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Álgebra Linear

Prof. Hugo Nunes


Instituto Federal de Alagoas

2018.1

1 / 469
Sumário

1 Matrizes - tipos, operações e propriedades


Definição
Tipos de Matrizes
Operações com matrizes
Operações e matrizes elementares

2 / 469
Uma matriz é um conjunto de dados dispostos em uma tabela
onde cada dado é referenciado por linhas e colunas.

3 / 469
Uma matriz é um conjunto de dados dispostos em uma tabela
onde cada dado é referenciado por linhas e colunas.
Altura (m) Peso (kg) Idade (anos)
Pessoa 1 1,70 70 23
Pessoa 2 1,75 60 45
Pessoa 3 1,60 52 25
Pessoa 4 1,81 72 30

4 / 469
Uma matriz é um conjunto de dados dispostos em uma tabela
onde cada dado é referenciado por linhas e colunas.
Altura (m) Peso (kg) Idade (anos)
Pessoa 1 1,70 70 23
Pessoa 2 1,75 60 45
Pessoa 3 1,60 52 25
Pessoa 4 1,81 72 30

Ao abstraírmos os significados das linhas e colunas, temos a


matriz:  
1, 70 70 23
1, 75 60 45
 
1, 60 52 25
1, 81 72 30

5 / 469
A arrumação dos dados dessa forma permite não apenas sua
organização, mas também possibilita novas maneiras de mani-
pular esses dados.

6 / 469
A arrumação dos dados dessa forma permite não apenas sua
organização, mas também possibilita novas maneiras de mani-
pular esses dados.

As matrizes podem ser compostas de qualquer tipo de números


(reais ou complexos), de funções e até de submatrizes.

7 / 469
A arrumação dos dados dessa forma permite não apenas sua
organização, mas também possibilita novas maneiras de mani-
pular esses dados.

As matrizes podem ser compostas de qualquer tipo de números


(reais ou complexos), de funções e até de submatrizes.

Para identificar uma matriz, nós precisamos conhecer algumas


informações: representação, ordem e termo geral.

8 / 469
A forma para representarmos uma matriz será utilizando parên-
teses ou colchetes:
   
Matriz ou Matriz

9 / 469
A forma para representarmos uma matriz será utilizando parên-
teses ou colchetes:
   
Matriz ou Matriz

A ordem da matriz informa sobre o seu tamanho e faz menção


à quantidade de linhas e colunas que ela contém.

10 / 469
A forma para representarmos uma matriz será utilizando parên-
teses ou colchetes:
   
Matriz ou Matriz

A ordem da matriz informa sobre o seu tamanho e faz menção


à quantidade de linhas e colunas que ela contém.
m × n ⇒ m linhas e n colunas

11 / 469
A forma para representarmos uma matriz será utilizando parên-
teses ou colchetes:
   
Matriz ou Matriz

A ordem da matriz informa sobre o seu tamanho e faz menção


à quantidade de linhas e colunas que ela contém.
m × n ⇒ m linhas e n colunas

Quando uma matriz apresenta o mesmo número de linhas e


colunas diz que a matriz tem ordem n:

12 / 469
A forma para representarmos uma matriz será utilizando parên-
teses ou colchetes:
   
Matriz ou Matriz

A ordem da matriz informa sobre o seu tamanho e faz menção


à quantidade de linhas e colunas que ela contém.
m × n ⇒ m linhas e n colunas

Quando uma matriz apresenta o mesmo número de linhas e


colunas diz que a matriz tem ordem n:
n = número de linhas = número de colunas

13 / 469
Algumas matrizes possuem certa relação entre seus elementos.

14 / 469
Algumas matrizes possuem certa relação entre seus elementos.

Quando for possível escrever todos os elementos de uma matriz


através de uma regra, então a matriz possui um termo geral
(aij ), onde:

15 / 469
Algumas matrizes possuem certa relação entre seus elementos.

Quando for possível escrever todos os elementos de uma matriz


através de uma regra, então a matriz possui um termo geral
(aij ), onde:

i indica a linha
j indica a coluna.

16 / 469
Exemplo (1)
Sabendo que a matriz B tem ordem 2 × 3 e que seu termo
geral é dado por bij = i + 2j, encontre B.

17 / 469
Exemplo (1)
Sabendo que a matriz B tem ordem 2 × 3 e que seu termo
geral é dado por bij = i + 2j, encontre B.

Solução.
Como o número de linhas é igual a 2, e o número de colunas
igual a 3, então sabemos que o índice i varia de 1 até 2 e o
índice j de 1 até 3.

18 / 469
Exemplo (1)
Sabendo que a matriz B tem ordem 2 × 3 e que seu termo
geral é dado por bij = i + 2j, encontre B.

Solução.
Como o número de linhas é igual a 2, e o número de colunas
igual a 3, então sabemos que o índice i varia de 1 até 2 e o
índice j de 1 até 3.

Logo, a matriz terá a forma:


 
b11 b12 b13
B=
b21 b22 b23

19 / 469
(continuação...)
Encontrando os elementos bij = i + 2j:

20 / 469
(continuação...)
Encontrando os elementos bij = i + 2j:
b11 = 1 + 2(1) = 3

21 / 469
(continuação...)
Encontrando os elementos bij = i + 2j:
b11 = 1 + 2(1) = 3
b12 = 1 + 2(2) = 5

22 / 469
(continuação...)
Encontrando os elementos bij = i + 2j:
b11 = 1 + 2(1) = 3
b12 = 1 + 2(2) = 5
b13 = 1 + 2(3) = 7

23 / 469
(continuação...)
Encontrando os elementos bij = i + 2j:
b11 = 1 + 2(1) = 3
b12 = 1 + 2(2) = 5
b13 = 1 + 2(3) = 7
b21 = 2 + 2(1) = 4

24 / 469
(continuação...)
Encontrando os elementos bij = i + 2j:
b11 = 1 + 2(1) = 3
b12 = 1 + 2(2) = 5
b13 = 1 + 2(3) = 7
b21 = 2 + 2(1) = 4
b22 = 2 + 2(2) = 6

25 / 469
(continuação...)
Encontrando os elementos bij = i + 2j:
b11 = 1 + 2(1) = 3
b12 = 1 + 2(2) = 5
b13 = 1 + 2(3) = 7
b21 = 2 + 2(1) = 4
b22 = 2 + 2(2) = 6
b23 = 2 + 2(3) = 8

26 / 469
(continuação...)
Encontrando os elementos bij = i + 2j:
b11 = 1 + 2(1) = 3
b12 = 1 + 2(2) = 5
b13 = 1 + 2(3) = 7
b21 = 2 + 2(1) = 4
b22 = 2 + 2(2) = 6
b23 = 2 + 2(3) = 8
Portanto:  
3 5 7
B=
4 6 8

27 / 469
Uma forma geral para escrever qualquer matriz é representar
com linhas (m) e colunas (n) genéricas:
 
a11 a12 · · · a1j · · · a1n
 a21 a22 · · · a2j · · · a2n 
 . .. .. .. 
 . .. ..
 . . . . . . 

A=
 ai1 ai2 · · · aij · · · ain 

 . .. .. .. .. .. 
 .. . . . . . 
am1 am2 · · · amj · · · amn

28 / 469
Uma forma geral para escrever qualquer matriz é representar
com linhas (m) e colunas (n) genéricas:
 
a11 a12 · · · a1j · · · a1n
 a21 a22 · · · a2j · · · a2n 
 . .. .. .. 
 . .. ..
 . . . . . . 

A=
 ai1 ai2 · · · aij · · · ain 

 . .. .. .. .. .. 
 .. . . . . . 
am1 am2 · · · amj · · · amn

Atividade 1
Encontre a matriz M2×3 , sabendo que mij = 5i − i · j.

29 / 469
Sumário

1 Matrizes - tipos, operações e propriedades


Definição
Tipos de Matrizes
Operações com matrizes
Operações e matrizes elementares

30 / 469
Existem algumas matrizes que possuem características especiais
e estas podem facilitar alguns cálculos ou análises em determi-
nadas situações.

31 / 469
Existem algumas matrizes que possuem características especiais
e estas podem facilitar alguns cálculos ou análises em determi-
nadas situações.

(a) Matriz coluna


Matriz formada por apenas uma coluna.
 
a11
 a21 
 . 
 . 
 . 
Bm×1 = 
 ai1 

 . 
 .. 
am1

32 / 469
Exemplo
 
  sen(x)
1  cos(2x) 
B3×1 =  4 C4×1 =
tan(3x)

−3
0

33 / 469
(b) Matriz linha
Matriz formada por apenas uma linha.

C1×n = a11 a12 · · · a1j · · · a1n

34 / 469
(b) Matriz linha
Matriz formada por apenas uma linha.

C1×n = a11 a12 · · · a1j · · · a1n

(c) Matriz nula


Matriz onde todos os seus elementos são zero, ou seja, seu
termo geral é sempre zero qualquer que seja i e j.

35 / 469
(b) Matriz linha
Matriz formada por apenas uma linha.

C1×n = a11 a12 · · · a1j · · · a1n

(c) Matriz nula


Matriz onde todos os seus elementos são zero, ou seja, seu
termo geral é sempre zero qualquer que seja i e j.
0 0 ··· 0
 
0 0 · · · 0
aij = 0, ∀ i, j ⇒ 0 =   ... ... . . . ... 

0 0 ··· 0

36 / 469
Exemplo

log(x) 1 ex

D1×3 =
 
0 0 0
E2×3 =
0 0 0

37 / 469
(d) Matriz oposta
É a matriz −A cujos elementos são opostos aos elementos
correspondentes de A.

38 / 469
(d) Matriz oposta
É a matriz −A cujos elementos são opostos aos elementos
correspondentes de A.

   
−3 14 3 −14
A= ⇒ −A =
7 −6 −7 6

39 / 469
(e) Matriz quadrada
Matriz onde a quantidade de linhas é igual à quantidade
de colunas.

40 / 469
(e) Matriz quadrada
Matriz onde a quantidade de linhas é igual à quantidade
de colunas.

a11 a12 · · · a1n


 
 a21 a22 · · · a2n 
m = n ∴ An ⇒  ...
An =  ..
.
..
.
.. 
. 
an1 an2 · · · ann

41 / 469
(e) Matriz quadrada
Matriz onde a quantidade de linhas é igual à quantidade
de colunas.

a11 a12 · · · a1n


 
 a21 a22 · · · a2n 
m = n ∴ An ⇒  ...
An =  ..
.
..
.
.. 
. 
an1 an2 · · · ann

Considerando as matrizes quadradas, denominam-se como


elementos da diagonal principal os elementos que
apresentam i = j: (a11 , a22 , a33 , . . . , ann ).

42 / 469
Exemplo

F1×1 = arccos(π)
x x2
 
G2×2 =
x3 x4
 
1 2 3 4
2 4 6 8
H4×4 = 
3 6 9

12
4 8 12 16

43 / 469
(f) Matriz diagonal
Matriz onde os elementos da diagonal principal são não
nulos e os fora da diagonal principal são nulos.

44 / 469
(f) Matriz diagonal
Matriz onde os elementos da diagonal principal são não
nulos e os fora da diagonal principal são nulos.

a11 0 · · · 0
 
 0 a22 · · · 0 
aij = 0, se i 6= j ⇒  ...
An =  .. . . .. 
. . . 
0 0 · · · ann

45 / 469
Exemplo
 
2 0 0 0
0 1 0 0
D = 
0

0 5 0
0 0 0 3
 
5 0 0
J = 0 5 0
0 0 5

46 / 469
(g) Matriz identidade
Matriz onde os elementos da diagonal principal são iguais
a 1 e os fora da diagonal principal são nulos.

47 / 469
(g) Matriz identidade
Matriz onde os elementos da diagonal principal são iguais
a 1 e os fora da diagonal principal são nulos.

1 0 ··· 0
 

aij = 1, se i = j 0 1 · · · 0

aij = 0, se i 6= j
⇒  ...
I= .. . . .. 
. . .
0 0 ··· 1

48 / 469
(h) Matriz transposta
A matriz transposta é obtida a partir de qualquer matriz
trocando-se as linhas pelas colunas. Fazemos aij = aji :

49 / 469
(h) Matriz transposta
A matriz transposta é obtida a partir de qualquer matriz
trocando-se as linhas pelas colunas. Fazemos aij = aji :

a11 a12 · · · a1n a11 a21 · · · am1


   
 a21 a22 · · · a2n   a12 a22 · · · am2 
 ...
A= .. ... ..  ⇒ At = 
 ... .. .. .. 
. .  . . . 
am1 am2 · · · amn a1n a2n · · · amn

50 / 469
Exemplo
 
2 −5
A3×2 = 1 0
−4 7

 
2 1 −4
At2×3 =
−5 0 7

51 / 469
(i) Matriz simétrica
Uma matriz é simétrica se ela for igual a sua transposta,
ou seja, A = At .

52 / 469
(i) Matriz simétrica
Uma matriz é simétrica se ela for igual a sua transposta,
ou seja, A = At .

(i) Matriz antissimétrica


Uma matriz é antissimétrica se ela for igual a menos sua
transposta, ou seja, A = −At .

53 / 469
Exemplo (Simétrica)
 
7 0 33
A =  0 −π 1 
33 1 5
 
7 0 33
At =  0 −π 1 
33 1 5

54 / 469
Exemplo (Simétrica)
 
7 0 33
A =  0 −π 1 
33 1 5
 
7 0 33
At =  0 −π 1 
33 1 5

Temos A = At .

55 / 469
Exemplo (Antissimétrica)
 
0 3 7
A = −3 0 −π 
−7 π 0
 
0 −3 −7
At = 3 0 π
7 −π 0

Temos A = −At .

56 / 469
(l) Matriz triangular

Superior
Uma matriz é triangular superior quando todos os
elementos abaixo da diagonal principal são nulos.

57 / 469
(l) Matriz triangular

Superior
Uma matriz é triangular superior quando todos os
elementos abaixo da diagonal principal são nulos.

a11 a12 · · · a1n


 
 0 a22 · · · a2n 
aij = 0, ∀ i > j ⇒  ...
A= .. . .
. .
.. 
. 
0 0 · · · ann

58 / 469
Exemplo
 
1 8 4 2
0 5 0 3
T =
0

0 2 2
0 0 0 7

59 / 469
Inferior
Uma matriz é triangular inferior quando todos os
elementos acima da diagonal principal são nulos.

60 / 469
Inferior
Uma matriz é triangular inferior quando todos os
elementos acima da diagonal principal são nulos.

a11 0 · · · 0
 
 a21 a22 · · · 0 
aij = 0, ∀ i < j ⇒  ...
A= ..
.
..
.
.. 
. 
an1 an2 · · · ann

61 / 469
Exemplo
 
2 0 0 0
9 1 0 0
T = 
0 7 −2 0
−1 5 −7 3

62 / 469
(k) Submatrizes
Uma matriz também pode ser composta por matrizes,
quando isso ocorre chamamos de submatrizes.

63 / 469
(k) Submatrizes
Uma matriz também pode ser composta por matrizes,
quando isso ocorre chamamos de submatrizes.

Como exemplo, seja uma matriz A composta por


submatrizes B, C, D e E.
 
B C
Am×n =
D E

64 / 469
(k) Submatrizes
Uma matriz também pode ser composta por matrizes,
quando isso ocorre chamamos de submatrizes.

Como exemplo, seja uma matriz A composta por


submatrizes B, C, D e E.
 
B C
Am×n =
D E

Atividade 2
Dê exemplos de matrizes simétricas, triangular, transposta e
diagonal.

65 / 469
Sumário

1 Matrizes - tipos, operações e propriedades


Definição
Tipos de Matrizes
Operações com matrizes
Operações e matrizes elementares

66 / 469
Definição
Diremos que duas matrizes A = (aij )m×n e B = (bij )p×q são
iguais quando elas possuírem a mesma ordem e, além disso,
valer a igualdade aij = bij para quaisquer i e j.

67 / 469
Definição
Diremos que duas matrizes A = (aij )m×n e B = (bij )p×q são
iguais quando elas possuírem a mesma ordem e, além disso,
valer a igualdade aij = bij para quaisquer i e j.

