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Caldas do Rego Freitas Dabus Matut, Alvaro f, Claudio Luiz Dados arco de Catala ma baci IP {CimaraBraeis do ie, SF 09.06470 cpu 34751 Indices para catélogo sistematico: 1. Responsabilidade chil : Dircto civil aust Coordenacao Rosa Maria de Andrade Nery Rogério Donnini ~ Responsabilidade Civil Estudos em homenagem ao Professor Rui Geraldo Camargo Viana Danelaezi Carlos Alberto Dabus Malut Claudio Luiz Bueno de Godoy U~ Daisy Gogliano Elsabete Fernanda Rocha Lourengo Levy? GGiselda Maria Fernandes Novaes Hironaka Glauber Moreno Talavera [DiREITO-CIVIL BIBLIOTECA, REVISTA DOS TRIBUNAIS internacional Pela pesquisa Que venho faz ernacignal, oinstituto de ie0, nao andow, até o pre- -gulamentaco nas lets dos evidenciado.._ ples, no sentido, pelo menos, da pre- seevacao da sua Sobrevivencia. E certo que cada povo apresenta uma peculiaridade sociolizica tica, econdmica e juridica; entretanto, Dai a possibilidade de uma legist forme, no plano internacion: ‘com fundamento na impenhorabi de do imovel e dos moveis que o guar necem, pela simples fixacao,nesse imo- vel, da residencia de seu proprietirioou de Seu possuidor, com sua familia, ou ainda, de seu locatario ou comodatirio, coma consequente impenhorabilidade dos moveis no imovel existentes Do caso fortuito Excludentes de culpabilidade no Codigo C Canwos Atsento Dasus Maur 4 eda forca maior ~ de 2002 sod, Obnasdaprova5.lévsladensoresponcibidade fo indenizar~6, onclusBes ~Bibliogaia, Introduczo Olegislador brasileiro incluiu,den- tro das consequencias da inexecucio das obrigacdes, 0 caso fortuito ea for- ‘ca maior. O Codigo Civil de 2002 (art 393), repetindo igual dispositivo do de 1916 (art. 1.058), nao pelaFaculdadede! salheiro do Insti de Sto Paulo. Coautor do Codigo Ci comentado, do Curso de drete evi professor Washington de Barros Montei- ro, Advogado em Sto Paulo. gislagdes razem juntas em seus textos as duas expressées. ‘Ao elaborarmos este trabal biamos das dificuldades que encontra- ramos para chegarmos a um resultado positivo sobre 0 pensamento da dou- da doutrina quase tudo da ria desde o direito romano até os dias dehoje, Levantamos na jurisprudéncia (05 mais variados acordaos. 1. Daconceituacio cil definir caso fortuito ou forca maior A primeira distingao a considerar aque, infandadamente, pretenderam ido no direito toe forca de“? Outros, alias, como Lacerda de Almeida, em sua obra Obrigacées,!con- ceituam-no, a0 contrario como “umn su- mas fatal. comoa morte adoenca ete Nessa mesma obra e pagina o mes- tre assim se manifesta sobre forca “Fora maior diz-se mais p previsao, tal uma extraordinaria seca, uma inun- dag, um incéndio, um tufao ete.” Promulgado 0 Codigo Civil fran fs, uma outra diferenciacao'foi suge rida poralguns co a maioria delas ‘oaleance juridico das duasexpressses, sem distingui-las, advertindo apenas aque se tratava, em ambos os casos, de 0 Alves, 1950, obs. a0 art 1.058 do ccasie, 3. Porto Alegre: Cruz Coutinho, 1897, p, 169. éenquanto 0 aso fortuito indicaria um fato do homem (a guerra, as violencias 4 para 0 segundo o sentido das cexptessdes era precisamente 0 oposto: «caso fortuito referir-se-ia a acao e for ‘as ininteligentes, a0 passo que forca maior desigharia o fato de texceiros.* Bsa segunda corrente, frutotalvez da preocupacio da Fscola de exegese, que, no seu louvor pelo “Code Civil” nao Ihe podia atribuir uma incorrecao deforma e foi assimnaturalmente leva dda a querer penetrar 0 pensamento do legislador, traduzido por duas expres- ves diferentes, de modo a encontrar uma significagao especial para cada tuma, como jé se acentuou ~ apesar de no ter nenfuuma base no “Code Napo- leon” eda sua alta deinteressepratico—, cchegou até nossos dias > Entre nds mesmo aceitaram-na Fulgencio, Bento de Faria, Carvalho de Mendonca, Orlando Gomes, Caio Mario da Silva Pereira, Arnoldo Wald, ivaro Villaca Azevedo, Maria Helena jo de Salvo Venosa, que re- 4. V. Amoldo Medeiros da Fonseca, op. eit p.78. 