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Saneamento e Saúde Ambiental:

Gestão de Resíduos Sólidos


Professora Msc. Glorgia Farias

Bragança – Pará
2016
Resíduos Sólidos
 Os resíduos são gerados desde a primeira etapa do processo
produtivo, ou seja, desde a extração da matéria prima.
 Para que seja feita a gestão dos resíduos sólidos, é fundamental
que toda a sociedade esteja envolvida.
 O serviço de limpeza urbana é importante para evitar a
contaminação dos corpos d’água, a poluição do ar (pela queima
indevida), poluição do solo e a atração de vetores.

Jornal Liberal 1ªEd. Em 09.08.2013


Responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos

Origem do resíduo Responsável


Domiciliar Prefeitura
Comercial Prefeitura
Público Prefeitura
Serviço de saúde Gerador
Indústria Gerador
Construção civil Gerador
Agrícola Gerador
Portos, aeroportos, terminais Gerador
rodoviários e ferroviários
Conceitos
 Coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados
conforme sua constituição ou composição.

 Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de


rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo
a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os
impactos ambientais adversos;

 Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que


inclui a reutilização, a reciclagem, compostagem, a recuperação e o
aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos
competentes do Sisnama, do SNVS e do SUASA, entre elas a disposição
final, observando normas operacionais especificas de modo a evitar danos
ou riscos a saúde pública e a segurança e a minimizar os impactos
ambientais adversos .
Conceitos

 Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações


exercidas, direta ou indiretamente nas etapas de coleta,
transporte, transbordo, tratamento e destinação final
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos de acordo com plano
municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de
gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta lei.

 Gestão integrada dos resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas


para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a
considerar as dimensões, política, econômica, ambiental, cultural
e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento
sustentável.
Conceitos
 Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social,
caracterizado por um conjunto de ações , procedimentos e meios, destinados
a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial,
para reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra
destinação final ambientalmente adequada.

 Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a


alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com
vistas a transformação em insumos ou novos produtos, observadas as
condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e
se couber, do SNVS e SUASA.

 Rejeitos: resíduos sólidos que depois de esgotadas todas as possibilidades de


tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
economicamente viáveis não apresentem outra possibilidade que não a
disposição final ambientalmente adequada.
Conceitos

 Resíduo sólido: material, substância, objeto ou bem descartado


resultante de atividades humanas em sociedade , a cuja destinação
final se procede, se propõe proceder ou se esta obrigado a proceder,
nos estados solido ou semissólido, bem como gases contidos em
recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede publica de esgotos ou em corpos d’água ou
exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face
da melhor tecnologia disponível.

 Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem


sua transformação, biológica, física ou físico-química, observadas os
padrões estabelecidos pelos órgãos competentes Sisnama, Snvs e
Suasa.
Legislação aplicada
Política Nacional de Resíduos sólidos - Lei 12305 de 02 de agosto de 2010
Reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e
ações adotadas pelo governo federal, isoladamente ou em regime de cooperação
com os estados, distrito federal, municípios ou particulares, com vistas a gestão
integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos

Resolução RDC nº306, de 7 de dezembro de 2004 (ANVISA).


Dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviço
de saúde - RSS

Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005


Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde
- RSS e dá outras providências.

Resolução nº 307 de 05 de julho de 2002 do CONAMA


Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da
construção civil.
Instrumentos de gestão dos resíduos
sólidos segundo PNRS
 Planos integrados de resíduos;  Fundo de desenvolvimento
 Coleta seletiva; científico e tecnológico;

 Logística reversa;  Sistema nacional de informações


sobre a gestão dos resíduos
 Cooperativas de catadores; sólidos (SINIR);
 Monitoramento e fiscalização  Conselhos de meio ambiente;
ambiental;
 Cadastro nacional de operadores
 Pesquisa científica e de resíduos perigosos.
tecnológica;
 Educação ambiental;
 Incentivos fiscais;
 Fundo nacional do meio
ambiente;
Composição dos resíduos sólidos

 Matéria orgânica
 Vidro
 Metal
 Papel
 Plástico

Fonte: Internet - http://recicloteca.org.br


Classificação dos resíduos sólidos
I.Quanto a sua natureza física:
seco ou molhado.

