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SXCASOCAEDCAED Ml dane at CABNASNAEDA Mateus Boldrine Abrita Inflagao abordagem historica recente das escolas de pensamento econémico *edigdo Academia de Letras Juridicas do Estado de Mato Grosso do Sul - ALJ-MS ple Editora Academia de Letras Juridicas do Estado de Mato Grosso do Sul Ficha Catalogrifica BRITA, Mateus Bolte, Inflagdo: abordagem historia recente das escoles de pensamento econmico/ Mateus Boldrine Abrita, Campo Grande-MS: ALJ-MS, 2014 83p. Inclireferéncias 4. Econonia 2. Brasil 3. Histria Econémica 4, Ecovoristas S. Pensamento, coo, 1978.85-63599-22-3, Enderego: Rua Joaquim Murtinho, 3 ~ Centro. Campo Grande-MS, 79,002-100 {+55 67 8419 1515 e-mail: academiadeletrasjuridicas @bol.com.br SXCREOCREDCAED Mo Tne ety CARIRSIRIAE, Mateus Boldrine Abrita Professor de Economia na Universiade Estadual de Mato Grosso do Su (UEMS) Graduagdo em Ciéncias Econdmicas pea Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Mestre em Economia pela Uriversidade Estadual ce Maring’ (UEM) Pesgusador nas reas de Macroecenonia, Economia Menetia,Agronegise Mercado de Cantes 1GaO abordagem histérica recente das escolas de pensamento econémico E> < Sumario Apresentagao = ss vee . oars 1 Escolas de Pensamento Econémico e Inflagao: uma introdugao .......9 2 Escola Classica. 7 bese ve - 141 3 Escola Neoclassica seosaneen cs 15, 4 Keynes... vs a vs 19 5 Escola Monetarista v = cs seosseenee 25 6 Escola Novo-Classica =e boven 29 7 Escola Novo-Keynesiana... we os 633 8 Escola Pés-Keynesiana = ss aT 9 Abordagem Estruturalista see ss vas 43 10 Critica de Rangel 47 11 Abordagem Inercialista 2 serene wove Q 12 Conclusao. 53 13 Quadro Geral......... os ae veoseee ST 14 Referéncias....... vm Z vs os 59 sea FOCASICASOEAED Ms Tbe Bete ASNASNAIDA, Dedicatoria Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha Vida ‘A todos 05 pesquisadores @ estudosos que dedicaram suas vidas ao conhecimento. Arminha esposa Ana Paula, minha companheira de todos os momentos ‘A meus pais Julio @ Nailce, a quem honro pelo esforgo € empenho para ime formar homem e cidadao critic. ‘Ags meus sogros Luiz e Miriam, pelo carinho que sempre tiveram. E a todos os demais envolvides direta ou indiretamente nesse proceso to arduo que é a construgéo do saber. 60a Apresentacio Uma obra impar a respeito da inflagdo em termos da abordagem de escolas econémicas. O fendmeno ieflacionério 6 um dos meis importantes das ciéncias eoonémicas, impactando ciretamente na vida dos agentes piiblicos, privados e na sociedade em geral Desse modo, a singuiaridade desta obra vem justamente por sua estruturagao, abordando as causas, explicagdes e polticas de controle, nas mais importantes esoolas de pensamento econémico, coro os pensadores Cléssioos, Neocléssicos, Keynesianos, Monetaristas, Novo-Classicos, Novo- Keynesianos e Pés-Keynesianos, alem das andlises Estruturalista e Inercialista Portanto, 0 periodo estudade abrange os maiores avangos, em termos tedrieos da evolugéo da explicagéo da inflagdo, iniciando no século XIX, errassando pelo século XX e adentrando no século XI. Sem davidas, é uma ‘bra fundamental para estudantes d2 economia e areas afins, pesquisadores aficionados por economia que estejam interessados ras nuances monetarias @ {que busquem maior conhecimento sobre o tera. 0 texto @ estruturado de uma forma académica, porém com muita fluidaz e de modo bastante didético, proporcionando uma agradavel letura. Mateus Boldrine Lorita Professor de Economia na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) ‘Gracuagéo em Ciéncias Eoonémics pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Mestre em Economia pela Universidade Estadual de Maring (UEM) Pesqusedor nas reas de Macrosconmia,Eonomia None, Agree e Mercado de Caps ee emda so8ca 1 Escolas de Pensamento Econémico e Inflagdo: uma introdugao De modo geral, @ abordagen da inflag’o nas escolas de pensamento econémico possui duas grandes principais divisées, que seriam a corente convencional @ heterodoxa. A corente convencional ado:a teorias que s80 derivadas, em grande medida, da Teoria Quantitativa da Mpeda (TQM), assim as futuagées no nivel de pregos séo oriundas de fenémenos monetérios € apresentam uma légica walrasiana de determinagac de pregos no mercado & otimizacéo marshalliana no lado das firmas. Ja a visdo heterodoxa argumenta que a inflagéo tem um importante componente de causas nao estrtamente monetérias como mudanga de expectativas, fenémeno da inércia e choque nos custo. Essa andlise altemativa da inflago ndo incorfora cheques de demanda, Uunicamente, para explicar 0 aumerto do nivel dos pregos, mas apresenta um clhar amplo, englobando 0 proceso decisério dos lideres formuladores de pregos, e considera a estrutura de mercado, certa rigidez de pregos, juros, indexadores, cémbio, salérios, tarifas e outros elementos. AA discuss a respeito da nflagao foi sendo modiicada ao longo do tempo e fruto de um intenso debate dos diferentes olhares em relagdo ao tema Um interessante embate teérice ocorreu em meados do séoulo XX, Principalmente na segunda metade, entre monetaristas, nova-classicos e novo- keynesianos. A visdo Friedmanianat, de que apenas os agregados monelarios deveriam ser observados pelos Bancos Centrais ara que a inflagdo e a deflagdo fossem evitadas, teve set esgotamento, quando na prética algumas autoridades ngo obtiveram sucesso. Mas, também, a critica de Lucas contrbuiu fem grande parte com este esgotamento, pois este incorpcrou a questo das Esta segdo est fundamentada em Gontjo (2008), Brosser-Porsira (2010), Sicsi) (2003), Belscusky (2000), Rego (1968) © Costa (1990). moe FOCREDRINCRED Sy kg iin eee mone AEHASIEASON expectativas racionais ao pensamente maoroeconémico € perpetrou fortes criticas as expectativas adaptativas dos modelos anteriores, dando origem & corrente intitulada novo-classica. Esla corrente supde que os agentes econdmicos séo otimizadores e erros sistematicos no sao possiveis. Em resposta a corrente novo-cléssica surge @ escola novo-keynesiana, a qual esté alicergada em alguns elementos da corrente neocléssica, no que diz tespeito a inflagSo. Ela argumenta que o nivel de pregos depende da quartidade de moeda e que quando ocorre excesso de moeda, que se traduza fem excesso de demanda agregada, coorre elevagao de pregos, Porém, os noves-keynesianos incorporam elementos. destoantes dos neoctassicos, como a rigdez de progos e salérios, processos lentos de ajustamento aos choques ecorémicos e custos associados a mudangas de variéveis. De acordo com trabalhos de Means (1935) ¢ de Hall e Hitch (1939), os precos industrais, por ‘exemplo, possuem um caréter administrado e nao respondem necessariamente as flutuagdes da demanda, ‘Apés muitas discussées, a viséc P4s-Keynesiana de andlise da infiago ganha destaque. De acordo com essa corrente de pensamento, 0 mais importante para se analisar a inflaggo é idenlifcar as causas @ fatores impulsionadores, que podem ser especificos de cada pals ou regio. Quando identficados esses falores pode-se tomar medidas que de fato podem atuar no problema da alta do nivel de pregos, por isso a questao estrulural de cada ‘economia ganna destaque. Nesse sentido, medidas padronizadas de poliicas antiinflacionérias se tomam infundadas e acabam muitas vezes tendo resutados demasiado onerosos e sem uma conlrapartida razoavel. Portanto, 0 objetivo deste livro é apresentar com mais profundidade, as principals escolas de pensamento 2condmico: Classica, Neociéssica, Keynesiana, Monetarista, Novo-Classica, Novo-Keynesiana e Pés-Koynesiana, além das andlises Estruturaista e Inetciasta. Abordando seus principals postulados, causas e conclusdes sobre a inflagao além de politicas de controle. loc 2 Escola Classica A escola de pensamento econémico olassica, também definida por ‘Snowdon e Vane (2005) como escola classica antiga, foi formada a partir de diversos trabalhos de grandes estudiosos das ciéncias econdmicas, portanto ela ¢ resultante de uma sintese de obras que tiveram como principais expoentes Adam Smith, John Stuart Mill, Jean-Baptiste Say, David Ricardo e ‘Thomas Robert Malthus. Destacem-se importantes obras do periodo como James Stuart (1767) ¢ principalmente Adam Smith (1776) que consolidaram 0 ‘estudo econdmico como uma ciéncia propriamente dta Assim, as ideias centrais desta corrente foram bem sintetizadas por Ackley (1986) e consideram que: (i) todos os agentes econémioos $80 racionais, maximizam seus lucros, suas utlidades e nao sofrem de ilusdo monetaria, sendo eles familias ou firmas, (ii) todos os mercados s&0 do tipo concorréncia perfeita e os pregas so perfeitamente fexiveis, (il) todos agentes tem informagéo perfeita sobre as condiges de mercado @ assim tomam suas decisées, (iv) 0 comércio apenas ocorre quando existe clareza de mercado © so assegurados por um sistema walrasiano, o que previne imperfeigdes nas trocas, (v) 08 agentes possuem expeclativas estaveis a0 longo do tempo. (© modelo classico antigo, segundo Snowdon e Vene (2005), tambérn divide a economia em dois setores, 0 real e 0 monetério, Para compreender 0 eniendimento da infiago no modelo ¢ preciso apresentar mais trés componentes do pensamento cissico, a determinagéo do emprego @ predugao, a lei de Say e em especial a TOM, ‘A determinagéo do emprego @ da produgdo ocorre alcergada na proposigao de neutralidade entre setor real e monatario, ou seja, 0 nivel de preduto da economia independe ca quantidade de moeda, o que também & cchamado de dicotomia oléssica. Sinteticamente a ‘ei de Say defende que a mila SOCaKOCRSOCRIO Sift ene hin ra det sine depen manne CBSOCRSORIOE, oferta, de uma determinada economia, gera sua propria demanda, assim problemas de superprodugo poderiam ooorer, porém de maneira ternporara? Finamente a TOM, a qual é um importante pilar do modelo classico, mostra @ neutalidade da moeda, no longo prazo, pera explcarflutuagdes no lado real da ecoromia A partir da TOM a explicagao para o fendmeno da inflaggo na escola classica é apresentada. Recentemente, essa teoria foi relacionada com Milton Friedman @ 0 monetarismo, porém muitos economistas importantes contibuiram no seu desenvolvimento ccmo: Cantilon, Hume, Ricardo, Mil, Marshall, Fisher, Pigou e Hayek. Cabe salientar que duas visdes importantes da TOM se destacam, a primeira de Cambridge, associada a0 Marshall e Pigou @.a segunda verséo de Irving Fisher, porém essas ideias ja estavam presentes em trabalhos de pensadores anteriores. ‘A TOM na escola classica &, de acordo com Vianna (2003), baseada largamente na Lei de Say e foi formulada no periodo de 1750-1850 pelos economistas classicos a partir da relegéo de trocas. Assim, o fendmeno do aumento do nivel de pregos é