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Posinsn, Neil 0 enszo como, revlusio sci por) Neil Postman © Charles Meine. "rade Alvaro Cabral 32d. [Rio de Sasoko} Stet oe Cults [1973} 257 p 21 em rivinal ings: “Teaching as a subversive actviym petit 2, iine Mio, 3, Blasio, 4 Suis ocaconal 5." Easino~Aspetos socit. 1. ‘Weinsuinee: Cha et ‘ite Cate, ivory Sad a i BEC/DE pp: 370.193, CONTESTACAO hova formula de ensino NEIL POSTMAN E CHARLES WEINGARTNER Tradupao de ALVARO CABRAL 3. edigh BDITORA EXPRESSAO E CULTURA Rio de Janeiro I. O meio é a mensagem, evidentemente ‘Um dos homens mais pergeros do momento — peigoso por. tur putes extar subyeriendo. os coneeton wadkionis 6 Mfseball Mcbutan, No cbstante, m0. momento em. ue ets io cscs le es etrtndo ao alongs de inlets imprensa eco poucos edweadores jamais conseguiam, i ds raztes Cn gpeente snguaridade de suas observa- foes Outre €'¢-maneea natural como cle cond s Sues Fe- Fitnies E una tsa € que, geeulments, no © conseram ome, um educador, Se fons, é muito provvel que petdese ttn bor orca do seu polis. Ningoem goss de det Sador tho esperto. Ox, pelo menos, ninguea quer ser apont- bent’ seus euvinces. B por fo ge Terone. Braver isi sa chmado We usgs dg bcetre de sot a ins, apesar dio, MeL.uhan é um educaor operacions ‘arte gus aguas. de nuns “sondagens", como cle as cho- ‘Mer sfo Jo wma onunaldage fnpan,sobrtedo em serve Ilafcn (Pare um edncaer, ele se expesta nm cata f- Tamu de troche poets.) Milas de suas. obsorvaghes Sep weutimoagbes de id antenorments expresias porous Ettcadoes “por exemplo, John Dewey e.A. N. Whitehead SiN cas que forem, e-sinds so, amplamente ignoradss por Sok ep ara hc, Ean ep iene et lvda Com BleLuhan por see enovacto, em lit agen repeida, da renga de Dewey em que “ns oprende- BaP gue tazonos". MeL uhan quis aber s mesma eos, em u seu famoxo afro, “O meio 6 a mensagem” (o qusl para a tases por sacejo e publiidade ce reforTmulow como BBM ea sapent). Dada essa pespectia, somos levee Pome: gue as mis portent impresoes_provoradas 20 ete aurgoc amano prover do crater © extrulura do meio stems me fanclony que 0 Opn meio transmit a6 Mensa fie decsnay e-Wominensh araves do. conle das, percep. su ‘Sonus tos que nse perelpam. Dewey eblinbow que 0 laid us infividuo em meio — sto 6 0 ue Ihe 2 Reeds fase é 0 que 0 mdivduo apende, Ex oras eaer perio meio ambiente € « mensnge. “Mensagea Pitguoas hgeh como as peesppes que nes € consentivo conse ius ates que somon eaumulaos a essmit a sesib- Tees ue somal encoajados + desenvalver — quase tas mensSsed gue aprendemos aver, seit avai. Aprenden- Bi iac's ada melo ett oremizado de tal modo qve Pe Hie cncrajas on insite om que as aprendaaios Tekan pus ter ox seus momentos mas difcis quando tents ponder o sen pio de que tm aparelio de tlvisHo rs Proum u autombvel ou uma maquina xerogiles, pO- Senta eovcitsamente dlnios come sendo tal mo, E mes Se yuo se publco Inestompe o su cepino pot tem se cae para ccompanhlo ew novas sondage, MeLhan ds an de Ibutar Genodadamente ara persiadito de que Sia oa elevante a fonnae soe tis telog no 6 “Que 2 Be anumide na eleva?” ol. "Que diz o jaa?” cat EI que modo estature ov proceso do melo amblens manipula noson sentidono aod Teneursein ser tuto, mas fic pesuadic um pabico de gor an aa de aula 6 in melo ambiente © de gto o modo oes eikonal earepa em si (ado 0 peso do die 88 eS Som” eronitan nese melo ~~ io & sa als, Egceanlo, Dor se eter pacege nao € asim. O discuso educacion, eS corameae care e ediados, eid to eheio de presouesios, ecinimecamonts imposteel apreseniar uma Wein ge 730 juste is tegration i Caicos como um caso prinério earactersico a 20580 oor om ala se const, predominantement, de SesMomposeneas conteido e méiodo. 