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projeto UCA

Projeto Um Computador por Aluno


1 Ministério da Educação
projetouca@mec.gov.br
http://www.mec.gov.br

Cartilhas Projeto UCA: Projeto UCA

Copyright © 2010, Escola Superior de Redes RNP

Autor
Equipe do Laboratório de Pesquisas
MídiaCom, vinculado ao Departamento
de Engenharia de Telecomunicações
e ao Instituto de Computação da
Universidade Federal Fluminense (UFF)

Produção Editorial

Versão
1.0.1

Esta obra é distribuída sob a licença


Creative Commons: Atribuição e Uso Não-Comercial 2.5 Brasil
Projeto Um Computador
por Aluno (UCA)

Esta cartilha apresenta a série de cartilhas ela-


boradas para o Projeto UCA por especialistas do
Laboratório MídiaCom da Universidade Federal Flu-
minense (UFF) e organizado pela Escola Superior
de Redes RNP.

As cartilhas têm por objetivo orientar as secretarias


estaduais e municipais de educação na preparação
da rede sem fio para a implantação do Projeto Um
Computador por Aluno (UCA) nas escolas.

Projeto UCA
O desenvolvimento científico e tecnológico é um dos ele-
mentos essenciais do Projeto UCA, dirigido para o pro-
gresso e a expansão do conhecimento, a fim de permitir
a emancipação individual e coletiva, a consolidação da
democracia, a melhoria da qualidade de vida e a equida-
de social amparada em valores éticos e solidários.

Cartilhas UCA
O projeto possui como pontos inovadores:

\\ Uso do notebook por todos os estudantes e educadores


da escola pública em um ambiente que permita a
imersão em uma cultura digital;

\\ Mobilidade de uso do equipamento em outros ambien-


tes dentro e fora da escola;

\\ Conectividade, pela qual o processo de utilização do


notebook e a interação entre estudantes e professores
ocorrerão por meio de redes sem fio conectadas à
Internet;

\\ Incentivo
ao uso de softwares livres e inserção em
comunidades para a disseminação do conhecimento;

\\ Uso pedagógico das diferentes mídias colocadas à


disposição no notebook educacional.

Os notebooks educacionais permitem romper com as li-


mitações de tempo e espaço fixo da escola tradicional,
uma vez que a portabilidade permite o uso em outros
ambientes dentro e fora da escola. A mobilidade flexi-
biliza os tempos escolares, pois a aprendizagem pode
ser tanto no horário formal da escola quanto em outros
momentos do dia a dia dos estudantes e educadores.

Diante disso, a preparação da infraestrutura capaz de


garantir que os equipamentos possam se conectar entre
si e à Internet é essencial para o sucesso do projeto.

Boa leitura!

2 Projeto Um Computador por Aluno


As Cartilhas
O formato das cartilhas valoriza a comunicação direta,
pois elas podem ser lidas facilmente e em pouquíssi-
mo tempo. As cartilhas estão ricamente ilustradas com
figuras e tabelas de referência, além de glossário e refe-
rências listadas ao lado do conteúdo relacionado. São
compactas e fáceis de transportar para os locais de es-
tudo ou trabalho.

O conteúdo objetivo torna acessível a todos o conheci-


mento técnico especializado sobre redes sem fio, possi-
bilitando a criação de redes confiáveis para os alunos e
a livre retransmissão deste conhecimento, com investi-
mento mínimo

A informação está organizada em cartilhas que podem


ser lidas de forma independente, reunindo os diversos
aspectos das redes sem fio. As cartilhas elaboradas para
o projeto são:

\\ Introdução

\\ Redes sem fio

\\ Propagação de ondas

\\ Antenas

\\ Planejamento da instalação

\\ Configuração do ponto de acesso

\\ Segurança

\\ Projetos de rede sem fio

Cartilhas UCA 3
Redes sem fio
As redes sem fio Wi-Fi se tornaram populares nos últimos
dez anos e podem ser facilmente encontradas nos lares
e nas empresas. Também não é difícil encontrá-las em
locais públicos como aeroportos, livrarias e cafeterias.
Algumas cidades oferecem acesso à Internet aos seus ci-
dadãos usando a tecnologia.

A rede sem fio Wi-Fi se concentra em torno de um dis-


positivo chamado ponto de acesso, ou roteador sem fio.
O ponto de acesso também está conectado à rede com
fio e à Internet, promovendo a ligação entre os dispositi-
vos com fio e sem fio. Assim, um notebook não precisa
conectar-se diretamente com a rede através de um cabo,
bastando que ele possua uma interface de rede sem fio
(presente em praticamente todos os notebooks) e se as-
socie ao ponto de acesso.

A cartilha Redes sem fio apresenta os elementos essen-


ciais de uma rede sem fio.

Propagação de ondas
A comunicação sem fio trata da troca de informação entre
dois rádios e, desta forma, está sujeita às mesmas limita-
ções de qualquer sistema de rádio comunicação. O sinal
da rede sem fio Wi-Fi sofre com obstruções, reflexões e
com a distância.

Uma rede sem fio Wi-Fi típica opera dentro de uma área
de dezenas de metros. Em distâncias maiores, a comu-
nicação pode ser difícil ou até mesmo impossível. No
entanto, a distância não é tudo. Um ponto mais distante
pode ser favorecido por reflexões que reforçam o sinal, ao
passo que um ponto próximo ao ponto de acesso pode
ser desfavorecido, devido a um obstáculo como uma es-
tante metálica, por exemplo.

4 Projeto Um Computador por Aluno


Por causa das características do sinal da rede sem fio
Wi-Fi, mais especificamente as frequências de operação,
alguns materiais são mais absorventes do que outros.
A água, por exemplo, absorve boa parte da potência de
uma rede sem fio Wi-Fi e, por isso, as pessoas, que são
basicamente constituídas de água, são fortes obstáculos
às redes sem fio.

Para conhecer melhor esses tópicos, consulte a cartilha


Propagação de ondas.

Antenas
Parte integrante de qualquer sistema de comunicação
sem fio, a antena desempenha um importante papel no
sucesso da instalação. O entendimento das duas princi-
pais propriedades de uma antena, diretividade e ganho,
ajuda na escolha da antena.

Nem sempre a antena fornecida junto com o equipamen-


to de rede sem fio é a mais adequada. Existem antenas
indicadas para áreas internas da escola e outras para as
áreas externas. As antenas escolhidas podem ser de vá-
rios tipos, como omnidirecional, direcional e setorial. A
escolha da antena vai depender da área a ser coberta
com o sinal de rede sem fio Wi-Fi.

Para conhecer melhor esses tópicos, consulte a cartilha


Antenas.

Cartilhas UCA 5
Planejamento da instalação
Para uma instalação mais simples, os conceitos contidos
nessa série de documentos devem facilitar a tomada de
decisões. No entanto, para cenários mais desafiadores,
técnicas mais avançadas serão necessárias. Uma dessas
técnicas é a realização do planejamento da instalação
(site survey).

Site survey é um levantamento das informações auxiliares


na elaboração de um projeto. Dados como a planta baixa
da edificação, com a localização de pontos de interesse,
como as salas que se deseja “iluminar” ou obstáculos
importantes, como a identificação das redes próximas,
inclusive com a verificação de seus canais de operação e
a localização de fontes de interferência, são tipicamente
levantados durante um site survey.

A cartilha Planejamento da instalação traz mais informa-


ções sobre esta importante técnica.

Configuração do ponto de acesso


Por maior que seja o esforço dos fabricantes em tornar
simples para qualquer usuário a tarefa de instalação de
um ponto de acesso, uma série de decisões que afetam
o desempenho e a segurança da rede deve ser tomada
antes do início da configuração.

Para saber mais sobre a configuração de pontos de aces-


so, leia a cartilha Configuração do ponto de acesso.

6 Projeto Um Computador por Aluno


Segurança
Os computadores em rede estão sujeitos a uma série de
problemas de segurança. As redes sem fio possuem vul-
nerabilidades adicionais por conta da transmissão do si-
nal pelo ar, em comparação com a rede tradicional, que
utiliza fios. A segurança de uma rede sem fio é mais difícil
de ser implementada, já que, por sua própria natureza,
a localização de dispositivos conectados pode ser desco-
nhecida. É possível, inclusive, que invasores utilizem an-
tenas especiais para tentar comprometer redes distantes,
instaladas em prédios vizinhos.

Existem muitas técnicas de segurança disponíveis e, para


tornar a vida do usuário leigo mais difícil, ele muitas ve-
zes se vê diante do dilema de escolher, como sua confi-
guração de segurança, uma dentre as diversas siglas sem
sentido. Uma dessas tecnologias, chamada WEP, ainda
está presente em vários pontos de acesso, fornecendo
uma ideia falsa de segurança, já que é vulnerável ao ata-
que de invasores razoavelmente bem informados. O WPA
(ou, ainda melhor, o WPA2) é uma técnica também am-
plamente disponível e que oferece um nível de segurança
aceitável para a maior parte das redes.

A cartilha Segurança traz informações adicionais sobre


esse importante tema e aborda a terminologia básica
envolvida.

Projetos de rede sem fio


É certo que escolas contempladas pelo projeto UCA apre-
sentarão diversidades arquitetônicas, por serem localiza-
das em diferentes regiões e por suas diferentes datas de
fundação, levando a crer que é extremamente improvável
que um mesmo modelo de distribuição de conectividade
seja suficiente para atender a todos os casos.

As escolas podem variar não apenas em dimensão física


ou em número de pavimentos, mas também em termos

Cartilhas UCA 7
de materiais, espessuras de paredes, da instalação elé-
trica, da presença de portões metálicos, ou do tipo de
teto, dentre outros traços construtivos. Algumas escolas
poderão funcionar em prédios antigos, e até mesmo tom-
bados. A concentração de alunos pode variar entre uma e
outra e até mesmo aspectos aparentemente irrelevantes,
como a presença de árvores nos pátios da escola, podem
determinar a viabilidade econômica de uma solução.

Para saber mais sobre o caso real da instalação de uma


infraestrutura de rede sem fio no Colégio Pedro II e em
um CIEP no Rio de Janeiro, leia a cartilha Projetos de
rede sem fio.

8 Projeto Um Computador por Aluno


Projeto Um Computador
por Aluno

Introdução >

Redes sem fio >>

Propagação de ondas >

Antenas >>

Planejamento
da instalação >

Configuração do
ponto de acesso >>

Segurança >

Projetos de rede
sem fio >>
Projeto UCA

Esta cartilha apresenta a série de


cartilhas do Projeto UCA elaborada
por especialistas do Laboratório
MídiaCom da Universidade Federal
Fluminense (UFF) e organizada pela
Escola Superior de Redes RNP.

As cartilhas têm por objetivo orien-


tar as secretarias estaduais e munici-
pais de educação na preparação da
rede sem fio para a implantação do
Projeto Um Computador por Aluno
(UCA) nas escolas.
redes sem fio

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Cartilhas Projeto UCA: Redes sem fio

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MídiaCom, vinculado ao Departamento
de Engenharia de Telecomunicações
e ao Instituto de Computação da
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Esta obra é distribuída sob a licença


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Redes sem fio

Esta cartilha apresenta os conceitos básicos


da tecnologia Wi-Fi, o principal padrão de
comunicação em redes sem fio para notebooks
e outros dispositivos móveis ou fixos.

O que é uma rede sem fio?


Uma rede sem fio Wi-Fi é uma tecnologia que permite a
comunicação entre equipamentos sem a necessidade de
utilizar cabos. Os equipamentos enviam e recebem si-
nais através do ar, utilizando uma faixa de frequência não
licenciada e, portanto, não necessitam de permissão para
seu uso. A rede sem fio permite uma maior mobilidade
e redução de custo em relação às redes tradicionais,
porque sua instalação é mais simples e rápida.

Figura 1
Selo da Anatel

Para que os equipamentos possam se comunicar entre si,


devem usar os mesmos padrões de comunicação. A rede
sem fio Wi-Fi está baseada no padrão IEEE 802.11, cria-
do pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos

Antenas
(IEEE), que define o conjunto de regras para a comuni-
cação sem fio de diferentes tipos de equipamentos.

Com o objetivo de garantir a interoperabilidade dos


Capacidade de diversos tipos de equipamentos e fabricantes existentes, foi
comunicação criado um consórcio chamado Aliança Wi-Fi. Este consórcio
entre diferentes avalia, certifica e concede o selo Certificado Wi-Fi® para
equipamentos os equipamentos que aderem ao padrão IEEE 802.11.

No Brasil, a Anatel é a agência reguladora responsável


pela certificação dos equipamentos sem fio. A certificação
garante a aquisição e o uso de produtos de telecomuni-
Wi-Fi® é marca cações que respeitam padrões mínimos de qualidade e
registrada do Wi-Fi de segurança, além das funcionalidades técnicas regu-
Alliance lamentadas pela agência. Os equipamentos certificados
www.wi-fi.org possuem um selo conforme mostra a figura 1.

Características das redes sem fio


Taxa de transferência
(velocidade de transmissão)
A taxa de transferência expressa a velocidade em milhões
de bits por segundo (Mbps) com que um dispositivo de
comunicação transmite os dados em uma rede.