Exemplo
Dada as matrizes
 π  
2 cos x x−3
x
A=
 

x+1 x3 − 4 x2 10

e B = (bij )p×q onde b13 = 2, determinar A e B sabendo que


A = B.

68 / 469
Solução.
Da igualdade entre as matrizes A e B temos que a13 = b13 .

69 / 469
Solução.
Da igualdade entre as matrizes A e B temos que a13 = b13 .

Essa igualdade nos diz que x = 2.

70 / 469
Solução.
Da igualdade entre as matrizes A e B temos que a13 = b13 .

Essa igualdade nos diz que x = 2.

Após ter o valor de x, basta substituir nas outras entradas.

71 / 469
Solução.
Da igualdade entre as matrizes A e B temos que a13 = b13 .

Essa igualdade nos diz que x = 2.

Após ter o valor de x, basta substituir nas outras entradas.

Assim:  
2 0 2 −1
A= 
3 4 4 10

72 / 469
Para que seja possível somar duas ou mais matrizes, é necessário
que todas as matrizes envolvidas tenham a mesma ordem.

73 / 469
Para que seja possível somar duas ou mais matrizes, é necessário
que todas as matrizes envolvidas tenham a mesma ordem.

Essa mesma ordem também será compartilhada com a matriz


resultante.

74 / 469
Para que seja possível somar duas ou mais matrizes, é necessário
que todas as matrizes envolvidas tenham a mesma ordem.

Essa mesma ordem também será compartilhada com a matriz


resultante.

Definição
A adição (ou soma) de duas matrizes
A = (aij )m×n e B = (bij )m×n
é definida por
A + B = (aij + bij )m×n .
Ou seja, se

A + B = C = (cij )m×n onde cij = aij + bij .

75 / 469
Exemplo
Considere as tabelas que descrevem o custo de uma obra com
determinados materiais em dois anos consecutivos. Calcule a
quantidade total de materiais:

Materiais para a construção durante o primeiro ano


cimento ferro areia brita
Obra 1 3000 200 400 600
Obra 2 700 350 700 100
Obra 3 1000 100 500 800

Materiais para a construção durante o segundo ano


cimento ferro areia brita
Obra 1 5000 50 200 0
Obra 2 2000 100 300 300
Obra 3 2000 100 600 600
76 / 469
Solução.
Colocando na forma matricial, temos:
 
3000 200 400 600
Tab1 =  700 350 700 100
1000 100 500 800
 
5000 50 200 0
Tab2 = 2000 100 300 300
2000 100 600 600

77 / 469
Solução.
Colocando na forma matricial, temos:
 
3000 200 400 600
Tab1 =  700 350 700 100
1000 100 500 800
 
5000 50 200 0
Tab2 = 2000 100 300 300
2000 100 600 600

Como ambas as matrizes têm a mesma ordem sabemos que é


possível somá-las:

78 / 469
Solução.
Colocando na forma matricial, temos:
 
3000 200 400 600
Tab1 =  700 350 700 100
1000 100 500 800
 
5000 50 200 0
Tab2 = 2000 100 300 300
2000 100 600 600

Como ambas as matrizes têm a mesma ordem sabemos que é


possível somá-las:
   
3000 200 400 600 5000 50 200 0
 700 350 700 100 + 2000 100 300 300
1000 100 500 800 2000 100 600 600

79 / 469
(continuação...)
Somamos então cada elemento da primeira matriz com o seu
elemento respectivo da segunda matriz. Temos:

80 / 469
(continuação...)
Somamos então cada elemento da primeira matriz com o seu
elemento respectivo da segunda matriz. Temos:
 
8000 250 600 600
2700 450 1000 400 
3000 200 1100 1400

81 / 469
(continuação...)
Somamos então cada elemento da primeira matriz com o seu
elemento respectivo da segunda matriz. Temos:
 
8000 250 600 600
2700 450 1000 400 
3000 200 1100 1400

Colocando na forma tabular:


Materiais para a construção durante os dois anos
cimento ferro areia brita
Obra 1 8000 250 600 600
Obra 2 2700 450 1000 400
Obra 3 3000 200 1100 1400

82 / 469
Propriedades da adição de matrizes:
Se A, B, C e 0 são matrizes de mesma ordem, sendo 0 a matriz nula,
então valem as propriedades:

83 / 469
Propriedades da adição de matrizes:
Se A, B, C e 0 são matrizes de mesma ordem, sendo 0 a matriz nula,
então valem as propriedades:

(1) Comutativa:
A+B =B+A

84 / 469
Propriedades da adição de matrizes:
Se A, B, C e 0 são matrizes de mesma ordem, sendo 0 a matriz nula,
então valem as propriedades:

(1) Comutativa:
A+B =B+A

(2) Associativa:
A + (B + C) = (A + B) + C

85 / 469
Propriedades da adição de matrizes:
Se A, B, C e 0 são matrizes de mesma ordem, sendo 0 a matriz nula,
então valem as propriedades:

(1) Comutativa:
A+B =B+A

(2) Associativa:
A + (B + C) = (A + B) + C

(3) Elemento Neutro:


A+0=0+A=A

86 / 469
Propriedades da adição de matrizes:
Se A, B, C e 0 são matrizes de mesma ordem, sendo 0 a matriz nula,
então valem as propriedades:

(1) Comutativa:
A+B =B+A

(2) Associativa:
A + (B + C) = (A + B) + C

(3) Elemento Neutro:


A+0=0+A=A

(4) Elemento Simétrico:

A + (−A) = (−A) + A = 0

87 / 469
Considere agora que pra uma mesma obra seja necessário o
triplo de materiais da primeira tabela, então:

88 / 469
Considere agora que pra uma mesma obra seja necessário o
triplo de materiais da primeira tabela, então:
   
3000 200 400 600 9000 600 1200 1800
3 ·  700 350 700 100 = 2100 1050 2100 300 
1000 100 500 800 3000 300 1500 2400

89 / 469
Considere agora que pra uma mesma obra seja necessário o
triplo de materiais da primeira tabela, então:
   
3000 200 400 600 9000 600 1200 1800
3 ·  700 350 700 100 = 2100 1050 2100 300 
1000 100 500 800 3000 300 1500 2400

Acabamos de efetuar uma multiplicação de um número por uma


matriz.

90 / 469
Considere agora que pra uma mesma obra seja necessário o
triplo de materiais da primeira tabela, então:
   
3000 200 400 600 9000 600 1200 1800
3 ·  700 350 700 100 = 2100 1050 2100 300 
1000 100 500 800 3000 300 1500 2400

Acabamos de efetuar uma multiplicação de um número por uma


matriz.

Definição
O produto de um escalar k por uma matriz A é a matriz
obtida multiplicando cada elemento de A pelo escalar k.

91 / 469
Seja k um número real (ou complexo), assim:

 
k · a11 k · a12 ··· k · a1j ··· k · a1n
 k · a21 k · a22 ··· k · a2j ··· k · a2n 
 . .. .. .. 
 . .. ..
 . . . . . . 

k·A=
 k · ai1 k · ai2 · · · k · aij · · · k · ain 

 . .. .. .. .. .. 
 .. . . . . . 
k · am1 k · am2 · · · k · amj · · · k · amn

92 / 469
Propriedades do produto de um escalar por uma matriz:
Seja A e B matrizes de mesma ordem, e escalares k1 e k2 , então
valem as propriedades:

93 / 469
Propriedades do produto de um escalar por uma matriz:
Seja A e B matrizes de mesma ordem, e escalares k1 e k2 , então
valem as propriedades:

(1) Associativa:
(k1 k2 )A = k1 (k2 A) = k2 (k1 A)

94 / 469
Propriedades do produto de um escalar por uma matriz:
Seja A e B matrizes de mesma ordem, e escalares k1 e k2 , então
valem as propriedades:

(1) Associativa:
(k1 k2 )A = k1 (k2 A) = k2 (k1 A)

(2) Distributiva:
(k1 + k2 )A = k1 A + k2 A

95 / 469
Propriedades do produto de um escalar por uma matriz:
Seja A e B matrizes de mesma ordem, e escalares k1 e k2 , então
valem as propriedades:

(1) Associativa:
(k1 k2 )A = k1 (k2 A) = k2 (k1 A)

(2) Distributiva:
(k1 + k2 )A = k1 A + k2 A

(3) Distributiva:
k1 (A + B) = k1 A + k1 B

96 / 469
Propriedades do produto de um escalar por uma matriz:
Seja A e B matrizes de mesma ordem, e escalares k1 e k2 , então
valem as propriedades:

(1) Associativa:
(k1 k2 )A = k1 (k2 A) = k2 (k1 A)

(2) Distributiva:
(k1 + k2 )A = k1 A + k2 A

(3) Distributiva:
k1 (A + B) = k1 A + k1 B

(4) Elemento identidade:


1·A=A

97 / 469
Propriedades do produto de um escalar por uma matriz:
Seja A e B matrizes de mesma ordem, e escalares k1 e k2 , então
valem as propriedades:

(1) Associativa:
(k1 k2 )A = k1 (k2 A) = k2 (k1 A)

(2) Distributiva:
(k1 + k2 )A = k1 A + k2 A

(3) Distributiva:
k1 (A + B) = k1 A + k1 B

(4) Elemento identidade:


1·A=A

(5) 0 · A = 0 (0 escalar e 0 matriz nula)

98 / 469
Exemplo
Durante um determinado torneio, um grupo era formado por
São Paulo, Botafogo, Flamengo e Corinthians. Na tabela
abaixo, os resultados de cada um desse times:
Time Vitórias Empates Derrotas
São Paulo 2 1 0
Flamengo 1 0 2
Botafogo 2 1 0
Corinthians 0 0 3

99 / 469
Exemplo
Durante um determinado torneio, um grupo era formado por
São Paulo, Botafogo, Flamengo e Corinthians. Na tabela
abaixo, os resultados de cada um desse times:
Time Vitórias Empates Derrotas
São Paulo 2 1 0
Flamengo 1 0 2
Botafogo 2 1 0
Corinthians 0 0 3

Vamos representar essa tabela na forma matricial:


 
2 1 0
1 0 2
R= 2 1 0

0 0 3

100 / 469
Exemplo (continuação)
De acordo com o regulamento, cada vitória, empate e derrota
corresponde a 3 pontos, 1 ponto e 0 ponto respectivamente:
Resultados Pontos
Vitória 3
Empate 1
Derrota 0

101 / 469
Exemplo (continuação)
De acordo com o regulamento, cada vitória, empate e derrota
corresponde a 3 pontos, 1 ponto e 0 ponto respectivamente:
Resultados Pontos
Vitória 3
Empate 1
Derrota 0
Vamos representar essa tabela na forma matricial:
 
3
P = 1
0

102 / 469
Exemplo (continuação)
Assim, o total de pontos foi calculado:

103 / 469
Exemplo (continuação)
Assim, o total de pontos foi calculado:
São Paulo: 2·3+1·1+0·0 7

104 / 469
Exemplo (continuação)
Assim, o total de pontos foi calculado:
São Paulo: 2·3+1·1+0·0 7
Flamengo: 1·3+0·1+2·0 3

105 / 469
Exemplo (continuação)
Assim, o total de pontos foi calculado:
São Paulo: 2·3+1·1+0·0 7
Flamengo: 1·3+0·1+2·0 3
Botafogo: 2·3+1·1+0·0 7

106 / 469
Exemplo (continuação)
Assim, o total de pontos foi calculado:
São Paulo: 2·3+1·1+0·0 7
Flamengo: 1·3+0·1+2·0 3
Botafogo: 2·3+1·1+0·0 7
Corinthians: 0·3+0·1+3·0 0

107 / 469
Exemplo (continuação)
Assim, o total de pontos foi calculado:
São Paulo: 2·3+1·1+0·0 7
Flamengo: 1·3+0·1+2·0 3
Botafogo: 2·3+1·1+0·0 7
Corinthians: 0·3+0·1+3·0 0
Essa pontuação pode ser colocada na forma matricial:
   
2 1 0   7
1 0 3
2

3
 
R·P = 2 1 · 1 =
0 7
0 3×1
0 0 3 4×3 0 4×1

108 / 469
Exemplo (continuação)
Assim, o total de pontos foi calculado:
São Paulo: 2·3+1·1+0·0 7
Flamengo: 1·3+0·1+2·0 3
Botafogo: 2·3+1·1+0·0 7
Corinthians: 0·3+0·1+3·0 0
Essa pontuação pode ser colocada na forma matricial:
   
2 1 0   7
1 0 3
2

3
 
R·P = 2 1 · 1 =
0 7
0 3×1
0 0 3 4×3 0 4×1

Esse exemplo sugere como deve ser feita a multiplicação de


matrizes.

109 / 469
Definição
O produto (ou multiplicação) de uma matriz A = (aij )m×n
por uma matriz B = (bij )n×q é a matriz C = (cij )m×q onde:
cij = ai1 · b1j + ai2 · b2j + · · · + ain · bnj
Xn
= aik akj
k=1

110 / 469
Definição
O produto (ou multiplicação) de uma matriz A = (aij )m×n
por uma matriz B = (bij )n×q é a matriz C = (cij )m×q onde:
cij = ai1 · b1j + ai2 · b2j + · · · + ain · bnj
Xn
= aik akj
k=1

Em outras palavras cij é obtido multiplicando-se os elementos


da linha i de A pelos elementos da coluna j de B, adicionando-
se, em seguida, os produtos obtidos.

111 / 469
Definição
O produto (ou multiplicação) de uma matriz A = (aij )m×n
por uma matriz B = (bij )n×q é a matriz C = (cij )m×q onde:
cij = ai1 · b1j + ai2 · b2j + · · · + ain · bnj
Xn
= aik akj
k=1

Em outras palavras cij é obtido multiplicando-se os elementos


da linha i de A pelos elementos da coluna j de B, adicionando-
se, em seguida, os produtos obtidos.

Note que, para multiplicar duas matrizes, é necessário que o


número de colunas da 1ª matriz seja igual ao número de linhas
da 2ª:

112 / 469
Definição
O produto (ou multiplicação) de uma matriz A = (aij )m×n
por uma matriz B = (bij )n×q é a matriz C = (cij )m×q onde:
cij = ai1 · b1j + ai2 · b2j + · · · + ain · bnj
Xn
= aik akj
k=1

Em outras palavras cij é obtido multiplicando-se os elementos


da linha i de A pelos elementos da coluna j de B, adicionando-
se, em seguida, os produtos obtidos.

Note que, para multiplicar duas matrizes, é necessário que o


número de colunas da 1ª matriz seja igual ao número de linhas
da 2ª:
Am×n · Bn×q = Cm×q

113 / 469
Vamos multiplicar a matriz A por B para entender como se
obtém cada elemento cij da matriz produto C.
   
1 2 −1 3
A= e B=
3 4 4 2

114 / 469
Vamos multiplicar a matriz A por B para entender como se
obtém cada elemento cij da matriz produto C.
   
1 2 −1 3
A= e B=
3 4 4 2

Elemento c11 : 1ª linha e 1ª coluna

115 / 469
Vamos multiplicar a matriz A por B para entender como se
obtém cada elemento cij da matriz produto C.
   
1 2 −1 3
A= e B=
3 4 4 2

Elemento c11 : 1ª linha e 1ª coluna


  
1 2 −1 3
A·B =
3 4 4 2

116 / 469
Vamos multiplicar a matriz A por B para entender como se
obtém cada elemento cij da matriz produto C.
   