0, contigo pode se es comPporans, mas sempre € considerado 2 “sbsiia- as cia” da ligdo; & 0 que os alunos estio ali para “obter”; € 0 que se conjetura quo eles tém a obrigacdo de aprender; 6 0 uo 6 “sbrangido”, 0 contetido, como quilquer roteiro de’estu- os, prova, exist independentemente Jo estudante, sendo in- diferente ao meio de comunicagao através do qual & “ransmi tido". O método, por outro lado, é “meramente” a maneita co- ‘mo o contetido & apresentado. © método pode ser imaginativo fou monstono, mas nunca € mais do que um meio de transmi- tit 0 conteddo, Néo possti conteido. proprio. Conquanto. pos sa indusie exctagio ow tio, nig conlém mensagem alguma = pelo menos, neahuma que seja passvel de perguntas por ere das masa examinadoras, isto 6 que sea digna de co- Para nosso conhecimento, todas as escolas de educagio e institugBes de teeino do_professores dos Estados Unides so ‘orginizadas em forno da idéia de que 0 contetde € o métado ‘Ho coisas separadas da mancira que deserevemos acims. Tal- vez a mensagem mais importante assim comunicada aos pro- Fossores estagisros soja que essa separagéo & real, il © urgen~ te, © que deve ser mantida nas escolas. Uma mensagem secun- diria 6 que, embora o “contatido” e o “método™ sejam distin- tos, no $20 igual. Todo mundo sabe que os cursos “autént- cos” so as de conteddo, do tipo de que James Bryant Conant tanto gosta: a Heranga Greco-Roman, Cileulo, Teetro Eliza~ Dethano, a Guerra Civil. Os cursos “falsos” so os metodolési- cos, essas conspitagies de vacuidade que so _universalmente ridicularizadas, porque a sua mais refinada e sui ambiedo con- siste em instruit sobre como escrever planos de ligdes, quando luliaar projegdes por que motive é\desejvel manter sal ‘noma temperatura conforivel. (Os metodiogos tiveram © que ‘mereciam a tal respeito. Uma que se amarraram 2 uma defini- fo tevial de “método", o que tém conseguido fazer em seus Cursos oxcla entre 0 confuso © o execravel, o embaracoso © 9 chocante, Os professores dos cursos para. profissbes liberals es param, até agora, da censura e do ridiculo que eles merecem pot ni ter notade que uma “discipina” ow uma “materia” € tum modo de conhocer alga — por outras palaveas, um método =e que, portanto, os seus cursos sto cursos de métodos.) “O meio 6 a mensagem” conclul que a invengdo de ume di- ‘entre conteido © método ¢, simullaneamente, ingémua 36 fe perigose. Deduz que o comteido crtico de qualquer experién- cla de aprendizagem é 9 méiedo ow processo através do qual ‘prendizagem ocorre, Nio dove exist quase um 36 pai sen vel que mio salba disso e mesmo devo acontacer, certamente, ‘com qualquer primeiro-sargento eficiente. Nao 6 0 quo dizomos as pessoas gue contam; 6 0 que conseguimos que elas Jararn, Se a maior dos professores ainda no apreendeu essa ideia, Ifo seca por fais de provas. Talvez seja devido, porém, ao fato de nao olharem na ‘onde as provas podom ser obsorva- das. A fim de se compecender que espécies de comportamen- tos as salas de aula promovem, 6 preciso. acostumacmo-nos ‘observar 0 que, de fato, os estudantes realmente faze elas, © que oy estudantes faze numa aula 6-0 que eles aprendem (como diria Dewey) © o que eles aprendem a fazer € a men- sagem da aula (como dia MeLuhn), Ora, 0 que € que 0s cstudantes jazem na aula? Bem, a maior parte, senta-se © ouve © profesor. Sobretudo, sto solcitados a acreditar nas autor dades ou, pelo menos, fingie que alimentam tal erenga, quando so submetidos a exames. Sobretudo, slo soictados u recordar, Raramente se pede a eles que facam observagies, formulem efinigdes ou realizem qualquer operagio intclectaal que ultra: pisse a repetiedo do que outta pessoa disse ser verdadito, Ra Tamente $i0 encorajados a fazer pergunies substantivas, embo- ‘a thes seja permitido indagar sobre dctalhes administrativos © ‘enieos. (Quantas lnhas dove ter & resposta? A. redago tam= ‘bém conta? Quanto tempo é reservado para a prove?) Prati ‘mente, nunca se