Em uma rede sem fio, a taxa de transmissão varia de


acordo com a qualidade da comunicação entre os dis-
positivos. A presença de obstáculos, interferências de
outros equipamentos e distâncias maiores reduz a qua-
lidade da comunicação. A ausência desses elementos
possibilita maior velocidade na transmissão dos dados.

Alcance
Alcance ou área de cobertura do sinal de uma rede sem fio
é a distância máxima com que um equipamento é capaz
de trocar informações com uma rede sem fio. O alcance de

2 Projeto Um Computador por Aluno


uma rede sem fio pode chegar até 300m em ambientes
abertos e sem obstáculos. Já em ambientes fechados —
com paredes, portas e até mesmo pessoas entre os equipa-
mentos — em geral o alcance fica em torno de 50m.

Frequências de operação
Frequência é a taxa com que a onda eletromagnética se
Forma de alterna, usualmente medida em Hertz. Enquanto as esta-
propagação de ções de rádio e TV necessitam de autorização para uso das
energia capaz frequências em suas transmissões, as redes sem fio utili-
de conduzir zam frequências que não necessitam de autorização para
informação pelo o seu uso — frequências de 2,4 GHz e 5 GHz. Por não
espaço livre necessitarem de licenciamento, estas frequências também
são utilizadas por outros equipamentos, como forno de mi-
Unidade de croondas, telefones sem fio e dispositivos Bluetooth.
medida que
significa repetições Os dispositivos que operam em 2,4 GHz são mais difun-
por segundo didos do que aqueles que operam em 5 GHz. Por conta
de sua popularidade, estes dispositivos sofrem maior in-
Padrão de terferência, prejudicando a qualidade da comunicação
comunicação para e a eficiência da rede. Por sua vez, os dispositivos ope-
redes pessoais sem rando em 5 GHz, por sua menor popularidade, estão
fio de curto alcance menos sujeitos a interferência. A interferência dificulta
a comunicação entre os dispositivos de uma rede sem
fio, pois, quando um sinal desejado e outro indeseja-
do (interferente) são recebidos simultaneamente por um
dispositivo, este pode ser incapaz de distinguir (isolar) o
sinal original, provocando a perda da mensagem.

Canais de operação
Um equipamento de rede sem fio é configurado para
operar em um determinado canal, o que significa que os
dispositivos que operam nesta rede devem “sintonizar”
este canal de forma análoga a uma rádio FM.

No Brasil, a faixa de frequência de 2,4 GHz está dividida


em 11 canais, numerados de 1 a 11. Cada canal tem

Redes sem fio 3


uma largura de 22 MHz, separados um do outro por
apenas 5 MHz. A implicação prática é que os canais
vizinhos interferem uns nos outros. Os canais 1, 6 e 11,
por estarem suficientemente separados, não interferem
entre si, e por isso são chamados de canais ortogonais,
conforme ilustra a figura 2.

A escolha apropriada do canal de operação do ponto de


acesso, ou seja, a procura de um com menos tráfego
(ou ruído), é uma prática recomendada para a redução
da interferência.

Figura 2
Canais de
operação de uma
rede sem fio Wi-Fi

Canal Frequência (MHz)

1 2412

2 2417

3 2422

4 2427

5 2432

6 2437

7 2442

8 2447

9 2452

10 2457

11 2462

4 Projeto Um Computador por Aluno


Padrão IEEE 802.11
À medida que a tecnologia de redes sem fio Wi-Fi evo-
luía, o padrão IEEE 802.11 foi expandido de forma a
melhorar aspectos da rede, como a taxa de transmissão
e a segurança. Estas melhorias foram incorporadas sob
a forma de “emendas”, designadas por letras acrescenta-
das ao nome do padrão, como o IEEE 802.11g. A seguir,
algumas dessas emendas são explicadas sucintamente.

802.11b
O padrão 802.11b foi o primeiro padrão IEEE 802.11
a se popularizar. Ele opera na faixa entre 2,4 e 2,4835
GHz e tem a possibilidade de estabelecer conexões nas
seguintes velocidades de transmissão: 1 Mbps, 2 Mbps,
5,5 Mbps e 11 Mbps.

802.11a
O padrão 802.11a foi lançado no mesmo ano que o
802.11b (1999) e, apesar de oferecer taxas mais altas, não
alcançou a mesma popularidade. As taxas adicionais ofere-
cidas pela emenda “a” são: 6 Mbps, 9 Mbps, 12 Mbps, 18
Mbps, 24 Mbps, 36 Mbps, 48 Mbps e 54 Mbps.

As frequências utilizadas por este padrão estão entre


5,725 e 5,875 GHz. Nesta faixa de frequência mais
alta, o sinal é mais suscetível a perdas de propagação,
diminuindo seu alcance em comparação com a faixa
utilizada pelo IEEE 802.11b. Em contrapartida, o uso
desta frequência pode ser conveniente por estar menos
sujeita a interferência de outros dispositivos.

802.11g
O padrão 802.11g pode ser considerado o sucessor do
padrão 802.11b, pois opera na mesma faixa de frequên-
cia. Dispositivos que implementam o 802.11g costumam

Redes sem fio 5


também ser “retro-compatíveis”, isto é, implementam
também o 802.11b, sendo muitas vezes especificados
como dispositivos 802.11b/g. Sua principal vantagem é
a possibilidade de operar com taxas de transmissão de
até 54 Mbps, como o IEEE 802.11a, e ao mesmo tempo
ter o alcance do IEEE 802.11b.

802.11n
O desenvolvimento do padrão 802.11n foi iniciado em
2004, com previsão de publicação em 2010. Este pa-
drão pode operar nas faixas de 2,4 GHz e 5 GHz, o que
o torna compatível com os padrões anteriores.

Sua principal característica é o aumento considerável


das taxas de transferência de dados através da combi-
nação de várias vias de transmissão (múltiplas antenas).
Uma das configurações mais comuns é o uso de ponto
de acesso com três antenas e estações com a mesma
quantidade de receptores.

O padrão 802.11n pode operar com taxas de transmis-


são de dados de até 300 Mbps. Existem no mercado
equipamentos que oferecem capacidades baseadas nas
versões preliminares do padrão, chamados “pré-n”.

Tipos de equipamentos
Pontos de acesso
O ponto central de qualquer rede sem fio é o ponto de
acesso (access point ou AP), também chamado de ro-
teador sem fio (figura 3). O ponto de acesso conecta to-
dos os equipamentos sem fio à rede tradicional cabeada,
onde está a conexão com a Internet.

Existe um número máximo de clientes que podem se


conectar ao mesmo tempo ao mesmo ponto de acesso.

6 Projeto Um Computador por Aluno


Devido ao compartilhamento das frequências, quanto
maior for o número de clientes conectados a um mes-
mo ponto de acesso, menor será a velocidade de acesso
à rede. Para que um dispositivo possa utilizar a infra-
estrutura de uma rede sem fio, ele deve primeiramente
se “associar” a um ponto de acesso. Cada conjunto for-
mado por um ponto de acesso e seus clientes constitui
uma rede que é identificada por um SSID (Service Set
Identifier). O usuário deverá selecionar o nome da rede
(SSID) a qual deseja se conectar, para iniciar o processo
automático de associação.

Figura 3
Ponto de acesso

Para aumentar a segurança da rede e evitar o uso não


Para saber mais, leia autorizado, é comum o emprego de senhas de segu-
a cartilha Segurança rança configuradas no ponto de acesso. O usuário deve
conhecer esta senha e informá-la para ter acesso à rede.
Uma vez associado, o cliente terá acesso aos serviços
oferecidos pela rede, como o acesso à Internet.

Clientes
Os clientes da rede sem fio são os computadores de
mesa, portáteis (notebooks), agendas eletrônicas (PDA),
telefones celulares (tipo smartphones) e até consoles de
videogame (figura 4).

Redes sem fio 7


Figura 4
Exemplos
de clientes

Para conectarem-se a uma rede sem fio, os equipamentos


precisam ter uma interface Wi-Fi. Atualmente, a maioria
dos notebooks já possui uma interface Wi-Fi integrada.
Computadores de mesa e modelos antigos de notebook
necessitam da instalação de uma placa de rede Wi-Fi.

Placa PCI Wi-Fi


A placa PCI Wi-Fi (figura 5) é instalada na parte inter-
na docomputador de mesa, o que requer mão de obra
especializada.

Figura 5
Placa PCI Wi-Fi

8 Projeto Um Computador por Aluno


Adaptador USB Wi-Fi
Como o próprio nome indica, o adaptador USB Wi-Fi
(figura 6) utiliza uma porta USB do computador. A vantagem
desse tipo de dispositivo está no fato de não ser necessário
abrir o computador para instalá-lo, e de ser possível remo-
vê-lo facilmente para conectá-lo em outro computador.
Figura 6
Adaptador USB
Wi-Fi

Cartão PCMCIA
PCMCIA é um formato tradicional de cartão encontrado
em notebooks antigos, tendo sido substituído pelo padrão
PC Express.

Redes sem fio 9


10 Projeto Um Computador por Aluno
Redes sem fio 11
12 Projeto Um Computador por Aluno
Projeto Um Computador
por Aluno

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Redes sem fio >>

Propagação de ondas >

Antenas >>

Planejamento da
instalação >

Configuração do
ponto de acesso >>

Segurança >

Projetos de rede
sem fio >>
Projeto UCA
Redes sem fio

Esta cartilha apresenta os concei-


tos básicos da tecnologia Wi-Fi, o
principal padrão de comunicação
em redes sem fio para notebooks
e outros dispositivos móveis ou
fixos.
propagação
de ondas

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Cartilhas Projeto UCA: Propagação de ondas

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Propagação de ondas

Esta cartilha descreve os principais conceitos de


ondas e propagação de ondas eletromagnéticas,
possibilitando a compreensão do funcionamento
de redes sem fio Wi-Fi.

O que são ondas?


Uma onda é uma vibração periódica que se propaga no
espaço. Por exemplo: em uma onda causada pelo arre-
messo de uma pedra em um lago, a altura da crista da
onda variará com o tempo de forma periódica, alternan-
do altos e baixos, conforme ilustrado na figura 1. Alguns
tipos de onda são bem conhecidos, como as formadas
no lago ou a onda sonora gerada quando alguém toca a
corda de um violão.

Figura 1
Onda mecânica se
propagando na água

Propagação de ondas
A velocidade de uma onda é função do meio em que ela
se propaga. No caso da onda do lago, a velocidade de
propagação pode ser obtida observando a velocidade com
que a primeira “crista” (subida da água) se afasta do pon-
to onde a pedra afundou.

No exemplo da corda do violão, as ondas sonoras pos-


suem velocidades superiores às do lago, e para o caso das
ondas eletromagnéticas a velocidade de propagação é a
Forma de velocidade da luz.
propagação de
energia capaz Além da velocidade de propagação, uma onda também
de conduzir pode ser descrita pela sua frequência e pelo seu compri-
informação pelo mento (figura 2). Essas três grandezas — velocidade (ν),
espaço livre frequência (ƒ) e comprimento de onda (λ) — se relacio-
nam através da equação abaixo:

ν
λ == ——
ƒ

Figura 2
Comprimento
de onda

2 Projeto Um Computador por Aluno


Ondas mecânicas x ondas
eletromagnéticas
Os exemplos da pedra arremessada no lago e da corda do
violão descrevem ondas mecânicas. No entanto, o tipo de
onda que nos interessa particularmente é a eletromagné-
tica, sendo a luz seu exemplo mais conhecido.

O uso de ondas para comunicação é antigo: a fala huma-


na cria uma onda mecânica (o som) que se propaga em
um meio (o ar) e é recebida pelos nossos ouvidos. Mas
as ondas mecânicas apresentam limitações para a comu-
nicação a distância. O som, por exemplo, levaria quase
uma hora para ir do Rio de Janeiro a Brasília. Apenas a
partir do século XIX, quando foram descobertas, as ondas
eletromagnéticas passaram a ser utilizadas como forma
de comunicação.

Uma vantagem da onda eletromagnética é o fato de que


ela pode ser gerada ou captada por circuitos eletrônicos
simples. Outra vantagem é o fato de que ela não precisa
necessariamente de um meio para se propagar, como a
água de um lago, a corda de um violão ou o próprio ar.

As ondas eletromagnéticas se propagam até no vácuo, o


que permite a comunicação entre antenas terrestres com
satélites no espaço, entre os próprios satélites e entre dois
pontos localizados em qualquer parte do mundo, na ve-
locidade da luz.

Propagação de ondas 3
Faixa de frequência
Equipamentos de comunicação que usam ondas eletro-
magnéticas operam em faixas de frequência distintas. Por
Intervalo exemplo, cada estação de rádio ou TV opera em uma faixa
compreendido de frequência única na sua região (figura 3). Isso quer
entre duas dizer que somente os aparelhos sintonizados nesta faixa
frequências de frequência conseguirão reproduzir o sinal enviado pela
estação.