1 2 −1 3
A= e B=
3 4 4 2

Elemento c11 : 1ª linha e 1ª coluna


    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) · · · · · ·
A·B = =
3 4 4 2 ······ ······

117 / 469
Elemento c12 : 1ª linha e 2ª coluna

118 / 469
Elemento c12 : 1ª linha e 2ª coluna
  
1 2 −1 3
A·B =
3 4 4 2

119 / 469
Elemento c12 : 1ª linha e 2ª coluna
    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 ······ ······

120 / 469
Elemento c12 : 1ª linha e 2ª coluna
    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 ······ ······

Elemento c21 : 2ª linha e 1ª coluna

121 / 469
Elemento c12 : 1ª linha e 2ª coluna
    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 ······ ······

Elemento c21 : 2ª linha e 1ª coluna


  
1 2 −1 3
A·B =
3 4 4 2

122 / 469
Elemento c12 : 1ª linha e 2ª coluna
    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 ······ ······

Elemento c21 : 2ª linha e 1ª coluna


    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 3.(−1) + 4.(4) ······

123 / 469
Elemento c12 : 1ª linha e 2ª coluna
    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 ······ ······

Elemento c21 : 2ª linha e 1ª coluna


    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 3.(−1) + 4.(4) ······

Elemento c22 : 2ª linha e 2ª coluna

124 / 469
Elemento c12 : 1ª linha e 2ª coluna
    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 ······ ······

Elemento c21 : 2ª linha e 1ª coluna


    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 3.(−1) + 4.(4) ······

Elemento c22 : 2ª linha e 2ª coluna


  
1 2 −1 3
A·B =
3 4 4 2

125 / 469
Elemento c12 : 1ª linha e 2ª coluna
    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 ······ ······

Elemento c21 : 2ª linha e 1ª coluna


    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 3.(−1) + 4.(4) ······

Elemento c22 : 2ª linha e 2ª coluna


    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 3.(−1) + 4.(4) 3.(3) + 4.(2)

126 / 469
Elemento c12 : 1ª linha e 2ª coluna
    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 ······ ······

Elemento c21 : 2ª linha e 1ª coluna


    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 3.(−1) + 4.(4) ······

Elemento c22 : 2ª linha e 2ª coluna


    
1 2 −1 3 1.(−1) + 2.(4) 1.(3) + 2.(2)
A·B = =
3 4 4 2 3.(−1) + 4.(4) 3.(3) + 4.(2)

Assim:  
7 7
C =A·B =
13 17

127 / 469
Propriedades do produto de matrizes:
Considerando as matrizes A, B, C, a matriz nula 0 e a matriz
identidade I que as operações sejam possíveis.

128 / 469
Propriedades do produto de matrizes:
Considerando as matrizes A, B, C, a matriz nula 0 e a matriz
identidade I que as operações sejam possíveis.

(1) Associativa:
(A · B) · C = A · (B · C)

129 / 469
Propriedades do produto de matrizes:
Considerando as matrizes A, B, C, a matriz nula 0 e a matriz
identidade I que as operações sejam possíveis.

(1) Associativa:
(A · B) · C = A · (B · C)

(2) Distributiva:
(A + B) · C = A · C + B · C
A · (B + C) = A · B + A · C

130 / 469
Propriedades do produto de matrizes:
Considerando as matrizes A, B, C, a matriz nula 0 e a matriz
identidade I que as operações sejam possíveis.

(1) Associativa:
(A · B) · C = A · (B · C)

(2) Distributiva:
(A + B) · C = A · C + B · C
A · (B + C) = A · B + A · C

(3) Elemento neutro:


A·I =I ·A=A

131 / 469
Propriedades do produto de matrizes:
Considerando as matrizes A, B, C, a matriz nula 0 e a matriz
identidade I que as operações sejam possíveis.

(1) Associativa:
(A · B) · C = A · (B · C)

(2) Distributiva:
(A + B) · C = A · C + B · C
A · (B + C) = A · B + A · C

(3) Elemento neutro:


A·I =I ·A=A

(4) Elemento nulo:


A·0=0·A=0

132 / 469
Observações:

É importante observar que o produto de matrizes não goza


da propriedade comutativa.

133 / 469
Observações:

É importante observar que o produto de matrizes não goza


da propriedade comutativa.

É possível que A · B esteja definido mas não seja possível


fazer B · A.

134 / 469
Observações:

É importante observar que o produto de matrizes não goza


da propriedade comutativa.

É possível que A · B esteja definido mas não seja possível


fazer B · A.

Geralmente se tem A · B 6= B · A.

135 / 469
Observações:

É importante observar que o produto de matrizes não goza


da propriedade comutativa.

É possível que A · B esteja definido mas não seja possível


fazer B · A.

Geralmente se tem A · B 6= B · A.

É possível que A · B = 0, mas A, B 6= 0.

136 / 469
Exemplo
   
2 3 −3 0
Sejam A = eB= , temos:
−1 5 2 4
   
0 12 −6 −9
A·B = e B·A=
13 20 0 26

137 / 469
Exemplo
   
2 3 −3 0
Sejam A = eB= , temos:
−1 5 2 4
   
0 12 −6 −9
A·B = e B·A=
13 20 0 26

Exemplo
Sejam    
2 0 0 0
A= e B= .
3 0 4 6
Temos que A · B = 0 enquanto se vê que A, B 6= 0.

138 / 469
Agora que já temos ferramentas suficiente, veremos as proprie-
dades da matriz transposta:

Propriedades da transposta:
A transposição de matrizes goza das propriedades:

139 / 469
Agora que já temos ferramentas suficiente, veremos as proprie-
dades da matriz transposta:

Propriedades da transposta:
A transposição de matrizes goza das propriedades:

(1) (A + B)T = AT + B T

140 / 469
Agora que já temos ferramentas suficiente, veremos as proprie-
dades da matriz transposta:

Propriedades da transposta:
A transposição de matrizes goza das propriedades:

(1) (A + B)T = AT + B T

(2) (λA)T = λ · AT

141 / 469
Agora que já temos ferramentas suficiente, veremos as proprie-
dades da matriz transposta:

Propriedades da transposta:
A transposição de matrizes goza das propriedades:

(1) (A + B)T = AT + B T

(2) (λA)T = λ · AT

(3) (AT )T = A

142 / 469
Agora que já temos ferramentas suficiente, veremos as proprie-
dades da matriz transposta:

Propriedades da transposta:
A transposição de matrizes goza das propriedades:

(1) (A + B)T = AT + B T

(2) (λA)T = λ · AT

(3) (AT )T = A

(4) (A · B)T = B T · AT

143 / 469
Seja A uma matriz quadrada e k ∈ Z∗ um escalar. Então:

Ak = A · A · · · · · A

144 / 469
Seja A uma matriz quadrada e k ∈ Z∗ um escalar. Então:

Ak = A · A · · · · · A

Assim A1 = A, e é conveniente definir A0 = I.

145 / 469
Seja A uma matriz quadrada e k ∈ Z∗ um escalar. Então:

Ak = A · A · · · · · A

Assim A1 = A, e é conveniente definir A0 = I.

Se A é uma matriz quadrada e r e s são inteiros não negativos,


então:

(i) Ar · As = Ar+s
(ii) (Ar )s = Ars

146 / 469
Definição
Dizemos que a matriz quadrada A é idempotente se A2 = A.

147 / 469
Definição
Dizemos que a matriz quadrada A é idempotente se A2 = A.

Exemplo
Seja:
   
0 0 1 0 0 1
A = 0 0 1 ⇒ A2 = 0 0 1
0 0 1 0 0 1

148 / 469
Definição
Uma matriz A é dita nilpotente de ordem k, se k é o menor
inteiro positivo tal que Ak = 0.

149 / 469
Definição
Uma matriz A é dita nilpotente de ordem k, se k é o menor
inteiro positivo tal que Ak = 0.

Exemplo
   
0 1 3 0 0 0
A = 0 0 −2 ⇒ A3 = 0 0 0
0 0 0 0 0 0
Logo, a matriz A é nilpotente de ordem 3.

150 / 469
Definição
Dizemos que a matriz quadrada A é periódica com período k,
se Ak+1 = A, onde k é o menor inteiro positivo.

151 / 469
Definição
Dizemos que a matriz quadrada A é periódica com período k,
se Ak+1 = A, onde k é o menor inteiro positivo.

Exemplo
   
1 −2 −6 1 −2 −6
A = −3 2 9 ⇒ A3 = −3 2 9
2 0 −3 2 0 −3

Logo, a matriz A é periódica com período 2.

152 / 469
Atividade 3
Sejam as matrizes:
 
  3 −2
2 −2 3
e 0 1
0 1 1
−1 2

Calcule G − 2H t .

153 / 469
Definição
Se A for uma matriz quadrada, então o traço de A, denotado
por tr(A), é definido pela soma das entradas na diagonal
principal de A. O traço de A não é definido se A não for uma
matriz quadrada.

 
a11 a12 a13
A = a21 a22 a23  ⇒ tr(A) = a11 + a22 + a33
a31 a32 a33

154 / 469
Definição
Se A for uma matriz quadrada, digamos n × n, e se

p(x) = a0 + a1 x + a2 x2 + · · · + am xm
é um polinômio qualquer, então definimos a matriz p(A) de
tamanho n × n por
p(A) = a0 I + a1 A + a2 A2 + · · · + am Am
em que I é a matriz identidade n × n.

Ou seja, p(A) é a matriz obtida substituindo x por A e o


termo constante a0 pela matriz a0 I. Essa expressão é
denominada polinômio matricial em A.

155 / 469
Exemplo
Encontre p(A) com p(x) = x2 − 2x − 3 e
 
−1 2
A=
0 3

156 / 469
Exemplo
Encontre p(A) com p(x) = x2 − 2x − 3 e
 
−1 2
A=
0 3

Solução.

p(A) = A2 − 2A − 3I

157 / 469
Exemplo
Encontre p(A) com p(x) = x2 − 2x − 3 e
 
−1 2
A=
0 3

Solução.

p(A) = A2 − 2A − 3I
 2    
−1 2 −1 2 1 0
= −2 −3
0 3 0 3 0 1

158 / 469
Exemplo
Encontre p(A) com p(x) = x2 − 2x − 3 e
 
−1 2
A=
0 3

Solução.

p(A) = A2 − 2A − 3I
 2    
−1 2 −1 2 1 0
= −2 −3
0 3 0 3 0 1
     
1 4 −2 4 3 0
= − −
0 9 0 6 0 3

159 / 469
Exemplo
Encontre p(A) com p(x) = x2 − 2x − 3 e
 
−1 2
A=
0 3

Solução.

p(A) = A2 − 2A − 3I
 2    
−1 2 −1 2 1 0
= −2 −3
0 3 0 3 0 1
     
1 4 −2 4 3 0
= − −
0 9 0 6 0 3
 
0 0
=
0 0

160 / 469
Exemplo
Encontre p(A) com p(x) = x2 − 2x − 3 e
 
−1 2
A=
0 3

Solução.

p(A) = A2 − 2A − 3I
 2    
−1 2 −1 2 1 0
= −2 −3
0 3 0 3 0 1
     
1 4 −2 4 3 0
= − −
0 9 0 6 0 3
 
0 0
=
0 0

Mais sucintamente, p(A) = 0.


161 / 469
Sumário

1 Matrizes - tipos, operações e propriedades


Definição
Tipos de Matrizes
Operações com matrizes
Operações e matrizes elementares

162 / 469
Operações elementares são operações simples e específicas so-
bre matrizes que resultam em novas matrizes onde todas são
equivalentes entre si.

163 / 469
Operações elementares são operações simples e específicas so-
bre matrizes que resultam em novas matrizes onde todas são
equivalentes entre si.

As operações que resultam em matrizes equivalentes à original


são três:

164 / 469
Operações elementares são operações simples e específicas so-
bre matrizes que resultam em novas matrizes onde todas são
equivalentes entre si.

As operações que resultam em matrizes equivalentes à original


são três:

(a) Troca de duas linhas.

165 / 469
Operações elementares são operações simples e específicas so-
bre matrizes que resultam em novas matrizes onde todas são
equivalentes entre si.

As operações que resultam em matrizes equivalentes à original


são três:

(a) Troca de duas linhas.

(b) Multiplicação de todos os elementos de uma linha por um


escalar diferente de zero.

166 / 469
Operações elementares são operações simples e específicas so-
bre matrizes que resultam em novas matrizes onde todas são
equivalentes entre si.

As operações que resultam em matrizes equivalentes à original


são três:

(a) Troca de duas linhas.

(b) Multiplicação de todos os elementos de uma linha por um


escalar diferente de zero.

(c) Substituição de uma linha pela soma dela própria com um


múltiplo de outra linha.

167 / 469
Exemplo
Vamos aplicar as seguintes operações elementares à matriz
 
1 1 2
A=
−1 2 3

168 / 469
Exemplo
Vamos aplicar as seguintes operações elementares à matriz
 
1 1 2
A=
−1 2 3

(a) Trocar a primeira linha pela segunda:

169 / 469
Exemplo
Vamos aplicar as seguintes operações elementares à matriz
 
1 1 2
A=
−1 2 3

(a) Trocar a primeira linha pela segunda:


 
−1 2 3
L1 ⇐⇒ L2 ∴ A1 =
1 1 2

170 / 469
Exemplo
Vamos aplicar as seguintes operações elementares à matriz
 
1 1 2
A=
−1 2 3

(a) Trocar a primeira linha pela segunda:


 
−1 2 3
L1 ⇐⇒ L2 ∴ A1 =
1 1 2

(b) Multiplicar a segunda linha por −3.


 
1 1 2
L2 ⇐⇒ −3L2 ∴ A2 =
3 −6 −9

171 / 469
Exemplo
Vamos aplicar as seguintes operações elementares à matriz
 
1 1 2
A=
−1 2 3

(a) Trocar a primeira linha pela segunda:


 
−1 2 3
L1 ⇐⇒ L2 ∴ A1 =
1 1 2

(b) Multiplicar a segunda linha por −3.


 
1 1 2
L2 ⇐⇒ −3L2 ∴ A2 =
3 −6 −9

(c) Substituir a segunda linha pela soma dela com 5 vezes a primeira.
 
1 1 2
L2 = L2 + 5L1 ∴ A3 =
4 7 13

172 / 469
Exemplo
Vamos aplicar as seguintes operações elementares à matriz
 
1 1 2
A=
−1 2 3

(a) Trocar a primeira linha pela segunda:


 
−1 2 3
L1 ⇐⇒ L2 ∴ A1 =
1 1 2

(b) Multiplicar a segunda linha por −3.


 
1 1 2
L2 ⇐⇒ −3L2 ∴ A2 =
3 −6 −9

(c) Substituir a segunda linha pela soma dela com 5 vezes a primeira.
 
1 1 2
L2 = L2 + 5L1 ∴ A3 =
4 7 13

Neste caso, A ∼ A1 ∼ A2 ∼ A3 .
173 / 469
Atividade 4
Considere a matriz
 
2 1 0
G= 0 3 0
−1 −2 1

e efetue as seguintes operações elementares em sequência:

(a) L2 = 3L2

(b) L1 = L1 − 3L3

(c) L3 = L3 − L2

174 / 469
Definição
Uma matriz é considerada elementar (E) quando é obtida a
partir da matriz identidade depois de aplicada apenas uma
operação elementar.

175 / 469
Exemplo
Dada a matriz identidade, temos as seguintes matrizes elementares a
partir das operações:  
1 0 0
0 1 0
0 0 1

176 / 469
Exemplo
Dada a matriz identidade, temos as seguintes matrizes elementares a
partir das operações:  
1 0 0
0 1 0
0 0 1

(a) Trocar a primeira linha pela segunda.


 
0 1 0
L1 = L2 ∴ E1 = 1 0 0
0 0 1

177 / 469
Exemplo
Dada a matriz identidade, temos as seguintes matrizes elementares a
partir das operações:  
1 0 0
0 1 0
0 0 1

(a) Trocar a primeira linha pela segunda.


 
0 1 0
L1 = L2 ∴ E1 = 1 0 0
0 0 1

(b) Substituir a segunda linha pela soma dela com 5 vezes a primeira.
 
1 0 0
L2 = L2 + 5L1 ∴ E2 = 5 1 0
0 0 1

178 / 469
Sumário

2 Determinantes
Definição
Propriedades dos Determinantes
Inversão de matrizes
Aplicações de Determinantes

179 / 469
Definição
Seja A uma matriz quadrada de ordem n. A função
determinante de uma matriz quadrada A de ordem n é por
definição a aplicação
det : Mn → R
A 7→ det(A)

180 / 469
Definição
Seja A uma matriz quadrada de ordem n. A função
determinante de uma matriz quadrada A de ordem n é por
definição a aplicação
det : Mn → R
A 7→ det(A)

Definição
O determinante de uma matriz que contém apenas um
elemento é o próprio elemento.

