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De Castello a Figueiredo.

1) Transformação e mudança. “Esses dois aspectos – o quem e o como – longe de se


antagonizarem, se complementam: as mudanças (do regime) viabilizaram a conservação
(o poder)” [9].

2) Autoritarismo como variável: nunca chegou a atingir pontos extremos de


autoritarismo. “As idas e vindas do regime foram, ademais, facilitadas pleo fato de que
nunca se chegou a implantar um conjunto plenamente estruturado de instituições
autoritárias, respaldado por uma ideologia inambígua, frontalmente avessa a
compromissos com o credo liberal-demorcático” [9]. (Falta da plena estruturação de
instituições autoritárias).

3) Diretrizes do estudo. 1. O desenvolvimento posterior do regime não pode ser


explicado como um resultado direto do golpe. 2. A oposição teve participação tanto nas
mudanças negativas do regime (aumento da repressão, por exemplo) como nas
mudanças positivas (a abertura). 3. O regime também tem correlação com as mudanças
estruturais exigidas pelo capitalismo

4) Roteiro de análise. O golpe contou com a montagem de uma coalizão de partidos e da


aliança também com os civis. A análise se divide em duas partes: análise dessa coalizão
(apenas sob o ponto de vista militar, subentendendo a participação dos interesses
econômicos) e a divisão dessa coalizão em quatro termos.

5) Sorbonistas: componente ideológico, componente liberal na UDN, aversão ao


populismo. Posição de poder no início do governo militar. Problemas na coalizão:
elementos estranhos (latifundiários e burguesia parasitária), assim como a ausência de
elementos importantes na oposição. Ideal sorbonista: Agilidade nos processos
decisórios; controle das ameaças de ordem; alteração de partidos via disputa eleitoral. O
combate às práticas clientelísticas visava neutralizar práticas que bloqueavam a
alternância do poder.

6) Características do golpe. Foram mantidas: a constituição de 1946, sindicatos e (em


um primeiro momento) liberdade de imprensa, partidos políticos e associações
representativas.
7) Reformas. Organização dos métodos de trabalho. Plano partidário: bloqueio de
práticas clientelísticas. Reforma agrária. Previdência: abolição da representação
classista e universalização do acesso aos benefícios.

8) Oposições internas: a linha dura (apoiada pelos nacionalistas) ganhou controle de


ponto importantes, como nas comissões de inquérito policial-militar. Essas oposições se
intensificaram com a queda da vigência do item que previa as cassações de mandato e
outras operações como essa.

9) Os resultados eleitorais nas eleições estaduais deram uma vitória muito expressiva à
oposição e força para a linha dura assumir o controle do governo com o decreto do AI-
2.

10) Oposições e contradições do projeto sorbonista. Oposição: “(..) quase total


incompreensão com respeito à natureza da ruptura verificada com o movimento de 64”
[26]. Ou seja, o governo dos sorbonistas continuava a tratar a situação como no pós
golpe de 1 de abril e não como o que ele tinha se tornado: um governo autoritário. Essa
incrompeensão era tanto por parte da oposição quanto dos que fiseram o golpe, como
Carlos Lacerda ainda pensando em uma eleição. “Mais importante, de nosso ponto de
vista, é a ambiguidade que o seu comportamento denota – o seu gesto [de Castello] de
‘candidato’ (quando se tratava já de ‘delegado da revolução”) e a sua atitude de ‘chefe
revolucionário” (quando procurava vestir a fantasia de presidente constitucional)”

11) Moderação dos objetivos na frente política e ambição no campo das reformas
socioeconômicas: viabilizar a introdução do capitalismo no país. “Com efeito , ao
comprometer-se, antes de tudo, com a sua implementação, ao recusar-se obstinadamente
a negociá-las, ao dedicar todo o seu esforço a ‘isolar’ política e economia, esta devendo
ficar a cargo dos detentores do saber, da ciência, dos tecnocratas – Castello não apenas
violentou os derrotados, mas além disso, chocou-se com a sua própria base, alienou
apoios com que inicialmente contava” [34].

12) Em 1967 se inicia um novo período constitucional. Mudança da estrutura da


coalizão dominante. Sorbonne para linha dura.

13) “Para explicar o que iria se passar no transcurso do governo Costa e Silva tem sido
invocado o descontentamento popular, das classes médias, de setores do empresariado e
dos demais interesses contrariados, seja pela opressão autoritária, seja pelas condições
econômicas... [Os fatores capitais, na verdade, são:] a reconstitucionalização do Estado
e a substituição do ‘partido’ no poder, com a consequente redefinição do conteúdo das
políticas governamentais” [39]. Ou seja, o governo Costa e Silva deve ser explicado no
contexto da mudança dos sorbonistas para a linha dura e pela relativa
reconstitucionalização exercida por Castello nos fins do seu governo e do “retorno” às
liberdades demorcráticas (com a volta de exilados) no começo do governo Costa e
Silva.

15) Volta das liberdades democráticas: organização da Frente Ampla (buscando um


candidato para concorrer após o término do mandato de Costa e Silva e fora do partido
de oposição MDB).

16) As condiçõe da formação da guerrilha e a luta armada.

p. 47 ultimo pf. Sobre o Ai-5 e sua relação com a guerrillha

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