Figura 3
Distribuição das
faixas de frequência
(Hertz)

Todos os serviços de telecomunicações (rádio, TV, telefone


celular) têm suas faixas de frequência determinadas pela
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). O uso
destas frequências é regulamentado por leis que coíbem
Para saber mais, infratores como rádios e TVs piratas que usam as faixas
leia a cartilha Redes sem permissão.
sem fio
As redes sem fio Wi-Fi utilizam as faixas de 2,4 GHz ou
5 GHz, dependendo do padrão utilizado. São frequências
não licenciadas, isto é, isentas de autorização prévia e
custos para a obtenção de licenças de operação.

4 Projeto Um Computador por Aluno


Propagação de ondas
A propagação é um modo de transmissão de energia vi-
bratória, como a luz, o som, o calor e as ondas eletromag-
néticas, através do espaço (ar, água, vácuo) ou ao longo
de uma trajetória.

À medida que se propagam, as ondas eletromagnéticas


enfraquecem, fenômeno conhecido como atenuação. A
atenuação de uma onda depende da sua frequência, do
meio de propagação e da presença de obstáculos. A faixa
de 2,4 GHz, usada em redes sem fio Wi-Fi, sofre uma
grande atenuação na presença de água. Encanamentos,
aquários, pessoas e animais, por exemplo, são obstáculos
prejudiciais para o sinal de Wi-Fi. Uma árvore absorve
quantidade considerável da energia oriunda de um ponto
de acesso Wi-Fi, impedindo a propagação do sinal. Ob-
jetos metálicos também costumam bloquear as ondas
eletromagnéticas.

É importante compreender o efeito dos obstáculos sobre


uma onda eletromagnética, como o sinal de Wi-Fi. Em
primeiro lugar, temos a chamada reflexão. Ao atingir um
obstáculo, a onda pode se refletir, como quando a luz en-
contra um espelho (figura 4).

Figura 4
Reflexão

Propagação de ondas 5
Outro fenômeno importante é a refração, que ocorre
quando uma onda passa de um meio para outro. A refra-
ção ocorre porque as ondas possuem velocidades dife-
rentes para meios diferentes e, por conta disso, mudam
de direção quando mudam de meio. Um exemplo é a
distorção que um objeto parece sofrer quando mergulha-
do parcialmente na água, que ocorre porque a luz deste
objeto foi refratada (figura 5).

Figura 5
Refração e reflexão

Finalmente, temos ainda o fenômeno da difração, que


explica como as ondas “contornam” obstáculos. O som,
por exemplo, pode contornar uma parede e “entrar” numa
sala se a porta estiver aberta. Uma luz acesa no corredor
iluminará muito bem a parte da sala que estiver na dire-
ção da porta e parcialmente o restante da sala (figura 6).

Figura 6
Difração

6 Projeto Um Computador por Aluno


Na prática, quando uma onda se propaga, ela está sujeita
aos fenômenos de reflexão, refração e difração, o que pode
dificultar a previsão de seu comportamento.

O entendimento destes fenômenos auxilia no planejamen-


to das redes sem fio. Lugares fechados como escolas, por
exemplo, são apropriados para o uso de rede sem fio Wi-
Fi, pois o fenômeno da reflexão das ondas nas paredes
ajuda a confinar o sinal, aumentando a energia recebida.
Lugares abertos, como pátios e praças, fazem o sinal se
dispersar em todas as direções, diminuindo a energia re-
cebida. A figura 7 ilustra um caso em que a comunicação
entre dispositivos está sujeita aos fenômenos de propaga-
ção (reflexão, difração e refração).

Figura 7
Fenômenos de
propagação

Propagação de ondas 7
8 Projeto Um Computador por Aluno
Projeto Um Computador
por Aluno

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Antenas >>

Planejamento da
instalação >

Configuração do
ponto de acesso >>

Segurança >

Projetos de rede
sem fio >>
Projeto UCA
Propagação de ondas

Esta cartilha descreve os princi-


pais conceitos de ondas e propa-
gação de ondas eletromagnéticas,
possibilitando a compreensão do
funcionamento de redes sem fio
Wi-Fi.
antenas

Projeto Um Computador por Aluno


4 Ministério da Educação
projetouca@mec.gov.br
http://www.mec.gov.br

Cartilhas Projeto UCA: Antenas

Copyright © 2010, Escola Superior de Redes RNP

Autor
Equipe do Laboratório de Pesquisas
MídiaCom, vinculado ao Departamento
de Engenharia de Telecomunicações
e ao Instituto de Computação da
Universidade Federal Fluminense (UFF)

Produção Editorial

Versão
1.0.1

Esta obra é distribuída sob a licença


Creative Commons: Atribuição e Uso Não-Comercial 2.5 Brasil
Antenas
Esta cartilha apresenta os princípios básicos do
funcionamento de uma antena para rede sem
fio, bem como os modelos mais comuns e suas
propriedades.

O que são antenas?


Antenas são equipamentos utilizados para enviar e rece-
ber ondas eletromagnéticas. A antena converte energia
Forma de de um transmissor (rádio) em onda eletromagnética, que
propagação de se propaga no ar até uma outra antena. A antena recep-
energia capaz tora faz o contrário, convertendo a onda eletromagnética
de conduzir
em energia para um receptor (figura 1).
informação sem a
utilização de fios
Ar

Figura 1
Transmissão e
Sinal
recepção do sinal
Rádio Rádio
Para saber mais,
leia a cartilha O exemplo da figura 1 pode ser aplicado à comunicação
Redes sem fio entre um computador e um ponto de acesso: a antena
acoplada ao computador transmite ondas eletromagnéti-
cas através do ar até a antena do ponto de acesso (neste

Antenas
caso, o receptor). Durante a comunicação, ambas as an-
tenas atuam nos dois sentidos: transmissão e recepção.

Em um projeto de um sistema de comunicação sem fio,


como as redes sem fio celulares, Wi-Fi™ ou Wi-Max,
Tecnologia de o tipo e a localização da antena devem ser escolhidos
rede sem fio que visando atender o maior número de usuários. Por exem-
oferece acesso plo, a antena transmissora da estação de TV da sua ci-
banda larga e dade está instalada em um local de altitude elevada, de
mobilidade a forma a atingir o maior número de receptores.
quilômetros de
distância

Características das antenas


As duas principais propriedades de uma antena são di-
retividade e ganho.

Diretividade
Uma lâmpada comum emite luz em todas as direções,
enquanto uma lanterna irradia de forma mais concentra-
da. A lanterna é mais diretiva que a lâmpada comum,
porque concentra a luz em uma direção apenas. As an-
tenas possuem propriedade similar, chamada de direti-
vidade, que acontece nos dois sentidos: transmissão e
recepção. Para entender o conceito de diretividade, apre-
sentamos de forma simplificada 3 tipos de antenas:

\\ Isotrópicas: transmitem e recebem por igual em todas


as direções. Na prática, este tipo de antena não pode
ser construído e serve apenas para fins didáticos e
como uma referência para as antenas reais. O sol
pode ser comparado a uma antena isotrópica.

\\ Omnidirecionais: irradiam igualmente em todas as


direções do plano horizontal.

2 Projeto Um Computador por Aluno


Figura 2
Sol: antena
isotrópica

\\ Direcionais: transmitem e recebem com maior inten-


sidade em uma direção.

Ganho
O ganho é a medida da capacidade de concentração da
potência em uma certa direção. Uma antena não acres-
centa potência ao sinal transmitido ou recebido, apenas
o concentra em uma direção. A unidade de medida utili-
zada para representar o ganho é o dBi.

Em comparação com a lâmpada comum, a lanterna


possui um ganho maior na direção para a qual está
apontada, por concentrar a luz nesta direção.

É importante notar que a escala em dBi não é linear,


recomendando cuidado na interpretação dos valores.
Por exemplo, o ganho de uma antena de 24 dBi é de-
zesseis vezes maior que o ganho de uma antena de 12
dBi, e não o dobro, como se poderia concluir. A tabela
1 mostra algumas relações da escala em dBi com uma
escala linear.

Antenas 3
Tabela 1 Aumento em dBi Aumento em escala linear
Escala em dBi ×
escala linear +0 x1

+3 x2

+10 x 10

+13 x 20

+20 x 100

Tipos de antenas
Alguns equipamentos de rede sem fio possuem antenas
fixas, enquanto outros trazem antenas destacáveis, per-
mitindo maior flexibilidade no projeto da rede sem fio,
através da escolha de uma antena com características
mais apropriadas às aplicações desejadas (como ganho
e diretividade). Os tipos de antenas mais comuns para
aplicações de rede sem fio são: omnidirecional, direcio-
nal e setorial.

Antena omnidirecional
As antenas omnidirecionais, normalmente presentes nos
pontos de acesso, não irradiam em todas as direções, mas
privilegiam apenas um plano, apesar do prefixo omni.
Todos ou tudo;
onipresente Na figura 3, observa-se que três pontos (A, B e C) po-
em latim sicionados em angulações diferentes, trocam informa-
ções com o ponto de acesso que possui uma antena
omnidirecional.

Um computador no ponto A receberá o sinal com má-


xima intensidade, por estar na direção de maior ganho
da antena. Um computador no ponto B, por sua vez,

4 Projeto Um Computador por Aluno


receberá um sinal com potência menor do que aquela
recebida no ponto A. Já no ponto C, o computador obterá
Para saber mais, uma intensidade mínima (praticamente nula) por estar
leia a cartilha numa angulação fora do feixe de irradiação da antena.
Propagação de Vale observar que, neste exemplo, não são considerados
ondas fenômenos como difração, reflexão e refração.

Figura 3 C
Curvas de irradiação B
de uma antena
omnidirecional
A

Ponto de acesso
Ponto de Acesso
Na figura 4, é apresentada uma visão tridimensional das
curvas de irradiação de uma antena omnidirecional.

Figura 4
Curvas de
irradiação de
uma antena
omnidirecional (3D)

Ponto de acesso

Antenas 5
Antena direcional
As antenas direcionais irradiam a maior parte da ener-
gia eletromagnética em uma mesma direção, proporcio-
nando um maior alcance do sinal. Elas possuem ganho
maior que as omnidirecionais, por isso seu feixe de irra-
diação é mais estreito, como mostra a figura 5.

Figura 5
Curva de irradiação
de uma antena
direcional

Por sua capacidade de concentrar a energia numa dada


direção, antenas direcionais são comumente utilizadas
para o estabelecimento de enlaces ponto-a-ponto, onde
Ligação única as antenas se encontram distantes uma da outra.
entre dois pontos
de rede, formada Antena setorial
por duas antenas
direcionais
A antena setorial é um tipo de antena direcional com
menor ganho e maior abertura, como mostra a figura 6.
Trata-se de um meio termo entre as antenas omnidire-
cionais e direcionais, em relação à forma como concen-
tra energia em uma região do espaço.

Figura 6
Curva de irradiação
de uma antena
setorial

6 Projeto Um Computador por Aluno


A antena setorial possui um ângulo de irradiação mais
aberto que o da antena direcional, sendo capaz de atingir
receptores em locais próximos sem a necessidade de que
estejam posicionados na frente da antena. Em contra-
partida, uma antena setorial não possui ganho suficiente
para atingir receptores mais distantes, se comparada à
distância atingida pela irradiação de uma antena direcio-
nal para receptores posicionados em sua área de cober-
tura, como mostra a figura 7.

Figura 7
Relação entre
as curvas de
irradiação

direcional
omni

setorial

Ponto de Acesso

Recomendações para a escolha


da antena
A escolha da antena depende da área a ser atendida e da
localização possível para a sua instalação. Uma análise
da planta do local é recomendada para escolher o tipo
adequado para cada caso. A seguir, são apresentados
possíveis cenários de um projeto de instalação de uma
rede sem fio em uma escola.

Antenas 7
Antenas para áreas internas
Para cobrir a área interna de uma escola, podemos usar
uma antena omnidirecional no centro da área a ser co-
berta, como na figura 8. Este é o caso mais comum,
uma vez que a maioria dos pontos de acesso disponíveis
no mercado possui antenas omnidirecionais. Em caso de
dificuldade da instalação do ponto de acesso no ponto
central, recomenda-se a instalação de uma antena seto-
rial em uma das extremidades da escola, como mostra
a figura 8.

Figura 8
À esquerda, exemplo
de uso de antena
setorial e à direita,
exemplo de uso
de antena
omnidirecional

Antenas para áreas externas


Suponha, por outro lado, que se deseja cobrir uma área
externa da escola, onde as casas e alojamentos de alunos
estão concentrados. Neste caso, uma antena direcional
seria uma escolha apropriada, como mostra a figura 9.

Figura 9
Exemplo de uso de
antena direcional

OLA
ESC

8 Projeto Um Computador por Aluno


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por Aluno

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Projeto UCA
Antenas

Esta cartilha apresenta os princí-


pios básicos do funcionamento
de uma antena, bem como os
modelos mais comuns e suas
propriedades.
planejamento
da instalação

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Cartilhas Projeto UCA: Planejamento da instalação

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de Engenharia de Telecomunicações
e ao Instituto de Computação da
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Creative Commons: Atribuição e Uso Não-Comercial 2.5 Brasil
Planejamento da
instalação

Esta cartilha apresenta a metodologia de


planejamento (site survey) para a instalação
de uma rede sem fio Wi-Fi, descrevendo as
etapas fundamentais para que a rede funcione
de maneira eficiente e estável.

