CALCULAR A ARMADURA PARA O PILAR CUJA A SEÇÃO TRANSVERSAL E

POSIÇÃO EM PLANTA É DADA ABAIXO. DADOS PARA O CÁLCULO;

- CARGA UNIFORMENTE DISTRIBUÍDA: 22 kN/m

- d’mín = 4 cm;

- Aço CA-50;

- Lviga = 4,00 m;

- Lo = 3,20 m;

- N = 816 kN

Y
V120 (12x30)

V101 (12x30)

X
P1 (20x40)

SEÇÃO TRANSVERSAL E POSIÇÃO DO PILAR

Lsup/2
22,2 kN/m

Linf/2

Lvig = 4 m
1) CÁLCULO DO MOMENTO E EXCENTRICIDADES DE PRIMEIRA
ORDEM:
a) MOMENTO DE 1ª ORDEM ( O QUE CAUSARÁ UMA
EXCENTRICIDADE NA DIREÇÃO X)
p∙l2 22,2∙42
 Meng = = = 29,6 kN ∙ m
12 12

Ivig (0,12∙0,33 )/12

 rvig = = = 6,75 ∙ 10−5 m3
l 4

ℎ𝑣 ℎ𝑣 0,3 0,3
 Comprimento do pilar: 𝑙𝑜 + + = 3,20 + + =
2 2 2 2

3,50 𝑚

Iinf (0,2∙0,43 )/12

 rinf = rsup = = = 6,095 ∙ 10−5 m3
l/2 3,5/2

rinf
 M1,Pinf = ∙ Meng
rvig +rinf +rsup

6,095
 M1,Pinf = ∙ 29,6 = 14,0 kN ∙ m
6,75+6,095+6,095

b) EXCENTRICIDADE DE 1ª ORDEM

M 14,00
 e1A = e1x = = = 0,0171 m
N 816

 e∗1x = α ∙ e1x = 0,4 ∙ 0,0171 = 0,0068 m

2) ESBELTEZ E EXCENTRICIDADE DE SEGUNDA ORDEM NA DIREÇÃO Y:

a) Comprimento de flabagem:

lo + h = 3,20 + 0,20 = 3,40 m

 ley ≤ {
l = lo + hv = 3,20 + 0,30 = 3,60 m

b) Índice de Esbeltez:

ley ley ∙√12 3,40∙√12

 λ𝑦 = = = = 59
ix b 0,20
  Nessa direção não há momento aplicado, portanto αb=1,
(25+12,5∙e1 ⁄h) (25+12,5∙0,0⁄20)
resultando λ1y = = = 25.
αb 1,0
≤ 90
Porém λ1 { . Portanto λ1y = 35
≥ 35
c) Como λ𝑦 > λ1y , existe excentricidade de segunda ordem nessa
direção
 e2y ≠ 0
l2 0,005 3,42 0,005
 e2y = ∙ (υ+0,5)∙h = ∙ (1+0,5)∙0,2 = 0,0193 m = 1,93 cm
10 10
Nd 1,4∙816
 υ= = 20000 = 0,9996 ≅ 1,00
Ac ∙fcd 0,4∙0,2∙
1,4

3) ESBELTEZ E EXCENTRICIDADE DE SEGUNDA ORDEM NA DIREÇÃO X:

d) Comprimento de flabagem:

lo + h = 3,20 + 0,40 = 3,60 m

 ley ≤ {
l = lo + hv = 3,20 + 0,30 = 3,50 m

e) Índice de Esbeltez:

lex lex ∙√12 3,50∙√12

 λ𝑥 = = = = 30
iy b 0,40

 Nessa direção há momento aplicado;

 Portanto para pilares biapoiados sem cargas transversais
M ≥ 0,40
𝛼𝑏 = 0,60 + 0,40 ∙ B { , resultando 𝛼𝑏 = 0,60 +
MA ≤ 1,00
−14,0 ≥ 0,40
0,40 ∙ = 0,20 { , onde finalmente teremos
14,0 ≤ 1,00
αb=0,40. Nessas condições encontraremos λ1x =
(25+12,5∙e1 ⁄h) (25+12,5∙1,71⁄40)
= = 64.
αb 0,4
 Como λ𝑥 = 30 < λ1x = 64, não existe excentricidade de
segunda ordem nessa direção
4) EXCENTRICIDADES ACIDENTAIS P/AMBAS DIREÇÕES:
a) Seção de extremidade
 ea,extr = l ∙ θ
1 1
 Condição: >θ>
200 100∙√l
1 1 1
 θ= = , dessa forma toma-se θ =
100∙√3,5 187 200
 1
 logo, ea,extr = 3,5 ∙ = 0,0175 m
200
b) Seção intermediária
l 3,5 1
 ea,inter = ∙ θ = ∙ = 0,00875 m
2 2 200
5) EXCENTRICIDADES MÍNIMAS
a) Direção X
 emín,x = (0,015 + 0,03 ∙ bx )
 emín,x = (0,015 + 0,03 ∙ 0,40) = 𝟎, 𝟎𝟐𝟕 𝐦
b) Direção Y
 emín,y = (0,015 + 0,03 ∙ by )
 emín,y = (0,015 + 0,03 ∙ 0,20) = 𝟎, 𝟎𝟐𝟏 𝐦
6) EXCENTRICIDADES FINAIS
a) Seção de extremidade na direção X
 Excentricidade de 1ª ordem
 e1x = 1,71 cm
 Excentricidade admitindo que exista um desaprumo
 eax = 1,75 cm
 Nesta direção chega-se
 ex = e1x + eax = 1,71 + 1,75 = 3,46 cm, maior que
emín,x = 2,7 cm, situação de cálculo 1
b) Seção de extremidade na direção Y
 Excentricidade de 1ª ordem
 Não há
 Considerando que o desaprumo ocorra nessa direção, tem-se:
 eay = 1,75 cm, menor que emín,y = 𝟐, 𝟏𝟎 𝐜𝐦
 Com isso considera-se uma situação de cálculo 2, onde
teremos:
 e1x = 1,71 cm e ey = 2,10 cm
 Y
V120 (12x30) SITUAÇÃO DE PROJETO

