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TECNOLOGIA MECÂNICA
Tecnologia Mecânica
Índice
Ferro gusa................ ........................................................................................................................ 2
Alto-forno........................................................................................................................................... 2
Aços.................................................................................................................................................. 4
Conversores ..................................................................................................................................... 4
Fornos elétricos................................................................................................................................. 5
Forno a arco...................................................................................................................................... 5
Forno de indução............................................................................................................................. 5
Aço comum........................................................................................................................................ 6
Aços ligados...................................................................................................................................... 7
Sistema de classificação dos aços..................................................................................................... 9
Tratamentos térmicos......................................................................................................................... 10
Tipos de Ferro fundido....................................................................................................................... 13
Alumínio ............................................................................................................................................ 15
Cobre ................................................................................................................................................ 17
Processos de conformação mecânica........................................................................................... 18
Laminação ........................................................................................................................................ 18
Laminadores...................................................................................................................................... 19
Forjamento ....................................................................................................................................... 20
Forjamento em Matriz Aberta............................................................................................................ 20
Forjamento em Matriz Fechada......................................................................................................... 20
Trefilação .......................................................................................................................................... 22
Extrusão ........................................................................................................................................... 23
Estampagem.... ................................................................................................................................ 24
Roscas................................................................................................................................................ 27
Parafusos........................................................................................................................................... 27
Porcas e arruelas.............................................................................................................................. 28
Anéis elásticos................................................................................................................................... 33
Chavetas ........................................................................................................................................... 34
Elementos de transmissão................................................................................................................. 37
Polias e correias................................................................................................................................. 37
Correntes ........................................................................................................................................... 40
Engrenagens ..................................................................................................................................... 42
Rolamentos ....................................................................................................................................... 45
Tabelas .............................................................................................................................................. 50
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Tecnologia Mecânica
Ferro Gusa
Ferro é o metal mais utilizado pelo homem. A abundância dos minerais, o custo relativamente
baixo de produção e as múltiplas propriedades físico-químicas que podem ser obtidas com
adição de outros elementos de liga são fatores que dão ao metal uma extensa variedade de
aplicações. Alguns metais (cobre, por exemplo) podem ser empregados no estado
quimicamente quase puro. Entretanto, isso não ocorre com o ferro. No uso prático, está sempre
ligado ao carbono e a outros elementos e, assim, no âmbito da ciência dos materiais e também
na linguagem do dia-a-dia, a palavra ferro pode ser entendida como uma liga dos elementos
químicos ferro, carbono e outros. Os itens a seguir dão algumas definições básicas.
• Aço: denominação genérica para ligas de ferro-carbono com teores de carbono de 0,008 a
2,11%, contendo outros elementos residuais do processo de produção e podendo conter outros
propositalmente adicionados (elementos de liga).
• Ferro fundido: designação genérica para ligas de ferro-carbono com teores de carbono acima
de 2,11%.
Alto-forno
Um alto-forno pode ter até 35 metros de altura. Fica dentro de um complexo industrial chamado
usina siderúrgica e é o principal equipamento utilizado na metalurgia do ferro. Sua produtividade
diária gira em torno de 8.000 toneladas.
O alto-forno é construído de tijolos e envolvido por uma carcaça protetora de aço. Todas as suas
partes internas, sujeitas a altas temperaturas, são revestidas com tijolos chamados “refratários”
porque suportam essas temperaturas sem derreter. Três zonas fundamentais caracterizam o
alto-forno: o fundo chamado cadinho; a segunda seção chamada rampa; e a seção superior
chamada cuba.
O cadinho é o lugar onde o gusa líquido é depositado. A escória (conjunto de impurezas que
devem ser separadas do gusa), que se forma durante o processo, flutua sobre o ferro que é
mais pesado. No cadinho há dois furos: o furo de corrida, aberto de tempos em tempos para que
o ferro líquido escoe, e o furo para o escoamento da escória.
Como a escória flutua, o furo para seu escoamento fica acima do furo de corrida. Assim, sobra
espaço para que uma quantidade razoável de ferro seja acumulada entre as corridas.
Na rampa, acontecem a combustão e a fusão. Para facilitar esses processos, entre o cadinho e
a rampa ficam as ventaneiras, que são furos distribuídos uniformemente por onde o ar pré-
aquecido é soprado sob pressão.