O que é o planejamento da instalação


(site survey)?
Planejamento da instalação é o estudo do ambiente
onde será instalada a rede sem fio, para que seja es-
colhida a localização mais adequada para as antenas
e pontos de acesso. O site survey é necessário para o
desenvolvimento de um projeto de implantação que ga-
ranta o funcionamento adequado de uma rede sem fio.
Também pode ser utilizado para identificar e resolver os
problemas de uma rede já instalada, permitindo otimizar
a área de cobertura (alcance) e minimizar as falhas.

Planejamento da instalação
A verificação do local é muito importante, para calcular
Para saber mais, leia a a área de cobertura da rede sem fio e identificar even-
cartilha Redes sem fio tuais barreiras e fontes de interferência. Na inspeção
do local, devem ser utilizados equipamentos seme-
lhantes àqueles empregados na solução definitiva.

O local a ser inspecionado pode ser um ambiente inter-


no como uma escola, ou uma área externa como pátios,
praças e estacionamentos, ou ainda as cercanias de
prédios públicos.

Como é feito o planejamento da


instalação?
Um site survey normalmente é realizado por técnicos
treinados e munidos de equipamentos e programas es-
pecializados, embora seus princípios básicos possam ser
aplicados com a utilização de equipamentos disponíveis
no local, como seus notebooks e pontos de acesso.

Durante o planejamento da instalação, diversas tarefas


são executadas:

\\ Definiçãoda área de cobertura desejada – Escolha


das dependências que necessitarão ter acesso à Inter-
net através da rede sem fio.

\\ Verificação das fontes de interferência – Identificação


nos locais de cobertura desejada de possíveis fontes
Equipamento de interferência, como outras redes sem fio. Um note-
capaz de identificar book, ou mesmo alguns aparelhos de telefonia celular,
os níveis de energia por exemplo, são capazes de detectar as redes vizinhas
em diferentes faixas (figura 2). Para identificar outras fontes de interferência,
de frequência é necessário o uso de um analisador de espectro.

2 Projeto Um Computador por Aluno


indicador de
intensidade do sinal

Figura 1
Detecção de
redes vizinhas

\\ Instalaçãodo ponto de acesso – Para escolher o local


Para saber mais, leia mais adequado para a instalação do ponto de acesso
a cartilha Antenas e o tipo de antena é preciso estudar a planta da edi-
ficação e identificar obstáculos que interfiram na
qualidade do sinal, como colunas, elevadores e estru-
turas metálicas.

\\ Configuração do ponto de acesso – O ponto de acesso


deve ser configurado para operar no canal em que foi
observado o menor nível de interferência na área de
cobertura desejada.

Validação do projeto
Depois de instalar e configurar o ponto de acesso é impor-
tante verificar se a intensidade do seu sinal, medido em
diversos pontos da área de interesse, é satisfatória para o
funcionamento da rede. Nesta fase é comum fazer o levan-
tamento de mapas de calor, conforme mostra a figura 3.
Representação Neste exemplo, observa-se que na região central do prédio
gráfica que utiliza a cobertura é fraca. Caso a rede não esteja proporcionando
cores para representar a cobertura desejada, o posicionamento do ponto de acesso
a intensidade de ou o tipo de antena deve ser modificado. A cada mudança
determinada grandeza
no projeto, novas medições devem ser realizadas.

Planejamento da instalação 3
Figura 2
Mapa de calor para
um ponto de acesso

Uma possível solução, baseada no mapa de calor levan-


Para saber mais, leia a tado, seria a instalação de um segundo ponto de acesso
cartilha Redes sem fio (preferencialmente em outro canal). A figura 4 mostra que
a inserção deste ponto de acesso adicional tornou mais
homogênea a cobertura dentro do prédio.

Figura 3
Mapa de calor para
dois pontos de acesso

Um mapa de calor pode ser substituído por um levanta-


mento da qualidade do sinal em diversos pontos, ou seja,
mesmo sem equipamento ou técnicas especiais, é possível
realizar um survey medindo a qualidade do sinal encon-
trado em um determinado ponto. Para levantar essa “qua-
lidade”, pode-se utilizar o indicador de intensidade do sinal
associado a cada rede (figura 2) ou medir o tempo para
se baixar um dado arquivo, por exemplo.

A ideia principal de um site survey, seja ele realizado com


equipamentos sofisticados ou com dispositivos mais
baratos, é a de que o sucesso de uma instalação em redes
sem fio depende das condições arquitetônicas, obstruções
e materiais encontrados, e também da presença de outras
redes e fontes de interferência. Qualquer dado neste sentido
será potencialmente útil para um projeto bem-sucedido.

4 Projeto Um Computador por Aluno


Dez dicas para uma boa instalação
Esta é uma lista das dez melhores práticas para instala-
ção, configuração e uso de redes sem fio.

1. Antes de começar, faça o planejamento da instalação,


consiga ou esboce uma planta baixa do prédio, des-
cubra as redes sem fio presentes na vizinhança, anote
os canais em que elas operam, marque os pontos de
interesse, como obstruções metálicas, paredes espes-
sas e áreas que deseja “iluminar”. Os passos apresen-
tados serão de extrema valia na tomada de decisões.

2. Com a informação levantada no planejamento, esco-


lha os canais da sua rede. Procure escolher canais
pouco utilizados pelos seus vizinhos.

3. Como canais adjacentes ou próximos interferem entre


si, prefira os canais ortogonais (1, 6 e 11). Se um
vizinho utilizar, por exemplo, o canal 3, procure con-
vencê-lo a mudar para 1 ou 6 (já que o canal 3 irá
interferir tanto com o 1, quanto com o 6). Se não houver
possibilidade, escolha, neste exemplo, o canal 11.

4. Se sua rede consistir de mais de um ponto de acesso,


use canais diferentes para pontos de acesso próximos.
Isso evitará que eles interfiram entre si. Neste caso,
também use os canais ortogonais. Evite colocar os
pontos de acesso próximos e aproveite o fato de que
está usando vários deles para criar novas áreas de
cobertura. Se for inevitável colocá-los no mesmo
ambiente, coloque-os a pelo menos um metro de
distância uns dos outros.

5. Planeje a distribuição espacial de sua rede. Prefe-


rencialmente, os usuários devem se conectar a pontos
de acesso próximos, já que, assim, conseguirão
conexões melhores. Existe uma relação forte entre a

Planejamento da instalação 5
distância do ponto de acesso e as taxas alcançadas.
Usuários distantes, com suas conexões mais lentas,
precisam de mais tempo nas suas transmissões e por
isso sobrecarregam a rede. Por outro lado, é preciso
considerar que os pontos de acesso só são capazes
de atender a um número limitado de clientes. Em
alguns modelos mais simples, esse número pode ser
inferior a vinte usuários.

6. Posicione seu ponto de acesso no alto e longe de


obstruções metálicas. Pense nele como uma lâmpada
que vai iluminar uma determinada área. A diferença
é que a luz é bloqueada por obstáculos opacos,
enquanto o sinal da rede sem fio é bloqueado por
materiais metálicos, pessoas e água.

Para saber mais, leia a 7. Em locais onde operam muitas redes, se seu equipa-
cartilha Redes sem fio mento suportar, considere usar o padrão 802.11a
(muitos modelos de equipamentos operam tanto nos
padrões “b/g” quanto no padrão “a”). É preciso, no
entanto, verificar se os dispositivos de seus usuários
também suportam esse padrão. A vantagem do padrão
802.11a vem do fato de operar em uma faixa do espec-
tro menos utilizada (5,8 GHz).

8. Configure sua rede para funcionar em modo seguro,


utilizando WPA e, se disponível, WPA2. Nunca
deixe sua rede aberta e considere a tecnologia WEP
como um último recurso, já que, apesar de ampla-
mente disponível, é bastante mais frágil do que o
WPA. Ao usar criptografia você terá que escolher uma
chave — lembre-se de escolher uma que não seja
óbvia ou fácil de deduzir. O filtro de MAC também é
um recurso geralmente disponível, mas que oferece
pouca segurança e é de manutenção trabalhosa.

6 Projeto Um Computador por Aluno


9. Altere a senha padrão do ponto de acesso. As senhas
dos pontos de acesso que vêm de fábrica são facilmente
encontradas na Internet e com elas um invasor pode
re-configurar ou até mesmo tornar a sua rede sem fio
indisponível. Escolha uma senha que não possa ser
adivinhada, procure misturar números, letras maiúscu-
las e minúsculas e caracteres especiais válidos.

10. Utilize antenas adequadas. Os pontos de acesso vêm


quase sempre equipados com antenas omnidirecionais,
o que nem sempre é a melhor opção. A antena omni-
direcional irradia igualmente em todas as regiões no
plano horizontal, o que muitas vezes significa direcionar
energia para regiões sem usuários. Alguns modelos de
pontos de acesso vêm com antenas destacáveis, o que
permite o emprego de antenas setoriais, que concentram
a energia em determinadas regiões. Pense novamente
na analogia da iluminação; neste caso, estamos tro-
cando uma lâmpada comum por um holofote.

Planejamento da instalação 7
8 Projeto Um Computador por Aluno
Projeto Um Computador
por Aluno

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Antenas >>

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da instalação >

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ponto de acesso >>

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sem fio >>
Projeto UCA
Planejamento da instalação

Esta cartilha apresenta a metodolo-


gia de planejamento (site survey)
para a instalação de uma rede
sem fio Wi-Fi, descrevendo as
etapas fundamentais para que a
rede funcione de maneira eficiente
e estável.
configuração do
ponto de acesso

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Cartilhas Projeto UCA: Configuração do ponto de acesso

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Creative Commons: Atribuição e Uso Não-Comercial 2.5 Brasil
Configuração do
ponto de acesso

Esta cartilha descreve uma metodologia geral


para instalação e configuração do ponto de
acesso. O processo de configuração será
exemplificado utilizando os pontos de acesso
Linksys WRT54G e D-Link DI-784, duas das
marcas mais populares no mercado brasileiro,
e computadores rodando o sistema operacional
Linux Educacional.

Introdução
A instalação de uma rede sem fio necessita de planeja-
mento e da execução de uma série de passos. O processo
Para saber mais, leia a é iniciado com a escolha dos equipamentos e dos pontos
cartilha Planejamento de instalação. É comum também a realização de um
da instalação planejamento da instalação (site survey) — inspeções
no local onde a rede será instalada, com o objetivo de
descobrir possíveis obstáculos e fontes de interferência.

Depois de instalados, os equipamentos devem ser confi-


gurados. Como o centro nervoso de uma rede sem fio é o
ponto de acesso, quase todo o trabalho de configuração
da rede será realizado nele.

Configuração do ponto de acesso


Instalação
Antes de começar, verifique se você tem todos os itens
necessários para a instalação do ponto de acesso:

\\ Um ponto de acesso com fonte de alimentação;

\\ Um computador com o Linux Educacional;

\\ Um cabo de rede;

\\ Uma tomada elétrica para ligar o ponto de acesso;

\\ O ponto de acesso deve ter acesso ao cabo de rede


oriundo do roteador Internet da escola.

Para saber mais, leia a Os pontos de acesso Linksys WRT54G e D-Link DI-784
cartilha Redes sem fio são compatíveis com os padrões IEEE 802.11b e IEEE
802.11g. Os itens a serem configurados são os mesmos
(ou muito similares) para outros pontos de acesso da mes-
ma categoria, isto é, de uso doméstico ou em pequenos
escritórios, variando apenas a interface com o usuário.

Pontos de acesso podem vir acompanhados de CDs de


instalação que têm o objetivo de facilitar o processo.
Nesta cartilha será apresentado um método mais gené-
rico e didático.

Para configurar o ponto de acesso usaremos um note-


book, ou computador de mesa, executando o Linux Edu-
cacional. O computador utilizado para a configuração do
ponto de acesso deverá ser configurado previamente.

2 Projeto Um Computador por Aluno


Configuração do Linux Educacional
Todo computador ligado em rede precisa de um endereço IP.
Identificador O endereço IP é necessário para que os elementos de uma
que permite que rede, como os computadores e os pontos de acesso, sejam
computadores capazes de se comunicar (figura 1). Um computador pode
se comuniquem obter este endereço de duas formas: manual (IP estático) ou
através da rede automática, com DHCP:

Figura 1
Computador se
comunicando com o
ponto de acesso

Na forma manual, o administrador da rede terá que defi-


nir um endereço IP para o computador, juntamente com
as demais configurações da rede.

Na forma automática, quando o computador tentar se


conectar com a rede, receberá configurações (relativas
ao endereço IP e outras) diretamente de outro elemento
na rede, como do ponto de acesso, por exemplo. Essa
forma é recomendada por causa da vantagem do usuário
não precisar se preocupar com as configurações de rede,
e por isso é a mais indicada.