5. Mdem, p.79. ma ambas, que vem a ser dade do evento, ¢ também. se- ~gundo consta dos Codigos ¢ observam juntas aquelas locucdes”, como acon tece no art, 393, pardgrafo unico, do. evitar ou imped No mesmo seni 1.148 do CC frances: aucuns dommages et interés dun force majeure ou jedebiceura éiéempechéde donner ou de aite cea quoiil éaitobli- Ouifas vezes emprega-se uma so delas, sem pretensio de distinguir. ‘Theophile Huc* repele essa sinonimia eensina que: “Caso fortuito é 0 aciden- te produzido por forca fisica inintel 6. Da inexecucao das ebrigacdes e suas 5.ed.,Sd0 Paulo: Saral- et pratique du Code Civil. Paris: Cottilon, 1893, val p13, entendem que: force majeure est un évens designe égalem cas fort Dans la langage juridique moder- ne, les deux expression sont synony- es, Les rédacteurs de Farticle 1148 les ont employées concurrement com Henri de Page; em seu Traité ele imentaive de droit civil belge,® assim se ‘manifesta sobre a materia: sens spéctfique. Us n fication générique, Ona toute fois temté, en doctrine, deleur donner un sens propre. D'apres les uns (Plant lecas fortui désignerait plutaiVévenement impre- 8. Nesse sentido @a opiniao de Mario “tatiz Delgado Regis, Codigo Ci 2008, p.350, 9. Lecons de droit civil, vo. 1, Obligations ihcorie generale 5.ed., Paris’ Montchres- tien, 1973, «as fortuit et force majeure sont syno- nymes. Les deux expressions desig- rent tout Feveremenit imprevu et irre impose & Tauteur du fait, we, dans Tlordre réel des causes, la faute apparente” Washington de Barros Monteito, conceito’, E que varias teorias procu- ram sublinhar-Ihes os tracos disti do conhecimento; (f) teoria do teflexo sobrea vontade humane O professor paulista filia-se & ter- ceirateoria que também era sufragada por Bevilaqua ¢ Joao Luiz Alves. 11, Vol. 4, Direito das obrigaces,1* part. 133, ed. rex. atual. por Carlos Alber to Dabus Maluf, Sto Paulo: Saraiva, 2007, p-317, €.0.caso fortuito, Colinet Capitant sugerem outro eri- terio distitivo, primitivamente defen- dido por aquele, pelo qual caso fortuito seria 0 acontecimento gerador de uma impossibilidade relativa de execucio, isco € particular ao devedor considera- do, tendo em vista seus comoumbénuspaterfami rmasdo qual uma vontade melhorapare- thada teria podido tiunfar, enquanto forca maior indicaria um fato irrsist- vel e imprevisivel, acarretando uma si- tuacio de impossibilidade absotuta. O caso fortuitoassim, conquantoem regra equiparado aforga maior, como meio de liberacao do devedor, todavia, em cer t05.cas0s, nao bastaria para exonerar a0 contririo do que sucederia sempre com segunda. Para Josserand a distincao entre {orca maior e caso fortuito teria uma real utilidade pratica, indicando aque- la expressio 0s eventos exclusivos de todaa responsabilidade, mesmo objeti- va. A forcamaior nosapareceria, assim, como 0 campo delimitado da nao res- ponsabilidade; o caso de forca maior seria toda citcunstancia insuscetivel de acarretar jamais, por simesma, uma 12, Apud-Amoldo Medeiros da Fonseca, op. cit, p. 89. Aduz Agostinho Alvim'* que: “A distingio que modernamente 2 dou- a vem estabelecendo, aquela que tem efeitos praticos e que ja vai se in- ‘woduzindo em algumas leis, 6a que ve no caso fortuito um impedimento re- lacionado com a pessoa do devedor ou comasua empresa enquanto quea for- ‘camaior é um acontecimento externo Tal distincao permite estabelecer uma diversidade de tratamento parao deve- dor, consoante o fundamento da sua = responsabilidade Da propria nocao do caso fortuito, para Amoldo Medeiros da Fonseca: “(o) decorrem os dois elementeiin- dispensaveis a sua cara interno, de ordem obj 13, Mem p. 87-88, 14, Op. cit, p. 330, 1s. Op. cit, p. 143. | as iva; aauséncia de culpa” 3. Distingdo entre auséncia de culpa caso fortuito Na ligao de Silvio Rodrigues: Do exame da lei, arts, 392 ¢ 393 do C2002, que correspondem aos arts. 1.057 e 1.058 do CC/1916, € possivel entenderse que tanto a auséncia de culpa, como 0 caso fortuito ou forca maior excluem a responsabitidade do inadiriaplente. Ou serao taisexpressies equivalentes? Nesse sentido opina Agostinho Al- vim, que entende sindnimas tais ex- press6es, anotando, contudo, que no basta ao devedor provar sua qualidade de pessoa habitualmente cuidadosa, Em sentido contrario entende Ar- noldo Medeiros da Fonseca, fazendo tuma critica da concepcio que identi 16. Dirt civil, vol. 2, Parte geval das ‘obrigacoes, 30. ed., Sto Paulo: Saraiva, © ou forca maior, entao jé se tora necessivia a prova do fato preciso & determinado, que por ser inevitivel, € culposo, exonerari o devedor tingue uma coisa da outras mas nao por esse modo. Ententle que a auséncia de ceulpaé genero, do qual ocaso fortuito € espécie, senclo que a inevitabilidade do ‘evento constitut adiferenca especifica Assim, 0 caso fortuito ou de forca maior de auséncia de culpa, idade do evento. Tal disting2o revela-se de alta con- venieneia para a técnica juridica, pois aausencia de culpa representa meio li- beratorio de mais facil acesso do que o ~2 Taso fortuito, De modo que o legisla- dor, em algumas fipoteses, exonerars ‘o inadimplente desde que ele demons- tre nao ter agido com culpa, enquanto ‘em outras provas nao s6 0 seu compar- tamento diligente esolerte, como tamt- bem que 0 evento que o impediu de ‘executar a obrigacéo era nevitavel.