explcado por uma teoria de infiagéo de demranda Segundo Snowdon e Vane (2005), os postulados da escola classica consideravam que a velocidade da moeca (V) era constante e 0 produto real (Y) apenas era afetado por elementos também reais, como tecnologia e fatores de produgéo. Logo, um aumento na quantidade de moeda (M), elevaria a demanda @, como consequéncia, a elevacao do nivel de pregos (P), jé que os fatores reais da economia se manteriam estaveis. Sinteticamente: MV = Py @ InM+InV =InP+Iny @ Diferenciando 4 dqy = Sap +44 Zam +2av = 5aP +5 ay @) Considerando * Para aprofundar no tema da Lei de Say ver Baumal (1977; 1998) e Backhouse (2002), mire BAIRD ans iin rte RI NASNANA V=V+av=0 ® Temos © ‘Ou também © Ou am) a Desse modo, considerando-se todos os pastulados e hipd , ipdteses do ‘modelo, a taxa de variagéo dos prezos ¢ igual taxa de varagao da quantidade da moeda menos a variago do produto real. Logo, 0 aumento do nivel de Pros ¢esttamente monelroe explcado pela elvageo na quantiade de fa. A elevagao do nivel de pregos 6 também caracterizada como de demand. Para compreender a inlacéo de demanda, & importante, segundo Mozallum (1989), observar os conceitos de equilibrio de estado estavel, assim os mais relevantes agregados macroecondmicos variam com o passar do tempo a uma taxa constante, logo, algumas variéveis devem ter crescimento, no estado estével, zero. Assim, se alguma variével iver utra mudanga relativa 1o tempo provocara desequilibrios nas demais variaveis. Logo, a inflagdo de demanda 6 resultante de uma situagéo de pleno ‘emprego, na qual aumentos de 2onsumo, investimento e gastos publicos resultam necessariamente em inflegao. Portanto, como a demanda se eleva além da capacidade de oferta de economia, 0 equilric se daria por um ajustamento no nivel de pregos, sendo que neste caso a politica ant- inflacionaria mais recomendada seria o arrefecimento da derianda agregada, ‘Sendo assim, para a escola cléssica, 0 reveitudrio de combate a inflagao @ orientado para o lado monetario da economia, ou seja, polticas monetdrias controle de oferta de moeda seriam suficientes pare contomar 0 aumento no nivel de prego jé que o fendmeno é apenas de natureza monetaria. DOSER Fant ap hie le aie depen eine CBSA Adam Smith BORER Mans Tlie Mate RENAN 3 Escola Neoclassica AA escola neocléssica, também chamada de escola marginalsta, surge no final do século XIX e inicio do século XX. Seus principais expoentes foram Aled Marshall, Léon Walras, Cerl Menger e Willan Stanley Jevons. Esta escola trouxe diversas contibuigSes para o pensamento econémico, utlizando- se princjpalmente de uma abordagem com instrumental matematico, fundamentagao microeconémica e busca do equilbrio entre as variaveis. ‘Simonsen (1983) aponta trés pilares bésicos que sustentam o pensamento neocléssico: (i) no ponto em que se igualam a oferta e demanda or mao de obra, as forgas de mercado equilram a economia quando no leno emprego, (i) as futuagdes das variaveis reais da economia e os pregos Telativos 40 independentes da poltica monetariae (il) a quantidade de moeda ‘na economia influéncia apenas o n vel geral de precos, nde tendo impacto nas Varidveis reais. A parti dos pilares da econcmia neocléssica, importentes conclusdes de polticas podem ser extraidas. O laissez-faire era a mehor deciso a ser tomada para resolver os problemas do desemprego, a politica monetéria deveria ser orientada para manter ¢ estabilidade dos pregos unicamente e com iss0 ainflagdo era explicada pelo excesso de oferta de moeda sobre o produtor feal e assim faciimente contomada por parte das autoridades monetarias. Seguindo a mesma linha da escola classica, a explicacéo para a causa da inflagdo esté também intimamente relacionada com a TOM. Porém, agora ela esté defnida de modo mais claro em duas versbes, a primeira de Canbridge, associada ao Marshall ¢ Pigou e a segunda de Iving Fisher. ‘Aversdo de Cambridge, apontada por Snowdon ¢ Vane (2008), faz uma distingo clara entre oferta de moeda (M) e demanda por moeda (Md). A demanda por moeda é determinada pela necessidade de realizar transagées, ‘que por sua vez, esta positivamente relacionada com o valor da despesa wisca SOCUEDCREDERED Fyn beep ira de ie dann ene CASNAKNCASE SS etter ine SR INCREICANI agrogada. Assim, a oferta de moeda $ igual a renda nacional @ a fungo de demanda por moeda é representada pela seguinte equagdo: Md = kPY @) Temos que Md é a demanda por saldos monetérios nominais e k 6 a fragdo da renda nacional anual (PY) que os agentes, tanto fimas quanto familias, desejam manter. Considera-se na representago que k é constante. Para explicar 0 nivel de pregos é necessério introduzir a oferta de moeda no modelo, Assumindo-se que a oferla de moeda ¢ oriunda das autoridades Tronetérias, ou seja, M é exégena, loyo a condicéo de equilbrio & dada: M=Md (O) Substituindo (8) em (8) temas: M=kPY (10) Para verifcar que pela TOM mudancas na quantidade de moeda nao afstam a economia real no longo prazo, mas sim, determina o nivel de pregos, 6 preciso observar que Y est predeterminado pela fungao de produgéo no mercado competitive em pleno emprego. Como k e Y so constantes, M determina P. Assim se ocorrer uma expanséo monelétia e os agentes econémioos possulrem maiores quantidade de moeda, ocorrerd um desequilbrio que resultara em maior demanda por bens e servigos, como 0 modelo considera pleno emprego, 0 ajuste ocorrerd pela elevacéo no nivel de ptegos, ocorrendo assim inflagdo, ‘A segunda versao da Teoria Quentitativa da Moeda ¢ apresentada pela equacéo de trocas de Fisher: MV = PY (ay Sendo V a velocidade de citculago da moeda, que 6 definida pelo niimero de vezes, na média, de transagbes finais ocorridas, que constituem 0 Produto interno Bruto nominal. Como os agentes mudam lentamente seus habitos, V6 constante. Para verificar que o nivel de pregos depende da oferta de moeda a equacdo (12) 6 apresentada rearranjando a (11): my pave (a2) m16eR SOSA Ams Thebes CASRN Sn tinct ‘Como Ve Y so constanies ¢ facilmente ‘cbservado que P depende de Me que a variagéo de M é iguala variagao de P. Outra importante teoria retacionada a inflaydo na escola neocldssioa & atribuida ao economista Knut Wicksell (1965), esta teoria ‘ambém esté em linha com as demais, pois ¢ uma explicagao de inflagao de demanda. Assim o modelo é 0 seguinte: (13) (4) (a5) (16) a7 (et) As varidveis sao: yt € 0 preduto real da economia, Ct ¢ o consumo real, It 0 investimento real, YO 6 0 produto real de pleno ‘emprego, Yt 6 0 produto Nominal, Pt @ 0 nivel de pregos, t 6 0 investimento nominal, a € 0 consumo auténomo real e b & a propensao marginal a consumir. Considerando que a ‘economia esta no pleno emprego, ou seja, Yt = YO, Tem-se: Yona = YoPa (a9) Logo C= at bee (20) Também (a) Assim (22) ou (23) SOCASDERIOERED Syn nag ii rate ie depron ete BSAA RIASOERID et solo Ne Porém (24) Logo (25) Rearranjando bv ¥-(oth) 6) Temos bY-Yot (atl) en tate) ou Yo(r3) Hatha) 28) Yer lala) @8) Finalmente: 29) [Assim de acordo com Vianna (2003), neste modelo de Wicksell a inflagdo apenas ocorre no estado de pleno emprego, sendo que quanto maior for a propenséo marginal a consurit, maior seré a inflagdo e o aumento do nivel de pregos ocorre por pressdo de demanda, pois o sinal ea magnitude estZo diretamente relacionados com o consumo e o investimento auténomos € { propenso marginal a consumir. A teoria de inflagdo de Wicksall se assemelha, em parte, a apresentada por Keynes, porém & enquadrada na escola neociéssica, devido aos seus postulados iniciais. Assim, as escoas classicas e neocléssicas se valem da Gicotomia entre 0 lado real e monetério da economia, sendo 0 produto real infuenciado apenas por fatores de predugao e tecnolagicos, e no longo prazo és mudangas na oferta de moeda apenas afetam o nivel geral de pregos © 0 controle da infiago, nos do's modelos ¢ realizado pela restrigdo na oferta de mmoeda. . ‘préxima escola apresentada possul caractersticas revolucionéias, no sentido que, seu autor John Maynard Keynes, modificou de forma significativa 0 modo de entender a economia @ suas relagoes, wm isea 4 Keynes ‘A contribuigdo de Keynes para as ciéncias econémicas, afrma Snowdon e Vane (2005), gerou um debate de no minimo setenta anos desde a publicago do livro Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda em fevereiro de 1936. Alguns eoonomistas defendem que a vis8o de Keynes foi o evento mais significative do século XX para 0 estudo da economia, atribuindo-he a ctiagdo da macroeconomia. Embora muitos também aleguem que ele cometeu Urra série de erros, sua contribuiggo para o debate econémico ¢ inegavel. Keynes (1982) argumenta que o pensamenta cléssico e neocléssico, no qual 0 proprio autor se formou, possui em seus aicerces postulados equivocados, para 0 caso geral, ¢ que seriam itis para explicar apenas uma sitagdo especial, no explicando a realidade econémica da sociedade em que viverios. Portanto, 08 resultados e ensinamentos desta escola seriam ilusérios, « cesastrosos se aplicados ao cotdiano da realidade dos fatos E importante destacar que segundo Simonsen (198%), a macroeconomia neoolassica chegou a um impasse quando ocoreu & crise de 1930, periodo em ‘que a economia dos Estados Unidos apresentou indices de desemprego da orcem de 25%, o Laissez-Faire se mostrou equivocado para assegurar o pleno temprego. Neste cenario, os pensamentos de Keynes ganharam destaque, pois apresentava explicagées plausiveis para os acontecimentos da época Nos anos posteriores @ publicagdo do livro Teoria Geral e a subsequente morte de Keynes, muitas interpretagGes surgiram a respeito do pensamento keynesiano, sendo motivo de discusszo entre diversas correntes teGricas atuais. Porém, cabe destacar algumas ideias fundamentais da ‘corrente, apontada por Snowdon e Vane (2005) como escola keynesiana ortodoxa, isso para que posterionrente seja apresentada a teoriainflaciondria airbuida ao pensamento keynesiaro. 