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Tecnologia Mecânica
A cuba ocupa mais ou menos dois terços da altura total do alto-forno. É nela que é colocada,
alternadamente e em camadas sucessivas, a carga, composta de minério de ferro, carvão e os
fundentes (cal, calcário).
Quando o minério de ferro, o coque e os fundentes são introduzidos na parte superior (goela) da
rampa, algumas coisas acontecem:
os óxidos de ferro sofrem redução, ou seja, o oxigênio é eliminado do minério de ferro;
a ganga se funde, isto é, as impurezas do minério se derretem;
gusa se funde, quer dizer, o ferro de primeira fusão se derrete;
ferro sofre carbonetação, quer dizer, o carbono é incorporado ao ferro líquido;
certos elementos da ganga são parcialmente reduzidos, ou seja, algumas impurezas são
incorporadas ao gusa.
Tudo isso não é nenhuma mágica. São, apenas, as reações químicas provocadas pelas altas
temperaturas obtidas lá dentro do forno que trabalham com o princípio da contra-corrente. Isso
quer dizer que enquanto os gases redutores, resultantes da combustão sobe, a carga sólida vai
descendo.
A redução dos óxidos de ferro acontece à medida que o minério, o agente redutor (coque ou
carvão vegetal) e os fundentes (calcário ou dolomita) descem em contra-corrente, em relação
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aos gases. Esses são o resultado da queima do coque (basicamente, carbono) com o oxigênio
do ar quente (em torno de 1.000ºC) soprado pelas ventaneiras, e que escapam da zona de
combustão, principalmente para cima, e queimam os pedaços de coque que estão na abóbada
(ou parte superior) da zona de combustão.
A escória é uma espécie de massa vítrea formada pela reação dos fundentes com algumas
impurezas existentes no minério. Ela pode ser aproveitada para a fabricação de fertilizantes ou
de cimentos para isolantes térmicos.Conforme o coque vai se queimando, a carga vai descendo
para ocupar os espaços vazios. Esse movimento de descida vai se espalhando lateralmente
pela carga, até atingir toda a largura da cuba.
As reações de redução, carbonetação e fusão que nós descrevemos anteriormente geram dois
produtos líquidos: a escória e o ferro-gusa, que são empurrados para os lados, pelos gases que
estão subindo e escorrem para o cadinho, de onde saem pelo furo de corrida (gusa) e pelo furo
da escória.
Ao sair do alto-forno, o gusa (com teor de carbono entre 3,0 e 4,5%) pode seguir um, entre dois
caminhos: pode ir para a fundição, para ser usado na fabricação de peças de ferro fundido, ou
pode ir para a aciaria, onde pode ser misturado com sucata de aço ou, eventualmente, com
outros metais, para se transformar em aço, ou seja, uma liga ferrosa com um teor de carbono de
menos de 2,11%.
Aços
Os aços são obtidos a partir do gusa . Para transformar o gusa em aço, é necessário que ele
passe por um processo de oxidação - combinação do ferro e das impurezas com o oxigênio até
que a concentração de carbono e das impurezas se reduza a valores desejados.
Os fornos que usam esse princípio, ou seja, a injeção de ar ou oxigênio diretamente no gusa
líquido, são chamados “conversores” e são de vários tipos. Os mais conhecidos são:
Conversor Bessemer
Conversor Thomas
Conversor LD (Linz Donawitz)
Conversores
O conversor Bessemer é constituído por uma carcaça de chapas de aço, soldadas e rebitadas.
Essa carcaça é revestida, internamente, com uma grossa camada de material refratário.Seu
fundo é substituível e é cheio de orifícios por onde entra o ar sob pressão.É montado sobre
eixos que permitem colocá-lo na posição horizontal, para a carga do gusa e descarga do aço, e
na posição vertical para a produção do aço. A alta temperatura é alcançada e mantida, devido
às reações químicas que acontecem quando o oxigênio do ar injetado entra em contato com o
carbono do gusa líquido. Nesse processo, há a combinação do oxigênio com o ferro, formando o
óxido de ferro (FeO) que, por sua vez, se combina com o silício (Si), o manganês (Mn) e o
carbono (C), eliminando as impurezas sob a forma de escória e gás carbônico.
