidos por Bizdncio. Por muitos anos refugiados nas escolas ¢ nas bibliotecas mugulmanas, Aristételes, Euclides, Ptolomeu, Hipécrates, Galiano, regressavam agora 4 Europa e colocavam-na em permanente sobressalto, nfo mais dando tréguas & ‘ordem das ideias. As universidades competiam entre si pelo ensinamento das obras pagis, comentavam filosofias e cosmologias que contrariavam a verdade dogmitica da Igreja, ¢ os estudantes ¢ os mestres andavam num corrupio intelectual, circulando & (a)ventura numa Europa unida pela religido e pela lingua. Nos séculos XVII e XVIII, pelo debate das ideias e pelo patrocinio de jornais cientificos, as academias divulgaram o paradigma cientifico modemno, de Copémico, Galileu, Leibniz ¢ Newton. Os servigos postais, tiveram entio grande desenvolvimento, ¢ os homens do iluminismo fizeram largo uso dos servigos da malaposta. Voltaire tera escrito cerca de 20 000 cartas e Leibniz umas 15 000. O latim ainda permanecia como lingua franca, embora fosse crescente a influéneia do francés, que por momentos pode ocupar o espago que é hoje da lingua inglesa, Universalizagao da ciéncia e da comunidade cientifica, fora ja esse 0 sonho das universidades medievais e das academias iluministas. Mas a abrir-lhe as portas estariam os novos meios de comunicagao, afinal de contas, os diferentes servigos da Internet, as novas tecnologias de informagio, que a associagio das telecomunicagées e da informatica tornou possiveis: 0 correio electrénico (e-mail), 0 protocolo de transferéncia de ficheitos (fip), a ligagdo remota a computadores (telnet), e sobretudo a rede em hipertexto (world wide web). Realizacao dos mitos que a "arvore do conhecimento" e Babel figuram na nossa tradi¢ao judaico-crista, a Internet aparece entdo com a vertigem do conhecimento absoluto ¢ da comunicagao universal, prolongando 0 sonho das comunidades cientificas de todas as épocas, que fizeram das bibliotecas o iiltimo reduto dessa esperanga indefinidamente adiada. Ena verdade, quando em 1941, Jorge Luis Borges escreveu A biblioteca de Babel, a biblioteca era jé 0 computador moderno, uma espécie de maquina-universo, que "existe ab aeterno" e cujo "nimero de Ip:ooce ub ppagimartine-moises-emos-bib-babeL tml 18 awova018 Molaés de Lemos Martins, A biboleca de Baba a drvore do conhecimanto simbolos ortogrificos ¢ de 25"(2). Sobre os cacos de Babel ¢ a meméria do Jardim do Eden, a biblioteca figurada por Borges fazia j adivinhar a biblioteca universal hipertextual, que a digitalizago e as telecomunicagdes tornam hoje possivel. Universal, porque biblioteca virtual de todos os documentos guardados em todas as bibliotecas do mundo, a rede espalha-a, urbi et orbi, de modo que ela também existe em Portugal, ¢ esti a nossa disposigdio do Minho ao Algarve, através dos seus servidores. Corpos déceis ¢ titeis Talvez ndo passe, no entanto, de um equivoco unanimizante e homogeneizador, tanto sobre a natureza do conhecimento, como sobre a natureza da comunicasao, a ideia de um conhecimento universal, comunicado universalmente através das novas tecnologias informativas. E 0 que acontece quando a razio comunicativa se esgota na légica da razio informativa, O imperativo tecnolégico da teoria da informagao dispensa 0 mperativo ético da racionalidade comunicativa, dispensa a razo do "outro", que preside & partcipago e 4 comunicago do conhecimento, dispensa o "corpo", que é preciso dar & comunidade(4). E ha mais, hd que denunciar também a ideia de comunicagdo que é alienada pela razdo liberal, como se, espaco aberto a quem nele queira entrar, o discurso fosse de livre participagdo, na tinica condigao de exibirmos suficiente talento e mérito. Bem o sabemos, do que geralmente se trata quando falamos de participagao no trabalho, de cultura ¢ de identidade nas empresas, de comunicagao nas organizagées, ¢ da mobilizagdo dos trabalhadores para a competitividade no mercado. O mercado sim é que é lei, ¢ ndo as efectivas relagdes de comunicagao, exercidas nas condigdes concretas de um dado campo social. Efectivas relagdes de comunicagao, quero dizer, a abertura a uma comunidade de corpos "reais", onde o tempo do “outro” se impde como