Escolheremos o método automático (DHCP). Para habili-


DHCP (Dynamic tar o DHCP no computador com Linux Educacional, siga
Host Configuration os seguintes passos:
Protocol): Sistema
que permite a Iniciar>Configurações do Sistema>Ferramentas de Rede.
configuração
automática de Abra “Conexões de Rede”, que exibirá a janela mostrada
parâmetros da rede na figura 2.

Configuração do ponto de acesso 3


Figura 2
Tela de configurações
de rede

Clique no botão “Modo Administrador”, digite a senha do ad-


ministrador do Linux Educacional e clique em OK (figura 3).

Figura 3
Tela de autenticação

Selecione a placa de rede que será utilizada para acesso


à Internet, no caso a interface de rede sem fio, e em se-
guida clique em “Configurar Interface”. Um computador
pode ter várias destas interfaces e, em um caso típico,
como representado na figura 4, possuirá uma interface
cabeada “eth0” e uma interface de rede sem fio “wlan0”.
É importante observar, no entanto, que o nome das in-
terfaces não é padrão, podendo variar de acordo com o
equipamento utilizado.

4 Projeto Um Computador por Aluno


Figura 4
Tela de configuração
de interface de rede

Selecione os campos “Automático” e “DHCP” na janela


“Configurar Dispositivo”, como mostra a figura 5.

Figura 5
Seleção de IP
automático

Clique em “OK”, salve as modificações e feche a janela


das “Ferramentas de Rede”.

Importante: É preciso repetir o procedimento para a in-


terface cabeada (eth0), pois essa será usada para confi-
guração do ponto de acesso e também precisará ter suas
configurações de rede obtidas automaticamente.

O computador agora está pronto para ser usado na con-


figuração do ponto de acesso e, posteriormente, para
acessar a Internet.

Configuração do ponto de acesso 5


Configuração do ponto de acesso
Linksys WRT54G

Figura 6
Ponto de acesso
Linksys WRT54G

Para realizar a configuração do ponto de acesso, primei-


ramente ligue a sua alimentação de energia.

Conecte a porta de rede do computador a uma das por-


tas LAN do ponto de acesso, utilizando o cabo de rede
(geralmente azul) que o acompanha. A figura 7 mostra
as portas de rede (LAN) e o conector de energia do ponto
de acesso do Linksys.

cabo de rede

Figura 7
Conexão do cabo de
rede e do cabo de
energia

6 Projeto Um Computador por Aluno


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web
Interface
Configurar WAN
de configuração
Configurar LAN
rede sem fio do ponto de
segurança acesso
administração

Para configurar o ponto de acesso, abra um navegador


Configurar Configurar Configurar
Interface web de Internet,
Configurar WAN como rede
Configurar LAN Internet
sem fio Explorer
segurançaou Mozilla Firefox,
administração
e entre com o endereço 192.168.1.1 (figura 8). Este
Interface web
endereço
Configurar WAN
é LAN
Configurar padrãoConfigurar
do fabricante, mas podeConfigurar
Configurar variar. Por-
rede sem fio segurança administração
tanto, se não funcionar, verifique o endereço correto no
Figura 8 manual do fabricante.
Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração
Entrada de endereço
no navegador
Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração
Uma janela como a da figura 9 será aberta. Utilize “ad-
min” nos campos “Nome de usuário” e “Senha”. Este
Configurar Configurar Configurar
Interface web
é o padrão
Configurar WAN
utilizado
Configurar LAN
redepara
sem fio o modelo de pontoadministração
segurança de acesso
WRT54G, que pode ser alterado em versões posteriores.
Sempre consulte o manual do fabricante.

Figura 9
Janela de autenticação
do WRT54G Linksys

Uma janela como a da figura 9 será aberta. Utilize “ad-


min” nos campos “Nome de usuário” e “Senha”. Este
é o padrão utilizado para o modelo de ponto de acesso
WRT54G, que pode ser alterado em versões posteriores.
Sempre consulte o manual do fabricante.

Após a autenticação, aparecerá a página inicial da inter-


face web de configuração (figura 10).

Configuração do ponto de acesso 7


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Figura 10
Tela principal Linksys

8 Projeto Um Computador por Aluno


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Interface web Configuração


Configurar WAN Configurar LAN WAN
Configurar
rede sem fio
Configurar
segurança
Configurar
administração

ADSL (Assimetric A seguir será configurada a conexão do ponto de acesso


Configurar Configurar Configurar
Digital Subscriber
Interface web Configurar à Internet,
WAN Configurarcomo
LAN ilustra
rede sem a
fio figura segurança
11. O tipo de conexão
administração
Line): Tecnologia que com a Internet pode variar em função do provedor de
permite o acesso à
Interface web
acesso
Configurar WAN
contratado.Configurar
Configurar LAN
No Brasil, além do acesso
Configurar discado
Configurar
administração
Internet através de (um modem e umaredelinha sem fio segurança
telefônica), as formas de
linha telefônica acesso mais comuns são o ADSL, geralmente oferecido
Configurar Configurar Configurar
Interface web pelasConfigurar
Configurar WAN empresas LAN
derede
telefonia,
sem fio e osegurança
cable modem, geral-
administração
mente oferecido pelas operadoras de TV a cabo.
Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração
Figura 11
Ponto de acesso se
comunicando com a
Internet

Da mesma forma que configuramos o endereço IP do


computador usado para configurar o ponto de acesso,
é necessário definir como o ponto de acesso obterá um
endereço IP que permita navegação na Internet. Aqui,
além de escolher uma configuração estática ou automá-
tica, em alguns casos é necessário informar senhas de
acesso. Estas informações são fornecidas pelo provedor
de acesso.

Para configurar o tipo de conexão no roteador Linksys


WRT54G, clique na aba “Setup/Basic Setup”. Existem
vários tipos de conexão, sendo os mais utilizados:

\\ Automatic Configuration ou Dynamic IP Address


(DHCP) – O provedor de Internet fornece todas as
configurações de rede automaticamente. A figura 12
mostra o ponto de acesso Linksys.

Configuração do ponto de acesso 9


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Figura 12
Janela de
configuração
automática do
Linksys

\\ Static
IP – O provedor de internet disponibiliza um
endereço IP fixo que deve ser definido manualmente
junto com as demais configurações de rede (figura
13). Por exemplo:

IP 200.20.10.77
Netmask 255.255.255.0
Gateway 200.20.10.67
DNS 200.20.10.18

10 Projeto Um Computador por Aluno


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Figura 13
Janela de
configuração do
endereço IP
estático - Linksys

\\ PPPoE – O provedor disponibiliza um usuário e uma


senha (figura 14). Por exemplo:

User name escola55


Password APE13m12w0m

Configuração do ponto de acesso 11


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Figura 14
Janela de
configuração do
PPPoE - Linksys

Após configurar a conexão para IP estático, configuração


automática (DHCP) ou PPPoE, salve as alterações cli-
cando em “Save Settings”.

12 Projeto Um Computador por Aluno


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Interface web Configuração


Configurar WAN Configurar LAN LAN
Configurar
rede sem fio
Configurar
segurança
Configurar
administração

Nesta etapa de configuração, deve-se também habilitar


Configurar Configurar Configurar
Interface web o servidor
Configurar WAN Configurarde
LANDHCP para a rede local, para que o ponto
rede sem fio segurança administração
de acesso possa atribuir IPs automaticamente aos
computadores associados a ele. Na maioria dos casos,
esta opção vem configurada por padrão nos pontos de
acesso, mas é sempre importante verificar.
Após escolher e configurar o modo de conexão, na mesma
tela anterior, certifique-se de que a opção “DHCP Server”
está marcada como “Enable”. Ao fim de cada configura-
ção, salve as alterações clicando em “Save settings”.

Configuração da rede sem fio


Nesta seção iremos configurar parâmetros gerais da rede
sem fio, como seu nome e o canal de operação usado.

Clique na aba “Wireless” na parte superior da interface


de configuração (figura 15).

Figura 15
Configuração no
Modo de Operação

Configuração do ponto de acesso 13


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar
Interface web Modifique
Configurar WAN Configuraros
LANparâmetros com os seguintes valores:
rede sem fio
Configurar
segurança administração

\\ Wireless Network Mode – Configurar


Selecione “Mixed” para
Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
permitir a conexão de
rede sem fio dispositivos
segurança compatíveis tanto
administração

com o padrão “b” (mais antigo), quanto “g” (mais


novo) do IEEE 802.11.

\\ SSID – Nome ou identificador da rede sem fio. No


exemplo, foi utilizado o nome “TESTE” (figura 15).
Este é o nome que os usuários deverão selecionar se
desejarem se conectar à sua rede sem fio.

\\ Wireless Channel – Canal de frequência de operação


da rede sem fio. Os roteadores Linksys vêm inicial-
mente configurados para operar no canal 6, mas é
possível escolher qualquer um dos canais disponíveis,
dando preferência para os canais 1, 6 e 11. Para
verificar a escolha mais inteligente de um canal é
interessante a realização de um site survey (mais
informações nas cartilhas Planejamento da instalação
e Redes sem fio).

\\ Wireless SSID Broadcast – Marque a opção


“Enable”.

Salve as alterações clicando em “Save Settings”.

14 Projeto Um Computador por Aluno


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web
Configuração
Configurar WAN Configurar LAN
da
redesegurança
sem fio segurança administração

Selecione a subopção “Wireless Security” ainda dentro


da aba “Wireless” (figura 16).

Figura 16
Configuração da
segurança

Inicialmente, a opção de segurança (Security Mode)


fica desativada. É importante ativá-la com as seguin-
tes configurações:

\\ Security Mode – WPA2 Personal;

\\ WPA Algorithms – TKIP+AES;

\\ WPA Shared Key – Escolha uma senha de sua


preferência;

Para saber mais, leia a \\ Group Key Renewal – Não modifique esta opção.
cartilha Planejamento
da instalação Observe, no entanto, que a senha em “WPA Shared
Key” deverá ser informada a todos os usuários da rede.
A senha será necessária durante o processo de conexão
do usuário à rede.

Salve as alterações clicando em “Save Settings”.

É importante a leitura da cartilha Segurança para confi-


gurações adicionais.

Configuração do ponto de acesso 15


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configuração da administração
Finalmente, é importante alterar a senha de configura-
ção do ponto de acesso para evitar que pessoas não au-
torizadas alterem seus parâmetros. Para isso, clique na
aba “Administration” na parte superior da interface de
configuração (figura 17).

Figura 17
Configuração da
autenticação
principal

Os pontos de acesso têm uma senha padrão (admin)


que deve ser modificada, por segurança, no campo “Pas-
sword”, e confirmada no campo “Re-enter to confirm”.
Por questão de segurança, na opção “Wireless Access
Web” marque “Disable”. Não é necessário modificar as
outras configurações. Salve as alterações clicando em
“Save Settings”.

Para terminar, vá para o tópico “Ao fim da instalação” no


final desta cartilha.

16 Projeto Um Computador por Aluno


Configuração do ponto de acesso
D-Link DI-784

Figura 18
Ponto de acesso D-Link

Para realizar a configuração do ponto de acesso, primei-


ramente ligue a sua alimentação de energia.

Conecte a porta de rede do computador a uma das por-


tas LAN do ponto de acesso, utilizando o cabo de rede
(geralmente azul) que o acompanha. A figura 7 mostra
as portas de rede (LAN) e o conector de energia do ponto
de acesso do Linksys (no D-Link o posicionamento das

Configuração do ponto de acesso 17


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Interface web portas


Configurar WAN é similar).
Configurar LAN
Configurar
rede sem fio
Configurar
segurança
Configurar
administração

Interface web
Interface
Configurar WAN
de configuração
Configurar LAN
Configurar do ponto de
Configurar acesso
Configurar
rede sem fio segurança administração
Para configurar o ponto de acesso, abra um navegador
de Internet, como Configurar
Internet Explorer ou Mozilla
Configurar Firefox e
Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
entre com o endereçorede sem 192.168.0.1
fio segurança (figura 19). Este
administração

endereço é padrão do fabricante, mas pode variar. Por-


Figura 19 Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
Entrada de endereço rede sem fio segurança administração

no navegador
Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração
tanto, se não funcionar, verifique o endereço correto no
manual do fabricante.
Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração
Uma janela como a da figura 20 será aberta. Para este
ponto de acesso, o nome de usuário é “admin” e a senha
deve ser deixada em branco.

Figura 20
Autenticação do
DI-784 D-Link

18 Projeto Um Computador por Aluno


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Figura 21
Tela principal D-Link

Após a autenticação, aparecerá a página inicial da inter-


face web de configuração (figura 21).

Configuração WAN
A seguir será configurada a conexão do ponto de acesso
à Internet, como ilustra a figura 22. O tipo de conexão
com a Internet pode variar em função do provedor de
acesso contratado. No Brasil, além do acesso discado
(um modem e uma linha telefônica), as formas de aces-
so mais comuns são o ADSL, geralmente oferecido pe-
las empresas de telefonia, e o cable modem, geralmente
oferecido pelas operadoras de TV a cabo.