ouviu falar de um etudante que tenha sido solicitado a desempenkar um papel na determinagio dos pro- blemas dignos de estudo ow na selecio dos processos de inves- ligagHo que deveriam ser usados. Examine-se o tipo de pergun- tas que 0s professores fazem nas aulas, ¢ verificarse-4 que. a su maior parte consiste no que, tenicamente, poderia set do- rnominado “persunias convergentes", mas que, mtis simplesmen- te, podria ser rotulado como perguntas do. genera “Adviahe © {Ue estou pensando™. Big algumas que soueso familiarmente 208 Duvidos de qualquer liter: (Que 6 um substantive? (Gass foramen WES esas da Gugera Cit? Gan! €'¢ rill vio do’ Urania? ‘Goal & Ueto de Hiei atin? 37 ‘qont 6 0 verdads seifeado deste poems? {Guinos‘srupor de omosiomos tam © corpo human? Porque Buus tai Cea? Assim, 0 que os estudantes mais fazem na aula é adivinhar ‘0 que o professor quer que eles digam. Devem tentar, cons tantememts, fornceer “A Resposta Correta”, Parece no inte- reser mullo so a matéra € inglés, ou histéria, ov inca; seja (ual for o caso, os estudantes fazem a mesma coisa. E como {Sti indicutivelmeate (Se lo. publicamente) reeonhecido que © “eontefdo” ostensivo de tals cursos raramente. & recordado além do titimo exame (no qual o aluno € solicitado a recor ‘dar apenas 65 por cento do que Ihe fol dito), mio sera arris- ‘ado afimar que 2 fniea aprendizagem que ccorre nas salas de aula € a comunicada pela estrutura da propria aula. Que ceapécic de aprendizagom ¢ essa? De que mensagens se (cata? Eis algumas outro mvitas, nenhuma das quals se encontrard jamais oficialmente enumerada entre as intengbes dos profes ‘A aostago pasiva 6 uma reasio mals dseivel As ilas do 4 coer de Comesimentas ot al de cared dos csiodenes ey em todo 9 cus, ago & da cont des Recordar'€ forma sopema e_sellno Intslectual ¢ a co teplo do “ul” tloveaconsdgs é'= mes ea elucaion "Deve se attuldo tor eredito © valor 8 vor da aioridade ove fo jlgamento independent, “al uae propias do evsdante © as dx seus eolegas do clas e/a tnconean i ‘Oe sentiments ss lzlevates para a eduagSo. Bist sempre tm nica inegvoca Respost Corota uma PB itis no 6 hina © hiss nf & cdc ee eiocla ap ie ah‘ a art SAS Gedis paca ct ahih's det ges oS Se a re, otal es al Gao HESS TOP fue STS ela anal cs En Se Via lal Cada uma desis aprendzagens expresso em comporti- mente copeton que encattnce en exible coosanc, 0 Tengo Ue oss cilia. Velese por exemplo,» messin 48 cso de aprendizgem. Certamente, quem svee trabalho com criagas num ambiente de ingot sabe que daicoas stan, te, explosive colagem de happenings simulténcos €'¢aprendian: 8m. Se quscimos visuaizar 0 procso de aprendiagen, le Yt sea mis autencameate repreeniade mana tee ee hack, son Pollack — uma tla cujr cores aumenam ds intestinds 4 media que o poder inilectual resce (pois rend 4 cxponencianeats cumulatva) Nao deiemes concur de tdo ito que nfo existe Wgiea no Broseto d_qprendzagm. Ex, sim. Mas br tir mo una “pricodgea", cues ropes, sequéacas caps ¢ ‘anchas sto estabelecidas por situs netvoros vives pulp tans, curiosos obsorvadorn, oeeone,altuesn ctobudky falantes. Convéi no esquecer que = fnaiads Uo wie te Inquest 6 ajuda op que stag aprendendo.» aumentat tsa competéncia como aprenden. Expera ralzélo;fazendo cont aque lor eatadanes sejam aprendinesefiients. Assim # ca espécie de lin ou estrutra que poder sr apa tase a, bisae é aqusin que for modelada de acordo com © compara: ‘mento de bons aprenize. Os bons apentiss, comme ode mae do, sfo stemas nervosor wron, palpate, brlovon, ebserae ies, reson, afetuosos« falantes, nas to Don aprenins prechumente porque aredtam ease ciras coisas que ob Aprendizs menos efcenes nao aceditam nent fam, af°t ue est a expieagHo fundamental Em gue os bons spreads ateitam? Que os bons apni Priniramente, os bons aprons tm conan em sua a pacidade de apcener, Iso