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O art. 225, § 4º, da CF, ao prever que os biomas Floresta Amazoê nica, Mata Atlaê ntica,
Serra do Mar, Pantanal Mato-Grossense e Zona Costeira saã o “patrimônio nacional”,
naã o os transformou em bens puó blicos, conforme jaó decidiu o STF.
A propoó sito, tramita no Congresso Nacional a PEC 131/2003, que objetiva incluir
os biomas Cerrado e Caatinga nesse rol do art. 225, § 4º, da CF.
De acordo com o art. 225, § 1º, III, da CF, incumbe ao Poder Puó blico “definir, em todas
as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através
de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que
justifiquem sua proteção”.
Trata-se de competeê ncia administrativa comum da Úniaã o, dos Estados, do DF e
dos Municíópios (arts. 7º, X, 8º, X e 9º, X, da LC 140/2011).
O Novo Coó digo Florestal define os seguintes espaços ambientais especialmente
protegidos:
AÚ reas de preservaçaã o permanente – APP’s
“Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental
de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e
assegurar o bem-estar das populações humanas” (art. 3º, II, do Novo CFlo).
Apicuns e salgados
Apicuns: “áreas de solos hipersalinos situadas nas regiões entremarés
superiores, inundadas apenas pelas marés de sizígias, que apresentam
salinidade superior a 150 partes por 1.000, desprovidas de vegetação vascular”
(art. 3º, XV, do Novo CFlo).
Salgados ou marismas tropicais hipersalinos: “áreas situadas em regiões com
frequências de inundações intermediárias entre marés de sizígias e de
quadratura, com solos cuja salinidade varia entre 100 e 150 partes por 1.000,
onde pode ocorrer a presença de vegetação herbácea específica” (art. 3º, XIV, do
Novo CFlo).
Reserva legal
“Área localizada no interior de uma propriedade ou posse RURAL, delimitada
nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo
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sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a
reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da
biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora
nativa” (art. 3º, III, do Novo CFlo).
Únidades de conservaçaã o
“Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais,
com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder
Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de
administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção” (art. 2º, I,
da Lei 9.985/2000).
AÚ reas verdes urbanas
“Espaços, públicos ou privados, com predomínio de vegetação, preferencialmente
nativa, natural ou recuperada, previstos no Plano Diretor, nas Leis de
Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Município, indisponíveis para construção
de moradias, destinados aos propósitos de recreação, lazer, melhoria da
qualidade ambiental urbana, proteção dos recursos hídricos, manutenção ou
melhoria paisagística, proteção de bens e manifestações culturais” (art. 3º, XX,
do Novo CFlo).
AÚ reas de uso restrito
Nos pantanais e planíócies pantaneiras eó permitida a exploraçaã o
ecologicamente sustentaó vel, devendo-se considerar as recomendaçoã es
teó cnicas dos oó rgaã os oficiais de pesquisa, ficando novas supressoã es de
vegetaçaã o nativa para uso alternativo do solo condicionadas aà autorizaçaã o do
oó rgaã o estadual do meio ambiente (art. 10 do Novo CFlo).
Em aó reas de inclinaçaã o entre 25° e 45°, seraã o permitidos o manejo florestal
sustentaó vel e o exercíócio de atividades agrossilvipastoris, bem como a
manutençaã o da infraestrutura fíósica associada ao desenvolvimento das
atividades, observadas boas praó ticas agronoê micas, sendo vedada a conversaã o
de novas aó reas, excetuadas as hipoó teses de utilidade puó blica e interesse social
(art. 11 do Novo CFlo).
EÚ possíóvel a criaçaã o de aó reas especíóficas com regime especial de proteçaã o, como as
listadas a seguir:
O art. 7º da RES 312/2002 do CONAMA regula o licenciamento das atividades de
carcinicultura (criaçaã o de camaroã es em cativeiro) na Zona Costeira, prevendo que
o empreendedor deve destinar, no míónimo, 20% da aó rea total do
empreendimento para preservaçaã o integral.