Figura 22
Ponto de acesso se
comunicando com a
Internet

Configuração do ponto de acesso 19


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Interface web Da mesma


Configurar WAN forma Configurar
Configurar LAN que configuramos
rede sem fio
Configurar
segurança
o endereço
Configurar
IP do
administração
computador usado para configurar o ponto de acesso, é
necessário definir como o ponto Configurar
Configurar de acesso obterá um en-
Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
dereço IP que permita navegação na Internet. Aqui, além
rede sem fio segurança administração

de escolher uma configuração estática ou automática, em


Configurar Configurar Configurar
Interface web alguns
Configurar WAN casosLANé necessário
Configurar
rede sem fioinformar senhas deadministração
segurança acesso. Es-
tas informações são fornecidas pelo provedor de acesso.
Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
Para configurar o tipo redede
semconexão
fio no roteador DI-784
segurança da D-
administração

Link, clique na aba “WAN” no canto esquerdo (figura 23).


Configurar Configurar Configurar
Interface web Existem
Configurar WAN vários
Configurar LANtipos de conexão, sendo os mais utilizados:
rede sem fio segurança administração

\\ Automatic Configuration ou Dynamic IP Address


(DHCP) – O provedor de Internet fornece todas as
configurações de rede automaticamente. A figura 23
mostra tal opção para o ponto de acesso D-Link.

Figura 23
Janela de configuração
automática - D-Link

20 Projeto Um Computador por Aluno


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Interface web Configurar WAN \\ Static IPLAN– O provedor


Configurar
Configurar
rede sem fio
de Internet
Configurar
segurança
disponibiliza
Configurar
administração
um
endereço IP fixo que deve ser definido manualmente
junto com as demaisConfigurar configurações
Configurar de Configurar
rede (figura
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
24). Por exemplo: rede sem fio segurança administração

IP 200.20.10.77
Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Netmask
Configurar LAN 255.255.255.0
rede sem fio segurança administração
Gateway 200.20.10.67
Interface web Configurar WAN
DNS
Configurar LAN
200.20.10.18
Configurar Configurar Configurar
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Figura 24
Janela de
configuração do
endereço IP
estático - D-Link

Configuração do ponto de acesso 21


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Interface web Configurar WAN \\ PPPoE


Configurar – O provedor
LAN
Configurar
disponibiliza
rede sem fio
Configurar
segurança
um usuário e uma
Configurar
administração
senha (figura 25). Por exemplo:
User name Configurar
escola55 Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
Password APE13m12w0m
rede sem fio segurança administração

Interface web Para Configurar


Configurar WAN este modeloLAN de ponto de acesso,
Configurar
rede sem fio
Configurar selecione
segurança
a opção
Configurar
administração
“Dynamic PPPoE” (figura 24). Esta opção garante que o
ponto de acesso receberá
Configurar uma Configurar
configuraçãoConfigurar
automática
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
assim que se conectar à operadora de PPPoE.
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Figura 25
Janela de
configuração
PPPoE - D-Link

Lembre-se de sempre consultar o seu provedor para rea-


lizar estas configurações.

Após configurar a conexão para IP estático, configuração


automática (DHCP) ou PPPoE, salve as alterações cli-
cando em “Apply”.

22 Projeto Um Computador por Aluno


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração
administração

Interface web Configuração


Configurar WAN Configurar LAN LAN
Configurar
rede sem fio
Configurar
segurança
Configurar
administração

Nesta etapa de configuração, deve-se também habilitar o


Interface web servidor
Configurar WAN de LAN
Configurar
Configurar
DHCP para
rede semafiorede local, para queConfigurar
Configurar
segurança o ponto de
administração
acesso possa atribuir IPs automaticamente aos compu-
Interface web
tadores
Configurar WAN
associadosConfigurar
Configurar LAN
a ele. Na maioria
Configurar dos Configurar
casos, esta
opção vem configuradarede sem fio
por padrão nos pontosadministração
segurança
de acesso,
mas é sempre importante verificar.
Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração
Para o ponto de acesso D-Link, clique na aba “DHCP” no
lado esquerdo da página. Aparecerá uma página igual à
representada na figura 26. Em “DHCP Server”, marque
“Enabled”. Não é necessário modificar os outros campos.
Salve as alterações clicando em “Apply”.

Figura 26
Janela de
configuração de
LAN - D-Link

Configuração do ponto de acesso 23


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Interface web Configuração


Configurar WAN Configurar LAN daConfigurar
rede semConfigurar
rede sem fio
fio
segurança
Configurar
administração

Nesta seção iremos configurar parâmetros gerais da rede


Interface web sem fio,
Configurar WAN como
Configurar LAN seu nome e o canal de operação usado.
Configurar Configurar Configurar
rede sem fio segurança administração

Clique na aba “Wireless” na parte esquerda da interface


Configurar Configurar Configurar
Interface web
de configuração
Configurar WAN Configurar LAN
(figura
rede sem27).
fio segurança administração

Figura 27
Wireless - D-Link

\\ WirelessSettings – Selecione 802.11g ou 802.11a


para escolher o modo de operação.

\\ Wireless Radio – Deve estar marcado como “On”.

\\ SSID – Coloque o nome da rede. O nome “TESTE” foi


usado mais uma vez, somente para exemplificar.

\\ Channel – Escolha o canal a ser utilizado entre 1 e


11, dando preferência aos canais 1, 6 ou 11, pelo
mesmo motivo mencionado anteriormente. É possível
também deixar que o próprio equipamento decida o
canal a ser utilizado. Para isso, basta selecionar a
opção “Auto Select”.

24 Projeto Um Computador por Aluno


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar
Interface web A opção
Configurar WAN de LAN
Configurar “Authentication”
rede sem fio
diz Configurar
respeito à autenticação
segurança administração
e
segurança de rede, assunto que será abordado no tópico
a seguir.

Clique em “Apply”, para aplicar e salvar as alterações.

Novamente, mais informações sobre os modos “b” e “g”,


SSID e Wireless Channel podem ser encontradas na car-
tilha Redes sem fio.

Configuração da segurança
Conforme a figura 27, marque “WPA-PSK”. Escolha uma
senha difícil e coloque-a nos campos “Passphrase” e
“Confirm Passphrase”.

Observe, no entanto, que a senha em “WPA Shared Key”


deverá ser informada a todos os usuários da rede. A se-
nha será necessária durante o processo de conexão do
usuário à rede.

Clique em “Apply”, para aplicar e salvar as configurações.

É importante a leitura da cartilha Segurança para confi-


gurações adicionais.

Configuração da administração
Finalmente, é importante alterar a senha de configu-
ração do ponto de acesso para evitar que pessoas não

Configuração do ponto de acesso 25


Configurar Configurar Configurar
Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

Configurar Configurar Configurar


Interface web Configurar WAN Configurar LAN
rede sem fio segurança administração

autorizadas alterem seus parâmetros.

Clique na aba “Tools”, na parte superior da tela. Deverá


aparecer a tela mostrada na figura 28.

Nesta tela, uma vez que estiver conectado ao ponto de


acesso como administrador, basta digitar duas vezes a
nova senha nos campos “New Password” e “Confirm

Figura 28
Tela de
configuração de
administrador
do D-Link

Password”, e depois clicar em “Apply” para aplicar e sal-


var. Não é necessário modificar os outros campos.

Para terminar, vá para o tópico “Ao fim da instalação” no


final desta cartilha.

26 Projeto Um Computador por Aluno


Ao fim da instalação
Para encerrar o processo, retire o cabo de rede que liga
o computador usado para a configuração do ponto de
acesso. Este computador não será mais necessário.

Ligue o cabo de rede do provedor da escola na porta


WAN do ponto de acesso, como indicado na figura 29.
Isso deve bastar para que o ponto de acesso se conecte
à Internet por intermédio do provedor de acesso.

Figura 29
Porta WAN

Agora, basta que os usuários se conectem ao ponto de


acesso. Para isso, o usuário portador de um notebook
deverá utilizar algum programa gerenciador de cone-
xões. A figura 30 mostra o gerenciador de conexões en-
contrado no Linux Educacional, o KNetworkManager. Ao
abrir o programa, ele irá varrer a rede — verificando to-
das as redes disponíveis —, realizará automaticamente
o processo de associação ao ponto de acesso da rede
escolhida, obterá as configurações de rede através de
DHCP e requisitará senha de acesso, caso a rede esteja

Configuração do ponto de acesso 27


utilizando algum mecanismo de segurança. Outros ge-
renciadores de conexão podem ser encontrados, mas a
interface gráfica e o modo de funcionamento do progra-
ma não sofrerão grandes mudanças.

Figura 30
Gerenciador
de conexão

28 Projeto Um Computador por Aluno


Projeto Um Computador
por Aluno

Introdução >

Redes sem fio >>

Propagação de ondas >

Antenas >>

Planejamento
da instalação >

Configuração do
ponto de acesso >>

Segurança >

Projetos de rede
sem fio >>
Projeto UCA
Configuração do ponto
de acesso

Esta cartilha descreve uma


metodologia para instalação e
configuração do ponto de acesso,
utilizando os pontos de acesso
das marcas mais populares no
mercado brasileiro, e computado-
res rodando o sistema operacional
Linux Educacional.
segurança

Projeto Um Computador por Aluno


7 Ministério da Educação
projetouca@mec.gov.br
http://www.mec.gov.br

Cartilhas Projeto UCA: Segurança

Copyright © 2010, Escola Superior de Redes RNP

Autor
Equipe do Laboratório de Pesquisas
MídiaCom, vinculado ao Departamento
de Engenharia de Telecomunicações
e ao Instituto de Computação da
Universidade Federal Fluminense (UFF)

Produção Editorial

Versão
1.0.1

Esta obra é distribuída sob a licença


Creative Commons: Atribuição e Uso Não-Comercial 2.5 Brasil
Projeto Um Computador
por Aluno

Segurança
Introdução >

Redes sem fio >>

Esta cartilha tem o objetivo de informar


noções básicas de segurança de redes sem
fio, descrevendo os principais mecanismos de
segurança utilizados atualmente.

Propagação de ondas >

Antenas >>
A importância da segurança em redes
sem fio
Segurança é um tópico de extrema importância em redes
de computadores. Os procedimentos e técnicas de se-
Planejamentogurança existem para combater o mau uso dos recursos
da instalação >
compartilhados, afastar usuários mal intencionados, ga-
rantir a integridade e a privacidade dos dados trafegados
Configuraçãoe armazenados,
do e também a autenticidade dos agentes,
ponto de acesso >>
isto é, confirmar se um indivíduo ou programa é de fato
quem afirma ser.

Os objetivos acima são comuns a todas as redes de com-


putadores, mas de implementação mais difícil em redes
sem fio. Quando a conexão entre os computadores em uma
rede é feita através de cabos (figura 1), a sua invasão só
Segurança é possível através
> do acesso direto aos cabos. Com isso, o
controle sobre o acesso à rede é relativamente fácil. Já em
Projetos de redes
rede sem fio (figura 2), onde a comunicação é feita pelo
sem fio >> se torna mais importante e complexa.
ar, a segurança

Antenas
Figura 1
Rede cabeada

Figura 2
Rede sem fio

Na ausência de um mecanismo de segurança, qualquer


indivíduo com uma antena e um receptor de rádio sin-
tonizado na frequência de operação correta pode inter-
ceptar a comunicação ou utilizar os recursos dessa rede.
Nossa análise sobre o problema da segurança partirá de
uma classificação das ameaças.

2 Projeto Um Computador por Aluno


Interceptação
Acontece quando um usuário não autorizado consegue
acessar e manipular as informações transmitidas pelos
usuários regulares da rede. Este tipo de invasão compro-
mete questões de segurança relacionadas a:

\\ Integridade: Uma mensagem íntegra é aquela que


não sofreu nenhuma alteração, intencional ou aciden-
tal, sem o conhecimento do emissor. Exemplo: se um
e-mail enviado pelo professor com as notas da turma
tiver seu conteúdo modificado por outra pessoa, esta-
remos diante de um problema de integridade.

\\ Autenticidade: Sem um mecanismo que forneça


autenticidade, um invasor pode se passar por outra
fonte para gerar informações ilegítimas. Exemplo: se
uma pessoa enviar um e-mail aos professores da
escola se fazendo passar pelo diretor, estaremos diante
de um problema de autenticidade.

\\ Privacidade: Um mecanismo de segurança que provê


privacidade garante que a mensagem enviada somente
será lida pelo destinatário escolhido. Exemplo: se uma
mensagem de e-mail trocada por dois professores for
lida por um aluno não autorizado, estaremos diante
de uma falha de privacidade.

Acesso irregular
O acesso irregular acontece quando um usuário não
autorizado se conecta ao ponto de acesso para usufruir
de recursos desta rede, como, por exemplo, o acesso à
Internet. Este é um problema recorrente nas redes sem
fio. Limitar o acesso à rede sem fio apenas para usuários
autorizados é importante por dois motivos:

Segurança 3
\\ Evitarque usuários desconhecidos utilizem a rede
sem fio para cometer crimes.

\\ Evitarque usuários não autorizados consumam


recursos compartilhados da rede, prejudicando os
usuários legítimos.