* 19, Op. cit, p. 161-162. 20. V Silvio Rodrigues, Diretoc defense etd sence de faute, sans: force majeure”. Nao se pode negar pendor, que se nota no di no, paraassegurarareparaciododano, ‘mesmo sem culpa, quando com isso no se va desencorajar as atividades litets. Para consegui-lo, como obser vou Alvino Lima:* “nao devemos nos cencastelar dentro de principios abs- aratos_ou de preceitos envelhecidos para nossa época, 56 por amor a l6gi cados homens, a vaidade das concep- a insigencia de moralistas Com efeito. Nao & exato que, em facedonosso proprio Codigo. tes defesa. Dua deterioracao ou destruicao da coisa alheia, para remover perigo iminente, sio atos ilicitos (CC/2002, art, 188, € Il, que correspondem ao art. 160, Le ll, do CC/916). Todavia, nem por isso aquele em defesa de quem se 21 Op.eit, p. 400, 22, Da culpa ao risco, Sto Paulo: Ed. RT, 1938, p. 227-228. ciais, a culpa em sent hd casos em que a obrigacao de indenizar surge independentemente dela, como nas hi- poteses dle ano proveniente de coisas, que caitem das casas ou forem del lancadas em lugar indevido, nos ter- 105 do art. 938 do CC/2002, que co! 529 do CC/1916.* esereveu: “0 ato causou dano a alguém? E um ato i ito, seo agente o praticou sem dieito ‘uno exercicioiregularde um di ‘Também nas suas Solucdes prticas de direito declara:* “O Codigo distin- gue entre dolo e culpa; mas nao faz de- pender, exclusivamente, de um ou de outra, a obrigacio de indenizar, que € devidaaindanaausénciade culpa, pelo simples fato do dano” 25. CC/2002, arts. 929 « 930, paragrafo Uinico, que correspondem aos att © 1.520, parigrafo unico, cen, 24, Apud Arnoldo Medeiros da Fonseca, op. cit. p. 164-166, 25, Theoriageraldodireito civil, 6.ed. atl por Achilles Bevikiqua, Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1953, p. 350-35] 2%, Vol.1,p. 413. dos arts, 932 ¢ 933 do CCI correspondem aos ats. 1.521 ¢ 6, parece-nos que € a cul- presumida do responsavel indireto o funcamento do dever de re- paragio, quer se adote'a opiniao mais sa dos que exigem a prova efeti- va, pela vitima, de imprudéncia ou ne- aligéncia de sua parte, quersejaaceita a corrente mais benévola que pi como fun- damento da culpa presumida, tanto na eseotha do preposto como no exerci- cio da obrigacao de vigilancia, contro- versia que, em relacao aos menores, se acha hoje dirimida pelo Estatuto da Crianca edo Adolescente” Eaindaoquescobserva,aproposito dapresungao juris tantum de culpa, es- sbelecida no art. 936 do CC/2002, que correspond aoart. 1.527 doCC/1916, contra 0 dono ou detentor do animal que tenha causadodanos a terceiros, pois a responsabilidade nao existi- 1, provada a inexistencia daquele ele- mento subjetivo, € que resulta do art. 937 do CC/2002, que corresponde ao ant 1.528do CC/1916, relativoaruina de edificios. Avo dever de indenizacao 27, Apud Arnaldo Medeiros da Fonseca, op. cit, p- 165, que corresponde ao art 1529 do CCII916, que dispoe sobre 0 dano prow forem lancadas em igar_indevido, rnossos comentadores sustentam ser objetive a responsabilidade regulada no citado artigo, porquanto basta que hajaa queda ow o lancamento de qual- quer coisa em lugar indevido, causan- do dano.para que surjaa responsabili- dade, mesino que o fato seja praticado por outrem. Entretanto, € discutivel esta opinido para toda e qualquer hi- potese, porque exigindo o citado art. 938 do CC/2002, que corresponde a0 art. 1.529 do CC/1916, que a c ‘sa tenha caido ou sido lancada em gar indevido, prudéncia,d passa, podendo, pois, Lo ato danoso, O préprio fato de lancara coisa em lugar indevido, P o lancamento da coisa emiTagar impré- prio, provada esta a culprtecorrente de imprudéncia manifesta. A impru- 28. Conforme Alvino Lima, op. et loc. cits 29, Apud Amoldo Medeiros da Fonseca, op. cit, p- 166. E de ponderar, teithos em que responsabilidade do morador decorre ldo somente de ato seu ou das pessoas que com ele reside morador responde pelo dano. sempre que o objeto sea lancado, mente, por qualquer pesso emsua casa A respons caso, objetiva, visto como no ha fato algum imputivel 20 morador, que res- ponder por ato de tereiro, sem a me- nor relagao juridiea com o mesmo?" Noregimedo Codigo inte pelos erros e enganos do seu preposto. Eat estivamos diante de que, paraofarmacéutico,aresponsa- idade existia, independentemente de qualquer culpa de sua parte. Mas no fundo o que se visa € punir a sua cul- ‘pain eligendo ou in vigilando, que nor- 30. V. Alvino Lima, op. et.,p. 202. 