1968 SXAREIARD Silat oan hi mt a a prime renin CASNEABNEAZNEA Nos primeiros anos do pés-querra, os principais pensamentos atrbuidos a visdo mais ortodoxa de Keynes sio: (i) a economia é inerentemente instavel e sofre com choques adversos, oriundos de mudangas na eficiéncia marginal do investimento, na mudanga de confianca dos empresarios ou, o que Keynes chamou de espirito animal dos investidores; (ii) a economia néo caminha fapidamente ao pleno emprego, s2 a economia ficar flutuando livremente 0 pleno emprego demorara um grande period de tempo para encontrar equilirio; (ii) 0 nivel agregado de produgéo e emprego € essencialmente determinado pela demanda agregada da economia e, itervengdes no nivel de demanda por parte das autoridades ¢ interessante para se atingir 0 pleno emprego; (iv) uma conduta de estebilizagdo por meio de politica fiscal 6 desojavel em detrimento a politica monetaria, pois esta levaria mais tempo para suttr efeito, enquanto aquela alueria diretamente na demanda agregada de maneira mais répida e previsivel. ‘Apresentadas as ideias gereis, de modo bastante sintetizado, do pensamento de Keynes, a problemética da inflagao pode ser abordada com maior destaque. Uma grande modificagao que surgiu apés a revolugaio keynesiana refere-se A equagao de ‘rocas da TOM, na qual Keynes (1982) introduziu novos entendimentos 20 pensamento econdmico em relagdo a demanda por moeda que seriam: transagao, precaugdo @ especulagao, com 980 08 agentes tenderiam reter a moeda. Assim a TOM e a Lei de Say néo so utlizadas por Keynes, como ‘xplicagao fundamental do aumento no nivel de pregos na economia, pols a orodugao era resultante da demanda e na equagéo monetéria a demanda por ‘oeda especulativa fol introduzida. O autor utliza 0 entendimento da demanda sfetiva © do hiato inflaciondrio para explicar 0 fenémeno. Arestis © Sawyer (2006) argumentam que a visdo de Keynes a respeito da moeda é diferente de iodo 0 pensamento consolidado na teoria econémica até ent. ‘Alguns ensaios apontam as ideias gerais do seu pensamento a respelto da infiagdo, em Keynes (1963). O autor argumenta que a inflagéo era causada por excesso de demanda, resultante em alguns periodos pelo excessive endividamento do setor publico € grivado, assim um maior endividamento expandiria a demanda agregada que, por sua vez, pressionaria o nivel geral de pregos. AA teoria Keynesiana, segundo Rego (1986), explica o aumento do nivel de precos pela seguinte situagdo: o governo eleva suas despesas sem reduzi as despesas privadas, se a oferta esiver fixa no curto prazo, a inflagdo sobe. 32008 SACRED Aint Tbr as ASCARDEASOR Esta explicagao € atribuida a Keynes, mas no & unanimidade entre os estudiosos de economia, 0 que acabou gerando outras vertentes a respeito do ensamento do autor. Sislematicamente temos z demanda efetive no persamento de Keynes, © produto potencial © o produto sfetivo, assim o “hialo iflaciondrio™ pode ser encontrado, Em uma dada economia, podemos ter trés possives situagdes, 0 Produto efetivo maior, menor ou igual a0 produto potendial. O produto efetivo somente & maior que 0 potencial no curtissimo prazo e ent situagdes especiais.. Portanto, se a economia s2 encontra no ponto em que o produto efetivo € menor que 0 potencial, ocorre uma situagdo de deflagdo. Nesse caso a economia pode estar em pleno emprego, mas com a demanda efetiva menor que a oferta agregada, assim coomrerd formagao de estoques e os pregos tendem a cair, Outra situagSo pode ser a economia em equilbri, com a oferta igual & procura, porém num ponte inferior a0 pleno emprego, assim a demanda ode aumentar sem gerar qualquer variagdo de pregos, pois a oferta também {eré espago para atender a maior procura agregada. Para o caso geral, no pensamento keynesiano, de acordo com Vianna (2003), a inflago ocorreré.quendo houver hiato inflacionério, no modelo simplificado, considerando a demanda efetiva e c pleno emprego, a taxa de infiagdo ¢ igual a taxa de variagao do consumo, sendo esia uma tipica inflagao de demanda A politica monetaria no modelo de Keynes & um slemento ativo e um importante instrumento, no sentido de melhorar os niveis de emprego e produto. Embora diversos seguidores de Keynes nao compartilhem desta viséo, adiretriz geral de politica monetaria continua sendo ativa. Keynes, entéio, defende que a moeda nao é neutra 2 consequentemente a poliica monetéria pode ser eicaz para influenciar as variaveis reais da eeonomia. Logo, a politica moneléria atua via duas funges da moeda, uma ‘camo meio de troca e a outra como ativo financeiro. Portanto, a poltica monetaria no alua diretamente no produto, mas aumentando 0 estoque ‘monetario, a moeda ativo financeito afeta a moeda meio de troca, atingindo no ‘segundo momento as variaveis reeis da economia Em linhas gerais, Snowdon e Vane (2006) elencam nove entendimentos @ “espeito da economia por parte ca chamada escota keynesiana ortodoxa, que era muitos representa as ideias de Keynes. Primeiro: as economias odemas esto sujeitas a uma fala sistémica que pode resultar em pequenas wm2le SOCAEDERIDERED Fyn nap ine mnt ie depron ens CASHASNCABNA RIOR Tire rig i ov graves recessées que € essencialmente causada por falla de demanda efatva agregada. As recesses podem ser defnidas como desvios do pleno emprego de equilbrio oriundas de ‘alta de procura ooasionadas por fatores reais ou monetérios. ‘Segundo: acreditam que a eccnomia pode se encontrar num ponto, tanto em um regime keynesiano, de demanda restrta, quanto num regime lissioo, de oferta restita, em determinado periodo de tempo, logo, quando a economia estiver no ponto de damanda restita, emprego @ produgio respondem positvamente a inorementos de demanda oriundas de qualquer fonte. Terceiro: 0 desemprego ¢ do tpa involuntario na explicagéo de Keynes, ou soja, trabalhadores capazes e dispostos a trabalhar pelo nivel de salérios vigentes, ndo encontram postos de trabalho, contrastando com a viséo de muitos pensadores cléssicos, monetaristas, novo-cléssicos @ dos ciclos reais de negécios que acreditam que o desemprego 6 um fenémeno voluntario. Quarto: a economia de mercado esta sujeita a flutuagdes no desemprego, na produgo agregada e no nivel de pregos, que podem @ precisam ser corigidas pelas autoridades, 0 uso de instrumentos discricionérios e coordenados de poltica monetéria e fiscal devem ser algados para estabilzagao da economia, afetando variéveis como o produto real e 0 emprego. Quinto: nas economias industrizis modemas, pregos e salérios no so perfeitamente flexiveis, logo mudangas na demanda agregada, antecipadas ou néo, possuem um maior impacto 10 produto real e desemprego, se comparados com variéveis nominais. No curto prazo, dada a rigidez nominal dos pregos, a curva de oferta agregada tem inclinagéo positiva, ao menos até ‘que a economia atinja a restrigéo de oferta dada pelo equlbrio do pleno emprego. Sexto; os ciclos de negécios nao séo flutuagdes simétricas a0 redor de uma tendéncia e sim desvios indesejéveis do produto abaixo da tendéncia de equilibrio de pleno emprego. ‘Sétimo: 0s tomadores de deciséo de politica monetéria e fiscal possuem un trade-off de curto prazo entre desemprego e inflagao. Citavo: embora haja controversa entre os proprios Keynesianos, alguns defendem a ideia de politicas de rendas temporérias, como um instrumento mre SXCIOCAECA Nm ne tea CAIN ERIOCAIOCA a a aticional para atingir o equiirio simulténeo entre pleno emprego e estabilidade de pregos, Por fim, o nono entendimento: a macroeconomia keynesiana possui 0 eco nas mudangas de curlo prazo @ ndo tem como objetives finais os ‘acontecimentos do longo prazo. Desse modo, no pensamento de Keynes, a explicagéo do aumento no nivel de progos, é resultante do excesso de demand e, na equagdo monetéria, @ demanda por moeda especulativa foi introduzida. O autor utiiza 0 entendimento da demanda efetiza e do hiato inflacionsrio para explicar 0 fenémeno. Sistematicamente, temos 0 produto patencial e 0 produto efetivo, assim 0 “hiato inflacionério" pod ser encontradc. Em uma dada economia Podemos ter trés possiveis situagSes, 0 produto efetivo maior, menor ou igual 9 produto potencial. O produto 2fetivo somente é-maior que 0 potencial no curtssimo prazo e em situages especiais e assim a inflagao aparece. Quanto 20 uso de politicas ativas, Keynes argumenta que a economia de mercado esta sujelta a flutuacges no desemprego, na produgdo agregada e ne nivel de pregos, que devem ser corrigidos pelas autoridades, 0 uso de instrumentos discriciondrios e coordenados de politica monetéra e fiscal devern ser utilizados para estabilizacéo da economia e atingir vaiaveis como o nivel de atividade econdmica e desemprego. Os entendimentos propost»s por Keynes rodificaram a estrutura de Pensamento econémico estabeecida até entéo, porém, apés muitas iscussées @ debates teérioos a respeito do que realmente Keynes queria dizer @ respeito de determinadas quastées, resultou em varias divisées dos economistas que buscaram interpretar Keynes. Mas a préxima escola de ensamento econémico retoma algumas das principals idelas de pensamentos das escolas cléssicas e neocléssicas, numa reagdo as deias Keynesianas, sendo nomeada por alguns de contrarrevolugdo monetarista e teve como um de seus principais expoentes 0 eccnomista Milton Fredman, wm Be sor24-ca FORECAROCRR WM Titi Ss CENEAFNCALOC 5 Escola Monetarista Em oposigo 20 pensamento keynes’ano, surge o chamado monelarismo, essa corrente de pensamento econémico, ¢ bastante relacionada & escola de Chicago, em grande parte devido a Milton Friedman, O rmonetarismo faz um resgate das ideias neocléssicas, defendendo a TQM, Laissez-Faire, liberaismo absoluto e ndo inlerveng3o ativa das autoridades de politicas econémicas na economia Quanto a inflago, Friedman (1994) argumenta que é um fendmeno de impressora, ou seja, no esta relacionada a dinamica do sistema capitalsta. De ‘modo geral, 0 autor argumenta que os governos realizam um excesso de temisséo monetéria, que aliments constantement2 0 nivel de pregos, isso Parque os governos tém a tendéncia de elevarem suas despesas rapidamente € para financié-las buscam, na expanséo da moeda, uma saida mais atraente, Outro ponto importante para explicar esse mecanismo é a tentativa indevida de atngir metas de pleno emprego, os governos tentam elevar os gastos, sem contrapartida de impostos ou endividamento, e aumentam a quantidade de ‘moeda para se financiar gerando nflagao e ainda acabam néo aingindo pleno temprego no longo prazo. Finalmente, outro erro da autoridade monetéria oorre quando se dedica ac controle da taxa de juros ao invés da quantidade de moeda, assim a moeda assume caracteristica endégena. Llungquist e Sargent (2000) mostram que défcits governamentais sustentades ao longo do tempo causam inflagao. Logo, ainflagéo para Friedman é um fendmeno estitarente monetério, ligado a expansdo da oferta de moeda em determinada economia, portanto, 0 ‘aumento do nivel geral de pregos contomado somente quando a autoridade ‘monetaria adota um controle da expanséo de moeda. Porém, isso nao atinge a inffagdo sem prejuizos em termos de outros agregados macroeconémicos. 