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O uso de conversores tem uma série de vantagens: alta capacidade de produção, dimensões
relativamente pequenas, simplicidade de operação e o fato de as altas temperaturas não serem
geradas pela queima de combustível, mas pelo calor que se desprende no processo de
oxidação dos elementos que constituem a carga de gusa líquido.
Por outro lado, as desvantagens são: impossibilidade de trabalhar com sucata, perda de metal
por queima, dificuldade de controlar o processo com respeito à quantidade de carbono,
presença de considerável quantidade de óxido de ferro e de gases, que devem ser removidos
durante o vazamento.
Dos conversores, saem aços usados na fabricação de chapas, tubos soldados, perfis laminados,
arames.
Fornos elétricos
É nos fornos elétricos que se transforma sucata em aço. Por esse processo, transforma-se
energia elétrica em energia térmica, por meio da qual ocorre a fusão do gusa e da sucata, sob
condições controladas de temperatura e de oxidação do metal líquido. É um processo que
permite, também, a adição de elementos de liga que melhoram as propriedades do aço e lhe
dão características excepcionais. Por causa disso, esse é o melhor processo para a produção
de aços de qualidade.
Os fornos elétricos são basicamente de dois tipos: a arco elétrico e de indução.
O forno a arco elétrico é constituído de uma carcaça de aço feita de chapas grossas soldadas
ou rebitadas, de modo a formar um recipiente cilíndrico com fundo abaulado. Essa carcaça é
revestida na parte inferior (chamada soleira) por materiais refratários, de natureza básica
(dolomita ou magnesita) ou ácida (sílica), dependendo da carga que o forno vai processar. O
restante do forno é revestido com tijolos refratários silicosos. Os eletrodos responsáveis,
juntamente com a carga metálica, pela formação do arco elétrico estão colocados na abóbada
(parte superior) do forno.
A carga de um forno a arco é constituída, basicamente, de sucata e fundente (cal). Nos fornos
de revestimento ácido, a carga deve ter mínimas quantidades de fósforo e enxofre. Nos fornos
de revestimento básico, a carga deve ter quantidades bem pequenas de silício.
Durante o processo, algumas reações químicas acontecem: a oxidação, na qual oxidam-se as
impurezas e o carbono, a desoxidação, ou retirada dos óxidos com a ajuda de agentes
desoxidantes, e a dessulfuração, quando o enxofre é retirado. É um processo que permite o
controle preciso das quantidades de carbono presentes no aço.
O forno de indução, também processa sucata. O conjunto que compõe esse forno é formado
de um gerador com motor de acionamento, uma bateria de condensadores e uma câmara de
aquecimento. Essa câmara é basculante e tem, na parte externa, a bobina de indução.
O cadinho é feito de massa refratária socada dentro dessa câmara, onde a sucata se funde por
meio de calor produzido dentro da própria carga.
Para a produção do aço, liga-se o forno, e os pedaços de sucata que devem ser de boa
qualidade vão sendo colocados dentro do forno, à medida que a carga vai sendo fundida.
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Aço comum
O aço mais comum que existe é o aço-carbono, uma liga de ferro com pequenas quantidades de
carbono (máximo 2,11%) e elementos residuais, ou seja, elementos que ficam no material
metálico após o processo de fabricação.
Dentro do aço, o carbono, juntando-se com o ferro, forma um composto chamado carbeto de
ferro (Fe3C), uma substância muito dura. Isso dá dureza ao aço, aumentando sua resistência
mecânica. Por outro lado, diminui sua ductilidade, sua resistência ao choque e à soldabilidade, e
torna-o difícil de trabalhar por conformação mecânica. Esse tipo de aço constitui a mais
importante categoria de materiais metálicos usada na construção de máquinas, equipamentos,
estruturas, veículos e componentes dos mais diversos tipos, para os mais diferentes sistemas
mecânicos.
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Aços ligados
Os aços-liga ou aços especiais são obtidos mediante a adição e dosagem de certos elementos
ao aço-carbono quando esse está sendo produzido.
Os principais elementos que adicionam-se aos aços são os seguintes: alumínio (Al), manganês
(Mn), níquel (Ni), cromo (Cr), molibdênio (Mo), Vanádio (V), Silício (Si), cobre (Cu), cobalto (Co)
e tungstênio (W).