II.Quanto a sua natureza química:


orgânico e inorgânico.
Classificação dos resíduos sólidos

Quanto aos riscos potenciais ao


III.
meio ambiente:
De acordo com a NBR 10.004 da
ABNT, os resíduos sólidos podem ser
classificados em:
• Classe I – Perigosos: apresentam
riscos a saúde pública ou ao meio
ambiente. Tem propriedades como
inflamabilidade, corrosividade,
toxicidade, reatividade e
patogenicidade.
Classificação dos resíduos sólidos

• Classe II – Não Perigosos:


A - Não Inertes: tem propriedades
como combustibilidade,
biodegradabilidade ou solubilidade,
com possibilidade de acarretar
riscos à saúde ou ao meio ambiente.

B - Inertes: quando submetidos ao


teste de solubilização, não tenham
nenhum de seus constituintes em
concentração superior aos padrões
estabelecidos por normas
específicas.
Classificação dos resíduos sólidos

IV. Quanto ao grau de


degradabilidade:

• Facilmente Degradável: restos de


comida, sobras de cozinha, folhas,
capim, animais mortos, fezes, etc.
• Moderadamente Degradável: papel,
papelão, outros produtos
celulósicos, etc.
• Dificilmente Degradável: couro,
pano, madeira, borracha, cabelo,
osso, plástico, etc.
• Não Degradável: metal não ferroso,
vidro, pedra, cinzas, areia,
cerâmica, etc.
Classificação dos resíduos sólidos

V.Quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os
originários de atividades
domésticas em residências
urbanas;
b) resíduos de limpeza
urbana: os originários da
varrição, limpeza de
logradouros e vias públicas e
outros serviços de limpeza
urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os
englobados nas alíneas "a" e
"b";
Classificação dos resíduos sólidos

d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores


de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os
referidos nas alíneas "b", "e", "g", "h" e "j";

e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os


b – limpeza urbana
gerados nessas atividades, excetuados os referidos na
alíneapúblicos
e – serviços "c"; de saneamento

g – serviço de saúde
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos
h – construção civil industriais;
e instalações
j – transporte
Classificação dos resíduos sólidos

g) resíduos de serviços de saúde: os


gerados nos serviços de saúde,
conforme definido em
regulamento ou em normas
estabelecidas pelos órgãos do
Sisnama e do SNVS;

h) resíduos da construção civil: os


gerados nas construções,
reformas, reparos e demolições de
obras de construção civil, incluídos
os resultantes da preparação e
escavação de terrenos para obras
civis;
Classificação dos resíduos sólidos

i. resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades


agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a
insumos utilizados nessas atividades;
Classificação dos resíduos sólidos

j) resíduos de serviços de transportes: os originários de


portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários
e ferroviários e passagens de fronteira;

k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de


pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios.
Resíduos de Serviço de Saúde
 Todos os geradores de resíduos de serviços de saúde, devem
elaborar e executar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviço de Saúde – PGRSS, baseado nas características dos
resíduos gerados e na classificação, estabelecendo as diretrizes de
manejo dos RSS.
Classificação dos RSSS
Os resíduos de serviços de saúde podem ser classificados em cinco
grupos (A, B, C, D e E):

GRUPO A: São os resíduos que apresentam a possibilidade de presença


de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar
risco de infecção.
A1:
- Culturas e estoques de microrganismos;
- Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais,
com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe
de risco 4.
- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes.
- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos
corpóreos.
Classificação dos RSSS

A2: Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes


de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação
de microorganismos, bem como aqueles suspeitos de serem portadores
de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de
disseminação.

A3: Peças anatômicas do ser humano; produto de fecundação sem sinais


vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25
centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não
tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo
paciente ou familiar.
Classificação dos RSSS
A4:
-Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando
descartados.
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada.
-Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes,
urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem
sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4.
-Resíduos de tecido adiposo.
-Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde.

A5: Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou


escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de
indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com
príons.
Classificação dos RSSS

GRUPO B: Resíduos contendo substâncias químicas que podem


apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente,
dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade.

GRUPO C: Quaisquer materiais resultantes de atividades


humanas que contenham radionuclídeos em quantidades
superiores aos limites de isenção especificados nas normas do
CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não
prevista.
Classificação dos RSSS

GRUPO D: Resíduos que não apresentem risco biológico,


químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo
ser equiparados aos resíduos domiciliares.