51. Idem, p. 203. aro esti que 0 - fem que a auséncia de va para exercera responsabilidade que, com algumasalteragoes, também esta0 repetidas no Codigo Civil de 2002. 3.1. Responsabilidade pelo incéndio do prédio locadio A responsabilidade do locatatio, 10 de locagao, baseta-se nor- na culpa, de acordo com 0 ‘eral. Assim, quando se de- ‘isa alugada, basta a prova de auséncia de culpa de sua parte para liberd-lo, podendo pedir reducio pro- (CC2002, ar. 567, que so art. 1, 190do CC/91 ‘Todavia, se se trata de locacio de prédio, everifca-se oincendio deste, jt a norma reguladora ¢ diferente, 0 C6- digo Civil de 1916 prescrevia em seu art. 1.208 que: “Responderd locatario 52, Apud Amoldo Medeiros da Fonseca, ‘p.cit, p18. pelo incendio prédio, se permitindoquea meraausenciade cul. pa exonere o locatario: aqui nao basta para o advento do incéndio com negli- géncia ou imprudéncia, pois, para al- forriar-se da obrigacao de reparar, tera que evidenciar que o fogo derivou de caso fortuito, de vicio de construcao ou originou-sé em outro prédio. Nes- se sentido o entendimento de nossos tribunais?* “Incendiando-se o prédio locado, 6 locatatio fica isento de culpa se pro- var caso fortuito ou forca maior; vicio de construcao ou propagacao de fogo originado em outro prédio, bem como ausencia de culpa ou que se 0 cutidados de um locata na conservacaodo imovel” Comefeito. Por se tratarde matéria de grande interesse vamos citar mais, dois acérdaos de nossos tribunais: 33, 19. ed., Sao Paulo: Saraiva, 2002, vo. 4p. 177 34, RT 399/370. 35. Em sentide contri, RT 356/522. «a0 ou propagacio do fogo originado em outro imovel” (RT 383/18; LLocagao ~ Incendio no prédio peal a inermrea art, 1.208 do CC ~ dispositive —Inexistencia de oa de auséncia de culpa do inquilino ~ Imével em que estava instalada industria de moveis estofados com depdsito de material de facilima combustao ~ Falta de vigia — Impossibilidade de considerar-se 0 ‘evento como resultante de caso fortut- to ~ Indenizacao devida ~ Verbas que - ‘a compéem — Na interpretacio ao art. 1.208 do CC duas oriemtagdes se posi- aque nio falta a to anterior, entende que, para que o locatitio se just de nao cumprira obrigacio de re: coisa locada, como recebeu, ele cuim- prea prova do fortuito ou forca maior, de vicio de construcao ou de propa- ‘gacto do logo originado de outro pré- dio. Sem essa prova nao pode exone- rare da responsabilidade. A segunda orientacao admite que, provando 0 lo- catério a ausencia de culpa, iss0 equi- vale a prova de fortuito. A ausencia de culpa demonstrada pelo inquilino 0 li- bera de responsabilidad prevalece, tanto que 22da Let8.245, de 18.10.1991, que te- gula as locacdes dos banos, ‘pagar 0s impostose a da © prémio de seguro compleme contra fogo, que Ww, desta obriacio a0 locatario, por meio declausula contratual expressa © mesmo ocorre relativamente a0 contrato de depdsito. No depdsito vo- luntario 0 depositario € apenas obri- gado a ter na guarda e conservacao da coisa depositada 0 cuidado e diligén- cia que costuma ter com o que Ihe per- tence (art. 629 do CC/2002, que cor- responde ao art. 1.2660 CC/1916). A provadaausenciade culpain concreto, basta, portanto, para liberé-lo."* Quando, porém, se trate de depa- sito necessaio de bagagens dos via- jantes e-fregueses nos hotgise casas de pensiio, nao 56 a responsabilidade dos estalajadeitos ou hospedeiros € agra- vada, abrangendo atos criminosos dos seus prepostos, como apenas cessara, ‘nos termos da lei, se provarem, ou que os fatos prejudiciais nao podiam ter 38, Arnoldo Medeiros da Fonseca, op. ci p.170, sabilidade ao sistema hoteleiro de multipropriedade, também conheci do por ‘tempo compartithado’ sharing. A advogada Andréia OI Marcelino sustenta que sim, ‘no tocan- tea responsabilidade pel sados aos héspedes, sal forca maior (Responsal dos Hotéis e do Sistema de Multipro- priedade Imobiliaria ime sharing,em RT810/732). Pensamos que a resposta depende da natureza juridica contra tual: se prevalecer o sistemarde cons- trucio coletiva puro, de origem fran- cesa, em que as pessoas seassociam na ‘compra de um imével Conjunto, ha responsabilidad civil; se. 37, Amoldo Medeirosda Fonseca, op. cit, p.170. 