Mecanismos de segurança
Existem vários mecanismos de segurança disponíveis
nos pontos de acesso atuais, desenhados para dificul-
tar ou impedir os problemas acima listados. Os mais
importantes são:

WEP (Wired Equivalent Privacy)


Foi o primeiro mecanismo de segurança criado para re-
des sem fio IEEE 802.11 (Wi-Fi). O administrador da
rede cria uma senha que deve ser informada a todos os
usuários da rede, chamada de chave pré-compartilhada.
Somente após a digitação desta senha o usuário está
autorizado a utilizar a rede. O WEP possui inúmeras fa-
lhas que o tornam vulnerável, devendo ser usado apenas
quando as opções mais avançadas (WPA e WPA2) não
estiverem disponíveis.

WPA (Wi-Fi Protected Access)


Mecanismo de segurança criado para solucionar as fa-
lhas do WEP e ao mesmo tempo manter a compatibili-
dade com os equipamentos existentes no mercado (no-
tebooks, PDAs etc). O WPA reforça a segurança com a
introdução de chaves individualizadas, mas assim como
o WEP, também pode usar chaves pré-compartilhadas.
Embora seja significativamente mais seguro do que o
WEP, novas falhas de segurança foram descobertas.

4 Projeto Um Computador por Aluno


WPA2
Mecanismo mais completo e seguro que também pode
utilizar chaves pré-compartilhadas ou individualizadas.
No WPA2, o invasor encontra uma dificuldade significa-
tivamente maior para descobrir as senhas dos usuários.
Apesar de alguns equipamentos não suportarem o uso
do WPA2, este mecanismo de segurança deve ser esco-
lhido sempre que possível.

O modo de operação mais usado com WPA e WPA2 é


o Personal, que utiliza chaves pré-compartilhadas e foi
projetado para o ambiente doméstico ou para pequenos
escritórios. Outro modo de operação ainda mais seguro,
e geralmente usado em ambientes corporativos, é co-
nhecido como WPA e WPA2 Enterprise, que utiliza cha-
ves individualizadas. Este método implica o uso de um
servidor adicional, dedicado à autenticação dos usuários
de forma ainda mais robusta e, em geral, pode ser dis-
pensado em cenários onde as demandas por segurança
não são tão severas.

Os três mecanismos apresentados até agora dificultam


o acesso irregular. As senhas ou chaves usadas nos três
mecanismos também protegem as mensagens enviadas
pelos usuários, provendo graus variados de integridade,
privacidade e autenticidade.

É importante que as senhas sejam escolhidas de modo a


dificultar sua descoberta por tentativa e erro. Por exemplo,
utilizar como senha o nome da escola ou do(a) diretor(a)
não é uma escolha adequada, por ser uma senha pre-
visível. Palavras como “senha”, “password”, “chave” e
“escola” também não são recomendadas, pelo mesmo
motivo. Uma senha segura deve conter letras, números
e outros símbolos, como por exemplo “e2s6c0la=” (Não
usem esta, agora ela se tornou fácil!).

Segurança 5
Filtro de MAC
Uma placa de rede presente nos clientes da rede sem fio
(notebooks, computadores de mesa, PDAs etc) possui
um único identificador chamado “endereço MAC”.
Endereço MAC
(Midia Access Uma funcionalidade comumente encontrada nos pontos de
Control): Código acesso é a de filtros de MAC, que permite listar os endereços
que identifica MAC de todos os clientes autorizados a utilizar o ponto de
unicamente uma acesso, bloqueando o acesso dos dispositivos não listados.
placa de rede
Esse mecanismo dispensa a digitação de senha pelo usuário,
mas não oferece proteção contra interceptação dos dados.

Configuração do ponto de acesso


O ponto de acesso é configurado através de uma interface
web acessada por navegadores como Internet Explorer,
Mozilla Firefox ou Google Chrome. A interface permite
configurar o método de segurança (WEP, WPA, WPA2) e
a senha de acesso à rede. Para acessar a interface de ad-
ministração do equipamento são necessários o endereço
do ponto de acesso, o usuário e a senha de autenticação.

Assim como é importante a escolha de senhas difíceis


para o WEP, WPA e WPA2, o mesmo se aplica para a
senha do administrador do ponto de acesso. Usuários e
senhas fáceis podem ser descobertos por tentativa e erro.
Caso isso ocorra, o invasor poderá configurar o ponto de
acesso da maneira que lhe for conveniente, desabilitan-
do os mecanismos de segurança.

A interface de administração deve ser desabilitada para


os usuários da rede sem fio, restringindo o acesso aos
usuários conectados à rede tradicional cabeada.

6 Projeto Um Computador por Aluno


7
8 Projeto Um Computador por Aluno
Projeto Um Computador
por Aluno

Introdução >

Redes sem fio >>

Propagação de ondas >

Antenas >>

Planejamento
da instalação >

Configuração do
ponto de acesso >>

Segurança >

Projetos de rede
sem fio >>
Projeto UCA
Segurança

Esta cartilha tem o objetivo de infor-


mar noções básicas de segurança
de redes sem fio, descrevendo
os principais mecanismos de
segurança utilizados atualmente.
projetos de
rede sem fio

Projeto Um Computador por Aluno


8 Ministério da Educação
projetouca@mec.gov.br
http://www.mec.gov.br

Cartilhas Projeto UCA: Projetos de rede sem fio

Copyright © 2010, Escola Superior de Redes RNP

Autor
Equipe do Laboratório de Pesquisas
MídiaCom, vinculado ao Departamento
de Engenharia de Telecomunicações
e ao Instituto de Computação da
Universidade Federal Fluminense (UFF)

Produção Editorial

Versão
1.0.1

Esta obra é distribuída sob a licença


Creative Commons: Atribuição e Uso Não-Comercial 2.5 Brasil
Projetos de
rede sem fio

O objetivo desta cartilha é oferecer dois estudos


de caso que possam servir como embasamento
na análise de projetos de rede sem fio Wi-Fi para
as escolas brasileiras.

Introdução
É certo que escolas contempladas pelo projeto UCA apre-
sentarão diversidades arquitetônicas, por serem localizadas
em diferentes regiões e por suas diferentes datas de fun-
dação, levando a crer que é extremamente improvável que
um mesmo modelo de distribuição de conectividade seja
suficiente para atender a todos os casos.

As escolas podem variar não apenas em dimensão física


ou em número de pavimentos, mas também em termos
de materiais, espessuras de paredes, da instalação elé-
trica, da presença de portões metálicos, ou do tipo de
teto, dentre outros traços construtivos.

Antenas
Algumas escolas poderão funcionar em prédios antigos
e até mesmo tombados. A concentração de alunos pode
variar entre uma e outra e até mesmo aspectos aparen-
temente irrelevantes, como a presença de árvores nos
pátios da escola, podem determinar a viabilidade técni-
co-econômica de uma solução de cobertura.

Se, por um lado, modelos universais praticáveis para


as redes sem fio são improváveis, por outro lado temos
que modelos de referência podem ainda ser construí-
dos com o objetivo de traçar linhas gerais e oferecer um
parâmetro contra o qual outras propostas possam ser
contrastadas. Uma rede sem fio Wi-Fi que seja muito
discrepante dessas linhas gerais, apesar de possível para
alguns casos muito especiais, deve chamar a atenção
dos contratantes. Por que estão sendo utilizados os ca-
nais 1, 2 e 3 neste projeto? Por que os pontos de acesso
foram posicionados lado a lado? Por que, em uma dada
escola com mais de quinhentos alunos por turno, o pro-
jeto contempla apenas três pontos de acesso? Por que
este projeto custa tão caro? Estas são algumas perguntas
que só podem surgir na mente bem informada.

Metodologia
Nesta cartilha, duas escolas serão analisadas e tratadas
como possíveis cenários para um projeto de rede sem
fio: o CIEP Lindolpho Collor e o colégio Pedro II, ambos
localizados no município do Rio de Janeiro.

Utilizando como base a planta da escola e informações


adicionais, como a espessura das paredes e lajes, a pre-
sença de obstáculos metálicos, áreas de interesse de

2 Projeto Um Computador por Aluno


cobertura, existência de rede cabeada, número médio
de usuários por área, entre outras, esta cartilha indica
como pode ser projetada uma rede sem fio nas escolas.
Para saber mais,
leia a cartilha Os passos a seguir representam um procedimento sim-
Planejamento plificado para o projeto de uma rede sem fio. Uma etapa
da instalação importante é a realização do planejamento da instalação
(site survey). Alguns desses detalhes foram omitidos, já
que nosso foco nesse documento está mais na avaliação
de um projeto do que em sua confecção, com a conside-
ração de que os conceitos envolvidos nas duas tarefas,
confecção e avaliação, são similares.

1. Utilizando a planta do colégio, divida a área de inte-


resse em zonas de cobertura.

2. Coloque um ou mais pontos de acesso por zona, de


forma que a cobertura dentro da zona seja a mais
homogênea possível. Por exemplo, se for usado ape-
nas um ponto de acesso por zona, ele deve ser colo-
cado próximo ao seu centro.

3. Em cada zona definida, verifique possíveis fontes de


interferência, como outras redes e equipamentos
eletrônicos que irradiam sinal na faixa de 2,4 GHz.

4. Verificadas as fontes de interferência, liste os canais


Para saber mais, de operação que podem ser usados em cada ponto
leia a cartilha de acesso, devendo ser considerados apenas os
Redes sem fio canais ortogonais (1, 6 e 11).

5. Distribua os canais de operação dos pontos de acesso


em todas as zonas, de forma que pontos de acesso
adjacentes operem em canais diferentes.

Projetos de rede sem fio 3


Cenários
CIEP Lindolpho Collor
Os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) fo-
ram fruto de um projeto educacional do governo do es-
tado do Rio de Janeiro, idealizado pelo sociólogo Darcy
Ribeiro e executado pelo então governador Leonel Brizo-
la durante as décadas de 80 e 90.

Uma das ideias contidas no projeto era a da unifor-


mização das escolas, isto é, todas as escolas públicas
deveriam possuir os mesmos recursos e características
arquitetônicas. O projeto arquitetônico dos edifícios é da
autoria de Oscar Niemeyer, tendo sido erguidas mais de
500 unidades no estado. A figura 1 mostra uma unidade
do CIEP. A escola Lindolpho Collor segue esse projeto.

Figura 1
CIEP

4 Projeto Um Computador por Aluno


As escolas são constituídas por três estruturas:

\\ O edifício principal, que possui três pavimentos que


abrigam as salas de aula, centro médico, área admi-
nistrativa, cozinha, refeitório, banheiros, áreas de
apoio e recreação.

\\ O ginásio esportivo, que também pode receber ativi-


dades artísticas e culturais.

\\ O edifício da biblioteca e dos dormitórios.

Informações adicionais sobre a escola


\\ O edifício principal possui divisórias de madeira entre
as salas de aula.

\\ A divisória entre as salas é aberta na sua parte superior.

Aqui é importante frisar que os aspectos construtivos aci-


ma listados são de grande relevância para o projeto. En-
quanto informações sobre o número de pavimentos são
evidentemente importantes, outros detalhes, mais sutis,
também não devem ser negligenciados. Um exemplo é
o fato de divisórias serem usadas e o detalhe, aparente-
mente insignificante, de que existe abertura na sua par-
te superior. Essas observações são importantes porque
apontam para uma relativa baixa obstrução do sinal de
rede sem fio, em comparação, por exemplo, com o que
se observa no Colégio Pedro II, nosso próximo estudo de
caso. Se a obstrução é menor, menos pontos de acesso
serão necessários.

Projetos de rede sem fio 5


Projeto de rede sem fio
Neste estudo, será usado o edifício principal para proje-
to de cobertura de rede sem fio, cuja planta é mostrada
na figura 2.

Figura 2
Planta do CIEP

Conforme mencionado, o fato das divisórias entre as salas


serem finas e de madeira, e ainda possuírem uma aber-
tura na parte superior, faz com que o sinal eletromagnéti-
co consiga se propagar mais facilmente dentro do prédio,
permitindo a escolha de amplas zonas de cobertura.

Tipicamente, uma rede sem fio pode ter o raio de algu-


mas dezenas de metros. A área de cobertura, no entanto,
varia em função dos tipos de obstáculos e interferências
no ambiente.

Neste exemplo, definimos apenas duas zonas, como


mostra a figura 3.

6 Projeto Um Computador por Aluno


Figura 3
Marcação das
zonas de cobertura
no CIEP

Novamente, devido à situação propícia de propagação


do sinal de rede sem fio dentro do CIEP, um ponto de
acesso posicionado no centro de cada zona pode ser
suficiente para a cobertura total do edifício. A figura 4
mostra a localização dos pontos de acesso.

