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24/04/2018 TV por R$ 1 na Copa; entenda como o varejo faz promoções

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TERRA NA COPA

TV por R$ 1 na Copa; entenda


como o varejo faz promoções
12 JUN 2014 08h30 atualizado às 09h00

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C
om a realização da Copa do Mundo, grandes varejistas
aproveitaram para aumentar as ofertas e promoções
relacionadas ao evento. Uma campanha das Casas Bahia, por
exemplo, promete ao consumidor que comprar uma TV um outro
televisor por apenas R$ 1. O risco da varejista ao propor uma promoção
assim é calculado e, muitas vezes, o objetivo está na ampliação do capital
de giro, além da conquista de visibilidade.

SAIBA MAIS

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Para a economista e coordenadora do Programa de Administração de


Varejo (Provar), Dayse Maciel, a fixação da marca é a primeira vantagem
para as empresas que realizam essas ações. “A intenção é ser lembrado.
O consumidor tem uma hierarquia na hora de comprar, e marca é uma
delas, acima, inclusive, do preço. Então eu diria que a maior vantagem
seria fazer parte das marcas que são lembradas durante qualquer
período promocional. Não há menor dúvida que é impossível ignorar (a
importância de) uma Copa no País depois de 64 anos”, afirma.

O assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e


Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Altamiro Carvalho,
diz que as vendas do varejo devem registrar queda devido ao evento
esportivo e, com isso, algumas empresas apostam em promoções de
televisores para aumentar o volume de negócios. “A gente precisa deixar
claro que a Copa do Mundo para o varejo não traz benefícios
consideráveis. Ao contrário, o risco é de ter uma queda de vendas ao
longo do evento, principalmente na cidade de São Paulo, que perde
muitos eventos.”

https://www.terra.com.br/economia/tv-por-r-1-na-copa-entenda-como-o-varejo-faz-promocoes,dfe3bb9dc0286410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html
24/04/2018 TV por R$ 1 na Copa; entenda como o varejo faz promoções

De acordo com ele, para realizar as promoções, principalmente as de


televisores, as grandes varejistas contam com as parcerias fabricantes
para não terem que baixar muito o lucro devido aos grandes descontos.
“Praticamente é uma compressão de lucros, principalmente na compra.
As grandes cadeias tem um poder de negociação muito grande com as
fabricantes. Então, normalmente, se compra a preços menores possíveis.
As empresas negociam a aquisição de estoque de uma forma bastante
agressiva para poder negociar no menor valor possível”, afirma Carvalho.

Margem de lucro
Além das negociações agressivas, as varejistas baixam a margem de lucro
em cima de cada produto para aumentar o volume de vendas e encontrar
o equilíbrio. “A margem  é comprometida pelo maior giro. Você troca
margem um pouco maior pelo giro maior. O varejista reduz a margem de
lucro, mas consegue vender um volume maior, então no final das contas
a empresa obtém uma vantagem", diz Altamiro Carvalho.

Com relação ao lucro menor, Dayse Maciel, do Provar, avalia que os


preços menores estão relacionados ao segmento de atuação da empresa.
Uma loja de objetos de luxo não irá baixar os preços porque os
consumidores iriam associar isso à baixa qualidade do produto.

"A questão do preço está muito mais voltada ao posicionamento da


empresa no mercado do que especificamente uma promoção. Eu diria
que durante uma promoção o preço é muito mais voltado ao
posicionamento da marca. O preço, quando foge tanto para cima quanto
para baixo, faz as pessoas estranharem", afirma.

Com relação aos riscos que as varejistas sofrem ao fazer esse tipo de
promoção, o assessor econômico da Fecomercio afirmou que tudo é
calculado para que a empresa, no mínimo, empate as perdas. Ele diz que
em promoções como a das Casas Bahia, onde um televisor custa R$ 1
dependendo de uma condição, a ideia se torna possível a partir de uma
conta de matemática simples, onde as chances da empresa são muito
maiores que as dos torcedores. A varejista condiciona o prêmio à vitória
de uma entre 32 seleções. "Isso é estatística pura, com a chance muito
maior para a loja", destaca.

Segundo ele, as lojas fazem o cálculo do lucro com um percentual a mais


para tenham dinheiro no caixa, caso necessitem pagar o prêmio",
ressalta. "Na composição dessas probabilidades, ela faz a
promoção. Mesmo que perca e tenha a margem de lucro bastante
reduzida, caso tenha que entregar aos consumidores mais televisores, ela
tem um cálculo grande para isso".

Pesquisa de preços
As grandes promoções e ofertas sempre atraem os consumidores, que
muitas vezes acabam se endividando para adquirir os produtos. Para o
diretor de fiscalização da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor
de São Paulo (Procon-SP), Márcio Marcucci, analisar a necessidade do
aparelho é essencial para não comprar por impulso. “A gente observa que
está tendo muita promoção de televisor. A gente sempre recomenda é
que o consumidor pense no primeiro momento se precisa realmente
comprar aquele produto”, afirma.

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Como em todas ofertas e promoções, o consumidor deve fazer uma


pesquisa de preço em diversas lojas para não cair em uma armadilha.
“Nunca confiar na primeira oferta é importante. O consumidor tem que
pesquisar. As pesquisas que o Procon costuma fazer revelam que, em
alguns casos, existe diferença de preço do mesmo produto em lojas do
mesmo bairro. Então pesquise o preço”, alerta.

Cuidados
“Diante de uma promoção que o consumidor adquire um produto e leva
outro com determinadas condições, o cliente deve sempre ler o
regulamento para saber se existem algumas restrições”, diz o diretor de
fiscalização do Procon.

O produto que o consumidor irá adquirir com a promoção tem de estar


especificado pela varejista. Além disso, a data de vigência da promoção
deve estar bem clara, assim como a quantidade de aparelhos disponíveis
ao consumidor. “Se a empresa garante 50 peças por loja, o consumidor
vai no primeiro dia, às 8h, e verifica que já não tem no estoque, ele pode
denunciar no Procon. Nós iremos questionar a loja para que ela
apresente as notas fiscais mostrando a venda dos produtos. Por isso, a
necessidade de se indicar o estoque mínimo para o consumidor saber se
vale a pena ele ir até a loja ou não”, afirma.

Prazo de entrega
O consumidor que procura produtos para a utilização imediata no
período da Copa do Mundo, como os televisores, por exemplo, devem
sempre estar atentos aos prazos de entrega. De acordo com Marcucci, a
melhor maneira de evitar transtornos nesse caso é comprar o produto
pessoalmente. “Para a Copa, é importante verificar os prazos de entrega.
Se o consumidor vai comprar um produto para o jogo, é mais garantido a
compra na loja física. Caso opte pela entrega, deve tomar cuidado com o
prazo para ver se está dentro daquilo que ele espera”, orienta.

Se a loja não entregar o produto no prazo esperado, o consumidor pode


cancelar a compra e exigir o dinheiro de volta. “Se o consumidor não
quiser se desfazer da compra, ele precisa exigir o cumprimento da oferta.
Caso a empresa não cumpra o combinado, ele pode fazer uma
reclamação no Procon. Se somados muitos casos contra uma mesma
empresa, ela será fiscalizada e pode receber até uma multa”,
diz Marcucci, do Procon-SP.

Fonte: Terra

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