38. Rio de Janeiro: Forense, 1944, vol. 1, 146. 38, Codigo Ciil na visao do advogado, vo. 3, Responsabilidade civil, S20 Paulo: Ed, RT, 2005, p. 321. mB tegridade dos bens a si confiades pela pede, Nesse sentido a jurispruden- cia (RT 632/96 e RJTJSP 114/150). © posto ~ Fu lecimento que responde pelo ev {RT 778/381); assim como 0 C. TJSP: “Indenizacao ~ Furto ocorrido em ho- tel—Contratacaio de apenas dois vigias que nao era suficiente para garanttt a integridade fisica dos hospedes ¢ de suas bagagens ~ Inocorréncia de forca maior” (RT816/204). 3.3. Coisas langadas ou caidas em lugar indevido - A tesponsabilidade do usuario de ‘um imével residencial ou comerSEil quantoa reparacdo dodano provenien tedas coisas que delacairem, ou forem langadasem lugar indexido, éobjetiva, em face do art. 938 do CC/2002, que carresponde ao art, 1529do CC/916. © morador nao se libera provando a auséncia de culpa de sua parte 40, Amoldo Medeiros da Fonseca, op. cit. p.170. de um edificio, causando dano a ou- trem, o morador que assim procedew éresponsabilizado” Carvalho Santos observ: responsabilidade se baseia “na exi- gencia geral de seguranca a que cor responde o dever de nao lancar oudei- _ ar cair coisas nos lugares por onde vulgo romano) Desde que, entretanto,ocorta umcaso de forca maior, provando-se ter sidoa queda do objeto proveniente de uma causa estranha ou inevitavel, como um terremoto, ou um abalo produzi- do por um bombardeio aéreo, parece ra de diivida que a obrigacao de in Aguiar Di evidente que todos os moradores cot- respondem a todos os habitames a cuja responsabilidade seja posstvel atribuir dano. Nos grandes edificios 4. Manual de dirito romano, Sto Paulo: Saraiva, ol 1, p-336. 42. Apad Amoldo Medeiros da Fonseca, op. cit, p. 170-172. 48, Da responsabilidad | nota 836. de apartarsen lancamento dé objeto 0 pode, de cert presumiese responsi- vel pelo dino” Tal concepdio ¢ questions ro esta expeessamente pre a responsabil provada o fato e 0 dano do mesmo re- sultante, a obrigagao indent gecomo normal consequéncia” 3.4. Responsabilidade no contrato de transporte A Lei 2.681, de 07.12.1912, regu- lando a responsabilidade das compa- nihias de estradas de ferro pelos da nos causados aos passageiras e aos proprietarios marginais e pela perda ow avariacao de mercadorias, esta em pleno vigor, nao tendo sido revogada pelos dispositivos do Codigo Civil de 2002 referentes a materia de res- idade prevista no contrato de na Lei 2,681, de 07.12.1912, no que toca aessa respon sabilidade que: “Pela citada lei, nos 44. Op. cit, p. 210. rida, que 50 € ceas0s especificados 1 se nas demais hipsteses previstas no art. *, para perda e avarias de mercado- Nao podera a Companhia, para se da responsabilidade, provar auséncia de culpa, Esta presuncio de ialpa, desde que s6 possa ser afastada ‘no caso de forea maior ou caso fortuito cou culpa da vitima, é,na verdade, uma presuncao juris etde ure, o que importa emadotar, nosseusefeitos. aresponsa- bilidade objetiva ( navaa responsabilidade civil das estra- das de ferro, como foi di ‘que jé previa a responsat tiva do transportador, sendo certo que poranalogia essa regrasse aplicavatam- bem ao transporte rodoviario. = Noregimedo Codigo Civil de2002, ocontratode transporte foi,especifica- ratado em capitulo proprio; no do Livro Ida Parte Especial, teria €assim regulada: transportes em geral (arts, 730 a 733), de pessoas (arts, 734.0 742) ede coisas (arts. 743 756), nao tendo, porém revagado o Dec. Legislativo 2681/1912. qual alguém.se vineula me- diante retribuicdo, a transferir de um lugar para outro pessoa ou bens” I de 2002 comeca a cui- no art. 734, que precei- tua: “O transportador responde pelos danos causados as pessoas transporta- das e suas bagagens, salvo motivo de forca maior, sendo nula qualquer clau- ‘ula excludente da responsabilidade”. Por esse dispositivo € dever do los danos a ele causados, beth Como 4 sua bagagem. Em todo contrato de transporte esta implicitaa clausula de incolumidade, Ora, se um passageiro contrata uma empresa de onibus para 48, Contratos em espécie, 3. ed, Sao Paulo: Alas, 2003, vol. 3, p. 481 46. Fed. Rio de Janeiro: Forense, 1984,p. 21. 