25a SDCASDCAENCAED Tolar ite rn a ene ponent mine CRSNEASHASHR RARER RE Ste Friedman faz um resgate da TOM e formula uma andlise para a demanda por moeda. De acordo com Snowdon e Vane (2008), ele postuiou que @ demanda por moeda segue o raciocinio da demanda por qualquer outro ativo e & norteada por trés principais elementos: (i) uma restrigéo de riqueza que determina @ capacidade maxima de moeda que pode ser utiizada (ji) 0 retoro da moeda em relago a ouiros ativos financeiros reais, que podem ser aplicados (ii) os gostos e preferéncias do aplicador ou investidor. Assim, @ rmaneira como a riqueza é alocada depende das taxas relativas de retorno entre varios alivos na economia, e, no equilibrio, a alocagéo ocorre de forma a igualer as taxas marginais de retorro. Portanto, a demanda por maeda de Friedman (1959) segue a seguinte fungéo: Hen pltel (30) Em que M 6 0 estoque nominal de moeda, N é a populagdo, Yp é a renda agregada nominal permanente, Pp & o nivel de pregos permanente, @ 6 um pardmetro, Aplicando logaritme na fungo, chega-se a teoria de inflago proposta pelo autor. Inp+6éin (| (G1) InM—In(WB,, . Assim InM—InN — InP, = Inp + In¥p — InN — 6 In Pp (32) Rearranjando InM ~ InP, + 5In¥p = np + InN ~65InN —5 In¥, (33) Pelo diferencial temos: ay, a = +8 oF G4) Considerando dN=0 e M+(6-1)B, (35) Também (6 -1)B, = 6¥, —M (36) 268 7) Assim (38) Desse modo, segundo Vianna (2003), a conclusdo do modelo de Friedman € essencialmente igual aos classicos © neocléssioos, com a ‘modificagdo da incluso de um parémetro d e uma variével para representar a populagdo (N). Assim, as polticas fiscais e monetarias no tém efeito signiictivo sobre o nivel de presos reais e produto. Em linhas gerais, os pincipais pontos* que a escola monetarista defende séo: Primeiro: a inflagéo 0 balango de pagamentos séo fenémenos essencialmente de natureza monetiria. Segundo: a economia pode ser caracterizada como predominantemente estivel, se n&o for afetada por Gistirblos equivocados de crescimento de mozda ou submetida a outra Ferturbagao, porém ela caminha rapidamente para o equilibrio de longo prazo ‘com a taxa de desemprego natural Terceiro: nao existe trace-off entre inflagao e cesemprego no longo Prazo, a curva de Philips é vertical na taxa de desemprego natural. Quarto: na condugo da politica monetéria, as autoridades devem seguir uma regra de controle dos agregados monetérios para manter a establidade de pregos no longo prazo. Quinto: mudanges no estoque de moeda séo os fatores Predominantes que explicam mudangas na renda monetéria. Apés a escola ‘monetarista, surge uma corrente de pensamento econdnico mais radical no sentido de ertcar a ideias de Keynes, initulada escola novo-cléssica * Largament baseado nos abalhos de Eruner (1970), Fredrnan (1970), Mayer (1978), Vane e ‘Thompson (1979) Pur (1980), Laide (1981) e (1962) e Chrystal (1980) mica Robert Emerson Lucas, Jr SeSeServ= 6 Escola Novo-Classica ‘A escola monetarista ctiicou varios elementos do pensamento eynesiano, mas no final da década de 1970, liderada pelos economistas Robert Lucas e Thomas Sargent, foi fundada a escola novo-cléssica. Essa corrente se apresentou radicalmente contra as idsias de Keynes, Além de discordarem, em aigum modo, também do monetarismo. A teoria monetarista, tanto a escola monetarista, conhecida como menetarismo do tipo 1, como a escola novo-2léssica conhecida como menetarismo do tipo 2, esto baseadas no fato dos aentes econdmicos estarem centrados em expectativas, que podem ser do tipo adaptativas ou racionais, No modelo que considera as expectativas adaptativas, os agentes ‘econémicos so do tipo backwardlooking e fazem suas previsbes observanco 0 passado com 0 acréscimo de um erro. Logo, numa hipetinflagSo os agentes “contaminariam o futuro com os valores da inflagda passatla, assim a inflagéo se manteria no tempo. J8 0 modelo de expectativas racionais surge, segundo Gontijo (2009), da critica de Lucas e origina a linha de pensamento novo-classica, Esta corrente considera que os agentes possuem a capacidade de tomar decisdes olimizadoras © no cometem erros sistematicos. Desse modo, a elevagéo do nivel de pregos é explicada pela taxa de inflagao racionalirente prevista e pela tava esperada da expansdo de moeda, critica ao pensamento keynesiano vai mais longe, essa corrente critica todo o entendimento do ativismo de politcas econémicas, e s8o radicalmente contra qualquer intervencao macroeconémica, defedem que essas intervengdes causam distirbios ¢ so ineficientes, Lucas e Sargent (1978) argumentaram que os modelos macroeconometticas keynesianos sao incapazes de fomecer boas indicagSes para @ formulagéo de politcas monetérias, ficais ou quaisquer outras. Essa conclusdo ¢ baseada na falha ma Fe a inorente a esses modelos e também em parte a falta de bases teéricas © econométricas, Os aulores argumertam que nao ha nenhuma esperanga que modificagdes nestes modelos venham a trazer resultados de melhora signficetiva na sua confabilidade, De modo geral, as principais diretrzes do pensamento novo-classioo so de acordo com Snowdon e Vane (2005): (i) utliza largamente 0 mmicrofundamento walrasiano de equilbrio, apresentando uma forte énfase na feoria neocléssica; (ii) adotam como pega fundamental o pensamento reoclassico de que os agentes sio racionais, considerando que as firmas mmaximizam seus luctos @ 0 trabalho, ¢ as familias maximizam suas utlidades; (ii) 0s agentes ndo sofrem com iluséo monetéria e somente os pregos relatives influenciam suas decisdes ¢ (iv) existe uma completa e continua flexilidade ce pregos e salérios no sistema econémico. Portanto, 0 entendimento da escola novo-classica quanto a inflagao, taseada em expectativas racionais, tem uma caracterisica central de equilibrio, assim as flutuagdes das variaveis reais da economia so explicadas pelos efeitos din&micos dos distirbios monetérios. Essa estrutura de equilibrio ‘om precos flexiveis resulta no entendimento da neutralidade da moeda, assim, para justficarem a no neutralidade da moeda no curto prazo, defendiam que isso era consequéncia de informagao mperfeita sobre a moeda e o nivel geral de pregos. De acordo com Romer (1998), a ideia central do modelo de Lucas é de que 0s agentes produtores observam os pregos de seus produtos, assim 0 produtor nao sabe ao certo se ooreu uma mudanga de prego relativa de seu produto ou um aumento geral no nivel de pregos, porém essa situagao seria femporaria. Logo, uma de suas principals conclusées diz respeito & inefcacia de paliticas monetérias antecioadas, pois estas no geravam problemas de inforrragdes incompletas. ‘Sargent @ Wallace (1975 e 1976) mostram a ineficiéncia das politics, argumentam que apenas as politicas que so no antecipadas surtem efeito, porém ao afirmar que os agentes possuem expectativa racional, uma elevagao de oferta monetéria apenas mostia para os agentes que 08 pregos ido se elevar, logo os agentes antecipam asse movimento e nenhuma variavel real da economia é afetada relativamente. Assim, politica monetaria 6 ineficaz para afetar variéveis reais como produto e emprego, Segundo Modenesi (2006), a combinagao das hipéteses da escola novo-classica leva a dois resultados no modelo: 13008 1) A proposigéo de ineficdc‘a da politica monetéria; 2 2) A inconsisténcia temporel da politica monetaria eo viés inflacionério ‘Como os agentes so racionais e suas decisées dependem dos pregos relativos, estes so incapazes de distinguir variagdes no nivel geral de pregos de variagdes nos precos relativos. Essa incapacidade faz com que o elemento surpresa da politica monetéria tenhia efeitos sobre a ecoromia, No entanto, a cionalidade dos agentes econdmicos (aliada a outras hipdteses da escola nnevo-cléssica) implica a incapacidade de politicas econémicas sistematicas afetarem variaveis reais, mesmo no curto praz9. A politica monetéria & toralmente inécua e nao pode ser usada discricionariamente com objetivos aticiolicos, Inexiste o trade-off de curto prazo entre inflago e desemprego. ‘A inconsisténcia temporal ca politica monetéra & explicada pelo fato de que a mesma demora algum temoo para surtir efeitos, e por isso, um regime discricionério pode néo fazer efeto no momento desejato ou, pior, fazer 0 efeito desejado em um momento indesejado, podendo até plorar a situagdo vigente, Depois disso, o argumento das regras passou a ser dominante no debate. A inoonsisténcia dinamica esta associada & questio da reputagdo dos benoos centrais. Estas passaram a ser as principais jusificativas para a adogao de regras a0 invés do comportamento discricionério. _ A questo da reputagao foi exposta em Barro e Gordom (1983) juntamente com o problema do viés inlacionério. Os autores argumentaram que, quando 0 Banco Central consegue surpreender ¢s agentes privados gerando uma infiagdo inesperada, a politica moneteria pode surtr efeitos reais Pesitivos em relagéo 20 produto. Como a atuagéo discricionaia visa implementar a melhor politica a cada periodo, esta esta sempre sujeita a gerar choques inflaciondtios. A explicagéo para tal fato e que, sob um regime de discrigéo, o Banco Central pode emitir mais moeda e criar mais in‘lagao do que os agentes rivados estavam prevendo. Com isso, este pode obler todos 0s ganhos que o supreendente choque inflacionério proporciona, sendo o principal o aumento da atividade eoondmica SOCAIDCRIOAED Fein aegis deinen rnin CAEDEASNEASNCA Tal tentativa de obter bereficios através de uma pollica monetéria inflacionéria ficou conhecida na ltsratura como viés inflacionério dos regimes iscriciondrios. O problema deste tpa de atuagao & que no periodo seguinte os agentes ajustariam suas expectativas e nao seriam surpreendidos novamente, Em consequéncia, muitos economistas ligados a corrente Novo-Classica defendem a teoria de independénsia do Banco Central, pois consideram que politicas surpresas, embora tentam algum efeito, geram instabilidade 20 sistema econémico e no devem ser utlizados, Logo, com a autoridade monetéria independente e com a adagSo de metas de inflagdo, os resultados para a estabilidede de pregos e controle de inflagdo alcangam melhores resultados. Finalmente, Snowdon e Vane (2005) fazem uma tentativa de levantar 0s trés pensamentos centrais @ avanp0s trazidos pela escola novo-cléssica, para as ciéncias econdmicas, principalmente a respeito da conduta de polticas de establizagao macroecondmica. Primeiramente, é bastante amplo 0 entendimento de que as polticas de estabilizagao sao impotentes para afetar varidvels reais da economia como emprego e produto. Isso porque a possibilidade dos agentes anteciparem as medidas e assim, essas varidveis serem influenciadas, no implica que a efetividade dessas medidas seja alta, Em segundo lugar, a macroeconomia novo-dléssica orientou as solugdes para 0 produto e empreco, no sentido de adotar polticas do lado de oferta, que estimulem essas variéveis. Como consequéncia das ideias novo- cléssicas, surge a corrente de pensamento econémica novo-keynesiana, abordada a seguir, colocando 0 foco da discusséo na livre flexibilidade de pregos e salérios. Este pensamento procurara