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-A 12 PARTE DA “AULA” SO- BRE AS MEDICOES E OS ME- DIDORES! VOCE APRENDE A “FAZER” MEDIDORES DE CORRENTE, TENSAO E RE- SISTENCIA! -APLICACAQ: CONSTRUINDO UM MULTIMETRO PARA USO EM BANCADA! °PRATICA: / DUAS MONTAGENS “RADI- CAIs”: . METRALHADORA ELETRO- NICA -_ DETETOR DE MENTIRAS & FACIL FAZER, AS MEDICOES EM ELETRONICA! TA*CURSO) °oE MAIS: - TROCA DE CORRESPONDENCIA E IDEIAS (DE VOCES PARA VOCES...), IN? 12 Cr$3.200.00 - TRU & DICAS: CONHECA TUDO SOBRE OS GAL- VANOMETROS (E APRENDA A DES- COBRIR OS SEUS “SEGREDOS"...). + ARQUIVO TECNICO: COMO ESCOLHER UM'BOM MULTI- TESTE - PARAMETROS, CARAC- TERISTICAS, FAIXAS, ESCALAS, SENSIBILIDADE E CUIDADOS COM 0 “BICHINHO”! PRONTO! AGORA VIROU UM CURSO DE ALFAIATARIA.. aprom EDITORA EMARK ELETRONICA Diretores. Carlos Waller Malagol Jairo P, Marques Wison Malagoi! ABC en Diretor Técnico Bada Marques Colaboradores José A Sousa (Desenho Tecnico} Joao Pacheco iquadanhos} Publicidade KAPROM PROPAGANDA LTDA (011) 223-2037 Composicéo KAPROM Fotolitos de Capa DELIN Tel. 35.7515 Fotolito de Miolo FOTOTRACO LTDA Impressao Edtora Parma Lida. Distribuigao Nacional ¢/ Exclusividade FERNANDO CHINAGLIA DISTR S/A Rua Teodoro da Siva, 907 = R de Janeiro (021) 268-8112 ABC DA ELETRONICA Kaprom Editora, Distre Prope: ganda Lida - Emark Eletronica Comercial Ltda) - Redacao,Admi- ristragao e Publicidade F.Gal Osono, 157 CEP 01213 - Sao Paulo-SP Fone: (011)223-2037 EDITORIAL 'Na presente (continuando na prema...) “Aula” do ABC, entramos no importants- ‘Smo assunto dos MEDIDORES e das MEDIGOES, ou seja: da possiblidade concreta de “vermos", "lemmas" e quantiicannos @ qué esté acontecende, eletricamente, con os com Ponentes e circuits, 00 luncianamerto ou mesmo em condiqaes "estatcas™! ‘Assim como um médico usa um esteloscbpio © ~ mademamente - uma auténtica “paralemdlia” de instumentos super-sofisicados, na andlse do “tunconamento” do seu paciente, também @ Laier“Aluno” pode, munide de MEDIDORES (em diversos graus de ‘ofstieagé “inlenclo",.), dlagnosticar ohinclonamentoe 0 "estado" de componentes € ‘cuits! Para tanto, achamos necessénas duas coisas: um tazodvel conhecimento de co: ‘mo dover tuncionar os componentes e vrcuios (e esse ¢ 0 objeto bisien da nossa Ro. ‘istar"Curso”.)¢tamaém 0 conheomento do luncionamento e caractersteas dos propris Inerumentns mecsdores(loma da presenta "Aula, © da préxina...! ‘Os Instumentos (name genético que damas aos diversas MEDIDORES" utizados ‘em Elerénia..) 820 a vergudeia “lerramenta”inleigenle do Leitor"Aluno”. © sua im: pottnca ¢ lo grande (ov maior...) quanto a do soldador, alicate, chave de tenda, para 8 parle puramente “consrucional”, do "mio de obra, dos crcutos e montagens! Por isso 0 ‘ronograma do nosso “Curso” dodica ndo uma, mas das "Auias” complelas bre 0 as- unl, que € abordado (Sempre da maneica simples e deta que caracierza 0 ABC...) todas 05 detaines prices pertnentes, de modo que, ao fim do presente estigio, o Lei~ {or!"Aluno” nao ster sSlicos connecimentas de cama Mncionam e come devo sor usa- {08 05 MEDIDORES, mas também saberd "improvisar", const ur seus préprios medi does ‘decieados” © especializadcs para a avallagao das grandezas inerentes as “coisas” 6a Elowbrical A validade do presente estigio - principalmente - da sua “posicdo" dentro do ‘nosso cronograma...) va evelat-se inlensemente nas sequenles "Aulas", pois 1090, Og estaremos entrando em fases mals avangadas co nosso "Curso", com a abardagem de ci- cuitos complexes, lntegrados e suas aplicagées! Daqui pra fente, acabou 0 "Jardim de Iniancia’, © vamos » teraimerte - parr para o “pau”! Entio, quem “teinou", “reno ‘Quom fiéou na “molaza”, encontrard inevitdveis aiculdades no acompanhamento das “ongas” que estdo par vt. Neste especial momento, aconselhamos 208 Lotores/"Alunas” mais “dosigados” ‘que releiam todas 2s anteriores "Aulas”e "Ligdes", buscando assimlar de vordade todos (05 concsios jf aborcados, de medo a nao tearom para tds... Econo que (come dita a Brépiafilosofa de ABC...) de tempos em tompos fetomaremos a assunios jd vistos, aces Centando detaes © "tealvando” a meméia da Tuma, sempre que isco s0 mostrar Ne- ‘essaiio.. Porém 0 "gr0ss0" dos Temas, daqui pra tent, exigid um pré-ernbasamenio ‘onsite... Nao 6 caso para preccupayéo, j4 que todo 0 “alice” do nosso “Curso” fencontra-se nas Revistas!"Aula” de n 1411... Quem jétem, mas “passou batco” em al- ‘guna coisa, deve ro-estudar. Quem esté “chegando agora”, deve providenciar @ aqui- ‘ico o todas as “Aulas" anteriores, estudando-as andes Ge teniar "entrar reno” Lemibtem-se sempre, contudo, ve “pinianco” qualquer diiculdade, basta escrover para a Sogo do CAATAS, expondo a dlvica sem acanhamento.. Apesar da inevidvel resti¢do de espaco, naquela Segdo procuramos "impar a dtea’, esc'recendo os pontos ‘que lanham fieado "nebulosos” para qualquer dos “Aluncs"! oeDITOA \UNTOS. NOS. FAZEMOS Mil UMA E vedada a reproducao lolal ou partial de foros, aes au fotos que componhem a presenta Eaigéo, sem a autorizagdo expressa dos Autor e Edlores. Os rojelos eleroncas, expenéneias «© cicuitos aqui desotes. destram-se unicamente ao aprendizade. ov a aplicagao como hobby. lazer ou uso pessoal, sendo proitidaa sua comercialzagdo ou indusvalzagao som a auroizacao fexpressa dos Autores, Eciotores e eventuals deteniores oe Diretos e Patentes. Embora ABC DA ELETRONICA tenha tomado loco 0 cudado na pré-vorficagae dos assuniostegica/pratieos aqui veiculados, @ Revista ndo se responsabslica por quasquer ainas, dele, lépsos nos enunciados Tocris ou pedticas aqui conidos. Ainda que ABC OA ELETRONICA assuma forma eo conteudo de uma "Revisia-Curs’, fica claro que nem a Revista. nem a Editora, nem os Autores, obtgam: 8@ a concesséo de quaisquer pos de “Diplomas”, "Ceriicados” ou “Comprovanies” de aprendi- 2zado que, por Lei, apenas podem sor fomecidos por Cursos Regulares, devidamentereqsrados, ‘autorizados © hemologados polo Gaverns EU. ESTAREI NA Eey PROXIMA TAMBEM AULA I ¥ PAGINA Oa 3- AS MEDIGOES E OS MEDIDORES TEORIA Leona _/ = 27-TRUQUES & DICAS 33-aRQuivo TECNICO 4.4- METRALHADORA ELETRONICA 50 . DETETOR DE MENTIRAS Teoria 10 As Medicédes e os Medidores (TENSAO - CORRENTE - RESISTENCIA) RE-ESTUDANDO © GALVANOMETRO (“AULA" n? 4), SUAS CARAC- TERISTICS E PRINCIPIOS - FAZENDO UM “CORRENTIMETRO” ME- OIR TAMBEM TENSOES E = COMO AMPLIAR E MUL- TIPLICAR AS FAIXAS DE MEDICAO DE UM GALVANOMETRO - AS ESCALAS - AS FAIXAS - MEDINDO C.A. COM UM INSTRUMENTO DE ©.C. - APLICACAD: CONSTRUINDO SEU PRIMEIRO MULTIMETRO! ‘Aprendemos, logo na (funda- mental...) 12 “Aula” do ABC, a importincia e a interdependéncia das trés principais grandezas elétri- cas, a CORRENTE, a TENSAO € a RESISTENCIA... Todo e qual- quer componente, circuito, bloco ou arranjo eletro-eletrénico, uma vez energizado, tem seu funciona- mento ou “comporamento™ intrin- secamente submetido a tais valores! Os diversos célculos e férmulas que j4 vimos, no nosso “Curso ajudam-nos a’ determinar, matema- ticamente, “a quantas anda” (ou “a quantas deveria andar”...) 0 circui- to ou componente, bem como 20s permite adequar os regimes de tra- balho as caracteristicas, parametros € limites dos componentes envolvi- dos, de modo que possamos “‘tirar deleso MAXIMO, sem porém “sobrecarrené-los” (o que os inuti- lizaria... Enquanto TEORIA, contudo, “coisas"” séo simples e diretas. Mas, na PRATICA so “outros quinhentos”... A nica maneira ab- solutamente confidvel de sabermos as CORRENTES, TENSOES ¢ RESISTENCIAS, | que _dinamica- mente (em funcionamento... manifestam nos componentes € cir cuitos € MEDIRMOS tais grande~ zas (célculos sio bons € confidveis “no papel”, mas ‘na Pritica, a Teoria € outra”, como dizem...)- Um exemplo direto ¢ irrefuts- vel: projetamos um pequeno € sim- ples circuito, com aplicagao defini- da, tudo calculadinho e conferido (na “‘matemitica”...); montamos 0 dito circuitinho com todo cuidado e atengio, ligamos a alimentacdo e... © “lazarento” NAO FUNCIONA! Re-conferimos a “‘matemética”, a ‘montagem, as leases © polardae € tudo esti “certo”... Mas NO 'FUNCIONA! © quc farer? Jogar tudo no lixo...? Arrancar os cabelos...? Culpar 0 Governo...? Mudar de Religiéo...? Obviamente que nenhuma dessas reacOes “radi- ” Teva A solucdo. Temns, sim, que conferir, com'o uso de MEDI DORES especificos, as condigbes dinimicas de cada componente, loco ou arranjo do dito circuito, verificand e quantificando “ao vi- ” os parimetros inicialmente de~ terminados de forma apenas “ma- temética’"! Encontraremos, entio - inevitavelmente - um componente defeituoso (embora novo), um fio rompido “dentro do isolamento”, uma bateria descarregada, um transistor defeituoso, um resistor ou capacitor com valor real diferente daquefe indicado na peca, essas coisas! Gragas aos MEDIDORES podemos confirmar a ocorréncia de fenémenos elétricos, além de de- terminar suas intensidades! Compa- rando cuidadosamente “o que é” com 0 que “devia ser”, facilmente identificamos 0 problema, sanan- do-o com a substituicao de uma pe- ca defeituosa, ou com a corregao de uma ligacéo imperfeita e... PRON- TO! O- “mardito” circuitinho FUNCIONA, agora! Todo esse prélogo tem a tini- ca intengio de enfatizer a IM- PORTANCIA dos MEDIDORES ¢ MEDICOES na Eletrénica pritica tanto que duns ““Aulas” inteiras ~ a presente © a préxima - serio dedi- ceadas a0 assunto...). - FIG. 1 - Na 4? “Aula” do nosso “Curso”, vimos os importantes EFEITOS MAGNETICOS DA TEORIA 10 - AS MEDIGGES E OS MEDIDORES CORRENTE, onde aprendemos gue todo ¢ qualquer condutor, 20 ser percorrido por Corrente, en- volvido por um Campo Magnéti- co, gerado pela tal Corrente... Se enrolarmos 0 tal condutor, for- mando o que chamamos de BO- BINA, podemos ainda concentrar, intensificar esse campo magnéti 0, obtendo um ELETROIMA, com seus polos magnéticos Norte © Sul, e cujas forgas de atracdo repulséo se manifestam “‘iguaizi- has” as de um imi permanente (minério j& encontrado magneti- zado, na Natureza, ou liga de fer- ro que foi “tormada”” permanen- temente magnética). Ainda naque- Ia importante “Ligdo”, vimos que se _“mergulharmos” 0 nosso ELETRO-IMA num campo magnético firme, gerado por um imi permanente, ocorreré uma in- teragio entre as forgas envolvi ‘determinando a manifestacéo de forcas mecénicas (indugo de movimento...) sobre ambos os componentes (0 ima permanente ¢ © indutor/bobina_momentanes- mente percorrido por Corrente. Tais fendmenos eletro-dindmicos podem entéo, direta e proporcio- nalmente, transformar eletricidade em movimento, desde que 0 con junto seja mecanicamente arranja- do de modo a bem “aproveitar” as manifestagdes © vetores.... No dia-a-dia da Eletro-Eletrénica, sio Vésios 0s dispositivos e compo- nentes que se valem de tais fend- ‘menos, para o seu funcionamento! Entre ‘cles temos (fig. 1-A) o MOTOR de C.C. (aplicamos energia elétrica aos seus termi- nais, € ele a “transforma” no mo- vimento rotativo do seu eixo), 0 ALTO-FALANTE (fig. 1-B), a0 qual aplicamos uma Corrente pul- sada ou “‘modulada””, que ele “transforma” em movimento, imprimido 5 moléculas que for- mam 0 ar, € cujas proporcionais compressées e descompress6es Se manifestam - 208 nossos sentidos = como SOM ¢, (fig. 1-C) 0 GALVANOMETRO, na verdade, um “parente” muito préximo do MOTOR e¢ do ALTO-FALANTE, Ga que também manifesta uma “transformagao” da Corrente em Movimento...). Também 0 gal- vandmetro contém, intrinsecamen- te, uma bobina ou enrolamento, que deve ser percorrido por Cor- rente... A diferenga & que nele, 0 que “‘se mexe”” (com a passagem da Corrente) ndo é um eixo (como no motor) ou um cone de papelio (como no alto-falante) mas. sim um ponteiro fino © longo, cujo deslocamento angular & direta- mente proporcional & intensidade da Corrente que percorre 0 con- dutor! NOTA: na fig. 1, todos os ‘componentes indicados ‘si mos- trados através dos seus SIMBO- LOS, inclusive © préprio gal- vanémetro, cuja representagio jé deve ser memorizada pelos Leito- res/"“Alunos” (jf que & dessa forma representado 0 componen- te, nos diagramas € “esquemas’ de circuitos...). FIG. 2. - Esbogo da construgio “fisica” de um galvanémetro. Tudo se resume numa pequena € leve bobina mével (esse tipo de gelvanémetro € justamente cha- mado de “bobina mével”...), feita com fio muito fininho, pivotando em tomo de um eixo a0 qual est acoplado um ponteiro. Um siste- ‘ma ao mesmo tempo simples ¢ de- licado de “‘mola de retorno”, me- canicamente acoplado ao eixo, faz com que, em repouso, 0 ponteiro estacione em determinado ponto (geralmente um pequeno pino de “encontro”, ndo visto na_ fig ra... © ‘Conjunto bobina/ei xo/ponteiro/mola € mecanicamen- te posicionado de modo que o mintisculo enrelamento fica ““den- tro” de intensas linkas de forca magnética emitidas pelos dois po- los (Norte € Sul) de um forte imi PoneiRa sovioinio permanente... Enquanto néo hé passagern de Corrente pela bobi- ninha, tudo permanece imével, ex” “repouso”, normalmente com 0 ponteizo estacionado & esquerda, pela ago do sistema de mola... J quando aplicamos (via terminais da dita cuja...) Corrente A bobina, a interago dos campos magnéti- cos (0 eletricamente gerado, na bobina, € 0 estfvel, do ima per- manente) faz com que a bobina ire, ““levando com ela 0 pontei- 79, que assim se desloca em arco, ““vencendo” a ago da mola! Se a Corrente for aplicada na correta polaridade (e esse € um importan- te aspecto prético, que detalhare- mos 20 longo’ da _ presente “Ligdo”), 0 ponteiro se movers para a direita, estacionando num ponto angular proporcionar a in- tensidade da dita Corrente! Temos entio, uma direta “tradugio” da quantidade de Corrente, no ntime- 70 de graus que 0 ponteiro “an- da”, na sua trajet6ria em arco (um “arco”, quem nio sabe, & ‘arco”, para uma “fatia’” de um cfrculo...). Sendo a manifestagéo LINEAR e PROPORCIONAL, nada mais simples do que adaptar, sob 0 dito ponteiro, uma escala angular gra- duaila, para que possamos direta- mente LER a intensidade da Cor- rente (56 é necesséria uma perfei- ta calibragdo do sistema e da tal escala...). E bom notar que en quanto persistir a passagem da Corrente, e a sua intensidade, 0 ponteiro ficaré - agora - imével em sua “nova"" posicdo! Cessan- do a Corrente, imediatamente 0 ponteiro retomard (pela acéo da mola) A sua posicéo inicial de re- pouso... Com uma construgio ge- TEORIA 10 - AS MEDICOES E OS MEDIDORES: ral extremamente leve, reduzin- do-se a0 minimo absoluto até o Pr6prio atrito do pequeno eixo com seus mancais, e usando-se bobininhas especialmente calcu- ladas, podem ser construfdos in- dustrialmente (¢ 0 so, efetiva- galvanémetros. capazes de promover o pleno deslocamen- {0 do ponteiro, ao longo de toda a sua escala, mesmo sob Correntes tao baixas quanto algumas deze- nas de milionésimos de Ampére! FIG. 3 - A SENSIBILIDADE, ou seja: a capacidade de promover um efetivo deslocamento angular do ponteiro, sob determinada Cor- rente transitando pela bobina, € também chanwada de ALCANCE do galvanémetro. A fig. 3 mostra, A esquerda, uma escala graduada tipica de galvanémetro comercial (no caso, um instrumento com ALCANCE de I mA...), com suas “divisdes” (que permitem uma precisa leitura de valores interme- disrios - entre 0 “zero” e 0 “fim” da escala...) € com a indefectivel indicagio do ALCANCE, sempre nitidamente inscrito na’ propria escala, junto a0 arco com as di- visées... Notem ainda (direita da figura) que 08 sfmbolos mais es- pecificos de galvanémetros tra- zem, sempre, também essa indi- cagdo de ALCANCE ou sensibi- lidade (nessa forma aparecem, nos “esquemas”...). L& no comeco da presente “Lido” teérica, falamos na im- portancia das medicdes de COR- RENTE, TENSAO ¢ RESISTEN- CIA... Entretanto, até agora, o tal de “‘galvanémetro” mostrado ape~ nas mostrou-se capaz de medir ou indicar _proporcionalmente a... CORRENTE! E a TENSAO...? Ea RESISTENCIA...? Calma, Turma! Na sua forma puramente ‘eletro-magnética/meca- nica, 0 galvanémetro (medidor de CORRENTE) € 0 tfnico medidor possfvel de ser construfdo... Acon- tece que (quem néo lembrar deve reler com atencéo a 1? ‘“Aula”...) ae grandezas elétricas so rigida e proporcionalmente —interdependen- tes! A “‘velha” Lei de Ohm diz: dada uma certa RESISTENCIA, a CORRENTE que a percorrerd seré diretamente —proporcional a TENSAO e dada uma certa TENSAO, ela “forcaré” COR- RENTE numa razéo inversamente proporcional & RESISTENCIA ( todas as variag6es mateméticas des- sa inter-relagio).. Tais relagées (que constituem a “base matemética” de toda a Ele- tro-Fleténica...) permitem que - 2 partir de simples adaptacdes ¢ inte ligentes arranjos - um galvanémetro (que € um - digamos - “correntime- tro”...) se transforme num medidor de Tensio (Vokiimetro) ou de Re- sisténcia (Ohmfmetro)! E isso em varios alcances ou sensibilidades! Vejamos: -FIG. 4 - Depois de devidamente “‘wansformados”, para permitirem a medicdo das “outras” grandezas elétricas, 0s sfmbolos adotados pelos galvanémetros (agora “es- \dos”...) podem receber indicagSes claras quanto As suas fungées: em 4-A temos o sfmbolo para um “correntimetro”, ou seia, um medidor capaz de nos indicar a quantidade de Ampéres, Mi- liampéres ou Microampéres. Em 4B temos o simbolo genérico pa- ra um Voltfmetro, ou seja, um gal- vanémetro