O art. 32 da Lei 11.284/2006 (Gestaã o de Florestas Puó blicas) preveê a criaçaã o de
uma aó rea geograficamente delimitada chamada de reserva absoluta,
representativa dos ecossistemas florestais manejados, equivalente a, no míónimo,
5% do total da aó rea concedida, para conservaçaã o da biodiversidade e avaliaçaã o e
monitoramento dos impactos do manejo florestal.
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Lei 12.651, de 25 de maio de 2012.
A Presideê ncia da Repuó blica vetou 12 dispositivos do texto final aprovado pelo
Congresso Nacional (fortemente influenciado pela bancada ruralista da Caê mara dos
Deputados), bem como publicou a MP 571/2012, promovendo diversas alteraçoã es e
inserçoã es no texto, visando melhor atender aà preservaçaã o do meio ambiente e ao
desenvolvimento sustentaó vel.
Princíópios informadores do Novo Coó digo Florestal => art. 1º.
A exploraçaã o ou utilizaçaã o dos recursos florestais em desacordo com o Novo Coó digo
Florestal eó considerado uso irregular da propriedade, sujeitando o infrator a
responder administrativa, penal e civilmente, aplicando-se o procedimento sumaó rio
do CPC (art. 2º, § 1º).
O Novo Coó digo Florestal adota claramente dois regimes juríódicos: um de toleraê ncia
(chamado pelos meios de comunicaçaã o de “anistia aos desmatadores”) para as
condutas lesivas ao meio ambiente perpetradas ateó 22 de julho de 2008 (veó spera da
entrada em vigor do Decreto 6.514/2008, que dispoã e sobre uma seó rie de infraçoã es e
sançoã es administrativas ao meio ambiente), e outro mais ríógido, para os atos
praticados a partir dessa data.
O Novo Coó digo Florestal traz vaó rias disposiçoã es mais flexíóveis em favor do pequeno
proprietaó rio ou possuidor rural (preó dio ruó stico de ateó 4 moó dulos fiscais),
especialmente no tocante aà s aó reas de preservaçaã o permanente e de reserva legal.
Positivando jurisprudeê ncia consolidada no STJ, estabelece o art. 2º, § 2º, do Novo
CFlo que: “As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas ao
sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do
imóvel rural”.
Ou seja, por se tratar de uma obrigaçaã o propter rem, o novo proprietaó rio poderaó
ser responsabilizado pela degradaçaã o ambiental praticada pelo antigo
proprietaó rio, e ateó mesmo condenado a recuperar a vegetaçaã o nas aó reas de
preservaçaã o permanente e de reserva legal.
Outra inovaçaã o trazida pelo Novo CFlo foi a criaçaã o do CAR – Cadastro Ambiental
Rural, no aê mbito do Sistema Nacional de Informaçaã o sobre Meio Ambiente - SINIMA,
registro puó blico eletroê nico de aê mbito nacional, obrigatório para todos os imóveis
rurais, com a finalidade de integrar as informaçoã es ambientais das propriedades e
posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento,
planejamento ambiental e econoê mico e combate ao desmatamento (art. 29).
Art. 78-A: “Após cinco anos da data da publicação desta Lei, as instituições
financeiras só concederão crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para
proprietários de imóveis rurais que estejam inscritos no Cadastro Ambiental Rural -
CAR e que comprovem sua regularidade nos termos desta Lei”.
Programas ambientais previstos no Novo Coó digo Florestal:
Programas de Regularizaçaã o Ambiental (PRA’s) de posses e propriedades rurais,
com o objetivo de adequaó -las aos termos do Novo Coó digo Florestal (art. 59);
Programa de apoio e incentivo aà conservaçaã o do meio ambiente, bem como para
adoçaã o de tecnologias e boas praó ticas que conciliem a produtividade
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agropecuaó ria e florestal, com reduçaã o dos impactos ambientais, como forma de
promoçaã o do desenvolvimento ecologicamente sustentaó vel, observados sempre
os criteó rios de progressividade (art. 41);
Programa para conversaã o da multa prevista no art. 50 do Decreto n o 6.514, de 22
de julho de 2008 (a chamada “anistia”), destinado aos imoó veis rurais, referente a
autuaçoã es vinculadas a desmatamentos promovidos sem autorizaçaã o ou licença,
em data anterior a 22 de julho de 2008 (art. 42);
Programa de apoio teó cnico e incentivos financeiros, para atendimento prioritaó rio
dos pequenos proprietaó rios e possuidores rurais, podendo incluir medidas
indutoras e linhas de financiamento (art. 58).
