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O marquês de Coulanges escreveu um poema sobre

regras de etiqueta a ter à mesa, entre 1670-80:

Comia-se outrora a sopa


da malga sem cerimónia
até se limpava a colher
no frango para comer
Usava-se no fricassé
ensopar o pão e o dedo
Agora come-se a sopa
cada qual no seu sopeiro
servimo-nos correctamente
usando o talher inteiro
De vez em quando um criado
vai-nos lavar os talheres
Cuide-se de não espalhar
porcarias na toalha
Da travessa sem hesitar
um naco de cada vez
E que o prato nunca sirva
para iguarias diferentes
É preciso ir mudando que
para tal se fizeram
Assim como para limpar
É o guardanapo que vos deram
À mesa e em todo o lugar
no próximo deves pensar.

In Daniel Roche, História das Coisas Banais,


[s.l.l, Circulo de Leitores, 1999, pp. 251-252.

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