A = a11 ⇒ det(A) = a11 = a11

181 / 469
Definição
O determinante de uma matriz quadrada A de ordem 2 é por
definição a aplicação:
 
a11 a12 a11 a12
A= ⇒ det(A) =
= a11 a22 − a12 a21
a21 a22 a21 a22

182 / 469
Definição
O determinante de uma matriz quadrada A de ordem 2 é por
definição a aplicação:
 
a11 a12 a11 a12
A= ⇒ det(A) =
= a11 a22 − a12 a21
a21 a22 a21 a22

Exemplo
Seja
 
3 5
A= ⇒ det(A) = 3 × (−1) − (−2) × 5 = 7
−2 −1

183 / 469
Definição
Considere uma matriz A, de ordem 3:
 
a11 a12 a13
A = a21 a22 a23 
a31 a32 a33
O menor complementar Dij , relativo ao elemento aij , é o
determinante da matriz quadrada, de ordem 2, que se obtém
de A retirando-se a linha i e a coluna j.

184 / 469
Definição
Considere uma matriz A, de ordem 3:
 
a11 a12 a13
A = a21 a22 a23 
a31 a32 a33
O menor complementar Dij , relativo ao elemento aij , é o
determinante da matriz quadrada, de ordem 2, que se obtém
de A retirando-se a linha i e a coluna j.

Exemplo
O menor complementar D12 é:

· · · · · · · · ·
a21 a23
D12 = a21 · · · a23 = = a21 a33 − a31 a23
a31 · · · a33 a31 a33

185 / 469
Definição
Dada a matriz A = (aij ), o cofator de aij é o número Aij que
se obtém multiplicando-se (−1)i+j pelo menor complementar
de aij . Ou seja:
Aij = (−1)i+j · Dij

186 / 469
Definição
Dada a matriz A = (aij ), o cofator de aij é o número Aij que
se obtém multiplicando-se (−1)i+j pelo menor complementar
de aij . Ou seja:
Aij = (−1)i+j · Dij

Exemplo
Seja a matriz  
3 2 4
A = 7 3 1
5 2 2

187 / 469
Definição
Dada a matriz A = (aij ), o cofator de aij é o número Aij que
se obtém multiplicando-se (−1)i+j pelo menor complementar
de aij . Ou seja:
Aij = (−1)i+j · Dij

Exemplo
Seja a matriz  
3 2 4
A = 7 3 1
5 2 2
O cofator a11 será determinado por:
A11 = (−1)1+1 · D11

188 / 469
Definição
Dada a matriz A = (aij ), o cofator de aij é o número Aij que
se obtém multiplicando-se (−1)i+j pelo menor complementar
de aij . Ou seja:
Aij = (−1)i+j · Dij

Exemplo
Seja a matriz  
3 2 4
A = 7 3 1
5 2 2
O cofator a11 será determinado por:
A11 = (−1)1+1 · D11

189 / 469
Exemplo (continuação)
Devemos determinar o determinante da matriz D11 , matriz
obtida retirando a 1ª linha e 1ª coluna da matriz A.

190 / 469
Exemplo (continuação)
Devemos determinar o determinante da matriz D11 , matriz
obtida retirando a 1ª linha e 1ª coluna da matriz A.

3 2 4
3 1
2 2 = 3 × 2 − 2 × 1 = 4
7 3 1 =

5 2 2

191 / 469
Exemplo (continuação)
Devemos determinar o determinante da matriz D11 , matriz
obtida retirando a 1ª linha e 1ª coluna da matriz A.

3 2 4
3 1
2 2 = 3 × 2 − 2 × 1 = 4
7 3 1 =

5 2 2

Com isso, podemos calcular o cofator A11 :

A11 = (−1)2 · 4 = 4

192 / 469
Definição
O determinante de uma matriz quadrada A de ordem 3 é por
definição a aplicação
 
a11 a12 a13
A = a21 a22 a23 
a31 a32 a33

det(A) = a11 det(A11 ) − a12 det(A12 ) + a13 det(A13 )

onde os Aij são os cofatores.

193 / 469
Exemplo
Por exemplo, dada a matriz
 
1 3 2
A = −1 2 1
3 2 2

194 / 469
Exemplo
Por exemplo, dada a matriz
 
1 3 2
A = −1 2 1
3 2 2
temos:

1+1
2 1
A11 = (−1) ·
= 1 · (4 − 2) = 2
2 2

195 / 469
Exemplo
Por exemplo, dada a matriz
 
1 3 2
A = −1 2 1
3 2 2
temos:

1+1
2 1
A11 = (−1) ·
= 1 · (4 − 2) = 2
2 2

1+2 −1 1

A12 = (−1) · = (−1) · (−2 − 3) = 5
3 2

196 / 469
Exemplo
Por exemplo, dada a matriz
 
1 3 2
A = −1 2 1
3 2 2
temos:

1+1
2 1
A11 = (−1) · = 1 · (4 − 2) = 2
2 2

1+2 −1 1

A12 = (−1) · = (−1) · (−2 − 3) = 5
3 2

−1 2
A13 = (−1)1+3 · = 1 · (−2 − 6) = −8
3 2

197 / 469
Exemplo
Por exemplo, dada a matriz
 
1 3 2
A = −1 2 1
3 2 2
temos:

1+1
2 1
A11 = (−1) · = 1 · (4 − 2) = 2
2 2

1+2 −1 1

A12 = (−1) · = (−1) · (−2 − 3) = 5
3 2

−1 2
A13 = (−1)1+3 · = 1 · (−2 − 6) = −8
3 2
Logo:
det(A) = a11 det(A11 ) − a11 det(A12 ) + a13 det(A13 )

198 / 469
Exemplo
Por exemplo, dada a matriz
 
1 3 2
A = −1 2 1
3 2 2
temos:

1+1
2 1
A11 = (−1) · = 1 · (4 − 2) = 2
2 2

1+2 −1 1

A12 = (−1) · = (−1) · (−2 − 3) = 5
3 2

−1 2
A13 = (−1)1+3 · = 1 · (−2 − 6) = −8
3 2
Logo:
det(A) = a11 det(A11 ) − a11 det(A12 ) + a13 det(A13 )
= 1 × 2 + 3 × 5 + 2 × (−8)
= 1
199 / 469
Podemos obter o determinante de uma matriz de ordem 3 uti-
lizando uma regra prática muito simples, chamada Regra de
Sarrus.

Onde:
det(A) = a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32
−a13 a22 a31 − a11 a23 a32 − a12 a21 a33

200 / 469
Outra forma de ver é a seguinte:

det(A) = a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32
−a13 a22 a31 − a11 a23 a32 − a12 a21 a33

201 / 469
Definição
Para uma matriz quadrada de ordem n:
 
a11 a12 · · · a1n
 a11 a12 · · · a2n 
A= 
· · · · · · · · · · · · 
an1 an2 · · · ann

definimos o determinante de A como:


det(A) = a11 det(A11 ) + a12 det(A12 ) + · · · + a1n det(A1n )
Isto é, a soma dos números que se obtém da multiplicação de
cada termo da primeira linha pelo seu respectivo cofator.

202 / 469
Sumário

2 Determinantes
Definição
Propriedades dos Determinantes
Inversão de matrizes
Aplicações de Determinantes

203 / 469
Propriedade 1
O determinante de uma matriz não se altera quando trocamos
as linhas pelas colunas.
   
a11 a12 a13 a11 a21 a31
det(A) = det(At ) ∴ a21 a22 a23  = a12 a22 a32 
a31 a32 a33 a13 a23 a33

204 / 469
Propriedade 2
Se a matriz A possui uma linha (ou coluna) constituída de
elementos todos nulos, o determinante é nulo.
 
a 0 e
A =  b 0 f  ⇒ det(A) = 0
c 0 g

205 / 469
Propriedade 3
Se a matriz A possui uma linha (ou coluna) iguais, o
determinante é nulo. é nulo.
 
a b c
A = a b c  ⇒ det(A) = 0
e f g

206 / 469
Propriedade 4
Se na matriz A, duas linhas (ou colunas) têm seus elementos
correspondentes proporcionais, o determinante é nulo.
 
a b c
A = ka kb kc ⇒ det(A) = 0.
d e f

207 / 469
Propriedade 4
Se na matriz A, duas linhas (ou colunas) têm seus elementos
correspondentes proporcionais, o determinante é nulo.
 
a b c
A = ka kb kc ⇒ det(A) = 0.
d e f

Exemplo
Seja:  
2 4 6
A =  4 8 12 ⇒ det(A) = 0.
−1 2 9
Temos que L2 = 2L1 .

208 / 469
Propriedade 5
Se na matriz A, cada elemento de uma linha (ou coluna) é
uma soma de duas parcelas, o determinante de A pode ser
expresso sob a forma de uma soma dos determinantes de suas
matrizes.

a1 b 1 c 1 + d 1 a1 b 1 c 1 a1 b 1 d 1

a2 b 2 c 2 + d 2 = a2 b 2 c 2 + a2 b 2 d 2

a3 b 3 c 3 + d 3 a3 b 3 c 3 a3 b 3 d 3

209 / 469
Propriedade 5
Se na matriz A, cada elemento de uma linha (ou coluna) é
uma soma de duas parcelas, o determinante de A pode ser
expresso sob a forma de uma soma dos determinantes de suas
matrizes.

a1 b 1 c 1 + d 1 a1 b 1 c 1 a1 b 1 d 1

a2 b 2 c 2 + d 2 = a2 b 2 c 2 + a2 b 2 d 2

a3 b 3 c 3 + d 3 a3 b 3 c 3 a3 b 3 d 3

Exemplo

2 7 2 3 + 4 2 3 2 4
5 3 = 5 2 + 1 = 5 2 + 5 1

210 / 469
Propriedade 6
O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto
dos elementos da diagonal principal.

a11 a12 a13 a11 0 0
det(A) = 0 a22 a23 e det(B) = a21 a22 0

0 0 a33 a31 a32 a33

Temos: det(A) = det(B) = a11 a22 a33

211 / 469
Propriedade 7
Trocando duas linhas (ou colunas) da matriz A, o
determinante muda de sinal.

a1 b 1 c 1 a1 b 1 c 1

det(A) = a2 b2 c2 = − a3 b3 c3
a3 b 3 c 3 a2 b 2 c 2

212 / 469
Propriedade 8
Quando multiplicamos um número real por todos os elementos
de uma linha (ou coluna) da matriz A, o determinante é
multiplicado por esse número real.

a1 b 1 c 1 a1 b 1 c 1

ka2 kb2 kc2 = k a2 b2 c2

a3 b 3 c 3 a3 b 3 c 3

ka1 kb1 kc1 a1 b 1 c 1

ka2 kb2 kc2 = k 2 a2 b2 c2

a3 b 3 c 3 a3 b 3 c 3

Generalizando:
det(kA) = k n det(A), onde n é a ordem de A

213 / 469
Exemplo
Seja a matriz A de ordem 2, temos:

5 10
det(A) = =5
1 3

214 / 469
Exemplo
Seja a matriz A de ordem 2, temos:

5 10
det(A) = =5
1 3

3 · 5 3 · 10
det(3A) =
3·1 3·3

215 / 469
Exemplo
Seja a matriz A de ordem 2, temos:

5 10
det(A) = =5
1 3

3 · 5 3 · 10
det(3A) =
3·1 3·3

15 30
=
3 9

216 / 469
Exemplo
Seja a matriz A de ordem 2, temos:

5 10
det(A) = =5
1 3

3 · 5 3 · 10
det(3A) =
3·1 3·3

15 30
=
3 9
= 32 · 5
= 45

217 / 469
Propriedade 9 (Teorema de Jacobi)
Um determinante não se altera quando somamos duas linhas
(ou colunas) de uma matriz A previamente multiplicada por
uma constante.

a1 b 1 c 1 a1 b 1 c 1


a2 b2 c2 = a2 + ka1 b2 + kb1 c2 + kc1

a3 b 3 c 3 a3 b3 c3

218 / 469
Exemplo
À terceira coluna da matriz B, nós somamos o triplo da 2ª
coluna de A à 3ª coluna de A, obtendo:
   
1 2 0 1 2 6
A = 2 3 1 C3 = 3C2 + C3 B = 2 3 10
4 0 2 4 0 2

Temos det(A) = det(B)

219 / 469
Propriedade 10 (Teorema de Binet)
Sejam A e B matrizes quadradas de mesma ordem, o
determinante do produto é igual ao produto dos
determinantes.
det(AB) = det(A) · det(B)

220 / 469
Exemplo
 
2 1 0
A =  2 3 1 ⇒ det(A) = 4
2 5 3
 
1 0 2
B =  3 5 1 ⇒ det(B) = 5
1 0 3

221 / 469
Exemplo
 
2 1 0
A =  2 3 1 ⇒ det(A) = 4
2 5 3
 
1 0 2
B =  3 5 1 ⇒ det(B) = 5
1 0 3

Temos:
 
5 5 5
A · B = 12 15 10 ⇒ det(A · B) = 20
20 25 18

222 / 469
Observação: O determinante da soma é diferente da soma
dos determinantes

det(A + B) 6= det(A) + det(B)

223 / 469
Sumário

2 Determinantes
Definição
Propriedades dos Determinantes
Inversão de matrizes
Aplicações de Determinantes

224 / 469
Vamos considerar duas matrizes A e B de dimensão n, onde o
produto das duas é igual à identidade:
A·B =B·A=I

225 / 469
Vamos considerar duas matrizes A e B de dimensão n, onde o
produto das duas é igual à identidade:
A·B =B·A=I

Quando isso acontece, dizemos que A é inversa de B e B é


inversa de A, ou ainda:
A = B −1

226 / 469
Vamos considerar duas matrizes A e B de dimensão n, onde o
produto das duas é igual à identidade:
A·B =B·A=I

Quando isso acontece, dizemos que A é inversa de B e B é


inversa de A, ou ainda:
A = B −1

Definição
Dada uma matriz quadrada de ordem n, chamamos de
inversa de A uma matriz B tal que

A·B =I
onde I é a matriz identidade de ordem n. Representamos por
A−1 .
227 / 469
Propriedades: Considerando A e B matrizes inversíveis:

(a) A · A−1 = A−1 · A = I

228 / 469
Propriedades: Considerando A e B matrizes inversíveis:

(a) A · A−1 = A−1 · A = I


−1
(b) A−1 =A

229 / 469
Propriedades: Considerando A e B matrizes inversíveis:

(a) A · A−1 = A−1 · A = I


−1
(b) A−1 =A
t −1
(c) A−1 = At

230 / 469
Propriedades: Considerando A e B matrizes inversíveis:

(a) A · A−1 = A−1 · A = I


−1
(b) A−1 =A
t −1
(c) A−1 = At

(d) (A · B)−1 = B −1 · A−1

231 / 469
Propriedades: Considerando A e B matrizes inversíveis:

(a) A · A−1 = A−1 · A = I


−1
(b) A−1 =A
t −1
(c) A−1 = At

(d) (A · B)−1 = B −1 · A−1

Observação: Quando uma matriz não admite inversa dizemos


que ela é singular.

232 / 469
Exemplo
Prove que as matrizes A e B são inversas uma da outra.
   
3 5 2 −5
A= e B=
1 2 −1 3

233 / 469
Exemplo
Prove que as matrizes A e B são inversas uma da outra.
   
3 5 2 −5
A= e B=
1 2 −1 3

Solução.
Para provar que elas são inversas, basta mostrar que
A · B = B · A = I:

234 / 469
Exemplo
Prove que as matrizes A e B são inversas uma da outra.
   
3 5 2 −5
A= e B=
1 2 −1 3

Solução.
Para provar que elas são inversas, basta mostrar que
A · B = B · A = I:
   
3 5 2 −5
A·B = ·
1 2 −1 3

235 / 469
Exemplo
Prove que as matrizes A e B são inversas uma da outra.
   
3 5 2 −5
A= e B=
1 2 −1 3

Solução.
Para provar que elas são inversas, basta mostrar que
A · B = B · A = I:
     
3 5 2 −5 1 0
A·B = · =
1 2 −1 3 0 1

236 / 469
Exemplo
Prove que as matrizes A e B são inversas uma da outra.
   