Definiçaã o => art. 3º, II, do Novo CFlo: “área protegida, coberta ou não por vegetação
nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a
estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”.
Natureza juríódica => limitaçaã o administrativa ao direito de propriedade, naã o
gerando, em regra, direito a indenizaçaã o, por ser norma geneó rica decorrente de lei.
AÚ reas de preservaçaã o permanente ex lege => art. 4º, do Novo CFlo.
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Naã o existiraó APP “nos casos em que os reservatórios artificiais de água não decorram
de barramento ou represamento de cursos d’água” (art. 4º, § 1º, do Novo CFlo).
“EÚ DEVER DE TODOS, PROPRIETAÚ RIOS OÚ NAÃ O, ZELAR PELA PRESERVAÇAÃ O DOS
MANGÚEZAIS, NECESSIDADE CADA VEZ MAIOR, SOBRETÚDO EM EÚ POCA DE
MÚDANÇAS CLIMAÚ TICAS E AÚMENTO DO NIÚ VEL DO MAR. DESTRÚIÚ - LOS PARA ÚSO
ECONOÂ MICO DIRETO, SOB O PERMANENTE INCENTIVO DO LÚCRO FAÚ CIL E DE
BENEFIÚ CIOS DE CÚRTO PRAZO, DRENAÚ -LOS OÚ ATERRAÚ -LOS PARA A ESPECÚLAÇAÃ O
IMOBILIAÚ RIA OÚ EXPLORAÇAÃ O DO SOLO, OÚ TRANSFORMAÚ -LOS EM DEPOÚ SITO DE
LIXO CARACTERIZAM OFENSA GRAVE AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE
EQÚILIBRADO E AO BEM-ESTAR DA COLETIVIDADE, COMPORTAMENTO QÚE DEVE
SER PRONTA E ENERGICAMENTE COIBIDO E APENADO PELA ADMINISTRAÇAÃ O E
PELO JÚDICIAÚ RIO”
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Importante a previsaã o contida no art. 3º, IX, “d”, que preveê a regularizaçaã o
fundiaó ria de “assentamentos humanos ocupados predominantemente por
população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas” (favelas).
O art. 4º, § 5º, do Novo CFlo veio a permitir a chamada agricultura de vazante,
desenvolvida ao longo do leito dos rios por pequenos proprietaó rios ou possuidores
rurais familiares, para a plantaçaã o de batata-doce, guandu, entre outras culturas.
A supressaã o de vegetaçaã o nativa em manguezais poderaó ser autorizada,
excepcionalmente, em locais onde a funçaã o ecoloó gica esteja comprometida, para
execuçaã o de obras habitacionais e de urbanizaçaã o, inseridas em projetos de
regularizaçaã o fundiaó ria de interesse social, em aó reas urbanas consolidadas ocupadas
por populaçaã o de baixa renda (art. 8º, § 2º).
Ou seja, ao inveó s de prever a recuperaçaã o do manguezal comprometido, o Novo
CFlo preveê sua destruiçaã o completa para a urbanizaçaã o de favelas.
Inexiste previsaã o legal para a averbaçaã o imobiliaó ria das APP’s no Cadastro Ambiental
Rural (CAR), o que seria medida altamente salutar, notadamente quando decorrer de
ato especíófico do Poder Puó blico.
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INDENIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO EM APP NO CASO DE DESAPROPRIAÇÃO
Desapropriado um imoó vel (por utilidade puó blica ou interesse social), eó indenizaó vel a
aó rea correspondente aà cobertura florestal (vegetaçaã o em APP)?
