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A revista FOCO apresenta nesta edição um editorial que tem como objetivo auxiliar os
pesquisadores menos experientes a entender o processo de construção de um artigo científico.
Muitos artigos são rejeitados porque o autor escolhe o periódico errado
(VASCONCELOS FERREIRA, 2013) ou porque não se atentam as normas do mesmo. É
preciso compreender as normas solicitadas pelo periódico antes de submeter um artigo.
“Genericamente, todos os periódicos contém na sua declaração de escopo, ou missão, uma
indicação face ao que pretendem publicar”. (VASCONCELOS FERREIRA, 2013, p. 3). No
caso da Revista FOCO, consultar o link “Diretrizes para autores” é essencial.
Para estruturar um artigo adequadamente é necessário conhecer sua estrutura, que
segue basicamente nove etapas: i) Título; ii) Resumo; iii) Palavras – chave; iv) Introdução; v)
Referencial Teórico; vi) Metodologia; vii) Análise e Discussão dos dados, viii) Considerações
Finais e; ix) Referências Bibliográficas.
O título é o que irá trazer o leitor para o artigo. Ao fazer uma busca no Google, o título
será o primeiro resultado e, por ele, o leitor irá decidir se deve clicar no link
(VASCONCELOS FERREIRA, 2013). O título deve ser o reflexo do que o leitor encontrará
no texto.
A segunda etapa para estruturar um artigo é a elaboração do resumo. O resumo, assim
como o título é uma parte essencial no artigo. Algumas revistas chegam a dar uma estrutura
de como o resumo deve ser construído (VASCONCELOS FERREIRA, 2013). “Usualmente
estas estruturas pedem que os autores organizem os resumos da seguinte forma: objetivo,
design/método, resultados, limitações, implicações para a teoria e/ou prática, originalidade.
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Bacharel em Administração pela Faculdade Novo Milênio (FNM). Membro do conselho editorial da revista
FOCO.
É local para precisar aspectos particulares da pesquisa, tais como a justificativa para
a sua realização, a originalidade e a lógica que guiou a investigação. Algumas
questões auxiliam na redação. De que trata o estudo? Por que foi feito? Por que deve
ser publicado? Procura-se também mostrar que a pesquisa está assentada em bases
sólidas. Assim, na introdução, se faz a ligação com a literatura pertinente. O que se
sabia sobre o assunto no início da investigação? O que não se sabia sobre o assunto e
motivou a investigação?Resposta à essas questões envolve um processo de escolha
de trabalhos a citar (PEREIRA, 2012, p. 675).
Penso que há três dificuldades mais notórias nos trabalhos que revejo: a primeira, a
imensa abrangência da revisão da literatura que, assim, não está focado no tema do
artigo e não contribui diretamente na linha da questão de pesquisa definida. A
segunda dificuldade que mais observo, é assentar a revisão em resultados empíricos
dos artigos revistos, em vez de na teoria em si. A terceira é organizar o texto por
autor, ou obra, em vez de por assunto, tópico ou interesse. Talvez a terceira seja a
mais nítida diferença entre um estudante e um acadêmico experiente e um dos
problemas que tornam mais difícil para o leitor entender aonde o autor quer chegar
(VASCONCELOS FERREIRA, 2013, p. 6-7).
uma vez o autor não estando presente para responder os questionamentos gerados pelo
trabalho científico, o trabalho precisa ser suficiente para trazer as respostas procuradas pelo
leitor.
A não descrição das técnicas utilizadas para o alcance dos resultados poderá fazer com
que o trabalho seja rejeitado. Por isso, a metodologia precisa ser clara, adequada e consistente
com os objetivos do trabalho. Em alguns artigos a metodologia pode compor a introdução,
mas isso só poderá acontecer se ela puder ser explicada em um parágrafo. Após
esclarecimentos dos procedimentos usados para o desenvolvimento da pesquisa, a seção que
se segue é a de análise e discussão dos dados.
A seção de análise e discussão dos dados é aquela na qual serão apresentados os
resultados, as tabelas, os quadros e/ou gráficos, resultados das entrevistas realizadas ou dos
questionários aplicados. Abaixo de cada resultado, faz-se a discussão dos dados apresentados
com utilização do referencial teórico escrito. É importante evitar colocar teorias que não
constem no referencial teórico. Vasconcelos Ferreira (2013) diz que a discussão dos
resultados deve ficar separada da exposição dos resultados e junto às considerações finais da
pesquisa. No entanto, entendemos que o modo de estruturação do artigo depende da pesquisa
que foi realizada. Assim, por exemplo, em uma pesquisa em que o instrumento de coleta de
dados foi a entrevista, fica difícil ligar a resposta do entrevistado com a teoria se as seções
forem separadas.
A seção de conclusão ou considerações finais é a penúltima etapa da estrutura do
artigo científico. A denominação conclusão se refere a artigos em que os resultados concluem
o que pode ser achado sobre o tema, sem abrir para novas pesquisas. Já a denominação
“considerações finais” é utilizada quando o autor/pesquisador abre “brecha” para que novas
pesquisas sejam realizadas sobre o tema, sendo essa denominação a mais usual. Na seção
considerações finais,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOI: https://doi.org/10.28950/1981-223x_revistafocoadm/2018.v11i1.567
Como citar:
TORRES, Kamille Ramos. Editorial: Estruturando um artigo científico. Revista FOCO, v. 11, n.
1, p. 1 – 5, nov./fev. 2018. Disponível em:
<http://www.revistafocoadm.org/index.php/foco/article/view/567>
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