4 Tratado de direitoprivado,3.ed.,Riode Janeiro: Borsoi, 1972, vol 45,p-8. tracao da rel dee odano. io pablico, a tesponsabi- a € estatuida em snorma Fart 37.86.) Na parte final do art. 734 do aexcludente da ao transportador (art. 393 e paragrafo ico), Assim, se um navio, em meio tempestade, naufragou ou se despen- ‘truindo 0 Onibus, nao ha responsabitlidade civil Carlos Roberto Goncalves" nos lembra que o parigrafo unico do art 393 do CC/2002 nao faz adistincio en- tre caso fort idade civil do transportador ro mencionando caso fort a0 funcionamento do veiculo, acolhen- do, assim, o entendimento consagrado najurisprudenciade quenao.excluema responsabilidade do transportador de- feitos mecanicos, como quebrarepenti- 48. Curso de dreto civil brasileiro, vol. 2, Teoria geral das obrigacdes, Sao Paul Saraiva, 2004, p. 354. Neste ser em acordao da lavra do eminent Barros Monteiro: tes. Recurso especial conhecido e pro- vido" (REsp 435865/RY, j 09.10.2002, publicado no Dj 12:05.2003, p. 209, por maioria de votos). A questao ¢ controvertida. Carlos Celso Orcesi da Costa” com razao des- tacaque: “Caracterizar-se-acaso fortui- Ido Rio de Janeiro entendeu que nao (RT 78213253; embora com to vencido no sentido de que o fato “configura risco do empreendimento’ Tanto 0 parametro nao soluciona, data venta, que culto Des. Carlos Raymnun- do Cardoso invocou o assalto como fortuito interno (énotorioquea regio 4, Codigo Civil na visao do advogade, vol ni, E por sua vez a so proximo de'assal de agencia ban« OST), acertadament © entendimento no se “provado 0 roubo da mereadoria, sob ameaca dearma, fica evidente, n Carlos Alberto Menezes Direito, DJU 09.12.1997, p. 64.686). No mesmo sentido, 0 Min. Walde- mar Zveiter observa que: “parte da ju- risprudénciadefendequealrequenciae notoriedade desseseventosretiram-lhe co-carater de forca maior capaz de exo- nerar o transportador de sua responsa- lade, cabendo-lhe tomar providen- cias para evité-los, Estou, no entanto, que nao deve prevalecer tal entendi- mento. O que define tais ocorréncias nao €a imprevisibilidade, mas, a0 con- ttario, sua inevitabilidade, nao deven- do ser atribuido poder de policia a tais ‘empresas, em substituicao a0 Estado ‘a quem cabe zelar seguranga publica” li ro seja cope burlar a pro! 1 validade e eficacia dispo: afaste a responsabilidade a responsabilidade, desde que -diente que tenha por es-~ cludente da responsabilidade, quando acto, por exemplo, for fixada lo, insignificante”. outro lado, 0 art. 737 do tua que: “O transpor- (0 405 horarios itine- 105, sob pena de respon- der por perdas e danos, salvo motivo de forea mai E dever do transportador cumprir ratios ¢ obedecer aos horatios 10S no contrato ou em regul rmentose, salvo motive de forca maior, responder pelos danosquedecorrer. de atrasos ou mudaneas de Para Zeno Veloso: justificam o atraso ou a alteracio de Tota: 0 mau tempo que impediu que © desatracasse na hora mareadayq__ 50, Sobre este controvertido tema ver: RT 785/208; 786/221 e TBU/AT6. Paulo: Saraiva, 2007, p. 329. 52, Codigo Civilcomenta 6.ed. rev eat 2, 2008, p. 670. ‘cho daquela, salvo forca maior 3.5 Da culpae do risco ‘Tratando-se da teoria do risco pro- fissional, exige a nossa lei que 0 pro- prio fato inevitivel, determinante do acidente, seja completamente estra- talmente dessa posicio de Arnoldo Medeiros, dizendo que “totlos esses casos (acima exemplificados) sto de toculpa’. E continua oilustre civilista: Inclusive a hipotese dos hoteleiros 53. Op.etloe.cits. CCAD que 650 do CC/20 ate elas a traduzir Prossegue aquele mestre: “O resse da qutestao estaria em indagar se nos ea es auséncia de culpa, e na que requer a prova direta do caso fortuito. Ora, nao achamos na lei nenhum caso em que ela, partindo do pressuposto da res- ponsabilidade fundada na culpa, rejei- te, nao obstante, a escusa fundada em sua auséncia, para exigira prova direta do caso fortuito. Negada, portanto, a existencia de casos em que seja neces- sia a prova do caso fortuito por nao bastara simples Exclusao da culpa, se- gue-se que, supasto tratar-se de hipé- teseem que ofundamentoda responsa- bilidade sejaaculpa, bastaraaexclusto desta, para exonerat o devedor. E sufi- ciente, portanto a prova da inexistén- ciade culpa - Depois