adaptado para “ler” Volts ou Milivolts. Finalmente, em 4C vemos a simbologia gené- rica para um galvanémetro adap- tado para ohmimetro, ou seja: pa- ra medir Resisténcia! Antes de aprendermos a “transformar” um mero “‘correntt- metro” em voltimetro ou ohmime- to, € fundamental verificarmos que PRECISAMOS conhecer alguns pardmetros ou caracterfsticas do instrumento, sem cujos dados ndo é posstvel efetuar-se os célculos ne~ Cessérios a tais “transformagoes”” - ALCANCE - Maxims Correme que o instrumento pode medir ou indicar, correspondendo a méxima ‘TEORIA 10- AS MEDIGOES E OS MEDIDORES deflexo angular do ponteiro. Sob nenhuma hipStese podemos ultra- passar ou “estourar” esses maxi- mos, sob pena de dano elétrico (‘queima") ou mectinico (quebra) 20. galvanémetro. Normalmente (ver fig. 3 - esquerda), 0 AL- CANCE esté indicado na prépria escala do instrumento, - SENSIBILIDADE - Depende, di- retamente, do ALCANCE... Quanto menor o ALCANCE, maior a SENSIBILIDADE. Por exemplo: um instrumento com al- cance de 100WA tem maior sensi- bilidade do que um para ImA, e assim por diante... Definimos a sensibilidade pela —_relagao “OHMS POR VOLT”. Vejamos como, ¢ por qué: ainda nos exem- plos citados, dizemos que o ins- frumento com alcance de 100uA tem uma sensibilidade de 10K/V (porque 1 volt, dividido por 10K. ohms, determina a corrente méxi- ma de 100uA ~ € 36 calcular ¢ conferir...). J& 0 instrumento com, alcance de 1 mA mostra uma sen sibilidade de 1K/V (jf que 1V, dividido por IK, resulta em 7 mA, nfo ..2), Lembrar entio que: menor 0 ALCANCE, maior a SENSIBILIDADE ¢ “quanto mais” OHMS POR VOLT., maior também a SENSIBILIDADE do instrumento... Embora a SENSI- BILIDADE nfo venha, normai- mente, indicada na escala dos galvanémetros comerciais (apenas os MUL (OS - que estuda- remos mais a frente - costumam trazer tal indicagao...), € fécil simples depreendé-la do préprio ALCANCE - este sempre indica- do na escala... - RESISTENCIA DA BOBINA - E ‘um parémetro que tem importén- cia (no tdo fundamental quanto 0 ALCANCE © a SENSIBILIDA- DE, salvo em aplicagses de alta preciséo...) para a exatidio ma- temfticas dos cflculos de “trans- formagio” do galvanémetro em medidor de “outras” grandezas CFensio ¢ Resisténcia) ¢ também na “ampliaggo” do seu natural ALCANCE, em medigées de Cor- rente. Infelizmente so poucos os fabricantes que inserem esse dado na escala do instrumento,,. Na maioria dos casos temos que “en- contrar” esse dado, através de cuidados medigio indiret (nfo tentem medir a Resisténcia Inter- na de um galvanémetro - princi- palmente dos mais sensfvel dire- tamente com um MULTIMETRO, pois as chances de dano ao ins- trumento seréo _grandes...). Na Segio “TRUQUES & DICAS” da presente “Aula” so ensinados alguns provedimentos a respeito... Para quem ainda no percebeu, a Resisténcia Interna ou Resisténcia da Bobina de um galvandmetro é um simples valor éhmico, intrin- seco 20 prprio fiozinho com 0 qual a tal bobina é feita... Na maioria dos galvanémetros. co- merciais tal valor é (relativamen- te) baixo, ficando entre ume cen- tena de ohms e aproximadamente IK... FIG. 5 - Vejamos, agora, como 6 fécil “transformar” um galvané- metro (correntimetro) num medi- dor de Tensio (voltfmetro)... Re- cordando uma das fSrmulas bési- cas, derivada da Lei de Ohm (0 onipresente “fundamento matems- tico” da Eletro-Eletrénica...), te- mos que a Resistencia (R) € de- terminada pela relagio entre a Tensio (V) e a Corrente (1). As- sim, uma Tensfo fixa determina uma Corrente inversamente pro- porcional 4 Resisténcia que tem que “enfrentar”... Por outro lado, sobre uma Resisténcia fixa, seré desenvolvida uma Corrente dire- tamente proporcional a Tensio aplicada. Nao fica dificil de intuir que, aplicando-se em série a um galvanémetro, um resistor fixo de valot especialmente calculado, podemos fazer com que qualquer valor de Tensfo seja “‘capaz"” de levar 0 instrumento & sua méxima indicagiio! Nesse caso, o gal- vanémetro imediatamente “trans- forma-se”” num voltimetro (ou mi- livoltimetro...) também propor- cional © preciso, a0 longo de toda a sua escala! Damos a esse resis- tor fixo em série, o nome de RE- SISTOR — MULTIPLICADOR (RM) € 0 seu valor & calculado pela mesma “velha” fSrmul Onde “R” € 0 valor total de Re- sisténcia, ou seja: a soma da Re- sisténcia da bobina do galvanéme- tro (RL) com 0 valor do tal Resis- ‘TEORIA 10 - AS MEDIGOES E OS MEDIDORES RLs 1008 tor Multiplicador (RM), “V" é a Tensio que deverd ser indicada pelo galvanémetro na sua méxima deflexdo de ponteiro, e “T” € a Corrente méxima (alcance) do ins- trumento! ~ FIG. 6 - © esqueminha mostra 0 diagrama bésico de um voltime- tro, “feito” a partir de um gal- vanémetro comum (no caso, um instrumento com alcance de 1 mA..), bem como a “compo- siglo” de ““R”, formada por “RM” mais “RL”... Na poéxima figura, teremos 0 desenvolvimen- 10 de um exemplo pritico. -FIG. 7 - Partimos do seguinte: temos um galvanémetro com al- cance de 1 mA © queremos “fa- zer” um voltfmetro com “fundo de escala” (indicagéo méxima) de 10V. Sabernos, ainda, que a Re- sisténcia Intema do galvanémetro € de 100R... Vamos aos célculos: Vv Re 10 eo 0,001 R = 10,000 Como ja sabemos que “RL” vale 100R, temos que subtrair tal valor do ntimero encontrado, para de- terminar com precisio “RM”: RM = 10.000 - 100 RM = 9.900 ohms ‘Observem, entéo, em 7-A, como fica a “coisa”, em teoria: basta “seriar” um resistor de 9K9 com © galvanémetro, para obtermos imediatamente um voltimetro com fando de escala em 10V (aquele instramento que “lia” Corrente, até 1 mA, agora ““lé” Tensfo, até 10V..,.!). Tudo bem...? Tudo bem ‘nada! Onde vamos arranjar um re- sistor de 9K9...? Nas séries ‘co- merciais de resistores, esse valor simplesmente no existe (os mais Basta relem- brarmos os “‘truques" que pode- mos fazer com os valores dos re- sistores, quando associamos mais de um componente em série, em paralelo ou em série/paralelo (re- ver “Aula” n? 1), Observem, em 7-B, 0 que a “pritica” pode fazer, em wixflio 8 “teoria”: paralela- mos dois resistores comerciais de 18K (ebtemos 9K)"e também pa- ralelamos dois resistores “‘encon- tréveis” de 1K8 (obtendo 900R), colocamos esses dois arranjos em série e conseguimos , ch, maravi- ha, justamente os 9.900 ohms (OK9) que precisévamos! Ai esté NA PRATICAL ‘© nosso voltimetro (0-10V), preci- soe confidvel. FALANDO EM “PRECISAO”. Dissemos “preciso”... Bem, essa qualificago dependeri de duas coisas: a inerente preciso do proprio galvandmetro bésico (que costuma ser muito boa, j4 que difi- cilmente tais instrumentos so in- dustrialmente feitos para leituras com erros maiores do que 1 ou 2%...) € a exatidio do valot de RM. Confiando que RL tem um va- Jor também estabelecido com pre- cisso, temos que adotar, para a “confeccdo” de RM (ver fig. 7-B) resistores de tolerdncia to estreita quanto possfvel... Se pudermos ob- ter componentes de 1% (quarta fai- xa na cor marrom..), étimo! Mes- mo, entretanto, que usemos compo- nentes com toleriincia de 5% (quar- ta faixa dourada...), ainda teremos uma excelente preciséo, para fins priticos! Vejamos: com uma ‘‘mar- gem de erro” de 5%, uma Tenséo teal, de exato SV poderia ser indi- cada, pelo instrumento, com valo- res entre 4,75V ¢ 5,25V, margens perfeitamente aceitéveis, na maioria das andlises ou medigées... Lem- brando, entretanto, que a tolerfincia TEORIA 10- AS MEDIGOES E O§ MEDIDORES industrial de 5% € a méxima mar- gem de erro, © que na verdade re- sistores com quarta faixa dourada mostram regularmente uma preciso média melhor do que 2%, 0 even tual erro seré praticamente “‘ileg- vel” (em termos de deslocamento angular do ponteiro do instrumen- tore ‘Outro assunto prético, a res- peito de preciso: notem que o va~ lor de RL (Resisténcia da Bobina do galvanémetro), frente ao valor total de R) (que resulta de RM + RL...) 6 ~ na prética - irris6rio (1%, matematicamente...). Consideran- do-se tal aspecto, mesmo que use- mos, como RM, um componente comercial no valor de 10K (no lu- gar do arranjo série/paralelo mos- trado em 7-B), 2 margem de erro final, nas leituras, ainda ficard bas- tante baixa e aceitével! Como sempre dizemos aqui ‘em ABC: cuidado com “parandias”” ou meticulosidades descabidas! Deveros, na imensa maioria das tuagées, optar por condicées préti- cas, pfincipalmente considerando que - modemamente - todos os componentes “‘aceitam” muito bem uma substancial margem nos seus limites © parémetros, sem que com isso mostrem funcionamento defi- ciente! Assim Vocés podem, perfei ‘tamente, “fazer” um bom voltime- tro (0-10V) a partir de um gal- vanémetro de 1 mA em série com ‘um tinico resistor de 10K...! -FIG. 8 - J4 que verificamos - & provamos - a facilidade de se ob- fer um voltimetro (com qualquer “fundo de escala”) a partir de um simples galvanémetro (0s cAlculos e implementagées sio simples...) porque ndo ‘“inventamos” um multi-voltimetro que, a partir de um tinico miliamperfmetro (é, de Jonge, 0 componente mais caro do arranjo...) nos possibilite vérias faixas ou escalas da medicao...? “paba”...! Basta anexarmos op- cionalmente, em série com 0 dito galvanémetro, resistores de diver- sos valores (cada um deles calcu- iado pela fSrmula jé vista, para um determinado valor de Tensio em “fundo de escala”) ¢ aplicar- = RU M.BAIKA o— TS ENT.MEDICAO Fig. 8 mos um método simples © seguro de chaveamento ou escolha! Olhem, na fig. 8-A, como € fécil implementar um voltfmetro multi- faixas (1V-10V-100V-IKV) com © mesmo miliamperimetro (0-1 mA) usado no exemplo anterior! Notem que, no caso, desprezamos © valor da Resisténcia Interna (RL) do galvanémetro, sabida- mente baixo... Confiram 0s cAlcu- los (se ndo confiam na gente...) € ‘vejam que 0 arranjo, com 0 tnico auxflio extra de uma chave de 1 polo x 4 posictes (chave de on- das, rotativa...) € perfeitamente funcional. Em 8-D temos um ou- tro arranjo, de idénticas fungdes e faixas, porém elaborado a partir de resistores com outros valores, Confiram, para cada posico da chave de escolha, se 0 valor 6h- tmico total, interposto om série com o galvanémetro, nio fica “‘matematicamente” correto. - FIG. 9 - E se ado tivermos (ou se nao quisermos usar...) uma chave de 1 polo x 4 posigées...? Tudo bem... Ainda assim podemos ela- borar_um excelente voltimetro multi-faixas, simplesmente dotan- do 0 conjunto de uma diferente “entrada” de medigéo para cada faixa pretendida e calculada! Ob- servem, respectivamente em 9-A ¢ 9-B, a adaptacdo das idéias bisi- cas mostradas em 8-A e 8-B, de APOLARIDADE... Agora tem uma coisa IM- PORTANTE: 0 galvanémetro, € todo e qualquer arranjo que inclua © instrumento, € polarizado, ou se- ja: tem terminais positive © negati- ‘yo a serem respeitados! Num ins- trumento comercial, adquirido em loja, sempre existe a marcacdo nifti- da dos seus terminais, com os 6b- vios sfmbolos (+) € @). Se a Cor- rente ou a Tensio forem aplicadas sob polaridade inversa & indicada, a probabilidade de dano ao instru- mento seré elevada ( ponteiro ten- deri a defletir ‘ao contrério”, para a esquerda, podendo entortar ou mesmo aruinar todo 0 delicado sis- tema mecfnico, eixo, encostos, mo- la, etc., com a eventual “quebra” do galvanémetro. ‘Assim, em todos os aran- jos/exemplos mostrados, levar em consideracdo as marcagdes de poia- TEORIA 10- AS MEDICOES E OS MEDIDORES a a] z UMA ENTRADA PARA CAOA FAIXA DE MEDICA ridade, j4 que séo IMPORTAN- TES., - FIG. 10 - 16 descobrimos como é fécil se “fazer” voltimetros a la carte,a partir de um galvanémetro de baixo alcance... Mas tem outro “truque” de ampliagéo de alean- ce, no préprio pardmetro basico de medicao do instrumento, ou sé ja: podemos ampliar 0 alcance de modo que um instrumento original de 1 mA - por exemplo - possa confortavelmente (sem risco de ser “torrado” por sobrecarga...) “ler” Correntes de até 10 mA, 100mA, 1A, ou mais! Na adap- taco como voltfmetro, usamos 0 “truque” de “‘seriar”” um resistor, de valor calculado para limitar a Corrente total ao parimetro mé- ximo determinado pelo alcance do galvandmetro... Agora o problema € diferente: temos que permitir a ~. E MUITA “MATEMATICA” A TURMA NAO VAI "PEGAR" 300K comuM Kev 100v (NEG) UMA ENTRADA PARA CADA FAIXA DE MEDICAO Fig. 9 passagem de substancial Corrente elo sistema de medicfo, mas de maneira que o instrument, em sf, apenas “veja” uma parcela dessa Corrente, em intensidade com- patfvel com © seu alcance... O diagrama da figura mostra como isso pode ser feito: se “paralelar- mos” ao galvanémetro (conside- rado aqui como uma mera Re- sisténcia “RL”...) um Resistor de ‘Shunt ou “Desvio” (RS), com va- lor Ghmico bem mais baixo do que 0 apresentado peta bobina do instramento (RL), @ Corrente To- tal (IT) se dividiré (na razio in- versamente proporcional aos valo- res Ghmicos, como sabemo: passando por RS o sua intensidade (IRS) mas transi- tando pelo medidor apenas uma pequena e compatfvel Corrente (RL). O importante € que uma Figorosa proporcionalidade é man- tida: se ‘“‘dobrar” IT, “dobra”” também IRL (assim como ““do- ENTR mEDIcAo i= VAI SIM, “QUEIMADINHO” (© UNICO “MIOLO DURO” QUE TEM POR AQUI E VocE! 90K Te &% le ‘comUM (NEG) bra” IRS, mas isso néo vem a0 caso...) € assim por diante... Des- sa forma, a indicagéo dada pelo galvandémetro pode ser diretamen- te “traduzida”, através de uma conveniente escala, naquela “cor- rentona” ‘total (IT). Simplifican- do: com a colocagao de um Resis- tor extemo (RS), €m paralelo com a Resisténcia Intema (RL) do galvanémetro, podemos controlar a corrente “‘assumida” pelo ins- trumento.., Calculando adequa- damente 0 valor de RS, podemos fazer o galvanémetro “alcancar”” qualquer Corrente superior ao seu alcance original! A férmula que permite encontrar 0 valor de RS é simples: RS Onde: “RS” € o valor, em ohms do Resistor shunt (a ser paralela- do com o instrumento), “RL” € a 10 Resisténcia Interna, da bobina (a- gora esse exato valor é importan- ‘...), “N” € 0 mimero de vezes que pretendemos fazer a escala original “crescer”, ou seja: 0 fa- tor de multiplicagéo para o “fun- do de escala”... Se - num exemplo = temos um galvanémetro de 1 mA. © queremos fazer 0 “*bichinho”” medir até 1A, 0 “*N” seré equiva Tente a “1000” (ow 1 dividido por 0,001). - FIG. 11 - Vamos a um exemplo pritico: temos um galvanémetro com alcance de } mA, Resisténcia Intema de 100R, ¢ queremos fa- zer dele um poderoso medidor ca- paz de “alcangar” até 1A. Calcu- lemos: RL “NL 100 1000-1 RS= IRs = RS IRS = 0,1001001 (na pritica, 0,1R) Entio, conforme mostra 0 esque- minha da fig. 11, basta paralelar- mos um resistor de OR! (0,1R) com o dito galvanémetro, para ob- termos um amperfmetro, com al- cance de 1A. Agora, sabemos que tem Leitor/“Aluno”, por af, “‘preocupado” com a dissipacio no tal resistor, jé que foi dito - € comprovado - que por ele transi- tard o “grosso” da Corrente (rela tivamente alta) a ser medida. Nio hé por que “esquentar”. Basta utilizar a {6rmula de Potén- cia (*wattagem”) —_ensinada também na 1? “Aula” do ABC! nus00n qualquer delas capaz de nos zer" 0 valor de P (em Watts), @ partir do prévio conhecimento de Tensées (V), Correntes (1) ou Re~ sisténcias (R). Uma dessas gran- dezas - a Tensio - nés nao temos como prever, matematicamente. Entéo, entre as 3 f6rmulas, deve- mos escolher aquela que “no pe- de” 0 valor de “V" para o seu célculo... Ela é: pagdo no tal resistor RS, na pri ca desprezando o valor de RL, j6 que tio pequeno ele € (frente a RS), que podemos considerar toda a Corrente passando por RS (na verdade, um “tiquinho” - a parte “medida” - da Corrente, passa, sim, por RL...), Temos a Corrente méxima (1A) ¢ 0 valor de RS, ob- tido no célculo anterior (OR1). Entio vamos 16: P=1x01 para 1/4W “‘daré e sobraré”) P = 0,1W (na pritica, um resistor} ‘Apostamos que o resultado foi bem menor do que Vocés espera- vam, néo...? E que, apesar da alta Corrente, um valor resistive tio baixo quanto ORI estabelece uma diferenga de potencial (Tensio) também tio baixo entre seus ter~ minais que a formula principal da Poténcia (P = V x D seguramente resultaré também num valor nu- mericamente baixo! E 0 que ocor- Fen Fertucarwarrs) TEORIA 10 - AS MEDIGOES E OS MEDIDORES AIMPORTANCIA (AGORA...) DE “RL” Nao € dificil notar que, na férmula determinaiiora do valor do Resistor Shunt, para aumentar 6 al- cance (em Corrente) de um gal- vanémetro, 0 valor da Resisténcia Intema, da bobina (RL) assume importincia muito maior do que tal parametro tem no célculo do Resis- tor Multiplicador (RM) destinado a “transformar”” 0 galvanémetro num voltfmetro! Nesse caso, temos que obter 0 valor de RL com boa preciso, ou simplesmente endo sua indicagéo na escala do instrumento (se 0 fa- bricante colocou a inscrigo 16...) ou medindo-o, com 0 método des- crito na Seco “TRUQUES & DI- CAS” da presente “Aula”... E ONDE OBTER RESISTORES COM VALORES TAO BAIXOS? Pela prépria “‘montagem ma- temética”” da férmula, ¢ pelas pro- porcionalidades elétricas envolvi- das, na grande maioria das vezes 0 valor final obtido para RS seré bas- tante baixo, o que, eventualmente, dificultaré sua obten¢fo nas séries comerciais... De novo lembramos que basta usar os “‘velhos” truques de... PARALELAR virios resisto- res (de série comercial...) até obter © requerido € calculado valor! Nao 6 