justifcar que os pregos € salérios se ajustam gradualmente € retomam 0 entendimento que politicas intervencionistas influenciam sim variaveis reais e podem ser utlizados para establizar a economia, 7 Escola Novo-Keynesiana No sentido de reagir aos pensamentos da escola novo-cléssica tém ‘rigem a corrente Novo-Keynesiana. De acordo com Ferrari-Flho (1996), esta Inha de pensamento & desenvolvida a partir da década de 1980 e possui como elemento central a rigidez de pregos e salérics. Greenwald e Stiglitz (1993) ‘observaram nos modelos conhecidos como salério-eficiéncia,insider-outsider e ‘ontrato implicito que alguns desses desequiibrios no mercado de trabalho ram resultantes da inflexiblidade do salério nominal, ¢ que a rigidez de prego era consequéncia de estruturas de mercado néo competiivas somadas a custos de ajustamento, Também Mankiw (1985) mostra que existem custos relacionados a remarcagéo de pregos por parte das firmas, ¢ ainda outros elementos que geram uma rigidez nos pregos, 2sse custo é chemado Je menu cost. Nesse sentido, variagdes de demanda no impactam, necessariamente, o nivel de pregos imediatamente, O custo ce etiquetagem ou de cardéipio também val 20 ‘sentido de microfundamentos con rigidezes nominais, pois existindo custo de alteragao de pregos, esse movimento nao ocore d2 modo completo e sincronizado pelo mercado, logo & associado concorréncia oligopolisa, No mercado de concorréncia oligopolista, as empresas observam os pregos das cemals concorrentes, existindc uma interdependéncia nas tomadas de decisdes, também relacionado as incertezas quanto ao futuro, acarretando em falhas de coordenagéo. Essa corrente de pensamento incorpora as expectativas racionais, também agrega as ideias de microfundamentos de rigicez nominal, tanto de pregos quanto de salérios. Através dos entendimentos de contratos de longo razo implicitos ou explicitos, @ saldrios de eficiéneia, que S80 aqueles salérios reais em patamares acima dos de mercado, para evitar custos de demissao € de contratagdo. E evitar queda de produtvidade, na prética resuttam em pregos e salérios com alguma ou total ricidez. Romer (1996) mostra diversas rigidezes eRe SRIAREAD Til solani i fo a tame renin CASNEASNEASNA que estéo presentes no mercado, e interferem de maneira signficativa na maximizagéo dos lueros por parte dos agentes econémicos. Portanto, o ajustamento a distirbios monetéros nao é perfeto, apresentando uma falha de coordenagao pelo mercado. Quanto as principais diferengas entre novos-Keynesianos @ novos- classicos, Costa (1999) argumenta que estes defendem que quando a oferta de moeda é esperada, a moeda é neuta inclusive no curto prazo, e aqueles que moeda é neutra apenas no longo prazo e nao no curto prazo. Existe também diferenga de entendimento entre novo-keynesianos e os keynesianos antigos Os novos incorporam a ideia de rigidezes lenta no ajustamento © os antigos uilizam a teoria chamada de adesivo. Os Keynesianos antigos analisam om Keynes uma teoria de salério nominal adesivo, j4 0s novo-keynesianos enfatizam que os pregos e salarics s&o rigidos. Uma definigéo interessante da escola novo-keynesiana é realizada por Mankiw e Romer (1991), eles utitzem duas questées para nortear quem segue esta escola. Primera, a teoria ullizada viola a dicotomia classica? Ou seja, a moeda 6 ndo neutra? E segunda questZo, a teoria assume que as imperfeigoes de mercado da economia red sao cruciais para explicar as flutuagdes econémicas? Para os autores sb a escola novo-keynesiana considera estas duas questées afirmativas. ‘A ndo neuttalidade surge da rigidez dos pregos, e as imperfeigbes de mercado explicam esse comportamento. Assim, de acordo com autor supracitado, esta interagdo entre imperfeigdes reais e nominais distinguem os trabalhos dessa escola das demais, considerando que outras linhas de pensamento responderiam de ‘orma negativa as duas questées. Segundo Sicsd (1999), os pensadores intitulados novo-keynesianos defendem a utilizagdo de politica monetéria ativa para contomar imperfeigées de mercado, Porém, autores como Mankiw aigumentam que seria interessante a utilizagdo de regras de feedback, que incorporassem alguma meta de produto nominal ou salario nominal. Trabalhos de Kydland ¢ Prescott (1977) revelam que uma politica monetéria estritamente discricionéria de forma plena possui eficdcia reduzida fem termos de controle do nivel de pregos e também & inefciente para reduzit 0 desemprego, pois essa variével manteve seu nivel de equiibrio natural Atraves dese raciocinio, uma expanséo monetéria resultaria em inflagao, assim a politica monetaria sendo totalmente discricionéria no implicaria impacto de curto prazo no produto. 34a BOCARDCAROCASS Mint im Hate CASNASNASIER Porém, com polticas monetérias nao totalmente discricionérias e sendo do tipo oom feedback, o viés inflacionério seria retirado e, no curto prazo, 0 produto seria afetado. Entretanto, é importante salientar que 0 foco do novo- keynesianismo néo é contomar estes distirbios de curto prazo, mas resolver as distorgdes dos fundamentos do problema, assim intervengGes consecutivas @ duradouras nao so recomendadas pela maioria de seus integrantes. Em relagSo a0 nivel de pregos, eceitam que a inflago pode ser resultante de instablidade do setor privado ou restriges no orocesso de ajustamento para situagao de equilbrio, neutralidade da moeda no longo prazo, trade-off entre inffago e desemprego e preferéncia por poliicas anticiclicas como medidas paliativas Portanto, em linhas gerais, o pensamento novo-keynesiano, adiciona os elementos de microfundamento de rigidezes reais a0 entendimento macroeconémico, talvez sendo esta uma de suas maiores contribuigdes, e possui uma relagdo confusa quanto a0 atvismo de poltcas monetaias, |ustfcando que embora influence as variaveis reais a expanséo moneléria n&o gerida por regras de feedbactresulta em consequéncias no eficientes no ‘sentido de conirole inflacionario e desemprego. Finalmente, para Sicst 1999), a economia dos novo-keynesianos esté mais préxima aos antagonistas de pensamenta de Keynes, os classicos, do que do proprio autor, assim a relaggo existente entre Keynes e a corente de ensamento novo-keynesiana nao apresenta qualquer convergéncia, mas sim elementos confitantes. Desse modo, o autor supracitado observa que a nomeagdo da escola liderada por Romer e Mankiw é no minim indtil, Por Conseguinte, um novo rétulo que expresse melhor os principios dessa escola deve ser formulado, 8 Escola Pos-Keynesiana Acscola pés-keynesiana surge da insalisfagéo e de uma visao critica do Pensamento econémico dominante da chamada sintese neccléssica. Holt (1997) argumenta que os economistas que se intitulavam pés-Keynesianos $0 divididos em dois grupos, os americanos e europeus. Cs euroveus, também chamados de grupo de Cambridge, possuem como maiores expoentes, GeoffHarcourt, Richard Kahn, Nicholas Kaldor, MichalKalecki, Joan Robinson e Piero Sraffa, Muitos deles nomearam a interpretagao realizada pelo mainstream das ideias de Keynes, principalmente Robinson (1972), como bastardos dada a tamanha distorgao das idelas originais de Keynes para os modelos empregados por essas escolas. Jé 0 grupo americano, o autor desiaca importantes nomes como Victoria Chiok, Alfred Eichner, Jan Krogel, Hymantinsky, Basil Moore, George Shackle, Sidney Weintraub e Paul Davidson, embora inttulado como americano, isso pouco esta relacionado com anacionalidade, mas sim com o método de trabalho e andlise. Os pés-keynesianos baseiam seus entendimentos no péprio Keynes (1982) defendendo que as decisées himanas influenciam decisivamente 0 futuro, sendo que as decisGes pessoais, polticas e econdmicas ro podem ser estritamente determinadas por expectatva matematica, pois a base para tal calculo, simplesmente nao existe. E 0 proprio desejo inato que move a economia, nossos egos racionais escoltem as melhores alteretivas que so capazes, fazendo calculos quando possivel, mas muitas vezes recuando para nossa simples motivagao, capricho, sentimentos ou acaso. ‘Aanalise revolucionéria de Keynes, na qual a moeda nao é neutra, tanto no curto arazo quanto no longo prazo, e a liquidez relevante, 6 uma teoria geral que a imprevisibildade em relagdo ao futuro resulta em importantes Consequéncias econémicas. Em contrasie com a otimizacao neacléssica, que Tequer postulados a respeito das incertezas e expectativas quante ao futuro wms)ea SOAICARDCAI Toll namie int nine CASCIO Assim, a politica monetéria na escola pés-keynesiana é capaz de atingir varidveis reais como produto @ emprego, pois considera, assim como Keynes, a rndo neutralidade da moeda ne curto e longo prazo. Holt (1997) argumenta que © simples Laissez-Faire nao promove 0 dtimo das variaveis de emprego @ produgéo. Portanto, o alivismo de politica econdmica é extremamente importante na busca de solugSes para os desafios que a economia impde. O autor cita alguns desafios como melhorar a produtividade, a seguridade, contorno de crises, questbes de saide e problemas ambientais. Quanto & abordagem de politica monetéria, 0 autor supracitado destaca 28 contibuigdes da escola de pensamento em relagdo @ moeda e inflagéo. ‘Seus trabalhos deram destaque para a incerteza em relacéo & acumulagao de moeda, 0 renascimento da teoria monetéria da produgo, uma andlise do Circuito monetéro, investigagéo detalhada das operagées do banco central e mudanga de enfoque em relagdo & inflagdo, saindo da abordagem ‘exclusivamente monetaria, ‘A incerteza 6 tratada principalmente por Davidson (1978), afrmando que muitos resultados no podem ser diferenciados ou olimizados como a economia neocléssica argumenta, sendo assim, néo é possivel calcular inimeros eventos altemativos, também existe uma necessidade de demanda por moeda por sua liquidez @ por néo haver substitutes préximos para ela, logo a moeda 6 no neutra. A teoria monetaria da produgao coloca a moeda como explicago para 0 ciclo de negécios, enquanto a ortodoxia elimina-a ‘completamente ou a incorpora apenas quando esta é surpresa Enquanto a escola americana pés-keynesiana tem como tema central @ moeda, a escola do circuito ado‘a uma visdo endégena da moeda, os bancos criam financiamento necessério para a produgao, e este é fundamental para originar a produg3o. Assim eles reconhecem agora a importancia da moeda como estoque de segurarga e também como fluxo financeiro para compreender 0 funcionamentc da economia, Em contraste com a visac ortodoxa de que os bancos esti restringidos por suas reservas, na viséo pSs-keynesiana os bancos podem ampli a oferta de moeda para atender a demarda, So capazes de fazer isso, pois so como coutras firmas e buscam lucro. A diferenca entre os bancos ¢ as frmas comuns envolve