Com a adição desses elementos, de forma isolada ou combinada em porcentagens variáveis,
fabrica-se uma enorme variedade de aços-liga, cada qual com suas características e aplicações.
Por exemplo, os aços normalmente utilizados para fabricar ferramentas de corte são conhecidos
pelo nome de aços rápidos. Esses aços apresentam, em sua composição, porcentagens
variáveis de cromo, tungstênio, vanádio, cobalto, manganês e molibdênio. Por sua vez, os aços
inoxidáveis apresentam de 12 a 17% de cromo em sua composição, além de porcentagens
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variáveis de silício, manganês e níquel.De um modo geral, ao introduzir elementos de liga nos
aços visa-se aos seguintes objetivos:alterar as propriedades mecânicas;aumentar a
usinabilidade;aumentar a temperabilidade;conferir dureza a quente; umentar a capacidade de
corte;conferir resistência ao desgaste;conferir resistência ä corrosão;conferir resistência à
oxidação (ao calor);modificar as características elétricas e magnéticas.
Na tabela, a seguir, são mostrados os efeitos dos elementos de liga mais comuns, que são
incorporados nos aços especiais, considerando a influência que eles exercem em algumas
propriedades que os aços especiais devam apresentar.
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SAE AISI
25 XX 25 XX aços-níquel com 5% de Ni
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Tratamentos térmicos
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NORMALIZAÇÃO
Tratamento térmico, através do qual determinados aços, após a austenitização, são resfriados
ao ar.
RECOZIMENTO
• Recozimento pleno
Tratamento térmico no qual os aços após austenitização e homogeneização química,
são resfriados lentamente, normalmente dentro do forno, a microestrutra obtida está
prevista no diagrama Fe-C.
TÊMPERA E REVENIDO
Tratamento térmico que tem como objetivo a obtenção de uma microestrutura que
proporcione propriedades de DUREZA e RESISTÊNCIA MECÂNICA elevadas.
A peça a ser temperada é aquecida à temperatura de austenitização e em seguida é
submetida a um resfriamento brusco, ocorrendo aumento de dureza. Durante o resfriamento,
a queda de temperatura promove transformações estruturais que acarretam o surgimento de
tensões residuais internas. Sempre após a têmpera, temos que realizar o revenimento, para
a transformação da martensita em martensita revenida.
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Tratamentos termoquímicos
NITRETAÇÃO
Tratamento termoquímico de endurecimento superficial, baseado na
introdução de nitrogênio em sua superfície. O processo se realiza,
expondo a peça em uma atmosfera do forno rica em nitrogênio.
CARBONITRETAÇÃO
Tratamento termoquímico, em que se promove o enriquecimento
superficial simultâneo com carbono e nitrogênio.
CEMENTAÇÃO
Tratamento termoquímico de endurecimento superficial, baseado na
introdução de carbono na superfície. O processo é realizado com a
exposição do aço em uma atmosfera rica em carbono livre.
• Cementação Gasosa
O processo é realizado em fornos com atmosfera controlada, onde o potencial de
carbono está acima de 0,5%.
• Cementação Líquida
O processo é realizado em banhos líquidos, com sais fundidos (Banho de Sal).
• Cementação Sólida (Em Caixa)
O processo é realizado em peças cobertas com material sólido, rico em carbono.
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Ferro Fundido
O ferro fundido é obtido no forno cubilô usando como
matéria -prima o ferro gusa e sucatas
de aço e ferros fundidos (fofos). É um forno vertical
cilíndrico revestido de tijolos refratários e
equipado com ventaneiras na parte inferior.A carga, que é
feita por uma abertura lateral, na parte superior e consiste
de ferro gusa, sucatas
de ferro fundido e aço, carvão coque e calcário. Essas
matérias-primas são depositadas em
camadas alternadas. O metal fundido se reúne no fundo do
forno, de onde é escoado pela bica a determinados
intervalos de tempos. A escória é previamente retirada por
outro orifício situado
em um nível mais alto. O fundo do forno cubilô também
pode ser removido para a limpeza e
reparação da sola.
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O ferro fundido branco e formado no processo de solidificacao, quando não ocorre a formação
da grafita e todo o carbono fica na forma de carboneto de ferro (cementita). Daı, sua cor clara.