dificil, e ganha-se ainda, como “bénus” um substancis! “reforgo” na dissipagao geral. + FIG. 12 - E dé também para (u- sando um 96 galvanémetro..) fa- zer “correntimetros” de miltiplas faixas, com diversos fundos de escala...? E claro que dé: basta (ver figura) aplicar varios resisto- res shunt (RS), de valores espe- cialmente calculados, estruturan- do também um sistema de chaves ou de entradas independentes que facilite a opco no momento da utilizagdo... Com o mesmo mi- liamperfmetro de 0-1 mA usado nos exemplos anteriores, mais trés resistores de valores espectficos 1 TEORIA 10 - AS MEDIGOES E OS MEDIDORES (todos obtidos com a férmula jé ensinada - confiram...), mais uma simples chave rotativa (I polo x 4 posi¢Ges) temos um “‘correntime- tro” multi-faixas, com fundos de escala em 1 mA - 10 mA - 100 mA = 1A...! O8 valores dos resis- tres sio - € verdade - meio es- quisitos, ¢ terdo gue ser “feitos” com os’ truques jé mais do que “manjados” pelos Leitores/‘‘Alu- nos”, mas, de resto, a “coisa” € tdo fécil quanto 0 era a criacdo de um multi-voltimetro! UM Aviso! Em termos de medicéo de Tensio (com 0 auxilio do Resistor Maltiplicador RM), 0 espectro € bem amplo, ¢ podemos fazer um galvanémetro de boa sensibilidade @baixo alcance, _lembram-se...?) “ler” desde fracdes de volt, até mi- Ihares de volts... J4 na modificagao do alcance puramente em Corrente, podemos modificé-lo para cima, mas NAO para baixo! Nao & possfvel adaptar-se de maneira simples, um galvanémetro de 0-1 mA para um fundo de escala de - por exemplo - 100uA (salvo com amplificadores de Corrente - 08 transistores estio af pra isso - mas € uma outra histSria...), Em fu- turas “‘Aulas” veremos algumas maneiras - jé bem mais sofisticadas do que a niera anexagao de resisto- res de “apoio” - que permitem essa alteragéo, que envolve 0 aumento da SENSIBILIDADE do Instru- mento. - FIG. 13 - A transformagio das escalas. O galvanémetro (geral- mente um microamperfmetro ou miliamperfmetro...) comercial, adquirido na loja, vem com sua propria escala, com 0 arco de de- flexo do ponteiro jf demarcado e subdividido com as marcagées in- temmediérias, etc. Quando trans- formamos o’“bichinho” num me- didor de “outra grandeza” (ou da mesma grandeza, em outra esca- la...), € praticamente inevitével que alteremos a escala original, em suas marcagées, valores, di- visdes, etc., de modo a tornar confortével e direta a leitura das medigdes! Como escalas de Cor- rentes ou de Tenso permanecem proporcionais ¢ lineares, a “coi- sa” no & muito diffcil... Obser- ven, em 13-A a escala original de um miliamperfmetro de 0-1 mA, com suas divisdes © marcagées costumeiras... Em 13-B temos a mesma escala jé com as mar cacdes alteradas para voltimetro remareada para um fundo de esca- Ja de 100 mA... Notem que a ope- ago envolve alguns cuidados de “mflo de obra” Remover, com mmiito cuidado, a janela ou tampa de acrilico trans- Parente que envolve o mostrador do instrumento, ~ Soltar a escala original, com maix cuidado ainda, liberando-a_ de seus encaixes ou despertando os pequenos parafusos que a pren- dem... Nessas duas aperagdes O PONTEIRO NAO PODE SER TOCADO, NEM “DE LLEVE” pois isso danificaré o mecanismo extremamente delicado do instru- mento! ~A modificagéo das divisdes ou marcagées € fécil: basta raspar com “gilete” ou estilete as no- 12 TEORIA 10 - AS MEDICOES E OS MEDIDORES tagdes originals e refazé-las, com nanquim (caneta de pena bem fi- ninha) ou com decalques tipo “Letraset”. Recolocar a escala e a tampa transparente nos seus lugares, no- vamente com EXTREMO cuida- do, para no tocar 0 ponteiro e muito menos “forcé-lo” de sua posicdo natural. FIG, 14 - Tudo 0 que foi mostra do, explicado e exemplificado até agora, envolveu apenas medig6es de Corrente ou Tensio Contfnuas, ‘ou seja: manifestagses elétricas de potaridade definida e conhecida... Mas © se as grandezas a serem medidas forem alternadas...? Co- mo os galvandmetros, pelos seus proprios principios eletro-magné- ticos/mecfinicos de funcionamen- to, slo dispositivos polarizados, o recurso que temos é “transfor- mar’” as manifestagdes elétricas de polaridade altermada em equiva- Tentes valores com polaridade nica! Entra em agio, entio, 0 nosso velho amigo, 6 DIODO comum (estudado na 3% “Aula”, que deve ser re-vista pelos “Alu: nos”...)! Observem, em 14-A que se colocarmos 0 ‘galvanémetro, Polarizado, no “meio” de uma Ponte de diodos, podemos aplicar ‘Tensdes ou Correntes de qualquer polaridade as Entradas de Me- digo (EM), j& que os sentidos “de conduc” das juncées semi- condutoras. “obrigario” as Cor- rentes a apenas se apresentarem ap Instrumento na correta polari- dade! Em 14-B temos uma versio mais “cra” (porém funcional com um s6 diodo, que entrega ao ‘TP#2(RM-RF) Q ‘TP « 2(RS-RF) (COM RESISTORES AJUSTAVEIS PODEMOS FAZER CALIBRAGOES PRECISAS... instrumento apenas 0$ semi-ciclos “corretos” (em termos de polari- dade...). & bom lembrar de alguns detalhes importantes: como os diodos apresentam uma natural queda de tensio através das suas jungées PN, para evitar “falsea- ‘mentos” nas indicagdes devemos Uutlizar apenas componentes de GERMANIO, cuja queda de po- tencial inerente a “barreira”” da jungo € menor (cerca de 0,2V contra 0,6V) do que a apresentada pelos diodos de SILICIO... Outra coisa: as indicagdes mostraro (no galvanémetro) uma “média” ou uma “integral” da energia real- ‘mente aplicada, j6 que numa C.A. ha momentos de —_energia (Tenséo/Corrente) “zero” (rever ‘Aula’ n® 3...) Com a “ponte” de diodos, teremos uma medicio em RMS ‘(“‘média quadrada”) e do de “picos”... Notem ainda que, devido as naturais inércias mecfnicas e magnéticas do siste- ma de bobina mével usado nos galvanémetros, mesmo sob uma C.A. 0 ponteiro nao “vibraré” posicionamento angular no arco de medicéo, uma posicio média bastante consistente. De qualquer maneira, se quisermos que 0 gal- vanémetro nos dé indicagées de pico das Tensées Altemadas, te- mos que compensar ‘eof Be porto de “1, 4142" ou © célculo dos X08...). esistores ane- FIG. 15 - Nao é incomum (jf ve- rificamos isso, mesmo nos exem- plos simplificados mostrados até agora...) que os célculos para de- terminagao dos resistores de ‘‘a- poio” (seja o Resistor Multiplica- 13 ‘TEORIA 10 - AS MEDIGOES E OS MEDIDORES fe ___eeeseeseesesd dor, seja 0 Resistor Shunt...) re- sultem em valores numéricos “‘es- quisitos”, fracionérios, muito fora dos standarts das séries comer- ciais... Mesmo quando “damos” sorte nos cflculos, as vezes ne- cessitamos de uma’ preciso prati- ‘camente impossfvel de ser obtida com resistores fixos de quaisquer valores (ainda que cuidadosamen- te arranjados em série/paralelo, No podemos nos esque cer, contudo, que temos a dispo- sicéo os resistores varidveis ou ajustaveis (potencidmetros trim-pots) que, perfeitamente, po- dem “fazer parte” dos conjuntos resistivos de “apoio” aos gal- vanémetros em aplicagées espect- ficas! Conforme mostra a figura, nada impede que resistores “nio fixos” (ajustaveis) componham os necessérios totais correspondente: a “RM” (fig. 15-A) ou “RS” (fig.15-B)! Em ambos os casos, basta dispormos de uma referén- cia extema, precisa e confidvel, para que possamos efetuar uma rigorosa calibraco no instrumen- to, com 0 que a preciséo geral fi- caré em ponto étimo! Para que no se corra o risco de, num ex- tremo do ajuste do trim-pot (nos exemplos dados...), sobrecarregar © instrument, € sempre conve- niente a presenga do Resistor Fi- x0 anexo, que funciona como um “limitador” automético dos ajus- tes possiveis... Lembrando ainda que um ajuste confortével sempre deve partir da posig&o central do knob de trim-pots ou potenciéme- tros, devemos sempre optar por um resistor ajustével com 0 dobro do valor que, se somado 20 de RF, daria aproximadamente 0 “niimero” 6hmico previamente encontrado em célculo! As formu- etas sob cada diagrama ilustram isso, matematicamente... Em co 05 nos quais extrema preciso je- ja requerida, podemos usar trim pots do tipo “multi-voltas”, nos quais a variagio de Resistfncia se dé muito “lentamente” em fungio do giro do respectivo knob (isso permitiré féceis calibragdes por “um fio de cabel MEDINDO RESISTENCIAS COM UM GALVANOMETRO... Tinhamos “‘prometido”, 14 no infcio da presente “Lico” que um galvanémetro também poderia ser uusado para medir Resisténcias (a RESISTENCIA € uma grandeza elétrica “‘ndo ativa”, inerente a0 ‘componente ¢ ndo a cnergia a cle aplicada...). De novo devemos Te- comer A “‘inesquecivel” Lei de Ohm. ‘endo sempre em mente a in- terdependéncia das trés principais grandezas, podemos anexar 20 gal- vVanémetro alguns itens de “apoio” que nos permitirao, com boa pre~ cisdo, “ler” e medir o valor Shmico de componentes (notadamente Re- sistores, mas também qualquer ou- ‘ro componente, ou asTanjo que te- nha, intrinsecamente, uma “Re- sisténcia”...). -FIG. 16 - As férmulas que jé co- nhecemos “dizem” que a Re- sisténcia “R”” é fungéo da Tensio “Vv dividida pela Corrente “T°, ‘ou que a Corrente “T” € resultado da Tensio “V" dividida pela Re- sisténcia “R”... Se submetermos, entio, um componente ou circuito a uma Tensio fixa, a Corrente que circularé seri proporcional, inversamente, & Resisténcia apre- sentada por esse componente ou circuito (€ a prépria “esséncia” da Lei de Ohm...) Assim, se ane- xarmos a um galvanémetro uma fonte de Tensio, fixa e conheci- da, a deflexéo do ponteiro do ins- trumento seré inversamente_pro- porcional ao eventual valor Shmi- co de qualquer componente que utilizarmos para “fechar” 0 cir cuito! Como a proporcionalidade € INVERSA, quanto maior for 0 valor da Resisténcia a ser medida (RX), menor ser a Corrente indi- cada pelo instrumento, e vice-ver- sa... Nesse caso, 0 “fundo de es- cala’” (alcance total do instrumen- to) corresponderé ao “‘zero” (em termos de RESISTENCIA, medi- da...), enquanto que 0 “‘zero"” na- tural da escala do instrumento comesponderé a uma RE SISTENCIA “RX” infinita... Pa- ra que tenhamos meios nfo sé de calibrar com precisio as indi- cacées © 0 “zero”, mas também de'determinar as faixas de mie- digéo, o arranjo bésico deve ser 0 mostrado no diagrama: “V"” € a fonte de Tensio fixa e conhecida, normalmente uma ou mais pilhas, “RP” € um Resistor Fixo, limita- dor e determinador da faixa de medigéo, “RA” € um Resistor Ajustavel (potenciémetro) através do qual calibramos com preciséo © “zero” de Resisténcia entre as Entradas de Medicéo (EM), cor- respondendo a indicagéo méxima na escala do instrumento (pontei- (0 "ZERO" CORRESPONDE, A Axia DEFLEXAO NO GALVANOMETRO| Re RKtRF+RA Fig.16 4 ‘TEORIA 10 - AS MEDICOES E 05 MEDIDORES* ro todinho a direita...). Notem, entio, que o valor de “R” nas fOrmulas bésicas oriundas da Lei de Ohm, corresponde, na verdade, & soma dos valores de RF + RA + RX. Vamos, num exemplo pré- tico, supor que o alcance natural do instrumento é de { mA € que a fonte de Tensio fixa V é uma nica pilha de 1,5V. Se RF tiver IK € RA esse mesmo valor, colo- cando-se as entradas de medigio EM “em curto” (0 que corres- ponde, na pritica, a Resisténcia “zero” sendo medida...) € posi- cionarmos 0 ajuste de RA no seu exato centro, este assumiré um valor de 500R que, somados a0 1K de RF totalizaré 1K5. Pois bem: uma Tenséo de 1,5V, sobre uma Resisténcia de 1K5 determi. nari uma Corrente de 0,001A, que representa, exatamente, a de- flex4o méxima do galvanémetro exemplificado! Teremos, entéo, “calibrado 0 zero” com pre- cisio... O ponto inicial (repouso, esquerda) do ponteiro na escala, corresponderé 4 Resistencia RX infinita, ou seja: “nada alf”, entre ‘as Entradas de Medigéo EM... Ao longo de toda a escala do gal- vanémetro teremos todas as indi- cag6es possfveis de Resistencia, entre “zero” ¢ infinito! Notem, entio, que uma das caractertsticas dos OHMIMETROS feitos a par- tir de um galvanémetro de bobina mével, é que as escalas ou faixas sempre terminam no infinito e néo num fundo de escala definido! A ‘outra importante diferenca € que a marcagéo da escala é feita “de trés pra frente”, nitidamente in- vertida.,. Tem uma terceira caracy terfstica, que € 0 “‘apertamento”” da escala, no seu final, sobre 0 qual falaremos mais adiante... FIG. 17 - De maneira muito pare- cida’ com 0 que fazemos nos “multi-voltimetros” ou “multi correntimetros” j& explicados, também na adaptagéo de um gal- vanémetro para ohmimetro pode- mos conseguir um sistema multi- faixas com a anexagio de varios resistores fixos (RF) de valores especialmente determinados para posicionar (notem que nio dize- mos mais “quantificar”...) as R-LIMITADOR Rxl “zonas de valores” em conforté- veis divisées da escala do instru- mento... E bom notar que a confi- guragio nfo permite determinar- mos “fins’” de escala “‘naméri- cos” (por exemplo: 15R = 1K - 100K - 10M...), jf que todas as faixas, inevitavelmente, “termi- nargo em infinito"! No caso, fa- zemos 0 possfvel para que a re- giflo central da escala do instru mentro mostre as divises e mar- cagdes dentro de certa faixa apro- priada de valores numéticos de Resisténcia... As faixas so, entio, escalonadas assim: Rx 1 - Rx 10-Rx 100-Rx IK, ete, simplesmente indicando que 0 “‘ntimero"” mostrado pelo ponteiro deveré ser “‘multiplicado” por 1, ‘ou por 10, ou por 100, ete. para a ¢fetiva interpretacéo em Ohms! Vejamos a razio disso, na préxi- ma figura: ‘08 VALORES DE “R-LIMITADOR™ ‘SAO DIMENSIONADOS PARA ‘TORNAR AS FAIXAS “CONFORTA. | EIS" A INDICAGAO E LETTURA! - FIG. 18 - Devido ao inevitavel “espremimento” da escala, nota- damente no seu final (que corres- ponde ao infcio da escala original de Corrente, do instrumento. poderemos ler diretamente, com certo conforto, apenas do infcio até pouco mais da metade do arco (Sempre “de trés pra frente”, con- forme j& explicado...). As even- ‘tuais sub-divis6es ou marcagdes. no finalzinho, ficam tho juntas que nfio hé como identificarmos os valores relativos as posigSes assumidas pelo ponteiro... Essa € a razo vinica de usarmos, nas medig6es de Resisténcia, 0 “tru que” das vérias faixas (aparente- mente incongruente, j4 que todas as faixas “‘comecam em zero” € “terminam em. infinito”...!). As figs. 18-A ¢ 18-B mostram a esca- la “original” de um galvanémetro e mais ou menos como ela ficaria a0 ser transformado o instrumeato 15 ‘TEORIA 10 - AS MEDICOES E OS MEDIDORES a num ohmimetro (através dos ar- ranjos mostrados na fig. 16...). Observem, na estilizago, que en- quanto “de zero a 1K” temos um arco relativamente amplo para deslocamento do ponteiro ¢ res- pectivas divisées da escala, entre “IM e 10M" (um “espaco” ‘numérico correspondente a 9.000 vezes mais valores inteiros de Re- sisténcia...) temos um arco menor do que © primeiro, com as mar- cagdes ¢ divisdes “espremidissi- mas” ¢ absolutamente ilegiveis E por isso que as marcagdes cor. respondentes & Resistencia (em Ohms, Kohms ou Mohms...) niio 60 feitas na escala, como mos- “trado em 18-B! LA Vocé teri ape- nas mfimeros, que devem ser mul- tiplicados pelo fator da faixa (x1 - x10 - x100, ete.) para resultar nos Ohms, Kohms ou Mohms a serem “dos”. eoeee SOBRE 0 “NADA” E 0 “INFINITO"... Apenas para “‘bolinar”’ a men- te dos Leitores/“Alunos” (atengao, desde jé: aqui no € uma “Aula” de Religiio, de Metafisica ou de Filosofia Pura...) vamos falar um pouquinho sobre as. possibilidades de existir um RESISTOR COM “ZERO” OHMS ou um RESIS- TOR COM — “INFINITOS” OHMS... Embora a escala dos ohmimetros mostre tais marcagées, embora 0 ponteiro por vezes, “pare nelas”, tratam-se apenas de referencias, jé que fisicamente tais valores simplesmente NAO EXIS- TEM! & isso mesmo! “RESISTENCIA ZERO” pressupde a mais radicalmente ab- soluta “facilidade” para o transito de elétrons livres, num material qualquer... Simplesmente tal mate- Fial ou condig&o inexistem! Mesmo © melhor dos melhores dos “‘super- condutores”, desenvolvidos _ulti- mamente (sio materiais especiais ¢ que, levados a baixissima tempera- ura, geram enormes facilidades & passagem da Corrente) apresenta alguma Resisténcia ou oposicao a0 livre transito das cargas elétricas... E uma condig&o inerente A propria matéria/energia da qual todo o Universo € feito: “existem ligagdes ~ ainda que fraquissima: terminadas circunstdncias - entre as particulas at6micas e sub-at6mi- cas... Tais ligag6es NAO PODEM ser totalmente desfeitas ¢ assim, vargas ou “particulas” simplesmen- te tem que encontrar “obstéculos”” & sua movimentagio (ainda que ir- Tis6rios)! Assim, mesmo um “pedaco”” de cobre (metal altamente condutor, pela “facilidade” com que as car- gas elétricas tém de “andar” por entre seus Atomos...) com a espes- sura de um Stomo, mostraré alguma (“imedfvel”, mas est If...) Re- sisténcia, j4 que forgas atémicas fraces, mas consistentes, “‘insis- tirdo”em causar “‘alguminha” dif cultagio A liberagéo de elétrons portadores da Corrente! ‘Na outra “ponta” da questo, “RESITENCIA, INFINITA” também niio existe, jf que - teori- camente - tal “valor” apenas seria verificado num... pedago de NADA (© esse “nada” af encontra-se no seu mais profundo ¢ completo sig- nificado: absoluta ausfacia de matéria, em qualquer estado, ener- gia, radiacao, etc.). Qualquer ‘‘coi- sinha”, ainda que (quase) infinite- simal, ‘que exista num espaco de qualquer tamanho, —estabeleceré “alguminha” condigéo de “trinsi- to” para cargas elétricas de conve- niente intensidade! Como no Uni- verso € imposstvel verificar-se 0 “vazio absoluto”, a “RESISTEN- CIA INFINITA” 6, também, im possfvel... Na pritica, mesmo ura bloco de vidro (material altamente isolan- te, pela extrema rigidez com que os. elétrons so “presos” aos étomos que formam suas moléculas...) ex- ‘remamente longo € fino, se subme- tido a uma diferenga de potencial (Tensio) entre seus extremos, “deixaré. passar” uma Correntezi- nha” (no h4 como medf-la, mas ela “passa”...!). ““Piconésimas”” fragdes de um pico-Ampére, mas - seguramente - est Id! ‘© UNIVERSO - a0 contrério do_que querem ou pensam alguns ~ NAO ADMITE © ABSOLUTO! O “NADA” € 0 “INFINITO” sao pu- ramente referencias mateméticos... Cuidado, portanto, com “teorias”, “filosofias”, ete. que usam © abu- sam de “‘conceitos” como infinito, ctemo, essas besteiras... “Voltando ao cho”, os me- didores, em Eletro-Eletrénica, fa- zem “o que podem”, e mostram que € possfvel, mas nada é absolu- tamente preciso e correto (matema- ticamente falando). Mesmo quando tum ohmfmetro (ou multimetro, cha- veado para tal fungao...) est 14, na bancada, com suas pontas de prova “soltas”, 0 ponteiro repousando & ‘esquerda da escala (apontando para aquele “ito deitado” que significa “infinito”...), na verdade, 0 medi- dor esté “vendo” uma Resistencia de varios “porrilhdes” de Me- gohms (ou Gigaohms, ou Te- raohms...). 