a natureza dos passivos bancérios, pois quando um banco realiza um empréstimo comprando notes promissérias de devedores isso resulta em passivo bancario, mas representa um ativo, ou moeda, para o mutuatio. mwa SXASDAIDCAID Ams ne te CASHIN Quanto & problemética da inflagéo, medidas monetérias isoladas, em muitos casos, podem ser ineficientes para controlar a elevacao do nivel geral de precos. Logo, surgiram alemativas de polticas econdmicas com o foco nas causas inflacionarias e no meros paliativos ras consequéncias do fentémeno. Com propésito de manter a estabilidade de pregos e considerando que na visio da teoria keynesiana pés-teynesiana o instrumental da taxa de juros ndo € efciente, varias medidas so formuladas no sentido ce atuar no problema mais para o lado da oferta do que da demanda. Assim, o pensamento pés-keynesiano caminha na dirego de identifica qual a verdadeira causa da inflagdo e atuar com meddas ant-inflacionérias em cada uma dessas diferentes causas. Neste Ambito das politicas pos- keynesianas destacam-se diversos trabalhos como Arestis © Sawyer (2006), Davidson (1978 @ 1994), Lavoie (1992) e Sicst (2003). Logo, como 0 objetivo é atacar as causas da inflagdc, diversas medidas de politica econémica podem ser adotadas, dependendo da situagao encontrada, ‘Apesar de existem diversas possibilidades, cabe destacar algumas importantes politicas antiinflaciondrias como: politica industrial, politica ccambial, politica monetéria direcionada, poliicas de desenvolvimento tecnol6gico @ qualiicagdo do capital humano, politica tributéria, estoques de protego e a chamada fax-based on incomes rolicy. A seguir, é observado qual instrumental mais indicado pera cada causa infiacionéria. Quando uma econonia soffe com determinada inflagdo importada, argumenta Sicsi (2003), varias politicas podem ser edotadas para contomar 0 problema. A politica industrial de incentivo ao investimento, direcionado ao setor de exportagdes, se toma interessante, pois substituindo importagoes 0 efeito desta infiagao & mitigado. Outra importante medida é a politica cambial ue contorne o efeito inflacionario da taxa de cémbio, como venda de reservas intemacionas ¢ ttulos publicas dolarizados. Politicas tributérias que incentivem a exportagdo para conter a depreciagao cambial também séo importantes, bem como redugao de aliquotas dos setores onde essa infiaydo importada se apresentou de maneira mais ‘aguda. Outra medida eficaz seria no émbito da politica monetétia direcionada, na qual a autoridade monetéria poderia aume taro recolhimento compulsério sobre os depésitos bancarios para conter presses no mercado de cémbio. Outro problema grave que resulta em inflegéo so aumentos nao esperados e considerdveis de pregos de commodities, também chamada de 9 39¢8 gz SORIA ie adage ie mt ee tt pine oni CRSDCRSDORSOCA inflagao spot. Neste sentido, Davidson (1994) destaca a importéncia da criagéo de mecanismos de estoques de protegao ou seguranga, que ndo siga a logica do livre mercado. Como esses produtos sao base para varios outros e possuem um efeito extremamente nocivo para a sociedade, caso subam repentinamente, uma insttuicao deve controlé-as a fim de mitigar essas variagées, dando assim, mais seguranga para os produtores em caso de quedas nos pregos, impedindo que uma futura escassez do produto ocorra. Logo os produtores estaréo_mais assegurados e, portanto, investiréo mais, aumentando produtividade e a produgdo, faciltando 0 desenvolvimento econémico, Um elemento muito express vo no aumento dos pregos em varios paises so os chamados pregos administrados, eles s8o reajustados por contratos ou corientados pelo governo. Os precos administrados so produtos @ servigos ‘extremamente importantes para a economia e seu possivel aumento reflte, via indexagao ou inflagao de custos, ern quase toda a inflagao geral Outro entrave nessa questéo esta relacionado com esses contratos de reejustes de pregos, pois na maioria das situagées, segundo Sicst (2003), eles ‘seguem uma légica de manter @ recelta em dolar das empresas que pouco se relaciona aos custos de operagao. Logo, 0 receituro ortodoxo de utiizagao de juros para combate inflacionaric pode ser ineficaz, sendo neoessério eliminar esses fipos de contratos de administracao de pregos, assim, esses instrumentos devem ser proibides cu néo incentivados. No caso da inflagio de demanda, segundo 0 autor supracitado, a politica monetéria restitiva, ou seja, elevacdo de juros pode sim contornar este problema, porém com um custo de sacrificio de emprego e produgao. Assim, 6 mais interessante que o govemo relaxe medidas de expanséo econémica antes da economia chegar na sitiago de pleno emprego, essas_medidas contracionistas devem ser principalmente fscais, ou seja, 0 governo reduz seus gastos e assim a presséo inflacionéria é revertida. Na chamada tax-based on incomes policy, Weintraub Wallch (1978) mostram uma situago perversa que sempre resulta em aumento de pregos, incorporando a inflagio de salérios e de lucros. Neste caso, as firmas aumentam os salérios ou elevem suas margens de luoto acima do patamar estabelecido pela produtividade, gerando uma extemealidade negativa para toda a sociedade. Logo, para contomar 2 inflagdo resultante desta conjuntura, seria dosejével uma poltica tributaiainteigente, elevando impostos para empresas 40a SDCREDCAEDCRED Amt dane ete CASOEARHANE ‘que realizassem aumontos de pregos como contrapartida @ aumentos ou manutengao de margens @ aurentos salariais acima de produtividade, além de lucros. J no caso de inflagao de rendimentos decrescentes, uma das polticas mais interessantes so aumentos nos investmentos em desenvolvimento ‘teonol6gico, bem como na educagao, treinamento dos trabalhadores, pera assim reverter este tipo inflaccnario relevante 2o qual uma politica monetéria restitiva exerce pouca ou nenhuma influéncia direta, Finalmente, ainflagéo de impostos pode ser contonada por uma politica tributaria consciente e comprometida com a estabilidade de pregos, assim as ‘companhias que fossem acometidas com aumentos de custos inevitévels e que certamente iriam repassar para 0 prego de seus produtos finais, podem ter ‘compensagdes fscais que neuttalizassem este fendmenoinical Desse modo, a esccla de pensamento pis-keynesiana sugere altemativas de politicas econémicas com 0 foco nas causas infiaciondrias, considerando que na visdo da teoria keynesiana e pés-keynesiana o instrumental da taxa de juros néo & eficiente, varias medidas so formuladas no sentido de atuar no problema mais para o lado da oferta do que da demanda. Assim, a visio pés-keynesiaro caminha na diregdo de identificar qual a verdadeira causa da inflagao ¢ atuar com medidas anti-inflacionarias em cada uma dessas diferentes causas. s4lea wader 9 Abordagem Estruturalista ‘Aviso estruturalsta foi originalmente elaborada no ambito da Comisso Econdmica para a América Latina, CEPAL, sendo que os importantes trabalhos desta carrente de pensamento <4 de Sunkel (1958) € Prebish (1961, 1963), que argumentam que a inflagéo 6 oriunda do proprio sistema eoonémico e nao somente relacionado com a moeda. Um olhar ‘especial aos paises subdesenvolvidos ¢ dado por essa teoria, justificando que nesses paises existem imperfeigdes nos mercados que ocasionam estrangulamentos de oferta A este respeito, Vianna (2003) elenca alguns portos de convergéncia da escola estruturalista: (0 sistema econémico apresenta dois grandes setores, 0 setor dindmico, ou exposto, ¢ setor tradicional 0 protegido, (i) geralmente os paises analisados s8o pequenos e, logo, so tomadores de pregos nos ‘mercado internacionais, (ii) 0s paises isoladamente possui curvas de oferta e demanda com elasticidade-preco infinitas no mercado internacional, (iv) os pregos no setor cto tradicional seguem uma regra do markup, tendo os satérios ‘como base referencial, j4 no setor dinamico, 0s pregos intemacionais so referéncia para a precificagéo, ‘v) a produtividade do trabalho & mais elevada no setor dinémico em rélagéo ao tradicional, bem como a absorcao do Drogresso tecnolégico, (vi) 0 salério possui variagao de mesma taxa nos dois grandes setores o (vii) existe uma rigidez para baixo nos pregos e salérios. ‘A explicagéio considerada estruturalista, segundo Simonsen (1985), argumenta que choques de cferta inflacionarios seriam responsaveis pelo ‘aumento do nivel de pregos. Portanto, essa corrente ‘elaciona o estagio de desenvolvimento dos paises, com o nivel de inflagdo, pois paises caracterizados pelo subdesenvolvimento teriem custos desfavorévels e gaigalos estruturais, principalnente em setores como agricola, comércio intemacional e relagdes com a economia mundid, que pressionariam Constantemente o nivel de pregcs acarretando sério problema de inflagéo. mB sus: SAEDEAENERSD Fyfe np hoe et tin epson ne AENABNATHA De acordo com Sunkel (1987), 0 processo inflacionério na América Latina resulta da heranga da colonizagéo portuguesa e espanhola, dado 0 rmoco como ocorreu a insergo das economias no cenario mundial, pois nesse processo a industrializacdo e a diversifcagao dessas economias apresentaram gargalos estruturais agudos que resullavam em trade-off entre crescimento @ estebiidade de pregos. Entre os gargalos podemos destacar a concentragéo de terras, recursos minerais e desigualdade, Como a estrutura produtiva, normialmente olgopolista, apresenta um seter chamado dinémico, relacionado com o mercado internacional, com foco na produgao de bens primérios, e dado uma relagdo de troca perversa, existia ‘assim, uma incapacidade de atender pressdes de demanda doméstica,levando a uma desestruturago do sistema produtivo. Na explicagao estruturalista, existem trés presses inflaciondrias signficativas, as _circunstanciais, curulativas e estruturas, Segundo Costa (1999), as questées circunstanciais so exégenas a0 sistema, como uma elevagao de pregos iinternacionais, e cabe a politica econdmica apenas minimizar seus efeitos e propagagtes. AS pressbes curulativas derivam do confito distributivo entre pregos e salérios no setor dinémico da economia e sé0 inerentes a0 proceso produtivo, induzidos pela propria inflagao. Por fim, as questées estruturais so resultantes da propria ‘composigo que a economia periférica foi inserida no mercado internacional, seriam uma causa priméria de inflagéo como: limitagGes, rigidezes ¢ inflexibilidades estruturais do sistema produtivo. Exemplificando, Furtado (1982) mostra as més formagdes que ocoreram no proceso de industriaizagdo brasileira, desde suas raizes, ‘comprometendo a melhor efciénoia produtva, gerando distorgdes para 0 sistema econémico. Assim, 0 nivel de pregos aumenta devido &s falhas de mercado, como por exemplo, oferta ineléstica do setor agricola, lficuldades