GRUPO E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais


como: Lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de
vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas
de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e
lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados
no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de
Petri) e outros similares.
Resíduos de Construção Civil
Resolução nº 307 de 05 de julho de 2002 do CONAMA - Resíduos da
Construção Civil são os materiais provenientes de construções, reformas,
reparos e demolições de obras de construção civil, bem como os
resultantes da preparação e da escavação de terrenos tais como: tijolos,
blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas,
colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas,
pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações e fiação elétrica.
Classificação dos RCC

I- Classe A- são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como


agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de
pavimentação e de outras obras de infra-estrututra, inclusive
solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
materiais cerâmicas (tijolos, azulejos, blocos, telhas, placas de
revestimento,etc.) argamassa e concreto.
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré
moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc..)
produzidos nos canteiros de obras.
Classificação dos RCC
II- Classe B- são os resíduos recicláveis para outras destinações,
tais como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e
outros;

III- Classe C- são os resíduos para os quais não foram


desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente
viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como
os produtos oriundos do gesso;

IV- Classe D- são os resíduos perigosos oriundos do processo de


construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou
aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e
reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e
outros.
Reciclagem
de Entulho
Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
Acondicionamento
Acondicionar os resíduos sólidos significa prepará-los para a coleta de
forma sanitariamente adequada.
Importância do Acondicionamento Adequado
A qualidade da operação de coleta e transporte de lixo depende da forma
adequada do seu acondicionamento, armazenamento e da disposição dos
recipientes no local, dia e horários estabelecidos pelo órgão de limpeza
urbana para a coleta. A população tem, portanto, participação decisiva nesta
operação.

A importância do acondicionamento adequado está em:


 evitar acidentes;
 evitar a proliferação de vetores;
 minimizar o impacto visual e olfativo;
 reduzir a heterogeneidade dos resíduos (no caso de haver coleta seletiva);
 facilitar a realização da etapa da coleta.
Acondicionamento
Características dos Escolha do tipo de Tipos de recipientes
recipientes recipiente
cestos coletores de
ser estanque características do lixo
calçadas

resistência física a choques quantidade de lixo recipientes basculantes

durabilidade e
recipientes metálicos
compatibilidade com o frequência da coleta
ou plásticos
equipamento de transporte
manipulação segura tipo de edificação sacos plásticos
preço do recipiente
peso máximo de 30kg (com a
(retornáveis e não recipientes de borracha
carga)
retornáveis)
contêiner para grandes
não produzir ruídos
volumes
possuir material compatível
com os resíduos
Coleta
 Coletar o lixo significa recolher o lixo acondicionado para encaminhá-lo
mediante transporte adequado, a uma possível estação de transferência, a
um eventual tratamento e à disposição final.
eficiência do característica levantamento dados tratamento horário
caracterizaçã frequencia
serviço de s do sistema das áreas de populacionai de disposição de
o do lixo da coleta
coleta viário geração de lixo s final coleta

tipo de
bom
tipo de população tratamento e
planejamento quantidade residenciais diária diurno
pavimentação fixa disposição
técnico
final
extensão das distância do
pessoal moradores três vezes
volume ruas e comerciais local de noturno
treinado temporários na semana
avenidas tratamento
setores de
equipamentos composição contribuição duas vezes
declividade concentração
específicos gravimétrica per capta na semana
de lixo público
número
sentido e médio de
participação
peso espeífico intensidade moradores
comunitária
do tráfego por
residência
áreas de
dificil acesso
Coleta
 Roteiro da coleta: itinerário por onde o veículo coletor deverá
passar para recolher o lixo.
 Utilizar ao máximo a capacidade de carga dos veículos coletores;
 •Início da coleta próximo à garagem;
 •Término da coleta próximo à garagem;
 •Evitar percursos improdutivos;
 •Realizar a coleta em vias íngremes no sentido descendente e
preferencialmente no início do percurso;
 •Realizar percursos contínuos.
Transporte
 Tipos de veículo:
 De tração animal
 De tração manual
 Tracionada por trator
 Tipo basculante
 Caminhão compactador.