Naã o, segundo o STJ: “O valor atribuído à cobertura florística, destacado do valor do
terreno, deve ser excluído da indenização quando tal cobertura for insusceptível de
exploração econômica, como na hipótese dos autos, uma vez que a área já havia
sido declarada como de preservação permanente em data anterior à criação do
parque nacional que fundamentou o pedido indenizatório” (REsp 935888/RJ, Rel.
Ministro FRANCISCO FALCAÃ O, PRIMEIRA TÚRMA, julgado em 06/12/2007);
Sim, segundo o STF: “DESAPROPRIAÇÃO. ÁREA SUJEITA À PRESERVAÇÃO
PERMANENTE. INDENIZAÇÃO DEVIDA. 1. A área de cobertura vegetal sujeita à
limitação legal e, consequentemente à vedação de atividade extrativista não
elimina o valor econômico das matas protegidas. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI 677647 AgR, Relator(a): Min. EROS GRAÚ, Segunda Turma,
julgado em 20/05/2008).
APICÚNS E SALGADOS
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Embora naã o sejam protegidos como APP’s, os apicuns e salgados passaram a ter um
regime de exploraçaã o condicionada aos ditames do art. 11-A do Novo CFlo (capíótulo
inteiramente incluíódo pela MP 571/2012).
Os apicuns e salgados poderaã o ser utilizados em atividades de carcinicultura e
salinas, desde que observados os requisitos do § 1º do art. 11-A do Novo CFlo.
A licença ambiental seraó de 5 anos, renovaó vel apenas se o empreendedor cumprir as
exigeê ncias da legislaçaã o ambiental e do proó prio licenciamento, mediante
comprovaçaã o anual inclusive por míódia fotograó fica (§ 2º do art. 11-A do Novo CFlo).
RESERVA LEGAL
Definiçaã o => art. 3º, III, do Novo CFlo: “área localizada no interior de uma
propriedade ou posse RURAL, delimitada nos termos do art. 12, com a função de
assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural,
auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a
conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da
flora nativa”.
Como inovaçaã o do Novo CFlo, as APP’s naã o mais saã o excluíódas da definiçaã o de
reserva legal, como ocorria no antigo Coó digo, de modo que hoje eó possíóvel que
uma aó rea de reserva legal englobe uma APP. Aleó m disso, foi expressamente
prevista a funçaã o da reserva legal de “assegurar o uso econômico de modo
sustentável dos recursos naturais do imóvel rural”.
Parte da doutrina (Ex: Paulo Affonso Leme Machado) entende que a reserva legal
incide apenas sobre aó reas rurais particulares, mas naã o sobre as puó blicas, embora
naã o exista qualquer restriçaã o legal nesse sentido (nem no novo, nem no antigo
Coó digo Florestal).
A reserva legal busca a preservaçaã o ambiental como um todo, e naã o somente do
imoó vel que nela se situa.
Por definiçaã o, soó haó reserva legal nas aó reas rurais.
Art. 19 do Novo CFlo. “A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido
mediante lei municipal não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção
da área de Reserva Legal, que só será extinta concomitantemente ao registro do
parcelamento do solo para fins urbanos aprovado segundo a legislação
específica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata o § 1o do art.
182 da Constituição Federal”.
Natureza juríódica => limitaçaã o administrativa ao direito de propriedade, naã o
gerando, em regra, direito a indenizaçaã o, por ser norma geneó rica decorrente de lei.
Percentuais míónimos e cota de reserva legal (art. 12 do Novo CFlo):
I - localizado na Amazoê nia Legal (Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima,
Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13° S,
dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44° W, do Estado do
Maranhão, segundo o art. 3º, I, do Novo CFlo):
a) 80% (oitenta por cento), no imoó vel situado em aó rea de florestas;
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b) 35% (trinta e cinco por cento), no imoó vel situado em aó rea de cerrado;
c) 20% (vinte por cento), no imoó vel situado em aó rea de campos gerais;
II - localizado nas demais regioã es do Paíós:
20% (vinte por cento).