de importagao e restrigdes de balango de pagamentos. Furtado (1989) aficma que a estuutura a qual o Brasil da década de 1980 estava inserido j era desvantajosa e que 0 receitudrio de ajustamento forte proposto pelo Fundo Monetario Intemacional para contomar a situagao era equivocado, no sentido que gerava recesséo e desemprego numa economia ja desgastada. Logo, podemos caracterizar a inflagdo de custos como a situagéio em que a demanda se mantém estavel e devido a pressées do lado da oferta * Ver também Furtado (1978). mia SOARCARDCAR Wins Titi Hate CASNEASNEASNA de bens e servigos, os pregos de fatorzs se elevam, aumentando assim o nivel de pregos, Portanto, fundamentalmente a viséo estruturalista explica 0 processo inflacinério como resultante de alguns setores, os quais em periodos de expans&o econémica alcangam seu potencial antes dos damais. Como a ccapacidade produtiva atinge seu maxino, os pregos sotem, e alastram para os demais setores por reajustes, pois ‘odos querem ao menos manter suas patticipagtes relativas na renda, Assim, a solugdo para a inflagéo no pensamenta estruturalsta, consiste fem reverter_a médio @ longo prazo os gargalos impostcs via reformas estrutuais, Como, por exemplo, reforma agréria, reorganizagao do setor ‘organizacional e melhor distrbuigo da produgao e renda, Entretanto, a curto azo, as pressées inflacionérias advindas dos mecanismos de propagago e ‘cumulativas devem receber 0 foco, no primeira momento, do combate anti inflacicnati. mise SOCASOCASIERED Fifi nap tine mam i topos rte RSORSH AEH 10 Critica de Rangel Rangel (1981) faz uma andlise da inflago brasileira, que resulta numa critiaa ao pensamento inflacionério da escola monetarista ¢ estruturalista. O aulor levanta o questionamento que as duas escolas mostram na sua esséncia a expicagSo da inflago numa insufciéncia ou inelasticidade da oferta, sendo considerado na escola monelarisla 0 aspecto agregado e na escola BANCO CENTRAL DQ BRASIL. i Koos estruturalista o aspecto setorial —% 91563408299) a ___d& para Rangel, © problema central da inflagdo esté numa rénica > fe insufciéncia de demanda e contraiando o pensamento estruturasta © ve monetarista que viam 0 seu ex2esso como explicagéo do fenémeno infladonério. De acordo com Costa (998), como a capacidace produtiva havia ss expandido muito nos anos cinquerta na America Latina, o nivel de demanda era insufciente para garantr a utiizagSo da capacidade existente e isso era resutante das condigdes econémicas vigentes, a in‘lacéo, concentragao de renda e propriedade fundiarias. Estava presente na economia uma inelasticidade Je demanda por géneres alimenticos, essa rigidez de demanda dada uma grande elasticidade da oferta resultava em anomalias na ‘ormagao dos precos. O ponto principal de divergéncia esta justamente na visio de que para Rengel havia uma elastcidade de oferta e para a CEPAL havia uma inelascidade de oferta, pois 0s estudos cepalinos foram baseaios na experiénsia chilena. Portanto, a clevego dos precos agricolas acertetava queda dos salaries reais, ¢ assim, ctiava uma restrigéo de demanda para bens e servigos dos demais setores, {que por sua vez na viso do autor ja possuiam uma insuficiénsia de demanda, Logo, ocorria formagéo de estoques nos demais setores, principalmente ‘nos que possuiam elasticidade-renda da demanda elevada. Com a formagio de estoques @, consequentemente, queda da capacidade ociosa, ha um a DCARDCAROCARD let log hie da a einen oni CASOCASOEASOE sloqueio de novos investimentos @ resitando em inflagdo, Assim, 0 nivel geral de pregos era inversamente relacionado a produgao. Bresser-Pereira (1986b) destaca que 0 trabalho de Rangel fez parte de uma segunda onda paradigmatica da teoria mais ampla da abordagem estrutural, © autor destaca que o carater endégeno da oferta de moeda, a jnflagdo como mecanismo de defesa frente & crOnica insufciéncia de demanda ‘ea andlise de inflagao administrada ou oligopolista so as principais ideias do autor a respeito da inflagao. ‘A teoria edminstrativajustfica que a inlagéo é resultante de choques de oferta decorrentes de estruturas monopolistas, essa sitvagdo decorre do fato das empresas e do Estado possuirem 0 poder de elevago de pregos j8 que fest20 numa situago confortavel de monopdlo. Bresser-Pereira (19862) mostra que as margens de luero das empresas oligopolistas também so perversas para a inflagdo, e que se as margens se mantém elevadas mesmo em Situagoes recessivas, essa inflagdo administrada se torna a principal fonte de inércia deixando de ser um fator de e'evagéo. Quanto & politica monetiria © 0 papel do governo no processo inflacionavio, Rangel, segundo Vianna (2003), considera que em lima instancia a agéo insttucional do governo que determina 0 andamento do processo inflacionéio. Logo, 0 govemo soffia presséo por parte de setores produtivos, lembrando que @ economia era oligopotista, para emir moeda ou fomecer crédito para que a economia ndo entrasse em recessdo ou estagnagéo. Assim, a politica mone‘éria tinha um papel passivo @ apenas corroborava com a inflagdo. Existia, logicamente, ganhos com relagao a0 processo, no sentido de beneficios a alguns selores © a0 govermo, como por fxemplo, imposto inflacionéro, elevagdo de receitas tributérias e também evitando custes de possiveis socorros ao sistema eoon6mico. Asc 11 Abordagem Inercialista Um terceiro momento paradigmatico da viséo ampla da abordagem estruturaista ocore no inicio dos anos oitenta no Brasil, surgindo diversos trabalhos que abordam a questao da indexagao de salérios e que 20s poucos chegam & questéo da inércia inflacionaria. A teoria da inflagao auténoma, também chamada de inercial,é relativamente nova, sua formulagéo deriva de tentativas ortodoxas fracassadas no combate a inflagdo, e da inquietude por parte de alguns pensadores com 2s abordagens existentes até entao. A teoria também explica a inflagdo presente baseada na passada, porém ela 6 contréria ideia monetéria-aceleracionista, pois independe de expectativas por parte dos agentes. Bresser-Pereira e Nakano (1986) explicam que a inffagdo inercial é a tendéncia dos pregos subirem hoje, porque subiram ‘ontem e formam uma situago na qual todos correm para fcar no mesmo lugar. Bresser-Pereira (2010) mastra como a economia pode ser indexada e assim a inflagdo inercial aparece. Nesse caso, 0 nivel de pregos sobe sem a necessidade de novas causas, avenas pelos mecanismes de indexagao que acionam um citculo vicioso de alta. Essa teoria da infagéo auténoma ou inercial 6 uma explicagao nova € ajudou a entender o processo inflacionério brasileiro Nessa situagéo, medidas monetérias de controle inflacionério, ou ‘ottodoxas, néo trazem bons resultados e ainda geram um custo demasiadamente elevado para a sociedad. Bresser-Pereira ¢ Nakano (1986) destacam 0s fatores aceleradores, mantenedores e sancionadores da infiagdo. 05 fatores aceleradores seriam aqueles relacionades com a elevagdo de salérios, além do aumento da predutvidade, elevagdes d3 maryem de lucros, depreciacéo cambial, alta de bers importados e aumentos generalizados de trbulos. Os fatores mantenedores da infiago apontados so 0 conflto distibutivo e a indexagao. Jé 0s elementos sancionadores, quando a economia wm M0ca & SOCUOCREDCAED Ti ag ati ran ai et nomen meine CARNEASNEASNE ‘se encontra com desemprego elevado, sao principalmente o aumento da uantidade de moeda e o défcit pibico. A teoria da inflagdo inercial asté contrada nos fatores mantenedores dai surge seu diferencial em relaydo as demais teorias, 0 confit distrbutivo & a indexago formal e informal vér1 como novidade na andlise da inflagéo. Assim, 0 confto distributive frulo da disputa entre sindicatos, empresas e corganizagies para manter suas participagdes relativas na renda. Os rmecanismos de indexago corrigem automaticamente os pregos e saléios formando uma espiral perversa de elevagdes constantes no nivel de pregos. De acordo com Modiano (1986), 0s choques na economia apenas rmudatiam de patamar o nivel des oregos, porém na sua auséncia a inflacdo passada se perpeluaria no tempo, pois 0s mecanismos de indexago seriam responséveis por dar continuidads ao processo inflaciondrio. Lopes (1985) tem uma viséo precisa a respeito da inflacdo inercial quando argumenta que este tipo de inflagao é resultante da necessidade de compatibilizar as remuneragées reais desejadas, ex-antepor parte dos agentes econdmicos por meio de mecanismos de indexagéo. Modiano (1985) demonstra como ocorre a determinaggo simulténea de pregos e salérios numa econonia indexada. O autor considera os progos intermacionais hiato do produto, c desvio de oferta de alimentos, os fatores de impostos e subsidios, ¢ 0 choque cambial como variéveis exdgenas. Sendo que a taxa de inflagdo passade é a tnica variavel defasada endégena do fluxograma apresentado a seguir: Figura Diagrama do determina de precosesaliios numa economia indexada | Fone: Modano (1865), SOCARDCARDCARD Mens tie hate CASNERIEAAIENA De acordo com 0 fluxograma acima, é observado que a taxa de inlagéo corrente & igual a taxa de inflago passada, caso nao ocorra nenhum choque contemporaneo de oferla ou demanda e a variagao da taxa de inlagdo, ‘Cuando ovorre determinado choque, é to maior quanto o tamanho do grau de irdexagéo da economia @ a taxa de inflagao que persist2 ao longo do tempo som determinado choque é a nomeada inflagdo inercial ‘Simonsen (1983) aponta que a ideia de indexagdo é bastante antiga, ou sea, reajustar contratos na propore3o de algum indice de pregos no 6 novidade. Ela jé havia sido conosbida em 1807, por um escritor de assuntos ‘monetérios, John Wheatley. Outos nomes impartantes jé abordaram essa questo em seus trabalhos como Alfred Marshall ¢ Irving Fisher. Entretanto, rresmo sem 0 ineditsmo da andlse, os trabalhos da abordagem inercalista a fizeram de modo mais completo e profundo, embasada nas realidades eonémicas dos paises, principalmente,latino-americanos Coneluindo, a teoria da inflago inercial firma qua dado um ambiente cténico de inflagéo, os reajustes ocorrem pelo pico do periodo anterior, assim sendo 0 aumento do nivel de pregos se perpetua no tempo, @ a inflagao passada 6 transferida para o futuro. O confito distributivo em papel importante nessas relagées, através do lado institucional, pois buscam a recomposicao salarial, € os empresérios, do mesmo modo, reajustam seus pregos para aumentarem ou manterem suas fatias na renda da economia. Logo, esse confito resulta em inércia infiaconéria. Assim, a progosta de combate a inflagdo @ dita heterodoxa, pois incorporam elementos especificos para contornar essas distorgdes diagnosticadas, O elemento central das politicas heterodoxas de combate a inflagao esta fundamentado no