uma exigéncia ética(5). E da mesma maneira, é ainda uma questio de mobilizagao tecno-cientifica (electrénica) da comunidade cientifica para a competitividade no mercado a proposta de uma comunicagao universal do conhecimento. A racionalidade informativa funda-se na relagdo entre um locutor que utiliza uma expresso e um destinatirio que a compreende. E este ponto de vista é por demais tributério de uma teoria da informagio "ao servico das companhias telefonicas"(6). A classica teoria matematica da informagdo de Shannon e Weaver preocupa-se, fundamentalmente, com a transmisstio de mensagens, ¢ especificamente com a neutralizagiio ¢ a compensagdo de ruidos. Nao se preocupa com a interaccao (entendida como interrelagdo de sujeitos concretos, com interesses precisos, em condicdes especificas de espaso e de tempo, o que quer dizer, seguindo as linhas de forga de um determinado campo social). Em meu entender, é no desenvolvimento desta Jogica informativa, formalista, tecno-instrumental, que se compreende a revolugao informatica, telematica e de digitalizago interactiva, actualmente em pleno curso. A racionalidade informativa apoia-se em sofisticados aparelhos, quer de captagdo de imagem e de teledetecgdo, quer de telecomunicagao por ondas hertzianas, por cabo ou por satélite, e inunda o planeta com um fluxo continuo e gigantesco de mensagens sonoras ¢ visuais. No entanto, o esquema locutor-destinatario apresenta-se como uma mera razdo instrumental universal, que apenas dé a ideia de trazer um novo folego a ideologia do progresso. F essa a ligdo a tirar do mundo das organizagdes industriais ¢ das tentativas feitas por ‘Taylor, Ford e Fayol, no comego deste século, para o racionalizar. Dividindo o trabalho em tarefas coneretas e mecanizando o operario na jinica tarefa que Ihe atribuia, o esquema da Organizagio Cientifica do Trabalho ajustava o homem a maquina, tendo em vista evitar as perdas de tempo. Podemos dizer, por analogia, que o esquema informativo vem agora ajustar o homem a tecnologia informativa, sendo seu propésito reduzir as perdas de mensagem. O paradigma informativo é assim um projecto de modemidade, um projecto racionalizador. Racionalizador do espago e racionalizador do tempo. O tempo da luz e a sua violencia alvez seja 0 fenémeno da globalizagdo do tempo (conhecer tudo mais depressa, conhecer tudo ja, conhecer tudo imediatamente), a principal caracteristica da nossa modemnidade. F ela que nos daa ilusao da vizinhanga global. E os principais factores de globalizagdo do tempo talvez sejam a mobilidade da tecnologia hip boce-ubiptpagimartins-moises-4emos-bib-babel. him! 216 suow2018 Moisés de Lemos Martins, A biblioteca de Babel ea arvare do conhecimento ¢ a mobilidade da informagao, ao lado sem diivida de outros factores, como a mobilidade dos transportes ¢ a mobilidade dos recursos econémicos e financeiros. As novas tecnologias da informagao e as chamadas auto-estradas da informagdo constituem hoje os grandes idolos da nossa modemnidade. Ouvimos chamar-lhes "tecnologias limpas", numa expresso que mistura a admiragdo e o deslumbramento. As tecnologias da primeira e da segunda revolugdo industrial conhecemo-las bem: sao poluentes e procedem por desbaste (de montanhas, florestas, oceanos ¢ rios). Quanto as novas tecnologias informativas, como que seriam exactamente o contrério: produziriam mensagens sonoras € visuais nas mais perfeitas harmonia ecol6gica ¢ transparéncia humana. A tese de que a computorizagio produz a ideologia da transparéneia comunicacional ¢ desencadeia o declinio das grandes narrativas e a crise de legitimidade (o que quer dizer, de autoridade) data de La condition post- moderne, de Jean-Francois Lyotard. Entretanto, Gianni Vattimo(7) introduz uma nuance: as novas tecnologias da informagao caracterizam esta sociedade nao como mais transparente, nem como mais consciente de si ou mais iluminada, mas como uma sociedade mais complexa, até caética, sendo precisamente neste relativo caos que residem as nossas esperangas de emancipagao. Ha, & verdade, uma mudanga radical na nossa cultura ao deslocarmo-nos dos stomos para os bits. Paul Virilio dio como a