fo signin que por vets Mio so Sint fnistados e desencorajads. Sentonse canto quan, {0.08 aprendis mais racon Mas tn una prods fe oat ae So eapaes de resolver pratiemase, falda ust probe, ‘io so senam incapaitados para eaftentar outros, Os bons aprenizes sio propesion sents proser na resol so de problemas. O proce intresalhes tcndens ae Festeaidos com as pestas que querem “ajudé los" dando ee 45 resposins que eles gontariam de encontt Por acu PeSpice Os ons aprendzes parssem saber 0 que é rlevante para a fun propria sobrevvénca eo gue nto &" Nao gornms ae Ihee 49 seja dito 0 que "6 bom que vocés saibam”, salvo se, evidents- mente, o deleetor de lixo 0s avisar de que, de fato, € bom sabe rem iso... em cujo caso ficario também ressotides, de qual quer modo, Por outris palavras, os bons aprendizes preterem confine em seu proprio racicinio © discernimento, Reconhecem, especial- Imenle quando vio ficando mais velhos, que um nimero in vel de pessoas ali sabe de quo est falanda, « maior parte do fempo. Por conseguinte, suspeitam das “autoridades", sobretu- do, de qualquer autoridads que deseacoraje outros de" contin- rem em sev propria faciocinio e discernimento, (Os tons aprendizes nao temem, usualmenie, estar etrados, RReconhecem suas Timitagdes & nao sofrem trauma algum quan do concivem que aquilo em que acreditam mio 6 sparentemen- te, vido, Por outras palavras, podem mudar de ins. Mudat ‘© cardter de sua mentalidade € o que o bom aprendiz est mais interessado em fazer (Os bons aprendizes nfo sic, enfaticamente, rdpidas nas res- postas, Sio propensos a adiar seus jufzos alé terem tido acesso 4 tantas informacoes quantas as que imaginam exist sobre ‘qualquer assunto, (Os bons aprendlizes sto flexiveis. Embora tenham quase semt- pre um ponio de vista sobre uma situacdo, so capazes de mu- dar pare ouiras perspectivas, a fim de ver o que podlerio af des- cortinar. Um outro modo de dizer isto é que os bons aprendi- ‘es parccem compreender que a8 “Tespostad” sto relativas, que tngo depende do sistema dentro do qual este atuando, © qv € “verdadero” num sistema pode alo sec “verdadero” em ou- st. por iso que, quando ther farem uma pergunts, os bons saprendizes comegam freqientemente suas respostas colt as par livres "Isso depende™. ee e ‘Os bons aprendizes tm um clevada grau de respeito pelos fatos (que eles compresndem. serem conjetirais) esto. prof cientes nas distingGes entre as declaragées de fato ¢ outras pécies de enunciados. Em sua maior parte, os bons aprendizes io altamente dotados em todos os comportamentes de. lingua- gem que brangem aguilo a que chamamos "inguérito”. Por ‘exemplo, sabem como. fazer perguntas pertinent e significa tivas; usam definigies e metiforas, como instumentos para @ formolagio de seus pensamentos e, raramente, se deixam ence- 50 ‘dar em sua prépria linguagem; sio capazes de usar circunspe- (go © rigor em suas generalzasées, © empenham-se em vetficar ontinuamente aquilo em que acreditam; x80 observadores me ticulosos e parecem reconhecer que a linguagem tende a obs curecer a6 diferencas e controlar as percepeées. “Talvez o mais importante de tudo, 0s bons aprendizes no precisom ter uma resolugio absolut, final ¢ irevogivel para todo e qualquer problema. A frase “No sei" nig os deprime fg, cerlamente, a preferem 3s virias formas de (olioes semdati= fas que passim por “respestas” a questées que ainda go 18m (qualquer solugio'— ow que talvez nunea venham ata, Se acsitarmos que estas slo algumas das_principais convic- «06s e tudes dos bons aprendizes,entio paderemos comtproen- der melhor o que se entende por “méiodo de inguétte”. Tsta- mos falando sobre um meio ambiente em que esses comports- ‘mentos podem florescer, em que eles so as mensagens domi- nantes do meio de comunicagdo. Obviamente, iso nfo pode acontecer, se se “ensinar” autoconfianga as