3 5 2 −5
A= e B=
1 2 −1 3

Solução.
Para provar que elas são inversas, basta mostrar que
A · B = B · A = I:
     
3 5 2 −5 1 0
A·B = · =
1 2 −1 3 0 1
   
2 −5 3 5
B·A = · =
−1 3 1 2

237 / 469
Exemplo
Prove que as matrizes A e B são inversas uma da outra.
   
3 5 2 −5
A= e B=
1 2 −1 3

Solução.
Para provar que elas são inversas, basta mostrar que
A · B = B · A = I:
     
3 5 2 −5 1 0
A·B = · =
1 2 −1 3 0 1
     
2 −5 3 5 1 0
B·A = · =
−1 3 1 2 0 1

238 / 469
Exemplo
Prove que as matrizes A e B são inversas uma da outra.
   
3 5 2 −5
A= e B=
1 2 −1 3

Solução.
Para provar que elas são inversas, basta mostrar que
A · B = B · A = I:
     
3 5 2 −5 1 0
A·B = · =
1 2 −1 3 0 1
     
2 −5 3 5 1 0
B·A = · =
−1 3 1 2 0 1

Como satisfez a igualdade, então A e B são inversas uma da


outra.
239 / 469
O primeiro passo para a obtenção da inversa de uma matriz
é descobrir se a matriz admite ou não inversa, e quem nos
fornecerá essa informação é o determinante da matriz.

240 / 469
O primeiro passo para a obtenção da inversa de uma matriz
é descobrir se a matriz admite ou não inversa, e quem nos
fornecerá essa informação é o determinante da matriz.

Uma matriz somente admite inversa se seu determinante for


diferente de zero.

241 / 469
O primeiro passo para a obtenção da inversa de uma matriz
é descobrir se a matriz admite ou não inversa, e quem nos
fornecerá essa informação é o determinante da matriz.

Uma matriz somente admite inversa se seu determinante for


diferente de zero.

Determinante Situação da matriz


igual a zero singular
diferente de zero não singular

242 / 469
O primeiro passo para a obtenção da inversa de uma matriz
é descobrir se a matriz admite ou não inversa, e quem nos
fornecerá essa informação é o determinante da matriz.

Uma matriz somente admite inversa se seu determinante for


diferente de zero.

Determinante Situação da matriz


igual a zero singular
diferente de zero não singular

Veremos duas maneiras de encontrar a matriz inversa: através


da matriz adjunta ou da matriz identidade.

243 / 469
A matriz dos cofatores é dada por:
Cij = (−1)i+j det(Ãij )
onde Ãij é o determinante da matriz A, excluindo-se a linha i
e a coluna j.

244 / 469
A matriz dos cofatores é dada por:
Cij = (−1)i+j det(Ãij )
onde Ãij é o determinante da matriz A, excluindo-se a linha i
e a coluna j.
A matriz adjunta da matriz A nada mais é que a matriz dos
cofatores de A transposta:
Adj (A) = C t (A)

245 / 469
A matriz dos cofatores é dada por:
Cij = (−1)i+j det(Ãij )
onde Ãij é o determinante da matriz A, excluindo-se a linha i
e a coluna j.
A matriz adjunta da matriz A nada mais é que a matriz dos
cofatores de A transposta:
Adj (A) = C t (A)

Definição
Para encontrar a matriz inversa usando a matriz adjunta,
devemos usar a equação:
1
A−1 = · Adj (A)
det(A)

246 / 469
A matriz dos cofatores é dada por:
Cij = (−1)i+j det(Ãij )
onde Ãij é o determinante da matriz A, excluindo-se a linha i
e a coluna j.
A matriz adjunta da matriz A nada mais é que a matriz dos
cofatores de A transposta:
Adj (A) = C t (A)

Definição
Para encontrar a matriz inversa usando a matriz adjunta,
devemos usar a equação:
1
A−1 = · Adj (A)
det(A)
Observação: Por essa equação, vemos o porquê uma matriz
com determinante igual a zero não admite inversa.
247 / 469
Exemplo
Encontre a inversa de H usando a adjunta.
 
2 −2 0
H = 1 2 1
0 1 −1

248 / 469
Exemplo
Encontre a inversa de H usando a adjunta.
 
2 −2 0
H = 1 2 1
0 1 −1

Solução:
Primeiro devemos encontrar a matriz dos cofatores:

249 / 469
Exemplo
Encontre a inversa de H usando a adjunta.
 
2 −2 0
H = 1 2 1
0 1 −1

Solução:
Primeiro devemos encontrar a matriz dos cofatores:
 
2 1
C11 = (−1)1+1 det = −3
1 −1

250 / 469
Exemplo
Encontre a inversa de H usando a adjunta.
 
2 −2 0
H = 1 2 1
0 1 −1

Solução:
Primeiro devemos encontrar a matriz dos cofatores:
 
2 1
C11 = (−1)1+1 det = −3
1 −1
1 1
C12 = (−1)1+2 det = 1
0 −1

251 / 469
Exemplo
Encontre a inversa de H usando a adjunta.
 
2 −2 0
H = 1 2 1
0 1 −1

Solução:
Primeiro devemos encontrar a matriz dos cofatores:
 
2 1
C11 = (−1)1+1 det = −3
1 −1
1 1
C12 = (−1)1+2 det = 1
0 −1
1 2
C13 = (−1)1+3 det = 1
0 1

252 / 469
(continuação...)
 
2+1 −2 0
C21 = (−1) det = −2
1 −1

253 / 469
(continuação...)
 
2+1 −2 0
C21 = (−1) det = −2
1 −1
2 0
C22 = (−1)2+2 det = −2
0 −1

254 / 469
(continuação...)
 
2+1 −2 0
C21 = (−1) det = −2
1 −1
2 0
C22 = (−1)2+2 det = −2
0 −1
2 −2
C23 = (−1)2+3 det = −2
0 1

255 / 469
(continuação...)
 
2+1 −2 0
C21 = (−1) det = −2
1 −1
2 0
C22 = (−1)2+2 det = −2
0 −1
2 −2
C23 = (−1)2+3 det = −2
0 1 
−2 0
C31 = (−1)3+1 det = −2
2 1

256 / 469
(continuação...)
 
2+1 −2 0
C21 = (−1) det = −2
1 −1
2 0
C22 = (−1)2+2 det = −2
0 −1
2 −2
C23 = (−1)2+3 det = −2
0 1 
−2 0
C31 = (−1)3+1 det = −2
2 1
2 0
C32 = (−1)3+2 det = −2
1 1

257 / 469
(continuação...)
 
2+1 −2 0
C21 = (−1) det = −2
1 −1
2 0
C22 = (−1)2+2 det = −2
0 −1
2 −2
C23 = (−1)2+3 det = −2
0 1 
−2 0
C31 = (−1)3+1 det = −2
2 1
2 0
C32 = (−1)3+2 det = −2
1 1
2 −2
C33 = (−1)3+3 det = 6
1 2

258 / 469
(continuação...)
Construindo a matriz dos cofatores, temos:
 
−3 1 1
C = −2 −2 −2
−2 −2 6

259 / 469
(continuação...)
Construindo a matriz dos cofatores, temos:
 
−3 1 1
C = −2 −2 −2
−2 −2 6

Logo, a matriz adjunta será:


 
−3 −2 −2
Adj (H) = C t =  1 −2 −2
1 −2 6

Temos que det(H) = −8

260 / 469
(continuação...)
Calculando a inversa:
1
H −1 = · Adj (H)
det(H)

261 / 469
(continuação...)
Calculando a inversa:
1
H −1 = · Adj (H)
det(H)
 
−3 −2 −2
1 
= · 1 −2 −2
−8 1 −2 6

262 / 469
(continuação...)
Calculando a inversa:
1
H −1 = · Adj (H)
det(H)
 
−3 −2 −2
1 
= · 1 −2 −2
−8 1 −2 6
 
3/8 1/4 1/4

= −1/8 1/4 1/4 


−1/8 1/4 −3/4

263 / 469
Toda matriz inversível é equivalente à matriz identidade, então,
podemos realizar operações elementares sobre uma matriz A,
até que consigamos obter a matriz identidade como resultado.

264 / 469
Toda matriz inversível é equivalente à matriz identidade, então,
podemos realizar operações elementares sobre uma matriz A,
até que consigamos obter a matriz identidade como resultado.

Seja uma composição da matriz A com a matriz identidade:


 
a11 a12 · · · a1n 1
| 0 ··· 0
 a21 a22 · · · a2n 0
| 1 ··· 0 
[A I] = 
|
· · · · · · · · · · · ·

· · · · · · · · · · · ·
|

an1 an2 · · · ann 0


| 0 ··· 1


[I A−1 ]
|

265 / 469
Exemplo
Encontre a inversa de H usando as operações e a matriz
identidade.  
2 −2 0
H = 1 2 1
0 1 −1

266 / 469
Exemplo
Encontre a inversa de H usando as operações e a matriz
identidade.  
2 −2 0
H = 1 2 1
0 1 −1

Solução.
Primeiro passo é montar a matriz estendida:
 
2 −2 0 | 1 0 0
[H I] = 1
|
 2 1 | 0 1 0
0 1 −1 | 1 0 0

267 / 469
(continuação).
Primeira operação, vamos deixar o número 1 na posição inicial:

1
N L 1 = L1
2

268 / 469
(continuação).
Primeira operação, vamos deixar o número 1 na posição inicial:
 
1 −1 0 |
1/2 0 0
1
N L1 = L1 ⇒ [H I] = 1 2
| 1 | 0 1 0
2 0 1 −1 | 1 0 0

269 / 469
(continuação).
Primeira operação, vamos deixar o número 1 na posição inicial:
 
1 −1 0 1/2 0
| 0
1
N L1 = L1 ⇒ [H I] = 1 2
| 1 0 1
| 0
2 0 1 −1 1 0
| 0

Agora vamos zerar o elemento abaixo desse 1:

N L 2 = L2 − L1

270 / 469
(continuação).
Primeira operação, vamos deixar o número 1 na posição inicial:
 
1 −1 0 1/2 0
| 0
1
N L1 = L1 ⇒ [H I] = 1 2
| 1 0 1
| 0
2 0 1 −1 1 0
| 0

Agora vamos zerar o elemento abaixo desse 1:


 
1 −1 0 |
1/2 0 0
N L2 = L2 − L1 ⇒ [H I] = 0 3
|
 1 |
− 1/2 1 0
0 1 −1 | 1 0 0

271 / 469
(continuação...)

N L1 = L1 + L3

272 / 469
(continuação...)
 
1 0 −1 |
1/2 0 1
N L1 = L1 + L3 ⇒ [H I] = 0 3 1
| |
− 1/2 1 0
0 1 −1 | 1 0 0

273 / 469
(continuação...)
 
1 0 −1 |
1/2 0 1
N L1 = L1 + L3 ⇒ [H I] = 0 3 1
| |
− 1/2 1 0
0 1 −1 | 1 0 0

N L2 = L2 −2L3

274 / 469
(continuação...)
 
1 0 −1 |
1/2 0 1
N L1 = L1 + L3 ⇒ [H I] = 0 3 1
| |
− 1/2 1 0
0 1 −1 | 1 0 0

 
1 0 −1 |
1/2 0 1
N L2 = L2 −2L3 ⇒ [H I] = 0 1 3
|
 |
− 1/2 1 −2
0 1 −1 | 1 0 0

275 / 469
(continuação...)

N L3 = L3 −L2

276 / 469
(continuação...)
 
1 0 −1 |
1/2 0 1
N L3 = L3 −L2 ⇒ [H I] = 0 1 3
| |
− 1/2 1 −2
0 0 −4 |
− 1/2 −1 3

277 / 469
(continuação...)
 
1 0 −1 |
1/2 0 1
N L3 = L3 −L2 ⇒ [H I] = 0 1 3
| |
− 1/2 1 −2
0 0 −4 |
− 1/2 −1 3

1
N L3 = − L3
4

278 / 469
(continuação...)
 
1 0 −1 |
1/2 0 1
N L3 = L3 −L2 ⇒ [H I] = 0 1 3
| |
− 1/2 1 −2
0 0 −4 |
− 1/2 −1 3

 
1 0 −1 |
1/2 0 1
1 − 1/2
N L3 = − L3 ⇒ [H I] = 0 1 3
|
 | 1 −2 
4 0 0 1 |
− 1/8 1/4 − 3/4

279 / 469
(continuação...)

N L1 = L1 +L3

280 / 469
(continuação...)
 
1 0 0 |
3/8 1/4 1/4

N L1 = L1 +L3 ⇒ [H I] = 0 1 3
| |
− 1/2 1 −2 
0 0 1 |
− 1/8 1/4 − 3/4

281 / 469
(continuação...)
 
1 0 0 |
3/8 1/4 1/4

N L1 = L1 +L3 ⇒ [H I] = 0 1 3
| |
− 1/2 1 −2 
0 0 1 |
− 1/8 1/4 − 3/4

N L2 = L2 −3L3

282 / 469
(continuação...)
 
1 0 0 |
3/8 1/4 1/4

N L1 = L1 +L3 ⇒ [H I] = 0 1 3
| |
− 1/2 1 −2 
0 0 1 |
− 1/8 1/4 − 3/4

 
1 0 0 |
3/8 1/4 1/4

N L2 = L2 −3L3 ⇒ [H I] = 0 1 0

| |
− 1/8 1/4 1/4 
0 0 1 |
− 1/8 1/4 − 3/4

283 / 469
(continuação...)
Como obtemos do lado esquerdo a matriz identidade, então,
do lado direito, temos a inversa de A.

284 / 469
(continuação...)
Como obtemos do lado esquerdo a matriz identidade, então,
do lado direito, temos a inversa de A.
 
3/8 1/4 1/4

H −1 =  − 1/8 1/4 1/4 


− 1/8 1/4 − 3/4

285 / 469
(continuação...)
Como obtemos do lado esquerdo a matriz identidade, então,
do lado direito, temos a inversa de A.
 
3/8 1/4 1/4

H −1 =  − 1/8 1/4 1/4 


− 1/8 1/4 − 3/4

Definição
Seja A uma matriz quadrada e A−1 a sua inversa, então:
1
det A−1 =

det(A)

286 / 469
Observação: No caso de uma matriz 2×2, podemos encontrar
sua inversa de uma forma mais simples:
 D −B 
   det(A) det(A) 
A B
A= ⇒ A−1 = 
 
C D

 −C A 
det(A) det(A)

287 / 469
Sumário

2 Determinantes
Definição
Propriedades dos Determinantes
Inversão de matrizes
Aplicações de Determinantes

288 / 469
A Equação de uma Reta:

289 / 469
A Equação de uma Reta:

Um dos métodos para se encontrar a equação de uma reta


(no plano) que passa por dois pontos A(xA , yA ) e
B(xB , yB ) conhecidos é:

x y 1

xA yA 1 = 0

xB yB 1

290 / 469
A Equação de uma Reta:

Um dos métodos para se encontrar a equação de uma reta


(no plano) que passa por dois pontos A(xA , yA ) e
B(xB , yB ) conhecidos é:

x y 1

xA yA 1 = 0

xB yB 1

Exemplo
Determine a equação da reta r que passa pelos pontos A(2, 1)
e B(3, 5).