Para que isso aconteça, tanto os teores de carbono quanto os de silício devem ser baixos e a
velocidade de resfriamento deve ser maior. Nos ferros fundidos brancos ligados, elementos
como o cromo, o molibdênio e o vanádio funcionam como estabilizados dos carbonetos,
aumentando a dureza.Por causa da elevada dureza, os ferros fundidos brancos são frágeis,
embora tenham uma grande resistência `a compressão, ao desgaste e `a abrasão. Essa
resistência e dureza se mantém mesmo em temperaturas elevadas. Por isso, esse tipo de
material ferroso ´e empregado em equipamentos de manuseio de terra, mineração e moagem,
rodas de vagões e revestimentos de moinhos.
O ferro fundido maleável ´e um material que reúne as vantagens do aço e as do ferro fundido
cinzento. Assim, ele tem, ao mesmo tempo, alta resistência mecânica a alta fluidez no estado
lıquido, o que permite a produção de pecas complexas e finas.
O ferro fundido maleável ´e produzido a partir de um ferro fundido branco submetido a um
tratamento térmico, por varias horas, que torna as pecas fabricadas com este material mais
resistentes ao choque e `as deformações. Dependendo das condições do tratamento térmico, o
ferro pode apresentar o núcleo preto ou branco.
O ferro fundido nodular, apresenta partículas arredondadas de grafita. Isso ´e obtido com
a adição de elementos, como o magnésio, na massa metálica ainda lıquida. Com o auxılio de
tratamentos térmicos adequados, esse material pode apresentar propriedades mecânicas, como
a ductilidade, a tenacidade, a usinabilidade e as resistências mecânica e `a corrosão, melhores
do que as de alguns aços-carbono. Devido ao menor custo de processamento, esta substituindo
alguns tipos de aços e ferros fundidos maleáveis na maioria de suas aplicações. a tabela abaixo
apresenta algumas informações a respeito dos ferros fundidos.
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Alumínio
O alumínio ´e um metal retirado de um minério chamado bauxita, que existe em grande quanti
dade na natureza. Na verdade, cerca de 8% da crosta terrestre são constituídos pelo alumínio.
Isso o torna o metal mais abundante no nosso planeta.
Quando comparamos sua historia com a do ferro ou do cobre, descobrimos que sua utilização
e muito recentemente. Ela só se tornou realidade com o desenvolvimento tecnológico propor-
cionado pela Revolução Industrial.
Atualmente, seu volume de produção e maior do que o de todos os outros metais nao-ferrosos
juntos. O processo de obtenção do alumínio e constituído por duas etapas:
• Obtenção da alumina;
• Obtenção do alumínio.
Apos a obtenção do minério (bauxita), são retiradas impurezas da bauxita para que sobre
somente a alumina. Para isso, a bauxita ´e triturada em moinho especifico e misturada com uma
solução de soda caustica no digestor. Dessa forma, a alumina e dissolvida, a sílica contida na
pasta e eliminada, mas as outras impurezas não. Então, elas são separadas por processos de
sedimentação e filtragem no decantador e no filtro .prensa respectivamente.
A solução resultante, chamada aluminato de sódio, e colocada em um precipitador e, nesse
processo, obtém-se a alumina hidratada. Nesse ponto, a alumina hidratada pode seguir um
entre dois caminhos: pode ser usada como esta ou ser levada para os calcinadores. No primeiro
caso, será matéria-prima para produtos químicos, como o sulfato de alumínio, usado no
tratamento da água e na industria de papel. Poderá ser empregada, também, na produção de
vidros, corantes e cremes dentais.
O aluminato de sódio ´e matéria-prima não só para a produção de alumínio, mas também de
abrasivos, refratário, isoladores térmicos, tintas e cerâmicos de alta tecnologia.
Na seqüência do processo de produção do alumínio, o aluminato de sódio precisa perder a água
que se encontra quimicamente combinada em seu interior. Tal processo acontece nos
calcinadores nos quais ´e aquecido a temperaturas entre 1000oC e 1300oC formando a alumina
(Al2O3). Para se obter o alumínio ´e preciso retirar esse oxigênio que esta dentro da alumina.