segtindat-Leiras, 20% to pela resolugio de problemas as tergas e capacidade ertica as quarts. Mas, tampouco se chegaré a part alguma, easinando formulagso de perguntas na sexta série, observacaa na sétima ¢ genetalizagdo na oltava. Estamos falando € de um melo am- bienio em que toda a gama de comportamentos de aprendiza~ ‘gem — atitades e aptidaes — ¢ empregada o tempo todo. De problema em problema. Do jardim, de infincia & universidade. Para que em qualquer momento, durante © tempo em que al- guém freqlenta uma escola, ele’ esteja temtando sempre con Portar-se do modo que os bons aprendizes se comportam. $6 assim, o melo pode ttansmitir os tipos de mensagens de que ct ‘amor falando, ra, em termos pratioos, de que deveria compor-se um tal ambiente? Partoe-nos que deverin postuir quatro. componentes ptinepais: o professor, os alunos, os problemas e as estratépi para resolver os problemas ‘Consideremos aqui os professores ¢, especialmente, as suas arindes. Aceitemos como axiomatico que as attides dos pro fessores slo. a caracterfatica mais importante do ambiente de inguérito. Este ponto € freqientemente negligenciado, mesmo por agueles que advogam o uso dos métodos de inguérito, mas, de modo especial, por aqueles inovadores que estio em’ cons st fante buses de programas © metodologias "A prova de profes: sot”, Nao pode haver qualquer inovegda significative na educa fo gue mio tenha em sew contro as atiudes don professores © & ilussrio pensar de ontro modo. As crengas,sentimentos © pres- ‘supostos dos professores sia 0 a que se respira nom ambient de aprendizagem; determinam a qualidade da vida que sede fenrola nesse ambiente. Quando © ar esté poluido, ¢ estdante S envenenade, a menos, é claro, que cotcnha a respitaglo. (Nao respirar’ é um recurso amplamente usado pelos estudan- tes como defesa contra o veneno intelectual, mas, na maiorla dog casos, resulta — como 6 ffeil imaginar em suiedio por astisia) [As atitudes do professor, adepto do método de inguétto, re- fletem-se no seu comportamento. Quando 6 leitor vir um desses professores em agfo, observe 0 seguinte: © professor raramente diz aos alunos 0 que pensa que eles deviam saber. Acredita que tal indicagio, quando wsada como ‘stratégia bisica de ensino, priva o ostudamte da excitagao de realizar suas propries descobertas e da oportunidade de aumen= tr sua capacidade como aprendiz. ‘Seu modo basico de discurso com o9 alunos & o interogas trio e o debate. Conquanto ele use tanto as perguntas conver gentes como as divergentes, considera estas tltimas 0 instr ‘mento mais importante. Enfaticamente, ndo eacata es pergun ts como um melo de seduzir os alunge para que papagusi 4 matéria do peograma; vé as pergunias, outrossim, como ins ‘rumentos para desvendar aos esptitos sequiosos possibilidades, insuspitadas. Geralmente, nto acelta uma tnica declaragao como uma res esta a’ uma pergunta. De fato, tem uma petsstente aversao a qualquer pessoa, qualquer programa de estudo, qualquer com péndio que oferéga A Resposta Certa, Néo porque as respostas f solugdes scjam nial acolhidas — com efelo, ele est procuran- do ajudar os estudantes a serem mais eficientes aa resolugdo do problemas —, mas porque sabe com quo fregiéncia A Respos 4 Certa serve apenas para fazer cessar novos pensamentos. Co- amheee © poder da pluralizgio, Nio pede a razio, mas as ra ies. NAO indaga a causa, mas’ as causas, Nunca o significado, ‘as 08 significados. Conhece também o poder do. pensament 2 ontingente. £ 0 uprendiz que mais uéa “Isso depende” em su aul, Encoraia a interagtio estudante-estudante, em contaste com 4 rigid interacdo estudante-professor. E evita, geralmente, atuar como mediador ou juiz da qualidade das tdéias expresses pe los seus alunos. Se cada pessoa pudesse ter sempre consigo Ua lista completa de autoridades, talvez nfo fosse necessirio 30s indviduos