OBS: esses percentuais saã o os mesmos do antigo Coó digo Florestal.
E se o imoó vel rural estiver situado, ao mesmo tempo, em uma aó rea de florestas e
de cerrado?
O percentual de reserva legal seraó definido considerando separadamente os
íóndices legais, ou seja, far-se-aó uma espeó cie de divisaã o ficta da propriedade de
acordo com os biomas que a compoã em (art. 12, § 2º, do Novo CFlo).
Reduçaã o da reserva legal => arts. 12, §§ 4º e 5º, e 13, I, do Novo CFlo.
Ampliaçaã o da reserva legal => art. 13, II, do Novo CFlo.
O oó rgaã o estadual integrante do SISNAMA ou instituiçaã o por ele habilitada deveraó
aprovar a localizaçaã o da Reserva Legal apoó s a inclusaã o do imoó vel no CAR (art. 14, §
1º, do Novo CFlo).
Seraó admitido o coê mputo das AÚ reas de Preservaçaã o Permanente no caó lculo do
percentual da Reserva Legal do imoó vel, desde que, cumulativamente (art. 15 do Novo
CFlo):
I - o benefíócio previsto neste artigo naã o implique a conversaã o de novas aó reas para
o uso alternativo do solo (ou seja, novos desmatamentos);
II - a aó rea a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperaçaã o,
conforme comprovaçaã o do proprietaó rio ao oó rgaã o estadual integrante do
SISNAMA;
III - o proprietaó rio ou possuidor tenha requerido inclusaã o do imoó vel no Cadastro
Ambiental Rural - CAR.
OBS: eó possíóvel que uma mesma aó rea do imoó vel rural seja considerada
simultaneamente como APP e RL, o que naã o era permitido pelo antigo Coó digo
Florestal, implicando, assim, uma reduçaã o da proteçaã o ambiental pelo Novo
Coó digo Florestal.
Admite-se a instituiçaã o de reserva legal em regime de condomíónio ou coletiva, desde
que respeitados os percentuais míónimos, dependendo de aprovaçaã o do oó rgaã o
ambiental competente.
O Novo CFlo inovou ao prever a dispensa de reserva legal em certos
empreendimentos:
1) Empreendimentos de abastecimento puó blico de aó gua e tratamento de esgoto
(art. 12, § 6º, do Novo CFlo);
2) AÚ reas adquiridas ou desapropriadas por detentor de concessaã o, permissaã o ou
autorizaçaã o para exploraçaã o de potencial de energia hidraó ulica, nas quais
funcionem empreendimentos de geraçaã o de energia eleó trica, subestaçoã es ou
sejam instaladas linhas de transmissaã o e de distribuiçaã o de energia eleó trica (art.
12, § 7º, do Novo CFlo);
3) AÚ reas adquiridas ou desapropriadas com o objetivo de implantaçaã o e
ampliaçaã o de capacidade de rodovias e ferrovias (art. 12, § 8º, do Novo CFlo).
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A aó rea de Reserva Legal deveraó ser registrada no oó rgaã o ambiental competente por
meio de inscriçaã o no CAR, sendo vedada a alteraçaã o de sua destinaçaã o, nos casos de
transmissaã o, a qualquer tíótulo, ou de desmembramento, com as exceçoã es legalmente
previstas (art. 18 do Novo CFlo). Naã o haó mais necessidade de averbaçaã o da reserva
legal no Cartoó rio de Registro de Imoó veis, como era exigido no antigo Coó digo
Florestal.
No caso de posse, a aó rea de Reserva Legal eó assegurada por termo de compromisso
firmado pelo possuidor com o oó rgaã o competente do SISNAMA, com força de tíótulo
executivo extrajudicial, que explicite, no míónimo, a localizaçaã o da aó rea de Reserva
Legal e as obrigaçoã es assumidas pelo possuidor, sendo que a transfereê ncia da posse
implica a sub-rogaçaã o das obrigaçoã es assumidas no termo de compromisso (art. 18,
§§ 2º e 3º, do Novo CFlo).