passagem "do espago da matéria ao tempo da luz", O que quer dizer que hha uma desmaterializaco da relagdo homem-maquina. Esta desmaterializagdo contraria a nossa visio da violéncia, tradicionalmente centrada na carne e no sangue. Mas nao dissolve a violéncia, Nem a supera. Nao hd, de modo nenhum, transparéncia humana, nem harmonia ecolégica, na racionalidade informativa. Nao hd oretomo a um "novo humanismo" Gostaria de me ater, por uns momentos, a este "tempo da luz" e a sua violéneia "desmaterializada", interrogando, a titulo ilustrativo, a natureza da mensagem televisiva. E minha ideia que a mensagem & um efeito de visibilidade medidtica, que impie a exclusio e que procede por desbaste. Penso que a mensagem © outro nome da noticia, o outro nome da actualidade, o outro nome da informagio. E supde um processo de escolha, de selecgdo, que desbasta ¢ exclui. A mensagem é uma estrela que nos ofusea ¢ nos faz cegos na terra dos homens (cegos & exclusio e & desbastagdo). Digo que a mensagem é uma estrela reverberante que nos deslumbra e cega. E com efeito, noticia é Versace, Christian Dior, Valentino, e mais duas divzias de criadores de moda. Noticia é Claudia Schiffer, Elle Mcpherson, Naomi Campbell, e mais outras tantas dizias de top models. Noticia é Ronaldo, Romario, Luis Figo, e mais uns tants futebolistas. Noticia ¢ Belmiro de Azevedo, Américo Amorim, Stanley Ho, e mais uma pléiade de empresérios (neste iltimo exemplo, cinjo- me, por comodidade, ao caso portugués). ‘A noticia parasita e vampiriza a esperanga de populagdes inteiras. A noticia desbasta o sonho de populagdes inteiras. Alimenta-se de todos nés que sonhamos com o caminho das estrelas, sem nada sabermos da usurpagao, da confiscacdo e da desbastacdo. E depois, os centros difusores das noticias constituem uma restrita oligarquia. Os dois principais bancos de imagens alimentam a quasi-totalidade das estagdes de televistio do mundo. Mais de trés quartos das informagées da imprensa emanam apenas de cinco agéncias activas no plano mundial (Associated Press, United Press International, Reuter, France Press e Tass). Diz-se que gerir informagées é gerir poder. E com razo, porque gerir informagiio & gerir o tempo das pessoas, é ser seu guardido, é "colonizar-Ihes o espirito", na expresso de Edgar Morin(8). Nesta medida, as novas tecnologias da informagao sao instrumentos de dominagao. Pode dizer-se também que 0 fendmeno da globalizaco do tempo vai a par com 0 fendmeno da inversio do seu conceito. O que ¢, por exemplo, manifesto na inverséio da experiéncia que pobres e ricos tém da temporalidade, Podemos assim dizer que o estilo de vida dos verdadeiros ricos do nosso tempo em nada se assemelha ao estilo de vida dos ricos de antigamente. Sempre a correr de aeroporto em aeroporto, a uma velocidade cada vez mais vertiginosa, conectados em permanéncia com as bolsas de Nova lorque, Téquio, Frankfurt, Londres ¢ Paris, os nossos grandes homens de negdcios ndo tém tempo para nada nem para ninguém. A pressa impede-os de ver os outros; ¢ deste modo, fazem um caminho solitatio, Escravos do ‘tempo que nio tém, dir-se-ia que constituem a prova clamorosa de um crime de confiscagdo e usurpasio do tempo. Nao era assim antigamente. Rico era aquele que tinha todo o tempo do mundo. E com todo o tempo que tinha, podia gozar os prazeres da vida, conviver com os seus iguais... podia mesmo ser generoso. eroe-bib-babel nim ais hip:feoce.ubipfpagimartins-moises suow2018 Moisés de Lemos Martins, A biblioteca de Babel ea arvare do conhecimento Com os pobres deu-se um processo inverso. Trabalhando de sol a sol, e também pela noite dentro, com uma prole numerosa para sustentar, o pobre nao tinha tempo para nada. A sobrevivéncia era para si um pesado € absorvente encargo. O que no acontece hoje. Ao pobre sobra-Ihe agora o tempo todo, para morrer aliés a todo momento, E é um eufemismo falar de "bolsas de pobreza", porque os pobres so uma multidao que alastra assustadoramente no mundo. As ciéneias sociais eriaram, em sua intengdo, a categoria de excluidos. Excluidos da vida. Excluidos dos circuitos do progresso. O corpo "real" eo tempo do "outro" Nao