0 AR, na verdade, 6 um péssimo isolante (se fosse um bom isolante, jamais um i sobre a cabeca de alguém.. UMA APLICACAO: Voce PODE CONSTRUIR UM MULTIMETRO- Com os conhecimentos teéri- co € priticos até agora adquiridos via ABC, mais os “macetes” € “malicias” adquiridos por conta propria, néo haveré grande dificul- dade a0 Leitor/"*Aluno” que “botar na cabeca”: - VOU CONSTRUIR UM MULTIMETRO! E certo que existe muito mais conforto ¢ “boa vida” em comprar um multiteste prontinho, bonitinho, na loja. ‘retanto, quem tiver acesso a um mero galvanémetro (0-ImA) de Prego ndo muito “bravo”, com um pouquinho mais de “‘grana” poderé obter alguns componentes comuns (resistores, diodos, potenciémetro, pilha, bones, caixa, etc.) € cons- truir ‘um multi-analisador de com- ponentes ¢ circuitos que - perfeita mente - “quebraré o galho” em to- da essa fase inicial do “Curso”! Na presente sugestio da APLICACAO, daremos apenas 0 “esquema” eum lay out para o “encaixamento” final... Os compo- nentes séo todos jé bem conheci- dos, e as téenicas de montagem e interligagéo também j& sfo do dominio de qualquer dos Leito- res/“*Alunos”... Além disso, tudo 180 simples, circuitalmente, que 0 16 ‘TEORIA 10 - AS MEDIGOES E OS MEDIDORES MULTIMETRO agora proposto poderé até ser montado sem ne- nhum substrato _eletro-mecanico (sem Circuito Impresso, sem ““pon- te de terminais”, etc.), simplesmen- te ligando-se os componentes pon- to-a ponto, - FIG. 19 - Diagrama esquemético do nosso MULT{METRO, sim- ples ¢ barato, Praticamente toda a despesa ou custo esté concentrada no instrumento, um galvanémetro com alcance de 1 mA. O resto é Notem ainda que para economizar ¢ simplificar “até 0 talo”, sequer sugerimos 0 uso de chaveamentos complexos, prefe- indo mostrar 0 diagrama na base de “um borne para cada entrada de medicio”... Sdo 4 faixas de medigdo de Tensio Continua (com fundos de escala em 10V- 50V-100V-500V), 2 de Tenso ‘Alternada_(SOV-S00V), uma de Corrente Continua (1 mA) e uma de Resistencia (com “zero” ajustdvel por potenciémetro in- corporado...). Notem que o termi- nal (entrada) COMUM representa, em termos de polaridade, 0 nega tivo para todas as faixas, menos para a medicao de Resisténcia, caso em que esse terminal “tor- na-se” 0 positive. De qualquer forma, observar com atengio as polaridades do galvanémetro, da iinica pilha (pode ser uma peque- nna, jf que o “dispéndio” de Cor- rente € muito baixo...) € dos dio- dos, notando que um deles € de cédigo 1N4007 e 0 outro IN4148, Os resistores (todos) s0 de valores super-comuns, de faci- lima aquisicao.... - FIG. 20 - A sugestéo para o “en- caixamento” do nosso MULTI- METRO (incluindo a configu- ragao do painel ¢ dos cabos/por tas de prova). Algumas “dicas’ usar um borne (jaque) preto para acntrada “COMUM” ¢ outras co- res para as demais entradas (e- xemplo: vermelho para as 4 faixas de VC, verde para as duas de VA, azul para a de CC e branco para a de Resisténcia). Recomenda-se 0 uso de jaques “banana” nessas entradas, pois além de priticos, podem ser encontrados em varias cores, facilitando a “codificagéo visual”. Os cabos de prova, no caso, deverio ter plugues “bana- na” nas extremidades destinadas & conexio com o aparelho, € pontas de prova médias ou longas, nas outras extremidades. Para os ca- bos, sto apenas duas as cores de codificagio: vermelho para 0 cabo “vivo” de medigio e preto para aquele que - em todas as me- dig6es - deve ser ligado & entrada (©) “COMUM”... Quanto as mar cages da escala, j4 foram dadas “dicas” importantes, ao longo da presente “Licdo” ‘te6rica, mas Aqui Vo outros “'truques”: a faixa de CC (1 mA) ja “esté 1d", € a escala original do galvanémetro. As faixas de 10V e 100V (VC) podem ser facilmente inferidas, nem precisam receber marcacio specifica... As faixas de SOV & SO0V, tanto em VC quanto em VA podem ser facilmente re-mar- cadas, numericamente, sobre (ou sob...) a escala original, sem pro- blemas... O que dard um pouco mais de trabalho seré a marcagéo das divisdes na faixa de Resistén- cia, A calibragéo © a marcagéo terdo que ser feitas por referéncia € por “‘amostras”: inicialmente 0 Leitor/“Aluno” deve usar resisto- res fixos de 100R - 1K - 10K - 100K - IM -10M... Coloca-se as pontas de prova em curto (cabos nas entradas “COMUM” “0. "...), “zera-se” a indicagao através do potenciémetro (0 pon- TEORIA 10- AS MEDIGOES CS teiro deve ficar exatamente sobre © fim “natural” da escala, todo & direita ~ jf que a escala ‘de Re- sistencia € “do contrério”...) e, medindo-se um a um os resistores de referéncia/amostra, vio se es- tabelecendo as marcagGes corres- pondentes aos seus valores. Para melhorar a resolucio da escala, novas segdes de marcagio devem ser feitas, usando-se resistores de referencia com valores. interme difrios (exemplo: 47R-470R- 4K7-47K-470K-4M7...), tantos quantos for possivel obter... A es- cala de Resisténcia, ainda que um tanto “tosca”, ficaré funcional € aproveitdvel para finalidades que no envolvam precisio absoluta... Para finalizar, um conselho préti- 0: quanto maior for o mostra- dor/escala do galvanémetxo origi- nal (infelizmente © tamanko tra- dduz-se, diretamente, em prego nos instrumentos de bobina mével...) metber, tanto para a “re-mar- cacéo” das escalas e faixas, quan- to para a pripria “leitura” des va- Tores, pelo usuario... Seo L tor/"Aluno” contudo, for muito “bom da vista", nada impede, tecnicamente falando, que. seja usado um miliamperimetro peque- no, com qualquer “formato” de escala (ver TRUQUES & DI- CAS), ‘Gan RADI Sage PACOTE ECONOMICO PACOTE N® 1 RESISTORES 240 PCS (10 DE capa) 220 242 100K ston ax 220 saon 10x 350K Wk 470K 12 47K 880K rs 6.900,00 108 22 an am 100R PREG ™ 2M 4n7 10M PACOTE N22 CAPACITOR CERAMIC DISCO (10 PEGAS DE CADA) 82°F 470PF 100F 0K 220pF 10K 108F 2PF aE reco 2K aK 100K 11.700,00 PACOTE N23 CAPACITORES ELETROLITICOS. (5 PEGAS DE CADA) terse 10x16 22x50 72x16 ara “aT 6 100416 220116 470016 1000 x 16 26,760,00 PACOTE N24 1000s E Leos 10 - LEDS VERMELHO SM. ‘3 “AEDS AMARELO SM 5 LEDS VERDE SMM 6.900,00 PACOTE N' Leos LDS VERMELHO 3M LS VERDE 24M "LEDS AMARELD 304M RETANGULAR VERMELHO * RETANGLAR VEROE AETANGULAR AMARELO 10.960,00 PACOTE N26 TRANSISTORES w0-ac ses 7 5-131 so-ec ss | 5.TiP32 PrEGO REGO 10 yn, 5+ 1Nan0g 5- 1Nd007 rego s RECO 2m at 2-1 a 19.360,00 PACOTE N27 CIRCUITO INTEERADO 2-01585 1 cpa04s > ata 1 cne066 2-coaaet 104083, zoos = | gegen Rego 13.500,00 = Pacote ni mo 1+ despesa de coreio....Crs §,000,00 os 1 Prego Total 56 com pagamento antpcipads com cheque ‘nominal ou vale postal para 2 Agencia Cental fm favor de Emark Elorenica Comercial Lida, Fs General Osdti, 188 - CEP 01213 - S80 Paulo- SP. 7 oy ALADIM baer e lel alae nese) uae eds akeeaalecet ay ae ‘@ RADIO # TV PRETO E BRANCO |e TV ACORES @ TECNICAS DE ELE- TRONICA DIGITAL @ ELETRONICA INDUSTRIAL @ TECNICO EM MANU- TENGAO DE ELETRODOMESTICOS OFERECEMOS A NOSSOS ALUNOS: 1) A seguranga, a experiéncia ea idonel- dade de uma escola que em 30 anos 8 formou milares de técnicos nos mais diversos campos da Eletérica 2) Orentacao técnica, ensino objetivo, cursos répidos e acessive's 3) Cerificado de conclusao que, por ser expedido pelo Curso Aladin, € ndo 56 motivo de orgulho para voce, como também a maior prova de seu estorco, de seu merecimanto e de sua capac dade: 4) Estagio gratuto em noss@ escola nos cursos de Radio, TV pb e TVG, feilo fem fins de semana (sdbacos ou do- mingos). Nao € obrigatério mas & ga rant 20 aluno em qualquer tempo. IMANTEMOS CURSOS POR FREQUENCIA| Tupo A SEU FAVOR! Eh ce Soja qual fora sua dad, sejaqualtoroseu nivel 1 cultural, oCurse Aladin fara.de Voce um wcrc! Roma esto cupomn para: CURSO ALADI F., Fio@ncio de Abrou, 145 - CEPOTOZ9 - ‘.Paulo-SP, solcitando injomagées sce ols) ‘curso(s)abaixo indcados) Praca ema. cer bre temas ainda nao abordados. Serio respondidas anies bre a “ordem cronoiogica’ ‘A Seco de CARTAS da ABC destina-se, basicamente, a esclarecer pontos. maténas ou conceitos pubicados na parte Tednca ou Pratica da Revista, ¢ ue, eventuaimente, nao tenham sido bem compreendidos pelos Leilores/A. lunos. Excepcionalmente, outros assunios ou temas podem ser aqui abor dados ou respondidos, a cniéno unico da Equipe que produz ABC... As re: gras s8o as seguintes. (A) Expor a divida ou consutla com clareza, alen- 0-Se a0 ponios ja publicados em APE. No serdo respondidas cartas so: (B) Inevitaveimente as cartas $6 serao respondidas apds uma pré-selecao, cujo crivo bASico levara em conla os assunlos mais relevantes, que possam inleressar a0 Mavor nirnero possivel de Leitores/Alunos. (C) As cartas, quando respondidas, estarao também submetidas a uma inevitavel “ordem cronolégica” (as que chegarem prmeiro salvo criténo de importancia, que prevalecera so- ). (D) NAO serao respondidas duvidas ou con: sullas pessoalmente, por teleione, ou através de correspondéncia dreta...0 rico canal de comunicaco dos Leitores/Alunos com a ABC ¢ esta Seréo de CARTAS. (E) Demoras (eventuaimente grandes...) s80 absolutamente inevitévels. portanto néo adiania gemer, ameagar, xingar ou fazer becinho. {as respostas s6 aparecerdo (se aparecerem...) quando. aparecerem! Enderegar seu envelope assim KAPROM - EDITORA, DISTRIBUIDORA, Revista ABC DA ELETROMICA, ‘Segao de CARTAS E PROPAGANDA LTDA. R. General Oséno, 157 CEP 01213 - Sto Paulo - SP As explicagées claras e objetivas de ‘ABC, mais as “dicas", que somente com ‘anos de prética alguém viria a saber, ‘mostram que a Revista velo, reabnent, preencher as necessidades, minhas de quem pretende aprender Elewsnica, Tenho encontrado alguma aificulda ‘em obter resistores de 1/4W ou 1/2Wn Gostaria de saber se posso usar » por ‘exemplo - 2 de 1/8 na substituicéo de wn de 1/4, ou quavo de 1/8 substituindo um de’I/2 (mantendo 0 mesmo valor ‘éhmmico final, é claro.,). Outra coisa que ‘imagine é se ndo posso enrolar um pou- co de fio de solda no resistor, aumentan- do assim a poténcia dissipada...” - José Edmir - Fortaleza - CE Na verdade, Zé Edmir, quando as LIS- TAS DE PECAS de ABC “pedem" re- sistores de 1/4W, estio apenas usando tum ponto de referéncia genérico, para componentes de baixa poténcia... Po- dem, perfeitamente, ser usados compo- rentes para 1/8W ou 1/3W, mais co- ‘mung atualmente! Para simplificar, os resistores de baixa poténcia que Vocé (ou qualquer outro Leitor/“Aluno”...) fobtem 20 chegar a uma Loja e pedir simplesmente: *'- Quero um resistor de 10K" (sem citar, especificamente, a dis- ipso.) serko perfitamenteadequa- dos para as montagens gerais! Nio es- Guest, portm, de dias cheunstincias (A) Quando a LISTA DE PECAS enfa- tiza a expresso “ATENCAO A WAT- TAGEM", € sinal de que a dissipagio, ro caso, € substancial ¢ importante... (B) ‘Quando tal expresso néo consta da dis- criminagio do item, Voeé (© os demais Leitores!Alunos”) pode usar um com- ponente para praticamente qualgoer dis- sipagio, mesmo superior & indicada na LISTA! Interprete, entéo, da seguinte rmaneira: estando 2 dissipacdo, na LIS~ TA, indicada como “1/4 W", pode usar um resistor com a menor disipasio en- contrada entre os componentes comer- ais, normalmente presentes nas “gave~ tas" das lojas (mesmo 1/8 W..). Parale- lar resistores para obter maiores “wat- tagens” € uma solugéo técnica © mate- maticamente vélida, porém apenas aplicdvel, na pré tica, para casos de alta disipagéo! Enguanto.estivermos nas “quirelas” da Poténcia, no hi motivo para preocupacoes a respeito.. Quanto a enrolar um fio de solda sobre o resistor, parece-nos que Voeé imagina com isso acoplar uma espécie de “radiador” de calor para 0 componente, nlo ¢..? Em= bora seu raciocinio tenba W6gica (uma COZINHA - CARTAS-12 ampla superficie metilica rigidamente agredada ao resistor, facilitaria a “sa da” do calor por ele gerado...), na prat ca isso no mostra viabilidade, além de envolver célculos mateméticos bastante complexos ¢ absolutamente desnecessé- rigs, no dia-a-dia... Quando um compo- rente (resistor, no caso...) de alta “wat= tagem" € solicitado, normalmente sua pr6pria construgéo industrial (de fio. i incorpora a “facilidade” para a irra diago do calor. Nao confunda com 0 ‘caso dos semicondutores (transistores) de maior poténcia, que apresentam ex- temamente superficies, “orelhas” ou “lapelas” metilicas destinadas justamen- te 20 acoplamento termo-mecénico de dissipadores externos. . “Estou gostando muito da publicacdo, porque a didética adotada tornou 0 ‘aprendizado realmente prazeroso, sain- do do “lugar comum’’.. Agora penso que algo “deu errado" no texto da pag. 48 de ABC rn? 6 (bloco de ANTECT- PACAO TEORICA...), onde & mencio- nado que 0 secundério do trafo est l- gado & base do transistor e 0 primério 120 coletor... Se isso for verdade, entéo haveré um erro no diagrama do circuito Gig. 1 ~ pd. 44), com uma inversio no ‘assentamenio do transformador..!” ~ Ayres - Nova Iguacu - RI “C8 td certo, Ayres, © nés erramos... Na descrigéo 'do TESTADOR_UNI- VERSAL DE —TRANSISTORES (Montagem Pritica 12, em ABC n° 6), estéo corretas todas a5 figuras, porém hhouve uma sistemdtica inversdo dos termos_“‘primétios” e “scundério” em todo 0 bloco de texto referente a fig. 8 (pf. 48 - ABC n° 6)! Nesse bloco de texto, em todo lugar onde aparece “se- candério”, leiam “primario” (e_vice- . Pedimos desculpas a Turma pela cagada de redagéo. O cara que re 4igiu 0 referido Texto foi, inapetavel- mente, condenado a receber_dezoito rmarteladas na falange, porém 0 Tribunal COZINHA - CARTAS-12 19 interno do ABC concedeu-Ihe “sus- pensio da sentenca”, por ser primério (le 56 tem “Diploma’” desse Curso. feito fazem os Tribunais "de verdade™ , por af, com aqueles “gratidos” que me” tem a méo na Previdéncia, no Fundo de Garantia e nessas coisinhas de somenos importancia... Agora, falando sério: pe- dimos a todos que retifiquem seus Exemplares!