291 / 469
Solução.
Substituindo as coordenadas dos pontos na equação dada acima,
temos:
x y 1

2 1 1 = 0

3 5 1

292 / 469
Solução.
Substituindo as coordenadas dos pontos na equação dada acima,
temos:
x y 1

2 1 1 = 0

3 5 1

Desenvolvendo o determinante, temos:


x + 3y + 10 − (3 + 5x + 2y) = 0

293 / 469
Solução.
Substituindo as coordenadas dos pontos na equação dada acima,
temos:
x y 1

2 1 1 = 0

3 5 1

Desenvolvendo o determinante, temos:


x + 3y + 10 − (3 + 5x + 2y) = 0
− 4x + y + 7 = 0

294 / 469
Solução.
Substituindo as coordenadas dos pontos na equação dada acima,
temos:
x y 1

2 1 1 = 0

3 5 1

Desenvolvendo o determinante, temos:


x + 3y + 10 − (3 + 5x + 2y) = 0
− 4x + y + 7 = 0
Assim, a equação da reta r que passa pelos pontos A e B é:
4x − y − 7 = 0

295 / 469
Solução.
Substituindo as coordenadas dos pontos na equação dada acima,
temos:
x y 1

2 1 1 = 0

3 5 1

Desenvolvendo o determinante, temos:


x + 3y + 10 − (3 + 5x + 2y) = 0
− 4x + y + 7 = 0
Assim, a equação da reta r que passa pelos pontos A e B é:
4x − y − 7 = 0

A equação da reta em questão, escrita na forma de função, será:

y = 4x − 7

296 / 469
297 / 469
A Equação da circunferência:

298 / 469
A Equação da circunferência:

Para três pontos conhecidos A(xA , yA ), B(xB , yB ) e


C(xC , yC ) distintos e não colineares no plano, teremos
uma circunferência. A sua equação pode ser dada por:
2
x + y 2 x y 1
2
xA + yA2 xA yA 1
xB + yB2 xB yB 1 = 0
2
2
xC + yC2 xC yC 1

299 / 469
A Equação da circunferência:

Para três pontos conhecidos A(xA , yA ), B(xB , yB ) e


C(xC , yC ) distintos e não colineares no plano, teremos
uma circunferência. A sua equação pode ser dada por:
2
x + y 2 x y 1
2
xA + yA2 xA yA 1
xB + yB2 xB yB 1 = 0
2
2
xC + yC2 xC yC 1

Exemplo
Encontre a equação da circunferência que passa pelos pontos
A(1, 7), B(6, 2) e C(4, 6).

300 / 469
Solução.
Substituindo as coordenadas dos pontos na equação dada acima,
temos:
2 2
x + y 2 x y 1 x + y 2 x y 1
2
1 + 72 1 7 1 50 1 7 1
2
6 + 22 =0 ⇒
40 =0
2 6 2 1 6 2 1
4 + 62

4 6 1 52 4 6 1

301 / 469
Solução.
Substituindo as coordenadas dos pontos na equação dada acima,
temos:
2 2
x + y 2 x y 1 x + y 2 x y 1
2
1 + 72 1 7 1 50 1 7 1
2
6 + 22 =0 ⇒
40 =0
2 6 2 1 6 2 1
4 + 62

4 6 1 52 4 6 1

Desenvolvendo o determinante, encontramos:

10x2 + 10y 2 − 20x − 40y − 200 = 0

302 / 469
Solução.
Substituindo as coordenadas dos pontos na equação dada acima,
temos:
2 2
x + y 2 x y 1 x + y 2 x y 1
2
1 + 72 1 7 1 50 1 7 1
2
6 + 22 =0 ⇒
40 =0
2 6 2 1 6 2 1
4 + 62

4 6 1 52 4 6 1

Desenvolvendo o determinante, encontramos:

10x2 + 10y 2 − 20x − 40y − 200 = 0


Simplificando a expressão, teremos a equação (geral) da
circunferência dada:
x2 + y 2 − 2x − 4y − 20 = 0

303 / 469
Solução.
Substituindo as coordenadas dos pontos na equação dada acima,
temos:
2 2
x + y 2 x y 1 x + y 2 x y 1
2
1 + 72 1 7 1 50 1 7 1
2
6 + 22 =0 ⇒
40 =0
2 6 2 1 6 2 1
4 + 62

4 6 1 52 4 6 1

Desenvolvendo o determinante, encontramos:

10x2 + 10y 2 − 20x − 40y − 200 = 0


Simplificando a expressão, teremos a equação (geral) da
circunferência dada:
x2 + y 2 − 2x − 4y − 20 = 0
Escrevendo a equação encontrada na forma padrão (reduzida) da
circunferência:
(x − 1)2 + (y − 2)2 = 25

304 / 469
Solução.
Substituindo as coordenadas dos pontos na equação dada acima,
temos:
2 2
x + y 2 x y 1 x + y 2 x y 1
2
1 + 72 1 7 1 50 1 7 1
2
6 + 22 =0 ⇒
40 =0
2 6 2 1 6 2 1
4 + 62

4 6 1 52 4 6 1

Desenvolvendo o determinante, encontramos:

10x2 + 10y 2 − 20x − 40y − 200 = 0


Simplificando a expressão, teremos a equação (geral) da
circunferência dada:
x2 + y 2 − 2x − 4y − 20 = 0
Escrevendo a equação encontrada na forma padrão (reduzida) da
circunferência:
(x − 1)2 + (y − 2)2 = 25
Assim, a circunferência em questão tem centro de coordenadas (1, 2)
e raio r = 5.
305 / 469
306 / 469
A Equação de um plano:

307 / 469
A Equação de um plano:

Podemos utilizar um método análogo aos anteriores para


encontrar a equação de um plano no espaço
tridimensional, conhecendo três pontos A(xA , yA , zA ),
B(xB , yB , zB ) e C(xC , yC , zC ) distintos e não
colineares:
x y z 1

xA yA zA 1
xB yB zB 1 = 0


xC yC zC 1

308 / 469
A Equação de um plano:

Podemos utilizar um método análogo aos anteriores para


encontrar a equação de um plano no espaço
tridimensional, conhecendo três pontos A(xA , yA , zA ),
B(xB , yB , zB ) e C(xC , yC , zC ) distintos e não
colineares:
x y z 1

xA yA zA 1
xB yB zB 1 = 0


xC yC zC 1

Exemplo
Determine a equação do plano que passa pelos pontos (não
colineares) A(2, 1, 1), B(0, 3, 0) e C(−2, 1, 7).

309 / 469
Solução.
Substituindo as coordenadas dos pontos na equação dada
acima, temos:
x y z 1

2 1 1 1

0 3 0 =0
1
−2 1 7 1

310 / 469
Solução.
Substituindo as coordenadas dos pontos na equação dada
acima, temos:
x y z 1

2 1 1 1

0 3 0 =0
1
−2 1 7 1

Desenvolvendo o determinante, encontramos:


3x + 4y + 2z − 12 = 0

311 / 469
312 / 469
Sumário

3 Sistema de equações lineares


Definição
Matrizes associadas a um sistema de equações
Classificação de um sistema de equações
Métodos para resolução de Sistemas Lineares
Interpretação gráfica de um sistema linear 2 × 2
Discussão de um sistema através de um parâmetro
Aplicações de Sistemas Lineares

313 / 469
Algumas aplicações dos sistemas de equações lineares:

314 / 469
Algumas aplicações dos sistemas de equações lineares:

Determinar função;

315 / 469
Algumas aplicações dos sistemas de equações lineares:

Determinar função;

Alocação de Recursos;

316 / 469
Algumas aplicações dos sistemas de equações lineares:

Determinar função;

Alocação de Recursos;

Balanceamento de Equações Químicas;

317 / 469
Algumas aplicações dos sistemas de equações lineares:

Determinar função;

Alocação de Recursos;

Balanceamento de Equações Químicas;

Distribuição de Temperaturas numa Placa Metálica;

318 / 469
Algumas aplicações dos sistemas de equações lineares:

Determinar função;

Alocação de Recursos;

Balanceamento de Equações Químicas;

Distribuição de Temperaturas numa Placa Metálica;

Propriedade da Temperatura Média;

319 / 469
Algumas aplicações dos sistemas de equações lineares:

Determinar função;

Alocação de Recursos;

Balanceamento de Equações Químicas;

Distribuição de Temperaturas numa Placa Metálica;

Propriedade da Temperatura Média;

Circuitos Elétricos;

320 / 469
Algumas aplicações dos sistemas de equações lineares:

Determinar função;

Alocação de Recursos;

Balanceamento de Equações Químicas;

Distribuição de Temperaturas numa Placa Metálica;

Propriedade da Temperatura Média;

Circuitos Elétricos;

Engenharia (Construção de estruturas)

321 / 469
Definição
Toda equação onde podemos escrever o conjunto de varáveis
xi multiplicadas por pesos sempre constantes reais ai
chamamos de equação linear:

a1 x 1 + a2 x 2 + · · · + an x n = b
com ai , b ∈ R.

322 / 469
Definição
Toda equação onde podemos escrever o conjunto de varáveis
xi multiplicadas por pesos sempre constantes reais ai
chamamos de equação linear:

a1 x 1 + a2 x 2 + · · · + an x n = b
com ai , b ∈ R.

Definição
Uma sequência ordenada ou n−upla de números reais
(α1 , α2 , . . . , αn ) é solução da equação
a1 x 1 + a2 x 2 + · · · + an x n = b
se, e somente se, a expressão

a1 α 1 + a2 α 2 + · · · + an α n = b
for verdadeira.
323 / 469
Definição
Um sistema de equações lineares (ou sistema linear) é
uma coleção de duas os mais equações lineares envolvendo as
mesmas variáveis, digamos x1 , x2 , . . . , xn .

Considere um conjunto de m equações lineares com n


variáveis x1 , x2 , . . . , xn :
a11 x1 + a12 x2 + · · · + a1n xn =

 b1
 a21 x1 + a22 x2 + · · · + a2n xn =

b2
.. .. .. .. .. .. .. .. ..
 . . . . . . . . .


am1 x1 + am2 x2 + · · · + amn xn = bm

aij ∈ R; 1 ≤ i ≤ m; 1 ≤ i ≤ n

bi ∈ R, i = 1, . . . , m.

324 / 469
Definição
Um sistema é dito homogêneo quando o termo independente
de cada uma de suas equações é igual a zero.
a11 x1 + a12 x2 + · · · + a1n xn

 = 0
 a21 x1 + a22 x2 + · · · + a2n xn

= 0
.. .. .. .. .. .. .. .. ..

 . . . . . . . . .
am1 x1 + am2 x2 + · · · + amn xn

= 0

325 / 469
Definição
Um sistema é dito homogêneo quando o termo independente
de cada uma de suas equações é igual a zero.
a11 x1 + a12 x2 + · · · + a1n xn

 = 0
 a21 x1 + a22 x2 + · · · + a2n xn

= 0
.. .. .. .. .. .. .. .. ..

 . . . . . . . . .
am1 x1 + am2 x2 + · · · + amn xn

= 0

Exemplo
O sistema abaixo é homogêneo

 x + y + 2z = 0
4x − y − z = 0
x + 2y + z = 0

326 / 469
Observações:

A n−upla de números reais (0, 0, . . . , 0) é sempre uma


solução do sistema homogêneo com n variáveis, é
chamada de solução trivial do sistema.

327 / 469
Observações:

A n−upla de números reais (0, 0, . . . , 0) é sempre uma


solução do sistema homogêneo com n variáveis, é
chamada de solução trivial do sistema.

Um sistema homogêneo é sempre possível, pois possui, ao


menos, a solução nula.

328 / 469
Sumário

3 Sistema de equações lineares


Definição
Matrizes associadas a um sistema de equações
Classificação de um sistema de equações
Métodos para resolução de Sistemas Lineares
Interpretação gráfica de um sistema linear 2 × 2
Discussão de um sistema através de um parâmetro
Aplicações de Sistemas Lineares

329 / 469
Definição
Dado o sistema de equações
+ a12 x2 + · · ·

a x + a1n xn = b1
 11 1

 a21 x1 + a22 x2 + · · · + a2n xn = b2
.. .. .. .. ... .. .. .. ..
 . . . . . . . .


am1 x1 + am2 x2 + · · · + amn xn = bm
a matriz
a11 a12 · · · a1n
 
 a21 a22 · · · a2n 
 . .. .. .. 
 .. . . . 
am1 am2 · · · amn
é denominada matriz dos coeficientes e a matriz
a11 a12 · · · a1n | b1
 
 a21 a22 · · · a2n | b2 
 . .. .. .. . 
 .. . . . | .. 
am1 am2 · · · amn | bm
é chamada matriz ampliada do sistema em pauta.
330 / 469
Exemplo
Consideremos o sistema

 x + 2y − z = 0
2x − y + 3z = 10
x + y + z = 4

331 / 469
Exemplo
Consideremos o sistema

 x + 2y − z = 0
2x − y + 3z = 10
x + y + z = 4

A matriz dos coeficientes é:


 
1 2 −1
2 −1 3 
1 1 1

332 / 469
Exemplo
Consideremos o sistema

 x + 2y − z = 0
2x − y + 3z = 10
x + y + z = 4

A matriz dos coeficientes é:


 
1 2 −1
2 −1 3 
1 1 1

A matriz aumentada é:
 
1 2 −1 | 0
2 −1 3 | 10
1 1 1 | 4

333 / 469
Dado um sistema de equações
a11 x1 + a12 x2 + · · ·

 + a1n xn = b1
 a21 x1 + a22 x2 + · · ·

+ a2n xn = b2
.. .. .. .. .. .. .. .. ..
 . . . . . . . . .


am1 x1 + am2 x2 + · · · + amn xn = bm
considera-se as matrizes:

334 / 469
Dado um sistema de equações
a11 x1 + a12 x2 + · · ·

 + a1n xn = b1
 a21 x1 + a22 x2 + · · ·

+ a2n xn = b2
.. .. .. .. .. .. .. .. ..
 . . . . . . . . .


am1 x1 + am2 x2 + · · · + amn xn = bm
considera-se as matrizes:
a11 a12 · · · a1n x1 b1
     
 a21 a22 · · · a2n   x2  b 
 , e b =  .2 
A=  ... ..
.
..
.
.. 
. 
, X= .
 ..   .. 
am1 am2 · · · amn xn bm

335 / 469
Dado um sistema de equações
a11 x1 + a12 x2 + · · ·

 + a1n xn = b1
 a21 x1 + a22 x2 + · · ·

+ a2n xn = b2
.. .. .. .. .. .. .. .. ..
 . . . . . . . . .


am1 x1 + am2 x2 + · · · + amn xn = bm
considera-se as matrizes:
a11 a12 · · · a1n x1 b1
     
 a21 a22 · · · a2n   x2  b 
 , e b =  .2 
A=  ... ..
.
..
.
.. 
. 
, X= .
 ..   .. 
am1 am2 · · · amn xn bm
Então o sistema linear pode ser representado da seguinte forma:

AX = b

336 / 469
Definição
O conjunto de todas as soluções possíveis é chamado
conjunto solução do sistema.

337 / 469
Definição
O conjunto de todas as soluções possíveis é chamado
conjunto solução do sistema.

Exemplo
O sistema 
x + y + z = 6
S : 2x + y − z = 1
3x − y + z = 4

admite como solução a tripla ordenada (1, 2, 3) pois verifica


cada uma das três equações.

338 / 469
Sumário

3 Sistema de equações lineares


Definição
Matrizes associadas a um sistema de equações
Classificação de um sistema de equações
Métodos para resolução de Sistemas Lineares
Interpretação gráfica de um sistema linear 2 × 2
Discussão de um sistema através de um parâmetro
Aplicações de Sistemas Lineares

339 / 469
Definição
Quando um sistema de equações admite apenas uma
solução, dizemos que ele é possível e determinado.

340 / 469
Definição
Quando um sistema de equações admite apenas uma
solução, dizemos que ele é possível e determinado.

Definição
Quando um sistema de equações admite mais do que uma
solução, dizemos que ele é possível e indeterminado.

341 / 469
Definição
Quando um sistema de equações admite apenas uma
solução, dizemos que ele é possível e determinado.

Definição
Quando um sistema de equações admite mais do que uma
solução, dizemos que ele é possível e indeterminado.

Definição
Dizemos que um sistema de equações é impossível quando
ele não possui solução.

342 / 469
Exemplo
Resolvendo o sistema

x + y = 8
S:
2x − y = 1

encontramos como solução o par ordenado (3, 5). Assim,


dizemos que o sistema é possível e determinado.

343 / 469
Exemplo
Resolvendo o sistema

x + y = 8
S:
2x − y = 1

encontramos como solução o par ordenado (3, 5). Assim,


dizemos que o sistema é possível e determinado.