elemento de quebra das expectativas dos agentes ‘econémicos. Portanto, a abordagem inercilista defende uma quebra com os macenismas de coordenago dada pela taxa de inflagdo passada, que geralmente acarreta em desarranjos dos pregos reletivos e nominais, Medidas defendidas pela abordagem estrutualistainercial, para reverter a situagdo inflacionéria, séo enre outras: a exling3o total ou parcial da indexago, congelamentos de pregos piblicos e ou privados, congetamento geral de salrios, fixagéo da tara de cémbio © criagéo de nova unidade ‘monetaria, para que se perca a *msmdria inlacionéria SDARDCARDCARD Til yan ie a na pnt inns CASNASNASNA BANCO CENTRAL DO! 98200000898 | Na Nota de Cz$ 1.000 (mil cruzacos) com o retrato do escritor Machado de ‘Assis (1839-1908), que depois virou NCz$ 1 (um cruzado novo), com carimbo. m2 12 Conclusao Apresentadas as importantes correntes de pensamento econémico, postulados fundamentais e seus entendimentos a cerca das causas e solugdes para a questao da inflagéo, sera apresentada no Quacro 1 uma sintese das arincipais conclusdes, pensadores, hipdteses basicas, tem como medidas de 2olitcas defendidas por cada urra. Dada a complexidade do tema, & impossivel realizar uma sinopse de penszmentos t80 elaborados, sem o prejuizo, em algum grau, de suas especiiidades, porém « ganho didatico justiica tal asiorgo. Assim, resumidamente, a escola de pensamento econémico cléssica 6 esultante de uma sintese de obras. A partir da TQM a explicagéo para o fendmeno da inflagdo é apresertada. A TOM é baseada na Lei de Say e fol sendo formulada no periodo de 1750-1850 pelos economistas cléssicos a partir da relagao de trocas MV = Py. O fendmeno do aumente do nivel de precos 6 explicado por uma teoria de inflagio de demanda. Logo, o aumento do nivel de precos é estritamente monetario € explicado pela elevago na quantidade de moeda. Portanto, para a escola cléssica, o receituario de combate a inflagdo é ‘orientado para o lado monetario da economia, ou seja, politicas monetarias © controle de oferta de moeda seriam suficientes para contomar o aumento nos niveis de pregos. A escola neaclassica surge no final do século XIX e inicio do século XX € possui tr8s pilares basicos: ()) no ponto em que se igualam a oferta e Cemanda por mao de obra, as forcas de mercado ecuilibram a economia Cuando no pleno emprego, (i) as futuagdes nas variaveis reais da economia @ «s pregos relativos sdo independentes da politica monetatia e (ii) a quantidade Ce moeda na economia influéncia apenas 0 nivel geral de pregos, no tendo impacto nas variaveis reais. Seguindo a mesma linha da escola cléssica, a explicagdo para a causa da inflagio esta também intimamente relacionada com 2 Teoria Quantitativa da Moeda. Porém, agora ela esta definida de modo mais S302 ot 2 HOCRIOCRSDCAED Fine brag ans il set epee RSESHASY A 5 i da a0 Marshall @ claro em duas versdes, a primeira de Cambridge, associa st Pigou e a segunda de Irving Fisher, Como a inflagdo & um fenémeno monetario, 0 simples controle da oferta de moeda, resolveria o problema, {Jé no pensamento de Keynes, a TGM e a Lei de Say nao sao utlizedas, como explicagdo do aumento no nivel de pregos, pols a produgao era resutante da demanda e na equagéo monetéria a demanda por moeda especulatva foi introduzida, O autor utizao entendimento da demanda efetva € do hiato inflacionério para explicar o fendmeno. Sistemalicamente tem-se @ demanda efetiva no pensamento de Keynes, 0 produto potencial e 0 produto efetvo, assim 0 hiato inflaciondrio poce ser encontrado. Em uma dada economia, pode-se ter trés possiveis siuagdes, 0 produto efetivo meior, menor ou ual 20 produto potencial. O produto efetvo somente é maior que ° polencial no curtissimo prazo © em siuagoes especais e, assim, a inflagao aparece, mia ‘Quanto ao uso de politicas ativas. Keynes argumenta que a econor de mercado esta sujeta a flutuagdes no desemprego, na produgdo agrogada e ro nivel de pregos, que podem ser corigidos e precisam ser corigidos pelas futoridades, © uso de instrumontos dscricionarios e coordenados de politica onetiria @ fiscal deve ser alcado para estabilizagao da economia e afingir varaveis como o produto real e o emprego. Em oposiggo ao pensamentokeynesiano, surge o chamado ener, lactone 8 escola de Chicago, em grande parte devido a Miton Friedman, O monetarismo faz um resgate das ideias neocléssioas, defendendo a TOM, Laissez-Faire, liberalismo absoluto ¢ ndo intervengao ativa ddas autoridades de policas econdmicas na economia. Logo, a inflagdo para Friedman é um fenémeno de ‘impressora’, ligado @ expansao da oferta de coda em determinada economia, potanto 0 aumento do nivel gral de pregos contomado quando a autoridade monatéria adota um controle da expanséo de moeda. ‘Ja 0 modelo de expeciativas racionais surge da critica de Lucas € origina a linha de pensamento novecléssica. Esta corente considera que 9s agentes possuem @ capacidade de tomar decis6es olimizadoras @ nae cametem eros sistematios. Desse mado, a elevagao do nivel de pregos & texplicada pela taxa de inflagdo racioralmente prevista e peta taxa esperata la expansdo de moeda. Portanto, muitos economistas figados a corrente Novo Céssica, defendem a teora de ndependéncia do Banco Central, pois consideram que politicas surpresas, embora tenham algum efeito, geram wStoa SOARIAR VAR Maes Tilney CASHAENAOA instabilidade ao sistema econdmico e néo devem ser uilizadas, assim, com a autoridade monetéria independente ¢ com metas de inflagéo, melhores resultados para a estabilidade de pregos e controle de infiaga0 sao encontrads. © pensamento novo-keynesiano, aciciona os elementos de mmicrofundamento de igidezes reais ao entendimento maoroeconémico, talvez sendo este uma de suas maiores contribuigdes, possui uma relagéo confusa quanto ao ativismo de polticas monetarias,justficando que embora influencie as variéveis reais a expansdo monelaria ndo gerida por regras de feedback resulta em consequéncias nao eficientes no sentido de controle inflacionério @ desemprego. A inflagéo é resutante da instabilidade do setor privado ou restrigdes no processo de ajustamento para 0 equilibria, o controle de pregos deve ser realizado por uma adogao, por parte da autoridade monetaria, de politicas de regra de feedback. Ja 0 pensamento pés-keynesiano, defende fundamentalmente: (i) a no neutralidade da moeda, (i) a existéncia de um processo nao ergético,incerto em importantes tomadas de devisbes da vida econémica e (Ili) a negago do axioma da substituigdo bruta e onipresente proposta pela economia neockissica. Por exemplo, a ebolig’o da escravalura tomou a contratago desta mao de obra ilegal, assim, a sociedade civil decidiu nao permitir a contratagZo real desse trabalho, néo importando o quao eficiente ela possa ser. ‘Quanto & problemética da inflagdo, medias monetérias isoladas, em muitos casos, podem ser ineficentes para controlar a elevagao do nivel geral de pregos. Logo, surgiram alterrativas de politicas econdmicas com o foco nas causas inflacionarias e no meros paliativos nas consequéncias do fenémeno Com propésito de manter a estasiidade de pregos @ considerando que na viso da teoria keynesiana @ pés-keyresiana o instrumental da taxa de juros no é eficiente, varias medidas so formuladas no sentido de atuar no problema mais, para o lado da oferta do que da demand. Assim, o pensamento pos- Keynesiano caminhta na direcdo de identificar qual a verdadeira causa da inflago e atuar com medidas anti-inflacionarias em cada uma dessas diferentes causas. A vis80_ estruturalista foi originalmente elaborada no ambito da Comisséo Econémica para a América Latina, CEPAL, defende que choques de oferta inflacionérios seriam responsaveis pelo aumento do nivel de pregos. Portanto, essa corrente relaciona 0 estagio de desenvolvimento dos paises, com 0 nivel de inflagdo, pois paises caracterizados peo subdesenvolvimento SS. coal FXCASDEREDERID fine ap hi at a depen aie CASAS teriem custos desfavordveis e gargalos estruturas, principalmente em setores como agricola, comércio intemacional ¢ relagdes com a economia mundial, que pressionariam constantemente o nivel ce pregos acarretando sério problema de inflagdo. Assim, a solugo para a inflagdo no pensamento estruturalista, consiste em reverter @ médio e longo Frazo os gargalos impostos via reformas estruturais. Na critica de Rangel, o problema central da inflagdo esta numa cronica insuficincia de demanda e contrariardo 0 pensamento estruturalista moretarista que via o seu excess como explicagio do fendmeno inffecionario. O nivel de demanda era insufciente para garantir a utlizagéo da capacidade existente e isso era resultante das condigdes econdmicas vigentes, a inflagdo, concentragdo de renda e propriedade fundiarias. A solucdo para o problema era contomar os gargalos e estrangulamentos da economia através de reformas estruturais. Um terceiro momento paradigmatico da viséo ampla da abordagem estruturalista ooorre no inicio dos anos citenta no Brasil, surgindo diversos {rabalhos que abordam a questi da indexagdo de salarios © que aos poucos cheyam 8 questéo da inércia inflaciovaria. Os autores destacam os falores ace eradores, mantenedores e sancionadores da infiagao. Os fatores aceleradores seriam aqueles relacionados com a elevago de saléros, além do aumento da produtividade, elevagdes de margem de lucros, depreciagdo cambial, alta de bens impo'tados e aumentos generalizados de trbutos. Os fatores mantenedores da inflaggo apontados so 0 confito distibutvo e a indexagdo. Jé os elementes sancionadores, quando a economia se encontra com desemprego elevado, sao principalmente 0 aumento da uantidade de moeda e 0 deficit pibico. (© componente central das polticas heterodoxas de combate a inflagao ‘esta fundamentado no elemento de ruotura das expectativas dos agentes ‘econémicos. Portanto, a abordagem inercialista defende uma quebra com os mesanismos de coordenagao dada pela taxa de inflacdo passada, que geralmente acarreta em desarranjos des pregos relativos e nominais. 13 Quadro Geral Quadro - Principais Conclusées a respeito da in‘lacdo nas escolas de pensamento. Escolss | Principais Poshlados isis Conclsbessobrea Medias ante sbordagens | autores infagdo inflcindrios Cliesicoe | dans, Raina, DeveHone, conarcias ‘Thomas ferapto peat, Robot props sais atts, fev, equiva ean Beptite waka Saye Davis Toor Quanfstiada Compania um Nowtadetmina——_ fnimeno menetio, prozee sales simples congo da omnas, Aieedo@ ofa de moods, ‘Srémeno medio, recveia bier Penoampreo, Toots Quantiada Com ainfo gum ‘agrtsciizadoes, ostadeemine entero monelco rautehede armoeds, prejosesaeros__oaimple conte da Wesel, precosesalios nora. 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