Nd V101 (12x30)

X
P1 (20x40)

1,71 cm

SEM ESCALA

Y
V120 (12x30) SITUAÇÃO DE CÁLCULO 1

Nd V101 (12x30)

X
P1 (20x40)

3,46 cm

SEM ESCALA

Nd
Y
SITUAÇÃO DE CÁLCULO 2
2,1 cm

1,71 cm
P1 (20x40)

SEM ESCALA
V120 (12x30)
 c) Seção intermediária na direção X
 Nessa direção atua a excentricidade de 1ª ordem
 e∗1x = αb ∙ e1x = 0,4 ∙ 1,71 = 0,68 cm
 Caso o desaprumo ocorra nessa direção chega-se:
 ex = e∗1x + eax = 0,68 + 0,875 = 1,55 cm. Esse
resultado é próximo do valor de e1A = 1,71 cm, porém
menor que emín,x = 2,70 cm; lembrando que segundo a
NBR 6118:2003 – 15.8.3.3.2, ex ≥ e∗1x + e2 ≥ e1A,x ≥
emín,x
 Portanto ex = 2,70 cm, que corresponde a uma situação
3
d) Seção intermediária na direção Y
 Admitindo agora que o desaprumo ocorra nessa direção
resulta:
 eay = 0,875 cm;
 e2y = 1,93 cm;
 ey = eay + e2y = 0,875 + 1,93 = 2,805 cm, maior que
emín,y = 2,10 cm , levando a uma situação 4, com:
 e∗1x = αb ∙ e1x = 0,4 ∙ 1,71 = 0,68 cm e ey = 2,805 cm

Y
V120 (12x30) SITUAÇÃO DE PROJETO

V101(12x30)

X
P1 (20x40)

0,68 cm

SEM ESCALA
 Y
V120 (12x30) SITUAÇÃO DE CÁLCULO 1

V101(12x30)

X
P1 (20x40)

2,70 cm

SEM ESCALA

Y
SITUAÇÃO DE CÁLCULO 2
2,805 cm
V101(12x30)
X

0,68 cm
P1 (20x40)

SEM ESCALA
V120 (12x30)

7) CÁLCULO DA ARMADURA
 O cálculo será feito para as situações de flexão composta
normal 1 (mais desfavorável que a 3) e de flexão composta
oblíqua 4 (mais desfavorável que a 2);
a) Situação 1
 O ábaco a ser empregado é:
1
(𝑐+𝜙𝑡 +𝜙𝑙 ) 3+0,5+
 d ⁄h =
′
= 2
= 0,2
ℎ 20
 SITUAÇÃO DE CÁLCULO 1

P1

SEM ESCALA

Nd 1,4∙816
 υ= = 20000 = 0,9996 ≅ 1,00
Ac ∙fcd 0,4∙0,2∙
1,4
ex 3,46
 μ𝑥 = υ ∙ = 1,00 ∙ = 0,0865 ≅ 0,09
hx 40
 Ábaco A-1d, resulta ω = 0,40
b) Situação 4
 O ábaco a ser empregado é, com os valores de:
 υ = 1,00
ex 0,68
 μ𝑥 = υ ∙ = 1,00 ∙ = 0,017
hx 40
ey 2,805
 μ𝑦 = υ ∙ = 1,00 ∙ = 0,140
hy 20

 Com tais valores e entrando na tabela 36A, resulta ω = 0,63

 Assim, a armadura necessária será a correspondente a ω = 0,63
(situação 4):
fcd 20∙1,15
 As = Ac ∙ ∙ ω = 20 ∙ 40 ∙ ∙ 0,63 = 16,56 cm2
fyd 500∙1,4

 Verificação se o resultado foi inferior à armadura mínima:

fcd 20∙1,15
ρmín = 0,15 ∙ ∙ υ = 0,15 ∙ ∙ 1,00 = 0,0049 = 0,49%
fyd 500∙1,4
ρmín ≥ 0,4%, portanto:
0,49 0,49
As,mín = ∙ 𝐴𝑐 = ∙ 20 ∙ 40 = 3,92 cm²
100 100
 Como resultado final As = 16,56 cm², que é o maior valor, ou seja, 6
φ20 mm (correspondente a 18,84 cm²)
6φ20 mm