Nenhum par ordenado satisfaz simultaneamente as equações



x + y = 10
S:
−x − y = 10

Portanto, o sistema é impossível

344 / 469
Sumário

3 Sistema de equações lineares


Definição
Matrizes associadas a um sistema de equações
Classificação de um sistema de equações
Métodos para resolução de Sistemas Lineares
Interpretação gráfica de um sistema linear 2 × 2
Discussão de um sistema através de um parâmetro
Aplicações de Sistemas Lineares

345 / 469
1. Método da Substituição:
Consideremos o sistema:

2x − y = 0
x + 3y = 7

346 / 469
1. Método da Substituição:
Consideremos o sistema:

2x − y = 0
x + 3y = 7

Resolução.
Inicialmente, isolamos uma das incógnitas, neste caso,
escolhemos a incógnita x da equação (II):

347 / 469
1. Método da Substituição:
Consideremos o sistema:

2x − y = 0
x + 3y = 7

Resolução.
Inicialmente, isolamos uma das incógnitas, neste caso,
escolhemos a incógnita x da equação (II):
2x − y = 0

x + 3y = 7 ⇒ x = 7 − 3y (III)

348 / 469
1. Método da Substituição:
Consideremos o sistema:

2x − y = 0
x + 3y = 7

Resolução.
Inicialmente, isolamos uma das incógnitas, neste caso,
escolhemos a incógnita x da equação (II):
2x − y = 0

x + 3y = 7 ⇒ x = 7 − 3y (III)

349 / 469
(continuação...)
Agora, na equação (I), substituiremos a equação (III):

350 / 469
(continuação...)
Agora, na equação (I), substituiremos a equação (III):

2x − y = 0

351 / 469
(continuação...)
Agora, na equação (I), substituiremos a equação (III):

2x − y = 0
2(7 − 3y) − y = 0

352 / 469
(continuação...)
Agora, na equação (I), substituiremos a equação (III):

2x − y = 0
2(7 − 3y) − y = 0
14 − 6y − y = 0

353 / 469
(continuação...)
Agora, na equação (I), substituiremos a equação (III):

2x − y = 0
2(7 − 3y) − y = 0
14 − 6y − y = 0
14 − 7y = 0

354 / 469
(continuação...)
Agora, na equação (I), substituiremos a equação (III):

2x − y = 0
2(7 − 3y) − y = 0
14 − 6y − y = 0
14 − 7y = 0
− 7y = −14

355 / 469
(continuação...)
Agora, na equação (I), substituiremos a equação (III):

2x − y = 0
2(7 − 3y) − y = 0
14 − 6y − y = 0
14 − 7y = 0
− 7y = −14
y = 2

356 / 469
(continuação...)
Então, substituímos o valor y = 2 na equação (III).

357 / 469
(continuação...)
Então, substituímos o valor y = 2 na equação (III).
x = 7 − 3y

358 / 469
(continuação...)
Então, substituímos o valor y = 2 na equação (III).
x = 7 − 3y
x = 7 − 3(2)

359 / 469
(continuação...)
Então, substituímos o valor y = 2 na equação (III).
x = 7 − 3y
x = 7 − 3(2)
x = 7−6

360 / 469
(continuação...)
Então, substituímos o valor y = 2 na equação (III).
x = 7 − 3y
x = 7 − 3(2)
x = 7−6
x = 1

361 / 469
(continuação...)
Então, substituímos o valor y = 2 na equação (III).
x = 7 − 3y
x = 7 − 3(2)
x = 7−6
x = 1
Logo, o conjunto solução do sistema é: S = {(1, 2)}

362 / 469
2. Método da Adição:
Vamos considerar o mesmo sistema do exemplo anterior:

2x − y = 0
x + 3y = 7

363 / 469
2. Método da Adição:
Vamos considerar o mesmo sistema do exemplo anterior:

2x − y = 0
x + 3y = 7

Solução.
Escolhemos multiplicar por (−2) a 2ª equação para
eliminarmos a incógnita x:

364 / 469
2. Método da Adição:
Vamos considerar o mesmo sistema do exemplo anterior:

2x − y = 0
x + 3y = 7

Solução.
Escolhemos multiplicar por (−2) a 2ª equação para
eliminarmos a incógnita x:

2x − y = 0
−2x − 6y = −14

365 / 469
(continuação...)
Adicionando as colunas com termos semelhantes, temos:
2x − y = 0
−2x − 6y = 14

366 / 469
(continuação...)
Adicionando as colunas com termos semelhantes, temos:
2x − y = 0
−2x − 6y = 14
− 7y = −14

367 / 469
(continuação...)
Adicionando as colunas com termos semelhantes, temos:
2x − y = 0
−2x − 6y = 14
− 7y = −14
y = 2

368 / 469
(continuação...)
Adicionando as colunas com termos semelhantes, temos:
2x − y = 0
−2x − 6y = 14
− 7y = −14
y = 2
Agora, basta substituir o valor encontrado y = 2 em qualquer
uma das equações do sistema. Então:

369 / 469
(continuação...)
Adicionando as colunas com termos semelhantes, temos:
2x − y = 0
−2x − 6y = 14
− 7y = −14
y = 2
Agora, basta substituir o valor encontrado y = 2 em qualquer
uma das equações do sistema. Então:
x + 3y = 7

370 / 469
(continuação...)
Adicionando as colunas com termos semelhantes, temos:
2x − y = 0
−2x − 6y = 14
− 7y = −14
y = 2
Agora, basta substituir o valor encontrado y = 2 em qualquer
uma das equações do sistema. Então:
x + 3y = 7
x + 3(2) = 7

371 / 469
(continuação...)
Adicionando as colunas com termos semelhantes, temos:
2x − y = 0
−2x − 6y = 14
− 7y = −14
y = 2
Agora, basta substituir o valor encontrado y = 2 em qualquer
uma das equações do sistema. Então:
x + 3y = 7
x + 3(2) = 7
x = 7−6

372 / 469
(continuação...)
Adicionando as colunas com termos semelhantes, temos:
2x − y = 0
−2x − 6y = 14
− 7y = −14
y = 2
Agora, basta substituir o valor encontrado y = 2 em qualquer
uma das equações do sistema. Então:
x + 3y = 7
x + 3(2) = 7
x = 7−6
x = 1

373 / 469
(continuação...)
Adicionando as colunas com termos semelhantes, temos:
2x − y = 0
−2x − 6y = 14
− 7y = −14
y = 2
Agora, basta substituir o valor encontrado y = 2 em qualquer
uma das equações do sistema. Então:
x + 3y = 7
x + 3(2) = 7
x = 7−6
x = 1
Logo, o conjunto solução do sistema é: S = {(1, 2)}

374 / 469
3. Regra de Cramer:
Seja um sistema linear quadrado na forma matricial. Conside-
rando:

375 / 469
3. Regra de Cramer:
Seja um sistema linear quadrado na forma matricial. Conside-
rando:

D o determinante da matriz dos coeficientes das


incógnitas (chamaremos de determinante principal);

376 / 469
3. Regra de Cramer:
Seja um sistema linear quadrado na forma matricial. Conside-
rando:

D o determinante da matriz dos coeficientes das


incógnitas (chamaremos de determinante principal);

Di o determinante da matriz modificada através da


troca da i-ésima coluna pela coluna dos termos
independentes.

377 / 469
3. Regra de Cramer:
Seja um sistema linear quadrado na forma matricial. Conside-
rando:

D o determinante da matriz dos coeficientes das


incógnitas (chamaremos de determinante principal);

Di o determinante da matriz modificada através da


troca da i-ésima coluna pela coluna dos termos
independentes.

Podemos encontrar o conjunto solução do sistema de n variá-


veis, fazendo:
Di
xi = , ∀ i ∈ {1, 2, . . . , n} com D 6= 0 para SPD
D

378 / 469
Consideremos como exemplo, o sistema linear:

x + y + z = 6
x − y − z = −4
2x − y + z = 1

379 / 469
Consideremos como exemplo, o sistema linear:

x + y + z = 6
x − y − z = −4
2x − y + z = 1

Escrevendo na forma matricial, temos:


    
1 1 1 x 6
1 −1 −1 y  = −4
2 −1 1 z 1

380 / 469
Consideremos como exemplo, o sistema linear:

x + y + z = 6
x − y − z = −4
2x − y + z = 1

Escrevendo na forma matricial, temos:


    
1 1 1 x 6
1 −1 −1 y  = −4
2 −1 1 z 1

Onde temos que:



1 1 1
D = 1 −1 −1 = −4 (Determinante Principal)


2 −1 1

381 / 469
Para calcularmos Dx , trocamos a coluna da variável x pela co-
luna dos termos independentes.

382 / 469
Para calcularmos Dx , trocamos a coluna da variável x pela co-
luna dos termos independentes.

6 1 1

Dx = −4 −1 −1 = −4
1 −1 1

383 / 469
Para calcularmos Dx , trocamos a coluna da variável x pela co-
luna dos termos independentes.

6 1 1
Dx −4
Dx = −4 −1 −1 = −4 ⇒ x = = =1
1 −1 1 D −4

384 / 469
Para calcularmos Dx , trocamos a coluna da variável x pela co-
luna dos termos independentes.

6 1 1
Dx −4
Dx = −4 −1 −1 = −4 ⇒ x = = =1
1 −1 1 D −4

Usaremos o mesmo procedimento para calcularmos Dy :

385 / 469
Para calcularmos Dx , trocamos a coluna da variável x pela co-
luna dos termos independentes.

6 1 1
Dx −4
Dx = −4 −1 −1 = −4 ⇒ x = = =1
1 −1 1 D −4

Usaremos o mesmo procedimento para calcularmos Dy :



1 6 1

Dy = 1 −4 −1 = −12
2 1 1

386 / 469
Para calcularmos Dx , trocamos a coluna da variável x pela co-
luna dos termos independentes.

6 1 1
Dx −4
Dx = −4 −1 −1 = −4 ⇒ x = = =1
1 −1 1 D −4

Usaremos o mesmo procedimento para calcularmos Dy :



1 6 1
Dy −12
Dy = 1 −4 −1 = −12 ⇒ y = = =3
2 1 1 D −4

387 / 469
Para calcularmos Dx , trocamos a coluna da variável x pela co-
luna dos termos independentes.

6 1 1
Dx −4
Dx = −4 −1 −1 = −4 ⇒ x = = =1
1 −1 1 D −4

Usaremos o mesmo procedimento para calcularmos Dy :



1 6 1
Dy −12
Dy = 1 −4 −1 = −12 ⇒ y = = =3
2 1 1 D −4

Substituindo os valores x = 1 e y = 3 na primeira equação do


sistema, temos z = 2.

388 / 469
Caso desejássemos calcular também o valor de z pela Regra de
Cramer, teríamos:

389 / 469
Caso desejássemos calcular também o valor de z pela Regra de
Cramer, teríamos:

1 1 6
Dz −8
Dz = 1 −1 −4 = −8 ⇒ z = = =2
2 −1 1 D −4

390 / 469
Caso desejássemos calcular também o valor de z pela Regra de
Cramer, teríamos:

1 1 6
Dz −8
Dz = 1 −1 −4 = −8 ⇒ z = = =2
2 −1 1 D −4

Logo, a solução do sistema em questão é: S = {(1, 3, 2)}.

391 / 469
Discussão de um Sistema Linear através da Regra de Cramer:

Possível e determinado:
Se D 6= 0 então o sistema possui uma única
solução.

392 / 469
Discussão de um Sistema Linear através da Regra de Cramer:

Possível e determinado:
Se D 6= 0 então o sistema possui uma única
solução.

Impossível:
Se D = 0 e ALGUM dos Di 6= 0.

393 / 469
Discussão de um Sistema Linear através da Regra de Cramer:

Possível e determinado:
Se D 6= 0 então o sistema possui uma única
solução.

Impossível:
Se D = 0 e ALGUM dos Di 6= 0.

Possível e indeterminado:
Se D = 0 e TODOS os Di = 0, para
i = 1, 2, . . . n.

394 / 469
Escalonamento (ou eliminação) de Gauss

Observe os dois sistemas a seguir. Eles são equivalentes e,


portanto, têm a mesma solução.

x + y + z = 7
(i) 2x + 3y − z = 13
3x − y + 2z = 12

x + y + z = 7
(ii) y − 3z = −1
 13z = −13

395 / 469
Escalonamento (ou eliminação) de Gauss

Observe os dois sistemas a seguir. Eles são equivalentes e,


portanto, têm a mesma solução.

x + y + z = 7
(i) 2x + 3y − z = 13
3x − y + 2z = 12

x + y + z = 7
(ii) y − 3z = −1
 13z = −13
O sistema (ii) é dito escalonado, pois cada equação tem uma
variável a menos, até que a última equação apresente apenas
uma variável.

396 / 469
Inicialmente, vamos resolver o sistema (ii):

x + y + z = 7
y − 3z = −1
13z = −13

397 / 469
Inicialmente, vamos resolver o sistema (ii):

x + y + z = 7
y − 3z = −1
13z = −13

Como a última equação tem apenas uma incógnita, podemos


usar a substituição.

398 / 469
Inicialmente, vamos resolver o sistema (ii):

x + y + z = 7
y − 3z = −1
13z = −13

Como a última equação tem apenas uma incógnita, podemos


usar a substituição.

Então, a solução do sistema é: S = {(4, 2, 1)}.

399 / 469
Para escalonarmos um sistema realizaremos as operações ele-
mentares com as linhas.

400 / 469
Para escalonarmos um sistema realizaremos as operações ele-
mentares com as linhas.

Trocar duas (ou mais) linhas de posição.

401 / 469
Para escalonarmos um sistema realizaremos as operações ele-
mentares com as linhas.

Trocar duas (ou mais) linhas de posição.

Multiplicar uma linha por uma constante não nula.

402 / 469
Para escalonarmos um sistema realizaremos as operações ele-
mentares com as linhas.

Trocar duas (ou mais) linhas de posição.

Multiplicar uma linha por uma constante não nula.

Somar um múltiplo escalar de uma linha com outra linha.

403 / 469
Exemplo
Escalone e determine o conjunto verdade do sistema linear

x + 2y − z = 3
2x + 3y + z = 9
3x − y − 2z = −10

404 / 469
Exemplo
Escalone e determine o conjunto verdade do sistema linear

x + 2y − z = 3
2x + 3y + z = 9
3x − y − 2z = −10

Solução.
Usando as operações N L2 = L2 − 2L1 e N L3 = L3 − 3L1 ,
temos:

405 / 469
Exemplo
Escalone e determine o conjunto verdade do sistema linear

x + 2y − z = 3
2x + 3y + z = 9
3x − y − 2z = −10

Solução.
Usando as operações N L2 = L2 − 2L1 e N L3 = L3 − 3L1 ,
temos: 
x + 2y − z = 3
− y + 3z = 3
− 7y + z = −19

406 / 469
(continuação...)
Agora, usaremos N L3 = L3 − 7L2 :

407 / 469
(continuação...)
Agora, usaremos N L3 = L3 − 7L2 :

x + 2y − z = 3
− y + 3z = 3
− 20z = −40

408 / 469
(continuação...)
Agora, usaremos N L3 = L3 − 7L2 :

x + 2y − z = 3
− y + 3z = 3
− 20z = −40

Já podemos usar a substituição, logo, o conjunto verdade do


sistema dado é: V = {(−1, 3, 2)}.

409 / 469
(continuação...)
Agora, usaremos N L3 = L3 − 7L2 :

x + 2y − z = 3
− y + 3z = 3
− 20z = −40

Já podemos usar a substituição, logo, o conjunto verdade do


sistema dado é: V = {(−1, 3, 2)}.

Observe que o sistema é do tipo Possível Determinado.

410 / 469
Exemplo
Determine o conjunto verdade do sistema linear

x − y − z = 10
2x − y + 3z = 9
4x − 3y + z = 29

411 / 469
Exemplo
Determine o conjunto verdade do sistema linear

x − y − z = 10
2x − y + 3z = 9
4x − 3y + z = 29

Solução.
Usaremos a matriz aumentada:
..
 
1 −1 −1 . 10
 .. 
2 −1 3 . 9
..
 
4 −3 1 . 29

412 / 469
(continuação...)
Usando as operações N L2 = L2 − 2L2 e N L3 = L3 − 4L2 ,
temos:
..
 