fazerem juiros independentes. Mas, enquanio isso nio for possivel,o individua tem gue aprender a depender de si mics Imo como pensadot. © professor de inquérito estd interessad em que os estudantes desenvolvam es seus ptOprios ertérios on ppdroes, para julgar a qualidade, preciso relevncia das lias, Permite que tal desenvolvimento carra iininiizando o seu pe6. rig papel como srbitro do quo 6 aeciével e do que nto & Ele raramente resume as posigdes asswnidas pelos estudan- les sobre as aprendizagens que deorrem. Reconhiece que 0 alo de sumario ou “encerramento” tende gerar o feito de sustar novos pensamentos, Porque considera a aprendizagem come um Drocesto, néo_um evento terminal, of seus “sumétos” serdo fenunciados como hipoteses, tendéacias © dretizes, Parte do Dincipio de que ninguém jamais aprende tudo, de uma ver, Para sempre, sobre como escrever ou sobre as causes da Guct ‘a Civil, Pelo contrrio, reconhece que uma pessoa est sempre eaminho de adguirir novas aptidoes,assimilar novas informa 6es, formlar ou refinar gonetalizagées, Assim, © professor d& inguérito € sempre eauteloso na definigéo dos limites da apren izagem, dizeado: “Isto fol o que voets aprenderam durante 05 likimos 45 minutos", ou “Isto 6 o que vocés aprenderao daqul até as férias do Natal”, ow mesmo (especialmente), “Isto € fhdo 0 que aprenderfo na nona série". O tnieo contportamen- to terminal significatvo que ele reconhece & morte, descon fia de que auantos falam da aprendizagem como ume espécic de “ponte final” ou so viajantes compulsivos ou, simplesmen= fe, munca observaram bem de perto 0: comportamento’ de uma Grianga. Além disso, ele reconhoce que a” aprendizagcm ‘nfo ‘corre com a mesma itensidade em todas es pessoas, nem mies. ‘mo om duas entre todas, ¢ considera as tentativas verbais para Jgnorac esse fato uma flegio.semfntica, Se um estudante Che fou a uma determinada conclusso, entéo pouco se gana com ® fato de 0 professor a expor de nova, 305 uma outta forma. 3 Seo enadanie fo chegou ¢ umn cons, enti se pre Solos‘ dane gue 0 proto he ems gue he. Mae, Geta dacs igs pecuaens © fe 0 th Goulart diate una sa, um car 904m Some amass tbe raiment de gue fa) “a pes a desemlvem a parr da reagtes ds este (eS teenie “tiger prevente determin ‘Siegel de plo de if 08 roe, que pata le fz nee Peete pre, expe et eon 8 ee Motta dod apenas aan determinado problema: os SES, cram ts ltt, op obec com qu de cee eae ales, pense solutes que olecerio Lotte itamane'€ trntado 0 ico pot “espe i chan pian, Gees cera, B dese ma- 1 nti lias Hebel operands st fea Em Ye ‘eh oe See dng ge come as respons Sm sgman Como ek est tis intersado nos peoseses ‘S'Scnumento do gue os seslads fae do pensatento (A Tree eles compelio a ohne een” (a ea Rese de novo) ou a meu que es sew alunos ala am nmin doing, ou gel 4 ia de um ee a vote no €azaquada (K€ segunda 9 ust Ob- se Pe dequad so parent do estate sobre 0a ce itse‘em expla 0 modo como es estan sant) Eprahins ces dena pens (ents das fea do Se ee aus ae pss nas tenpo scland os Thoms J gue ado com ox pra Geratent, cada na de sus lites propde un problema ates se toda 8 npg, aides ro oe deal le sas vam evar ean a Pre cae gear posi so um provi, a tut cleragoes SA eprn a sold do. pobema o a forular general ‘Serer afaits ‘nous observes Sum meta € empethar x ait pe umlyndees gue podem coniecnentor! Sealant cbavan, latent peer, compro, Site Cn ssemos tatoo conhecineto wna conse wee mvided Sn aus Toe que “sabamos" de astro lo aun, ios, Unga ty tals seers oe imesado por igen ove s,s ou enon s4 um espeialista no uso dos métodes indutivos de ingusrito, AS Sim, 0 noso professor “indutivo", ow de ingusit, estard mui- Aloo interesvado em ajudar oy seus alunos se tormarem mals Profle como enfin dees metns fe ede o see éxito, em fungao das mudangas de compor= temento nor estudante: 4 fregéncis