dessas consideragoes a res- peito da polemica entre os dois insig- nes civilistas patrios, pedimos vénia 80 pessoal. Entende- recaugdes para que a simples daausenciadeculpa nao isentas- rcamaior para se liberar da dade, Portanto.olegislador brasil feriu a ese simplistr-para resol problema da tesponsabilidade, ouse adaausencia de culpa, tando-se de leisubstantivae que regula as elacdes de direitos e obrigacoes, de- veria ela ser rodeada de todas as garan- tias possiveis para vitar osdesmandos dos menos diligentes. Nao que haja umalacuna naleines- sesentido. O que existe é uma brandu- ra, umn tanto estranha, pois, em alguns outros artigos, procurow dar o legisla- dor um cunho de severidade ao texto legal, artigos que, talvez, nao mereces- sem tanto cuidado€atenc4o quanto es- ses da inexecucio-das obrigacoes. Mas enfimo legisladar deve ter tido suas ra- 20es para adotaresse sistema, com 0 ‘qual nao concordamos. —=Depois de nossas consideracoes Pessoais acima expostas, e antes de in- sressarmos no onus da prova do caso ‘maior, vamos con- 6es objeto deste estudo, levando em considei argurnentos de dois eméritos ci ia Fonseca admite. Os dois ¢ conotarem fendmenos parecidos, servem de escusa nas hipo- teses de tesponsabilidade informada nna culpa, pois, evidenciada a inexis- tencia desta, nao se pode mais admitir odever de reparar” Emaisadiante fnaliza omestre: “A expresso forca maior com aextensio, que Ihe atribui Alvim, nao se afasta, «em muito, do conceito de fortuito que Medeiros da Fonseca define como au- séncia de culpa mais inevtabilidade do evento. E uma excludente mais ampla aescusar a responsabilidade ainda nos cas rmados pela teoria do risco” (grifos nossos) 54. Da imexecugdo das obrigacoes & suas oe | 4. O6nus da prov que cabe o Onus da prova de have-la ‘cumprido ou de que teve recusa legiti- rma e relevante para nao 0 fazer. Nao nos parece que o credor tenha que provar culpa do devedor, como doutrinamalgunscivilistas patrios,en- ue eles M. L Carvalho de Mendonca ‘Aocredor cabe tdo somente provar ainfragdo. E a0 devedor caberd provar que nao houve culpa. Em determina- ddoscasos, a0 credorbastasimplesmen- te alegar a infracao. Als, ¢ bom lem- brar que 0 Codigo de Processo Ci no seuart, 333, dispoe: ‘© onus da prova incumbe 1-20 autor, quanto a0 fato consti- onextin- mistonoentenderde AurelianodeGus- mo, no seu Pracesso civil ecomercial,** Capitulo 45, 36. Sao Paulo: Saraiva, Livaris Académi- a,1939, preciso mais, que se demonstte ter sido ele a verdadeira do prejizo, ov da impos- lisaremos a seguir o problema do isco assumido. Pode acomtecer que (© devedor assuma o-risco do caso lor tuito ou de forca maior, comoadmite 0 ‘Codigo Civil de 2002, em seu art. 393. Neste caso, € necessario que se obser. smeiramente,assun- ssentimento tacito € assumin a respo! mente € por escri nio oferece dificuldade, mas, se bora assumindo de modo expresso, ele 6 fez verbalmente, valeré o ato, mas nao poderd ser-provado 56 por teste- ‘munthas,além da taxa legal.” Adotamos neste nosso estudo a terpretagao restritivaem tudooquediz respeito a assuncao do risco pelo deve- dor; na incerteza, se ha ow nao ha re- gras, resolve-seem sentido negativo; se se questionaa respeito dastaextensio, corta-sea diivida alavor do devedor. a solucao do caso 5. Ciusula de nao responsabilidade ‘ude ndo indenizar Assim como o devedor pode asst- mirresponsabilidade que lhe nao cabe, pode também afastar as que a lei lhe 1, V-Agostinho Alvim, op. cit, p.335. casos em que o devedor se faz ajudar por outras pessoas. Lembra 0 n Savatier, em sua pri ais, que os Tri peitam da clausula de nao responsabi lidade, e preferem toma-la no sémtido de inversao do onus da prova, Pensa ‘este civilsta que a clausula, concebida fem termos gerais, 66 poderia ter essa consequencia, Comrelacaoatransportes,nenhum: texto protbea clausula, Masa jurispru- — dencia, observa René Savatier, nfo a adinite, quando tenha por fim afastar a responsabilidad no que concerne a seguranca das pessoas, isso porque tal seguranca & mui 161 do STF que diz: “Em Lransporte, é inoperante a’elausula de nao indenizar”, a Aponte-se, dos casos o contrato de transporte for- ‘ma-se por adesio e, também por essa azo, para impedir que se frustrem as 1s, boa-f¢ ¢ os direi- a cliusula de nao in- denizar € abusiva, inadmissivel, nula de pleno diteito, conforme consta dos arts. 421,422, 423 424 da CC/2002 e54do CDC nnosarts. 