querendo, de modo algum, inscrever a minha voz no coro que se levanta em alarido erescente contra a dissolugdo dos fundamentos do mundo modemo, diabolizando a técnica e dando mecha As cruzadas anti- tecnolégicas, tecnéfobas, avessas a computadores, entendo, no entanto, que a racionalidade tecnolégica é um projecto da modemnidade, que racionaliza o espago e o tempo, € nos normaliza. Por um lado, anula ¢ ‘compensa ruidos, ajustando © homem a maquina, de maneira a evitar perdas de mensagem, Por outro, globaliza o tempo, impondo-nos a ilusdo de uma vizinhanga global: banaliza todas as misérias deste mundo, oftusca-nos com o brilho de sonhos que nos vampirizam a alma e produz 0 conformismo. Era Borges quem escrevia em A biblioteca de Babel: receio que "a espécie humana -a ‘imica- esteja quase a extinguir-se, e que a Biblioteca perdure: iluminada, solitéria, infinita, perfeitamente imével, recheada com volumes preciosos, indtil, incorruptivel, secreta” Iluminada, solitaria, infinita. Indtil, incorruptivel, secreta. E verdade que a ideia de Borges tem muitos contraditores. Ndo falta quem entenda que ¢ publica ¢ profana a nova cultura de uma escrita transportada pela electicidade, Ao entrar na Internet pelo écran digital, a nova escrita ter-se-ia libertado do Templo, do cdnone e das autoridades, furtando-se & legalidade da instituigo. E seria interactiva: a nova esc electrénica nao seria meramente informativa; seria também interactiva, Seria escrita de movimento, de engendramento, de transformaco: miltipla, piiblica, espectacular, imaterial. No ciberespago hipertextual, a escrita conteria a sua propria transformagao visual e emocional(9). Mas nesta imaterialidade da luz, nem a nova escrita, nem a nova comunidade informativa, tém um corpo "real", 0 tempo do "outro", a exigéncia alhada medida cognitivo-instrumental e prépria da filosofia da consciéncia, a racionalidade informativa ¢ uma "racionalidade teleolégica", que dispensa a "razio comunicacional", que dispensa o caracter argumentativo da racionalidade, ou seja, o moralmente pritico e 0 esteticamente expressivo(10). Hoje, ndo hé limites que possamos erguer contra a capacidade de fazer: 0 imperativo tecnolégico legitima-se pela poténcia, E nio ¢ excessivo dizermos, neste contexto, que a racionalidade informativa tecnolégica alimenta um designio de homogeneizagao universal, impondo ao planeta uma razdo macrocéfala ¢ total. Referéncias bibliogrficas (1)- FIDALGO, Anténio, 1996, "Os novos meios de comunicagao ¢ o ideal de uma comunidade cientifica universal", X° Universdrio da Universidade da Beira Interior, Covilha, UBI, pp. 37-47. (2)- BORGES, Jorge Luis, s. d. (1941), "A biblioteca de Babel", Georges Gharbonnier (Org.), Entrevistas com Jorge Luis Borges, Lisboa, Inicio, pp. 125-138. (3)- DUSSEL, Henrique, 1994, "La razén del otro, La ‘interpelacién’ como acto-de-abla", Henrique Dussel (org.), Debate en torno a la ética del discurso de Apel, Madrid, Siglo Veintiuno de Espafia Ed., pp. 55-89. hip boce-ubiptpagimartins-moises-4emos-bib-babel. him! 48 suow2018 Moisés de Lemos Martins, A biblioteca de Babel ea arvare do conhecimento (4)- BOUGNOUX, Daniel, 1993, Sciences de l'information et de la communication (lextes essentiels), Paris, Larou (5)- MARTINS, Moisés de Lemos, 1997, "Vontade e representagao no discurso. A cultura organizacional como modo de enunciagao", Actas do VIII.” Seminario Ibero- americano do RC 10 da Associagao Internacional de Sociologia, Vol. I, pp. 215-225 (Cadernos do Noroeste, Braga, Vol. 10, 0.1). (6)- GENINASCA, Jaques, 1991, "Du texte au discours littéraire et Nouveaux Actes Sémiotiques ("Le discours en perspective"), Universit son sujet", de Limoges, p. 12. (7)- VATTIMO, Gianni, 1991, A sociedade transparente, Lisboa, Ed. 70, p.12. (8)- MORIN, Edgar, 1983 (1962), L'esprit du temps, Paris, Grasset. (9)- MOURAQ, José Augusto, 1997, "Para uma poética do hipertexto" (inédito). (10) - HABERMAS, Jurgen, 1990, "Aporias de uma teoria do poder", O discurso filoséfico da modernidade, Lisboa, Dom Quixote, p. 291 hip boce-ubiptpagimartins-moises-4emos-bib-babel. him! 51s

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