com que fasts per tas; 0 aumento aa elevincin ¢ iefefutabllidade logica Go. suns Porguntas;aassduidade e consiegao de uss contestagies as a= Fergdcs fetar por outros professres, om estadantes. ou com= pines; © poriingnsia e lareza dos padeoes et que baseiam 4 suas contestagbes; a dsposigio para suspender juzos, quan do tem dadosinsuiciente, a clspoiglo para modifier ot, Je igum modo, alterar suas. poses, quaido os dados jusiicam fais mudangas; 0 incrmento em sets recursos de. observagl0, elasieasio, geeralizagio ete 0 atimento de tlerincin para diveraastesportas; a soa capecidads de aplioae goueralizagoes, tudes ¢informagies a novas stuagies es comportementes © aides equivalem a uina definigio die um papel que, para 0 professor, diferente do, que le tem tradicionalments assumido. O ambiente de ingusito, tal como ‘ualguer outzo ambiente escolar, ¢ wna sé de encontros hi Ima, cija naluteza € lagamele delerminada pelo "profes tor" “Professor” €aqul cto entre aspas, para chamee& ten ‘Ho para fato de que a maforia dor seus cgniGendos tad ais 6 inimiga dos mécodos. de inquérto. Nao ¢ iacomum, por ‘romplo, ouvir "peofessores” azcndo afirmagdes como: “Oh, ‘1 Thes ens! ist, mas eles no aprenderam.” No ser4 pos. vel ouvir, por sett, na sala don peofessores,unna declaracao tals extruondingria do que ssi. DO nossa panta de visi est no mesmo nivel de um ‘endedor que dicsse: "Bu vend iso Sele; mas ele no compeou” — ist €, nfo faz sentido algun. Parece dat a entender que “ensiane” &, meramente, aquilo gus o "professor" faz qu, por sua vee, pagers ow 380 fe elagdo oa © que fazem aqueles que eslao sendo “ensinados Provavelmente, no ertaremos exagerando so dissrmos que crea de 959% to que se chama “oscolarkdads”, na. Amética (pelo menos acima da terctta série), baseia-se’ essa dite 30 entte "ensinar” ¢ “oprendee”. Talvez haja necessidade de Invent am mato termo ou nome para adil. que € fspon- sivel pela organizagio do meio amblonte de aprendizagem es 55 -— colar, Nés descobvimos, certamente, em aossas tentativas para instalar ambientes de inguérito, em virias escolas, que grandes progrsuas poem se eos sas plas “nin” “ensna” forom, slmplesments, subtradas do léxico operacionsl. Quando isto acontece, resulta amide uma diferenya espetaculae no com- portamento. Como seria de esperar, quando essas palavras slo) hegadas ao “professor isto 6, a0 “ensinante”, hi uma fase ink cial de extrema difieuldade para falar sobre’'o que sera fete. HA uma busca apressada de sinénimes. Nenhum acode facll- mente, sobretudo se também subtrairmos “curso de estuio”, “area eoberia” ¢ muitas outras metéforas perniciosas, quo tém fo efeto de subteuiro estudante de nosso céleulos. Depois, qu ‘se Impereeptivelmente, em resposta a perguntas sobre o que se quer que os estudantes aprendam (o que é muito distinto das perguntas sobre o que se quer “ensinarthes”), fazem-se obser~ vyagdes em que o estudante, em vez do “assunto®, & central. Des- sas peguenas -mudangas 1a Tinguagem, podem nascer revoli e6es, Mas, para que nfo nos julguem demasiadamente romn- ficos, devemos declarar que estamos tao eénscios quanta qual- fee hee ea ee ee fees eriar um ambiente escolar de ingudtito nia seed predual {in exlsivamente, nom mesmo predominantemente, por um Mae Inbarismo semiintico. Mais adiante, dediearemos um eapftulo a algumas sugestes pritcas © bizarras, assim como as bizarras sueestbes prétias, a Fim de induzir aquele estado de espiito que € exigido dos pro- fessores num ambiente de inguérito. Por enquanto, queremos apenas sublinhar que, quando © professor assume novas fun;des manifesta diferentes comportamentes, os seus estudantes fa- ‘em o mesmo. Esté na propeia natureza de suas transagbes re Ciprocas. E nada € mais importante saber sobre os métedos de Inguétito do gue isso, 56

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