51, “—eldusula pode ser admit presenta corretivo’ ao principio da au- tonomia da vontade, ¢ nao ferindo a ordem publica. Eis 0 ensinamento do bea clausula de nao responsal quando se trata de obrigacao que der va de norma de ordlem publica, or ago esta que esta em perfeita conso- nancia com nosso diteito vigente.” do consentimento. 1ss0 significa que no pode uma das partes fugira respon- sabilidade pela mera declaracao uni- Albert Baus leiro, proclamando que do se res- 1s furtos das bagagens como colide tambem com o disposto no att. 649 do CC E continua 0 eminente mestre: Alias, aideparamoscomoutrorequisi- ulacaodeirresponsabi- le colidir com preceito ‘om a ordem publica € cogente ‘com os bons costumes”, Sendo a materia de grande interes- se, merece ser transcrita a licao dos ir aos Mazeaud"* ‘meme pour faut assimilée au dol non plus, en principe, réparer les dommages a la personne; mais la jurisprudence n'est pas ferme surge point. La le —Titises dexoné la jurisprudence reconnait ité des clauses d’exonération dans ce domaine. Aux termes d'une jurisprudence inexacte mais constante, toutes les conventions dexonération d'une tes- 61, Op.cit, p. 678-679. sont atteintes ainsercao do Contato de Transporte emcapitulo proprio, em seu bojo (ats 7308 736) © instituto da forga maior docspecificamente nosarts, 734€ 737, trazendo 20 nosso arcabouco legal a proibicao da clausula de nado indeni- ‘matéria esta tratada, até entao, pela fato intensa divergenciadoutrinariaejuris- pprudencial a respeito do tema 10 Neves de Arruda. Da das obrigacdes ¢ suas vol. 4 ~ Dirito das obri- parte, 33. ed. rex ¢atual. por Carlos Alberto Dabus Malu. Si0 Paulo: Saraiva, 2007. vol. 5 ~ ireito das obri- gacdes. 2° parte. 35. ed. rev. e atual. por Carlos Alberto Dabus Maluf. Sio Paulo: Saraiva, 2007. i Livraria Francisco Alves, 1951, vol 5, “Janeiro: Freitas Bios, Teoria geral Ho ai ‘ed. Rio de Janemo: Fra “ted. Paris: Marchal 169.vol 4 CCanaino ot Mewoxce, Manuel Igndco. antrnae pati ds obrigacos, 4 Rio de ane: Foren Const Som JM Clg Ch nterpreiado-Riode Jane tas Bastos, 1961 v0.20 Cour Carer Curselmenai de droit Civil 4ed Pais allo, 192411 Consis, alexandre; Scuscs, Caetano Divetio romano. S40 Pau: Saraiva, 1999 Scuscia-GHefino, Manual de diet- to romano, Sto Paulo arava, 1953. brasi Frei- Bruylant, 1948... DIREITO CIVIL. RIBLIOTECA Laces Obrigacoes. Porto Alegre: Cruz Cou 1897. Laas, Alvino. Da culpa ao risco. Sto Paulo: Ed. RT, 1938. Marna, Fran. Cont tos € obrigacoes co- mmerciais. 7. ed. Rio de Janeiro: Foren. se, 1984 Jean. Lecons de dro Obl {ations cheorie générale. 5. ed. Paris: Montchrestien, 1973, 2 Menenrospa Foxsecs, Amoldo, Caso fortui- toe teria da imprevisao. Rio de Janet Imprensa Nacional, 19. obrigagoes. 20. ed. atual. porL dao de Freitas Gomes, Rio de Janeiro: Forense, 200%, ~ Postes be MuaNoa, Francisco Cavalcante Tratado de diettoprivado.3.ed. Riode Janeiro: Bors Responsal e sancdo de expulsdo Curvoro Luiz Bueno oF Govov" lia do condémino Bi Introducio Emummomento de renovadacom- preensio do instituto da propriedade, tomado emsuadimensio funcional, as- sim de mado dinamico, marcado pelo solidarismo que forgosamente permeia as relagSes juridicas em ge sobremaneira analisar a questi da res- pectivaafromtaquesedacomomauuso, coma conduta abusiva do proprietato. E, nessa senda, impende igualmente analisar em quais termos se revela sua consequente responsabilidade. De maneira especial;-avulta a ne- cessidade de se identificarem medidas de resposta do sistema dante de prati- ca de atos antissociais pelo propriets- rio, Dito de outra forma, ha de perqui- tro exato alcance das providencias de responsabilizacio do titular do direito de propriedade. USP Doutor e mest __ pela PUC-SP Juiz de Di do condomino. Sangies aplicaveis ~ 3.4 sano de ‘especificas, mas, nlo raro, insu Sera mesmo de indagar’se possivel a mingua de regra ou dispos hipotesesem queassancdesconhecidas se mostrem inuteis, da medida extrema deexclusaa’ condomino nocivo. Bois em trés partes, fundamentat- ide-se desenvolver ese ete issocial De inicio, o intent sera o de con- quar € caracterizar 9 condominio jo, além de estabelecer sua nor- matizacio de regéncia, sua disciplina legal, méxime quando se constata 0 tratamento, antes tio s6em lei especial (Lei 4.591/1964), que, atualmente, Ihe A expulsio do condémino a

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