 Critérios para escolha:


 Tipo e quantidade de lixo
 Características viárias
 Preço do equipamento
 Custo de manutenção
 Mercado de peças para
reposição.
Transporte
 Transferência dos Resíduos
 O transporte para o aterro sanitário dos resíduos descarregados nas
estações de transferência é feito por veículos de maior capacidade.
 Os veículos de transferência devem transportar pelo menos três vezes
a carga de um caminhão de coleta.
 Normalmente as estações de transferência são implantadas quando a
distância entre o centro de coleta e o aterro sanitário é superior a
25km.
 Modalidades: Ferroviário, Marítimo e Rodoviário (mais utilizado).
 Tipos de veículos: carretas basculantes e carretas com fundo móvel
Tratamento e disposição final dos resíduos

Compostagem: Processo biológico aeróbio e controlado de


tratamento de resíduos orgânicos para a produção de composto
orgânico.

Digestão anaeróbia: É um processo biológico onde a matéria


orgânica é convertida, pela ação de microrganismos anaeróbios,
em gás carbônico e metano (biogás), gerando um resíduos sólido
passível de uso para fins agrícolas.
São classificados em dois grupos: Digestão anaeróbia em sistemas
fechados ou controlados (biodigestores) e Digestão anaeróbia em
sistemas abertos (aterros sanitários).

Incineração: A incineração é um método de tratamento que se


utiliza da decomposição térmica via oxidação com o objetivo de
tornar um resíduo menos volumoso, menos tóxico ou atóxico, ou
ainda eliminá-lo, em alguns casos.
Tratamento e disposição final dos resíduos

Reciclagem: É o resultado de uma série de atividades, pela qual materiais que se


tornariam lixo, ou estão no lixo, são coletados e processados para serem usados
como matéria prima na manufatura de novos produtos.

Benefícios da Reciclagem:
Diminuição da quantidade de lixo a ser aterrado;
Preservação de recursos naturais;
Economia de energia;
Diminuição de impactos ambientais;
Geração de empregos diretos e indiretos.

Tipo de Segregação dos Materiais:


A segregação dos materiais a serem reciclados pode ser realizada através de dois
processos:
Coleta seletiva e
Usinas de triagem
Tratamento e disposição final dos resíduos

Coleta Seletiva: Sistema de recolhimento de materiais recicláveis, tais


como papéis, plásticos, vidros, metais, matéria orgânica, etc.,
previamente separados na fonte geradora.

A separação dos materiais recicláveis nas fontes geradoras pode ser de


dois tipos:
 Separando os materiais recicláveis por tipo e acondicionando-os em
recipientes diferenciados; ou
 Agrupando os materiais recicláveis em um único recipiente.
Modalidades de Coleta Seletiva:
A coleta seletiva pode ser realizada através de quatro modalidades
distintas: porta a porta (domiciliar), em postos de entrega voluntária,
em postos de troca ou por catadores.
Tratamento e disposição final dos resíduos

Coleta seletiva porta a porta:


Os veículos coletores percorrem as residências em dias e horários
específicos que não coincidam com a coleta normal.
Os moradores colocam os recicláveis nas calçadas, acondicionados em
recipientes distintos.

Coleta seletiva em postos de entrega voluntária (PEV’s):


Utilizam-se containers ou mesmo pequenos depósitos, colocados em
pontos fixos na cidade, denominados PEV’s, onde o cidadão,
espontaneamente, deposita os recicláveis.
Cada material deve ser colocado num recipiente específico (com
nome e cor).
Tratamento e disposição final Além das cores, alguns
dos resíduos símbolos são comumente
utilizados para caracterizar os
A Resolução CONAMA
diferentes materiais:
nº275, de 25/4/2001
estabelece o código de
cores para os diferentes
tipos de resíduos, a ser
adotado na identificação
de recipientes:

Substância Substância
infectante química
Tratamento e disposição final dos resíduos
Coleta seletiva por catadores
Um programa de coleta seletiva deve contemplar o trabalho dos catadores de
rua, formando cooperativas que atuam na separação de materiais recicláveis.
Estima-se hoje no Brasil a atuação de cerca de 200 mil catadores de rua
(autônomos e em cooperativas), responsáveis pela coleta de vários tipos de
materiais. A valorização do trabalho dos catadores permite não só ganhos
econômicos, mas também sociais.