“Aula” nos pontos citados, para que suas “Ligdes” fiquem perte tas... Agradecemos a Vocé, Ayres, pela tengo e colaboracio! Fique conosco, que Leitores/“Alunos” tipo “olho de lince”, feito Voc, so extremamente valiosos, para a Revista e para a Tur- ma... “Estou novamente escrevendo, para mandar wn cireuito e para dizer que ABC continua Stina... Estou mandando tum circuito de indicador de nbvel d Agua ara caixas e tanques: 1rés pares de con- tatos metdlicos inoxiddveis devem ser dispostos ao longo da altura do reser- vatdrio, situando-se um no fundo, um no ‘meio e wn préxime d borda (respectiva- ‘mente para detecgao dos niveis baixo, médio € alio). Os LEDs indicadores (pressionado 0 push-buaton de alimen- | tacdo geral) acenderéio em conformida- de com o nivel aproximado da dgua no reservatorio... Com a caixa bem cheia (ntvel acona do sensor alo) todos os LEDs acenderéo. Com o nivel "no fur do” (abaxo do “baito”..), nenhum LED acenderd... A alimentacio poderé camxa ou TANQUE OrAGUA nee | soe wéoo fe3} BAIxo (wazI0, ser fornecida por pequena fonte, ligada 4 CA. (0 consumo € baixo).." + Ricardo Watanabe - Santo André - SP Ric Watanabe & um dos mais “jura- mentados” Leitores/“Alunos” do ABC, mantendo um fluxo de cartas, colabo- rages, idéias, perguntas © sugestoes realmente “realmente”! A idéia que ele manda agora & simples, funcional ¢ realmente ‘til, podendo ser faciimente implementada ‘pelos colegas de “Cur- 50"... Nao & nosso costume “mexer” nas idgias e projetintios enviados pelos Lei- tores, porér: sugerimas a insercéo (ver fig. A) daquele resistor (em tracejado) de 4K7, na linha de alimentagéo positiva ans contatos/sensores, unicamente para prevenir danos aos transistores, no caso de um eventual “curto” em qualquer dos pares de contatos metilicos detetores. No mais, a idéia é boa e tudo se resume 1a perfeita colocagao dos trés conjyntos sensores ao longo da “altura” do reser- vat6rio que se deseja monitorar... Os pi- nos devem, obrigatoriamente, ser de metal inoxidével e 0 restante das li gagdes (que ficario “dentro” ¢4gua) deve ser todo muito bem isoldo (ve- dante de silicone € uma bos...). Valeu (enovo...) Ric! “As “Aulas” e “Ligdes” do ABC me pa- recem fantasticamente simples, mesmo para mim, que mada "manjava” de Ele- ‘rénica, anies de comecar a adquirir a Revisw (sou Lettor!"Aluno” desde on? Realmente, estou conseguindo ‘pegar” conceitos € conhecimentos que antes imaginava estarem além da minha capacidade de compreensio! Prometo (com ima méo levaniada e outra sobre o peito) ser Leitor!"Aluno” asslduo e aplt- cado, até o fim do "Curso! Gostei ‘muito de ABC n° 8 onde foram explica- das as bases dos OSCILACORES com anststores! Jd consegui perceber a ‘multiplicidade ce aplicacées reais que esses tipos de circuitos tim, nos apare~ hos e dispositvos que a crnte usa, no dia-a-dia, sem netarn. Sm ficou une pequere dilvida quanto ao funcionamen- to dindmico do oscilador com dois transisiores de _polaridade —oposta (NPN-PNP), conforme mostra 0 dia- ‘rama da fig. 11 - pag. 9- ABC 8 (parte de TEORIA). Nao consegui compreen- der ruito bem como 0 capacitor C, de Tealimentacdo, interage com os demais componentes.. Poderiam me dar wna explicagdo wn pouco mais detalha- a." - Tércio Nogueira - Brasilia ~ DF Apradeceros pelas palavras elogigcas e pelo “juramento” de fidelidade, Té! Es- {eja a Vontade para e3y or suas divides, sempre que surgirem (a Sogo de CAR- TAS esté aqui para iss0), Quanto a0 funcionamento do multivibrador com- plementar (com transfstores NPN-PNP) cle 6, na verdade, tio (ou mais.) sim- ples quanto 0 do multivibrador astavél Simétrico (com 2 transistores da mesma Polaridade)! Vejamos: a fig. B traz um diagrama_simplficado_ao_mdxir:o, da BOA E SIMPLES, AIDEIA DO Ric. 20 COZINHA - CARTAS-12 E SIMPLES “SEGUIR“°O QUE 'ACONTEGE NO CIRCUITO! cstrutura de um oscilador do tipo citado, Vamos assumir, apenas para ter re- feréncias explicativas, que: = V - Tenséo de alimentago em 12V = TRI - Transistor NPN, BC548 - TR2 - Transistor PNP, BC5S8 = C- Capacitor poligster 10n = RI - Resistor de IM = R2- Resistor de 100R Vamos, entio, fazer uma sequéncia de eventos e explicagées, um pouco dife- rente da oferecida na pag. 9 de ABC 8, procurando preencher os pontos que, para Vocé, ficaram “netulosos”. = No infcio, com a alimentac3o V desli- ada, ndo hi Tensio en. nenhum ponto do circuitc, e 0 capacitor C est, ob- viamente, descarregado (Tensio “ze- 10” nas suas placas.. + Ao ser ligace alimentagdo V. num brevissimo instante inicial, comc: 0 ca- pacitor C ainda ngo “teve tempo” para carregar-se (via F1), a base de TRI “y@" polarizagao ainda muito proxima de “zero” ¢. portanto, 0 BCS48 mantém-se_destigeco. Estando TRI desligado, TR? nao tem cere receber 2 conveniente polarizacéo negativa de base (via percurso coletor/emissor de TRI), mantendo-se tambérr: desligado. Cem, Resisténcia emissor/coletor de TR2 elevadissima (cle esté “desliza- do”, nessa fragao de Tempo...), consi- derande que R2 tem um baixo valor ‘hmico, a Tensio no ponto S de Salda, std quase “zerada” (valor préximo a0 do negative da alin entacdo...). - Apis um determinado (curto, mas consistente...) Tempo, o capacitor C se carrega (a Corrente de carga repre- sentada pels seta CG) via Ri (@ Tem- Po, como sabemos a partir da “Aula” 122, depende justamerte dos valores de RI e deC...). Num certo instante, a Tensio depositada sobre C atinge nf- vel suficiente para lever o ponte P a fornecer suficiente polarizagio ce base para TRI “ligar"! = Quando issc ecorre, a vielenta “baixa” ‘na impedéncia coletor/emissor de TR 1 proporcionaré suficiente Correrte de ‘base para “ligar” TR2. Com TR? “li- ado”, praticamente ambas. as placas do capacitor C team colocadas sob ‘déntico petencial (positivo), ocorren- do entdo 2 sua imediata “descarga” (percursorepresentado pela seta DC... Nesse curtissinc “momento, com ¢ percurso emissor/coletor de ‘TR2 apresentando impedancia irris6ria (cle esta “ligado”...) 0 ponto S de a passa a apresentar um nivel de Tensio elevado, praticamente idéntico 20 valor de alimentagio V. =O capacitor C, entic descarregadc, proporciona 0 total reinicio do ciclo completo, com TRI “desligado” (a- ‘guardando a carga sobre C novamente “crescer"), 0 mesme ocorrerdo com TR2, € assim por diante, passo-a-pas- so, enguanto permanecer a energia da Fonte V aplicada ac circuito. = Se aplicéssemos um VCLT{METRO- sobre 0 capacitor C, ““eriamos” uma Tenta subida na Tensdo, ccns répida queda em seguida, para novamente surgir um lento increniento, nova que- ‘fa répida, e assim por diante... Se tr0- cine ¢ capacitor C (10n no primeiro ‘exemplo) ror um de elevado valer, pa- a que tudo se ¢ bastante lentanacte (1COu, por exemplo...), poderemos até “acon panhar”, através ¢¢ onteiro ct dos digitos do VOLTIMETRO, essa “lenta” subida e répida descida, confi- gurande vm sina’ com 0 “formato” de "dente de serra” (ver fig. 4 - peg. 5 - ABC n? 8) . + Por otro lade, um VOLTIMETRO aplicadc cntre © ponto S ¢ a line do negativo da alimentagio, mostrars ri piidos pulsos positivos, cada vez que 0 transistor TR? “liga”, numa configu- ragZo ou “desenho” parecido com 0 mostrado no diagrama B da fig. 5 - pag. 5- &BC n? 8)... Acrecitamos, Tércio, que agora deu pra ‘Vocé “pegar” bem esses fontos que no the tinham ficedo devidamente claros! Procure, para aprimorar o seu racioci- nio, iniginar 9 funcionamento dos ou. tos blocos osciladores, em termos da “carga/descarga” dos capacitores en~ volvidos (jf que eles so sempre, nos 08- iladores, elementos fundarrentais.... | “Ficou “um barato" (ndo em termos de custo...) 0 BICHINHO ESCUTADOR, referente & 15% Montagem Prética, mos- trada em ABC n? 8, que funcionou direi- tinho, conforme explicedo na “Licao” .. Eu queria, porém, aumentar 0 tempo em que os LEDs permanecem acesos quan do 0 circuito “owe” 0 som... Deduzo ‘que posso fazé-lo, aumentando os valo~ res do resistor de 330K efou do capaci- tor de 47u poratelado a esse resistor, ‘mas tenho dievida quanto aos exatos vas 'PRA VARIAR”, NOS DOIS JUN- ‘TOS, DETERMINAMOS OTEMPO! COZINHA - CARTAS-12 — lores... Podem me instruir para wna femportzacdo entre 10 © 15 segun- dou?" ~ André Luie Zambom - Campi- nas SP. E facil, André, jé que as agdes_serdo matematicamente “proporcionais” (do- brando valores, dobra'o Tempo, redu- zindo valores para a metade, 0 mesmo ocorre como Tempo, et). Vocé dedi- Zu perfetamente as modificagoes a se- rem feitas (sil que aproveitou dieiti- da importante 2° “Au. ). Observe a fig. C que traz apenas 0 bloco do cicuito BICHI- NHO ESCUTADOR referente a0 setor do. retifcador/temporizador (conforme com a fig. l- pag. 42,¢ fi. 9 ~ pig. 47 em ABC a? 8), enfatizando-se com 08 asteriscos os componentes a serem alle~ rados, © seus novos valores... Com as srandozas agora indicadas, 0 Tempo 1o- tal de acendimento deverd situar-se em toma dos 15 segundos que Vocé dese- ja. QUEREM TROCAR CORRESPONDENCIA ~ Ricardo Watanabe - R. Bataclava, 872 - Jardim Sto. Alberto - CEP (09260 - Santo André - SP. - CLUBE OMEGA ELETRONICA. ~ Rua Limeira, 324 - CEP 15378 - Ilha Solteira - SP - JOSE EDMIR DE ARAUJO JU- NIOR (Quero formar um Clubi- nho...) - Rua Estefénia Mendes Mota, 725 - Bairro Sao Gerardo - CEP 60325 - Fortaleza - CE eocee ESPECIAL KIT GAMARA DE ECO ||\ E REVERBERACAO ELETRONICA le CAMARA DE ECO E REVER- BERAGAO _ELETRONICA Super-Especial, com Integra- dos especificos BBD (dotada de controles de DELAY, FEED BACK, MIXER, etc.) admitindo varias adaptages em sistemas de audio domésticos, musicais ou profissionais! Fantasticos efeitos em modulo versatil, de facil instalacao (p/Hobbystas avangados) 58.320,00 ‘SO ATENDEMOS COM PAGAMENTO| JANTECIPADO ATRAVES DE VALE POSTAL PARA AGENCIA CENTRAL - SP OU CHEQUE NOMINAL A EMARK| ELETRONICA COMERCIAL LTDA, CAIXA POSTAL NP 59.112 - CEP 02093 - SAO PAULO - SP + Crs] 5.000,00 PARA DESPESA DO COR. 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Essas duas letrinhas abre- viam, simplesmente, a expressio inglesa volume unit (unidade de volume) e significam que 0 instru- mento néo € mais do que um gal- vanémetro de bobina mével, co- mum, porém dotado de uma esca- la jé calibrada em decibéis ou em qualquer outra escala para mensu- ragéo de sinal de Sndio... O que nos importa, que aquele “‘negocinho” € um GALVANOMETRO, um medidor de Corrente, ¢ que, portanto, pode ser adaptado para efetuar “leituras de Tensdes, Resisténcias ou outras ‘grandezas, pelos métodos “‘indire- tos” j@ descritos - em seus funda- mentos - na parte Te6rica da pre- sente “Aula”. Um problema, porém, quase sempre se apresenta: 05 V.U.s mui- to raramente trazem qualquer indi- cago de seu real ALCANCE, de sua RESISTENCIA INTERNA, ¢ outros dados importantes para o perfeito e seguro aproveitamento do instrumento na elaboragio de VOLTIMETROS ou = “COR- RENT{METROS” _ diversos... O presente TRUQUES & DICAS traz (Como 0 proprio nome da Segao justifica...) valiosos truques ¢ dicas ‘que Pemmitirio diversas “identifi- cagées” importantes, além de ou tros detalhes préticos (também va~ liosos) sobre os galvanémetros, tanto comerciais, quanto “sucatea- dos”, tipo V.U. ‘Sio dados priticos e técnicos que © Leitor/“*Aluno™ deve consi- derar para realmente “ficar esper- to” quanto a utilizacéo de medido- res “de ponteiro” diversos... - FIG. 1 - Mesmo entre os instru- mentos comerciais, de qualquer ALCANCE, vérios sao 0s forma- tos e tamanhos disponfveis nas lo- jas... Na verdade, apenas 0 tama- mho/forma da escala, e as dispo- siges puramente mecinicas de encaixe € fixacdo (tais galvand- metros séo normalmente destina~ dos a colocacdo “em painel”...) é que determinam as dimensées € 0 “jeitgo” da pega... Os modelos mais comuns so 0 de mostrador REDONDO ¢ 0 QUADRADO ou RETANGULAR, ambos ilustra- RETANGULAR 28 INFORMAGOES - TRUQUES & DICAS dos na figura... E sempre bom Jembrar que, eletricamente falan- do, a forma ¢ 0 tamanho da peca néo tém a menor importincia... ‘Apenas fatores estéticos ou de vi- sualizacdo poderdo influir ou re- comendar quesitos _especfficos quanto a tais aspectos... HIG. 2 - No caso dos V.U.s (me- didores feitos _industrialmente, “sob encomenda”, para indicacdo de “sintonia”, volume de Safda em amplificadores, nfvel de gra- vagéo em gravadores, etc.), que tanto podem ser obtidos “vir gens”, novos, nas lojas (geral- mente’ a preco inferior ao pedido pelos galvanémetros mesmo...) quanto conseguidos (também a precos bem mais vantajosos...) em “sucatas” ou “ofertas”, os form: tos do corpo da pega ¢ da sua propria escala, podem variar ain- da mais. Embora existam também os de mostrados mais “‘taludos”, redondo, quadrado ou retangular (ver fig. 1), 0 mais comum € que apresentem um dos formatos ilus- trados, com a escala ou mostrador “alongados”, seja no sentido ho- rizontal, seja no vertical... Notem que tais disposicées so imple- mentadas industrialmente, com 0 propésito tinico de “economizar”” espaco nos painéis de aparelhos 0s quais 0 V.U. deva ser acopla- do... AS marcagées nas escalas nem sempre obedecem A esperada linearidade ou proporcionalidade. Algumas vem apenas marcadas com “zonas de cores” ou com sfmbolos ¢ abreviagdes meio “e- sotéricas” (que diziam respeito, diretamente, apenas & fungdo para a qual tinham sido “imagina- ). Para muitas das apli- cagées finais que 0 Leitor/“Alu- no” pretenda dar ao instrumento, seré mais prético G4 que € perfei tamente possfvel = conforme ex- plicado num segmento da “Ligdo” Te6rica, If no comego da presente “Aula”...) trocar a esca- Ja, ou “apagé-la", re-divid-la e re-escrevé-la. Um’ ponto “a fa- vor" dos V.U.s (além da possibi- lidade de obté-los a prego menor do que 0s galvanémetros comer- ciais “de linha", genéricos...) € que costumam ser instrumentos razoavelmente robustos (mecani- camente falando), j que muitas vezes foram especialmente proje- tados para trabalhar em aparelhos de uso portétil ou semi-portstil, inerentemente mais sucetiveis de levar “‘trancos” por af... Os gal- vanmetros comerciais, genéricos, sao instrumentos basicamente pro- jetados para trabalharem “na ban- ‘cada’, em painéis de aparelhos de medigéo mais “nobres”” € especf- ficos, que normalmente ficam 14, “quietinhos" € so utilizados por pessoa qualificada... Eletricamen- te, contudo, so tao frégeis quan- to qualquer dos galvanémetros Gejam V.U.s, sejam microam- perfmetros, sejam_miliamperime- tos, etc.), podendo ser facilmente danificados se “'sobrecarregados” em seus limites e parémetros... - FIG. 3 - Um ponto muito impor- tante (e que, estranhamente, nun- ca vimos abordado em Cursos ou Ligdes fora do ABC...) € 0 que se refere A possibilidade de AJUSTE, MECANICO da indicagio ou po- igo do ponteiro (isso vale para qualquer galvandimetro de bobina mével...), Vejamos: A esésura mecinica dos galvanémetros (& bobina mével (ver “'Licdo” Ted- rica...) compreende o pivotamento do ponteiro num eixo, além dos “encostos” e retengdes de infcio e fim de escala, mais 0 sistema de molas que favorece 0 “retomo” do dito ponteiro a sua posigéo de Tepouso (quando nenhuma de- flexdo esté sendo magneticamente induzida, pela passagem de Cor- rente através da bobininha...). ES- se complexo, delicado sistema ‘mecdnico pode desregular-se com certa facilidade, ou mesmo 0 pré- prio ponteiro (devido a algum "'a- uso” ou sobrecarga_momenti- nea...) pode sofrer um pequeno “enlortamento”, com 0 que, em repouso (nenhuma Corrente pas- sando pelo instrumento) o conjun- to deixa de indicar “zero”! A “coisa”, entio, fica como uma balanga de armazem descalibrada, daquelas que, néo havendo nada sobre a respectiva bandeja, mostra INFORMAGOES - TRUQUES & DICAS seu ponteiro indicando “100 gra- mas”... Felizmente, todo gal- vanémetro comercial, de boa qua- lidade (¢ mesmo a’ maioria dos V.U.s, mais baratos...) apresenta um parafuso para ajuste mecAnico do “zero”, situsdo sempre bem sobre 0 eixo de pivotamento do ponteiro... A “cabeca’” desse pa- afuso:€, normalmente, acessfvel extemmamente ao actilico transpa- ente que recobre a excala/pontei- 10, porém, em alguns modelos, para se ter acesso a0 dito parafu- 50, sera necessfria a remogio da capa transparente (operagio que deve ser feita com os devidos cuidados, levando-se sempre em conta a fragilidade geral do ins- qumento...). Entio, se 0 Lei- tor/"Aluno” tiver em méos um galvanémetro cujo ponteiro, em repouso, no estf sobre o “zero” (normalmente 0 defeito se mani- festa por um leve “adiantamento” na posigio do ponteiro, mas também, &s vezes, ‘num pequeno “atraso”...), no € 0 caso de se descartar © instrumento, julgan- do-0 inutilizado! Basta reposicio- nar 0 ponteiro, utilizando para is- so uma pequena chave de fenda. Ela deve ser aplicada sobre o tal parafusinho e girada muito lenta- ‘mente, sem jamais “forcar a bar- ra”, exatamente no sentido em que “‘queremos” ver ponteiro “andar”, de modo a retomar sua correta posigéo “zero” (se © pon- teiro estiver “adiantado”, gira-se lentamente e com cuidado, no sentido anti-horério... Se 0 pon teiro estiver em posigéo “atrasa- da", gira-se em sentido hord- fio...). Toda a re-calibragéo mecdnica do instrumento se resu- me nisso, bastando - enfatizamos = realizar a operacdo com “mos de veludo”, respeitando as natu- zais fragilidades do instrumento e da sua caixa, Eletricamente, quando subme- tido a C.C., todo © qualquer gal- vanémetro de bobina mévet (mes- mo os “especializados”, j4 modifi- cados para leitura de Tens6es ou altas Correntes...) pode ser “visto” como um SIMPLES RESISTOR, cujo valor, inclusive, deve ser co- nhecido e’ aplicado em vérios dos necessérios célculos de utilizacdo G4 vimos isso, 14 na parte Teéri- Assim, vamos lembrar (€ fi- ar bem...) a8 condicées puramente “resistivas” de um instrumento, em suas varias adaptacées: - FIG. 4A - Num miliamperimetro ou microamperfmetro (alcances “normais” num instrumento co- mercial, comprado em loa...) te- mos, mo percurso da Corrente, apenas a bobininha interna. Esta pode - para efeito de Corrente Contfnua, Lei de Ohm € 0 “es- cambéu", ser considerada como uma SIMPLES RESISTENCIA. A Resisténcia Total (ou Resistéa- cia “Interna” do medidor...) serd = no caso - igual a prpria Re- sisténcia da bobininha! Esse valor Ghmico se manifestaré entre os terminais de acesso externo (pola- rizados, lembram-se...?) do gal- vandmetro, - FIG. 4-B - Jé num galvanémetro previamente arranjado para leitura de altas correntes (amperfmetro), industrialmente ja foi inserido um Resistor de Shunt (RS), If mes- mo, “dentro” da caixa do instru. mento... Nesse caso, a Resistencia Total, que poderd ser medida nos terminais extemos do instrumen- to, corresponde & férmula: RS + RL RT= Rs RL ‘A mostrada formuleta nio € mais o que um ““tuque” matemétioo simples para “resolver” 0. valor total de dois resistores em parale- Jo. Qual a validade de se conhe- cer tal f6mmula? No caso do Lei- tor/“Aluno” obter um amperime- toe, eventualmente, querer “transformé-fo™ num medidor de menor ALCANCE (miliampertme- tro ou microamperimetr,..), seré possivel (em alguns casos) abrir 0 instrumento, verificar a presenca do tal Resistor Shunt (RS), remo- ver cuidadosamente esse compo- nente © pronto... No enso, conhe- Cendo previamente 0 valor de RT (e obtendo 0 de RS por medi¢ao direta, com um OHMIMETRO ou MULTIMETRO...), seré fécil “‘a- char” 0 valor dhimico de RL (re- sisténcia da