Como essa ligação do oxigênio com o alumínio e muito forte, e impossível separá-lo utilizando
os redutores conhecidos, como o carbono, por exemplo, que e usado na redução do ferro. Esse
foi o problema que impediu o uso desse metal ate pouco mais de cem anos atrás. E isso foi
resolvido com a utilização de fornos eletrolíticos.
O processo funciona da seguinte forma: a alumina e dissolvida dentro dos fornos eletrolíticos em
um banho químico `a base de fluoretos. Os fornos são ligados a um circuito elétrico, em serie,
que fornece corrente contınua. No momento em que a corrente elétrica passa através do banho
químico, ocorre uma reação e o alumínio se separa da solução e libera o oxigênio. O alumínio
lıquido se deposita no fundo do forno e ´e aspirado a intervalos regulares por meio de sifões.
Depois disso, ele será resfriado sob a forma lingotes, barras ou tarugos para ser utilizado na
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Cobre
Inicialmente, por causa da cor e da possibilidade de trabalhar o metal a frio, o homem deve ter
usado o cobre principalmente para fazer objetos de adorno; brincos, colares, pulseiras. Depois,
percebendo as enormes possibilidades do material, passou a fabricar outros tipos de objetos:
vasilhas, tacas, armas e ferramentas. No antigo Egito, por exemplo, cunhas e serras feitas de
cobre foram usadas na construção das pirâmides.
E encontrado na natureza em estado nativo e combinado formando minérios que podem ser
óxidos ou sulfetos, conforme apareça associado ao oxigênio ou ao enxofre. Os principais
minérios
de cobre calcosita (sulfeto de cobre) e calcopirita (sulfeto duplo de ferro e cobre), cuprita (´oxido
de cobre).
O tratamento metalúrgico consiste simplesmente na redução do minério. Esta redução e feita
em forno de cuba, onde reduz o minério com combustível e fundente.
Quando se trata o minério sulfurado, o processo consiste numa ustulacao (aquecimento do
minério sem fusão) que elimina o enxofre. Em seguida procede-se a redução, obtendo-se o
cobre bruto que posteriormente deve ser refinado.
O cobre e um metal nao-ferroso e não magnético que se funde a 1080oC e, depois da prata, e o
melhor condutor de eletricidade e calor. E um metal ductil e maleável que pode ser laminado
a frio ou a quente. Ao ser laminado a frio, estirado ou estampado, adquire um endurecimento
superficial que aumenta sua resistência, porem diminui sua maleabilidade. Isso o torna mais
frágil, o que ´e corrigido com o tratamento térmico.
Em contato com o ar seco e em temperatura ambiente, o cobre não sofre alterações, isto ´e, não
se oxida. Em contato com o ar ´úmido, no entanto, ele se recobre de uma camada esverdeada
popularmente conhecida por azinhave, ou ”zinabre” (hidrocarbonato de cobre). O zinabre
impede a oxidação do cobre, mas e prejudicial à saúde. Por isso, recomenda-se lavar as mãos
sempre que se manusear pecas de cobre.
O cobre e um metal relativamente escasso. Ha somente 0,007% de cobre na crosta terrestre e,
como vem sendo usado ha milhares de anos, seu custo e alto em relação a outros metais mais
abundantes. Por isso, para muitas aplicações o cobre vem sendo substituído pelo alumínio.
Por suas características, o cobre e usado nas seguintes aplicações: componentes de radar,
enrolamento de rotores para geradores e motores, trilhas de circuitos impressos, caldeiras,
tachos,alambiques, tanques, câmaras de esterilização, permutadores de calor, radiadores e
juntas para industria automotiva, pecas para aparelhos de ar condicionado e refrigeradores,
condutores para gás e águas pluviais, etc.
Pode ser usado como elemento de liga, geralmente adicionado para aumentar a resistência `
corrosão. E o caso, por exemplo, do aço ao carbono: adiciona-se cobre ao aço quando se
deseja melhorar sua resistência a corrosão. Em relação ao alumínio, a adição de cobre confere
a essa liga maior resistência mecânica.Para melhorar as suas propriedades podem ser
adicionados elementos de ligas que lhe conferem características diferenciadas. As principais
ligas de cobre são: bronze, latão e ligas de cobre-nıquel.