Aspectos Positivos da Coleta Seletiva:


• Proporciona boa qualidade dos materiais recuperados;
• Estimula a cidadania (resgate da cidadania);
• Permite maior flexibilidade;
• Reduz o volume do lixo que vai ser disposto.
Aspectos Negativos da Coleta Seletiva:
• Aumento dos gastos com a coleta;
• Necessita, mesmo com a segregação na fonte, de um centro de triagem.
Tratamento e disposição final dos resíduos
Usinas de triagem: São unidades utilizadas
para a separação dos materiais recicláveis
proveniente da coleta normal e transporte do
lixo.

Aspectos Positivos da Usina de Triagem:


• Não requer alteração do sistema convencional
de coleta;
• Possibilita o aproveitamento da fração
orgânica do lixo, pela sua compostagem.
Aspectos Negativos da Usina de Triagem:
• Investimento em equipamentos que vão
constituir a usina;
• Necessidade de técnicos capacitados para
operar a usina;
• Menor qualidade dos materiais recicláveis
separados do lixo.
Tratamento e disposição final dos resíduos
Estabilização ou Solidificação:
Processo de estabilização (ou fixação) dos resíduos perigosos a fim de
transformá-los em materiais menos poluentes, através da adição de
aglomerantes e produtos químicos, envolvendo reações químicas e operações
físicas.
A solidificação de lamas tóxicas tem por objetivo alterar o estado físico,
simplificando o manuseio, o transporte, o acondicionamento, a disposição
final dos resíduos, e principalmente fixar os contaminantes perigosos.

As principais técnicas de solidificação são:


- Solidificação com cimento;
- Solidificação com materiais termoplástico;
- Vitrificação ou incorporação em materiais cerâmicos.

Os resíduos solidificados com cimento, ou qualquer outro aglomerante, se


descartados, devem ser dispostos em aterro sanitários.
Tratamento e disposição final dos resíduos

Encapsulamento:
Consiste no envolvimento de resíduos por jaquetas ou camisas de
material inertes.

São técnicas que, uma vez garantida a inviolabilidade do invólucro


oferece segurança muito grande contra a lixiviação de poluentes
encapsulados.

Em se tratando de resíduos perigosos, é ainda usual o acondicionamento


do material encapsulado em tambores, antes de sua disposição em
aterros.

O material mais empregado para o encapsulamento é o polietileno.


Como em qualquer operação de manuseio e tratamento de resíduos
perigosos, devem ser tomados cuidados durante os processos de
estabilização evitando a mistura de materiais que possam reagir
Tratamento e disposição final dos resíduos

 Lixão: É uma forma inadequada de disposição final de resíduos


sólidos municipais, que se caracteriza pela simples descarga sobre
o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde
pública.

 Aterro controlado: Caracteriza-se basicamente pelo simples


enterramento dos resíduos sólidos, não se levando em conta os
problemas ambientais resultantes da sua decomposição.

 Aterro sanitário: É um processo utilizado para a disposição de


resíduos sólidos no solo, que é fundamentado em critérios de
engenharia e normas operacionais específicas, permite um
confinamento seguro em termos de controle de poluição ambiental
e proteção à saúde pública.
Resíduos
Industriais
Logística Reversa
 Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado
pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar
a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou
outra destinação final ambientalmente adequada.

gerador

Logística
Importador Poder público
reversa

fabricante
Logística Reversa

 Resíduos com logística


reversa obrigatória:
 Agrotóxicos, seus resíduos e
embalagens,
 Pilhas e baterias,
 Pneus,
 Lâmpadas fluorescentes de
vapor de sódio e mercúrio e
de luz mista ,
 Óleos lubrificantes, seus
resíduos e embalagens
 Produtos eletroeletrônicos e
seus componentes
Impactos ambientais do gerenciamento
inadequado dos resíduos

Água Ar Solo População

Contaminação dos Contaminação Lixiviação doenças


rios, lagos,etc.
Contaminação do Material Degradação Atração de vetores
lençol freático particulado
Bactérias Odor forte Saturação do solo Poluição visual
pH Alteração da Desertificação
camada de ozônio
Perda de Poluição sonora
biodiversidade
Inundações
Até breve!

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