prépria bobininha. parimetro importante para o even- tual re-célculo de utilizagio...! FIG, 4-C - 34 se o galvanémetro € industrialmente “‘dedicado” & me- digio de Tensio (ouTiME: TRO, milivoltfmetro, ete, grande a possibilidade de, oi dentro”, em série com a bobini- RTERL —— @ eSTOU ‘MESMO QUE EU NAO “APAREGA" LA. NA FORMA DA PROPRIA RESISTENCIA INTERNA DA BOBINA (RL). oS? aM 9 if RT=RM+RL Si Fig. 4 30 ha, existir 0 Resistor Multiplica- dor (RM). Se quisermos re-estru- turar ALCANCES ou aplicagdes do instrumento, eventualmente sera conveniente a pura e simples temogio do RM... Deve-se, entlo, levar em conta que # Resisténcia Total original do instrumento (en- quanto medidor de Tensio...) & composta pela soma dos valores Shmicos de RM € RL (“RL", pa- ra quem ainda nfo “percebeu”, € a Resisténcia da bobinitha...) Novamente lembramos que tal in- formagao tem sua validade pritica na eventualidade do Leitor/“Alu- no” resolver “desadaptar” um galvandmetro originalmente estru- turado para funcionar _como VOLTIMETRO, — improvisag3o que exigirs, em alguns casos, a remocio do tal resistor multipli- cador {RM}... Com os dados apre- sentados, ser possivel calcula nao s6 0 ALCANCE da bobina mével original, quanto a sua re~ sisténcia RL... Os galvanémetros comerciais, de boa qualidade e procedéncia, trem claramente marcados_ em suas escalas, tanto o ALCANCE quanto a RESISTENCIA }NTER- NA (da bobina). Para a “leitura” do dado referente a0 ALCANCE, as informacées. embora dbvias, costumam ser indiretas: se a ultima “marcagio” da escala “disser” 1 € no centro da dita cuja existir a no- tagdo “mA”, ndo restam dividas de que se trata de um instrumento com fundo de escla em “' mA”... Outro exemplo: se 0 “encosto” final do ponteiro tem marcado “100” © no centro (acim ou abaixo do arco com divisées...) existe a notagdo “WA”, parece mais do que Sbvio que o ALCANCE do instrumento é de “100aA”... Assim por diante... Jé a RESISTENCIA INTERNA (quando indicada) costuma ser ins- rita num “‘cantinho” da escala, no eral juntamente com 0 cédigo de “modelo” do componente. Ocorre, porém, que em alguns casos (galvanémetros de baixo pre- 0, ou mesmo V.U.s de “suca- ta”..) simplesmente mio existem essas importantes definigdes e indi- INFORMAGOES - TRUQUES & DICAS cderaaenres cagdes! Alguns V.U.s trazem a es- cala dividida em decibéis ou até em simples “zonas de cores”... Outros mostram uma diviséo linear - por exemplo - de ‘‘1 a 10”, porém sem qualquer indicagio de ALCANCE (aqueles ntimeros, de “1 a10” po- dem significar qualquer coisa. ‘Quanto a RESISTENCIA INTER- NA, entio, nem se fala... Os VU.s baratos simplesmente nio trazem qualquer indicagio... ‘Como tratam-se de parametros IMPORTANTES para perfeito aproveitamento do instrumento, to ‘mos que obté-los antes de qualquer iniciativa ou experimentagéo com a pega... Em teoria nao € dificil ob- terse tais dados, porém devemos ‘sonsiderar um ponto: € muito gran- de a fragilidade ciétrica (aio 86 a mecdnica...) desses galvandmetros! Assim, se num teste simples, “sem querer”, fizermos pasar por um instrumento de 100UA (ndo sabfa- mos desse parimetro, antes do tes- te...), uma Corrente de 1 ma (que € baixfssima, porém 10 vezes maior do que aquela que o instrumento “aguenta”...), 6 fatal que a bobini nha do galvanémetro “queime”. Bye, bye instrument (jé que 0 conserto. da bobininha, apenas possfvei em oficinas altamente es- pecializadas, provavelmente ficaré mais caro do que o proprio gal- vanometto...). Existem, porém, alguns “tn ques” elementares que nos permi~ tem levantar esses parimetros sem sis naias o¢ comne ee) “forcar a barra’, sem sobrecarregar acidentalmente © instrumento! Séo métodos seguros de medicao, des- critos € detalhados nas préximas gure... - FIG, 5 - Para determinar - com seguranca - 0 ALCANCE (fundo de escala) de um galvandmetro, uusamos a disposigo indicada na figura: Fechamos um elo cireuital a pattir de uma sinica pilha pe- quena, de 1,5V, em série com um potenciémetro "(tipicamente de 10K ou mais), um resistor fixo (i= nicialmente aplicamos um de 10K, modificando expecimental- menie seu valor - depois - até ob- ter 0 desejado “comportament” do_conjunto...), 0 GALVANO- METRO analisado © um MULTIMETRO (este _chaveado para a fungio de medigao de Cor rente Continua, numa de suas fai- xas mais baixas, ipicamente entre 200uA e alguns mA...). Observem COM ATENGAO 0s. seguintes pontos: polaridades da pilha, do galvanmetro ¢ das entradas do MULTIMETRO, terminais usados no potenciémeto e (principal- mente) necessidade do eixo do potenciémetro estar, inicialmente, totalmente girado para a esquerda Gentido anti-hordrio). A sequén- cia de procedimentos é simples © ireta: - Com tudo ligado ¢ ‘‘armado” con- forme a figura, inicialmente de- INFORMACOE = TRUQUES & DICAS 31 vern ser observados os mostrado- res do galvanémetro ¢ do multi- metro, Se em um dos dois (ou em ambos...) 0 ponteiro estiver “*ba- tendo" ‘no fundo da éscala (total- mente defletido para a dircita...), desligar tudo e trocar o resistor R (que - como dissemos - deve ser “iniciado” com 10K...) por um de 22K ou mais, até que 0 “re- pouso” do(s) ponteiro(s) situe-se, ‘no méximo, 20 centro da escala. Se isso no puder ser obtido, proprio potenciémetro deve ser trocado por um de maior valor (2K, 47K, etc, - sempre inicial- ‘mente com o eixo todo para a es- querda...). No muitimetro, deve- se procurar um chaveamento que permita leitura clara e conforté- Vel... Se a faixa inicialmente es- colhida nao der bons resultados (0 Ponteiro “mal sai” do comeco da escala...), deve ser procurada uma faixa de medigao proxima, mais favorével... Tudo condicionado, gira-se len- tamente 0 ajuste do potenciéme- tro, parando tal ajuste exatamente no ponto que determina méxime deflexéo no ponteiro do galvané- metro analisado, ou seja: quando © ponteiro atinge rigorosamente a ‘iltima marcaco ou diviséo da sua escala graduada - nem antes, ¢ ‘muito menos depois... © ALCANCE do instrumento ve- Fificado, é lido entio - diretamen- te - no mostrador do MULTIME- TRO! Se este indicar “ImA”, 0 galvandmetro teré esse ALCAN- CE (ImA),.. Se a indicagio no multimetro for 200uA, 0 AL- CANCE do instrumento verifica- do serd... 200WA, e assim por diante, Nenhum problema, boa Preciséo, ¢ total seguranca contra danos ao galvanémetro! Obtido esse importante pardmetro, convém deixé-lo marcado sobre 0 Pr6prio corpo do_galvandmetro (uma etiqueta colante, na traseira do componente, serviri direiti- aho...). -FIG, 6 - Um dado de obtengio bem mais “delicada” € a RE- SISTENCIA INTERNA (da bo- bininha) do galvanémetro. Para tanto, precisamos de tudo 0 que foi utilizado na avaliagéo anterior, incluindo 0 MULTIMETRO (sé que, desta vez, chaveado para a fungéo de ohmimetro, € numa fai- xa que permita leitura de Re- sisténcias relativamente baixas, mais ou menos com a indicago de “1K” correspondendo a re; central da escala...). O potencio- metro, no caso, deve “comecar"” com 0 valor de 1K (linear) e 0 re- sistor fixo R pode, inicialmente, ser de 470R a 1K. Notar que além desses elementos, precisaremos também de um interruptor simples (pode ser a chave H-H ilustrada) com a nftida nogdo das suas res- pectivas posicdes de “‘ligado-des- ligado”. Vamos & sequéncia dos procedimentos: = Inicialmente, ATENCAO &s pola- wen nerve tome oe ‘esusagoieu> ridades da pilha ¢ do galvanéme- tro (deixar, por enquanto, 0 MULTIMETRO chaveado para OHMIMETRO, de lado... Seré utilizada mais tarde). Manter 0 ei- xo do potenciémetro totalmente girado para 2 esquerda, nesses procedimentos iniciais. = Se, nessa condigéo inicial de re- pouso, 0 ponteiro do galvanéme- tro jf mostrar deflexio forte (do “meio” para o “fim’” da sua esca- la ou mostrador...), dobrar 0 valor original do potenciémetro e/ou do resistor fixo. A condic&o ideal € que, na configuracéo inicial, 0 ponteiro do galvandmetro esta~ cione préximo ao infcio da sua escala... ~ Muito lentamente, ajusta-se 0 po- tenciémetro (girando seu eixo pa- ma a direita...), até que 0 ponteiro do galvanémetro analisado mostre deflexao total (exatamente sobre 0 fim da escala, na siltima marcacéo ou divisio, nem “antes”, nem “depois” dela...). Todas ' essas coperagées iniciais devem ser fei- tas com 0 interruptor na posigéo LIGADO.. -Sem mexer em mais nada, DES- LIGASE 0 iaterruptor e, com 0 MULT{METRO na fungdo de OHMIMETRO, mede-se a Re- sisténcia entre os pontos “A” e “B". Anota-se 0 valor 6hmico obtido. = Retira-se 0 MULTIMETRO, li- ga-se, novamente, o interruptor, e ajusta-se agora 0 potenciémetro (Sempre muito Ientamente...) até obter © ponteiro do galvanémetro cexatamente no meio da sua escala (60% da deflexso total). ~ De novo sem mexer em nada, des- liga-se 0 interruptor € - outra vez ~ mede-se a resisténcia entre os pontos “A” e “B™, anotando-se 0 valor ohmico verificado nessa lei- tura. = Subtraindo-se_um do outro, os dois valores éhmicos obtidos (e anotados), correspondentes a0 ajuste de “fundo de escala” e 50% da escala”, obtemos dire- INFORMAGOES - TRUQUES & DICAS tamente o valor da RESISTEN- CIA INTERNA do galvanémetro! E conveniente marcar-se tal valor naguela mesma etiqueta que gru- damos na traseira do instrumento, © onde jé anotamos o ALCANCE, obtido na verificagio descrita an- teriormente... Sfo, portanto, duas sequén- cias um’ pouquinho trabalhosas, ‘mas que valem a pena, em termos “do que” ficamos conhecendo so- bre o instrumento em questi... Obtemos, assim, de forma segura, partimetros precisos (¢ preciosos...) sobre o galvanémetro, que sero Utilizados nos eventuais célculos de aplicagdo do componente! Alguém af perguntaré: “Nao mais ficil simplesmente usar-se 0 MULTIMETRO, de forma direta, para “ler” a Resisténcia do gal- vanémetro numa tinica—me- dicdo...2”. E sim... $6 que tem um “porém”: os MULTIMETROS, na fungio de OHMIMETRO, colocam no ‘percurso suas pilhas intemas que, nas faixas de baixa Resistén- cia, imprimem considerdvel Corren- te através das pontas de prova.. Basta que tal Corrente “de traba- Tho” do MUL! 20. corres: ponda ao dobro, ou mais, do AL- CANCE original do galvanémetro analisado, para que @ bobininha deste corra 0 risco de “‘queimar-se”” (0u, se a dita bobininha “‘sobrevi- ver", ocasionat um irreversfvel ‘entortamento” no ponteiro do galvanémetro, por sobrecarga snecdnica...)! + FIG, 7 - Um “truque” muito utili- zado pelos projetistas de circui- tos, na intengfo de proteger os delicados medidores de bobina mével contra €XCess0S Ou Sobre~ cargas acidentais, 6 0 mostrado 50 diagrama: simplesmente dois dio- dos comuns (podem ser 1N4148) “um pra Ide um pra c4”, curto- circuitando 0s terminais do gal- vanémetro! Essa protecio pode (€ deve, em muitos casos...) ser apli- cada, a galvandmetros de baixo ALCANCE (tipicamente com fundos de escala até ImA...) que 80 - por Sbvias raz6es - os mais eS oe aemaua (eu Pou bers) a v delicados, eletricamente falando.. Vejamos como (e por que) a “coi- sa’” funciona: conforme vimos na “Ligdo” especifica sobre os dio- dos (na “Aula” n? 3 do ABC...) esses componentes, formados por jungées semicondutoras simples P-N, estabelecem uma “barreira de potencial”, um “degra de Tenséo”, inevitével, que nos dio- dos de silfcio situa-se quase serm- pre em toro de 0,6 2 0,7V. Além disso, & 6bvio que néo podemos nos esquecer que 0s diodos ape- nnas permitem a livre passagem da Corrente num sentido, bloquean- do-a no outro... A partir desses dois dados, uma andlise Iticida do diagrama 7-A nos mostra a efetiva protesda dada pelo par de diodos a0 galvanémetro! nicialmente vamos supor que os terminais de medigao (TM) seja aplicada Cor- rente/Tensio, porém em polari- zacdo inversa a requerida pelo instrumento.... Nesse caso, o dio- do da esquerda ficaré diretamente polarizado, desviando 0 “gross” da Corrente © prevenindo um provvel “entortamento” do pon- teiro do instrumento (que tenderia a defletir “a0 contrério”, forgan- do seu “encosto” ou batente de infcio de escala...). Comprovada a eficécia contra inversées de pola- idade, vejamos uma seguada hipstese: a ser aplicada aos termi- nais de medicio (TM) uma Tensao mmito alta (que, pela ve- tha Lei de Ohm, forgaria através do galvandmetro uma intensa Comente, suficiente para a “queima” instantinea da. bobini- nha intema,..). Nesse caso, 0 dio- Fig. 7 do da direita determina que en- quanto a TensSo externamente aplicada estiver em parimetro igual ou inferior a 0,6 ou 0,7V, 0 galvandmeto assume a condicéo de “‘caminho natural” para a Cor- rente gerada (essas Tensdes so suficientemente baixas para mio induzir Correntes capazes de da- nificar 0 instrumento, ainda que ultrapassem moderadamente seu ALCANCE...). Quando, porém a Tenséo aplicada aos TM superar o “degrau” natural do diodo (0.6 a 0,7V), este “libera geral”, condu- zindo’ plenamente, e desviendo assim 0 “‘grosso” da Corrente, preservando a integridade da bo- bininha intema do instrumento! Trata-se, portanto, de uma confi- guragio’pritica © efetiva (cujo diagrama em “vista real” esté na fig. 7-B) ¢ que - como foi dito ~ pode significar a “vida ou a mor- te” para galvanémetros sensfveis (até ImA, tipicamente) em apli- Notem que as demais fungées © parimetros do instru- ‘mento permanecem inalteradas, jé que 0s diodos apenas “‘interfe- rem” quando solicitados (ou pela sobrecarga de Tensio/Corrente, ou pela acidental inversio de po- laridade...). Para os nfveis de ‘energia (miniisculos) normalmente manipulados pelo galvanémetro, tudo se passa como se os diodos “no estivessem’” If... INFORMAGOES - ARGUIvo Técnico 39 Como escolher um multimetro [ © QUE DEVE SER CONSIDERADO, NA COMPRA DE UM MULTITESTE Depois de ferro de soldar, ali- cates de bico e corte, chaves de fenda e outras “quinquilharias” bé- sicas, © proximo e inevitével passo de qualquer interessado em apren- der, praticar ou trabalhar com Ele- trénica - em termos de equipamento de bancada - € a aquisicao de um MULTIMETRO (também chamado de MULTI-TESTE.... ‘Ao. longo das “Aulas"” ¢ es” do ABC, 0 Leitor/“Alu- no” se depara, frequentemente, com expressées| do género: “a ‘Tensdo em tal ponto deve ser supe- rior a 0,5V" ou “a Corrente, através do LED, nfo deve ultrapas- sar 20mA”, ou entio “a Resistén- cia total do conjunto ficaré em tor- no de 100K”, coisas assim... No- tem que, em Eletro-Eletrénica, co- locagdes desse género si absolu- tamente inevitiveis, j4 que todas as eventuais andlises estdticas ou dinmicas de componentes, arran- jos ¢ circuitos giram em torno des- sas trés principais grandezas elétri- cas: a CORRENTE, a TENSAO e a RESISTENCIA! Na parte Te6ri- ca da presente “Aula”, vimos como a partir do “medidor universal”, que € 0 GALVANOMETRO, po- demos facilmente “fazer” instru- mentos dedicados, especializados na “leitura” © medigéo nio s6 da CORRENTE, mas também da TENSAO eda RESISTENCIA... Cada um desses medidores dedica- dos, contudo, exige um diferente arranjo de componentes externos, = QUE IMPORTANCIA TEM (AGORA, OURANTE 0 APRENDIZADO, E NO FUTURO, NUMA EVENTUAL APLICAGAO “PROFISSIONAL".. PARAMETROS E CARACTERISTICAS DE UM MULTIMETRO - AS FAl- XAS - AS ESCALAS - A SENSIBILIDADE - OS CUIDADOS. geralmente resistores, mas também acontecendo a presenga de diodos ¢ Capacitores, nos instrumentos trans- formados para medir C.A. (ou Tensio Alternada...) Toda a ldgica (além da eco- nomia...) leva 2 “‘condensagdo" desses trés medidores bésicos num 86 aparelho, no qual um sinico gal- vandmetro, através de habilidoso & espectfico conjunto de chaves © componentes ‘de apoio”, pode ser opcionalmente usado para medir TENSAO ou CORRENTE ou RE- SISTENCIA... Esse versétil ins- trumento é- justamente - 0 MULTIMETRO (antigamente cha- mavam de “VOLT-OHM-MI- LIAMPERIMETRO”... Aliés, por ser um “companheiro”” constante de toda pessoa que lida com Ele- tro-EletrOnica, 0 MULTIMETRO é 6 instrumento/terramenta de banca da que mais “apelidos” tem. Entéo, jf que o Leitor/“Alu- no” tem, mais cedo ou mais tarde, que adquirir um MULTIMETRO, vejamos alguns pontos importantes ‘a considerar e a conhecer: eccee © PRIMEIRO “GALHO": 0 PRECO! Salvo “um par” de gradua- dos, locupletadores, corruptos & magnatas, etc. (nos dias de semana, praticamente todos eles podem ser encontrados num raio dé 5 quilé- metros, no centro de uma cidade central desse nosso imenso Pais - todos Vooés sabem o “endere- go”..), ninguém por aqui “vaza dinheiro”.... Um — MULTIME- TRO nio 6 um aparelho barato (no momento em que as presentes li- has estéo sendo redigidas, a faixa de precos situa-se - para multime- tros normais - entre 1/3 ¢ 1 1/2 de Salério Minimo...) e assim devemos Ccomputar direitinho todos 0s prés e contras, antes de definitivamente “encostarmos umbigo” no balcio da loja e...“morrer com a grana’”... Embora para o iniciante seja incongruente adquirir, logo ‘de ca- ra”, um instrumento dos mais caros sofisticados, é sempre bom consi- derar que um multfmetro deve ser interpretado como “tio definitivo quanto possfvel”, ou seja: deve ser adquirido um que v4, realmente, prestar servicos vélidos por um Jongo perfodo, fator que envolve ho s6 a QUALIDADE do instru- mento, quanto suas CARAC- TERISTISCAS e parametros (que permitam a sua aplicagéo em traba- Ihos © estudos mais ““avangados”, no futuro...). Como inevitavelmente 0 PRECO est4 _proporcionalmente vinculado & QUALIDADE ¢ & “largueza” das CARACTERISTI- CAS € parametros, 0 consetho ob- vio € que nfo convém, mesmo co- mo seu “primeiro instrumento”, comprar um muito baratinho (as custas de qualidade ¢ caracterfsti- cas/parametros muito modestos...)