A auseê ncia de registro da reserva legal no CAR constitui infraçaã o administrativa
(art.55 do Decreto 6.514/2008).
EÚ obrigatoó ria a suspensaã o imediata das atividades em AÚ rea de Reserva Legal
desmatada irregularmente apoó s 22 de julho de 2008 (art. 17, § 3º, do Novo CFlo).
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(STJ RESP 867085/PR, REL. MINISTRO JOAÃ O OTAÚ VIO DE NORONHA, SEGÚNDA
TÚRMA, JÚLGADO EM 23/10/2007)
(STJ RESP 1027051/SC, REL. MINISTRO HÚMBERTO MARTINS, REL. P/ ACOÚ RDAÃ O
MINISTRO MAÚRO CAMPBELL MARQÚES, 2ª TÚRMA, JÚLGADO EM 07/04/2011)
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vegetaçaã o nativa estabelecida, em regeneraçaã o ou recomposiçaã o, desde que
localizada no mesmo bioma.
OBS: a compensaçaã o da reserva legal naã o permite novos desmatamentos.
Nos imoó veis rurais que detinham, em 22 de julho de 2008, aó rea de ateó 4 (quatro)
moó dulos fiscais e que possuam remanescente de vegetaçaã o nativa em percentuais
inferiores aos legalmente previstos, a Reserva Legal seraó constituíóda com a aó rea
ocupada com a vegetaçaã o nativa existente em 22 de julho de 2008, vedadas novas
conversoã es para uso alternativo do solo (art. 67 do Novo Coó digo Florestal).
Ou seja, a lei daó um tratamento favorecido aà s pequenas propriedades rurais, que
ficam dispensadas da obrigaçaã o de recompor/reflorestar a reserva legal, vedando
a lei apenas novos desmatamentos (chamados de “conversões para uso alternativo
do solo”).
Embora o tema devesse ter sido concentrado na LC 140/2011, o Novo Coó digo
Florestal trouxe algumas regras de fixaçaã o de competeê ncia no processo de
licenciamento ambiental, que, por serem posteriores e especiais, prevalecem em
relaçaã o aà s regras da LC 140/2011, muito embora possa ser questionada a reserva de
lei complementar para fixar “normas para a cooperação entre a União e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do
bem-estar em âmbito nacional” (art. 23, § uó , da CF).
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Art. 10 Nos pantanais e planíócies pantaneiras eó permitida a exploraçaã o ecologicamente
sustentaó vel, devendo-se considerar as recomendaçoã es teó cnicas dos oó rgaã os
oficiais de pesquisa, ficando novas supressoã es de vegetaçaã o nativa para uso
alternativo do solo condicionadas aà autorizaçaã o do órgão estadual do meio
ambiente.
Art. 11-A, §1º, III Licenciamento da atividade e das instalaçoã es pelo órgão ambiental estadual,
cientificado o IBAMA e, no caso de uso de terrenos de marinha ou outros bens
da Úniaã o, realizada regularizaçaã o preó via da titulaçaã o perante a Úniaã o.
Art. 26, caput A supressaã o de vegetaçaã o nativa para uso alternativo do solo (desmatamento),
tanto de domíónio puó blico como de domíónio privado, dependeraó do
cadastramento do imoó vel no CAR e de preó via autorizaçaã o do órgão estadual
competente do SISNAMA.
Art. 31, § 7º Compete ao órgão federal de meio ambiente a aprovaçaã o de PMFS (Plano de
Manejo Florestal Sustentaó vel) incidentes em florestas puó blicas de domíónio da
Úniaã o.
Art. 37, caput O comeó rcio de plantas vivas e outros produtos oriundos da flora nativa
dependeraó de licença do órgão estadual competente do SISNAMA.
Art. 37, paraó grafo uó nico A exportaçaã o de plantas vivas e outros produtos da flora dependeraó de licença
do órgão federal competente do SISNAMA.
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