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De Castello A Figueiredo
De Castello A Figueiredo
9) Os resultados eleitorais nas eleições estaduais deram uma vitória muito expressiva à
oposição e força para a linha dura assumir o controle do governo com o decreto do AI-
2.
11) Moderação dos objetivos na frente política e ambição no campo das reformas
socioeconômicas: viabilizar a introdução do capitalismo no país. “Com efeito , ao
comprometer-se, antes de tudo, com a sua implementação, ao recusar-se obstinadamente
a negociá-las, ao dedicar todo o seu esforço a ‘isolar’ política e economia, esta devendo
ficar a cargo dos detentores do saber, da ciência, dos tecnocratas – Castello não apenas
violentou os derrotados, mas além disso, chocou-se com a sua própria base, alienou
apoios com que inicialmente contava” [34].
13) “Para explicar o que iria se passar no transcurso do governo Costa e Silva tem sido
invocado o descontentamento popular, das classes médias, de setores do empresariado e
dos demais interesses contrariados, seja pela opressão autoritária, seja pelas condições
econômicas... [Os fatores capitais, na verdade, são:] a reconstitucionalização do Estado
e a substituição do ‘partido’ no poder, com a consequente redefinição do conteúdo das
políticas governamentais” [39]. Ou seja, o governo Costa e Silva deve ser explicado no
contexto da mudança dos sorbonistas para a linha dura e pela relativa
reconstitucionalização exercida por Castello nos fins do seu governo e do “retorno” às
liberdades demorcráticas (com a volta de exilados) no começo do governo Costa e
Silva.