! Logo, no futuro, o Leitor/“Aluno” notaré que comegam a aparecer “coisas que aquele multimetrozinho mio pode fazer corretamente, ou medig6es que cle no pode reali- zat. Entio, salvo se a condigio fi- nanceira for absolutamente, pericli- tante, ¢ melhor, como primeiro MULTIMETRO, 'procurar adquirie um instrumento “‘médio” (ainda que nao esteja no “piso” da faixa de precos...). Se néo tiver jeito mesmo, “vio que vo”! Podem comprar um dos mais. baratinhos ‘(que serviri, perfeitamente, para os estigios iniciais da vida Eletrénica do Leitor/“Aluno”...), mas estejam conscientes que, “um belo dia”, ‘ero que substituf-lo por um mode lo pelo menos um pouco mais sofis- 34 INFORMAGOES - ARQUIVO TECNICO ticado (ainda que sem “luxos"...). UM PARAMETRO IMPORTANTE: AS FAIXAS DE MEDICAO! Todo € qualquer MULTIME- TRO (seja analégico, “de pontei- 10”, ou digital “com display sumé- rico), deve incorporar algumas fa- cilidades € controles bésicos (se 0 que no serum real MUL’ TRO...) = Seletor da faixa de Tensio a ser medida - Seletor & faixa de Corrente a ser medida =Seletor das escalas ou alcances para medida de Resisténcia = Chaveamento para medicéo op- cional de Corrente Contfnua ou Corrente Alternada (ou Tensio Continua/Tensio Alternada). = Potenciémetro para ajuste do “‘ze- 10", na funcdo OHMIMETRO (os MULTIMETROS digitais, mais modemos, tém “zero autométi- co”, prescindindo, portant, de tal controle...). Sao vérios os métodos adota- dos pelos fabricantes, para imple- mentar tais chaveamentos: comua- Gores rotativos (tipo “‘chave de on- das”, conjuntos de interruptores de pressio (push-buttons) em linha “auto-travante” (parecido com os seletores de canais dos televisores “digitais”...) ou mesmo “um mon- te” de bomes (jaques), cada um com funcdo especifica, para 0 de- vido “enfiamento”’ dos plugaes dos cabos de medicéo... Em qualquer caso, apenas uma andlise visual cuidadosa da “cara” do MULTS- METRO, jé bastaré para verificar 0 tipo de chaveamento, a quantidade de faixas, e os aleances de cada faixa! A fig. 1 traz um diagrama standartizado, que com pequenas variagées, aparece na grande maio- ria dos MULTIMETROS anal6gi- cos de prego médio (@ diagrama serve como “base visual” para 0 Leitor/‘Aluno” que nunca antes “prestou atengo" ao assunto...) Néo mais-do que um tinico comuta- dor rotativo (“chave de ondas”) que, através de um habil arranjo in- temo, perfaz todas as fungées de chaveamento necessérias e enume- radas af atrés! ‘Com um minimo de atencdo, d& para noter que sio quatro as grandezas ‘“medfveis”: - RESISTENCIA (“OHMS”, a0 al- 10...) ~ CORRENTE continua (“DC-A", em baixo...) -TENSAO continua (“DC-V", & esquerda...) -TENSAO altemada (“AC-V", & direita...) As expressdes “DC” ¢ “AC” correspondem, respectivamente, 3s iniciais, em inglés de “Corrente Continia” © “Corrente Altema- a ‘Outra coisa que deve ser no- tada de imediato é que cada uma Gessas quatro grandezas pode ser chaveada em vérias escalas ou ALCANCES! Num exemplo, as es- alas para medigio de TENSAO cont{nua (esquerda do quadrante...) permitem faixas com “fundo” ou aleance de 3V - 12V - 60V - 300V ~ 1200V... Na verdade, 0 principal pomto a se considerar é! -QUANTO MAIS FAIXAS OU SALCANCES” PUDEREM SER CHAVEADOS, PARA CADA GRANDEZA A SER MEDIDA, MELHOR SERA © INSTRU- MENTO (nos seus aspectos prati- cos de bancada). Explicando: MULTIMETROS {analégicos) dos mais baratinhos, que apresentem apenas 3 (ou me- nos...) faixas de medigéo por gran- deza, so de uso prético muito res- ‘tito’ numa bancada! Supondo, quanto & Tensdo Continua, faixas com alcances de apenas 3V - 200V = 1000V, se na avaliacio de uma Fonte de Alimentagéo de 12V no- minais, utilizarmos a primeira faixa GV), 0 instrumento seré danifica- do; se utilizarmos a segunda faixa 200V), 0 ponteiro “mal se me- xera”, ‘com a indicagdo linear de T2N Correspondendo a pouco mais de 5% do arco total da escala (fica “dificil” de ler 0 valor ou a mat cacio/diviséo indicada pelo pontei- ro...)! Seria ideal que houvesse uma faixa intermedisria (entre a de 3V © a de 200V), de preferéncia com “fundo” em torn de SOV ou 60V, de modo que uma indicacio de “12V" pudesse situar-se em ponto mais “‘confortével”, para a Teitura e avaliagéo, na escala! Notem que nos MULTIME- ‘TROS digitais (com display numé- rico), esse problema fica bastante Teduzido, ja que podemos “ler” di- retamente 0 valor numérico da grandeza medida, inclusive com 0 conforto da “‘vfrgula” ou “‘ponto” autométicos! Assim, em MULTI- TESTES digitais, mesmo apenas 2 ou 3 faixas por grandeza podem bastar, O QUE NAO OCORRE NUM INSTRUMENTO ANALO- GICO! Lembrem-se sempre desse detalhe, a0 programar a aquisicao do “‘primeiro”” MULTIMETRO... (0 “FUNDO DE ESCALA” DAMENOR FAIXA... Toda © qualquer ferramenta ou instrumento de bancada deve adequar-se 25 necessidades! Pode parecer uma obviedade to grande, que nem precisaria ser mencionada, no entanto, nao € incomum ver-se INFORMAGOES - ARQUIVO TECNICO 35 principiantes tentando - por exem- plo - fazer os furinhos numa pla- quinha de Circuito Impresso com uma “baita” furadeira elétrica”, daquelas de furar parede! A “‘mele- ca” final € inevitavel, nesse exem- plo radical de inadequacéo...! Da mesma forma, quanto ao MULTIMETRO, se a grande maio- ria dos circuitos, projetos e estudos que 0 Leitor/“Aluno” vai fazer, envolve circuitos alimentados por baixas tensdes (tipicamente entre 3 € 12V...), © levando-se em conta que “dentro” dos circuitos (devido As divisdes e distribuigdes naturais das “voltagens”...), tensées ainda menores se verificam, NAO SERA DE VALIDADE PRATICA um instrumento cuja “menor” faixa de medigao de Tenséo Continua mos- tre um ‘“fundo” de 30V ou SOV! Simplesmente, no caso, a queda de ‘Tensdo de um diodo, ou a diferenca de potencial - por exemplo - entre 0 terminal de base © 0 de emissor num trans{stor bipolar comum, no tem como serem medidas, jé que a sua escala, geralmente menor do que 1 volt, “nem tirard 0 ponteiro do zero”, num MULTIMETRO analégico! Assim, & sempre conveniente que pelo menos a faixa mais baixa (exemplificamos para_a Tenséo Continua, mas - na pritica - isso vale para as outras grandezas “mediveis”...) seja, realmente, de aleance pouca coisa maior do que as TensGes a serem verificadas! Notem que tal aspecto vale também para os MULTIMETROS digitais (a despeito da mais “con- fess ieiaesoy mama dee Vejamos: um tfpico MULTIMETRO. digital, chaveado para “ler” Tensdes Continuas, nu- ma faixa com alcance de 20Vs teré seu display, “em repouso” (sob “zero” volt...), assim (jf com a “virgula automética”): aoa No caso, indicagées imferiores a “1V", apenas poderio “usar” os dois ‘titimos dfgitos (depois da “virgula"’. Assim, uma Tensio de ‘um décimo de volt determinaré um display de: “00.10" ‘Com 0 “nfo aproveitamento” de grande parte do display! J4 se o instrumento tiver sua menor faixa de Tensdo Continua em 2V, 0 dis- play partiré da seguinte disposig: 0,000" Na qual a indicagio do (exemplo dado) um décimo de volt seré dada assim: 0.100" Uma notagdo numérica “mais cen- trada”, em termos decimais, e por- tanto" melhor —aproveitando 0 display ¢ tornando a leitura, inter pretagdo, mais confortiveis (Isso sem falar nos valores fraciondrios da grandeza mostrada! Imaginem como o display mostraria, no pri- meiro exemplo dado, 0 valor de “cento e trinta e cinco milésimos de volt"). O ALCANCE DA FAIXA MAIS ALTA ‘TAMBEM TEM IMPORTANCIA. Agora vamos para a “outra ponta’? do problema... Se o tipo de aparethos ou circuitos com os quais, © usudrio lidaré, sostumeiramente, envolve componentes ou blocos que trabalhem sob Tenses na casa das centenas de volts (alguns ma- quindrios industriais, equipamentos com Tubos de Katos Catédicos - como TVs, e aplicacées ligadas di- retamente & C.A. domiciliar ou in- dustrial...), € Sbvio que a faixa mais alta de Tensoes. ““medfveis” pelo instrumento deve abranger tais valores! No caso, um MULT{ME- TRO cuja “itma” faixa de Tensdo (Continua ou Alternada) tenha um “fundo” em SOOV seré, em varias ocasiGes, insuficiente pa- ra 0s alcances requeridos! + No caso, um “topo” de esca- la, em Tensao, de 1000 ou 2000V se mostraré necessério! Analisem entao, também “por af”, a parame- tragem do instrumento, no momen- toda compra... A SENSIBIIDADE (OS “OHMS POR VOLT”. Outro pariimetro ou carac- terfstica importante dos MULTI METROS, e que deve ser levado em conta pelo adquirente (princi- palmente se tratar-se do seu primei- =.) € a SENSIBILI- DADE (chamada pelos técnicos de “relagio OHMS/VOLT”). A anéli- se puramente técnica desse parime- tro € assunto para as “‘LicOes” ted Ficas (que devem ser consultadas pelos Leitores/““Alunos”...). Para 0 “espirito” do ARQUIVO TECNI- CO, € vélido informar que a SEN- SIBILIDADE, numericamente in- dicada em “OHMS POR VOLT”, 6 a caracterfstica que determina quanto 0 préprio _ instrumento (multimetro) “rouba"” de Corrente dos pontos submetidos a medicéo e - por consequéncia - (a Lei de Ohm © que interessa saber, agora, & que QUANTO MAIOR A SEN- SIBILIDADE, MELHOR... Isso quer dizer que quanto mais alto for (© “mimero”” de OHMS POR VOLT do multimetro, menos ele interferiré ou “modificara” a propria grandeza (notadamente Corrente ou Tensio) que estaré sendo medida! Esse as- sunto envolve as naturais impedn- cias (Resisténcias intrinsecas) dos componentes, arranjos ¢ circuitos a serem verificados... Como a maio- a dos circuitos com semiconduto- res (transfstores ¢ seus “‘compa- mheiros”...) formam blocos eletri- camente de Resisténcia baixa ou moderada, convém que 0 MULTI- METRO que os v4 analisar tenha uma impedancia (representada pelo “niimero” de OHMS/VOLT...) bem mais elevada do que a verifi- cada nos tais componentes ou cir- cuitos. A fig. 2 mostra onde costuma estar indicada essa relagdo de OHMS/VOLT (correspondente a SENSIBILIDADE do instrumento) nas escalas ou mostrados dos multimetros analégicos (falaremos sobre os digitais mais adiante...). Quase sempre, na prépria escala do instrumento, em algum “‘cantinho”, tal parimetro € indicado pelos (bons...) fabricantes... Observem que 0 “nimero” da SENSIBILI- DADE € - normalmente - diferente para Tensées ou Correntes Conti- 36 INFORMAGOES - ARQUIVO TECNICO nuas (DC) e Alternadas (AC). Para as necessidades do Leitor/*Aluno” (tanto agora, durante 0 “Curso quanto no futuro...), convém que a3 SENSIBILIDADES minimassi- tuem-se nos seguintes limites: -Para__ Tenses _e — Correntes CONTINUAS - 20K ohms/volt -Para Tensées ¢ Correntes AL- TERNADAS - 10K ohms/volt eso quer dizer que qualquer MULTIMETRO que apresente sen- sibilidade menor do que 20K 1 /V (continua) e 10K 9 /V (alternada) poderé gerar medig6es com subs- tancial erro, se aplicado na maioria dos. circuitos transistorizados co- muns. Esse €, portanto, outro ponto IMPORTANTE a considerar, no momento da compra do “‘primeiro” MULTIMETRO... 0“"N6" DA QUESTAO: A ASISTENCIA TECNICA EA GARANTIA... “Coisinhas” que muita gente nfo leva em conta, mas que sio também importantes: a AS- SISTENCIA TECNICA ¢ a GA- RANTIA, Embora atualmente pos- sam ser encontrados, no varejo ralelo” ou no “‘comércio informal” (como preferem chamar os babacas que ditam as regras econémicas...), MULTIMETROS até sofisticados, digitais, cheios de “‘mumunhas”, @ pregos altamente convidativos (isso porque entraram no Pafs por canitis nfo regulares...), ndo é “uma boa” a aquisicdo desses itens, justamente porque quando eventuaimente for necesséria uma Assisténcia Técni- ca, um reparo ou substituiggo de componentes “chave"”, 0 | pobre comprador “ficaré. na mao” (qual- quer dia explicaremos a_orizem cexata do termo “ficar na mio”, pax ra aqueles que ainda néo intui- ram...). Garantia, entdio, nem se fa- lat Por tais motivos, prefiram ad- quirir instrumentos de fabricagao nacional, ou “‘nacionalizados” (montados no Brasil, por Conces- sionérias autorizadas de importan- tes fabricantes do Exterior...) © - sempre - em Lojas, ou mesmo via marketing Postal, porém de fome- cedores conhecidos, estabelecidos, com “nome a zelar”... Mesmo que isso represente um custo um pouco maior, ofereceré, em contrapartida, possibilidades concretas de garantia (no caso de defeito industrial a Lo- Ja ou fornecedor encaminhard, jun to a0 fabricante, a troca do MULTIMETRO...) ¢ de futura As- sistémcia Técnica (que, mesmo de- pois da garantia “vencida”, possi- bilitaré a manutencao do aparetho por quem entende dele, ¢ por quem possui os necessérios Componentes de reposicao...). OS CUIDADOS com ‘© INSTRUMENTO Os “‘antigos” VOLT-OHM- MILIAMPERIMETROS (nome que davam ao MULT{METRO no “tempo da vélvula” bustissimos, com caixas pesadas © fortes de baquelite, metal ou madei- ra revestida, Se, eventualmente, cafssem sobre uma bancada, que~ brariam... a baneada! Atualmente, 0 exagero dirigiu-se para o extremo oposto: caixinhas fragilfssimas, de pldstico fino, coberturas das escalas ou displays com janelas de acrflico transparente que mais parecer uma folha de celofane, bores (jaques) Pequeninos, frouxos, plugues dos cabos de prova e medigao também finos, pequenos e “fraquinhos”, essas coisas... So, também, pontos a considerar quando da aquisicio, ‘j4 que um instrumento desses deve (dissemos no inicio do presente “ ARQUIVO...) ser ~ pelo menos - durével! Pelas proprias caracteristi- cas de uso, um MULTIMETRO “anda”, daqui pra Id e de Ié pra cd, numa bancada, estando sempre su- jeito a “tombamentos” € algumas pancadinhas... ‘Obviamente que o aparelho deve ser tratado ¢ usado com mini- mos cuidados “fisicos”, porém é sempre vélido optar-se por um mo- delo que mostre alguma estrutura, caixa ndo muito frégil, escala e “janela” de leitura bem protegidas, etc. Para prevenir acidentes, a po- sigéo natural de um MULTIME- TRO devers sempre ser a... DEI- TADA! Embora as caixas (geral- mente na forma de um prisma re- tangular...) quase sempre possam repousar “‘em pé”, essa ndo é uma “postura” adequada, j& que qual- quer “‘puxdozinho” nos cabos de medig40, ou mesmo um leve es- barro, poder derrubar o instru- mento (¢ os danos sero diretamen- te proporcionais & fragilidade ffsica do multimetro.. No que diz. respeito aos ins- trumentos analdgicos, entéo, a po- sigdo deitada € quase que obrigaté- ria, para evitar erros de paralaxe (erro angular de visualizagio da posic&o do ponteiro, com relagdo & escala graduada, abaixo dele...). Uma opcdo valida é estabelecer uma espécie de suporte inclinado, bem fixado no fundo da bancada (de modo a facilitar a visualizagio © - 20 mesmo tempo - proteger abrigar 0 instrumento). J4 nos multfmetros digitais (modermamente todos com displays em cristal Ifqui- do...) @ posicio deitada facilitaré a leitura por qualquer que seja 0 an- gulo de observaco (0 que nao ocorre forcosamente, na posicao “em pe”)... Qualquer que seja a cir cunstincia, na bancada, 0 MULTIMETRO deve ficar fisica- mente “travado”, de modo que um acidental “‘puxdo” nos cabos de medigéo mo possa derrubar 0 “bi INFORMACOES - ARQUIVO TECNICO ‘cho” no chao (no maximo teremos ‘um cabo rompido, ou um plugue ar- rancado - prejuizos bem menores do que um multiteste em “vista ex- plodida...”) ee ETEM MAIS... (NA PROXIMA "AULA”) Tem ainda outros importantes “macetes” téenicos (mais a respeito da utilizagdo do que - propriamente - referentes aos cuidados na aqui- sigdo...) préticos que - como no “cabem”” no presente ARQUIVO - sero abordados aqui mesmo, na proxima ABC. ‘© assunto € extenso € sua va- lidade prética (para toda a “vida” Eletronica do Leitor/““Aluno”...) muito grande, merecendo a diviséo em duas ‘‘Aulas” (mais um impor- tante motivo para que ninguém per- ca a préxima ABC. ELETRONICA BASICA - TEORIA PRATICA Gr 12.500,00- ca E'encsdade até Eletonica Digital, components eleténices, instumentos @ andlise de creutos. 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Toma como base o original NTSC f versio PAL-M, Teona, téeicas de conser fe vanscodticagéo. ‘DAGITAL (FS 12.500,00- da Logica aié sistemas micro- Brocessados, com aplicagées em diversas freas: televeso, video-cassete, video-game, CComputador @ Elena Industial LETRON Live ELETRONCA DE VIDEO-GAME rg 12.500,00- Inodugdo a jogos eletonicos rmicroprocessados, t6onzas de Programao © onseros. Andlise de esxvemae eiéiiees Jo [ATARI e ODISSEY, ‘CONSTRUA SEU COMPUTADOR (C$ 12:500,00 - Mieroprocessador 2-80, eletd fica (hardware) e programacio (sofware). Projeto do MICRO-GALENA para veino 0e ‘assembly emanutongao de micros. OE MICOS Cr 12.500,00- Instrumentos @ Wenicas, tester ecto, LSA, analisador de assinatura, ROM de debugging, passo-a-passo, cagador de en- derego, porta mével, prova gia, (GRRCUTTOS DE MIGROS C$ 14,000.00 - Anise og cxcutlos do MSX (HOT BITIEXPERT), Tx, TAS-80 (CP 500), APPLE, IBM-XT. 