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São aqueles que alteram a geometria do material (forma) por deformação plástica,
através de forças aplicadas por ferramentas adequadas, que podem variar desde
pequenas matrizes até grandes cilindros. As vantagens com este processo são muitas: bom
aproveitamento da matéria; rapidez na execução; possibilidade de controle das
propriedades mecânicas; e possibilidade de grande precisão e tolerância dimensional. É
importante observar, entretanto, que o ferramental e os equipamentos possuem um custo muito
elevado, exigindo grandes produções para justificar o processo economicamente. Quando o
processo de conformação da peça mecânica é realizado com o material no estado sólido,
aplicando-se esforços que provocam tensões abaixo da tensão limite de resistência
desse material, definimos esse processo como sendo realizado por conformação plástica ou
seja, o material metálico é trabalhado dentro de sua região plástica. A temperatura na qual o
material da peça é conformado, apresenta uma importância elevada pois dependendo do seu
valor, ocorrerão mudanças metalúrgicas que tornando o material mais dúctil, facilitarão
seu processamento, além de melhorarem seu comportamento para uso posterior.
Os processos amplamente usados em fabricação de peças metálicas e que se enquadram nesta
definição são:
• Laminação
• Extrusão
• Trefilação
• Forjamento
• Estampagem
LAMINAÇÃO: conjunto de processos em que se faz o material passar através da
abertura entre cilindros que giram (tipo massa de pastel), reduzindo a seção transversal; os
produtos podem ser placas, chapas, barras de diferentes seções, trilhos, perfis diversos, anéis
e tubos.
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Laminadores
Um laminador consiste basicamente de cilindros (ou rolos), mancais, uma carcaça
chamada de gaiola ou quadro para fixar estas partes, e um motor para fornecer potência aos
cilindros e controlar a velocidade de rotação. As forças envolvidas na laminação podem
facilmente atingir milhares de toneladas, portanto é necessária uma construção bastante
rígida, além de motores muito potentes para fornecer a potência necessária. Dessa forma,
o custo de uma moderna instalação de laminação é da ordem de milhões de dólares e
são consumidas muitas horas de projetos, uma vez que esses requisitos são multiplicados
para as sucessivas cadeiras de laminação contínua (chamado de “tandem mill”). Os cilindros de
laminação são de aço fundido ou forjado. Compoem-se de três partes (ver figura abaixo): a
mesa, onde se realiza a laminação, e pode ser lisa ou com canais; os pescoços, onde se
encaixam os mancais; e os trevos ou garfos de acionamento. Os cilindros são aquecidos
pelo material laminado a quente e é de grande importância um resfriamento adequado deles,
usualmente através de jatos de água.
FORJAMENTO
Processo de conformação por esforços compressivos fazendo o material assumir o contorno
da ferramenta conformadora, chamada matriz ou estampo. Moedas, parafusos, âncoras e
virabrequins estão entre os produtos do forjamento.
Forjamento é o nome genérico de operações de conformação mecânica efetuadas com esforço
de compressão sobre um material dúctil, de tal modo que ele tende a assumir o contorno
ou perfil da ferramenta de trabalho. Na maioria das operações de forjamento emprega-se
um ferramental constituído por um par de ferramentas de superfície plana ou côncava,
denominado matriz ou estampo. A maioria das operações de forjamento é executada a
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quente; contudo, uma grande variedade de peças pequenas, tais como parafusos, pinos,
porcas, engrenagens, pinhões, etc., são produzidas por forjamento a frio. O forjamento é o mais
antigo processo de conformar metais, tendo suas origens no trabalho dos ferreiros de muitos
séculos antes de Cristo. A substituição do braço do ferreiro ocorreu nas primeiras etapas
da Revolução Industrial. Atualmente existe um variado maquinário de forjamento, capaz de
produzir peças das mais variadas formas e tamanhos, desde alfinetes, pregos, parafusos e
porcas, até rotores de turbinas e asas de avião.
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(b) Prensas, que deformam o metal submetendo-o a uma compressão contínua com
velocidade relativamente baixa. Todas as camadas da estrutura são atingidas, dando
maior homogeneidade à estrutura da peça.
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TREFILAÇÃO
O processo de trefilação ocorre pelo tração do produto através da matriz denominada fieira,
sendo normalmente realizado a frio, com sucessivos passes que provocam pequenas
reduções de seção transversal.