1 −1 −1 . 10
 .. 
0 1 5 . −11
..
 
0 1 5 . −11

413 / 469
(continuação...)
Usando as operações N L2 = L2 − 2L2 e N L3 = L3 − 4L2 ,
temos:
..
 
1 −1 −1 . 10
 .. 
0 1 5 . −11
..
 
0 1 5 . −11
Fazendo N L3 = L3 − L2 :
..
 
1 −1 −1 . 10
.
5 .. −11
 
0 1
..
 
0 0 0 . 0

414 / 469
(continuação...)
Como a (última) linha é totalmente nula, temos que o sistema
é SPI, logo ele possui infinitas soluções.

415 / 469
(continuação...)
Como a (última) linha é totalmente nula, temos que o sistema
é SPI, logo ele possui infinitas soluções.

Fazendo z = a (sendo a um número real) e substituindo este


valor na segunda equação do sistema escalonado. Então:

416 / 469
(continuação...)
Como a (última) linha é totalmente nula, temos que o sistema
é SPI, logo ele possui infinitas soluções.

Fazendo z = a (sendo a um número real) e substituindo este


valor na segunda equação do sistema escalonado. Então:

y + 5z = −11

417 / 469
(continuação...)
Como a (última) linha é totalmente nula, temos que o sistema
é SPI, logo ele possui infinitas soluções.

Fazendo z = a (sendo a um número real) e substituindo este


valor na segunda equação do sistema escalonado. Então:

y + 5z = −11
y + 5a = −11

418 / 469
(continuação...)
Como a (última) linha é totalmente nula, temos que o sistema
é SPI, logo ele possui infinitas soluções.

Fazendo z = a (sendo a um número real) e substituindo este


valor na segunda equação do sistema escalonado. Então:

y + 5z = −11
y + 5a = −11
y = −11 − 5a

419 / 469
(continuação...)
Como a (última) linha é totalmente nula, temos que o sistema
é SPI, logo ele possui infinitas soluções.

Fazendo z = a (sendo a um número real) e substituindo este


valor na segunda equação do sistema escalonado. Então:

y + 5z = −11
y + 5a = −11
y = −11 − 5a
Substituindo na primeira equação, temos x = −1 − 4a.

420 / 469
(continuação...)
Como a (última) linha é totalmente nula, temos que o sistema
é SPI, logo ele possui infinitas soluções.

Fazendo z = a (sendo a um número real) e substituindo este


valor na segunda equação do sistema escalonado. Então:

y + 5z = −11
y + 5a = −11
y = −11 − 5a
Substituindo na primeira equação, temos x = −1 − 4a.

Logo a solução do sistema é:


S = {(−1 − 4a, −11 − 5a, a), a ∈ R}.

421 / 469
Exemplo
Determine o conjunto verdade do sistema linear

x + y − z = 1
2x + 3y − 3z = 3
x − 3y + 3z = 2

422 / 469
Exemplo
Determine o conjunto verdade do sistema linear

x + y − z = 1
2x + 3y − 3z = 3
x − 3y + 3z = 2

Solução.
Usando o processo de escalonamento, chegaremos no seguinte
sistema:

423 / 469
Exemplo
Determine o conjunto verdade do sistema linear

x + y − z = 1
2x + 3y − 3z = 3
x − 3y + 3z = 2

Solução.
Usando o processo de escalonamento, chegaremos no seguinte
sistema: 
x + y − z = 1
y − z = 1
 0z = 5

424 / 469
Exemplo
Determine o conjunto verdade do sistema linear

x + y − z = 1
2x + 3y − 3z = 3
x − 3y + 3z = 2

Solução.
Usando o processo de escalonamento, chegaremos no seguinte
sistema: 
x + y − z = 1
y − z = 1
 0z = 5
Assim, o sistema impossível e tem seu conjunto solução vazio,
e escrevemos: S = ∅.

425 / 469
Sumário

3 Sistema de equações lineares


Definição
Matrizes associadas a um sistema de equações
Classificação de um sistema de equações
Métodos para resolução de Sistemas Lineares
Interpretação gráfica de um sistema linear 2 × 2
Discussão de um sistema através de um parâmetro
Aplicações de Sistemas Lineares

426 / 469
Equações do tipo
ax + by = c
com a, b 6= 0 representam retas. Assim, resolver um sistema de
duas equações e duas variáveis equivale a encontrar posições
relativas às retas.

427 / 469
Equações do tipo
ax + by = c
com a, b 6= 0 representam retas. Assim, resolver um sistema de
duas equações e duas variáveis equivale a encontrar posições
relativas às retas.

Seja o sistema:

a11 x + a12 y = b1
S:
a21 x + a22 y = b2

Então deverá ocorrer exatamente uma das seguintes situações:

428 / 469
(a) Retas concorrentes - solução única que é o ponto de
interseção das retas

429 / 469
(b) Retas paralelas - não tem solução

430 / 469
(c) Retas coincidentes - infinitas soluções

431 / 469
Sumário

3 Sistema de equações lineares


Definição
Matrizes associadas a um sistema de equações
Classificação de um sistema de equações
Métodos para resolução de Sistemas Lineares
Interpretação gráfica de um sistema linear 2 × 2
Discussão de um sistema através de um parâmetro
Aplicações de Sistemas Lineares

432 / 469
Discutir um sistema linear através de um parâmetro é identificar
os valores que um ou mais parâmetros podem assumir para que
o sistema seja classificado como SPD, SPI ou SI.

433 / 469
Discutir um sistema linear através de um parâmetro é identificar
os valores que um ou mais parâmetros podem assumir para que
o sistema seja classificado como SPD, SPI ou SI.

Exemplo
Faça a discussão, em função do valor de m, do sistema linear:

x + y = 3
2x + my = 2

434 / 469
Discutir um sistema linear através de um parâmetro é identificar
os valores que um ou mais parâmetros podem assumir para que
o sistema seja classificado como SPD, SPI ou SI.

Exemplo
Faça a discussão, em função do valor de m, do sistema linear:

x + y = 3
2x + my = 2

Para efeito de comparação, vamos discutir o sistema através de


dois métodos diferentes:

435 / 469
Discutir um sistema linear através de um parâmetro é identificar
os valores que um ou mais parâmetros podem assumir para que
o sistema seja classificado como SPD, SPI ou SI.

Exemplo
Faça a discussão, em função do valor de m, do sistema linear:

x + y = 3
2x + my = 2

Para efeito de comparação, vamos discutir o sistema através de


dois métodos diferentes:

Através da Regra de Cramer


Através do Escalonamento

436 / 469
Solução.
Através da Regra de Cramer, temos:

1 1
D = =m−2 ⇒ D =m−2
2 m

437 / 469
Solução.
Através da Regra de Cramer, temos:

1 1
D = =m−2 ⇒ D =m−2
2 m
Assim:
Se D 6= 0 então o sistema é do tipo SPD.

438 / 469
Solução.
Através da Regra de Cramer, temos:

1 1
D = =m−2 ⇒ D =m−2
2 m
Assim:
Se D 6= 0 então o sistema é do tipo SPD.

Se D = 0 então o sistema é do tipo SPI ou SI.

439 / 469
Solução.
Através da Regra de Cramer, temos:

1 1
D = =m−2 ⇒ D =m−2
2 m
Assim:
Se D 6= 0 então o sistema é do tipo SPD.

Se D = 0 então o sistema é do tipo SPI ou SI.

Ou seja:
m − 2 6= 0 ⇒ m 6= 2 é SPD.
m−2=0 ⇒ m=2

440 / 469
(continuação...)
Entretanto quando m = 2 não sabemos se o sistema é SPI ou
SI.

441 / 469
(continuação...)
Entretanto quando m = 2 não sabemos se o sistema é SPI ou
SI.

Então faremos a substituição do valor de m no sistema para


identificar qual caso ocorre.

442 / 469
(continuação...)
Entretanto quando m = 2 não sabemos se o sistema é SPI ou
SI.

Então faremos a substituição do valor de m no sistema para


identificar qual caso ocorre.

x + y = 3
2x + 2y = 2

443 / 469
(continuação...)
Entretanto quando m = 2 não sabemos se o sistema é SPI ou
SI.

Então faremos a substituição do valor de m no sistema para


identificar qual caso ocorre.
 
x + y = 3 x + y = 3

2x + 2y = 2 0y = −4

444 / 469
(continuação...)
Entretanto quando m = 2 não sabemos se o sistema é SPI ou
SI.

Então faremos a substituição do valor de m no sistema para


identificar qual caso ocorre.
 
x + y = 3 x + y = 3

2x + 2y = 2 0y = −4

Daí concluímos que para m = 2 o sistema é SI. Portanto:

O sistema será do tipo SPD para m 6= 2


O sistema será do tipo SI para m = 2

445 / 469
Solução.
Através do escalonamento, temos:
Fazendo N L2 = L2 − 2L1 :

x + y = 3
2x + my = 2

446 / 469
Solução.
Através do escalonamento, temos:
Fazendo N L2 = L2 − 2L1 :
 
x + y = 3 x + y = 3

2x + my = 2 (m − 2)y = −4

447 / 469
Solução.
Através do escalonamento, temos:
Fazendo N L2 = L2 − 2L1 :
 
x + y = 3 x + y = 3

2x + my = 2 (m − 2)y = −4

Analisando a última equação do sistema, temos:

448 / 469
Solução.
Através do escalonamento, temos:
Fazendo N L2 = L2 − 2L1 :
 
x + y = 3 x + y = 3

2x + my = 2 (m − 2)y = −4

Analisando a última equação do sistema, temos:

Se m − 2 6= 0 então o sistema é SPD.

449 / 469
Solução.
Através do escalonamento, temos:
Fazendo N L2 = L2 − 2L1 :
 
x + y = 3 x + y = 3

2x + my = 2 (m − 2)y = −4

Analisando a última equação do sistema, temos:

Se m − 2 6= 0 então o sistema é SPD.


Se m − 2 = 0 então o sistema é SI.

450 / 469
Solução.
Através do escalonamento, temos:
Fazendo N L2 = L2 − 2L1 :
 
x + y = 3 x + y = 3

2x + my = 2 (m − 2)y = −4

Analisando a última equação do sistema, temos:

Se m − 2 6= 0 então o sistema é SPD.


Se m − 2 = 0 então o sistema é SI.

Portanto:

O sistema será do tipo SPD para m 6= 2


O sistema será do tipo SI para m = 2

451 / 469
Sumário

3 Sistema de equações lineares


Definição
Matrizes associadas a um sistema de equações
Classificação de um sistema de equações
Métodos para resolução de Sistemas Lineares
Interpretação gráfica de um sistema linear 2 × 2
Discussão de um sistema através de um parâmetro
Aplicações de Sistemas Lineares

452 / 469
Exemplo
Determine uma função polinomial f de grau dois, tal que
f (1) = 2, f (2) = 3 e f (5) = 18.

453 / 469
Exemplo
Determine uma função polinomial f de grau dois, tal que
f (1) = 2, f (2) = 3 e f (5) = 18.

Solução.
Sendo f uma função polinomial de grau dois, temos
f (x) = ax2 + bx + c. Assim:

454 / 469
Exemplo
Determine uma função polinomial f de grau dois, tal que
f (1) = 2, f (2) = 3 e f (5) = 18.

Solução.
Sendo f uma função polinomial de grau dois, temos
f (x) = ax2 + bx + c. Assim:
f (1) = a + b + c

455 / 469
Exemplo
Determine uma função polinomial f de grau dois, tal que
f (1) = 2, f (2) = 3 e f (5) = 18.

Solução.
Sendo f uma função polinomial de grau dois, temos
f (x) = ax2 + bx + c. Assim:
f (1) = a + b + c
f (2) = 4a + 2b + c

456 / 469
Exemplo
Determine uma função polinomial f de grau dois, tal que
f (1) = 2, f (2) = 3 e f (5) = 18.

Solução.
Sendo f uma função polinomial de grau dois, temos
f (x) = ax2 + bx + c. Assim:
f (1) = a + b + c
f (2) = 4a + 2b + c
f (5) = 25a + 5b + c

457 / 469
Exemplo
Determine uma função polinomial f de grau dois, tal que
f (1) = 2, f (2) = 3 e f (5) = 18.

Solução.
Sendo f uma função polinomial de grau dois, temos
f (x) = ax2 + bx + c. Assim:
f (1) = a + b + c
f (2) = 4a + 2b + c
f (5) = 25a + 5b + c

As condições acima nos fornece o seguinte sistema:



 a + b + c = 2

458 / 469
Exemplo
Determine uma função polinomial f de grau dois, tal que
f (1) = 2, f (2) = 3 e f (5) = 18.

Solução.
Sendo f uma função polinomial de grau dois, temos
f (x) = ax2 + bx + c. Assim:
f (1) = a + b + c
f (2) = 4a + 2b + c
f (5) = 25a + 5b + c

As condições acima nos fornece o seguinte sistema:



 a + b + c = 2
4a + 2b + c = 3

459 / 469
Exemplo
Determine uma função polinomial f de grau dois, tal que
f (1) = 2, f (2) = 3 e f (5) = 18.

Solução.
Sendo f uma função polinomial de grau dois, temos
f (x) = ax2 + bx + c. Assim:
f (1) = a + b + c
f (2) = 4a + 2b + c
f (5) = 25a + 5b + c

As condições acima nos fornece o seguinte sistema:



 a + b + c = 2
4a + 2b + c = 3
25a + 5b + c = 18

460 / 469
(continuação...)
Escalonando o sistemas, encontramos: a = 1, b = −2, c = 3, e
portanto, a função desejada é

f (x) = x2 − 2x + 3.

461 / 469
Exemplo
Se ao iniciar a utilização da água de um reservatório, o nível da
superfície da mesma está 12m acima do fundo. Após dois dias
de utilização 11,2m e após cinco dias o nível cai para 8,5cm.

(a) Determine uma função polinomial de grau dois que retrate


esta situação.
(b) Admitindo que se possa utilizar esta função para calcular o
nível aproximado da água também após o quinto dia de
utilização, em quanto tempo o reservatório esvaziará?

462 / 469
Solução.
A função desejada é do tipo n(t) = at2 + bt + c, e a partir do
valores:
n(0) = 12;

463 / 469
Solução.
A função desejada é do tipo n(t) = at2 + bt + c, e a partir do
valores:
n(0) = 12;
n(2) = 11, 2;

464 / 469
Solução.
A função desejada é do tipo n(t) = at2 + bt + c, e a partir do
valores:
n(0) = 12;
n(2) = 11, 2;
n(5) = 8, 5
obtemos o sistema:

465 / 469
Solução.
A função desejada é do tipo n(t) = at2 + bt + c, e a partir do
valores:
n(0) = 12;
n(2) = 11, 2;
n(5) = 8, 5
obtemos o sistema:

 c = 12
4a + 2b + c = 11, 2
25a + 5b + c = 8, 5

466 / 469
(continuação...)
1 1
Resolvendo o sistema, encontramos a = − , b = − e
10 5
c = 12, portanto, a função desejada é:

467 / 469
(continuação...)
1 1
Resolvendo o sistema, encontramos a = − , b = − e
10 5
c = 12, portanto, a função desejada é:
1 2 1
n(t) = − t − t + 12.
10 5

468 / 469
(continuação...)
1 1
Resolvendo o sistema, encontramos a = − , b = − e
10 5
c = 12, portanto, a função desejada é:
1 2 1
n(t) = − t − t + 12.
10 5

Utilizando essa função para determinar quando o nível de água


no reservatório cai a zero, obtemos:
1 2 1
− t − t + 12 = 0 ⇒ t2 + 2t − 120 = 0.
10 5

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(continuação...)
1 1
Resolvendo o sistema, encontramos a = − , b = − e
10 5
c = 12, portanto, a função desejada é:
1 2 1
n(t) = − t − t + 12.
10 5

Utilizando essa função para determinar quando o nível de água


no reservatório cai a zero, obtemos:
1 2 1
− t − t + 12 = 0 ⇒ t2 + 2t − 120 = 0.
10 5

As soluções são t1 = 10 e t2 = −12, porém a solução negativa


não faz sentido, portanto o reservatório esvaziará no décimo
dia.

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