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GRAM-MESTRE SHAMAN BE PROBA St pat an maroc ra sgirca care eres ( Fenroaso Polo vast da mane 5 Se Bee, UCase roceberoratutamente «sem rentumcompromisso, I riomayies esos Setoneaom Sepedes. aecusoLso POSTAL Errore av ure Eaica Som Sarodos oj onvido ene ence soe cence sas | we ene fenitatareen mere | , ONT EE tress 2 ° Tome on | 7 INSTTUTO MONITOR a so Ties, 259 EP ote Sto Paso SP PRATICA23 UMA METRALHADORA ELETRONICA (BRINQUEDO PARA OS PE- QUENOS) E UM DETETOR DE MENTIRAS (PARA DESMASCARAR OS. “MARMANJOS”..) SAO AS DUAS GOSTOSAS MONTAGENS DA PRESENTE “LIGAO” PRATICA! CIRCUITOS SIMPLES, BARATOS, EACEIS DE MONTAR E USAR, PARA O LEITOR/“ALUNO” PRATICAR E “FAZER VALER” O QUE JA APRENDEU NO NOSSO “CURSO” ‘Sem muita “hist6ria” (0 “lid” af em cima jf diz tudo...), sfo mesmo duas montagens gostosas, ambas de custo baixo e bastante in- teressantes, como sempre aplicando = na pritica ~ vérios dos conceitos teéricos jé vistos nas “Aulas” (ja que esse € 0 fundamento e a razio da Seco PRATICA do ABC...). ‘Como Voeés jé “ficaram es- pertos"” (nem podia ser de cutra forma, ap6s um ano de ““Aulas”” vamos, daqui pra frente, sintetizar mais as explicagées € textos refe- rentes 3s montagens (mas nunca deixando de informar 0 necessério, com os devidos detalhes...), indo ainda mais diretamente aos pontos, referenciando as explicagées quase que somente através das claras ilus- trag6es e diagramas... Detalhes outros, sobre _os componentes, suas identificagées, leituras de valores, cuidados es pecfficos quanto as técnicas de montagem, efc., terdo que even- tualmente | ser “buscados” pelos “Alunos” nas — imprescindiveis “Aulas” anteriores... Temos dito - e - reafirmaremos: nao se pode ser leitor de um exemplar ou outro, do ABC! Ou participando assidua e fielmente do sequeneiamento do nosso “Curso”, ou ficaré, inevitavelmente, “boian- do”... Para os ““Alunos”” que "“che- garam juntos”, comecando “do comego™, nada’ mais fécil e natu- ral... Entretanto, para que os recém-"‘chegantes” também tenham iguais chances de bem desenvolver seus conhecimentos, recomendamos que ~ com urgéncia ~ providenciem a aquisigéo dos Exemplares/“Au- la” anteriores, _obrigatoriamente desde 0 niimero 1, jf que sem uma completa colecao tle “Aulas”” ndo haverd “‘jeito” de entrar no ritmo. (238 MONTAGEM PRATICA) METRALHADORA ELETRONICA - FIG. 1 - “Esquema” do circuito. médulo constitui apenas 0 “co ragio” de um auténtico e moder- no brinquedo eletrénico (a casca da “coisa” deverd ser feita, im- provisada ot adaptada pelo’ Lei- tor/"*Aluno” ~ detalhes no decor- rer do presente artigo...) que, a0 ser acionado através de um ““gati- Iho” (eletricamente representado por um simples interruptor de Ptessio - push-button), emite um som multe parecido com 9 de uma metralhadora CTA.TA... TA,,.TA...") _ sineronizado com efeitos luminosos que simulam a emissio de “fogo” ou “raios de energia”, tio a0 gosto da garota- de da era televisiva! O médulo eleténico, em sf, foi implementa do sobre um lay out espectfico de Circuito Impresso, bem pequeno, de modo que seri fécil 0 seu “embutimento”, mesmo muma ar ma de brinquedo, de baixo custo, que possa ser “aberta”. A alimen- taco (versétil) pode situar-se en- tre 6 a OV, proveniente de pilhas pequenas (4 ou 6, no adequado suporte) ou bateria “‘tijolinho”. O consumo geral (apesar da duplici- dade de efeitos, em SOM ¢ LUZ...) € moderado, garantindo boa durabilidade para as tais pi- Ihas ou bateria (além do que o 45 PRATICA 23 - METRALHADORA ELETRONICA ln — ————— controle por push-button previne “esquecimentos" que drenariam a fonte de energia, se inadvertida- mente deixado ligado 0 circui- to...). Sem mais detalhes, j4 que ler esquemas"’, no atual estagio do “Curso”, jf deve ser “brinca- deirinha”, para todos af... FIG. 2 - Componentes polariza- dos ou com terminais codificados, da montagem. Quanto aos transfs- tores, notar’ que um & PNP (BC558) e outro NPN (BC548), devendo 0 Leitor/"*Aluno” tomar © costumeiro cuidado para nao “trocar as bolas” no momento das suas ligacdes & placa (os dois so iguaizinhos, salvo o cédigo neles inscrito...). Os LEDs (dois, no cireuito) também tém_terminais identificados e especificos que - assim como os dos transistores = no podem ser ligados inverti- dos (© cireuito nao funcionaria, entio, ¢ © proprio componente poderia softer danos “definiti- vos”...). Finalmente, 0 capacitor eletrolitico & mostrado, nos seus dois “modelos” mais ‘comuns - 2LEDS-ALTO RENOIMENTO Fig. 1 com terminais radiais e axiais, eletricamente equivalentes, mas cujas polaridades devem ser res- peitadas. Enfim: aparéncias, sim- bolos € identificagdo de “pernas” = tudo 0 que © Leitor/“Aluno” precisa saber... No “trivial” te- mos ainda os resistores (basta sa- ber “ler” 0 cédigo de cores...), push-button ¢ alto-falante, todos componentes mais do que “man- jados”... FIG. 3- Lay out, em tamanho natu- ral, do Grcuito Impresso especifico para a montagem. Notem que pro- curamos compactar a0 méximo desenho, de modo a facilitar 0 “em- butimento” do circuito no brinque- do definitivo...O Leitor"“Aluno” que j6 for “macaco velho” no encon- trard dificuldades na cépia © con- feccao da placa. Ja os “calouros” deverdo consultar as “Aulas” ante~ Bors onde as técnicas de Greuito Impresso (confecco e montagem) foram devidamente “mastigadas”. De qualquer modo. 0 padrio € tio simples que mesmo quem nunca antes realizou uma plaquinha, con- 4JA VIMOS ESSA ESTRUTURA CIRCUITAL NA "AULA" NP 8 seguir levar 0 assunto a bom ter- ‘mo, sem problemas... -FIG. 4-“Chapeado” da montagem, ou seja: a placa de Circuito Impres- 80 agora vista pelo lado nfo co- breado, com todos os principais, componentes j posicionados € co- dificados. ATENCAO & exata locali- zaglo € posiggo dos dois trazststo- res (de nove: cuidado para néo con~ LISTA DE PEGAS (238 MONTAGEM PRATICA) © 1 - Transistor BCS48 ou equi- valente © 1 - Transistor BCSS8 ou equi- valente ¢2-LEDs vermelhos, redon- dos, Smm, alto rendimento (outras cores, formats ou tamanhos podem ser utili- zados, desde que sejam dois componentes idénticos € de alto rendimento Jumi- 100...) #1 -Resistor 22R x L4W (ver- ‘melho-vermelho-preto) © 1-Resistor 1K x 1/4W (mar- rom-preto-vermelho) 1 - Resistor 33K x 1/4W (la- ranja-laranja-laranja) %1-Capacitor eletrolftico de 4u7 x 16V (ou tensio :naior, até 60V) ©1- Alto-falante mini (2 ou 2 1/2”), impedancia 8 ohms © 1 - Push-button (interruptor de pressio) tipo Normalmente Aberto © 1- Suporte para 4 ou 6 pilhas pequenas, ou ainda um “clip” para bateriazinha de wv. ©1- Placa de Circuito Impresso specifica para a montagem 1x 7 om) © -Fio e solda para as li- gagées. DIVERSOS/OPCIONAIS © = Material para confecgéo da “arma”, podendo ser aprovei- tada a “casca” de um biin- quedo “éco”, de baixo custo, que possa ser aberto para o “embutimento” do circuito e complementos ‘| 46 PRATICA 23 - METRALHADORA ELETRONICA APARENCIA S{MBOLO TRANSISTORES ELETROLTICO Fig. 2 fundir os cédigos, colocando o BCS48 no lugar do BC558 € vice- versa..), & polatidade do capacitor eletolitico € aos valores dos resis- tores com relagio as localizagées que ocupam na placa... Terminadas "GATILHO" wu Oo» ® f PILHAS evan ton as soldagens, conferir tudinho (a- proveitando para verificar © proprio “estado” dos pontos de solda...) © 86 eno cortar as sobras das “peas”, pelo lado cobreado... ~ FG. 5 - Conexdes extemas a placa (aproveitem para confetir as codif- cag6es attibufdas as “ilhas” desti- nadas a tais conexdes, “batendo” indicagées com as da figura an- terior..), com esta ainda vista pelo ado 180 cobreado (no diagrama, propositalmente, os corponentes Perfinentes & prépria placa no s80 mostiados (4 o foram, na figura an- terior.) de modo a “desconfiundi” © visual. ATENCAO ao comreto po- sicionamento dos terminais dos dois LEDs (notem que estes, embo- ra vistos juntos a placa, podem ser ligados “temotamente” através de parts de fios finos...) ¢ A polaridade da alimentacéo (pilhas ou bateria), sempre lembrando da noma. uni versal de fio vermelho para o positi- vo € fio preto para o negative. Os ‘comprimentos dos fios as pilhas ou batetia, push-button e alto falante, dependeréo muito do arranjo final da instalagdo... Como sempre, te- comendamos que a cabagem tenha © comptimento suficiente, sem so- ‘bras (que tomam a montagem dese- legante © dificultam a instalagéo, naquele “emaranhado” de fos. nem faltas (que tomam dificil a co- ATENGAO NAS LIGAGOES, TURMAI a Bcs58 of—H0 AS ew G7," a noses ek Fig. 4 Jocaglo do conjunto no escothido container... - HG. 6 - A instalacéo do médulo na “ama”... Obviamente que antes da definitiva fixaga0 do conjunto, 0 cireuito deve ‘ser testado... Basta colocar as pilhas ou bateria € aper- tar o pusb-bution O pequeno alto- falante devers emitir o nitido (sur preendentemente forte, principal- mente se a alimentacéo escolhida for baseada em 6 pilhas peque- nas...) “RA.TA..TA..TA...”, com os dois LEDs piscando em sincronis- mo, emitindo lampejos fines © si- multéneos... Quanto ao “embuti- mento” do circuito, a figura mcstra apenas uma sugestio, bastante genética, de “onde pode ficar 0 qué”... Quem for habilidoso e tiver gosto por trabalhos manuais, po- deré constnuir “do zero” a “arma”, MP-23 K ‘24De VM LAD0 008, i COMPONENTES Ff ng |_A_g RENOIMENTO |—|Kea FTE “MINIT OU "MICRO" Ba 47 PRATICA 23 - METRALHADORA ELETRONICA usando tubos plisticos, funis, cai xas, etc., eventualmente aproveita- dos de embalagens de alimentos, cosméticos, remédios, etc., juntan- do-os esteticamente, pintando € decorando a “metralha” & gosto... Alguns pontos nos parecem fun- damentais: para um bom “balango” da “arma”, as pilhas ou bateria (e- Jemento mais pesado do conjunto) devem ficar dentro do cabo da me- tralhadora. Os LEDs devem ficar dentro de uma pequena campanula transhicida (para boa difusdo dos lampejos luminosos...) na extremi- dade do cano da “ama”... Quem quiser dar um lay out “espacial” 40 biinquedo, poderd também incorpo- rar 0 pequeno alto-falante a um “fu- nil” de pléstico ou metal, acoplado & extremidade do cano da “ama” (Com Um pouco de imaginacao € OO [ALIMENTAGAO. ‘OScILADOR habilidade, a campanula com os LEDs poderé ser sobreposta, fron- talmente, ao alto-falante). Finalmen- te, por dbvias razies ergondmica © push-button deve ficar na posicao comespondente ao gatilho da “ar- ma” (14 onde 0 dedo indicador do ‘operador naturalmente repousa, ao segurar © brinquedo...). Muitos dos distintcs Leitores/“Alunos” —_jé “passarem da idade” (alguns ainde nao ferceberam...) de brincar com coisas desse tipo, mas muitos, quase todos, tém fihos, inios, priminhos e essa cofa toda de “pestinhas”, que ido simplesmente “babar” pela METRALHADORA, FLETRONICS .. Cuidado! Se deixar “vazar” par a garotada da viz nhanca que Vocé € 0 “mago” cons- trutor desse fantéstico brinquedo, os “diabinhos” fardo fila na sua saioa POLARIZAGAO tt) i 4 ‘AMPLIFICADOR REALMENTAGRO + C2 ‘ANALISANDO ASSIM, FICA FACIL INTUIR O FUNCIONAMENTO DO ‘aRCUTTO! porta, solicitando a imediata cons tugio de uma diizia de exemplares, para reforar o “arsenal” da turmi- nha. -BG. 7-0 circuito, come: funciona. Cbservando com atencdo, ¢ racio- cinando “em: bloc” ‘(evando também em consideracio 0 préptio “esquema” - fig. 1), ndo seré diffcil ao Leitor“Aluno” acompanhar o funcionamento da METRALHADO- RA... O bloco ativo 0 composto pelos dais transfstores complemen- tares, diretamente acopledos para funcionar come tn: “super-amplit cador” (€ uma espécie de “Datling- ton” complementar.... Uma rede simples, de realimentacao e polan- zagio, formada pelos resistores de 33K € IK € pelo eletrolitico de 4u7, faz com que 0 bloco amplificador entre em oscilaco de baixa fre- quéncia (essa baixa frequéncia de- ve-se piincipalmente a grande Constante de Tempo oferecida pelo eletroltico...} assim: que energiza- do. A Saida do amplificadodoscila- dor, além de realimentar a sua pré= pria Entrada (sem que -alids - no haveria oscilacio...\ € aplicada dire- tamente a0 pequeno wlto-falante (que traduz os pulsos eléticas pre- sentes no coletor do BC558 nos “TAWTA.TA.. da metralhadora) © ainda “sobra” energia para alimen- tar, simultanearente, 0 par de LEDs em paralelo (cada “TA” no alto fa- ante, um pulso luminoso nos LEDS...) O resistor de 22R em série com © par “paralelado” de LEDs, promove no 6 uma certa limitagdo de Corrente, como também evita que a impedincia muito baixa dos indicadores luminosos “roube” Poténeia do alto-falante, “‘casan- do” bem a distribuigdo de energia para 0s dois tipos de efeito (SOM © LUZ). Em termos gerais, embo- 7a 0s mesmos efeitos pudessem ser obtidos de varios outros arran- jos circuitais, 0 adotado € o mais simples e econémico, j& que a im- pedancia naturalmente baixa de um multivibrador desse tipo per- mite 0 acoplamento direto dos transdutores de Safda (no caso 0 alto-falante e os LEDs), com sufi- ciente “aproveitamento™... / PRATICA 24 (248 MONTAGEM PRATICA) DETETOR DE MENTIRAS -FIG. 1 - © “esqueminha” do cis- cuito (ndo poderia ser mmis sim ples...). Notem que (¢ detalhes sobre isso serio visto no finalzi- ho, sob o tftulo “O CIRCUITO - © centro “visual” - em todos os sentidos - do cireuito, pareca estar no medidor (galvanémetro, esta- dado na presente “Aula’ verdade o principal componente é © tnico transfstor - BC548 - que realiza os reais trabalhos no ar- ranjo... No fundo, 0 circuito do DETETOR DE MENTIRAS nao passa de um sensibilissimo ohmi- metro, jé pré-calibrado para medir pequenas variagdes em grandes Resisténcias, indicando nitida- mente © imediatamente esas va- riagdes através do deslocamento proporcional do ponteiro do ins- trumento! As “‘pontas de prova”, no caso, so substituidas por duas manoplas metdlicas (podem ser simples pedagos de cano, em fer ro, ago, cobre, etc.) que deverio ser seguras pelo “paciente”, uma em cada mio. Liga-se 0 aparelho € calibra-se (através do potenci6- metro...) uma indicagéo de “ze- ro”, para a condicdo basics de “repouso” (explicaremos mais. & frente, a possibilidade de uso de praticamente qualquer pequeno galvanémetro, mesmo V.U.s bara- tos, ou instrumentos de “zero central”). Em seguida devem ser feitas & pessoa que segura as ma- noplas, uma série de pergunias, “embutindo” nessa inquirigao as questies nas quais pretendemos “flagrat” — alguma —_mentira Através de um comprovado fend- meno de aumento da sudorese (transpiracio), que 6 um reflexo metab6lico do aumento da pressio sanguinea, ocasionado por um in- ccremento na tensao nervosa, deri- vado - por sua vez - da tentativa da pessoa de “‘manter 0 auto-con- trole” para “no parecer” que esté mentindo, dentro de 1 ou 2 segundos (as reagées bio-quiii- cas do corpo sto um tanto len- tas...) 0 “valor resistivo” que 0 seu préprio corpo interpunha ao ‘ircuito (no mfnimo algumas cen- tenas de milhares de ohms, e no méximo alguns megohms...) se al- terar Jevemente (em tomo de 5%...). A sensibilidade do circui- to, contudo, € téo alta que mesmo essa mindscula variacdo sera cla- ramente indicada pelo ponteiro, alcaguetando a mentira! Voltando 20 circuito, propriamente, notem ‘que além do galvanémetro e do transistor, temos apenas alguns resistores comuns, sendo um deles variével ou ajustével (0 poten- cidmetro), para que possamos ‘“zerar” ou calibrar conveniente- “anti-paralelo” vanémetro ¢ uma bateriazinha 9V serviré perfeitamente para alimen- tar 0 circuito por varios meses (0 consumo € muito baix FIG. 2 - Principais componentes, em suas aparéncias, simbolos ¢ ‘dentificagdo de terminais... No- tem que a caraterfstica “no crfti- ca” do circuito, atiada & ampla possibilidade de ajuste, permite imimeras equivaléncias, tanto no transfstor quanto nos diodos. O BC548 pode ser substitufdo por BC547, BC549 © muitos outros, classificados como “universais” (ver ARQUIVO TECNICO de ABC n? 7). 0 1N4148 pode ser trocado por IN914, IN400I, etc., também sem problemas... Quanto a0 galvanémetro, praticamente qualquer instrumento de bobina mével, com alcance entre 100uA € ImA pode ser usado (nio se DE 100A Ima = EU AMPLIFICO EO GALVANOMETRO INDICA.. UMA PARCERIA PERFEITAL GALVANOMETRO {VISTA TRASEIRA “VU. -MICROAMPERIMETRO -MILIAMPERIMETRO Preocupem com 0 tipo de escala Originalmente apresentado pelo instrumento, j4 que no DETETOR DE MENTIRAS, na realidade, no usaremos 0 galvandmetro pa- PRATICA 24 - DETETOR DE MENTIRAS ra “medir” Resistncias, mas apenas para comparar...). Qual- quer V.U. barato, microampert- Tetro ou miliamperfmetro, dentro da citada faixa, servird, mesmo que apresente “zero. central” (ponteiro normalmente repousan- do no meio da escala, como acon- tece em alguns V.U.s de “sinto- nia”, encontréveis a baixo preso nas “‘sucatas da vida”...). S6 no esquecer que os instrumentos de bobina mével tém terminais pola- Fizados (0s de “zero central” NAO, j@ que - obviamente - po- dem fazer seu ponteiro defletir “pra 14” ou “pra c&”...). Resisto- res © potenciémetro apresentam valores comuns, faceis de encon- rar... = FIG. 3 - “Chapeado” da monta- gem, Devido a extrema simplici- dade do circuito (pouqufssimos componentes) € a presenga do galvandmetro, que obriga a even- tual caixa a ter dimensdes nio muito restritas, optamos pela construgéo na técnica “ponte de terminais”” (que 0 Leitor/“Aluno’ assiduc j& praticou intensamente, nas primeiras Montagens do nosso “Curso”...). Notem que embora tal sistema de montagem ¢ interli- gagdo seja dos mais elementares, exige alguns cuidados bésicos: - Numerar 08 terminais da “ponte” (a barra de fibra aceita bem mar-

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