A fieira é o dispositivo básico da trefilação e compõe todos os equipamentos trefiladores
Material: os materiais dependem das exigências do processo (dimensões, esforços) e do
material a ser trefilado. Os mais utilizados são:Carbonetos sinterizados (sobretudo WC) – widia,
Metal duro,etc. (figura abaixo)Aços de alto C revestidos de Cr (cromagem dura)Aços especiais
(Cr-Ni, Cr-Mo, Cr-W, etc.)Ferro fundido brancoCerâmicos (pós de óxidos metálicos
sinterizados)Diamante(p/ fios finos ou de ligas duras)
Tais características fazem com que esse processo seja indicado para a produção de fios,
arames e fios-máquina de materiais como o aço, ligas de alumínio, cobre e materiais nobres.
Outra aplicação do processo refere-se à obtenção de barras de diversos perfis com
comprimentos limitados às dimensões das instalações. Como característica peculiar, tais
barras apresentam elevada qualidade em termos de forma de sua seção transversal, de
duas dimensões e acabamento superficial, garantida pela rigidez do equipamento utilizado
e pelas características de construção das matrizes e da qualidade dos materiais nelas
empregados.
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EXTRUSÃO
A extrusão de peças metálicas é um processo amplamente usado para a produção de perfis de
diversos materiais como os aços, alumínio e suas ligas e o cobre e suas ligas. O tarugo do
material a ser conformado é colocado num recipiente e através da ação de um êmbolo é
extrudado através da matriz que possui a forma e as dimensões do produto desejado. Este
processo é definido extrusão direta, onde o sentido de avanço do êmbolo é o mesmo da saída
do produto e é usado para a produção de perfis variados, normalmente realizado a
quente (temperaturas elevadas) devido às grandes reduções de seção transversal
efetuadas, usando-se prensas hidráulicas horizontais com a obtenção de produtos com
comprimentos limitados.
Na extrusão inversa o sentido de avanço do êmbolo é contrário ao de saída do produto, sendo
normalmente empregado para a obtenção de tubos e recipientes de ligas de alumínio, realizado
a frio (à temperatura ambiente) em prensas mecânicas de impacto, com a obtenção de
produtos com comprimentos limitados.
A qualidade dos produtos obtidos nos diversos processos por extrusão é garantida pela
rigidez alcançada nos conjuntos de dispositivos (êmbolos, recipientes) e ferramentas (matrizes)
bem como nos equipamentos utilizados (normalmente prensas hidráulicas). Os desvios
observados em dimensões e forma dos produtos são causados pela contração térmica
ocorrida nos processos a quente e, em menor intensidade, pela recuperação elástica que
ocorre após a extrusão a frio de ligas dúcteis.
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ESTAMPAGEM
Por estampagem entende-se o processo de fabricação de peças, através do corte ou
deformação de chapas em operação de prensagem a frio.
Emprega-se a estampagem de chapas para fabricar-se peças com paredes finas feitas de chapa
ou fita de diversos metais e ligas. As operações de estampagem podem ser resumidas em três
básicas: corte, dobramento e embutimento ou repuxo.
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Alta produção;
Reduzido custo por peça;
Acabamento bom, não necessitando processamento posterior;
Maior resistência das peças devido à conformação, que causa o encruamento no material
Baixo custo de controle de qualidade devido à uniformidade da produção e a facilidade para a
detecção de desvios.
Como principal desvantagem deste processo, podemos destacar o alto custo do ferramental,
que só pode ser amortizado se a quantidade de peças a produzir for elevada.
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ROSCAS
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PARAFUSOS
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PORCAS e ARRUELAS
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ANÉIS ELÁSTICOS
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CHAVETAS
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ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO
Correias:
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Cálculo de rotação
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Correntes
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ENGRENAGENS
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Cálculo de Rotação
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Rolamentos
Tipos e finalidades
Os rolamentos podem ser de diversos tipos: fixo de uma carreira de esferas, de contato angular
de uma carreira de esferas, autocompensador de esferas, de rolo cilíndrico, autocompensador
de uma carreira de rolos, autocompensador de duas carreiras de rolos, de rolos cônicos, axial
de esfera, axial autocompensador de rolos, de agulha e com proteção.
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Rolamento de agulha
Possui uma seção transversal muito fina em comparação com os rolamentos de rolos comuns.
É utilizado especialmente quando o espaço radial é limitado.
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