Projetos de rede sem fio 7


Figura 4
Posicionamento
dos pontos
de acesso
no CIEP

Foi verificada uma fonte de interferência no canal 11


no lado direito do prédio, possivelmente proveniente do
forno de microondas utilizado na cozinha localizada no
andar térreo. Com base nessa informação e procurando
alocar os canais de operação de forma que a rede de
um ponto de acesso não interfira no outro, optou-se pela
seguinte configuração de canais:

Ponto de acesso Canal

Ponto de acesso 1 11

Ponto de acesso 2 1

Considerações adicionais sobre este projeto


É importante compreender que a escolha de canais deve
levar em consideração as fontes de interferência e a pre-
sença de outras redes vizinhas. No exemplo em questão,
uma interferência no canal 11 foi observada e por isso

8 Projeto Um Computador por Aluno


o uso deste canal foi evitado nesta região. No caso dos
CIEPs, que são alocados em centro de terreno e tendem
a estar distantes de outros prédios, a interferência cau-
sada por redes vizinhas pode não ser um problema. Mas
a possibilidade existe. Provedores de Internet sem fio uti-
lizam antenas direcionais e potências maiores e podem
interferir na área da escola.

Em um bom projeto, os canais utilizados terão sido levan-


tados de antemão, na fase de planejamento de instalação
que identificará as interferências e as redes vizinhas que
competem pelo meio. Mas o planejamento, apesar de
fundamental, não é suficiente. Após a instalação da rede
é preciso que se realize uma validação. Nesta etapa será
verificado se a rede atende aos requisitos necessários,
principalmente em termos de cobertura. Neste processo,
um notebook deve ser usado para testar a qualidade da
conexão em diversos pontos da escola.

Ainda sobre a questão da cobertura, vale comentar a co-


locação dos pontos de acesso no primeiro pavimento do
edifício. Em um bom projeto, as distâncias verticais de-
vem também ser consideradas e, com isso, uma atenção
especial deve ser dada aos obstáculos verticais, como
pisos e lajes. Se por um lado as distâncias são menores
(em um prédio de três pavimentos, as distâncias serão
tipicamente inferiores a quinze metros), por outro uma
laje tende a ser um obstáculo mais substancial do que
uma parede, tanto por sua espessura quanto pela pre-
sença de ferragens no concreto.

Outra consideração importante diz respeito à capacida-


de da rede, ou seja, o número de usuários simultâneos
suportados. Esta é uma questão independente da cober-
tura, e voltaremos a ela nas considerações finais.

Projetos de rede sem fio 9


Colégio Pedro II
O Colégio Pedro II é uma tradicional rede de ensino pú-
blico (federal), localizada no estado do Rio de Janeiro e
consistindo de oito Unidades de Ensino. No município
do Rio de Janeiro há seis unidades e outras duas estão
nos municípios de Niterói e Duque de Caxias. Para esse
estudo foi escolhida a Unidade de Ensino do Centro do
Rio de Janeiro, que é o segundo mais antigo dentre to-
dos os colégios em atividade no país.

A escola é constituída por duas estruturas:

\\ Oedifício principal, constituído de dois pavimentos,


que abrigam as salas de aula, laboratórios, salas
administrativas e bibliotecas.

\\ Oedifício anexo, contendo um ginásio esportivo, que


também pode receber atividades artísticas e culturais,
estacionamento, ambulatório e depósitos.

Informações adicionais sobre a escola


\\ O edifício é tombado.

\\ Algumas paredes são espessas com pé-direito bem alto,


característicos dos prédios do período imperial brasileiro.

\\ Possui árvores no pátio interno.

\\ O edifício é totalmente coberto por uma rede cabeada.

Um edifício antigo, como o do colégio Pedro II, pode


trazer grandes desafios para um projeto de cobertura
de rede sem fio. As paredes espessas obstruem grande
parte da intensidade do sinal eletromagnético, fazen-
do-o ficar confinado a regiões cercadas por elas. Assim
como as paredes, as lajes entre os pavimentos também
são mais espessas que o convencional, prejudicando a

10 Projeto Um Computador por Aluno


comunicação entre os andares. O fato de o prédio ser
tombado pode trazer alguns complicadores, como a im-
possibilidade de passagem de cabos para ligar os pon-
tos de acesso. No entanto, como o prédio já possui uma
rede cabeada instalada, o tombamento não acrescentou
nenhum desafio adicional.

O sinal de rede sem fio é fortemente atenuado ao passar


por água. Por isso, corpos vivos são considerados potenciais
obstáculos para a propagação do sinal, e as árvores presen-
tes na área de ventilação do colégio Pedro II podem prejudi-
car a comunicação sem fio entre os dois lados da escola.

Projeto de rede sem fio


Será considerado apenas o edifício principal para pro-
jeto de cobertura de rede sem fio. A planta é mostrada
na figura 5.

Figura 5
Pavimentos do
Colégio Pedro II

Projetos de rede sem fio 11


As paredes espessas, já citadas acima, são visíveis na
figura 5 (destacadas por linhas mais grossas). Já que o
sinal fica, de certa forma, confinado em áreas cercadas
por essas paredes, a escolha das zonas de cobertura foi
influenciada pela presença delas.

Foram criadas sete zonas, todas menores do que as es-


colhidas para o CIEP, como mostra a figura 6.

Figura 6
Marcação de zonas
de cobertura no
Colégio Pedro II

No cenário do Colégio Pedro II foi feita uma abordagem


mais complexa para o posicionamento dos pontos de
acesso. Como a laje entre os pavimentos é mais espessa
que o convencional, optou-se pelo uso de mais de um
ponto de acesso em algumas zonas de cobertura, posi-
cionando um em cada andar.

12 Projeto Um Computador por Aluno


A figura 7 mostra o posicionamento dos pontos de
acesso nas zonas de cobertura. Percebe-se que é
mantida a prática de distribuir os pontos de acesso de
forma que a cobertura dentro de cada zona seja a mais
homogênea possível.

Figura 7
Posicionamento
dos pontos de
acesso no
Colégio Pedro II

A cantina localizada próxima ao ponto de acesso 2 e a


cozinha, próxima ao ponto de acesso 7, possuem fornos
de microondas que geram maior interferência no canal
11, sendo por isso mais interessante a escolha dos ca-
nais 1 ou 6 para esses pontos. Com base nessa informa-
ção e procurando alocar os canais de operação de forma
que a rede de um ponto de acesso não interfira no outro,
optou-se pela seguinte configuração de canais.

Projetos de rede sem fio 13


Ponto de acesso Canal

Ponto de acesso 1 1

Ponto de acesso 2 6

Ponto de acesso 3 11

Ponto de acesso 4 1

Ponto de acesso 5 6

Ponto de acesso 6 11

Ponto de acesso 7 1

Ponto de acesso 8 6

Ponto de acesso 9 11

Ponto de acesso 10 1

Considerações adicionais sobre este projeto


Não foi observada a presença de interferência de outras
redes sem fio Wi-Fi dentro do prédio do Colégio Pedro
II. A estrutura robusta do prédio, com fortes paredes de
pedra na fachada deve ter contribuído para tal fato. No
entanto, como foi necessária a colocação de dez pontos
de acesso dentro do prédio, deve-se estar atento à inter-
ferência entre as redes internas.

Da mesma forma como foi feito no cenário do CIEP, o


planejamento dos canais deve ser feito de antemão atra-
vés do site survey, alocando canais ortogonais (1, 6 ou
11) para pontos de acesso adjacentes. Para dez pontos
de acesso, é inevitável o reuso de algum canal, já que
existem apenas três canais ortogonais. Então, tal reu-
tilização deve ser feita de forma cuidadosa, colocando
as redes que operam no mesmo canal, fora do alcance
umas das outras.

14 Projeto Um Computador por Aluno


Após a instalação, é sempre importante a validação da
implantação da rede para verificar se ela atende aos re-
quisitos necessários em termos de cobertura. Novamente,
como no CIEP, um notebook deve ser usado para testar a
qualidade da conexão em diversos pontos da escola.

Apesar de não ter sido o caso específico do Colégio Pedro


II, prédios tombados e com paredes espessas podem ser
desafiadores em um item específico: como interconectar
os diversos pontos de acesso. Uma rede cabeada, pré-
instalada, é extremamente oportuna para o cenário em
questão; no entanto, ela nem sempre será possível, por
questões econômicas. Existem alternativas que podem
ser úteis, como o uso de equipamentos PLC.
PLC (Power Line
Communications):
Tecnologia que Considerações finais
utiliza a rede
elétrica para
comunicação
Existe uma grande diversidade de pontos de acesso,
de dados com grande variação em termos de potência e número
de usuários suportados. Por isso, a análise destes pro-
jetos deve levar em conta as características do ponto de
acesso proposto.

Um detalhe importante nesta análise é a questão da


cobertura versus a questão da quantidade de usuários
suportados. Na análise feita até aqui, foi considerada
apenas a questão da cobertura. No entanto, uma esco-
la pode estar inteiramente coberta e ainda assim pro-
ver uma experiência de uso frustrante. Se um ponto de
acesso for capaz de suportar apenas 25 usuários, por
exemplo (um desempenho bastante comum para pontos
de acesso de prateleira), uma rede com dois pontos de
acesso não será capaz de suportar mais de 50 usuários
simultâneos. Cabe, portanto, estabelecer se o uso con-
corrente da rede, por todos ou por um grande número de
alunos, é ou não um requisito necessário. Trata-se de um
requisito pedagógico que embasa um projeto técnico.

Projetos de rede sem fio 15


Se, por exemplo, o projeto propõe o uso de pontos de
acesso de baixo custo (menos de R$ 200,00, por exem-
plo) e exista a necessidade de oferecer acesso simultâneo
a duzentos alunos, o projeto apresentado para o CIEP é
claramente insatisfatório e necessitará da instalação de
mais pontos de acesso, como um ou mais por sala de
aula. Outra alternativa é o uso de pontos de acesso que
suportem um número significativamente maior de usuá-
rios, embora eles sejam bem mais caros.

Em síntese, é preciso tratar em separado a questão da


cobertura, que diz respeito às áreas da escola “ilumina-
das” pela rede sem fio, e a questão da capacidade, que
diz respeito à quantidade de acessos simultâneos que a
rede deve ser capaz de suportar.

Em relação à capacidade da rede, é preciso uma etapa


posterior de testes. Pela sua própria natureza, testes de
capacidade envolvem a situação real de uso, com gran-
des quantidades de clientes. Com isso, uma validação
final só será possível após a rede entrar em operação.

Voltando ao tópico da cobertura, é necessário frisar que


as aberturas e corredores são traços arquitetônicos im-
portantes. Um vão de uma escada, por exemplo, pode
facilitar a comunicação entre andares distintos, mas pre-
judicar a comunicação entre seus lados opostos. Ao pas-
so que um corredor pode agir como um duto concentra-
dor do sinal, através das sucessivas reflexões que sofre
nas paredes. Esses pontos acentuam a importância do
levantamento da cobertura após a execução do projeto.

Um aspecto importante, que diz respeito tanto à cober-


tura quanto à capacidade, é o balanceamento de carga
entre os pontos de acesso, isto é, a forma como os di-
versos usuários são distribuídos. Em geral, é importante
que os notebooks se associem sempre ao ponto de aces-
so mais próximo, já que usuários distantes utilizam taxas
mais baixas de conexão, o que sobrecarrega a rede como

16 Projeto Um Computador por Aluno


um todo (uma conexão lenta ocupa o meio por mais
tempo, e o meio é compartilhado por todos). Por isso é
importante que os pontos de acesso estejam bem posi-
cionados, isto é, distribuídos uniformemente e colocados
próximos aos seus usuários.

Pode-se argumentar que os clientes de rede sem fio (no-


tebook, por exemplo) já tendem a se conectar aos pontos
de acesso com sinal mais forte. Isso é, na maioria das
vezes, oportuno, mas pode sobrecarregar um ponto de
acesso, deixando o outro ocioso.

Em equipamentos de redes sem fio Wi-Fi mais sofistica-


dos, os pontos de acesso são muitas vezes comandados
por um controlador central que pode, entre outras coi-
sas, realizar uma distribuição automática de usuários.
Sem um sistema automático, no entanto, a distribuição
deve ser manual. Para isso, sugere-se a identificação
dos pontos de acesso por sua localização (o identificador
SSID pode ser usado para isso). Um aluno na biblioteca
deve, portanto, se conectar ao ponto de acesso identifi-
cado como “Biblioteca”, por exemplo.

Por fim, por melhores que sejam as técnicas e os pro-


gramas utilizados na elaboração de um projeto de redes
sem fio Wi-Fi, a natureza desses sistemas, sobretudo
para cobertura de áreas internas, é de baixa previsibili-
dade. Em geral, é importante atentar para o dia e horário
em que um determinado levantamento de interferências
é realizado. Um site survey realizado no domingo, por
exemplo, tende a apresentar um resultado pouco repre-
sentativo do comportamento da rede durante a semana.
Projetos devem ser testados pela realidade do uso.

Projetos de rede sem fio 17


18 Projeto Um Computador por Aluno
Projetos de rede sem fio 19
20 Projeto Um Computador por Aluno
Projeto Um Computador
por Aluno

Introdução >

Redes sem fio >>

Propagação de ondas >

Antenas >>

Planejamento
da instalação >

Configuração do
ponto de acesso >>

Segurança >

Projetos de rede
sem fio >>
Projeto UCA
Projetos de rede sem fio

O objetivo desta cartilha é oferecer


dois estudos de caso que possam
servir como embasamento na
análise de projetos de rede sem fio
Wi-Fi para as escolas brasileiras.

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