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Química Geral e Inorgânica

QGI0001
Enga. de Produção e Sistemas
Profa. Dra. Carla Dalmolin

Cinética Química
Cinética Química
 É a área da química que está preocupada com a velocidade das
reações químicas.
 Relacionada com a rapidez com que um medicamento é capaz de
agir
 Considera os fatores que controlam essa velocidade
 Velocidade média de reação: representa a variação na quantidade
de um reagente ou produto num intervalo de tempo
 Dada a reação :
AB
[ A]
 Velocidade média em relação a A: v  
t
[ B]
 Velocidade média em relação a B: v 
t
 Unidade: mol/L.s
Lei da Velocidade
 As concentrações dos reagentes ou produtos são
determinadas a qualquer momento durante o curso da reação
por equações.

 Um modo de estudar a velocidade é determinar como a


velocidade inicial da reação depende das concentrações
iniciais dos reagentes.
 A equação que relaciona a velocidade de uma reação com a
concentração dos reagentes é a Lei de Velocidade da Reação
 A Lei de Velocidade de uma reação depende da ordem da reação

 A ordem e a lei de velocidade de uma reação depende do


mecanismo da reação
Lei da Velocidade
aA + bB  cC+dD

v = k [A]n . [B]m

 Onde:
 k = constante de velocidade a uma dada temperatura
 n = ordem da reação em relação a A
 m = ordem da reação em relação a B

OBS: em reações elementares n = a e m = b


V = K [A]a . [B]b
Reações de Primeira Ordem
 A Lei de Velocidade depende da concentração de apenas um
dos reagentes, elevado a primeira potência
 v = k . [A]1

 A constante de velocidade, nesse caso, pode ser determinada


Vizinhança
experimentalmente através da concentração inicial do reagente
[A]0 e o tempo decorrido para a reação acontecer:

[ A]t
[ A]t  [ A]0 e kt ou ln  kt
[ A]0
ln[ A]t  ln[ A]0  kt
Método Gráfico
Ex.: C2H6  2 CH3 v = k[C2H6]
[C2H6] t (min)
1,50 . 10-3 0
1,24 . 10-3 5
1,00 . 10-3 10
0,83 . 10-3 15

ln[ A]t  ln[ A]0  kt

Coeficiente linear Coeficiente angular

(7,02)  (6,56)
Inclinação   0,040
13,3  1,7
k  Inclinação  (0,040)  0,040
Reações de Segunda Ordem
 A Lei de Velocidade depende da concentração de um dos
reagentes, elevado a segunda potência
 v = k . [A]2

 Ou da concentração dos dois reagentes elevadas a primeira


potencia
 v = k.[A].[B]

1 1
 kt 
[ A]t [ A]0
Coeficiente Coeficiente linear
angular
Teoria das Colisões
PARA HAVER REAÇÃO É NECESSARIO QUE:

1. AS MOLÉCULAS DOS REAGENTES COLIDAM ENTRE SI;


2. A COLISÃO OCORRA COM GEOMETRIA FAVORÁVEL À FORMAÇÃO
DO COMPLEXO ATIVADO;
3. A ENERGIA DAS MOLÉCULAS QUE COLIDEM ENTRE SI SEJA IGUAL
OU SUPERIOR À ENERGIA DE ATIVAÇÃO.

HI
HI

I2 H2

I2 H2
Mecanismo de Reação
 Segundo a Teoria das Colisões, para que uma reação ocorra, as moléculas
devem se chocar, formando espécies intermediárias, que em seguida geram
produtos.
 Cada etapa de colisão e formação de intermediário é uma etapas elementares
 O conjunto das estapas elementares até a formação total do produto da reação é
o mecanismo de reação
HI
HI

I2 H2

I2 H2
 Etapa 1: I2 + H2  H2I2
Mecanismo da Reação
 Etapa 2: H2I2  2 HI
 Reação total: I2 + H2  2 HI
Molecularidade
 Número de moléculas que participam como reagentes numa etapa
elementar
 Processo unimolecular: A  produtos
 Processo bimolecular: A + B  produtos

 A ordem de uma etapa elementar é igual a sua molecularidade!


 Processo unimolecular: v = k[A]
 Processo bimolecular: v = k[A][B]

 Em mecanismos com várias etapas, a velocidade da reação total é


determinada pela velocidade da etapa mais lenta
 Etapa determinante da reação
 A etapa determinante da velocidade governa a Lei de Velocidade para a reação
como um todo
Etapa Determinante de Velocidade
 ETAPA 1: NO2(g) + NO2(g)  NO3(g) + NO(g) (LENTA)
 v = k.[NO2]2

 ETAPA 2: NO3(g) + CO(g)  NO2(g) + CO2(g) (RÁPIDA)


 v = k.[NO3].[CO]

 Reação Total: NO2(g) + CO(g)  NO(g) + CO2(g)


 v = k.[NO2]2
Fatores que Afetam a Velocidade
 Baseando-se na Teoria das Colisões, há vários fatores que
podem afetar as velocidades das reações químicas:

 Existem quatro fatores responsáveis para que ocorra variação


das velocidades de reações:

1. O ESTADO FÍSICO DOS REAGENES;


2. AS CONCENTRAÇÕES DOS REAGENTES;
3. A TEMPERATURA NA QUAL A REAÇÃO OCORRE;
4. A PRESENÇA DE UM CATALISADOR.
Superfície de Contato
 Quanto maior o grau de dispersão de um sólido, maior será
sua superfície e maior será a velocidade da reação na qual ele
é o reagente.

Fe(prego) + H2SO4(aq)  FeSO4(aq) + H2(g) (v1)

Fe(limalha) + H2SO4(aq)  FeSO4(aq) + H2(g) (v2)

 Na segunda reação, a área de contato é maior!


 Portanto: v2 > v1
Temperatura
 Energia de Ativação
 Energia cinética mínima que propicie a ruptura das ligações entre os realgentes
e formação de novas ligações nos produtos.
 Quanto maior a Ea, a reação é mais lenta

 Complexo Ativado
 Estrutura intermediária entre os reagentes e os produtos

 Temperatura  Energia Cinética


 Velocidade
Catalisadores
 Espécies capazes de diminuir a energia de ativação para a formação do
complexo ativado.

 Características:
 Aumentam a velocidade da reação
 Não são consumidos – podem ser usados em pequenas quantidades
 Seu efeito pode ser reduzido pela presença de inibidores / venenos

 Catálise homogênea: ocorre em solução (1 fase)

 Catálise heterogênea: o catalisador e as espécies que participam da reação


encontram-se em fases diferentes
Catalisadores
Exemplo

 Formação do SO3 na ausência de catalisador:

SO2(g) + ½ O2(g)  SO3(g) Ea = 240 kJ/mol

 Mecanismo com catalisador:

SO2 + NO2  SO3 + NO E1 (consumo catalisador)

NO + ½ O2  NO2 E2 (regeneração catalisador)

REAÇÃO GLOBAL: SO2(g) + ½ O2(g)  SO3(g) Ea = 110 kJ/mol


Enzimas
 Proteínas que atuam como catalisador em reações biológicas.

 Caracterizam-se pela ação específica e pela grande atividade catalítica.

 Apresentam uma temperatura ótima, geralmente ao redor de 37°C, na qual


tem o máximo de atividade catalítica.
Inibidores
 Impedem a ação do catalisador.

 Veneno do catalisador

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